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02_Nocoes_de_Direito_Administrativo

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. 1 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Tribunal Regional do Trabalho 8ª Região - Pará e Amapá 
Técnico Judiciário - Área: Administrativa 
 
1 Noções de organização administrativa. ...................................................................................................... 1 
1.1 Centralização, descentralização, concentração e desconcentração. ..................................................... 1 
1.2 Administração direta e indireta. ............................................................................................................... 2 
1.3 Autarquias, fundações, empresas públicas e sociedades de economia mista. ...................................... 2 
 
2 Ato administrativo. 2.1 Conceito, requisitos, atributos, classificação e espécies. .................................... 10 
 
4 Poderes administrativos. ........................................................................................................................... 83 
4.1 Hierárquico, disciplinar, regulamentar e de polícia. ............................................................................... 84 
4.2 Uso e abuso do poder. ........................................................................................................................... 87 
 
5 Licitação. ................................................................................................................................................... 91 
5.1 Princípios. ............................................................................................................................................... 92 
5.2 Contratação direta: dispensa e inexigibilidade. ..................................................................................... 93 
5.3 Modalidades. 5.4 Tipos. ......................................................................................................................... 97 
5.5 Procedimento. ...................................................................................................................................... 100 
 
6 Controle da Administração Pública. 6.1 Controle exercido pela Administração Pública. ....................... 114 
6.2 Controle judicial. ................................................................................................................................... 115 
6.3 Controle legislativo. .............................................................................................................................. 116 
 
7 Responsabilidade civil do Estado. 7.1 Responsabilidade civil do Estado no direito brasileiro. ............. 119 
7.1.1 Responsabilidade por ato comissivo do Estado. 7.1.2 Responsabilidade por omissão do Estado. 120 
7.2 Requisitos para a demonstração da responsabilidade do Estado. ..................................................... 120 
7.3 Causas excludentes e atenuantes da responsabilidade do Estado. .................................................... 121 
 
8 Regime jurídico-administrativo.8.1 Conceito. ......................................................................................... 126 
8.2 Princípios expressos e implícitos da Administração Pública. ............................................................... 127 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
1175210 E-book gerado especialmente para BEATRIZ NOGUEIRA SIQUEIRA
 
. 2 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Candidatos ao Concurso Público, 
O Instituto Maximize Educação disponibiliza o e-mail professores@maxieduca.com.br para dúvidas 
relacionadas ao conteúdo desta apostila como forma de auxiliá-los nos estudos para um bom 
desempenho na prova. 
As dúvidas serão encaminhadas para os professores responsáveis pela matéria, portanto, ao entrar 
em contato, informe: 
- Apostila (concurso e cargo); 
- Disciplina (matéria); 
- Número da página onde se encontra a dúvida; e 
- Qual a dúvida. 
Caso existam dúvidas em disciplinas diferentes, por favor, encaminhá-las em e-mails separados. O 
professor terá até cinco dias úteis para respondê-la. 
Bons estudos! 
 
1175210 E-book gerado especialmente para BEATRIZ NOGUEIRA SIQUEIRA
 
. 1 
 
 
A Organização Administrativa compõe a parte do Direito Administrativo que estuda os órgãos e 
pessoas jurídicas que a compõem, além da estrutura interna da Administração Pública. 
Em âmbito federal, o assunto vem disposto no Decreto-Lei n. 200/67 que “dispõe sobre a organização 
da Administração Pública Federal e estabelece diretrizes para a Reforma Administrativa”. 
Para que as suas competências constitucionais sejam cumpridas, a Administração utiliza-se de duas 
formas distintas: a descentralização e a desconcentração. 
A análise desses dois institutos é basilar para analisar a organização interna da Administração Pública. 
Administração pública é o conjunto de órgãos, serviços e agentes do Estado que procuram satisfazer 
as necessidades da sociedade, tais como educação, cultura, segurança, saúde, etc. Em outras palavras, 
administração pública é a gestão dos interesses públicos por meio da prestação de serviços públicos, 
sendo dividida em administração direta e indireta. 
 
1.1 CENTRALIZAÇÃO, DESCENTRALIZAÇÃO, CONCENTRAÇÃO E DESCONCENTRAÇÃO 
 
A execução do serviço público poderá ser: 
Centralização: Quando a execução do serviço estiver sendo feita pela Administração direta do Estado 
(ex.: Secretarias, Ministérios etc.). Dessa forma, o ente federativo será tanto o titular do serviço público, 
como o prestador do mesmo, o próprio estado é quem centraliza a atividade. 
 
Descentralização: Quando estiver sendo feita por terceiros que não se confundem com a 
Administração direta do Estado. Esses terceiros poderão estar dentro ou fora da Administração Pública. 
Se estiverem dentro da Administração Pública, poderão ser autarquias, fundações, empresas públicas e 
sociedades de economia mista (Administração indireta do Estado). Se estiverem fora da Administração, 
serão particulares e poderão ser concessionários, permissionários ou autorizados. 
Assim, descentralizar é repassar a execução e a titularidade, ou só a execução de uma pessoa para 
outra, não havendo hierarquia. Por exemplo, quando a União transferiu a titularidade dos serviços 
relativos à seguridade social à autarquia INSS. 
Na esfera federal, a Administração Direta ou Centralizada é composta por órgãos subordinados à 
Presidência da República e aos Ministérios, como o Departamento da Polícia Federal, Secretaria do 
Tesouro Nacional ou a Corregedoria-Geral da União. 
 
Desconcentração (Criar órgãos) 
Mera técnica administrativa de distribuição interna de competências mediante criação de órgãos 
públicos. Pressupõe a existência de apenas uma pessoa, pois os órgãos não possuem personalidade 
jurídica própria. 
Ocorre desconcentração administrativa quando uma pessoa política ou uma entidade da administração 
indireta distribui competências no âmbito de sua própria estrutura afim de tornar mais ágil e eficiente a 
prestação dos serviços. Desconcentração envolve, obrigatoriamente, uma só pessoa jurídica. 
Porque a desconcentração ocorre no âmbito de uma mesma pessoa jurídica, surge relação de 
hierarquia, de subordinação, entre os órgãos dela resultantes. No âmbito das entidades desconcentradas 
temos controle hierárquico, o qual compreende os poderes de comando, fiscalização, revisão, punição, 
solução de conflitos de competência, delegação e avocação. 
 
Concentração (extinguir órgãos) 
Trata-se da técnica administrativa que promove a extinção de órgãos públicos. Pessoa jurídica 
integrante da administração pública extingue órgãos antes existentes em sua estrutura, reunindo em um 
número menor de unidade as respectivas competências. Imagine-se, como exemplo, que a secretaria da 
fazenda de um município tivesse em sua estrutura superintendências, delegacias, agências e postos de 
1 Noções de organização administrativa. 
1.1 Centralização, descentralização, concentração e 
desconcentração. 
1.2 Administração diretae indireta. 
1.3 Autarquias, fundações, empresas públicas e sociedades 
de economia mista. 
1175210 E-book gerado especialmente para BEATRIZ NOGUEIRA SIQUEIRA
 
. 2 
atendimento, cada um desses órgãos incumbidos de desempenhar específicas competências da referida 
secretaria. Caso a administração pública municipal decidisse, em face de restrições orçamentárias, 
extinguir os postos de atendimento, atribuindo às agências as competências que aqueles exerciam, teria 
ocorrido concentração administrativa. 
 
Diferença entre Descentralização e Desconcentração: As duas figuras dizem respeito à forma de 
prestação do serviço público. Descentralização, entretanto, significa transferir a execução de um serviço 
público para terceiros que não se confundem com a Administração Direta, e a desconcentração significa 
transferir a execução de um serviço público de um órgão para o outro dentro da Administração Direta, 
permanecendo está no centro. 
 
1.2 ADMINISTRAÇÃO DIRETA E INDIRETA 
 
ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA DIRETA 
 
A Administração Pública Direta é o conjunto de órgãos públicos vinculados diretamente ao chefe da 
esfera governamental que integram. Não possuem personalidade jurídica própria, patrimônio e autonomia 
administrativa e cujas despesas são realizadas diretamente através do orçamento da referida esfera. 
Assim, ela é responsável pela gestão dos serviços públicos executados pelas pessoas políticas via de 
um conjunto de órgãos que estão integrados na sua estrutura. 
Sua competência abarca os diversos órgãos que compõem a entidade pública por eles responsáveis. 
Exemplos: Ministérios, Secretarias, Departamentos e outros que, como característica inerente da 
Administração Pública Direta, não possuem personalidade jurídica, pois não podem contrair direitos e 
assumir obrigações, haja vista que estes pertencem a pessoa política (União, Estado, Distrito Federal e 
Municípios). 
A Administração direta não possui capacidade postulatória, ou seja, não pode ingressar como autor 
ou réu em relação processual. Exemplo: Servidor público estadual lotado na Secretaria da Fazenda que 
pretende interpor ação judicial pugnando o recebimento de alguma vantagem pecuniária. Ele não irá 
propor a demanda em face da Secretaria, mas sim em desfavor do Estado que é a pessoa política dotada 
de personalidade jurídica para estar no outro polo da lide. 
 
ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA INDIRETA 
 
São integrantes da Administração indireta as fundações, as autarquias, as empresas públicas e as 
sociedades de economia mista. 
Essas quatro pessoas são criadas para a prestação de serviços públicos ou para a exploração de 
atividades econômicas, com o objetivo de aumentar o grau de especialidade e eficiência da prestação do 
serviço público. 
O Poder Público só poderá explorar atividade econômica a título de exceção em duas situações 
previstas na CF/88, no seu art. 173: 
- para fazer frente à uma situação de relevante interesse coletivo; 
- para fazer frente à uma situação de segurança nacional. 
O Poder Público não tem a obrigação de gerar lucro quando explora atividade econômica. Quando 
estiver atuando na atividade econômica, entretanto, estará concorrendo em grau de igualdade com os 
particulares, estando sob o regime do art. 170 da CF/88, inclusive quanto à livre concorrência. 
 
Feitas essas considerações iniciais, passamos à análise das pessoas jurídicas que compõem a 
Administração Pública Indireta: 
 
1.3 AUTARQUIAS, FUNDAÇÕES, EMPRESAS PÚBLICAS E SOCIEDADES DE ECONOMIA 
MISTA 
 
AUTARQUIAS 
 
As autarquias são pessoas jurídicas de direito público criadas para a prestação de serviços públicos, 
contando com capital exclusivamente público, ou seja, as autarquias são regidas integralmente por regras 
de direito público, podendo, tão-somente, serem prestadoras de serviços e contando com capital oriundo 
da Administração Direta (ex.: INCRA, INSS, DNER, Banco Central etc.). 
 
1175210 E-book gerado especialmente para BEATRIZ NOGUEIRA SIQUEIRA
 
. 3 
 Características: 
- Dirigentes Próprios: Depois de criadas, as autarquias possuem uma vida independente, contando 
com dirigentes próprios. 
- Patrimônio Próprio. 
- Liberdade Financeira: As autarquias possuem verbas próprias (surgem como resultado dos serviços 
que presta) e verbas orçamentárias (são aquelas decorrentes do orçamento). Terão liberdade para 
manejar as verbas que recebem como acharem conveniente, dentro dos limites da lei que as criou. 
- Liberdade Administrativa: As autarquias têm liberdade para desenvolver os seus serviços como 
acharem mais conveniente (comprar material, contratar pessoal etc.), dentro dos limites da lei que as 
criou. 
 
Controle: 
Não existe hierarquia ou subordinação entre as autarquias e a Administração Direta. Embora não se 
fale em hierarquia e subordinação, há que se falar, entretanto, em um controle de legalidade, ou seja, a 
Administração direta controlará os atos das autarquias para observar se estão dentro da finalidade e 
dentro dos limites legais. 
 
AUTARQUIA DE REGIME ESPECIAL 
 
É toda aquela em que a lei instituidora conferir privilégios específicos e aumentar sua autonomia 
comparativamente com as autarquias comuns, sem infringir os preceitos constitucionais pertinentes a 
essas entidades de personalidade pública. O que posiciona a autarquia de regime especial são as regalias 
que a lei criadora lhe confere para o pleno desempenho de suas finalidades específicas. 1 
 
Assim, são consideradas autarquias de regime especial o Banco Central do Brasil, as entidades 
encarregadas, por lei, dos serviços de fiscalização de profissões, como a OAB, etc. Com a política 
governamental de transferir para o setor privado a execução de serviços públicos, reservando ao Estado 
a regulamentação, o controle e fiscalização desses serviços, houve a necessidade de criar na 
administração agências especiais destinadas a esse fim. 
 
FUNDAÇÕES PÚBLICAS 
 
Fundação é uma pessoa jurídica composta por um patrimônio personalizado, destacado pelo seu 
instituidor para atingir uma finalidade específica. As fundações poderão ser tanto de direito público quanto 
de direito privado. 
As fundações que integram a Administração indireta, quando forem dotadas de personalidade de 
direito público, serão regidas integralmente por regras de Direito Público. Quando forem dotadas de 
personalidade de direito privado, serão regidas por regras de direito público e direito privado. 
O patrimônio da fundação pública é destacado pela Administração direta, que é o instituidor para definir 
a finalidade pública. Como exemplo de fundações, temos: IBGE (Instituto Brasileiro Geográfico 
Estatístico); Universidade de Brasília; FEBEM; FUNAI; Fundação Memorial da América Latina; Fundação 
Padre Anchieta (TV Cultura). 
Características: 
- Liberdade financeira; 
- Liberdade administrativa; 
- Dirigentes próprios; 
- Patrimônio próprio: Patrimônio personalizado significa dizer que sobre ele recai normas jurídicas que 
o tornam sujeito de direitos e obrigações e que ele está voltado a garantir que seja atingido a finalidade 
para qual foi criado. 
Não existe hierarquia ou subordinação entre a fundação e a Administração direta. O que existe é um 
controle de legalidade, um controle finalístico. 
As fundações governamentais, sejam de personalidade de direito público, sejam de direito privado, 
integram a Administração Pública. A lei cria e dá personalidade para as fundações governamentais de 
direito público. As fundações governamentais de direito privado são autorizadas por lei e sua 
personalidade jurídica se inicia com o registro de seus estatutos. 
As fundações são dotadas dos mesmos privilégios que a Administração direta, tanto na área tributária 
(ex.: imunidade prevista no art. 150 da CF/88), quanto na área processual (ex.: prazo em dobro). 
 
1 http://www.portaleducacao.com.br/direito/artigos/27676/autarquias-de-regime-especial 
1175210 E-book gerado especialmente para BEATRIZNOGUEIRA SIQUEIRA
 
. 4 
As fundações respondem pelas obrigações contraídas junto a terceiros. A responsabilidade da 
Administração é de caráter subsidiário, independente de sua personalidade. 
As fundações governamentais têm patrimônio público. Se extinta, o patrimônio vai para a 
Administração indireta, submetendo-se as fundações à ação popular e mandado de segurança. As 
particulares, por possuírem patrimônio particular, não se submetem à ação popular e mandado de 
segurança, sendo estas fundações fiscalizadas pelo Ministério Público. 
 
EMPRESAS PÚBLICAS 
 
Empresas públicas são pessoas jurídicas de Direito Privado, criadas para a prestação de serviços 
públicos ou para a exploração de atividades econômicas que contam com capital exclusivamente público 
e são constituídas por qualquer modalidade empresarial. Se a empresa pública é prestadora de serviços 
públicos, por consequência está submetida a regime jurídico público. Se a empresa pública é exploradora 
de atividade econômica, estará submetida a regime jurídico igual ao da iniciativa privada. 
Alguns exemplos de empresas públicas: 
- BNDS (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social): Embora receba o nome de banco, 
não trabalha como tal. A única função do BNDS é financiar projetos de natureza social. É uma empresa 
pública prestadora de serviços públicos. 
- EBCT (Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos): É prestadora de serviço público (art. 21, X, da 
CF/88). 
- Caixa Econômica Federal: Atua no mesmo segmento das empresas privadas, concorrendo com os 
outros bancos. É empresa pública exploradora de atividade econômica. 
- RadioBrás: Empresa pública responsável pela “Voz do Brasil”. É prestadora de serviço público. 
 
As empresas públicas, independentemente da personalidade jurídica, têm as seguintes características: 
- Liberdade financeira: Têm verbas próprias, mas também são contempladas com verbas 
orçamentárias; 
- Liberdade administrativa: Têm liberdade para contratar e demitir pessoas, devendo seguir as regras 
da CF/88. Para contratar, deverão abrir concurso público; para demitir, deverá haver motivação. 
Não existe hierarquia ou subordinação entre as empresas públicas e a Administração Direta, 
independentemente de sua função. Poderá a Administração Direta fazer controle de legalidade e 
finalidade dos atos das empresas públicas, visto que estas estão vinculadas àquela. Só é possível, 
portanto, controle de legalidade finalístico. 
A lei não cria, somente autoriza a criação das empresas públicas, ou seja, independentemente das 
atividades que desenvolvam, a lei somente autorizará a criação das empresas públicas, não conferindo 
a elas personalidade jurídica. 
 
A empresa pública será prestadora de serviços públicos ou exploradora de atividade econômica. A 
CF/88 somente admite a empresa pública para exploração de atividade econômica em duas situações 
(art. 173 da CF/88): 
- Fazer frente a uma situação de segurança nacional; 
- Fazer frente a uma situação de relevante interesse coletivo: A empresa pública deve obedecer aos 
princípios da ordem econômica, visto que concorre com a iniciativa privada. Quando o Estado explora, 
portanto, atividade econômica por intermédio de uma empresa pública, não poderão ser conferidas a ela 
vantagens e prerrogativas diversas das da iniciativa privada (princípio da livre concorrência). 
 
Quanto à responsabilidade das empresas públicas, temos que: 
- Empresas públicas exploradoras de atividade econômica: A responsabilidade do Estado não existe, 
pois, se essas empresas públicas contassem com alguém que respondesse por suas obrigações, elas 
estariam em vantagem sobre as empresas privadas. Só respondem na forma do § 6.º do art. 37 da CF/88 
as empresas privadas prestadoras de serviço público, logo, se a empresa pública exerce atividade 
econômica, será ela a responsável pelos prejuízos causados a terceiros (art. 15 do CC); 
- Empresas públicas prestadoras de serviço público: Como o regime não é o da livre concorrência, elas 
respondem pelas suas obrigações e a Administração Direta responde de forma subsidiária. A 
responsabilidade será objetiva, nos termos do art. 37, § 6.º, da CF/88. 
Empresas públicas exploradoras de atividade econômica: Submetem-se a regime falimentar, 
fundamentando-se no princípio da livre concorrência. 
Empresas públicas prestadoras de serviço público: não se submetem a regime falimentar, visto não 
estão em regime de concorrência. 
1175210 E-book gerado especialmente para BEATRIZ NOGUEIRA SIQUEIRA
 
. 5 
SOCIEDADE DE ECONOMIA MISTA 
 
As sociedades de economia mista são pessoas jurídicas de Direito Privado criadas para a prestação 
de serviços públicos ou para a exploração de atividade econômica, contando com capital misto e 
constituídas somente sob a forma empresarial de S/A. As sociedades de economia mista são: 
- Pessoas jurídicas de Direito Privado. 
- Exploradoras de atividade econômica ou prestadoras de serviços públicos. 
- Empresas de capital misto. 
- Constituídas sob forma empresarial de S/A. 
 
Veja alguns exemplos de sociedade mista: 
a. Exploradoras de atividade econômica: Banco do Brasil 
b. Prestadora de serviços públicos: Petrobrás, Sabesp, Metrô, CDHU (Companhia de Desenvolvimento 
Habitacional Urbano) e CPOS (Companhia Paulista de Obras e Serviços, empresa responsável pelo 
gerenciamento da execução de contratos que envolvem obras e serviços públicos no Estado de São 
Paulo). 
As sociedades de economia mista têm as seguintes características: 
- Liberdade financeira; 
- Liberdade administrativa; 
- Dirigentes próprios; 
- Patrimônio próprio. 
Não existe hierarquia ou subordinação entre as sociedades de economia mista e a Administração 
Direta, independentemente da função dessas sociedades. No entanto, é possível o controle de legalidade. 
Se os atos estão dentro dos limites da lei, as sociedades não estão subordinadas à Administração Direta, 
mas sim à lei que as autorizou. 
As sociedades de economia mista integram a Administração Indireta e todas as pessoas que a 
integram precisam de lei para autorizar sua criação, sendo que elas serão legalizadas por meio do registro 
de seus estatutos. 
A lei, portanto, não cria, somente autoriza a criação das sociedades de economia mista, ou seja, 
independentemente das atividades que desenvolvam, a lei somente autorizará a criação das sociedades 
de economia mista, não conferindo a elas personalidade jurídica (art. 37, XX, da CF/88). 
 
“XIX - somente por lei específica poderá ser criada autarquia e autorizada a instituição de empresa 
pública, de sociedade de economia mista e de fundação, cabendo à lei complementar, neste último caso, 
definir as áreas de sua atuação; 
 
XX - depende de autorização legislativa, em cada caso, a criação de subsidiárias das entidades 
mencionadas no inciso anterior, assim como a participação de qualquer delas em empresa privada;” 
 
A Sociedade de economia mista, quando explora atividade econômica, submete-se ao mesmo regime 
jurídico das empresas privadas, inclusive as comerciais. Logo, a sociedade mista que explora atividade 
econômica submete-se ao regime falimentar. Sociedade de economia mista prestadora de serviço público 
não se submete ao regime falimentar, visto que não está sob regime de livre concorrência. 
 
Empresa Pública Sociedade de Economia Mista 
Forma jurídica: As empresas públicas podem 
revestir-se de qualquer das formas previstas em 
direito (sociedades civis, sociedades comerciais, 
Ltda, S/A, etc). 
Forma Jurídica: As sociedades de economia 
mista utilizam-se da forma de Sociedade 
Anônima (S/A), sendo regidas, basicamente, pela 
Lei das Sociedades por Ações (Lei n° 
6.404/1976). 
Composição do capital: o capital é composto 
por integrantes da Administração Pública, 
portanto é integralmente público. Dessa forma, 
não se permite a participação de recursos 
particulares na formação de capital das empresas 
públicas. 
Composição do Capital: o capital é composto 
por recursos públicos e privados,sendo, portanto 
as ações divididas entre a entidade 
governamental e a iniciativa privada. 
1175210 E-book gerado especialmente para BEATRIZ NOGUEIRA SIQUEIRA
 
. 6 
Foro processual: Será competente para 
julgamento das empresas públicas federais, 
quando estas se encontrarem nas condições de 
autoras, rés, assistentes ou opoentes, exceto as 
de falência, as de acidente do trabalho e as 
sujeitas à Justiça Eleitoral e à Justiça do 
Trabalho, à Justiça Federal. 
Foro processual: Será competentes para 
julgamento das sociedades de economia federal 
a Justiça Estadual, não usufrui de privilégios da 
Justiça Federal. 
 
Diferença entre Autarquia e Fundações Públicas 
 
Autarquia Fundação 
Criação: ocorre por lei ordinária e específica Criação: ocorre por autorização legislativa e 
lei complementar, o que permite definir a área de 
atuação. 
Personificação: serviço público. Personificação: patrimônio. 
Pessoa Jurídica: de direito público. Pessoa Jurídica: de direito público ou 
privado. 
Funções: exerce função típica do Estado. Funções: exerce funções atípicas do Estado. 
Natureza: administrativa Natureza: social 
 
Questões 
 
01. (EPT – Maricá -Assistente Administrativo –IESAP/2015). Sobre as autarquias não é correto 
afirmar: 
(A) Deve ser criada mediante lei específica. 
(B) Executa atividades típicas da administração pública, que requeiram, para seu melhor 
funcionamento, gestão administrativa e financeira descentralizada. 
(C) É uma entidade com personalidade jurídica de direito privado, criada por lei. 
(D) São entes de direito público com personalidade jurídica e patrimônios próprios. 
 
02. (ESAF - Analista de Planejamento e Orçamento - Conhecimentos Gerais – ESAF/2015). São 
características das autarquias, exceto: 
(A) criação por lei de iniciativa do Chefe do Poder Executivo. 
(B) personalidade de direito público, submetendo-se a regime jurídico administrativo quanto à criação, 
extinção e poderes. 
(C) capacidade de autoadministração, o que implica autonomia referente às suas atividades de 
administração ordinária (atividade meio), bem como às suas atividades normativas e regulamentares. 
(D) especialização dos fins ou atividades, sendo-lhes vedado exercer atividades diversas daquelas 
para as quais foram instituídas. 
(E) sujeição a controle ou tutela, o que não exclui o controle interno. 
 
03. (TJ/SC - Técnico Judiciário Auxiliar – FGV/2015). São pessoas jurídicas de direito privado, 
integrantes da Administração Indireta do Estado, criadas por autorização legal, sob qualquer forma 
jurídica adequada a sua natureza, para que o Governo exerça atividades gerais de caráter econômico ou, 
em certas situações, execute a prestação de serviços públicos, as: 
(A) autarquias; 
(B) fundações públicas; 
(C) fundações privadas; 
(D) empresas públicas; 
(E) agências reguladoras. 
 
04. (Prefeitura de Rio de Janeiro – RJP- Assistente Administrativo - Prefeitura do Rio de Janeiro 
– RJ/2015). De acordo com o entendimento doutrinário, as empresas públicas podem ser conceituadas 
como: 
(A) pessoas jurídicas de direito privado, integrantes da Administração Indireta, criadas por lei sob a 
forma de sociedades anônimas para desempenhar funções que, despidas de caráter econômico, sejam 
próprias e típicas de estado 
1175210 E-book gerado especialmente para BEATRIZ NOGUEIRA SIQUEIRA
 
. 7 
(B) pessoas jurídicas de direito público, integrantes da Administração Indireta, criadas por autorização 
legal sob qualquer forma jurídica adequada a sua natureza, para que o governo exerça atividades gerais 
de caráter econômico ou, em certas situações, execute a prestação de serviços públicos 
(C) pessoas jurídicas de direito privado, integrantes da Administração Indireta, criadas por autorização 
legal sob qualquer forma jurídica adequada a sua natureza, para que o governo exerça atividades gerais 
de caráter econômico ou, em certas situações, execute a prestação de serviços públicos 
(D) pessoas jurídicas de direito público, integrantes da Administração Indireta, criadas por autorização 
legal sob a forma de sociedades anônimas, cujo controle acionário pertença ao Poder Público, tendo por 
objetivo, como regra, a exploração de atividades gerais de caráter econômico e a prestação de serviços 
públicos 
 
05. (PC/ ES - Perito em Telecomunicação – FUNCAB/2013). São características da desconcentração 
como organização administrativa: 
(A) atribuições repartidas entre entidades autônomas criadas pelo Estado. 
(B) formação de conjunto de entidades reconhecido pela expressão “Administração Pública Indireta”. 
(C) a partição de competências entre órgãos por critérios territoriais, temáticos ou hierárquicos. 
(D) responsabilidade direta das entidades criadas pelos prejuízos causados a particulares. 
(E) o reconhecimento de núcleos de competência estatal com personalidade jurídica e direcionamento 
autônomos. 
 
06. (PC/ESP - Psicólogo – FUNCAB/2013). São características da descentralização como 
organização administrativa: 
(A) existência de competências divididas entre órgãos sem personalidade jurídica própria. 
(B) formação de um conjunto de entidades denominado comumente de “Administração Pública 
Indireta”. 
(C) responsabilidade direta dos órgãos despersonalizados na hipótese de causação de danos. 
(D) conjugação de órgãos e entidades formadores da denominada “Administração Pública Direta”. 
(E) superioridade hierárquica do Estado sobre entes criados para divisão das atribuições 
administrativas. 
 
07. (AL/AM - Analista - Controle - ISAE/2011) Com relação à estrutura da Administração Pública, 
analise as afirmativas a seguir: 
I. Pertencem à Administração Pública indireta as seguintes entidades: sociedades de economia mista, 
empresas públicas, autarquias e fundações públicas. 
II. As entidades paraestatais compõem a Administração Pública direta. 
III. As entidades que compõem a Administração Pública indireta possuem personalidade jurídica 
própria. 
Assinale: 
(A) se somente a afirmativa I estiver correta. 
(B) se somente a afirmativa II estiver correta. 
(C) se somente a afirmativa III estiver correta. 
(D) se somente as afirmativas I e II estiverem corretas. 
(E) se somente as afirmativas I e III estiverem corretas. 
 
08. (PG/DF - Analista Jurídico - Direito e Legislação - IADES/2011) Considerando os conceitos dos 
entes que compõem a administração indireta, assinale a alternativa correta. 
(A) Autarquia é uma pessoa jurídica de direito público, criada por lei específica, para auxiliar a 
Administração Pública a executar atividades típicas. 
(B) Fundação Pública é uma pessoa jurídica de direito privado, criada por decreto do Presidente da 
República, constituindo a personificação jurídica de um patrimônio, para executar atividades típicas da 
Administração. 
(C) Empresas Públicas são pessoas jurídicas de direito público, criadas por decreto do Presidente da 
República, destinadas à prestação de serviços industriais ou atividades econômicas em que o Estado 
tenha interesse próprio. 
(D) Sociedade de Economia Mista é uma pessoa jurídica de direito público, autorizada para a 
exploração de atividade econômica, sob a forma de sociedade anônima, cujo capital pertence em sua 
maioria ao poder público. 
(E) Serviços Sociais Autônomos são pessoas jurídicas de direito público, para prestar serviços de 
interesse social ou de utilidade pública, não podendo arrecadar contribuições para fiscais. 
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. 8 
09. (TRE/ACRE - Analista Judiciário - FCC/2010) A respeito das entidades políticas e administrativas, 
considere: 
I. Pessoas jurídicas de Direito Público que integram a estrutura constitucional do Estado e têm poderes 
políticos e administrativos. 
II. Pessoas jurídicas de Direito Público, de natureza meramente administrativa, criadas por lei 
específica, para realização de atividades, obras ou serviços descentralizados da entidade estatal que as 
criou. 
III. Pessoas jurídicas de Direito Privadoque, por lei, são autorizadas a prestar serviços ou realizar 
atividades de interesse coletivo ou público, mas não exclusivos do Estado. 
Esses conceitos referem-se, respectivamente, a entidades 
(A) autárquicas, fundacionais e empresariais. 
(B) estatais, autárquicas e paraestatais ou de cooperação. 
(C) estatais, paraestatais ou de cooperação e fundacionais. 
(D) paraestatais ou de cooperação, autárquicas e estatais. 
(E) estatais, empresariais e fundacionais. 
 
10. (TRT 9ª Região - Analista Judiciário - FCC/2010) No que concerne ao tema sociedades de 
economia mista e empresas públicas, é INCORRETO afirmar: 
(A) O pessoal das empresas públicas e das sociedades de economia mista são considerados agentes 
públicos, para os fins de incidência das sanções previstas na Lei de Improbidade Administrativa. 
(B) As sociedades de economia mista apenas têm foro na Justiça Federal quando a União intervém 
como assistente ou opoente ou quando a União for sucessora da referida sociedade. 
(C) Ambas somente podem ser criadas se houver autorização por lei específica, cabendo ao Poder 
Executivo as providências complementares para sua instituição. 
(D) No capital de empresa pública, não se admite a participação de pessoa jurídica de direito privado, 
ainda que integre a Administração Indireta. 
(E) As empresas públicas podem adotar qualquer forma societária, inclusive a forma de sociedade 
“unipessoal”. 
 
11. (MPOG - Atividade Técnica - Direito, Administração, Ciências Contábeis e Economia – 
FUNCAB/2015). A técnica segundo a qual as atividades administrativas são distribuídas a pessoas 
jurídicas autônomas, que respondem inclusive judicialmente pelos prejuízos que seus agentes causarem, 
é denominada: 
(A) centralização. 
(B) descentralização. 
(C) desconcentração. 
(D) concentração. 
(E) verticalização. 
 
Respostas 
 
01. Resposta: C 
Criação: ocorre por lei ordinária e específica 
Personificação: serviço público. 
Pessoa Jurídica: de direito público. 
Funções: exerce função típica do Estado. 
Natureza: administrativa 
 
02. Resposta: C 
Embora possua capacidade de autoadministração e autonomia para o desenvolvimento de suas 
atividades, as autarquias não possuem autonomia nas suas atividades normativas e regulamentares, 
pois só podem editar normas e regulamentos nos limites definidos na lei. Nesse sentido, o STJ já 
decidiu que não caberia a determinada autarquia expedir atos de caráter normativo por inexistir norma 
expressa que lhe conferisse tal competência (Resp 1.103.913/PR). 
 
03. Resposta: D 
Art. 5º, Decreto 200/1967.Para os fins desta lei, considera-se: 
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. 9 
I - Autarquia - o serviço autônomo, criado por lei, com personalidade jurídica, patrimônio e receita 
próprios, para executar atividades típicas da Administração Pública, que requeiram, para seu melhor 
funcionamento, gestão administrativa e financeira descentralizada. 
II - Empresa Pública - a entidade dotada de personalidade jurídica de direito privado, com patrimônio 
próprio e capital exclusivo da União, criado por lei para a exploração de atividade econômica que o 
Governo seja levado a exercer por fôrça de contingência ou de conveniência administrativa podendo 
revestir-se de qualquer das formas admitidas em direito. 
III - Sociedade de Economia Mista - a entidade dotada de personalidade jurídica de direito privado, 
criada por lei para a exploração de atividade econômica, sob a forma de sociedade anônima, cujas 
ações com direito a voto pertençam em sua maioria à União ou a entidade da Administração Indireta. 
IV - Fundação Pública - a entidade dotada de personalidade jurídica de direito privado, sem fins 
lucrativos, criada em virtude de autorização legislativa, para o desenvolvimento de atividades que não 
exijam execução por órgãos ou entidades de direito público, com autonomia administrativa, patrimônio 
próprio gerido pelos respectivos órgãos de direção, e funcionamento custeado por recursos da União e 
de outras fontes. 
 
04. Resposta: C 
MAZZA (2014) — Empresas públicas são pessoas jurídicas de direito privado, criadas por 
autorização legislativa, com totalidade de capital público e regime organizacional livre. Exemplos: Banco 
Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social – BNDES, Empresa Brasileira de Correios e 
Telégrafos – ECT, Caixa Econômica Federal – CEF, Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária – 
Embrapa e Empresa Brasileira de Infraestrutura Aeroportuária – Infraero. 
 
05. Resposta: C 
Desconcentração significa transferir a execução de um serviço público de um órgão para o outro dentro 
da Administração Direta, permanecendo está no centro. Criam-se órgãos despersonalizados, ou sejam 
não possuem personalidade jurídica. 
Ocorre desconcentração administrativa quando uma pessoa política ou uma entidade da administração 
indireta distribui competências no âmbito de sua própria estrutura afim de tornar mais ágil e eficiente a 
prestação dos serviços. Desconcentração envolve, obrigatoriamente, uma só pessoa jurídica. 
Porque a desconcentração ocorre no âmbito de uma mesma pessoa jurídica, surge relação de 
hierarquia, de subordinação, entre os órgãos dela resultantes. No âmbito das entidades desconcentradas 
temos controle hierárquico, o qual compreende os poderes de comando, fiscalização, revisão, punição, 
solução de conflitos de competência, delegação e avocação. 
 
06. Resposta: B 
Descentralizar é repassar a execução e a titularidade, ou só a execução de uma pessoa para outra, 
não havendo hierarquia. Por exemplo, quando a União transferiu a titularidade dos serviços relativos à 
seguridade social à autarquia INSS. 
Na esfera federal, a Administração Direta ou Centralizada é composta por órgãos subordinados à 
Presidência da República e aos Ministérios, como o Departamento da Polícia Federal, Secretaria do 
Tesouro Nacional ou a Corregedoria-Geral da União. 
 
07. Resposta: “E” 
Está correto somente o que consta nas afirmativas I e III, haja vista que são integrantes da 
Administração Pública direta a União, Estados, Distrito Federal e Municípios, não se enquadrando, desta 
forma, as entidades paraestatais neste rol. Já com relação à Administração Pública indireta esta é 
composta pelas seguintes entidades: sociedades de economia mista, empresas públicas, autarquias e 
fundações públicas, sendo importante destacar ainda que estes entes possuem personalidade jurídica 
própria. 
 
08. Resposta: “A” 
As autarquias são pessoas jurídicas de direito público criadas para a prestação de serviços públicos, 
contando com capital exclusivamente público, ou seja, as autarquias são regidas integralmente por regras 
de direito público, podendo, tão-somente, serem prestadoras de serviços e contando com capital oriundo 
da Administração Direta. 
 
 
 
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. 10 
09. Resposta: “B” 
Os conceitos trazidos seguem a seguinte ordem: I- Entidades Estatais; II - Autárquicas e III – Entidades 
paraestatais ou de cooperação. 
 
10. Resposta: “D” 
Está incorreto o que se afirma na alternativa “D”. A empresa pública possui capital exclusivamente 
público e não há a possibilidade de participação de recursos particulares na formação do capital, porém 
é permitida pela lei a participação de outras pessoas de direito público interno, bem como de entidades 
da administração indireta, da União, Estados, Distrito Federal e Municípios. Dessa forma, admite-se a 
participação de pessoas jurídicas de direito privado que integrem a administração indireta, mas tudo isso 
só é possível desde que a maioria do capital votante permaneça de propriedade da União. 
 
11. Resposta: B 
A descentralização consiste na Administração Direta deslocar, distribuir ou transferir a prestação do 
serviço para a Administração a Indireta ou para o particular. Note-se que, a nova Pessoa Jurídica não 
ficará subordinada à Administração Direta, pois não há relação de hierarquia, mas estamanterá o controle 
e fiscalização sobre o serviço descentralizado. 
 
 
 
CONCEITO 
 
Ato administrativo é todo ato jurídico, referente a área do Direito Administrativo, apresentando portanto 
diferenças com relação as demais categorias de atos, em decorrência de seu regime peculiar. 
 
Trata-se de toda manifestação lícita e unilateral de vontade da Administração ou de quem lhe faça às 
vezes, que agindo nesta qualidade tenha por fim imediato adquirir, transferir, modificar ou extinguir direitos 
e obrigações. 
Os atos administrativos podem ser praticados pelo Estado ou por alguém que esteja em nome dele. 
Logo, pode-se concluir que os atos administrativos não são definidos pela condição da pessoa que os 
realiza. Tais atos são regidos pelo Direito Público. 
 
Conceitos de acordo com alguns doutrinadores: 
 
Para Hely Lopes Meirelles: “toda manifestação unilateral de vontade da Administração Pública que, 
agindo nessa qualidade, tenha por fim imediato adquirir, resguardar, transferir, modificar, extinguir e 
declarar direitos, ou impor obrigações aos administrados ou a si própria”.2 
 
Para Maria Sylvia Zanella di Pietro ato administrativo é a “declaração do Estado ou de quem o 
represente, que produz efeitos jurídicos imediatos, com observância da lei, sob regime jurídico de direito 
público e sujeita a controle pelo Poder Judiciário”.3 
 
Deve-se diferenciar o conceito de ato administrativo do conceito de ato da Administração. Este último 
é ato praticado por órgão vinculado à estrutura do Poder Executivo. 
Nem todo ato praticado pela Administração será ato administrativo, ou seja, há circunstâncias em que 
a Administração se afasta das prerrogativas que possui, equiparando-se ao particular. 
 
Todo ato praticado no exercício da função administrativa é conhecido como Ato da Administração. 
Essa expressão possui sentido mais amplo do que a expressão ato administrativo, que irá abranger 
apenas uma categoria de atos praticados em decorrência da função administrativa. 
 
 
2 Direito administrativo brasileiro, p. 145. 
3 Direito administrativo, p. 196. 
2 Ato administrativo. 
2.1 Conceito, requisitos, atributos, classificação e espécies. 
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. 11 
O ato administrativo terá sua identidade oriundos de seus atributos normativos que são conferidos pela 
lei. Esses atributos são: presunção de legitimidade, exigibilidade, imperatividade e autoexecutoriedade. 
 
Dentre os atos da Administração, incluem-se: 4 
 
1 . Os atos de direito privado, corno doação, permuta, compra e venda, locação; 
2 . Os atos materiais da Administração, que não contêm manifestação de vontade, mas que envolvem 
apenas execução, como a demolição de uma casa, a apreensão de mercadoria, a realização de um 
serviço; 
3 . Os chamados atos d e conhecimento, opinião, juízo o u valor, que também não expressam uma 
vontade e que, portanto, também não podem produzir efeitos jurídicos; é o caso dos atestados, certidões, 
pareceres, votos; 
4 . Os atos políticos, que estão sujeitos a regime jurídico-constitucional; 
5. Os contratos; 
6 . Os atos normativos d a Administração, abrangendo decretos, portarias, resoluções, regimentos, de 
efeitos gerais e abstratos; 
7 . Os atos administrativos propriamente ditos. Dependendo do critério mais ou menos amplo que se 
utilize para conceituar o ato administrativo, nele se incluirão ou não algumas dessas categorias de atos 
da Administração. 
O importante é dar um conceito que permita individualizar o ato administrativo como categoria própria, 
na qual se incluam todos os atos da Administração que apresentem as mesmas características, 
sujeitando-se a idêntico regime jurídico. 
 
Exemplo de Atos da Administração que não são Atos Administrativos: 
 
1. Atos atípicos praticados pelo Poder Executivo: São hipóteses em que o Poder Executivo exerce atos 
legislativos ou judiciais. 
2. Atos materiais praticados pelo Poder Executivo: São atos não jurídicos; que não produzem 
consequências jurídicas (Exemplo: Um funcionário do Executivo digitando algum documento). 
3. Atos regidos pelo Direito Privado e praticados pelo Poder Executivo: Para que o ato seja 
administrativo, deverá, sempre, ser regido pelo Direito Público; então, se é ato regido pelo Direito Privado, 
é, tão somente, um ato da Administração. 
4. Atos políticos ou de governo praticados pelo Poder Executivo. 
 
Atos Administrativos que não são Atos da Administração: São todos os atos administrativos 
praticados em caráter atípico pelo Poder Legislativo ou pelo Poder Judiciário. 
 
Requisitos: 
 
São as condições necessárias para a existência válida do ato. Do ponto de vista da doutrina 
tradicional (e majoritária nos concursos públicos), os requisitos dos atos administrativos são cinco: 
 
Competência: o ato deve ser praticado por sujeito capaz, trata-se de requisito vinculado. Para que um 
ato seja válido deve-se verificar se foi praticado por agente competente. 
No Direito Administrativo quem define as competências de cada agente é a lei, que deverá limitar sua 
atuação e fazer as atribuições de cada agente. 
 
Objeto lícito: É o conteúdo ato, o resultado que se visa receber com sua expedição. Todo e qualquer 
ato administrativo tem por objeto a criação, modificação ou comprovação de situações jurídicas referentes 
a pessoas, coisas ou atividades voltadas à ação da Administração Pública. 
 
Forma: é o requisito vinculado que envolve a maneira de exteriorização e demais procedimentos 
prévios que forem exigidos com a expedição do ato administrativo. Via de regra, os atos devem ser 
escritos, permitindo de maneira excepcional atos gestuais, verbais ou provindos de forças que não sejam 
produzidas pelo homem, mas sim por máquinas, que são os casos dos semáforos, por exemplo. 
 
 
4 Di Pietro , Maria Sylvia Zanella, Direito Administrativo , Editora; Atlas, 2014, SÃO PAULO 
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. 12 
Motivo: Este integra os requisitos dos atos administrativos tendo em vista a defesa de interesses 
coletivos. Por isso existe a teoria dos motivos determinantes; 
 
Difere-se de motivação, pois este é a explicação por escrito das razões que levaram à prática do ato. 
 
Finalidade: O ato administrativo somente visa a uma finalidade, que é a pública; se o ato praticado 
não tiver essa finalidade, ocorrerá abuso de poder; 
 
ATRIBUTOS DO ATO ADMINISTRATIVO 
 
Atributos são prerrogativas que existem por conta dos interesses que a Administração representa, são 
as qualidades que permitem diferenciar os atos administrativos dos outros atos jurídicos. São eles: 
 
1. Presunção de Legitimidade: É a presunção de que os atos administrativos devem ser 
considerados válidos, até que se demonstre o contrário, a bem da continuidade da prestação dos serviços 
públicos. Isso não significa que os atos administrativos não possam ser contrariados, no entanto, o ônus 
da prova é de quem alega. 
 
2. Imperatividade: É o poder que os atos administrativos possuem de gerar unilateralmente 
obrigações aos administrados, independente da concordância destes. É a prerrogativa que a 
Administração possui para impor determinado comportamento a terceiros. 
 
3. Exigibilidade ou Coercibilidade: É o poder que possuem os atos administrativos de serem exigidos 
quanto ao seu cumprimento sob ameaça de sanção. A imperatividade e a exigibilidade, em regra, nascem 
no mesmo momento. Excepcionalmente o legislador poderá diferenciar o momento temporal do 
nascimento da imperatividade e o da exigibilidade. No entanto, a imperatividade é pressuposto lógico da 
exigibilidade, ou seja, não se poderá exigir obrigação que não tenha sido criada. 
 
4. Autoexecutoriedade: É o poder pelo qual os atos administrativos podem ser executados 
materialmente pela própria administração, independentemente da atuação do Poder Judiciário.Esse 
atributo fundamenta-se na necessidade de resguardar eficaz e rapidamente o interesse público. Contudo, 
nem todos os atos a possuem. Exemplo: Procedimento tributário, desapropriação, etc.). 
Para a ocorrência da autoexecutoriedade é necessário a presença dos seguintes requisitos: 
a) Quando a lei expressamente prever; 
b) Quando estiver tacitamente prevista em lei (nesse caso deverá haver a soma dos seguintes 
requisitos: 
- situação de urgência; e 
- inexistência de meio judicial idôneo capaz de, a tempo, evitar a lesão. 
 
 CLASSIFICAÇÃO 
 
Quanto à formação: Os atos se dividem em simples, complexo e compostos. 
Simples: decorre da vontade de um único órgão, seja ele singular ou colegiado - exemplo: nomeação 
pelo Presidente da República, decisão de um Conselho, etc.5 
Complexo: decorre da manifestação de dois ou mais órgãos; de duas ou mais vontades que se unem 
para formar um único ato. Exemplo: Decreto do prefeito referendado pelo secretário. 
Composto: manifestação de dois ou mais órgãos, em que um edita o ato principal e o outro será 
acessório. Exemplo: nomeação de ministro do Superior Tribunal feito pelo Presidente da República e que 
depende de aprovação do Senado. A nomeação é o ato principal e a aprovação o acessório. 
 
Quanto a manifestação de vontade: 
 
Atos unilaterais: Dependem de apenas a vontade de uma das partes. Exemplo: licença 
Atos bilaterais: Dependem da anuência de ambas as partes. Exemplo: contrato administrativo; 
Atos multilaterais: Dependem da vontade de várias partes. Exemplo: convênios. 
 
 
 
5 http://www.jurisway.org.br/v2/cursoonline.asp?id_curso=835&id_titulo=10596&pagina=5 
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. 13 
Quanto aos destinatários 
 
Gerais: os atos gerais tem a finalidade de normatizar suas relações e regulam uma situação jurídica 
que abrange um número indeterminado de pessoas, portanto abrange todas as pessoas que se 
encontram na mesma situação, por tratar-se de imposição geral e abstrata para determinada relação. 
 
 “Atos administrativos gerais ou regulamentares são aqueles expedidos sem destinatários 
determinados, com finalidade normativa, alcançando todos os sujeitos que se encontrem na mesma 
situação de fato abrangida por seus preceitos.” 6 
 
Individuais: atos individuais são aqueles destinados a um destinatário certo, impondo a norma 
abstrata ao caso concreto. Nesse momento, seus destinatários são individualizados, pois a norma é geral 
restringindo seu âmbito de atuação. Exemplo: promoção de servidor público 
 
Quanto à supremacia do poder público: 
 
- Atos de império: Atos onde o poder público age de forma imperativa sobre os administrados, 
impondo-lhes obrigações. Exemplos de atos de império: A desapropriação e a interdição de atividades. 
- Atos de expediente: São aqueles destinados a dar andamento aos processos e papéis que tramitam 
no interior das repartições. Os atos de gestão (praticados sob o regime de direito privado. Ex: contratos 
de locação em que a Administração é locatária) não são atos administrativos, mas são atos da 
Administração. Para os autores que consideram o ato administrativo de forma ampla (qualquer ato que 
seja da administração como sendo administrativo), os atos de gestão são atos administrativos. 
 
Quanto à natureza do ato: 
 
- Atos-regra: Traçam regras gerais (regulamentos). 
- Atos subjetivos: Referem-se a situações concretas, de sujeito determinado. 
- Atos-condição: Somente surte efeitos caso determinada condição se cumpra. 
 
Quanto ao regramento: 
 
- Atos vinculados: Possui todos seus elementos determinados em lei, não existindo possibilidade de 
apreciação por parte do administrador quanto à oportunidade ou à conveniência. Cabe ao administrador 
apenas a verificação da existência de todos os elementos expressos em lei para a prática do ato. Caso 
todos os elementos estejam presentes, o administrador é obrigado a praticar o ato administrativo; caso 
contrário, ele estará proibido da prática do ato. 
- Atos discricionários: O administrador pode decidir sobre o motivo e sobre o objeto do ato, devendo 
pautar suas escolhas de acordo com as razões de oportunidade e conveniência. A discricionariedade é 
sempre concedida por lei e deve sempre estar em acordo com o princípio da finalidade pública. O poder 
judiciário não pode avaliar as razões de conveniência e oportunidade (mérito), apenas a legalidade, os 
motivos e o conteúdo ou objeto do ato. 
 
Quanto aos efeitos: 
 
- Constitutivo: Gera uma nova situação jurídica aos destinatários. Pode ser outorgado um novo direito, 
como permissão de uso de bem público, ou impondo uma obrigação, como cumprir um período de 
suspensão. 
- Declaratório: Simplesmente afirma ou declara uma situação já existente, seja de fato ou de direito. 
Não cria, transfere ou extingue a situação existente, apenas a reconhece. Também é dito enunciativo. É 
o caso da expedição de uma certidão de tempo de serviço. 
- Modificativo: Altera a situação já existente, sem que seja extinta, não retirando direitos ou 
obrigações. A alteração do horário de atendimento da repartição é exemplo desse tipo de ato. 
- Extintivo: Pode também ser chamado desconstitutivo, é o ato que põe termo a um direito ou dever 
existente. Cite-se a demissão do servidor público. 
 
 
 
6 MEIRELLES, 2006. p.163 
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. 14 
Quanto à abrangência dos efeitos: 
 
- Internos: Destinados a produzir seus efeitos no âmbito interno da Administração Pública, não 
atingindo terceiros, como as circulares e pareceres. 
- Externos: Têm como destinatárias pessoas além da Administração Pública, e, portanto, necessitam 
de publicidade para que produzam adequadamente seus efeitos. São exemplo;s a fixação do horário de 
atendimento e a ocupação de bem privado pela Administração Pública. 
 
Quanto à validade: 
 
- Válido: É o que atende a todos os requisitos legais: competência, finalidade, forma, motivo e objeto. 
Pode estar perfeito, pronto para produzir seus efeitos ou estar pendente de evento futuro. 
- Nulo: É o que nasce com vício insanável, ou seja, um defeito que não pode ser corrigido. Não produz 
qualquer efeito entre as partes. No entanto, em face dos atributos dos atos administrativos, ele deve ser 
observado até que haja decisão, seja administrativa, seja judicial, declarando sua nulidade, que terá efeito 
retroativo, ex tunc, entre as partes. Por outro lado, deverão ser respeitados os direitos de terceiros de 
boa-fé que tenham sido atingidos pelo ato nulo. Cite-se a nomeação de um candidato que não tenha nível 
superior para um cargo que o exija. A partir do reconhecimento do erro, o ato é anulado desde sua origem. 
Porém, as ações legais eventualmente praticadas por ele durante o período em que atuou permanecerão 
válidas. 
- Anulável: É o ato que contém defeitos, porém, que podem ser sanados, convalidados. Ressalte-se 
que, se mantido o defeito, o ato será nulo; se corrigido, poderá ser "salvo" e passar a ser válido. Atente-
se que nem todos os defeitos são sanáveis, mas sim aqueles expressamente previstos em lei. 
- Inexistente: É aquele que apenas aparenta ser um ato administrativo, mas falta a manifestação de 
vontade da Administração Pública. São produzidos por alguém que se faz passar por agente público, sem 
sê-lo, ou que contém um objeto juridicamente impossível. Exemplo do primeiro caso é a multa emitida por 
falso policial; do segundo, a ordem para matar alguém. 
 
Quanto à exequibilidade: 
 
- Perfeito: É aquele que completou seu processo de formação, estando apto a produzir seus efeitos. 
Perfeição não se confunde com validade. Esta é a adequação do ato à lei; a perfeição refere-se às 
etapas de sua formação. 
- Imperfeito: Não completou seu processo de formação, portanto, não está apto a produzir seus 
efeitos, faltando, por exemplo, a homologação,publicação, ou outro requisito apontado pela lei. 
- Pendente: Para produzir seus efeitos, sujeita-se a condição ou termo, mas já completou seu ciclo de 
formação, estando apenas aguardando o implemento desse acessório, por isso não se confunde com o 
imperfeito. Condição é evento futuro e incerto, como o casamento. Termo é evento futuro e certo, como 
uma data específica. 
- Consumado: É o ato que já produziu todos os seus efeitos, nada mais havendo para realizar. 
Exemplifique-se com a exoneração ou a concessão de licença para doar sangue. 
 
ESPÉCIES DE ATO ADMINISTRATIVO 
 
Existem diversas classificações que trata das espécies dos atos administrativos. Ainda considerando 
a simplicidade do presente trabalho, trataremos apenas das principais espécies apresentadas pela 
doutrina. 
Para facilitar o estudo, dividimos a análise do ato administrativo utilizando dois critérios distintos: o 
conteúdo e a forma. 
Quanto ao conteúdo, os atos administrativos podem ser classificados em autorização, licença, 
admissão, permissão, aprovação, homologação, parecer e visto. 
 
1. Autorização: ato administrativo unilateral, discricionário e precário pelo qual a Administração faculta 
ao particular o uso de bem público (autorização de uso), ou a prestação de serviço público (autorização 
de serviço público), ou o desempenho de atividade material, ou a prática de ato que, sem esse 
consentimento, seriam legalmente proibidos (autorização como ato de polícia). 
 
2. Licença: é o ato administrativo unilateral e vinculado pelo qual a Administração faculta àquele que 
preencha os requisitos legais o exercício de uma atividade. A diferença entre licença e autorização é 
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. 15 
nítida, porque o segundo desses institutos envolve interesse, “caracterizando-se como ato discricionário, 
ao passo que a licença envolve direitos, caracterizando-se como ato vinculado”. Na autorização, o Poder 
Público aprecia, discricionariamente, a pretensão do particular em face do interesse público, para outorga 
ou não a autorização, como ocorre no caso de consentimento para porte de arma; na licença, cabe à 
autoridade tão somente verificar, em cada caso concreto, se foram preenchidos os requisitos legais 
exigidos para determinada outorga administrativa e, em caso afirmativo, expedir o ato, sem possibilidade 
de recusa; é o que se verifica na licença para construir e para dirigir veículos automotores. A autorização 
é ato constitutivo e a licença é ato declaratório de direito preexistente. 
 
3. Admissão: é ato unilateral e vinculado pelo qual a Administração reconhece ao particular, que 
preencha os requisitos legais, o direito à prestação de um serviço público. É ato vinculado, tendo em vista 
que os requisitos para outorga da prestação administrativa são previamente definidos, de modo que todos 
os que os satisfaçam tenham direito de obter o benefício. São exemplos a admissão nas escolas públicas, 
nos hospitais e nos estabelecimentos de assistência social. 
 
4. Permissão: em sentido amplo, designa o ato administrativo unilateral, discricionário, gratuito ou 
oneroso, pelo qual a Administração Pública faculta a execução de serviço público ou a utilização privativa 
de bem público. O seu objeto é a utilização privativa de bem público por particular ou a execução de 
serviço público. 
 
5. Aprovação: é ato unilateral e discricionário pelo qual se exerce o controle a priori ou a posteriori do 
ato administrativo. No controle a priori, equivale à autorização para a prática do ato; no controle a 
posteriori equivale ao seu referendo. É ato discricionário, porque o examina sob os aspectos de 
conveniência e oportunidade para o interesse público; por isso mesmo, constitui condição de eficácia do 
ato. 
 
6. Homologação: é o ato unilateral e vinculado pelo qual a Administração Pública reconhece a 
legalidade de um ato jurídico. Ela se realiza sempre a posteriori e examina apenas o aspecto de 
legalidade, no que se distingue da aprovação. É o caso do ato da autoridade que homologa o 
procedimento da licitação. 
 
7. Parecer: é o ato pelo qual os órgãos consultivos da Administração emitem opinião sobre assuntos 
técnicos ou jurídicos de sua competência. O parecer pode ser facultativo, obrigatório e vinculante. O 
parecer é facultativo quando fica a critério da Administração solicitá-lo ou não, além de não ser vinculante 
para quem o solicitou. Se foi indicado como fundamento da decisão, passará a integrá-la, por 
corresponder à própria motivação do ato. O parecer é obrigatório quando a lei o exige como pressuposto 
para a prática do ato final. A obrigatoriedade diz respeito à solicitação do parecer (o que não lhe imprime 
caráter vinculante). O parecer é vinculante quando a Administração é obrigada a solicitá-lo e a acatar a 
sua conclusão. Por exemplo, para conceder aposentadoria por invalidez, a Administração tem que ouvir 
o órgão médico oficial e não pode decidir em desconformidade com a sua decisão. Se a autoridade tiver 
dúvida ou não concordar com o parecer, deverá pedir novo parecer. Apesar do parecer ser, em regra, ato 
meramente opinativo, que não produz efeitos jurídicos, o STF tem admitido a responsabilização de 
consultores jurídicos quando o parecer for vinculante para a autoridade administrativa, desde que 
proferido com má-fé ou culpa. 
 
8. Visto: é o ato administrativo unilateral pelo qual a autoridade competente atesta a legitimidade 
formal de outro ato jurídico. Não significa concordância com o seu conteúdo, razão pela qual é incluído 
entre os atos de conhecimento, que são meros atos administrativos e não encerram manifestações de 
vontade. Exemplo de visto é o exigido para encaminhamento de requerimento de servidores subordinados 
a autoridade de superior instância; a lei normalmente impõe o visto do chefe imediato, para fins de 
conhecimento e controle formal, não equivalendo à concordância ou deferimento do seu conteúdo. 
 
Quanto à forma, os atos administrativos podem ser classificados em decreto, resolução e portaria, 
circular, despacho, alvará. 
 
1. Decretos: São atos emanados pelos chefes do Poder Executivo, tais como, prefeitos, governadores 
e o Presidente da República. Podem ser dirigidos abstratamente às pessoas em geral (decreto geral), ou 
a pessoas, ou a um grupo de pessoas determinadas. (decreto individual). O decreto geral é ato normativo, 
apresentado efeitos e conteúdos semelhantes à lei. 
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2. Resoluções e Portarias: São atos emanados por autoridades superiores, mas não os chefes do 
Poder Executivo. Ou seja, é a forma pelo qual as autoridades de nível inferior aos Chefes do Poder 
Executivo fixam normas gerais para disciplinar conduta de seus subordinados. Embora possam produzir 
efeitos externos, as resoluções e portarias não podem contrariar os regulamentos e os regimentos, 
limitando-se a explicá-los. 
 
3. Circular: É o instrumento usado para a transmissão de ordens internas uniformes, incumbindo de 
certos serviços ou atribuições a certos funcionários. É o ato que envolve a decisão da Administração 
sobre assuntos de interesse individual ou coletivo submetido a sua apreciação. 
 
4. Despacho: Quando a administração, por meio de um despacho, aprova parecer proferido por órgão 
técnico sobre determinado assunto de interesse geral, este despacho é denominado de despacho 
normativo. O despacho normativo deverá ser observado por toda administração, valendo como solução 
para todos os casos que se encontram na mesma situação. 
 
5. Alvará: é instrumento pelo qual a Administração se vale para conferir ao administrado uma licença 
ou autorização. Ou seja, é o formato pelo qual são emitidas as licenças e autorizações. Como se pode 
notar, enquanto as licenças e autorizações representam o conteúdo, o alvará representa a forma. 
 
Ainda cabe trazer ao estudo a classificação apresentada por Hely Lopes Meirelles, ondepodemos 
agrupar os atos administrativos em 5 cinco tipos: 
 
a) Atos normativos: São aqueles que contém um comando geral do Executivo visando o cumprimento 
de uma lei. Podem apresentar-se com a característica de generalidade e abstração (decreto geral que 
regulamenta uma lei), ou individualidade e concreção (decreto de nomeação de um servidor). 
Os atos normativos se subdividem em: 
 
Regulamentos – São atos normativos posteriores aos decretos, que visam especificar as disposições 
de lei, assim como seus mandamentos legais. As leis que não forem executáveis, dependem de 
regulamentos, que não contrariem a lei originária. Já as leis auto-executáveis independem de 
regulamentos para produzir efeitos. 
 
Instruções normativas – Possuem previsão expressa na Constituição Federal, em seu artigo 87, 
inciso II. São atos administrativos privativos dos Ministros de Estado. 
 
Regimentos – São atos administrativos internos que emanam do poder hierárquico do Executivo ou 
da capacidade de auto-organização interna das corporações legislativas e judiciárias. Desta maneira, se 
destinam à disciplina dos sujeitos do órgão que o expediu. 
 
Resoluções – São atos administrativos inferiores aos regimentos e regulamentos, expedidos pelas 
autoridades do executivo. 
 
Deliberações – São atos normativos ou decisórios que emanam de órgãos colegiados provenientes 
de acordo com os regulamentos e regimentos das organizações coletivas. Geram direitos para seus 
beneficiários, sendo via de regra, vinculadas para a Administração. 
 
b) Atos ordinatórios: São os que visam a disciplinar o funcionamento da Administração e a conduta 
funcional de seus agentes. Emanam do poder hierárquico, isto é, podem ser expedidos por chefes de 
serviços aos seus subordinados. Logo, não obrigam aos particulares. 
 
c) Atos negociais: São todos aqueles que contêm uma declaração de vontade da Administração apta 
a concretizar determinado negócio jurídico ou a deferir certa faculdade ao particular, nas condições 
impostas ou consentidas pelo Poder Público. 
 
d) Atos enunciativos: São todos aqueles em que a Administração se limita a certificar ou a atestar 
um fato, ou emitir uma opinião sobre determinado assunto, constantes de registros, processos e arquivos 
públicos, sendo sempre, por isso, vinculados quanto ao motivo e ao conteúdo. 
 
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e) Atos punitivos: São aqueles que contêm uma sanção imposta pela lei e aplicada pela 
Administração, visando punir as infrações administrativas ou condutas irregulares de servidores ou de 
particulares perante a Administração. 
 
Questões 
 
01. (CNMP -Técnico do CNMP – Administração – FCC/2015). Ato administrativo é: 
(A) realização material da Administração em cumprimento de alguma decisão administrativa. 
(B) sinônimo de fato administrativo. 
(C) manifestação bilateral de poder da Administração pública que, agindo nessa qualidade, tenha por 
fim imediato adquirir, resguardar, transferir, modificar, extinguir, declarar direitos e impor obrigações aos 
administrados. 
(D) manifestação unilateral de vontade da Administração pública que visa impor obrigações aos 
administrados ou a si própria ou alguma realização material em cumprimento a uma decisão de si própria. 
(E) manifestação unilateral de vontade da Administração pública que, agindo nessa qualidade, tenha 
por fim imediato adquirir, resguardar, transferir, modificar, extinguir e declarar direitos, ou impor 
obrigações aos administrados ou a si própria. 
 
02. (DPE/PE - Estagiário de Direito - DPE-PE/2015). São elementos do ato administrativo: 
(A) presunção de legalidade, economicidade, eficiência e motivação. 
(B) competência, forma e vinculação. 
(C) presunção de legitimidade e impessoalidade. 
(D) competência, forma, objeto, finalidade e motivo 
(E) vinculação e discricionariedade. 
 
03. (PC/CE - Delegado de Polícia Civil de 1ª Classe – VUNESP/2015). São atos administrativos 
ordinatórios, entre outros, 
(A) os Decretos, os Despachos, os Regimentos e as Resoluções. 
(B) os Despachos, os Avisos, as Portarias e as Ordens de Serviço. 
(C) os Decretos, as Instruções, os Provimentos e os Regimentos. 
(D) as Instruções, as Deliberações, as Portarias e os Regulamentos. 
(E) os Regulamentos, as Instruções, os Regimentos e as Deliberações. 
 
04. PC/CE - Inspetor de Polícia Civil de 1ª Classe – VUNESP/2015). Diz-se que os atos 
administrativos são vinculados quando 
(A) observam corretamente os princípios constitucionais da moralidade administrativa. 
(B) a lei estabelece que, diante de determinados requisitos, a Administração deve agir de forma 
determinada. 
(C) o administrador público os pratica ultrapassando os limites regrados pelo sistema jurídico vigente. 
(D) a autoridade competente deixa de observar dispositivo constitucional obrigatório, quando deveria 
fazê-lo. 
(E) a lei estabelece várias situações passíveis de apreciação subjetiva pela autoridade competente. 
 
05. UFRB - Assistente em Administração – FUNRIO/2015). Quanto a seus destinatários, os atos 
administrativos se classificam em 
(A) simples e compostos. 
(B) gerais e individuais. 
(C) fechados e abertos. 
(D) unilaterais e complexos. 
(E) internos e especiais. 
 
06. (DPE/MA - Defensor Público – FCC/2015). No que tange à competência para revogar atos 
administrativos, é correto afirmar que 
(A) a revogação de atos que se sabem eivados de nulidade é possível, desde que devidamente 
motivada por razões de interesse público. 
(B) a competência para revogar é sempre delegável. 
(C) atos já exauridos podem ser revogados, desde seja expressamente atribuído efeito retroativo ao 
ato revocatório. 
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(D) atos ineficazes, porque ainda não implementada condição deflagradora de sua eficácia, estão 
sujeitos à revogação. 
(E) é possível revogar atos vinculados, desde que sua edição seja de competência autoridade que 
editará o ato revocatório 
 
07. (DPE/RS - Defensor Público Sobre atos administrativos – FCC/2014) É correto afirmar: 
(A) A autoexecutoriedade é um atributo de alguns atos administrativos que autoriza a execução 
coercitiva, independente da concorrência da função jurisdicional. 
(B) A autoexecutoriedade constitui atributo dos atos administrativos negociais, que, como contratos, 
dependem da concorrência de vontade do administrado. 
(C) A arguição de invalidade de ato administrativo por vícios ou defeitos impede a imediata execução 
e afasta a imperatividade. 
(D) Todos os atos administrativos possuem como atributos a presunção de legitimidade, a 
imperatividade e a autoexecutoriedade. 
(E) A administração deverá fazer prova da legalidade do ato administrativo quando sobrevier 
impugnação pelo destinatário. 
 
08. (IF-BA - Assistente em Administração - FUNRIO/2014) O ato administrativo pelo qual os órgãos 
consultivos da Administração emitem opinião sobre assuntos técnicos ou jurídicos de sua competência é 
(A) a homologação. 
(B) o visto. 
(C) o parecer. 
(D) o relatório. 
(E) a declaração. 
 
09. (TCE/GO - Analista de Controle Externo - FCC/2014) Enzo, servidor público e chefe de 
determinada repartição pública, na mesma data, editou dois atos administrativos distintos, quais sejam, 
uma certidão e uma licença. No que concerne às espécies de atos administrativos, tais atos são 
classificados em 
(A) ordinatórios e negociais, respectivamente. 
(B) enunciativos. 
(C) negociais. 
(D) enunciativos e negociais, respectivamente. 
(E) normativos e ordinatórios, respectivamente. 
 
10 (TRT - 18ª Região (GO)Prova: Juiz do Trabalho – FCC/2014). No que tange à validade dos atos 
administrativos 
(A) é possível convalidar ato administrativo praticado com vício de finalidade, desde que se evidencie 
que tal decisão não acarrete prejuízo a terceiros. 
(B) todos os atos administrativos praticados com vício de competência devem ser anulados, pois se 
trata de elemento essencial à validadedos atos administrativos. 
(C) o descumprimento, pelo administrado, dos requisitos referentes ao desfrute de uma dada situação 
jurídica, justifica a anulação do ato administrativo que gerou referida situação. 
(D) a caducidade é a extinção de ato administrativo em razão da superveniência de legislação que 
tornou inadmissível situação anteriormente consentida, com base na legislação então aplicável. 
(E) os atos praticados por agente incompetente estão sujeitos à revogação pela autoridade que detém 
a competência legal para sua prática. 
 
11. (METRÔ/DF - Advogado – IADES/2014). Quanto aos poderes administrativos, à organização do 
Estado e aos atos administrativos, assinale a alternativa correta. 
(A) Se o ato já exauriu seus efeitos, não pode ser revogado. 
(B) De acordo com o posicionamento do Superior Tribunal de Justiça, o prazo decadencial de cinco 
anos, previsto na legislação de regência, para que a Administração Pública promova o exercício da 
autotutela, é aplicável apenas aos atos anuláveis, não aos atos nulos. 
(C) A Administração Pública não pode declarar a nulidade de seus próprios atos, mas tão somente 
revogá-los. A declaração de nulidade somente pode ser feita pelo Poder Judiciário. 
(D) Quanto às prerrogativas com que atua a Administração, os atos administrativos podem ser 
classificados como simples, complexos e compostos. 
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(E) A revogação pode atingir os atos administrativos discricionários ou vinculados e deverá ser 
emanada da mesma autoridade competente para a prática do ato originário, objeto da revogação. 
 
12. (IDECAN - 8ª Região (PR) - Assistente Administrativo – CREFITO/2013) Acerca dos atos 
administrativos, assinale a alternativa correta. 
(A) Todo ato da Administração Pública é considerado ato administrativo. 
(B) Não constituem elementos do ato administrativo o objeto e o motivo. 
(C) São praticados no exercício da função administrativa, sob o regime de direito privado, manifestando 
a vontade do Estado. 
(D) Os atos administrativos podem ser classificados, quanto à liberdade de ação, em atos vinculados 
e atos discricionários. 
(E) Consideram-se atributos dos atos administrativos, dentre outros, a presunção de legitimidade e 
veracidade, imperatividade e finalidade. 
 
Respostas 
 
01. Resposta: E 
Para Hely Lopes. 
Ato Administrativo é toda manifestação unilateral de vontade da Administração Pública que, agindo 
nessa qualidade, tenha por fim IMEDIATO adquirir, resguardar, transferir, modificar, extinguir e declarar 
direitos ou impor obrigações aos administrados ou a si própria. 
 
Para Maria Sylvia. 
É a declaração de vontade do Estado ou de quem o represente, que produz efeitos jurídicos imediatos, 
com observância da lei, sob regime jurídico de direito público e se sujeita a controle do Poder Judiciário. 
 
Para Celso Antônio. 
É a declaração de vontade do Estado ou de lhe faça as vezes, no exercício de prerrogativas Públicas, 
manifestada mediante providências jurídicas complementares da lei a título de lhe dar cumprimento e 
sujeitas a controle de legitimidade dos órgãos jurisdicionais. 
 
02. Resposta: C 
Lembre-se da dica: COM - FI – FO – M - OB 
 
Competência: o ato deve ser praticado por sujeito capaz, trata-se de requisito vinculado. Para que um 
ato seja válido deve-se verificar se foi praticado por agente competente. 
 
Finalidade: O ato administrativo somente visa a uma finalidade, que é a pública; se o ato praticado 
não tiver essa finalidade, ocorrerá abuso de poder; 
 
Forma: é o requisito vinculado que envolve a maneira de exteriorização e demais procedimentos 
prévios que forem exigidos com a expedição do ato administrativo. Via de regra, os atos devem ser 
escritos, permitindo de maneira excepcional atos gestuais, verbais ou provindos de forças que não sejam 
produzidas pelo homem, mas sim por máquinas, que são os casos dos semáforos, por exemplo. 
 
Motivo: Este integra os requisitos dos atos administrativos tendo em vista a defesa de interesses 
coletivos. Por isso existe a teoria dos motivos determinantes; 
 
Objeto lícito: É o conteúdo ato, o resultado que se visa receber com sua expedição. Todo e qualquer 
ato administrativo tem por objeto a criação, modificação ou comprovação de situações jurídicas referentes 
a pessoas, coisas ou atividades voltadas à ação da Administração Pública. 
 
03. Resposta: B 
Atos ordinatórios são aqueles que tem por objetivo disciplinar o funcionamento da Administração e a 
conduta funcional dos seus agentes, representando exercício do poder hierárquico do Estado. São 
espécies de atos ordinatórios: as portarias, as instruções, os avisos, as circulares, as ordens de serviço, 
os ofícios e os despachos. 
 
 
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04. Resposta: B 
Alexandre Mazza narra: 
“Fala­-se em poder vinculado ou poder regrado quando a lei atribui determinada competência definindo 
todos os aspectos da conduta a ser adotada, sem atribuir margem de liberdade para o agente público 
escolher a melhor forma de agir. Onde houver vinculação, o agente público é um simples executor da 
vontade legal. O ato resultante do exercício dessa competência é denominado de ato vinculado. Exemplo 
de poder vinculado é o de realização do lançamento tributário (art. 3º do CTN).” 
 
05. Resposta: B 
Atos Gerais - São aqueles expedidos sem destinatários determinados, possuem finalidade normativa, 
atingindo todos os sujeitos que se encontrem na mesma situação de fato, abrangida por seus preceitos. 
Apresenta cunho normativo, não se sabe quem o ato vai atingir por não ter individualização. Ex.: Ato que 
concede promoção a uma categoria profissional. 
 
Atos Individuais – São aqueles voltados a destinatários certos. Apresenta cunho ordinário e 
enunciativo, sem caráter normativo. 
Ex: Secretaria de Esportes convoca seus diretores para participarem de reunião. 
 
06. Resposta: D 
Um ato administrativo pode ser ineficaz por algumas razões, ou não está formado ou foi extinto. Dessa 
forma, os atos que apresentam condição deflagadora de eficácia, estão sujeitos à revogação. 
 
07. Resposta: A 
A assertiva está plenamente correta já que a autoexecutoriedade autoriza a execução do administrativo 
sem o aval do Poder Judiciário. 
 
08. Resposta: C 
O enunciado da questão apresenta o conceito de parecer sendo este o ato pelo qual os órgãos 
consultivos da Administração emitem opiniões sobre assuntos de sua competência. 
 
09. Resposta: D 
Os atos praticados pelo servidor são atos enunciativos e negociais. Atos enunciativos: São todos 
aqueles em que a Administração se limita a certificar ou a atestar um fato, ou emitir uma opinião sobre 
determinado assunto, constantes de registros, processos e arquivos públicos, sendo sempre, por isso, 
vinculados quanto ao motivo e ao conteúdo. Atos negociais: São todos aqueles que contêm uma 
declaração de vontade da Administração apta a concretizar determinado negócio jurídico ou a deferir 
certa faculdade ao particular, nas condições impostas ou consentidas pelo Poder Público. 
 
10. Resposta: D 
O Prof. José dos Santos Carvalho Filho cita o seguinte exemplo: "uma permissão para uso de um bem 
público; se, supervenientemente, é editada lei que proíbe tal uso privativo por particular, o ato anterior, de 
natureza precária, sofre caducidade, extinguindo-se." 
Outro exemplo é apresentado pela Prof. Maria Sylvia Di Pietro: "a caducidade de permissão para 
explorar parque de diversões em local que, em face da nova lei de zoneamento, tornou-se incompatível 
com aquele tipo de uso". 
 
11. Resposta: A 
Não há que se falar em revogar um ato se ele já produziu seus efeitos. O objetivo da revogação é 
retirar do ato a possibilidade de produção de seus efeitos. 
 
12. Resposta: D 
O ato administrativo pode ser classificado quanto a margem de liberdade na atuação do agente. Assim, 
temos os atos vinculados (administrador sem margem de

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