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Mastite bovina

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1 GIOVANA MELQUE – MEDICINA VETERINÁRIA 
 
 
MASTITE 
É a inflamação da glândula mamária 
 
 “É a doença que causa os maiores prejuízos à produção de leite mundial” 
 
Forma de Apresentação 
• Clínica 
o Fácil de diagnosticar dentro da própria propriedade (tirou o primeiro 
jato e já sai o pus) 
 
• Subclínica 
o Vaca tem bactéria dentro da glândula mamária, que destrói as 
células secretoras. 
o Não tem sinal clínico – só diagnostica com exame complementar 
 
Agentes Causadoras 
• Contagiosa 
o Passa de uma vaca para outra durante a ordenha (manejo) 
 
• Ambiental 
o Animal é contaminado dentro das instalações / ambiente 
 
Mastite Bovina 
 2 GIOVANA MELQUE – MEDICINA VETERINÁRIA 
 
O objetivo é diminuir a quantidade de vacas com mastite subclínica 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 3 GIOVANA MELQUE – MEDICINA VETERINÁRIA 
 
DIAGNÓSTICO DE MASTITE SUBCLÍNICA 
 
CMT (California mastite teste) 
• Tira o leite da vaca, coloca na bandeja junto com um reagente. Esse 
reagente reage com as células somáticas 
o Quanto mais viscoso, mais células somáticas = mais bactérias 
 cada quadradinho indica um teto = uma vaca 
 
WMT 
• Coloca o leite em um tubo de ensaio, à medida que vai mudando de cor 
tem mais células somáticas 
• Mais difícil de fazer 
 
Condutividade Elétrica 
• Própria ordenha já identifica a vaca que tem ou não mastite e já avisa o 
software 
o Neste teste a propriedade não faz CMT ou WMT 
 4 GIOVANA MELQUE – MEDICINA VETERINÁRIA 
Contagem de Células Somáticas 
• Até 200.000 células é normal 
• >200.000 células significam que a vaca te mastite 
 
 
Cultura Microbiológica do Leite – essencial 
• Informa qual é a bactéria 
• Associar com antibiograma 
• Feita após um dos exames acima 
PREJUÍZOS CAUSADOS PELA MASTITE 
1) Redução de produção de leite: mastite subclínica 
• Vaca com mastite subclínica não trata – faz controle 
• Só faz tratamento se a vaca virar clínica 
o Quanto mais ATB usa, mais resistência à bactéria cria e mais 
leite joga fora 
 
2) Tratamento e descarte do leite: mastite clinica 
• Vaca que é tratada não pode ter seu leite enviado para o laticínio 
• Maior custo – ATB e descarte de leite 
 
3) Descarte (perda de quartos) e morte prematura de alguns animais 
• Mastite irreversível, com destruição das células secretoras 
 
4) Prejuízo da indústria por redução na qualidade e rendimento industrial de 
derivados 
• Perda de leite, perda de vaca, baixa qualidade do leite 
 
 
 
 
 
 
 
 
 5 GIOVANA MELQUE – MEDICINA VETERINÁRIA 
Perda da Produção de Leite Devido ao Caso Clínico 
Varia de 0 a 9,5% da produção da lactação 
• Fase aguda: duração média de 6 dias 
o 30% de queda de produção 
• Fase de recuperação: duração média de 60 dias 
o Produção abaixo da expectativa 
Se houver rápida recuperação, a perda é 0% 
ETIOPATOGENIA 
A mastite tem 6 fases (A – B – C – D - E - F) 
 
Fase A - uma mastite subclínica – bactéria entrou, causando uma leve 
inflamação, que altera a permeabilidade vascular, vaca produz menos, mas a 
qualidade do leite é pior – não haverá lesão de células secretoras, pois a 
quantidade de bactérias dentro da l mamaria é pequena 
Extremamente importante, pois mostra os problemas que podem acontecer 
• várias vacas passam e elas mesmas controlam 
 
Não há tanto prejuízo pro animal, pois a bactéria que entra ta produzindo um 
pouco de toxina (leve inflamação e toxemia). A leve inflamação ocasiona uma 
alteração da permeabilidade vascular, causa uma leve redução da produção de 
leite, mas não há morte celular, então as células secretoras ainda estão intactas 
 
Fase B – número de células destruídas aumenta muito 
A quantidade de células secretoras lesadas é muito pequena, sendo insuficiente 
para formar os grumos (pus), o número de bactérias aumentou, começou a 
destruir as células de defesa, que faz com o que a produção de leite ocorra em 
 Qual o efeito da mastite sobre a produção de leite? 
R: Redução da produção de leite, que ocorre pela lesão do tecido secretor e formação 
de grumos (devido a lesão). Bactérias matam as células, e as células secretoras 
produzem trombos que obstruem os microductos = leite não passa 
 
 Quais as causas da queda na produção de leite? 
R: Alteração de tecido secretor e inflamação 
 
Alterações podem ser reversíveis ou não 
• Irreversível: perde o quarto e nunca mais produz leite 
 6 GIOVANA MELQUE – MEDICINA VETERINÁRIA 
quantidade maior, mas ainda é insuficiente para que a fêmea apresente sinais 
clínicos de mastite, pois a quantidade de células secretoras mortas ainda não é 
suficiente para formar os grumos 
Se a lesão for pequena ainda é subclínica, se a lesão chegar até mais da metade 
já tem estria de pus no leite – já é mastite clínica, causada por muitas bactérias 
que causam a morte das células secretoras- alvéolo produz só metade do que 
produziria normalmente 
 
 
Fase C – mastite clinica clássica, com lesão de células secretoras, bastante 
restos celulares, que faz com que tenha o pus que se acumulam na base do 
esfíncter. 
A bactéria altera a permeabilidade vascular, e ao causar morte celular, altera 
todo ambiente pra produção de leite – faz com que a fêmea tenha a mastite 
clássica = aumento de temperatura, quantidade 
maior de bactéria, pois se prolifera pelos restos 
celulares 
 
Fase D – ocorre morte de parte das células 
secretoras com substituição de tecido conjuntivo. 
Onde tem tecido conjuntivo não forma mais célula 
secretora. 
Reversível, com pequena perda de produção. Onde 
houve substituição de tecido é irreversível 
 
Fase E – lesão grave, mastite abustematosa, onde 
o leita não existe mais. O leite que sai tem 
densidade maior por conta do pus 
• Nunca mais volta a produzir igual antes, pois 
grande parte de tecido secretor foi substituído 
por tecido conjuntivo 
A partir dessa fase já ocorre formação de trombos – restos celulares formam 
uma massa (trombo) que obstrui o microducto 
É reversível, com grande perda de produção 
 
 7 GIOVANA MELQUE – MEDICINA VETERINÁRIA 
FASE F – quadro 100% irreversível – substituiu todo tecido secretor (células 
secretoras) por tecido conjuntivo e o lumen alveolar (onde o leite é armazenado) 
está com tecido conjuntivo fibroso (deu fibrose – quarto mamário murcha) – 
perda irreversível do quarto 
• Nunca mais produz leite naquele quarto leiteiro 
 
 A partir do C já tem risco de trombo, D, E e F já encontra vários trombos 
MASTITE x PRODUÇÃO DE LEITE 
Efeito da mastite sobre a composição do leite 
• Diminuição de: 
o Gordura 
▪ junto do sangue vem lipase (enzimas que degradam gordura 
– via soro sanguíneo – produz pelas bactérias) degrada 
gordura 
o Lactose 
▪ Produzida pelas células secretoras, e a partir do momento 
que as células são destruídas, a produção de lactose 
diminui 
o Caseína 
▪ Proteína do leite que é produzido pelas células secretoras 
(lesão de células secretoras e degradação das bactérias que 
usam o nitrogênio para crescer) 
o Potássio e cálcio 
▪ Dois minerais produzidos pelas células secretoras, que é 
destruída 
 
• Aumento de: 
o Proteínas séricas 
▪ Permeabilidade vascular aumenta: mais soro sanguíneo 
entrando dentro do lumen alveolar, pois traz as células de 
defesa que combatem a bactéria – junto com sódio e cloro 
o Sódio e cloro 
 
 
 
 
 
 
 
 8 GIOVANA MELQUE – MEDICINA VETERINÁRIA 
CONTROLE DE MASTITE 
 
 
Programa de 5 pontos 
• NIRD (National Institute of Research in Dairying) – 1960 
• Controle de microrganismos contagiosos: S. agalactiae e S. aureus 
o Adequado funcionamento do equipamento de ordenha 
o Correto manejo de ordenha (utilização de pós-dipping) 
o Tratamento imediato de todos os casos clínicos 
o Tratamento de vaca seca 
o Segregação ou descarte de animais com mastite crônica 
 
Programa de Controle de Mastite (NMC) 
1. Estabelecer os objetivos paraa saúde da glândula mamária 
2. Proporcionar um ambiente limpo e confortável 
3. Adequado manejo de ordenha 
4. Correta manutenção e uso do equipamento de ordenha 
5. Tratamento da mastite clínica durante a lactação 
6. Descarte e/ou segregação de vacas com mastite crônica 
o Linha de ordenha* 
7. Tratamento de vaca seca 
8. Medidas de biossegurança contra a mastite contagiosa 
9. Coleta de dados e monitoramento da saúde da glândula mamária 
10. Revisão periódica do programa de controle de mastite 
 
 9 GIOVANA MELQUE – MEDICINA VETERINÁRIA 
COMO SABER SE A MASTITE É UM PROBLEMA NO MEU REBANHO 
CLÍNICA 
 
 
SUBCLÍNICA 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
1. COLETA DE DADOS SOBRE SAÚDE DA GLÂNDULA MAMÁRIA 
1. Mastite clínica (% de vaca doente) 
2. Mastite subclínica (% de vaca doente e quantidade de células somáticas) 
3. Identificação de agentes causadores 
• Dependendo do agente causador é fácil / difícil tratar 
 
 Pegar as informações e organizar em uma planilha, de forma numérica, 
geralmente em %. E depois compara com seus objetivos 
 
 
 
 
Diagnosticada pela caneca de fundo preto – 
parte do manejo de ordenha 
• Feito diariamente, a cada ordenha 
Diagnosticada pelos CMT, e em fazendas 
mais modernas, pela condutividade elétrica 
do leite 
• Feito 1x por mês 
• CMT de preferência semanal 
 
 10 GIOVANA MELQUE – MEDICINA VETERINÁRIA 
2. ESTABELECER METAS PARA SAÚDE DA GLÂNDULA MAMÁRIA 
 
• Mais de 85% das cacas de lactação com menos de 200.000 cels = menos 
de 15% de mastite subclínica 
• Mais de 95% das vacas em lactação com até 500.000 cels 
o Menos de 5% do rebanho com contagem de células somáticas até 
500.000cels 
• Novas infecções: quartos do teto 
• Menos de 1% das vacas tem que ter mastite clínica 
*CCS: contagem de células somáticas – reflete a qualidade do leite 
 
3. MANEJO DE ORDENHA: HIGIENE E CONTROLE DE MASTITE 
Manejo antes da ordenha 
• Estimulação adequada para ejeção do leite 
o Tirar o primeiro jato, pois quando começa a manipular está 
estimulando a vaca a ter o pico de ocitocina (1 minuto pra ter o 
pico, com duração de 6 minutos – tempo para ordenhar) 
Leite residual: leite que sobra dentro da glândula mamária após a ordenha 
• Detecção de mastite clínica: teste da caneca 
• Higienização dos tetos 
Antes de ordenhar / colocar teteira 
• Ordenhar primeiramente vacas sadias (baixa CCS) 
o Linha de ordenha: ordenhar na seguinte ordem 
1. primeiro as vacas sadias (<200.000cels) 
2. vacas com até 500.000cels 
3. vacas com alta célula somática (>500.000) 
4. vaca com mastite clínica (tratadas e o leite não vai pro tanque), 
5. vaca com mastite crônica 
Para diminuir a contaminação de uma vaca para outra dentro da ordenha 
 11 GIOVANA MELQUE – MEDICINA VETERINÁRIA 
 
1) Lavar os tetos com água corrente (somente se estiverem sujos) 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
2) Retirar os primeiros jatos de leite (teste da caneca) 
Diagnóstico de mastite clínica 
• tem que ser feito diariamente, a cada ordenha 
• só não vai fazer quando for máquina (ela consegue 
detectar se a vaca está com mastite) 
 
Não precisa lavar. Quando fizer o pré-
dipping já umidifica, quando seca já 
remova 
 12 GIOVANA MELQUE – MEDICINA VETERINÁRIA 
3) Desinfecção dos tetos antes da ordenha (pré-dipping) 
• Feito em qualquer tipo de ordenha (manual ou mecânica) 
• Usa antisséptico com concentração de 1% 
o Iodo 
o Amônia quaternária 
o Cloro – é incolor, então muitas vezes não sabe se fez 
 
 
4) Secagem dos tetos com papel toalha descartável 
• Uma toalha para cada teto 
 
 
Influência do manejo pré ordenha sobre a BT do leite 
 
 13 GIOVANA MELQUE – MEDICINA VETERINÁRIA 
5) Colocar as teteiras e ajustar quando houver deslizamento 
O vácuo que segura a teteira. Se entrar ar no sistema pode prejudicar todo o 
sistema 
 
6) Desligar o vácuo e retirar as teteiras após o termino do fluxo de leite 
A mangueira preta é a mangueira de vácuo. O leite desce do 
úbere, passa pelo tubo coletor e segue pela mangueira branca. 
Se acabar o leite no úbere, o vácuo vai continuar puxando, 
causando uma irritação no canal esfíncter 
• Sobre ordenha: continua ordenhando mesmo a vaca não 
tendo mais leite 
 
Como evitar a sobre ordenha: 
1. Colocar ordenha moderno que tem extrator automático de 
teteira 
2. Observar: parou de descer leite, desliga o vácuo e retira a teteira 
 
7) Desinfecção dos tetos após a ordenha 
Pré-dipping: eliminação das bactérias do filme do teto (pele do teto) 
 
Alimentação após ordenha 
Vaca tem que se alimentar, pois ela fica em pé. O esfíncter do teto demora 30 
minutos pra fechar depois da ordenha, se ela deitar logo após a ordenha, vai 
encostar o teto no chão e dar mastite 
 
Quanto custa um bom manejo de ordenhada? 
 
 
= hoje = 0,09 – 0,13 centavos 
 14 GIOVANA MELQUE – MEDICINA VETERINÁRIA 
MANEJO DE ORDENHA MANUAL 
• Boa higiene das mãos do ordenhador 
o Lavagem das mãos antes da ordenha 
o Limpeza do local de ordenha é fundamental 
• Desinfecção dos tetos após a ordenha é complicada 
 
PREPARO DO CLORO PARA LIMPEZA DAS MÃOS DURANTE A 
ORDENHA 
• Papel individual – secagem do teto das vacas 
• Filtro em cima do balde para que fezes/urina não chegue no leite 
• Outra filtragem no tanque de resfriamento 
 
 
4. ADEQUADA MANUTENÇÃO E USO DO EQUIPAMENTO DE ORDENHA 
Fundamental para que se tenha uma ótima qualidade na ordenha 
 
 
Prolapso de esfíncter – quando o nível de vácuo está muito levado, faz uma 
pressão muito grande na região, causando o prolapso. Esse prolapso faz com 
que o esfíncter não feche = inflama 
o Causa do prolapso do esfíncter é o vácuo 
 
 15 GIOVANA MELQUE – MEDICINA VETERINÁRIA 
TROCA DAS TETEIRAS 
Borracha sintética - 2500 ord 
Período de troca = 2500 / (a X b/c) 
a. Número de vacas ordenhadas por dia 
b. Número de ordenhas por dia 
c. Número de unidades de ordenha do equipamento 
 
EQUIPAMENTO DE ORDENHA x MASTITE 
Mecanismo de interrelação entre a máquina de ordenha e a incidência 
de mastite 
• Efeito direto 
o Movimento de patógenos para dentro da cisterna do teto 
 
• Efeito indireto 
o Aumento do número de bactérias na pele do teto 
o Agressão ao tecido mamário e diminuição do potencial de 
defesa da vaca 
 
5. TRATAMENTO DA MASTITE CLÍNICA DURANTE A LACTAÇÃO 
Eliminação dos casos de mastite 
1. Ocorrência de cura espontânea: <20% 
• Exceto infecções cônicas por S. aureus 
2. Descarte de vacas com casos crônicos 
3. Tratamento durante a lactação 
4. Tratamento de vaca seca 
 
Mastite crônica: trata ou a vaca não melhora; trata e uma semana depois 
apresenta mastite novamente (não matou todas bactérias). Ocorre durante todo 
período de lactação 
• Abate 
• Fertilização in vitro e transferência de embriões 
 
Protocolo de tratamento de casos clínicos 
1. Inicio imediato: ATB intramamário de amplo espectro (pelo menos 3 dias) 
• 1 bisnaga inteira (representa 1 dose), por quarto doente, por ordenha 
→ intramamário, por no mínimo 3 dias 
3 dias para garantir que não tem mais bactéria, mesmo se não tiver mais sinal 
clínico. 
 
 16 GIOVANA MELQUE – MEDICINA VETERINÁRIA 
2. Manter o tratamento por até 24 horas após o termino dos sintomas 
 
Taxa media de cura: 50% → depende da bactéria 
• Mastite clínica 
o Streptococcus agalactiae → 90 - 95% 
o Staphylococcus aureus → 25 – 50% 
 
Principais razões para falha na terapia da mastite 
• Demora para o início do tratamento → mastite ficou aguda 
• Escolha inadequada dos antibióticos 
o Levedura não responde a todos ATB 
• Curto período de tratamento 
o Para de tratar quando acaba os sintomas → não respeita o 
tempo mínimo 
• Resistência do microrganismo à droga 
• Bactérias inativas ou metabolicamente inertes → não responde bem 
ao ATB 
• Pouca difusão de droga 
o Quando a droga não foi desenvolvida para o quarto mamário17 GIOVANA MELQUE – MEDICINA VETERINÁRIA 
Tratamento da mastite durante a lactação 
Tratamento subclínicas durante a lactação → não trata, só acompanha 
(individual) 
• Indicada apenas para S.agalactiae (blitzterapia → trata 100% das vacas) 
o Contra indicado 
o Quando não tem outra alternativa 
 
Taxa de cura (subclínica) 
• S. agalactiae → 90 – 95% 
• Streptococcus ambientais → 40 – 50% 
• S. aureus → 20 – 30% 
 
Tratamento de mastite aguda 
• Coliformes: Escherichia coli e Klebsiella sp (tratamentos alternativos) 
• Só o tratamento intramamário não resolve os problemas fisiológicos 
 
Estratégias alternativas para tratamento da mastite 
• Terapia combinada 
o Terapia de escolha → combina ATB sistêmico com local 
Sistêmico: só 40% da dose chega até a glândula mamária(subdosagem) 
 
• Terapia estendida 
• Uso combinado de vacinação e tratamento intramamário 
 
Terapia combinada 
Via sistêmica + intramamária: aumentar a concentração da droga na glândula 
mamária 
 
S. aureus: taxa de cura de 25% (tratamento intramamário) para cerca de 51% 
(amoxicilina ou amox + penicilina) 
• Terapia estendida 
 
Usada em 100% dos casos agudos 
 
 Tratamento convencional (3 dias ou 24h após o termino dos sinais clínicos) 
 
 
 18 GIOVANA MELQUE – MEDICINA VETERINÁRIA 
Terapia estendida 
Aumento da duração do tratamento (6 a 8 dias) 
• intramamário 
 
Tratamento de casos de mastite com pirlimicina, com duração de 2, 5 e 8 dias 
apresentou taxa de cura de, respectivamente, 13, 31 e 83% 
 
Uso combinado de vacinação + tratamento intramamário 
Estimulação do sistema imune: aumentar a capacidade da vaca de eliminação 
das infecções existentes 
 
• Vacinação contra S. aureus: 2 e 14 dias antes do tratamento IM 
(intramamário) 
A vacina estimula o sistema imunológico a produzir anticorpo, auxiliando o ATB, 
e matando a bactéria 
 
• Após: IM por 6 dias, sendo que 7 dias após o término do tratamento, é 
aplicado novamente a vacina 
 
Taxa de cura de até 80% dos quartos infectados. 
 
Esquema Vacinal 
• Vacina + ATB 
o Vacina sempre antes do antibiótico 
• Vacina → 2 a 14 após a vacinação começa o tratamento na vaca → 6 a 8 
dias intramamário 
• Espera mais 15 – 30 dias e da mais uma dose de vacina 
 
 Dia 0 = vacina 
No mínimo 2 dias depois = início do tratamento 
Dia 8 = encerra o tratamento 
15 dias depois = segunda dose da vacina 
• para fazer só após 30 dias tem que ter certeza que as vacas melhoraram 
 
 
 
 
 19 GIOVANA MELQUE – MEDICINA VETERINÁRIA 
Situações onde não esperar resultados satisfatórios 
• Vacas velhas → sistema imunológico mais lento 
o Vacina para estimular o sist. Imunológico 
• Alta CCS → faz acompanhamento 
• Vacas após meio de lactação → é mais eficaz tratando após a lavagem 
• Mais de um quarto infectado 
 
 
7. Manejo de vacas secas 
 
 
Mastite clínica sem lactação → tem que abrir um esfíncter que já estava fechado 
 20 GIOVANA MELQUE – MEDICINA VETERINÁRIA 
Tratar 100% das vacas secas, porém no dia da secagem coloca a amostra para 
saber se tem bactéria (app) 
• Trata se tiver bactéria 
• Diminui a mastite que ocorre após a lactação 
 
TRATAMENTO DE VACA SECA 
Terapia da vaca seca reduz a taxa de novas infecções em aproximadamente 
80% (período seco, após secagem) 
 
• Taxa de cura de infecções subclínicas: 70 – 90% 
• Alvo principal: agentes contagiosos 
o Mastite subclínica 
 
Trata mastite subclínica quando seca → é o melhor período, pois não está 
tirando o leite 
• Risco de leite com ATB 
 
Vantagens 
• Maior taxa de cura (diferente da lactação) 
• ATBA de longa ação e em altas concentrações 
o Diminui novas infecções do período seco 
o Reduz a incidência de mastite clínica pós parto 
o Menor risco de resíduos de ATB no leite (carência de 30 – 42 dias, 
até a vaca parir) 
 
SELANTE DE TETOS 
Coloca no momento da secagem 
• Aplicação 7 dias antes do parto ou logo após a secagem 
• 10 - 15 dias antes de parir 
 
Garante que o bezerro mame o melhor colostro (1º colostro da 1º ordenha) 
 
 
 
 21 GIOVANA MELQUE – MEDICINA VETERINÁRIA 
8. Proporcionar um ambiente limpo, seco e confortável 
Controle de mastite ambiental 
• Pré-dipping → manejo do ambiente: redução da exposição aos patógenos 
ambientais 
o Correto dimensionamento das instalações 
o Uso de camas inorgânicas (ex: areia, que diminui o risco de 
contaminação bacteriano) 
• Vacinação 
 
VACINAS CONTRA COLIFORMES 
• Escherichia coli 
• Enterobacter aerogenes 
• Klebisiella penumoniae 
 
Manifestação clínica aguda 
• Febre 
• Toxemia 
• Morte (raro) 
 
 
 
 22 GIOVANA MELQUE – MEDICINA VETERINÁRIA

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