Exercícios dos Vestibulares da UERJ | História do Brasil | Período Democrático

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LISTA DE EXERCÍCIOS DE HISTÓRIA 
VESTIBULARES DA UNIVERSIDADE ESTADUAL DO RIO DE JANEIRO 
(UERJ) 
HISTÓRIA DO BRASIL | PERIODO DEMOCRÁTICO (1945 – 1964) 
 
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 Organizado por: @InstitutoMedida
Fonte: revista.vestibular.uerj.br 
Vestibular Estadual 2014 | 1º Exame de Qualificação | Questão 58: 
 
Assunto: Agentes econômicos do capitalismo e a organização do espaço 
Gabarito: Reposta Correta – Letra A – Expansão do mercado interno 
Comentário da Questão: O governo de Vargas e o de Juscelino Kubitschek foram 
marcantes no processo de industrialização brasileiro. Nesses dois períodos, 
registrou-se grande avanço desse setor, o que alterou significativamente o perfil 
socioeconômico do país. Apesar das diferenças, o avanço da atividade fabril nos 
dois governos inseriu-se no que foi denominado posteriormente como processo de 
industrialização por substituição de importações. Em outras palavras, tratou-se de 
substituir os produtos que anteriormente eram comprados no exterior por produtos 
produzidos nacionalmente a fim de atender o crescente mercado interno. As 
imagens mostram fábricas inauguradas pelos dois presidentes, ambas destinadas a 
essa finalidade. 
 
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HISTÓRIA DO BRASIL | PERIODO DEMOCRÁTICO (1945 – 1964) 
 
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Vestibular Estadual 2015 | 2º Exame de Qualificação | Questão 52: 
 
Assunto: Processo sócio-histórico de constituição da sociedade brasileira 
Gabarito: Reposta Correta – Letra A – Realização da reforça agrária 
Comentário da Questão: Ao assumir a presidência da República em meados do ano 
de 1961, após a renúncia de Jânio Quadros, João Goulart herdou um conjunto 
expressivo de problemas políticos e sociais, agravados pela estagnação do 
desenvolvimento econômico nacional. Nesse contexto, cresceram as pressões de 
movimentos e grupos sociais associadas à promoção de medidas que pudessem 
reverter o quadro de crise vigente. Entre esses movimentos, os relacionados às 
demandas de trabalhadores rurais e urbanos adquiriram ainda maior projeção, um 
processo cuja expansão já havia caracterizado a década de 1950. A resposta do 
governo de João Goulart a tais reivindicações foi a proposição de um conjunto de 
reformas de base – administrativa, universitária, agrária –, sendo esta última aquela 
que mais polarizações causava frente aos interesses de grandes proprietários rurais 
e demais segmentos avessos a transformações dessa natureza. No âmbito das 
discussões do Congresso Nacional, o debate sobre o projeto de reforma agrária 
aguçou polêmicas entre as bancadas partidárias. A realização de comícios populares, 
como o ocorrido na Central do Brasil, no Rio de Janeiro, em março de 1964, foi a 
estratégia mobilizada pelo governo visando à realização das reformas de base, em 
particular a reforma agrária, entendia como aquela que mais poderia viabilizar a justiça 
social, reconhecendo e implementando o acesso democrático à propriedade fundiária 
e a melhoria das condições de vida de trabalhadores rurais. 
 
 
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HISTÓRIA DO BRASIL | PERIODO DEMOCRÁTICO (1945 – 1964) 
 
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Vestibular Estadual 2016 | Exame Discursivo | Questão 07: 
 
Assunto: Reconhecer características da atuação de partido político de destaque no 
contexto da experiência democrática de 1945-1964 no Brasil. 
Padrão de Resposta: Duas das características: • ação antigetulista • retórica 
moralista • defesa do golpismo • oposição ao trabalhismo • defesa dos princípios 
liberais • posicionamento antidemocrático • questionamento dos resultados eleitorais 
• vinculação da imagem dos adversários a práticas corruptas 
Uma das iniciativas / crises: • suicídio de Vargas • oposição ao Estado Novo • 
deposição de João Goulart • renúncia de Jânio Quadros • oposição às reformas de 
base • apoio ao candidato Jânio Quadros • apoio à deposição de Getúlio Vargas • 
apoio ao golpe de 1964 e à Ditadura • apoio à campanha O PETRÓLEO É NOSSO • 
defesa da renúncia ou afastamento de Vargas • Novembrada ou contragolpe do 
general Henrique Lott • tentativa de impedir a posse de Juscelino Kubitschek e João 
 
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Goulart • questionamento da posse de Getúlio Vargas com a “tese da maioria 
absoluta” 
Comentário da Questão: Apesar do Brasil ter vivido, de 1945 a 1964, uma rica 
experiência democrática situada entre dois regimes autoritários, tal período é 
desvalorizado por uma historiografia tradicional que o considera como uma República 
Populista ou uma República Liberal Conservadora. A historiografia recente tem 
revelado, a partir de pesquisas de opinião pública realizadas no começo da década 
de 1960 em algumas capitais brasileiras, que a população tinha níveis de preferência 
partidária semelhantes aos das democracias mais maduras na Europa e nos E.U.A. 
A população, ao contrário do que se pensava, não apenas se identificava com partidos 
e lideranças, mas também com projetos e propostas. Nesse cenário, destaca-se a 
UDN (União Democrática Nacional), que existiu da redemocratização de 1945 até 
1965, quando todos os partidos nacionais foram extintos pelo AI 2 (Ato Institucional 
N. 2) outorgado na Ditadura. Os documentos históricos de diferentes naturezas 
reunidos – artigo de jornal de autoria do líder udenista Carlos Lacerda, folheto da 
literatura de cordel que critica a atuação do partido em 1955 e trecho da convenção 
partidária da UDN de 1957 – revelam práticas, estratégias e propostas dessa 
importante agremiação política. Da leitura dos documentos emergem características, 
tais como a ação antigetulista, a retórica moralista, a defesa do golpismo, a postura 
antidemocrática, a perspectiva antitrabalhista, a insistência na associação dos 
adversários políticos a práticas corruptas e o questionamento dos resultados 
eleitorais, revelando os alcances e os limites do liberalismo sustentado pelo partido. 
Nesse contexto, algumas das iniciativas da UDN foram as seguintes: a oposição ao 
Estado Novo, o apoio à deposição de Getúlio Vargas (1945), o questionamento 
da posse de Vargas com a “tese da maioria absoluta” (1950), o apoio à campanha 
“O Petróleo é Nosso”, a defesa da renúncia ou afastamento de Vargas (1954), a 
tentativa de impedir a posse de Juscelino Kubitschek e João Goulart (1955), o apoio 
ao candidato Jânio Quadros (1960), a oposição às reformas de base e o apoio ao 
golpe de 1964 e à Ditadura. Algumas das crises do período que tiveram a participação 
da UDN foram o suicídio de Vargas (1954), a Novembrada ou contragolpe do general 
Henrique Lott (1955), a renúncia de Jânio Quadros (1961) e a deposição de João 
Goulart (1964). 
 
 
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Vestibular Estadual 2017 | 1º Exame de Qualificação | Questão 49: 
 
Assunto: Movimentos sociais e a organização de trabalhadores urbanos e rurais; 
autoritarismo, resistência política e características e impasses da ordem democrática 
Gabarito: Reposta Correta – Letra A – Implementação das reformas de base 
Comentário da Questão: O período de Governo do Presidente João Goulart (1961-
1964) foi caracterizado, entre outros aspectos, pela intensa polarização política e 
ideológica. O contexto de crise associado à alta da inflação e à redução dos índices 
de crescimento econômico contribuírampara o maior confronto entre os grupos 
adeptos de propostas distintas com relação às mudanças necessárias para o 
equacionamento da crise. Para segmentos do movimento sindical era imprescindível 
ampliar os direitos dos trabalhadores, dando destaque para as reivindicações das 
Ligas Camponesas defensoras da reforma agrária e da extensão dos benefícios 
legais. Para segmentos do movimento estudantil, uma pauta importante era a reforma 
universitária. Confrontavam-se, igualmente, os adeptos do maior intervencionismo 
estatal e os que propunham o contrário, na defesa do Estado mínimo. Ao abraçar 
como projeto fundamental a promoção das reformas de base, o Governo João Goulart 
enfrentou resistências junto ao Congresso Nacional e à sociedade civil. Sua 
aproximação com o movimento sindical, em especial para garantir a aprovação da 
reforma agrária, ampliou polêmicas, viabilizando a difusão de argumentos alusivos à 
conspiração comunista como ameaça à nação e o respectivo apoio à deposição do 
governo, como pontuado na ata da reunião do Conselho Federal da Ordem dos 
Advogados do Brasil, de abril de 1964, transcrita no enunciado da questão.