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N2 - Prova - DIREITO ECONOMICO E CONC

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Faculdade de Direito – Campus Higienópolis
DIREITO ECONÔMICO E CONCORRENCIAL
PROVA N2
Postagem no moodle da atividade até às 23:59h do dia 21/05/2021
PROFESSORA: Tais Ramos
NOME DO(A) ALUNO(A): WILLIAN BAMBOKIAN CABRAL	
TIA: 41628111
Responda, individualmente, cada uma das questões abaixo. Quando for solicitado exemplo, informe a fonte e não repita exemplo dado em aula.
As fontes de informações podem ser sites de notícias ou consultas do site do próprio CADE:
Site CADE: https://www.gov.br/cade/pt-br
Pesquisa Processual Pública - CADE
1) No julgamento do pedido de aprovação do Ato de Concentração Econômica, o Tribunal Administrativo do CADE poderá aprová-lo integralmente, rejeitá-lo ou aprová-lo parcialmente, caso em que determinará as restrições que deverão ser observadas como condição para a validade e eficácia do ato. (Art.61, Lei 12.529 de 2011). 
(a) Cite e explique um caso em que o CADE aprovou integralmente um pedido de Ato de Concentração.
Ato de Concentração nº 08700.003896/2019-11. O CADE aprovou integralmente o ato de concentração entre Embraer e Boeing. 
Segundo o CADE, as empresas não atuam nos mesmos mercados, e não há risco de problemas concorrenciais decorrentes da aquisição. 
A operação analisada pela autarquia prevê duas transações. Uma delas consiste na aquisição pela Boeing de 80% do capital do negócio de aviação comercial da Embraer, que engloba a produção de aeronaves regionais e comerciais de grande porte (operação comercial). A segunda trata da criação de uma joint venture entre a Boeing e a Embraer voltada para a produção da aeronave de transporte militar KC-390, com participações de 49% e 51%, respectivamente (operação de defesa).
A autarquia concluiu que a operação deve resultar em benefícios para a Embraer, que passará a ser uma parceira estratégica da Boeing. Para o CADE, a divisão que permanece na Embraer contará com maior cooperação tecnológica e comercial da Boeing. Além disso, os investimentos mais pesados da divisão comercial, que tem forte concorrência com a Airbus, ficarão a cargo da Boeing. A análise do ato de concentração pelo CADE se deu sob aspectos estritamente concorrenciais.
Fonte: (https://www.gov.br/cade/pt-br/assuntos/noticias/cade-aprova-ato-de-concentracao-entre-embraer-e-boeing)
(b) Cite e explique um caso em que o CADE rejeitou um pedido de Ato de Concentração.
Ato de Concentração nº 08700.0099242013-19. O tribunal do CADE reprovou o negócio após revisar o ato de concentração entre Innova e Videolar.
O CADE reprovou a aquisição da Innova pela Videolar. A decisão foi tomada em em razão do descumprimento do Acordo de Controle de Concentrações (ACC) firmado com o CADE em 2014. Na época, o CADE tinha aprovado a operação condicionada ao cumprimento de um conjunto de medidas dentro do ACC.
“As petroquímicas não mantiveram o compromisso de manter os volumes de produção de poliestireno nos patamares estabelecidos no acordo e também não comprovaram benefícios aos consumidores decorrentes da operação”, informou o CADE por meio de nota.
O conselheiro relator do caso, Sérgio Ravagnani, entendeu que a operação “gerou um duopólio em mercado altamente concentrado, com baixa probabilidade de entrada e ausência de incentivos à rivalidade”.
Sérgio Ravagnani destacou ainda, durante o julgamento, que estudo realizado pelo Departamento de Estudos Econômicos do Cade (DEE) mostrou evidências “robustas” de que, após o ato de concentração, os preços no mercado de poliestireno no Brasil aumentaram, “reforçando os indicativos de que os ganhos para as empresas decorrentes da operação não foram repassados aos consumidores”. A análise feita pelo DEE mostrou ainda que houve redução do volume de produção do insumo pela Videolar-Innova.
O Tribunal do CADE seguiu o voto do relator e decidiu pela reprovação do negócio. “Assim, deverá ser realizada a separação dos ativos que compõem a operação rejeitada, consistentes nas plantas de produção nas cidades de Triunfo/RS e Manaus/AM”, informou o CADE.
Foi ainda aplicada multa às empresas no valor de R$ 9 milhões pelo descumprimento do ACC.
Fonte: (https://www.gov.br/cade/pt-br/assuntos/noticias/cade-reprova-operacao-entre-videolar-e-innova)
(c) Cite e explique um caso em que o CADE aprovou com restrições um Ato de Concentração.
Ato de Concentração nº 08700.002592/2020-71. O CADE aprovou com restrições o ato de concentração, trata-se da compra do grupo Sales pelo Supermercado BH. A autorização do Tribunal à operação foi condicionada à venda de uma unidade de supermercado no município de Carandaí (MG) a outra empresa concorrente.
A compra, segundo o CADE, não deverá prejudicar a competitividade com outras companhias que atuam no setor.
O CADE aprovou a aquisição pelo grupo Supermercados BH de comércio de alimentos de três postos de combustíveis e de 14 pontos comerciais de varejo em dez municípios que estavam sob o poder da empresa Sales.
A companhia vendedora é uma sociedade empresária limitada que atua no comércio varejista de supermercados, oferecendo extensa variedade de p produtos incluindo gêneros alimentícios, materiais de limpeza, eletrodomésticos, artigos de vestuário, eletroeletrônicos e combustíveis. Ela alegou que essa operação envolve uma adequação de seus interesses comerciais possibilitando a dedicação em outros setores da economia os quais ainda não participa ou detém pouca presença. Com isso, esse negócio envolve vendas num setor de produtos no qual ela não possui mais tanto interesse em atuar.
Ao analisar esse caso, o CADE verificou que ele irá afetar os supermercados de Belo Horizonte, de Juiz de Fora e de Contagem, mas não deverá prejudicar a competitividade com outras companhias que atuam neste setor, pois a compradora não terá mais de 20% dele. Com isso, a competitividade deverá ser mantida.
Fonte: (https://www.gov.br/cade/pt-br/assuntos/noticias/compra-do-grupo-sales-pelo-supermercados-bh-e-aprovada-com-restricoes)
2) A Lei 12.529 de 2011, que dispõe sobre a prevenção e repressão às infrações à ordem econômica, traz no §3º do artigo 36 as condutas que caracterizam infrações à ordem econômica. E no seu inciso I elenca as práticas de Cartel. 
(a) Cite e explique um caso em que o CADE condenou a prática de Cartel por uma das alíneas do inciso I.
Processo Administrativo nº 08012.010022/2008-16. 
O CADE condenou sete empresas e sete pessoas físicas a pagarem R$ 340,8 milhões pelo chamado "Cartel da merenda" de São Paulo. 
De acordo com as investigações, as empresas combinavam preços e propostas em licitações de municípios do Estado para contratação de serviços terceirizados de fornecimento de merenda escolar. Foram condenadas as empresas ERJ (multa de R$ 100,115 milhões), Nutriplus (70,274 milhões), SP Alimentação (R$ 52,954 milhões), Convida (33,379 milhões), Terra Azul (R$ 31,243 milhões), Sistal (26,584 milhões) e J. Coan (R$ 19,340 milhões).
A investigação analisou mais de 40 mil documentos de compras públicas realizadas entre 2008 e 2013. A investigação foi iniciada pelo Ministério Público de São Paulo, na esfera penal, e coube ao CADE averiguar as infrações à concorrência. O órgão concluiu que as empresas e os executivos teriam trocado informações para dividir o mercado de merendas escolares nas regiões metropolitanas de São Paulo e Campinas e na região de Sorocaba. Segundo o órgão, eles mantinham reuniões periódicas para combinar e monitorar a divisão do mercado na sede de uma das empresas. Além das multas, as empresas também ficam proibidas de participar de licitações federais, estaduais e municipais por cinco anos. As companhias serão ainda inscritas no Cadastro Nacional de Defesa do Consumidor e o CADE recomendará a órgãos públicos que elas não sejam beneficiadas com o parcelamento de tributos federais.
Fonte: (https://www.gov.br/cade/pt-br/assuntos/noticias/cade-condena-cartel-de-merendas-em-sp-a-pagar-multa-de-mais-de-r-340-milhoes)
(b) Cite e explique um caso em que o CADE condenou a prática de Cartel por uma outra alínea do inciso I. 
Processo Administrativo nº 08012.005324/2012-59.
O CADE condenouas empresas SKF e SNR Rolamentos pela prática de cartel no mercado de rolamentos automotivos para fornecimento aos setores de peças de reposição e peças originais. Somadas, as multas alcançam R$ 88,2 milhões.
O conselheiro-relator Mauricio Oscar Bandeira Maia expôs que os envolvidos combinaram preços e reajustes, dividiram o mercado e compartilharam informações comercialmente sensíveis.
No segmento de peças de reposição, os integrantes do cartel discutiam o repasse de valores a distribuidores independentes. Já no segmento de peças originais, os clientes solicitavam cotações aos fornecedores e a partir disso selecionavam uma ou duas empresas para atender determinado projeto. Após avaliação das propostas, as montadoras tentavam obter descontos com os fornecedores e muitas vezes recebiam informações dos valores dos concorrentes.
A SKF foi multada em R$ 78,7 milhões e a SNR Rolamentos do Brasil, em R$ 9,3 milhões. Além disso, o diretor de vendas da SKF à época do cartel deverá pagar multa de R$ 106,4 mil.
O processo administrativo se iniciou a partir de acordo de leniência firmado com empresas do grupo NSK e pessoas físicas relacionadas. Com o cumprimento das obrigações previstas, o tribunal declarou a ação punitiva extinta em relação aos signatários. O processo também foi suspenso com relação a mais empresas e pessoas físicas compromissárias de termos de compromisso de cessação (TCCs) e arquivado com relação a outros investigados por ausência de indícios.
Fonte: (https://www.gov.br/cade/pt-br/assuntos/noticias/cade-multa-em-mais-r-88-milhoes-cartel-no-mercado-de-rolamentos-automotivos)

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