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Skinner e a Teoria Comportamental na Educação

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Burrhus Frederic Skinner, nasce a 20 de Março de 1904, na Pensilvânia e forma-se em língua inglesa, antes de enveredar pela estudo da Psicologia em Harvard, onde teve o primeiro contato com o behaviorismo (Rogulski, 2021; Sprintllall & Sprintllall, 1993)
Skinner, parte da premissa de que uma abordagem comportamental tem como base o entendimento do controlo dos estímulos no comportamento do ser humano, para afirmar que o comportamento é propositado, na forma em que o organismo se adapta para preservar ou readquirir o equilíbrio, assumindo a aprendizagem como a tendência para produzir alterações ou modificações no comportamento de um indivíduo (Graterol, Castillo, et al., 2007; Skinner, 1953, 1989).
Neste sentido, a teoria comportamental deu origem a algumas leis gerais e princípios de aprendizagem que se traduzem no seguinte: o comportamento que se segue a consequências agradáveis, tende a ser reforçado e repetido, pelo que se aprende, por outro lado, o comportamento que se segue a consequências desagradáveis, tende a não ser repetido e, portanto, não aprendido. Traz também, consigo o conceito de reforço positivo e negativo, o primeiro diz respeito a um estímulo que promove um comportamento quando apresentado após uma resposta, e o segundo é definido por um estímulo que diminui ou cessa, aumenta então a probabilidade do aparecimento de uma resposta (Goulart, 1987; Graterol, Castillo, et al., 2007; Skinner, 1953, 1989).
A principal distinção entre o reflexo condicionado de Pavlov e o condicionamento operante é que o primeiro é uma resposta a um estímulo externo, e o segundo, o hábito produzido por uma ação do indivíduo. (Goulart, 1987; Rogulski, 2021; Skinner, 1953, 1989; Sprintllall & Sprintllall, 1993).
Skinner era muito crítico, às teorias de aprendizagem vigentes na sua época e propunha diversas metodologias e introdução da tecnologia no ensino, com vista a otimizar as relações entre aprendizes e educadores e aperfeiçoar assim a qualidade do ensino sempre voltada para o futuro (Fernandes, 2021). Para ele, educar é uma forma de se envolver em diferentes modos de comportamento de forma particular em situações particulares (Skinner, 1953, 1989; Zimmerman & Schunk, 2003). Ele entendia, que na escola havia um grande ênfase na punição e humilhação e que isso fazia com que os alunos fizessem ao longo do dia inúmeras tarefas, para as quais não se sentiam motivados sem reforços, fazendo com que a única motivação fosse a fuga de consequências desagradáveis. A longo prazo, isso faz com que aumentem as desistências do ensino e a desconcentração dentro da sala de aulas(Andrade, 2009; Skinner, 1975).
Skinner defendia que a educação tinha dois propósitos, um de ensinar reportórios de comportamento verbal e não verbal e outro de estimular os alunos a demonstrar interesse pela aprendizagem. Acreditava que os alunos não eram meramente recetores passivos, e que tinham obrigatoriamente que agir, e para além disso os professores precisavam também de aprender novas formas e técnicas para ensinar(Skinner, 1975; Zimmerman & Schunk, 2003).
O Condicionamento operante é aplicado na educação de forma simples e direta, sendo assim o ensino uma combinação de contingências sob as quais os alunos aprendem(Rogulski, 2021; Silva & Gasparin, 2020; Zimmerman & Schunk, 2003). Skinner postulava que a função do professor era arranjar contingências específicas que acelerassem a aprendizagem, no seu ambiente natural, fomentando mais rapidamente o aparecimento do comportamento (Fernandes, 2021; Skinner, 1953). Os alunos executariam exercícios mecânicos, cópias e haveriam prémios para os mais eficazes (Silva & Gasparin, 2020). O professor passaria a adotar um papel de mediador externo, controlando tecnicamente o comportamento e a obtenção da aprendizagem e redirecionando o processo caso seja necessário (Silva & Gasparin, 2020). Todo o destaque passa estar focado nos recursos e nos meios técnicos de todo o processo de ensino e aprendizagem, e não no professor ou aluno(Silva & Gasparin, 2020).
Neste modelo de escola tecnicista, o objetivo é que o comportamento seja condicionado, para que o aluno apresente as respostas certas. Quando o aluno não consegue ter êxito, o professor deve oferecer alternativas, para otimizar a alteração de comportamentos por parte dos alunos, explicando-lhe as razões contra o seu comportamento desadequado e ajudá-lo a encontrar formas de alterar esse mesmo comportamento(Silva & Gasparin, 2020; Zimmerman & Schunk, 2003).
Para Skinner, a educação tradicional apenas se limitava a selecionar o mais apto, deixando os mais fracos pelo caminho, mas uma educação comportamentalista asseguraria que todos os alunos obtivessem êxito. Todos atingiriam os objetivos ainda que alguns necessitassem de maiores doses de condicionamento e reforço(Batista, 2020). 
As suas contribuições, permitem explicar como é que a maior parte do comportamento humano está dependente de uma contingência de reforço e evitar a punição. Os alunos percebem, quais são os resultados dos seus atos e como influenciam a ação dos reforços. (Graterol, Castillo, et al., 2007; Zimmerman & Schunk, 2003).
O contributo mais importante para a educação e para a aprendizagem, trazidos por Skinner, é o facto de ter sido criada uma ciência de aprendizagem e uma arte no ensino e no facto de, após obtidos, os comportamentos são mantidos ao longo da vida. Para além disso, trouxe para o ensino a construção de conteúdos programáticos sequenciais (instrução programada), espelho da influência do comportamentalismo na educação(Graterol, Castillo, et al., 2007).
Aplicando a teoria deste autor ao caso psicoeducacional proposto, que diz respeito a um conjunto de crianças que se mostraram indisciplinados e sem regras, aquando de uma vista à quinta pedagógica dos Prazeres e tendo sempre em mente que Skinner defendia que a aprendizagem era sempre mais eficaz através de reforço, decidimos incidir nesta forma de condicionamento a nossa abordagem.
Tendo em conta que as crianças, poderiam não saber exatamente o que seria expectável do comportamento delas, foi decidido reforçá-las através de um treino de competências comportamentais, para que em situações futuras soubessem como agir corretamente.
Os psicólogos, tendo em conta as idades das crianças, estabeleceram, com a ajuda destes, correspondência entre o que seria correto ou incorreto, no comportamento, dentro e fora da instituição, através dum jogo de imagens simuladoras de atitudes e ações. 
Desta forma, em futuras visitas, as crianças estariam informadas de como se comportarem e que caso essa conduta não seja seguida, poderão daí surgir consequências.
Referências
Andrade, E. S. (2009). Psicologia da Educação. NUPRE.
Batista, D. E. (2020). Didática Magna e Walden II : Comênio, Skinner e o impossível na educação e na política. Estilos Da Clínica, 25(1), 151–164. https://doi.org/https://doi.org/10.11606/issn.1981-1624.v25i1p151-164
Fernandes, D. M. (2021). Educação da sensibilidade como educação política. Acta Comportamentalia, 29(3), 167–184.
Goulart, iris B. (1987). Psicologia da Educação: Fundamentos teóricos e aplicações à prática pedagógica. Editora Vozes.
Graterol, Y. del C. O., Castillo, N. M., & Arisol. (2007). Enseñanza desde el enfoque conductal de Skinner. Educare, 11(2).
Malavazzi, D. M., & Micheletto, N. (2021). Interpretação: Um Objetivo e um Método da Ciência de B. F. Skinner. Psicologia: Teoria e Pesquisa, 37(1991), 1–11. https://doi.org/10.1590/0102.3772e37217
Rogulski, H. D. da S. (2021). Práticas docentes baseadas no Behaviorismo radical: contributos para aprendizagem das crianças da educação infantil. In F. P. de Souza, J. R. da Silva, & A. C. Sousa (Eds.), Educação e Diversidade (pp. 47–55). Editora Schreiben.
Silva, G. B. da, & Gasparin, J. L. (2020). A mediação pedagógica em Vigotski, Comênio, Herbart, Dewey e Skinner. Appris.
Skinner, B. F. (1953). Science and human behavior. The Free Press.
Skinner, B. F. (1972). Walden II : Uma sociedade do futuro. Editora pedagógica e universitária.
Skinner, B. F. (1975).Tecnologia do Ensino. EDUSP.
Skinner, B. F. (1989). Recent issues in the analysis of behavior. Merril.
Sprintllall, N. A., & Sprintllall, R. C. (1993). Psicologia Educacional. McGraw-Hill.
Zimmerman, B. J., & Schunk, D. H. (2003). Educational Psychology: A century of contributions. Lawrence Erlbaum Associates, Publishers.
 
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