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UNIVERSIDADE FEDERAL DE ALAGOAS CAMPUS DE ENGENHARIAS E CIÊNCIAS AGRÁRIAS TECNÓLOGO EM AGROECOLOGIA DISCIPLINA: USO DE ÁGUA EM AGROECOSSISTEMA ALUNO : CYSLÁNIA CYNTHIA DA CONCEIÇÃO MÉTODOS DE IRRIGAÇÃO DA SOJA VIÇOSA-AL INTRODUÇÃO Para a maioria das culturas agrícolas, pode-se empregar diferentes sistemas de irrigação, entretanto, o comportamento da cultura poderá ser distinto para cada sistema e/ ou conjunto de fatores como sistema, cultura e clima. Em geral os sistemas empregados são pertencentes aos três grandes métodos de irrigação empregados (inundação, aspersão e irrigação localizada). O cultivo de soja por sistemas do método de inundação não é considerado um método preferencial, mas é utilizado de acordo com o trabalho de Parfitt et al. (2015), em áreas de rotação com a cultura do arroz que se utiliza do método. de implantação do sistema é elevado e o período de retorno do investimento é prolongado. Conclui-se que a escolha do sistema leva em considerações mais fatores do que apenas O emprego de irrigação por superfície também é descrito por Sartori et al. (2015), em ambos os trabalhos se destaca que o cultivo de soja utilizando-se sistemas do método de inundação demandam cuidados com a drenagem, pois o manejo desse sistema na soja é muito diferente do manejo empregado no arroz, inundação contínua impossibilita o cultivo, por exemplo. Para os sistemas de aspersão Comin (2016), trabalhando com sistemas de irrigação por pivô central, destaca que o processo de irrigação na soja pode gerar incrementos de até 50% na produtividade em comparação ao cultivo de sequeiro. Entretanto, destaca que o custo de implantação do sistema é elevado e o período de retorno do investimento é prolongado. De acordo com Alves Júnior et al. (2018), o emprego de pivôs na cultura da soja é viável em regiões que apresentem oscilações e/ ou déficits de precipitação, desde que se considere o sistema, ou seja, o aproveitamento do pivô central para outras culturas, como a sucessão soja e milho segunda safra. Quanto ao método de irrigação localizada não são encontradas muitas informações sobre sua aplicação na cultura da soja em extensas áreas, Simeão et al. (2014), destaca que o sistema pode ser aplicado considerando-se eficiência de aplicação e uso de água, entretanto, não apresenta dados sobre viabilidade econômica e operacional de seu uso. De acordo com o Agrolink (2015), uma nova modalidade de irrigação para soja é o gotejamento subterrâneo, essa técnica após a instalação permite a mecanização da área, igual a uma lavoura sem irrigação, possibilita a aplicação de fertilizantes, garante o suprimento adequado de água a cultura e gera produtividades até 100% maiores que no sistema de sequeiro. Portanto, considerando tais informações, a cultura da soja desde que o manejo seja realizado de forma adequado pode ser irrigada por diferentes sistemas, atentando-se a necessidade hídrica para que não seja gerado déficit ou excesso hídrico, as produtividades geradas para todos os sistemas em geral são o dobro do sistema não irrigado. As fases mais críticas de demanda de água são na germinação-emergência e floração-enchimento dos grãos. Na germinação, tanto o déficit como o excesso de água (a umidade do solo deve estar entre 50% e 85% da água disponível) são prejudiciais a uma boa uniformidade na emergência de plantas. A planta atinge o máximo de exigência hídrica na floração e enchimento dos grãos (7 a 8 mm dia-¹). O estresse hídrico neste período pode ocasionar problemas fisiológicos graves que ocasionam queda prematura de folhas e consequente redução de produtividade. A necessidade de água durante todo o ciclo para um rendimento máximo varia de 450 a 800 mm, dependendo do clima, manejo da cultura e da variedade empregada. No manejo da irrigação via solo é importante conhecer a profundidade do sistema radicular para definir a camada de solo a ser considerada. As raízes funcionais chegam a profundidades que variam de 10 a 15 cm. Referências AGROLINK. Sistema de irrigação subterrâneo alavanca em até 46% a produtividade de grãos. Agrolink, 2015. ALVES JÚNIOR, J. et al. Viabilidade econômica da irrigação por pivô central nas culturas de soja, milho e tomate. Pesquisa Agropecuária Pernambucana, 22:1-6, 2018. PARFITT, J. M. B. et al. Avanços tecnológicos no manejo do solo e da água visando o cultivo de soja em rotação ao arroz irrigado. Brasil: Embrapa, 2015. 7p. SARTORI, G. M. S. Rendimento de grãos de soja em função de sistemas de plantio e irrigação por superfície em planossolos. Pesquisa Agropecuária Brasileira, 50:1139- 1149, 2015. SIMEÃO, M. et al. Desempenho de um sistema de irrigação por gotejamento na cultura da soja. In: Seminário de Pós-Graduação da UFPI, Bom Jesus, 2014. Anais…, Bom Jesus: UFPI, 2014. https://www.agrolink.com.br/culturas/soja/informacoes/irrigacao_361518.html#:~:text= A%20necessidade%20de%20%C3%A1gua%20durante,de%20solo%20a%20ser%20co nsiderada.
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