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Revisão – 2º prova Lista 2 - Auxínicos ou Mimetizadores de auxinas 1 – Seletividade herbicidas Auxínicos para gramíneas • Capacidade diferenciada de metabolização da molécula de herbicida; (2,4-D - aril-hidroxilação/ triclopyr sofre hidrolise) • Anatomia diferenciada em relação às plantas dicotiledôneas; (arranjo do tecido vascular em feixes dispersos, sendo estes protegidos pelo esclerênquima) • Capacidade de exsudação radicular do produto. 2 – Comportamento no solo dos seguintes herbicidas: a) 2,4-D: • Meia vida em torno de 10 dias. • A degradação do produto é realizada principalmente por microorganismos. • Apresenta alta solubilidade (600 mg/L) • O 2,4-D é potencialmente móvel, mas a rápida degradação no solo e a remoção do solo pelas plantas minimizam a lixiviação deste produto. b) Triclopyr: • O grau de adsorção do herbicida depende do pH do solo, • Pode haver lixiviação. • Koc médio é de 20ml/g de solo. • A sua potencial degradação é por microorganismos do solo. • Este produto é sujeito a fotodegradação, apresentando meia-vida fotolíitica inferior a 24 horas. • Possuem persistência (meia-vida) no solo de 20 a 45 dias, dependendo do tipo de solo e das condições climáticas. c) Picloram: • Alta persistência no solo • Meia vida de 90 dias (variando de 20 a 300 dias) e podendo apresentar residual no solo após 2 a 3 anos. • É uma molécula que apresenta substituintes, que dificultam o ataque microbiano. • É considerado altamente lixiviável, pois é fracamente adsorvido na matéria orgânica, • Solubilidade em água moderada (430 mg/L) • Baixo coeficiente de sorção (Koc=20 ml/L). • Cuidado com o cultivo de culturas sensíveis( fumo, tomate, pimentão, algodão videira) e solos adubados com esterco provenientes de áreas tratadas com esse herbicida e postergados logo após. 3- Recomendações do 2,4-D: • Pastagem • Dessecação em áreas de plantio direto • Pós emergência em culturas • Aplicação dirigida em pomares 4- Mecanismo de ação dos herbicidas Auxínicos • São absorvidos pelo sistema radicular (plantas jovens) ou foliar, e translocado para o sítio de ação (enzima RNA-polimerase) • Leva ao intenso crescimento celular (formação de tumores) - interrupção do vaso do floema. • O sistema radicular de plantas suscetíveis é rapidamente destruído, devido ao aumento significativo da enzima celulase, principalmente a carboximetilcelulase (CMC), em conseqüência dos efeito do herbicidas, Sintomas: • Crescimento desordenado • Epinastia das folhas • Retorcimento do caule, engrossando as gemas terminais e morte das plantas, em poucos dias ou semanas. • Podem também formar raízes aéreas e formação de gemas múltiplas. 5- Formulações 2,4-D: Sal: • Koc- 20 ml/g • Mais lixiviada e menos voláteis que as formulações ésteres • Pressões de vapor - 5,5 x 10-7 mm Hg • É absorvida preferencialmente pelo sistema radicular Éster: • Koc- 100 ml/g • Praticamente insolúveis e apresentam menor residual no solo • Pressões de vapor são - 3,0 x 10-4 mm Hg • Absorção se dá via sistema radicular. 6- Explicar porque o herbicida 2,4-D é muito utilizado quando se pretende fazer renovação da pastagem utilizando o sistema integrado lavoura- pecuaria. • Seletividade para as gramíneas • A aplicação do 2,4-D na fase inicial da cultura do milho poderá controlar infestantes dicotiledôneas • Este produto se aplicado na dose recomendada e nos estádios apropriados das culturas não promovem efeitos fitotóxicos (milho e braquiária). 7- Pastagem: 2,4-D mistura com o Picloran • Controlam mais eficientemente as plantas infestantes em pastagem, principalmente arbustos e pequenas árvores de difícil controle. • O 2,4-D tem a finalidade de potencializar o efeito do picloram podendo reduzir de 90 a 15 dias. • O picloram apresenta efeito lento, porém extremamente persistente, por isso recomendado para plantas daninhas de maior tamanho. 8- Após aplicação do Tordon, retirar o gado durante 30 dias. • O gado deve ser retirado da pastagem para que favoreça o controle cultural (das gramíneas cultivadas sobre as plantas infestantes). • Ocorrerão maior crescimento e desenvolvimento da pastagem não pastoreada, conseqüentemente maior cobertura foliar dificultando o desenvolvimento e emergência as plantas daninhas, promovendo maior eficiência do manejo integrado de plantas daninhas. 9- Cuidados ao se aplicar herbicidas reguladores de crescimento (Considerar herbicida, tecnologia de aplicação, clima) • Deriva- alta toxicidade em doses extremamente baixas, as cultuas sensíveis como uva, tomate, fumo e algodão. • Para diminuir a deriva, utiliza-se formulações menos voláteis, pulverização com gotas maiores (200-400 μm). Observando as condições climáticas para diminuir a deriva (UR e temperatura) na hora da aplicação. • Descontaminação de pulverizadores • Observar o estádio de desenvolvimento da cultura para aplicação do produto • A persistência no solo. 10- Herbicidas reguladores de crescimento em pastagem: • 2,4-D - DMA 806 BR, 2,4-D 806 Nufarm, Navajo, U-46, D-Fluid 2,4-D, Campeon, Grall, Grant, 2,4-D Fersol, Pren-D; • 2,4-D + picloran – Tordon, Dontor, Mannejo, Arena, Crosser, Grazon BR; • Picloran + fluroxypyr – Plenum, Pique 240 SL; • Picloran – Padron, Leopard, Navigador, Tordon 24 K; • Triclopyr – Garlon 480 BR; 11- Espécies de plantas daninhas infestante em pastagem: Acácia plumosa- arranha gato; Barnadesia rosea – espinho-agulha; Bauhinia variegada – unha-de-vaca; Macherium aculeatum – pau-de-angu; Memora peregrina- cigarrinha; Peschiera fuehsiaefolia- leiteiro. Alternanthena tenella- apaga-fogo; Chaptalia nutans- língua de vaca; Conyza bonariensis- buva; Sida cordifolia- quanxuma; Solanum paniculatum- jurubeba; Senna obtusifolia- fedegoso; Vernonia polyanthes- assa-peixe branco. 12- Espécies de plantas daninhas tóxicas em pastagens: • Cafezinho- Palicourea marogravil; • Algodão-branco- Ipomea cárnea; • Cambará- Lantana cauara; • Samambaia- Pteridium aquilinum; • Mamona- Ricinus commumis; 13- Mecanismo de ação dos inibidores do FSII. • Competem com a plastoquinona Qb parcialmente reduzida (QbH) pelo sítio da proteína D-1, ocasionando a saída da plastoquinona e interrompendo o fluxo de elétrons entre os fotossistemas. • Este fluxo de elétrons interrompido aumenta a concentração de elétrons no meio, causando uma serie de reações vindo a danificar as membranas celulares. • A molécula da clorofila que recebe o elétron e não retorna ao seu estado anterior (neutro) tornando-se ainda mais carregada e mais reativa (estado de energia tríplice). • Esse excesso de energia causa o ínicio da peroxidação de lipídios e produção de um oxigênio reativo (oxigênio singlete) Surgimento de necrose foliar. Porque matam plantas sensíveis rapidamente. • As moléculas de clorofila continuam recebendo elétrons (da oxidação da água) independentemente do fluxo de elétrons estar interrompido ou não. • Em condições normais, o excesso de carga da clorofila é passado para os carotenóides, mas na presença do herbicida é ineficiente devido ao excesso de clorofila no estado triplet, iniciando rapidamente a peroxidação da membrana, com aparecimento de clorose e posteriormente necrose foliar. 14- Características dos herbicidas inibidores do FSII • Poucas horas após a aplicação, as taxas de fixação de CO2 pelas plantas declinam rapidamente, em biótipos sensíveis. • Não provocam nenhum sinal visível de intoxicação no sistema radicular das plantas. • Todos os herbicidas podem ser absorvidos pelas raízes (a velocidade de absorção foliar é diferente paracada herbicida) e translocam na planta via xilema. • Necessitam de boa cobertura foliar com o produto, com adição de adjuvante (não são sistêmicos). • Apresentam pressão de vapor baixa e em geral são fortemente adsorvidos aos colóides orgânicos e minerais do solo. • A persistência do herbicida é muito variável (<30 ou > 720). • Apresentam toxicidade baixa para mamíferos. • Tem maior facilidade de penetração em plantas que se desenvolvem em baixa luminosidade. • Podem perder a seletividade, quando ocorre efeito sinérgico, são aplicados em mistura com outros herbicidas, inseticidas ou fungicidas inibidores da colinesterase. 15- Porque o Propanil é seletivo para a cultura do arroz ? • Este herbicida apresenta absorção via foliar e movimento limitado das folhas tratadas para os pontos de crescimento, assim é de fundamental importância, ótima cobertura foliar. • Esta seletividade, para o arroz, é conferida pela presença da enzima arilacilamidase em quantidade suficiente para a metabolização do produto nestas plantas. • Altas ou baixas temperaturas podem afetar a atividade da arilacilamidase, promovendo maior sensibilidade das plantas de arroz ao produto. 16- Propanil em culturas tratadas recentemente com inseticidas ou fungicidas carbamatos ou fosfatados. • Estes produtos agem inibindo a enzima acetilcolinesterase e também afetam a enzima arilacilamidase, assim a seletividade para a cultura do arroz é afetada. • Respeitar um intervalo de 15 dias, antes ou após aplicação do produto organofosforado para proceder a aplicação do herbicida propanil. • Respeitar intervalo de 30 dias, antes ou após a aplicação do produto carbamato; não se deve aplicar este herbicidas, quando as sementes foram tratadas com carbofuran. 17- Explicar porque o herbicida “diuron” é seletivo para a cultura do algodão. • O herbicida é absorvido via radicular. • Pouco móvel no perfil do solo • Em solos com alto teor de argila e matéria orgânica, o herbicida permanece retido nos primeiros 5 cm do perfil do solo, assim não atingem o sistema radicular da planta de algodão, conferindo a seletividade por posição também denominada de seletividade toponômica. • Todavia, se for incorporado mecanicamente ao solo de textura arenosa e com baixo teor de matéria orgânica, poderá entrar em contato com o sistema radicular do algodoeiro e causar severa intoxicação à cultura, podendo levá-la a morte. 18- Herbicidas Inibidor do FS II que seja seletivo para as culturas de milho e de sorgo. Explicar porque este herbicida é seletivo para estas culturas. Atrazine - controle eficiente de plantas daninhas dicotiledôneas. - Usado em pré e pós emergência - Alta seletividade : Se encontra mais ativo nas raizes das plantas, com teores elevados de benzoxazinonas. -complexo enzimático com capacidade de promover a hidroxilação da molécula atrazine a uma molécula de hidroxiatrazine. - Ocorrem também reações de dealquilação e conjugação com peptídeos (Glutationa) 19- Explicar como os herbicidas Inibidores do FS II se movimentam nas plantas. • São absorvidos preferencialmente via radicular. • São translocados na planta via xilema (não sistêmico), razão pela qual as plantas perenes só são eliminadas por estes herbicidas quando tratadas via solo. • Para se obter alta eficiência deste controle, em pós-emergência, é necessária uma boa cobertura foliar da planta, sendo necessária a adição de adjuvante (óleo mineral). • São eficiente somente controle de dicotiledôneas jovens. 20- Herbicidas Inibidores do FS II • Arroz – propanil, bentazon • Milho – atrazine, bentazon • Tomate – metribuzim • Sorgo – atrazine • Cana-de-açucar – amatryn, atrazine, diuron • Algodão – diuron • Soja – bentazon, metribuzin. 21- Adicionar óleo mineral à calda quando se pretende aplicar o atrazine em pós-emergência na cultura do milho. • Baixa penetração foliar nas plantas daninhas (não sistêmico) • A adição de óleo mineral à calda herbicida atuará como agente solubilizador na cera da cutícula, proporcionando maior penetração do herbicida para o interior da planta. • É importante que a umidade do solo esteja alta (> 60%) na época de aplicação, pois a cultura deve estar bem hidratada para maior eficácia do agente solubilizador. • A completa cobertura da planta daninha é de grande importância, pois o herbicida é pouco móvel na planta. 22-a) Cultivo sistema tradicional: Controle em pré-emergência. Histórico da área: Talhão 1: Infestado apenas por plantas dicotiledôneas. • Recomenda-se o herbicida atrazine, pelo fato de ser seletivo para a cultura do milho e possuir alta eficiência no controle de plantas daninhas dicotiledôneas. • Aplicar 4,0 a 5,0 l/ha ( p.c) em solo arenoso, médio e pesado. • Aplicação em pré ou pós-emergência inicial (até duas folhas), nesse caso com adição de óleo mineral. Talhão 2: Áreas altamente Infestadas com dicotiledôneas e monocotiledôneas. • O atrazine pode ser recomendado novamente, ele possui alta eficiência dicotiledôneas e média para monocotiledôneas (capim-pé-de-galinha). • Para maior eficiência recomenda-se misturar com S-metalachlor. • Necessário solo úmido durante a aplicação para melhorar a atividade do herbicida através de sua incorporação e desta ligação no perfil do solo. • O solo deve estar bem preparado e livre de torrões. b) Cultivo sistema plantio direto: Talhão 1: Área altamente infestada por plantas dicotiledôneas. • Aplicação de produtos pós-emergentes, pois com a dessecação aliada a cobertura morta das plantas promovem um eficiente sistema de controle das plantas daninhas. • Para alguma germinação é necessário a aplicação em pós (atrazine + óleo mineral). Talhão 2: Área altamente infestada por dicotiledôneas e Brachiaria plantaginea. • Mistura em tanque ( atrazine + nicosulfuron) • Aplicação devera ser feita em pós-emergência (milho de 2-4 folhas). • O atrazine controla com eficiência as plantas daninhas dicotiledôneas, e o nicosulfurom aumenta a eficiência no controle da Brachiaria plantaginea. 23- Explicar porque é necessário a cobertura total da planta daninha com a calda de herbicida, para que seu controle seja eficiente, quando se aplica herbicida Inibidor do FS II, em pós-emergência • Estes produtos são absorvidos preferencialmente via radicular, sendo translocados via xilema. • A absorção destes herbicidas via foliar é muito baixa, e quando absorvidos não se movimentam sistematicamente pela planta, ou seja, atuam como herbicidas de contato. • Devem-se utilizar pulverizações com gotas pequenas e medias e tomar cuidado com o efeito guarda-chuva da cultura sobre a planta daninha. Teste 3 1- Herbicidas para desecação: Roundup (glyphosate) e Gramocil (paraquat + diuron). a) Porque são recomendados p/ plantio direto? • Ação total • Altamente adsorvidos aos colóides do solo b) Quando recomendar um ou outro? Glyphosate: • Aplicação nas folhas e transloca até raizes ( translocação simplástica) • Aplicação com gotas grossas e baixa pressão do pulverizador. • 4-6 horas sem chuva após aplicação do produto • Pode-se aplicar em plantas daninhas em estádio mais avançado de desenvolvimento Gramocil: • Gotas finas – Maior cobertura foliar • Doses maiores para plantas que apresentam estádio de desenvolvimento mais avançado. • Facilmente adsorvido- 30 min sem chuva 2- Paraquat: dessecação para antecipar colheita • Rápida ação • baixa translocação em alta luminosidade > Atividade fotossintética < translocação < risco de contaminação Paraquat + diuron: dessecação para plantio direto • Diuron ( inibidor do FSII)- diminui o fluxo de elétrons ao longo dacadeia transportadora – aumenta mobilidade do paraquat “efeito de profundidade” 3- Mecanismo de ação dos inibidores da EPSPs • Ponto de ação é a enzima EPSP sintase (5-enolpirunilchiquimato-3- fosfato sintase) • Esta enzima é inibida por competição com o substrato PEP (fosfenolpiruvato) evitando a transformação do chiquimato em corismato. • Logo após aplicação do herbicida ocorre redução nos níveis de aminoácidos aromáticos e as plantas param de crescer. • A desregulação da rota do ácido chiquímato resulta na perda de carbonos disponíveis para outras reações celulares na planta Mecanismo de ação dos inibidores da ALS • Inibem a enzima acetolactato sintase (ALS) ou acetohidroxiácido sintase (AHAS) • Esta enzima é responsável pela biossíntese dos aminoácidos ramificados (valina, leucina e isoleucina) • Síntese de proteína é interrompida o que interfere na síntese de DNA e crescimento celular. 4- Seletividade dos inibidores da ACCase (gramíneas): • Diferença na sensibilidade da enzima ACCase Gramíneas- ACCase uniproteica que se localiza no citoplasma e nos plastídios que é insensível ao graminicida. Dicotiledôneas- Tem as duas formas de ACCase 5- Formulações de glyphosate comercializadas no Brasil: • Sal de isopropilamina:(Roundup Original, Roundup transorb) • Sal de amônia: (Roundup WDG, Roundup Multiação) • Sal de potássio: (Zap Qi) 6- Inativação no solo do: • Paraquat: Koc- 1.000.000 mg/g de solo. Dupla carga positiva da molécula de paraquat, formando complexa ligação com os locais de carga negativos, de onde não é removido mesmo com lavagens de solução saturada de sais. • Glyphosate: Koc- 24.000 mg/g. Adsorção com sesquióxidos de ferro e alumínio, ligados por ligação covalente dativa. Além de serem adsorvidas por pontes de hidrogênio com argilas do solo. A molécula de glyphosate apresenta cargas positivas e negativas, o que facilita o processo de adsorção. 7- Mistura de 2,4-D ao glyphosate- Dessecação para implantar o plantio direto: Aumenta amplitude de ação e controle das plantas daninhas. Deve ser recomendado quando houver alta infestação de trapoeraba, poaia, erva-quente dentre outras, pois são menos suscetíveis ao glyphosate. CUIDADOS: Com as culturas posteriores sensíveis ao 2,4-D (Soja) Lavagem de equipamentos em aplicações pós emergência da cultura. 8- Por que não se pode recomendar o glyphosate (Roundup) em aplicações dirigidas em culturas anuais como o milho e o feijão? Alta fitotoxicidade (feijão - estatura baixa / milho - folhas baixas e caule verde) Em contato com estas culturas será translocado (erro na tecnologia de aplicação poderá matar a cultura) 9 - Mecanismo de ação do FSI • Atuam na membrana dos cloroplastos, desviam os elétrons que, em condições normais de fotossíntese, reduzem o NADP +. • Por processo de auto-oxidação, essas moléculas voltam para seu estado normal, cedendo o elétron para o oxigênio • Radical livre (superóxido) – água oxigenada – PRODUZINDO RADICAIS HIDROXIL • Promovem a degradação rápida das membranas (peroxidação de lipídeos), ocasionando o vazamento do conteúdo celular e a morte do tecido. Recomendações: • Antecipação de colheita de feijão e soja. • Aplicação dirigida em culturas perenes (café, citrus). • Aplicação dirigida em culturas anuais (milho, algodão). • Dessecação de áreas para plantio direto, em mistura com herbicidas inibidores do FSII. 10- Para que se pode recomendar o herbicida glyphosate? • Dessecação de área para plantio direto • Aplicação dirigida de culturas perenes (café) • Aplicação em áreas não agrícolas (estrada de ferro, rodovias, pátios) • Maturado em cana-de-açúcar. • Culturas transgênicas resistentes ao glyphosate (soja). 11- O Aumento da área cultivada com culturas resistente ao glyphosate no Brasil vai favorecer a perda da eficiência desse herbicida para o controle da plantas daninhas? A alta pressão de seleção exercida por uma molécula (glyphosate) sobre as plantas daninhas, poderá resultar no aparecimento de plantas daninhas resistentes a esta molécula. A eficiência do glyphosate poderá ser garantida: • Rotação de herbicidas com mecanismos de ação diferentes, • cultivo de soja convencional (não poderá utilizar o glyphosate), • uso de plantio direto, com cultivo de outras culturas e conseqüentemente a utilização de outros produtos. 12- Propriedades do solo: • Textura do solo • Teor de matéria orgânica • pH • Porosidade Propriedades do herbicida: • Coeficiente de partição octanol-água (Kow), propriedade que indica a afinidade que a molécula do herbicida tem em relação à fase polar (representada pela água) e apolar (representada pelo octanol); • Solubilidade (S), que representa a afinidade deste composto com a água; • Capacidade de dissociação eletrolítica quando em solução aquosa (pKa), este expressa a capacidade de dissociação da molécula do herbicida, sendo representado por um valor numérico de pH no qual ocorrre a dissociação de 50% do composto • Pressão de vapor (PV), esta expressa a possibilidade de evaporação do composto, esta característica tem forte relação com possibilidade de deriva; e constante da Lei de Henry (H). 13- Três justificativas para o estudo de comportamento de herbicida no solo no curso de manejo integrado de plantas daninhas • Processos que ocorrem simultaneamente, como; degradação abiótica e biótica, sorção, adsorção, lixiviação, etc. – afetando a disponibilidade deste no solo • Conhecer o comportamento de herbicidas no solo também é importante por afetar direta ou indiretamente a eficiência no controle das plantas daninhas • Aplicações nas dosagens corretas para cada situação (tipo de solo), sem ocasionar fitotoxicidade as culturas. 14- Você suspeita que em uma área de sua propriedade determinado biótipo de planta daninha adquiriu resistência cruzada ao herbicida usado. Pergunta- se: a) Como diferenciar planta daninha tolerante de planta daninha resistente a herbicida? • Buscar informações na literatura a respeito das espécies. • Se ao longo do tempo se o herbicida nunca controlou aquela espécie de planta daninhas certamente será tolerância, • Porém se o controle começou a ter falhas pode ser resistência. • As plantas daninhas resistentes são aquelas que após uma aplicação de um determinado herbicida elas sobrevivem na área enquanto outras da mesma espécie são controlas, • Já a tolerância, ocorre quando após uma aplicação de um determinado herbicida os biótipos de uma população de plantas permanecem na área enquanto os biótipos das demais populações infestantes da área são controlados. É uma característica inata da espécie B) O que é resistência cruzada? Ocorre quando biótipos de plantas daninhas são resistentes a dois ou mais herbicidas, devido a um só mecanismo de resistência C) Como se faz para confirmar esta suspeita? • Colher sementes de plantas suspeitas de resistência e de plantas sensíveis. • Semea-las em vasos e tratá-las com dois crescentes do herbicida em questão (metade da dose, dose recomendada, dobro e triplo da dose recomendada). Observar se as plantas resistem às doses deste herbicida. D) Se confirmada porque isso ocorreu? • Pode ter ocorrido pelo uso por vários anos consecutivos de herbicidas de mesmo mecanismo de ação, favorecendo a pressão de seleção nas plantas daninhas. • A variabilidade genética juntamente com o uso intensivo contribuem para o surgimento de plantas daninhas resistentes. E) O que fazer? • Usar herbicidas com diferentes mecanismo de ação • Realizar aplicações seqüências do herbicida com diferentes mecanismo de ação, • Realizara rotação de mecanismo de ação • Limitar aplicações de um mesmo herbicida, • Usar herbicidas com menor pressão de seleção • Rotacionar o plantio de culturas • Rotacionar métodos de controle de plantas daninhas • Acompanhar mudanças na flora e usar sementes certificadas. 15-Você pretende recomendar aplicação de um novo herbicida em pré- emergência. Características deste herbicida: • Coeficiente de partição octanol-água (Kow) • Propriedade que indica a afinidade que a molécula do herbicida tem em relação à fase polar (representada pela água) e apolar (representada pelo octanol) • Solubilidade (S), que representa a afinidade deste composto com a água; • Capacidade de dissociação eletrolítica quando em solução aquosa (pKa), este expressa a capacidade de dissociação da molécula do herbicida, sendo representado por um valor numérico de pH no qual ocorrre a dissociação de 50% do composto, isto é, o valor de pH no qual o herbicida apresenta aproximadamente 50% das suas moléculas na forma dissociada e 50% não dissociada; • Pressão de vapor (PV), esta expressa a possibilidade de evaporação do composto, esta característica tem forte relação com possibilidade de deriva; Caracteristicas do solo: • Textura do solo • Teor de matéria orgânica • pH - podendo ser mais ou menos disponível dependendo do pH do pH do solo. • O comportamento de um determinado herbicida no solo depende de mais algumas variáveis, sendo difícil de prever a interação entre características do solo e do herbicida. 16- Ph do solo e sorção de herbicidas Herbicidas não iônicos: • Os herbicidas que não doam nem recebem prótons na solução do solo permanecendo em sua forma molecular • Não reagem com a água e também não possuem carga elétrica líquida. • Ex:trifluralin, alachlor, metolachlor, diuron. • Herbicidas de caráter ácido: • Capacidade de doar prótons e formar íons carregados negativamente. • Quanto maior for o pKa do herbicida menor será seu caráter ácido e menor a sua capacidade de ficar aniônico. • pH do solo = pKa, a molécula estará 50% na sua forma molecular ou neutra e 50% na forma dissociada (aniônica). • pH do solo < pKa , menor será a tendência do herbicida estar na sua forma molecular (neutra) e menor será sua capacidade de se adsorver nas partículas coloidais do solo. Nesse caso, seu comportamento será semelhante às moléculas não iônicas. ( < adsorção) • pH do solo > pKa do herbicida, este será prontamente dissociado e sua capacidade de ficar retido no solo será muito menor. (> sorção) Herbicidas de caráter básico: • Capacidade de receber prótons e forma íons carregados positivamente, competindo com os sítios de adsorção de nutrientes no solo. • pH do solo = pKa, a concentração da forma dissociada e neutra serão iguais. • pH do solo < pKa, maior será a tendência destes herbicidas em ficar na forma dissociada ou protonada, podendo facilmente ser adsorvidos às partículas de argila e aos grupos funcionais que formam a CTC do solo. • pH do solo > pKa destes herbicidas, sua forma molecular será favorecida, podendo reduzir sua capacidade de adsorção ao solo. • Isto mostra os possíveis efeitos da prática da calagem no potencial de mobilidade dos defensivos agrícolas. 17- Manejo Integrado. Requisitos básicos para se fazer um bom manejo de plantas daninhas? Prática com uso dos mais diversos métodos, desde a prevenção da entrada das plantas daninhas na área, com os métodos preventivos, também os métodos de controle, dentre eles o método cultural, biológico, físico (mecânico) e o químico, sempre evitando o uso de somente um método de controle, pois com isso há seleção de espécies ou biótipos que se adaptem ao método, para obter maior produção e qualidade dos produtos, aproveitando de forma sustentável, eficiente e segura os recursos ambientais. • Levantar informações sobre a área de cultivo e a cultura que será semeada (habilidade competitiva, melhor época de semeadura,etc) • Conhecer as plantas daninhas (biologia de cada espécie, habilidade competitiva, ciclo de vida, tolerância a herbicidas, etc) • Utilização conjunta, planejada e consciente de todos os métodos de controle de plantas daninhas 18- Comportamento de herbicidas no solo a) Adsorção de herbicidas • Fenômeno temporário pelo qual uma substância dissolvida se fixa a uma superfície sólida ou líquida. • Esta fixação ocorre por interação de forças da superfície do adsorvente (solo) e do adsorvido (herbicida). • A adsorção de herbicidas no solo depende das propriedades do solo e do composto estudado, as quais incluem tamanho, distribuição, configuração, estrutura molecular, funções químicas, solubilidade, polaridade, distribuição de cargas e natureza ácido/base dos herbicidas. b) Sorção de herbicidas • Adesão ou atração de uma ou mais camadas iônicas ou moleculares para uma superfície, • É um processo geral, sem distinção dos processos específicos de adsorção, absorção e precipitação. • As forças responsáveis pelas reações de sorção dos herbicidas no solo incluem forças físicas, ligações de hidrogênio, ligações hidrofóbias, ligações eletrostáticas, reações de coordenação e ligações de troca, entre outras. • De forma mais simples e prática, sorção seria o somatório dos fatores que levam ao “desaparecimento” do herbicida aplicado ao solo. c)Koc • Coeficiente de sorção normalizado para o teor de carbono orgânico do solo (L.Kg- ). • É um índice muito utilizado em métodos de classificação de mobilidade e em modelos de simulação do comportamento de pesticidas no solo • Koc = 100 Kd/foc, foc é o teor de carbono do solo, (dividindo-se o percentual de matéria orgânica por 1,72). As estimativas conduzidas em condições laboratoriais por cromatografia liquida e gasosa ou pelo bioensaio. d) T1/2 • Tempo necessário para que ocorra a dissipação (sorção e degradação) de 50% da quantidade inicial do herbicida aplicado. • Quanto maior for o valor de t½ e quanto menor for o valor de Koc, mais sujeito está o herbicida à lixiviação. e) índice de GUS • Critérios utilizados para classificação dos herbicidas conforme o potencial de lixiviação • GUS > 2,8 representam produtos lixiviadores • GUS < 1,8 são tidos como não lixiviadores. • Os valores > 1,8 e < 2,8 são considerados de potencial lixiviador intermediário. • Quanto maior for o valor de t½ e quanto menor for o valor de Koc, mais sujeito está o herbicida à lixiviação.
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