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FIT 320 - Mecanismos de Ação dos Herbicidas

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Walter S. Alimura - UFV 
Resumo P2 – FIT 320 (Daninhas) 
 
HERBICIDAS INIBIDORES DA PROTOX (Grupo E) 
Características Gerais: 
✓ Mecanismo de Ação: inibem a atuação da enzima Protoporfirinogênio oxidase (PROTOX ou PPO); 
✓ Absorção: penetram pelas raízes, caules ou folhas de plantas novas. Pouco translocáveis; 
✓ Morte rápida após a exposição à luz; 
✓ São altamente absorvidos pelo solo e altamente resistente à lixiviação; 
✓ Atuação: próximo à superfície do solo (“filme”), durante a emergência das Plantas Daninhas; 
✓ Residual: podem ocorrer problemas de carryover. Ex: oxyfluorfen, sulfentrazone e Fomesafen. 
✓ Muito eficientes no controle de Eudicotiledôneas, jovens e durante a germinação. 
✓ Exceção: sulfentrazone, oxyfluorfen e oxadiazon: que controlam também as gramíneas. 
✓ Requerem luz para serem ativados. 
✓ Quando as plantas estão expostas a radiação solar, morrem rapidamente (1 a 2 dias). 
✓ Podem ser aplicados em pré e pós-emergência das plântulas. 
✓ As necroses foliares têm o formato e a intensidade das gotículas de pulverização. 
 
A persistência (residual) no solo pode variar de alguns dias ou meses. Os produtos que apresentam residuais 
elevados, podem ocorrer problemas com carryover, ou seja, danos em culturas posteriores. 
 
Mecanismo de Ação: 
 
 
A enzima PROTOX atua na oxidação do Protoporfirinogênio-IX em Protoporfirina-IX, dentro do Cloroplasto. 
A Protoporfirina-IX é precursora da clorofila e dos citocromos. Mas quando a PPO é inibida (herbicida + 
Walter S. Alimura - UFV 
protox) ocorre um acúmulo de protoporfirina-IX dentro das plantas. Quando ocorre a inibição da enzima 
PROTOX, o Protoporfirinogênio-IX saí do centro de reação do cloroplasto e vai para o citoplasma. 
No citoplasma, o protoporfirinogênio-IX sofre uma reação de oxidação não-enzimática e se transforma em 
Protoporfirina-IX que vai interagir com a luz + O2 e originar o oxigênio singlet (O-) que é tóxico para as plantas 
e assim, iniciar o processo de Peroxidação de Lipídeos e a desintegração das membranas. Proteínas e 
Lipídeos serão oxidados o que vai resultar em perdas de clorofila, perdas de carotenoides e rompimento das 
membranas. 
 
 
 
Modo de Ação – RESUMO: 
 - Inibição da enzima PROTOX; 
 - Acúmulo de Protoporfirinogênio fora do centro de reação; 
 - Produz Protoporfirina-IX pela via Não-enzimática; 
 - Interação com Luz e O2 → Oxigênio Singlet (O-) 
 - Peroxidação de lipídeos (efeito rápido); 
 - Ação de contato + absorção foliar. 
 
 
 
 
• Seletividade: 
✓ Pouco seletivos quando em contato direto com as folhas, mas recuperam-se; 
✓ Soja (lactofen e acilfluorfen): causam injúrias nas folhas, mas as plantas conseguem 
rapidamente se recuperarem, pois como o efeito é de contato (pouco translocável) com isso, 
as folhas novas que vão sair depois da aplicação não serão afetadas. 
✓ Oxyfluorfen: tolerância acontece por resistência ao molhamento (cerosidade foliar, cebola e 
pinus), por aplicações dirigidas às entrelinhas (café e citros) ou por seletividade de posição; 
Em cebola e pinus a tolerância a esses produtos vai aumentar conforme a idade da planta, ou 
seja, com o aumento da idade vai ocorrer um menor molhamento da superfície e uma menor 
penetração via foliar. Isso acontece conforme a idade da planta avança, pois ocorre uma 
menor deposição de cera cuticular nas folhas e por isso o produto é menos absorvido. 
✓ Flumioxazin e Carfentrazone: seletivos ou não, função do uso (dessecação pré-plantio com 
2,4-D e Glyphosate x Pós-emergência). 
 
• Sintomas: 
✓ A atividade desses herbicidas é expressa por necrose foliar da planta tratada em pós-
emergência, após 1 a 6 horas de luz solar; 
✓ Os primeiros sintomas são manchas verde-escuras nas folhas, dando a impressão de que 
estão encharcadas em razão do rompimento da membrana celular e derramamento de 
líquido citoplasmático nos intervalos celulares. 
✓ Posteriormente a esses sintomas iniciais, ocorre a necrose. 
 
• Resistência: 
✓ Mundo: 13 casos (10 Eudicotiledôneas e 3 Monocotiledôneas). 
✓ Primeiro caso documentado no Brasil foi de resistência múltipla (Leiteiro) a ALS e PROTOX 
(2004) em Milho e Soja no Paraná. 
 
Walter S. Alimura - UFV 
✓ Caruru-gigante (Amaranthus retroflexus) em algodão e soja no MT (2014). 
✓ Buva (Conyza sumatrensis) em soja na região de Palotina-PR (2017). 
✓ Buva com resistência múltipla a PROTOX, FSI, FSII, Auxínicos e EPSPS em soja (PR – 2017). 
HERBICIDAS INIBIDORES DA SÍNTESE DE CAROTENÓIDES (Grupos F1, F2 e F3) 
Características Gerais: 
✓ Causam a perda de pigmentos das folhas, resultando em uma aparência “albina”; 
✓ Translocação somente via XILEMA, com exceção do Amitrole (não registrado no Brasil); 
✓ Há problemas de deriva em aplicações, principalmente de Clomazone; 
✓ Sorção à MOS; 
✓ Todos possuem baixa toxicidade para mamíferos; 
✓ O Isoxaflutole (IFT) é considerado um pró-herbicida, uma vez que é rapidamente convertido ao 
metabólito diquetonitrila (DKN), por meio de abertura do anel isoxazole, que é a molécula 
biologicamente ativa no controle de plantas daninhas. 
✓ Mecanismo: bloqueio da síntese dos pigmentos carotenoides (enzima fitoenodesidrogenase); 
✓ Fotodegradação da clorofila; 
✓ Sintoma mais visível: folhagem totalmente branca (crescimento albino) em 3 a 7 dias; 
✓ Tecidos formados antes do tratamento não mostram os sintomas albinos típicos. 
✓ Controle de plantas daninhas: gramíneas (anuais e perenes) e de folhas largas nas culturas de 
algodão, arroz, cana de açúcar, fumo e soja. 
✓ Podem ser empregados no controle de plantas daninhas aquáticas e no controle total da vegetação. 
 
Mecanismo de Ação: 
 
Walter S. Alimura - UFV 
Os herbicidas inibidores do pigmento carotenoide vão agir na Rota de Biossíntese de Carotenoides, 
resultando no acúmulo de Fitoeno. A aparição de novos tecidos albinos nas plantas não implica que esses 
herbicidas inibam diretamente a síntese de clorofila... a perda de clorofila é resultante da oxidação da 
clorofila pela luz, o qual chamamos de foto-oxidação, pois não há a presença de carotenóides. Com isso, 
devido à falta de carotenóides ocorre a foto-oxidação das clorofilas, devido à falta de proteção. 
Antes de o herbicida agir: após a síntese de produção a clorofila se torna funcional e absorve energia. Dessa 
forma a energia passa do estado Singlet para o estado Triplet (mais reativo). Em condições normais (sem a 
aplicação de herbicidas) a energia na forma Triplet é dissipada pelos carotenóides. Dessa forma, quando os 
carotenóides não estão presentes, acontece que a clorofila que estava no estado Triplet não dissipará a 
energia, com isso, inicia-se as reações de degradação, no qual a clorofila é destruída. 
 
A inibição da síntese de carotenoides leva a decomposição da clorofila pela Luz, como resultado da perda da 
proteção fornecida pelos carotenóides que protegem a clorofila. Devido a este processo, a clorofila não 
consegue se manter, pois não apresenta a proteção dos carotenóides para dissipar as energias. 
 
Em relação ao subgrupo F1: grupos de herbicidas que vão bloquear a síntese de carotenóides devido à 
inibição da Fitoeno desaturase. Essa inibição, resulta em um acúmulo de Fitoeno. 
 
Em relação ao subgrupo F2: herbicidas que inibem a HPPD (p-hidroxifenilpiruvato desidrogenase) que é uma 
enzima responsável pela conversão do p-hidroxigenilpiruvato em Homogentisato. Essa conversão é uma 
reação chave para a síntese e formação de Plastoquinonas. Com a sua inibição, ocorrerá o início do 
branqueamento nas folhas que emergem após a aplicação. 
 
Os sintomas que são o branqueamento das folhas, resultam de uma inibição que chamamos de Inibição 
Indireta da Síntese dos Carotenoides. Pois teremos o envolvimento das plastoquinonas que é um cofator da 
Fitoeno desaturase. 
 
O sítio de ação especifico do Subgrupo F3, ainda não é muito conhecido, que é o caso do Clomazone. 
 
Após a aplicação dos produtos (herbicidas) o crescimento das plantas continua por algunsdias, entretanto, 
devido a falta de clorofila esse crescimento não se mantém, com isso, ocorre o surgimento de manchas 
necróticas. 
Tais herbicidas não terão ação sobre os carotenóides que já foram produzidos antes da aplicação. Então, os 
tecidos formados antes da aplicação, não ficarão brancos imediatamente. Porém, devido a necessidade de 
renovação dos carotenóides, começarão a desenvolver manchas cloróticas que posteriormente vai progredir 
para a necrose. 
 
Modo de Ação – RESUMO: 
- Após a síntese de clorofila, esta se torna funcional e absorve energia, passando do estado Singlet para o 
estrado Triplet (mais reativo). 
- Em condições normais, a energia oriunda da forma Triplet é dissipada através dos carotenóides. 
- Assim, quando os carotenóides não estão presentes, a clorofila que está no estado Triplet não dissipa a 
energia e com isso inicia as reações de degradação, nas quais ela é destruída. 
- A inibição da síntese de carotenóides leva à decomposição da clorofila pela luz, como resultado da perda 
da fotoproteção fornecida pelos carotenóides à clorofila. 
- Devido a esse processo, a clorofila não se mantém sem a presença dos carotenóides, que a protege, 
dissipando o excesso de energia. 
 
• Seletividade: 
Walter S. Alimura - UFV 
✓ Clomazone: seletividade (soja, arroz, mandioca, cana, citrus e algodão); por somatório de 
fatores fisiológicos (hidroxilação, conjugação com metabólitos, menor translocação para os 
locais de ação). 
✓ Algodão, arroz e soja: o clomazone inibe a enzima Citocromo P-450 monoxigenase (presente 
nas células do mesófilo) por meio do uso de protetores Dietholate e inseticidas 
Organofosforados (malation, phorate, zineb, etc...). Essa enzima é também, responsável pela 
oxidação das moléculas do clomazone, tornando-as mais tóxicas às plantas. 
✓ Translocação muito reduzida (Ex: fluridone e norflurazon em algodão). 
HERBICIDAS INIBIDORES DA GLUTAMINA SINTETASE (GS) 
O único produto deste mecanismo de ação: Amônio-glufosinate 
 
 
 
O que é Glufosinato Sal de Amônio?? 
- É derivado da fermentação de uma bactéria que vive no solo, Streptomyces viridochromogenesa, 
descoberta em 1976. 
- Foi introduzido em 1984 como Herbicida (muito ainda a aprender). 
- 12 Milhões de ha tratados por ano. 
- Mecanismo de ação único. 
 
Inibidores da GS → Derivados do Ácido Fosfínico (Grupo Químico) 
Características Gerais: 
✓ Apenas 1 produto importante: Amônio-glufosinato (Produtos comerciais: Finale e Liberty) 
 - Ação de CONTATO (Mono e Eudicotiledônas) 
 - Liberty Link (algodão, canola, beterraba, soja, milho, arroz) 
✓ Aplicação em Pós-emergência das Plantas Daninhas; 
✓ Absorção FOLIAR (não é absorvido pelas raízes); 
✓ Translocação muito reduzida (floema e xilema); 
✓ Importante na dessecação para o plantio direto e para antecipar colheitas de feijão, batata e soja. 
✓ Apresenta uma rápida degradação no solo, por ação dos microrganismos. 
 
Mecanismo de Ação: 
 
Walter S. Alimura - UFV 
 
O herbicida possui uma ação de contato e causa uma alteração no metabolismo da amônia (NH3). Com essa 
ação de contato, primeiramente vai ocorrer a destruição dos tecidos da epiderme das folhas e na sua 
segunda ação, inibindo o metabolismo amônico vai ocorrer a inibição da Enzima GS, que é responsável pela 
reação da Amônia (formada na célula durante a redução dos nitratos), da fotorrespiração e do metabolismo 
dos aminoácidos. 
 
➢ Morte Rápida da Planta – Dessecação 
 
Uma pesquisa mais recente mostrou que, além de tudo isso que acontece quando inibimos a GS, 
temos também, além do acúmulo de Amônia e da inibição de Fotossíntese, temos DENTRO DA 
PLANTA o acúmulo de Espécies Reativas de Oxigênio (ROS). Este em concentrações altas, são 
extremamente tóxicas, pois esses ROS vão interagir com os lipídeos da membrana plasmática e vão 
causar o extravasamento do conteúdo celular. 
 
➢ Importância da Luz na Ação do Glufosinato 
➢ Alta Umidade Relativa do ar ajuda o Glufosinato 
➢ Temperaturas Baixas podem dificultar a ação do Glufosinato 
➢ Estádio Ideal de Aplicação do Glufosinato Sal de Amônio: 
 - 2 a 4 folhas (Folhas Largas) 
 - 1 a 2 Perfilho (Gramíneas) 
Walter S. Alimura - UFV 
➢ Apesar do pequeno efeito antagônico, em algumas Plantas Daninhas, em baixas doses, é 
recomendável a mistura Glifosato + Glufosinato. 
 
• SELETIVIDADE: 
✓ Não seletivos (a não ser que a planta seja transgênica com tolerância ao glufosinate); 
✓ Seletividade de posição: 
 - Dessecante de pré-plantio (manejo); pré-colheita; 
 - Aplicação dirigida em pomares e culturas; 
 - Pós-emergência de plantas daninhas e PRÉ da cultura. 
 
• Resistência: 
✓ Não há registro de resistência no Brasil. 
✓ Só existem 3 espécies de Plantas Daninhas relatadas: Capim-pé-de-galinha (Malásia), Azevém 
(EUA) e Azevém (Grécia). 
✓ BAIXA probabilidade de seleção de Plantas Daninhas Resistentes. 
 
• Segurança Ambiental: 
✓ Não é ativo no solo, sendo rapidamente degradado por microrganismos 
✓ Meia vida no solo é de 3 a 7 dias, sem efeito sobre as plantas 
✓ Quantidade aplicado dentro da recomendação não afeta a diversidade de organismos não 
alvo, como os insetos úteis e polinizadores. 
✓ Ação dessecante permite a formação de palhada, que preserva o solo e a umidade. 
✓ Baixa toxicidade para mamíferos selvagens. 
 
• Benefícios Agronômicos: 
✓ Faz parte das boas práticas agrícolas de manejo / prevenção da resistência (MIPD) 
 - Mecanismo de ação único – ideal para rotação ou mistura de herbicidas; 
 - Controla Plantas Daninhas de difícil controle ou resistente ao Glifosato. 
✓ Recomendado para mais de 100 culturas e 80 países. 
✓ AMPLO ESPECTRO DE CONTROLE – folhas Largas e Estreitas, anuais e perenes. 
✓ PRODUTO DE CONTATO, portanto, alta seletividade em fruticultura. Único recomendado para 
o controle de brotos “sugadores” em fruticultura. 
 
➢ O gene PAT e PAR (fosfinotricina-N-acetil-transferase) codifica a N-acetil-transferase. 
 
➢ Canola, Milho, Algodão e Soja TOLERANTES ao Glufosinato são comercializados como: 
- Liberty Link (LL) 
 
• PRINCIPAIS USOS DO GLUFOSINATO-SAL DE AMÔNIO: 
✓ 200 g/L de Glufosinato-sal de amônio 
✓ Concentrado Solúvel (SL) – Adjuvante – Espalhante adesivo 
Walter S. Alimura - UFV 
✓ Culturas recomendadas: Alface, Algodão, Algodão OGM, Banana, Batata, Café, Citros, 
Eucalipto, Feijão, Maçã, Milho, Nectarina/Pêssego, Repolho, Soja, Trigo e Uva. 
✓ Doses: 1,5 a 2,5 (maioria das culturas) 
✓ Pode ser usado com equipamento de aplicação costal manual; 
✓ Pode ser usado em aplicações aéreas; 
✓ PÓS-emergente, Não Seletivo, Foliar, Controla Mono e Dicotiledôneas em diversas culturas; 
✓ Deve ser aplicado com as PD no estádio de até 10 a 12 cm de altura; 
✓ Controle de PD resistentes ao Glifosato e ALS; 
✓ Quebra do ciclo de uso contínuo do Glifosato com outro Mecanismo de Ação. 
 
➢ Pós-inicial – comece cedo com a primeira aplicação. 
➢ Altura das plantas daninhas – menores que 8 a 10 cm. 
➢ Residuais – programe-se com herbicidas residuais. 
➢ Eleve a cobertura da pulverização na aplicação. 
 
 
 
 
 
 
HERBICIDAS INIBIDORES DO CRESCIMENTO INICIAL (Grupo K) 
 
❖ INIBIDORES DA FORMAÇÃO DE MICROTÚBULOS: 
Modo de Ação: 
✓ Inibidores da polimerização da tubulina; 
✓ Grupos químicos: Benzamidas, derivados do ácido benzóico (DCPA), Dinitroanilinas, fosfoamidatos e 
piridinas; 
✓ Herbicidas se ligam à tubulina, proteína mais importante na formação dos microtúbulos; 
✓ O complexo herbicida-tubulina inibe a polimerização dos microtúbulos, levando à desconfiguração 
física e perda de função. 
 
Função dos Microtúbulos: 
✓ São motores e agitadores do interior da célula; 
✓ Semelhantes a fios, são estruturas responsáveis por vários movimentos em células eucarióticas; 
✓ Estão envolvidos na Divisão celular, organização da estrutura intracelular e Transporte celular; 
✓ Herbicidas se ligam à tubulina, proteína mais importante na formação dos microtúbulos; 
✓ Os microtúbulos desempenham um papel importante na migraçãodos cromossomos para as 
extremidades opostas de uma célula na mitose, durante a anáfase. 
 
Ruptura da sequência mitótica: 
Walter S. Alimura - UFV 
 
 
• MODO DE AÇÃO: 
✓ Em consequência, o fuso mitótico não ocorre, causando a falta de alinhamento e separação 
dos cromossomos durante a mitose; 
✓ Os microtúbulos também possuem função na formação da parede celular; 
✓ A perda de microtúbulos induzida causa os sintomas de Entumecimento de extremidades de 
raízes, que ocorre nos tecidos meristemáticos uma vez que eles não se dividem nem 
conseguem se alongar. 
 
• Características Gerais: 
✓ Causam a paralização do crescimento da raiz e da parte aérea de plântulas e podem causar a 
morte do meristema apical; 
✓ Plantas daninhas perenes e anuais já estabelecidas só morrem em casos especiais, pois o 
herbicida não se transloca nas plantas e apresentam pouca ou nenhuma atividade na parte 
aérea de plantas já estabelecidas; 
✓ Lixiviação no solo vai de moderada a alta; 
✓ Apresentam características químicas e físicas que favorecem o seu desaparecimento rápido 
do solo (alta PV, fotólise, decomposição microbiana); 
✓ No geral, apresentam baixa toxicidade para mamíferos; 
✓ Espectro de controle: são especialmente no controle de Gramíneas, oriundas de sementes, 
com pouco ou nenhuma folha larga; 
✓ São utilizados em PRÉ-emergência ou Pré Plantio Incorporado (PPI), devido à alta PV (Pressão 
de Vapor). 
 
• Seletividade: 
✓ A localização espacial do produto no solo (seletividade de posição) é o principal modo por 
meio do qual algumas espécies são sensíveis e outras tolerantes; 
✓ Em cenoura (altamente tolerante a dinitroanilinas) a resistência encontra-se no sítio de 
atuação divido a diferenças na estrutura da tubulina. 
 
 
❖ INIBIDORES DA SÍNTESE DE ÁCIDOS GRAXOS DE CADEIA MUITO LONGA (AGCML) 
Características Gerais: 
✓ Controlam plântulas de muitas gramíneas anuais e algumas dicotiledôneas antes da emergência ou 
plântulas, logo após a emergência. 
Walter S. Alimura - UFV 
✓ São aplicados normalmente em PRÉ-emergência. 
✓ Translocação muito pequena. 
✓ Absorção pelas raízes (Eudicotiledôneas) e pelas partes acima da semente epicótilo (gramíneas). 
✓ As doses tem sido reduzidas; 
✓ O efeito residual no solo tem aumentado e a dependência dos fatores do solo tem diminuído. 
✓ Problemas de Tolerância: protetores de herbicida; 
✓ Pressão de Vapor (PV) de média a alta; 
✓ Mobilidade no solo: baixa a média. Depende das condições de umidade e do teor de matéria orgânica 
do solo; 
✓ Toxicidade a peixes, pássaros e mamíferos é Muito Baixa. 
 
Modo de Ação: 
✓ Inibidores da divisão celular (cloroacetamidas); 
✓ Inibem a atividade de acetil-CoA elongases; 
✓ São enzimas associadas ao retículo endoplasmático; 
✓ Catalisam a síntese de lipídios de cadeias muito longas; 
✓ Os lipídios são precursores de cera, suberina e cutina; 
✓ Em gramíneas interferem na síntese de giberelina e impedem a transformação de amido em glicose; 
✓ Paralisação da divisão celular; 
✓ Inibição do crescimento das raízes e da parte aérea; 
 
Sintomas: 
✓ As sementes das espécies sensíveis germinam, mas as plântulas não emergem do solo; 
✓ Folhas retorcidas, mal formadas e com cor verde-escuro; 
✓ Folhas de gramíneas podem não emergir ou ficam comprimidas no cartucho e não desenrolam e nem 
expandem; 
✓ Folhas de eudicotiledôneas emergem encarquilhadas e têm encurtamento da nervura central com 
depressão acentuada na ponta. 
 
 
Walter S. Alimura - UFV 
 
➢ Controlam sementes em germinação e plântulas bem pequenas já emergidas de gramíneas anuais e 
de algumas poucas folhas largas (Ex: caruru). São aplicados normalmente em PRÉ-emergência; 
➢ Aparentemente são absorvidos tanto pelas raízes (especialmente nas eudicotiledôneas) quanto pela 
parte aérea (principalmente nas monocotiledôneas), mas a translocação é pequena. 
➢ Em função do uso contínuo em áreas de milho por muitos anos, existem inúmeros relatos de casos 
de contaminação do lençol freático nos EUA por lixiviação destes herbicidas, principalmente de 
Alachlor e Metalachlor. 
Seletividade: 
✓ Pode estar relacionada a taxa de metabolismo, mas isto ainda não está totalmente comprovado; 
✓ O uso de safeners (protetores) tem sido desenvolvido para uso de Alachlor e Metalachlor em sorgo 
granífero; 
✓ Algumas espécies tolerantes ao Alachlor conseguem conjugar uma pequena proteína produzida nas 
plantas à molécula do herbicida, tornando-o INATIVO; 
✓ Seletividade de Posição: separa espécies tolerantes e susceptíveis. 
 
Exemplos: 
- Alachlor (Alaclor Nortox, Alanex Laço) 
- Acetochlor (Kadett, Fist, Surpass) 
- S-metolachlor (Dual Gold) 
- Molinate (Ordram) 
- Thiobencarb (Saturn) 
 
Misturas: 
- Alachlor + Trifluralin = Lance 
- Alachlor + Atrazine = Agimix, Alachlor+Atrazina Nortox, Alazine, Boxer 
- Atrazine + S-metolachlor = Primagem Gold, Primaiz, Primestra Gold 
- Propanil + Thiobencarb = Grassmax, Satanil 
HERBICIDAS INIBIDORES DO FOTOSSISTEMA 1 – FS I (Grupo D) 
✓ São herbicidas NÃO SELETIVOS e de CONTATO; 
✓ São altamente solúveis em água; 
✓ São altamente tóxicos para animais e plantas; 
✓ São fortemente sorvidos e inativados pelos coloides do solo; 
✓ Não possuem ação residual no solo; 
✓ São rapidamente absorvidos pelas folhas (PÓS-emergência); 
✓ A ação desses herbicidas é muito mais rápida na presença de luz. 
✓ A toxicidade do Diquat é alta e a do Paraquat é muito alta, para mamíferos (ambos são cátions fortes) 
✓ Os herbicidas são utilizados em plantio direto, jato dirigido, áreas não cultivadas, renovação de 
pastagens e dessecação pré-colheita. 
 
 Mecanismo de Ação: 
Walter S. Alimura - UFV 
 
 
Mecanismo de ação do Paraquat: 
 
 
Este Grupo de herbicidas atuam como um “falso aceptor” de elétrons no Fotossistema I. 
Os compostos do fotossistema I possuem a capacidade de capturar elétrons provenientes da fotossíntese, 
com isso, formam radicais livres. O local onde se captura os elétrons está próximo da Ferrodoxina (Fd), a 
velocidade de ação depende da intensidade de luz. Os radicais livres que são formados pelos herbicidas, não 
são os agentes responsáveis pelos sintomas observados nas plantas, pois são radicais instáveis e 
rapidamente sofrem o processo de auto-oxidação. Durante esse processo de auto-oxidação, será 
produzidos radicais de superóxidos, os quais, os quais sofrem o processo de dismutação e vão formar os 
peróxidos de hidrogênio (H2O2) – Tóxicos para as plantas. 
O peróxido de hidrogênio e os superóxidos, na presença de Magnésio, vão reagir e produzir os radicais livres 
- radicais hidroxil. Esses radicais vão promover uma rápida degradação das membranas (peroxidação de 
lipídios). 
 
Os herbicidas que inibem o fotossistema I não bloqueiam o fluxo de elétrons, ao contrário, eles vão atuar 
capturando os elétrons dos carreadores. Dessa forma, desviam o fluxo de elétrons. Por isso são aceptores 
de elétrons. 
 
• Inibidores do FS I são catalizadores de H2O2. 
• Formam radicais altamente tóxicos 
• Aplicados na presença de luz sofrem ação muito rápida, degradando as membranas celulares. 
Walter S. Alimura - UFV 
 
✓ Ingredientes Ativos: Paraquat e Diquat 
✓ Aplicação dirigida. 
 
Recomendações de uso dos Inibidores do FS I: 
✓ Controlar plantas resistentes a herbicidas; 
✓ Aplicações dirigidas; 
✓ Dessecação para o plantio direto; 
✓ Antecipar a colheita de grãos (pré-colheita). 
 
Justificativa do uso de inibidores FS I para antecipar a colheita: 
✓ Possibilidade de chuvas impedir a colheita; 
✓ Logística do uso de máquinas na propriedade; 
✓ Implantação de novas culturas; 
✓ Aparecimento de soja louca; 
✓ Produção de sementes. 
 
Recomendações de mistura FS I + FS II: 
✓ Paraquat + Diuron (GRAMOCIL) 
- Controlar plantas resistentes a herbicidas; 
- Aplicações dirigidas; 
- Dessecação para o plantio direto. 
 
 
HERBICIDAS INIBIDORES DA EPSP’s (Grupo G) 
Ingrediente Ativo: glyphosate (GLIFOSATO) 
 
Características desse mecanismo de ação: 
✓ Possuem um amplo espectro de ação; 
✓ Sãoherbicidas SISTÊMICOS e NÃO SELETIVOS; 
✓ Translocação simplástica em gramíneas e folhas largas (via xilema). 
✓ A morte da planta ocorre de forma LENTA; 
✓ Baixa vazão e menores gotículas são mais eficientes; 
✓ Translocação facilitada em condições de alta intensidade luminosa; 
✓ Durante a primeira semana após a aplicação, a folhagem não deve ser cortada (Glifosato é um 
herbicida sistêmico, com isso precisam ser translocados); 
✓ Não apresentam atividade no solo, ou seja, sem residual no solo; 
✓ Utilizados em PÓS-emergência; 
 
 
 
Em relação a Aplicação: 
✓ Águas de pulverização contendo altos teores de sais solúveis diminuem a atividade destes herbicidas; 
✓ Culturas de soja e algodão – resistentes ao Glyphosate; 
✓ Pouca toxicidade para animais (enzima encontrada somente em plantas); 
✓ Formulações usadas no meio aquático não contem surfactantes para não causar problemas de 
toxicidade para os peixes; 
✓ A translocação é melhor em plantas com alta atividade metabólica; 
✓ Absorção pelas plantas é lenta; 
✓ A ocorrência de chuvas pode reduzir a eficácia desses produtos; 
✓ O efeito varia de acordo com a formulação. 
Walter S. Alimura - UFV 
 
 
 
✓ Dessecação para Plantio Direto; 
✓ Aplicações Dirigidas; 
✓ Controle de plantas daninhas em culturas Geneticamente Modificadas (OGM); 
✓ Controle de planta daninha em área não cultivadas. 
 
Inibem a síntese dos aminoácidos de cadeira aromática (Fenilalanina, Triptofano e Tirosina). 
Inibem a Enzima: 5-enolpiruvil-chiquimato-3-fosfato sintase (EPSP´s). 
 
O glifosato é utilizado como dessecante aplicado em área total, aplicações localizadas, aplicações em 
culturas que foram modificadas geneticamente etc... 
 
Marca comercial: atualmente 113 marcas comerciais registradas no Brasil 
- Roundup 
- Zapp Qi 620 
 
 Mecanismo de Ação: 
 
 
O glifosato inibe a enzima EPSP’s. 
Essa enzima catalisa a ligação dos compostos 3-fosfato e Fosfoenolpiruvato que produz o 
enolpiruvilshiquimato 3-P e fosfato inorgânico. 
 
A enzima reage, inicialmente com o 3-P e depois reage com o fosfoenolpiruvato (PEP). 
 
A inibição da enzima EPSP’s leva a um alto acúmulo de chiquimato pelas plantas, principalmente nos 
vacúolos, que é intensificado pela perda de controle do fluxo de carbono que ocorre nessa rota. Além disso, 
ocorre o bloqueio da síntese de 3 aminoácidos aromáticos essenciais – triptofano, fenilalanina e tirosina. 
 
Em plantas que são susceptíveis ao Glifosato a molécula do herbicida não se liga a enzima livre, mas sim, ao 
complexo livre que é formado. Com isso, forma-se o complexo que impede a ligação da PEP, originando um 
complexo inativo da enzima com o herbicida. 
 
Nas plantas a enzima EPSP’s é sintetizada no citoplasma e transportada para o cloroplasto. 
Walter S. Alimura - UFV 
 
A planta sofre redução na eficiencia fotossintética e menor produção dos 3 aminoácidos aromáticos. 
 
Após a liberação no mercado de culturas resistentes ao Glyphosate o seu uso repetida vezes por safra teve 
como consequência a disseminação das Espécies tolerantes e o surgimento de Biótipos de diversas espécies 
resistentes a este herbicida. 
 
SELETIVIDADE: uso do Glyphosate 
✓ Estes herbicidas são tradicionalmente utilizados como herbicidas NÃO SELETIVOS; 
✓ Dessecação em semeadura direta; 
✓ Limpeza de áreas não agrícolas (rodovias, ferrovias, ruas, parque de indústria etc...); 
✓ Aplicações dirigidas em culturas perenes (café, fruteiras, reflorestamento etc...); 
✓ PÓS-EMERGÊNCIA das plantas daninhas antes da emergência das culturas; 
✓ Controle seletivo de plantas daninhas em culturas geneticamente modificadas; 
✓ Controle de plantas daninhas aquáticas; 
✓ Regulador de florescimento em cana de açúcar; 
✓ Plantas transgênicas. 
 
Com o advento das plantas transgênicas, o Glyphosate passou a ser uma opção para o controle seletivo de 
plantas daninhas na soja (Roundup Ready). 
Posteriormente o cultivo de espécies geneticamente modificadas para tolerância ao Glyphosate passou a 
incluir também o Milho e o Algodão e outras culturas no Brasil. 
 
PROBLEMAS: 
- Competição; 
- Distribuição do herbicida no ambiente (deriva, lixiviação, volatilização...); 
- Problemas de contaminação (solos, águas superficiais, alimentos, agricultores, animais e demais plantas). 
 
A utilização inadequada de herbicidas pode resultar em sérios problemas ambientais, à saúde humana e 
animal. Para isso é necessário: 
✓ Adequar a Legislação; 
✓ Recursos Humanos Qualificados e 
✓ Planejamento. 
 
FORMULAÇÕES: 
 
 
Atentar para a concentração do equivalente ácido para as diversas formulações. 
 
Walter S. Alimura - UFV 
 
 
HERBICIDAS INIBIDORES DA ACETOLACTATO SINTASE – ALS (Grupo B) 
✓ Introduzido no mercado em 1982 – primeiro produto: Chlorsulfuron para uso em cereais; 
✓ Inibem a Síntese dos Aminoácidos Ramificados: Leucina, Isoleucina e Valina; 
✓ A seletividade altera-se de uma cultura para outra em função do Herbicida; 
✓ Paralisação do crescimento logo após a aplicação; 
✓ Baixa toxicidade para mamíferos (enzima ALS apenas em plantas); 
✓ São SISTÊMICOS e translocam-se pelo Floema e Xilema; 
✓ São utilizados em dessecação, pré-emergência e Pós-emergência, para controle de Eudicotiledoneas, 
gramíneas e Cyperaceas; 
✓ Esses herbicidas apresentam seletividade para algumas culturas, com exceção de uma 
imidazolinaona que é de ação total (Imazapyr-arsenal); 
✓ Alguns compostos são ativos em doses baixas (poucos g/ha): 
o Metsulfuron: 3,3 g/ha 
o Azimsulfuron: 11 g/ha 
o Cyclosulfamuron: 57 g/ha 
o Pyrazosulfuron-ethyl: 60 ml/ha 
o Ethoxysulfuron: 100 g/ha 
o Trifloxysulfuron-sodium: 30 g/ha 
✓ A principal via de degradação é a microbiana, porém alguns apresentam inicialmente uma 
degradação química; 
✓ A persistência varia de baixa a alta, sendo dependente do produto, dose utilizada, das condições 
ambientais e do solo; 
✓ Morte das plantas é LENTA; 
✓ Antagonismo: 2,4-D e Inseticidas Organofosforados. 
 
 
 
 
INIBIDORES DE ALS: 
Walter S. Alimura - UFV 
• Imidazolinonas 
- Imazamox – Sweeper – Soja e feijão 
- Imazapic – Plateau - Cana 
- Imazapyr – Arsenal – Cana, áreas não-agrícolas 
- Imazaquin – Scepter - Soja 
- Imazethapyr – Pivot - Soja 
- Imazethapyr + Imazapic= Only - Arroz 
- Imazapic + Imazethapyr= Onduty – Milho 
 
• Sulfonilureias 
- Chlorimuron – Classic - Soja 
- Metsulfuron – Ally – Arroz e trigo 
- Nicosulfuron – Sanson - Milho 
- Ciclosufamuron – Invest - Arroz 
- Ethoxysulfuron – Gladium – Arroz e cana 
- Flazasulfuron – Katana – Cana e tomate 
- Halosulfuron – Sempra – Cana 
- Oxasulfuron – Chart - Soja 
- Pirazosulfuron – Sirius – Arroz 
- Azimsulfuron – Gulliver – Arroz 
- Iodosulfuron – Hussar – Trigo 
- Foramsulfuron (mistura) – Equip plus – Milho 
 
 
MISTURAS DE HERBICIDAS USADAS: 
➢ Misturas Comerciais: 
 Imazethapyr + imazapic = Only - arroz clearfield 
 Imazethapyr + imazapic = Onduty - milho clearfield 
 Triploxysulfuron + ametryn = Krismat - cana-de-açúcar 
 Foramsulfuron + iodosulfuron = Equip plus – milho 
 
➢ Misturas em Tanque: 
 Nicosulfuron + Atrazine – milho 
 chrorimuron + lactofen (protox) - soja 
 Pirazosulfuron + vários herbicidas - arroz 
 
MECANISMO DE AÇÃO: 
 
• Sulfonanilidas (Triazolopirimidinas) 
- Chloransulam – Pacto - Soja 
- Diclosulam – Spider - Soja 
- Flumetsulam – Scorpion – Soja 
- Penoxsulam – Ricer – Arroz 
 
• Pyrimidyl-benzoatos 
- Bispiribac-sodium – Nominee - Arroz 
- Pyrithiobac – Staple - Algodão 
 
 
Walter S. Alimura - UFV 
 
 
 
 
A enzima da ALS (ou AHAS) ocorrem tanto nos cloroplastos e nos plastídios de células meristemáticas. 
Resumidamente: a inibição da Enzima ALS impede a formação de Valina, Isoleucina e Leucina, com isso, 
causam a morte das plantas, que são sensíveis a esses herbicidas. Além da inibição desses 3 aminoácidos 
essenciais, também temos a Inibição da divisão celular, acúmulo de cetobutirato (tóxico para as plantas em 
altas concentrações) e a redução da translocaçãode fotoassimilados. 
 
Principais sintomas que vamos observar após a aplicação do herbicida inibidor do ALS: 
✓ Aparecem vários dias após a aplicação; 
✓ Paralisação do crescimento ocorre de uma a duas horas após a aplicação; 
✓ Iniciam pela murcha das partes jovens; 
✓ Principalmente em dicotiledôneas inicia com nervuras avermelhadas na face abaxial das folhas; 
✓ Encurtamento da raiz principal e proliferação de raízes laterais; 
✓ Em gramíneas: redução do comprimento dos entrenós e espessamento do colmo; 
✓ Em aplicações de pré-emergência a morte ocorre desde a emergência até duas folhas. 
Walter S. Alimura - UFV 
 
Locais de atuação dos herbicidas que inibem a síntese de algum tipo de AMINOÁCIDOS. 
 
SELETIVIDADE: 
➢ Principalmente Metabolização 
✓ Conjugação com glutationa 
✓ Inativação por hidroxilação e conjugação com glicose; 
✓ Velocidade de absorção 
 
➢ Culturas resistentes ou tolerantes 
✓ Imazethapyr (milho, canola, arroz e trigo) introdução do gene de ALS insensível aos 
herbicidas; 
✓ Arroz tolerante aos inibidores da ALS: “Clearfield” 
 
• NICOSULFURON 
✓ Utilizado em PÓS-EMERGÊNCIA inicial do Milho; 
✓ Persistência de 60 dias no solo; 
✓ Principalmente em mistura com atrazine; 
✓ Aplicação em solo úmido; 
✓ Há distinta tolerância entre híbridos de milho; 
✓ Controla espécies gramíneas (Sorghum halepense) e algumas monocotiledôneas. 
 
Sintoma típico de fito causada por Imidazolinonas e Sulfonilureias em Soja: Arroxeamento das Nervuras. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Walter S. Alimura - UFV 
 
 
HERBICIDAS INIBIDORES DA ACETIL COENZIMA -A CARBOXILASE (ACCase) – (Grupo A) 
Herbicidas também conhecidos como: 
✓ Inibidores da Síntese de Lipídios 
✓ Inibidores da Síntese de Ácidos Graxos 
 
Características: 
✓ Introduzido no mercado em 1975; 
✓ PÓS-EMERGÊNCIA para controle de GRAMÍNEAS ANUAIS e PERENES; 
✓ Seletividade e tolerância variável dependendo das espécies; 
✓ As espécies não-gramíneas são todas tolerantes; 
✓ São Herbicidas SISTÊMICOS; 
✓ São prontamente absorvidos pela folhagem das plantas; 
✓ A translocação varia entre espécies – Floema e Xilema; 
✓ Adição de um adjuvante melhora a atividade (cuidado com a dose – perda de seletividade da cultura); 
✓ Efetivos quando aplicados sobre plantas não estressadas; 
✓ A morte das gramíneas suscetíveis é LENTA (1 semana ou mais); 
✓ Mistura em tanque com latifolicidas – antagonismo (sulfunilureias, imidazolionas, 2,4-D, bentazon, 
dicamba) – afetam a absorção foliar / reduz o controle; 
✓ PROBLEMAS DE RESISTÊNCIA; 
✓ Não apresentam atividade suficiente para o controle de gramíneas em pré-emergência; 
✓ São Tóxicos para mamíferos e para peixes. 
 
Sintomas: 
✓ Rápida parada de crescimento das raízes e da parte aérea; 
✓ Amarelecimento das folhas dentro de 2 a 4 dias, seguida de necrose (começa nas regiões 
meristemáticas e se espalha). 
✓ Desintegração dos meristemas das folhas jovens. 
✓ Coloração arroxeada nas folhas mais velhas/desenvolvidas. 
 
INIBIDORES DA ACCase: 
• Ariloxifenoxipropionatos (FOP e PROP) 
Cyhalofop – Clincher - Arroz 
Diclofop – Iloxan - Trigo 
Fenoxaprop- Starice - Arroz 
Fluazifop - Fusilade 125 - Rosas 
Haloxyfop - Verdict R - Soja 
Propaquizafop – Shogun - Algodão 
Quizalofop - Truco 18 - Tomate 
 
CARACTERISTICAS FÍSICO-QUÍMICAS: 
Ariloxifenoxipropionatos (FOP / PROP) 
✓ Formulados com ésteres; 
✓ Rápida absorção foliar; 
✓ Baixa solubilidade em água; 
 
Ciclohexanodionas 
✓ Maior solubilidade em água; 
✓ Não são formulados como ésteres; 
✓ Baixa pressão de vapor (não voláteis). 
• Ciclohexanodionas (DIM) 
Clefoxydim – Aura - Arroz 
Clethodim – Select 240 ES – Feijão 
Sethoxydim – Poast - Milho 
Tepraloxydim – Aramo 200 - Algodão 
Clethodim + fenoxaprop - Podium S - Soja 
Walter S. Alimura - UFV 
 
 
MECANISMO DE AÇÃO: 
 
 
Os herbicidas inibindo a enzima Acetil Coenzima-A Carboxilase (ACCase). 
Ocorre dentro do cloroplasto no estroma. 
O herbicida quando se liga a essa enzima, não tem a conversão da Acetil-CoA para Malonil-CoA. Isso 
influencia diretamente na síntese de Lipídios. E se não temos lipídios sendo produzido, consequentemente 
não teremos membranas celulares sendo desenvolvidas. 
 
➢ Gramíneas: um único tipo de ACCase (uniproteico) no citoplasma e nos cloroplastos. 
➢ Eudicotiledôneas: dois tipos de ACCase (uniproteico no citoplasma e composta de várias 
sub-unidades nos cloroplastos insensível). 
 
Há diferenças nas propriedades bioquímicas 
Multifuncional (Eucariótica): sensibilidade maior à herbicidas 
Walter S. Alimura - UFV 
 
 
Os tipos de estrutura dependerão da localização e da espécie. 
 
 
 
Modo de Ação: 
✓ Inibe a formação de ácidos graxos (essenciais na síntese de lipídios); 
✓ Os lipídios constituem de 5 a 10% da fitomassa seca; 
✓ Interferem na formação de novas células e consequentemente no crescimento vegetal. 
 
Fluazifop-p-butyl: 
✓ Persistência média no solo (30 dias) e sem mobilidade; 
✓ Alface, Algodão, Cenoura, Soja, Feijão, Eucalipto, Tabaco, Tomate, Flores etc... 
✓ Pós-emergência inicial; 
✓ Não misturado a herbicidas latifolicidas.

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