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TÓPICO 3.4

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3.4. A Biologia dos animais.
A zoologia é a área da biologia que estuda a vida dos animais,
compreendendo suas espécies e características tais como as estruturas, forma do
corpo, desenvolvimento, crescimento, reprodução, locomoção, e sistemas
(digestório, respiratório, circulatório, excretor, nervoso e etc.), além da ecologia
(interação desses seres vivos em seu habitat natural) e evolução (surgimento e
desaparecimento ou resquício de alguma estrutura ou característica).
O Reino Animal ocupa a quinta posição na ordem de estudo dos Reinos,
mostrando o quanto seus seres são complexos na ordem evolutiva atualmente mais
aceita: Reino Monera, Reino Protista, Reino Fungi, Reino Plantae e Reino Animália.
De um modo geral, pode-se dizer que os animais são classificados em seres
pluricelulares (possuem várias células), eucariontes (possuem núcleo), aeróbicos
(necessitam de oxigênio para sobreviver) e heterótrofos (não produz o próprio
alimento). A maioria possuem órgãos de sentidos e sistema nervoso (que lhes
permitiram o desenvolvimento para buscar e coordenação dos movimentos para
capturar o alimento). Assim, possuem locomoção móvel (a qual irá auxiliar na
dispersão dos animais, fugir de predadores e encontro de parceiros para a
reprodução), sendo essa a reprodução sexuada (que se deve ao encontro dos
gametas masculino e feminino). Com isso, estes são encontrados em todos os
ambientes terrestres (solo, ar e água).
Classificação dos animais
1 - A classificação dos animais é dividida em 2 sub-reinos:
Invertebrados
Os animais invertebrados são mais frágeis, visto que não possuem crânio e
nem coluna vertebral. No entanto, dentro da zoologia, esse sub-reino compõe a
maior quantidade de espécies, compreendendo cerca de 97% do Reino Animal,
além de serem considerados os mais antigos. Dentro dessa classificação,
encontram-se os poríferos, cnidários, platelmintos, nematelmintos, moluscos,
anelídeos, artrópodes e equinodermos.
Vertebrados
Os animais vertebrados, como o próprio nome já diz, possuem a coluna
vertebral dorsal. Essa proteção, presente na maioria dos seres, é responsável por
realizar a comunicação entre o encéfalo e a medula. Os animais que fazem parte
dessa classificação são os Cordados: peixes, anfíbios, répteis, aves e mamíferos. A
estrutura corporal dos animais vertebrados também é composta pela derme e
epiderme.
https://www.educamaisbrasil.com.br/enem/biologia/seres-vivos
https://www.educamaisbrasil.com.br/enem/biologia/habitat-natural
https://beduka.com/blog/exercicios/biologia-exercicios/exercicios-sobre-taxonomia/
https://beduka.com/blog/materias/biologia/reino-monera/
https://beduka.com/blog/materias/biologia/reino-protista/
https://beduka.com/blog/materias/biologia/reino-fungi/
https://beduka.com/blog/materias/biologia/reino-plantae/
https://www.infoescola.com/biologia/reproducao-sexuada/
2 - Outra forma de classificação, é através do desenvolvimento embrionário.
Os animais são agrupados de acordo com os seus tecidos embrionários (ou
folhetos embrionários/germinativos), sendo: parozoários e eumetazoários (que
podem ser diblásticos e triblásticos). Dentro do grupo dos triblásticos há a
subdivisão em: acelomados, pseudocelomados e celomados.
● Parozoários: seres vivos que não formam tecidos. Ex: Poríferos.
● Diblásticos: desenvolvem 2 tecidos embrionários: ectoderma e endoderma.
Ex: Cnidários.
● Triblásticos: desenvolvem ectoderma, mesoderma e endoderma.
○ Acelomados: são considerados os organismos que só desenvolvem o
arquêntero (que é a cavidade da gástrula nos embriões de animais).
Ex: Platelmintos.
○ Pseudocelomados: são os animais que possuem uma cavidade
(chamada pseudoceloma), que é delimitada pela mesoderme e pela
endoderme. Além disso, são os primeiros animais a possuírem boca e
ânus separados, e assim a terem um tubo digestório completo. Ex:
Nematelmintos.
○ Celomados: organismos que apresentam, durante o desenvolvimento
embrionário, uma cavidade revestida pela mesoderme. Ex: Moluscos,
Anelídeos, Artrópodes, Equinodermos e Cordados.
https://www.infoescola.com/embriologia/folhetos-embrionarios/
https://www.infoescola.com/embriologia/celoma/
https://www.infoescola.com/embriologia/ectoderme/
https://www.infoescola.com/embriologia/endoderme/
https://www.infoescola.com/embriologia/mesoderme/
https://pt.wikipedia.org/wiki/G%C3%A1strula
https://pt.wikipedia.org/wiki/Embri%C3%A3o
https://pt.wikipedia.org/wiki/Animalia
Entre os animais celomados, em uma dessas etapas, podemos destacar
diferenças embriológicas fundamentais que nos permitem dividi-los em dois grupos:
Protostomados (Moluscos, Anelídeos e Artrópodes) e Deuterostomados
(Equinodermos e Cordados). Esta diferenciação ocorre durante o processo de
gastrulação (que é uma fase do desenvolvimento embrionário, a qual por
movimentos celulares, leva a um rearranjo das células da blástula (fase anterior do
desenvolvimento embrionário), resultando na formação de um embrião/gástrula).
Nessa fase, ocorre a formação de um tubo denominado arquêntero, que originará
futuramente o tubo digestório. O arquêntero comunica-se com o exterior por um
orifício denominado blastóporo. Este blastóporo, em alguns animais, dá origem à
boca – nesse caso, os animais são chamados de Protostomados. Já se o
blastóporo origina primeiramente o ânus, e a boca surgir depois a partir de um
segundo orifício, os animais são chamados de Deuterostomados.
https://www.biologianet.com/embriologia-reproducao-humana/gastrulacao.htm
Filos do Reino Animal
Segundo a ordem da Taxonomia, o Reino Animal possui filos muito importantes, são
eles: Poríferos (esponjas do mar); Cnidários (águas-vivas); Platelmintos: (planárias);
Nematelmintos: (lombrigas); Moluscos: (lulas); Anelídeos: (minhocas); Artrópodes:
(insetos); Equinodermos: (estrelas do mar); Cordados: (peixes, anfíbios, répteis,
aves e mamíferos).
RESUMO DO REINO ANIMAL (revisão geral por cima de cada tópico)
https://beduka.com/blog/materias/biologia/resumo-do-reino-animal/
QUESTÕES DO REINO ANIMAL
https://beduka.com/blog/exercicios/biologia-exercicios/exercicios-sobre-reino-animal/
https://saber.com.br/obras/PNLD/PNLD_2018/BiologiaHoje/2o%20Ano/BiologiaHoje
_2_MP_0022P18113_PNLD2018.pdf
https://beduka.com/blog/materias/biologia/o-que-e-taxonomia/
https://beduka.com/blog/materias/biologia/resumo-do-reino-animal/
https://beduka.com/blog/exercicios/biologia-exercicios/exercicios-sobre-reino-animal/
https://saber.com.br/obras/PNLD/PNLD_2018/BiologiaHoje/2o%20Ano/BiologiaHoje_2_MP_0022P18113_PNLD2018.pdf
https://saber.com.br/obras/PNLD/PNLD_2018/BiologiaHoje/2o%20Ano/BiologiaHoje_2_MP_0022P18113_PNLD2018.pdf
PORÍFEROS
Os poríferos também são chamados de esponjas. Eles são animais
invertebrados (não possuem esqueleto rijo com coluna vertebral e crânio),
aquáticos e não se movimentam livremente porque vivem fixos em um substrato
(solo, pedra, etc). Eles são chamados de poríferos porque possuem vários poros
por todo o corpo e possuem diversos formatos (vaso, tubo e barril), tamanhos e
cores.
Características dos poríferos
Sabe-se que todos os animais possuem estruturas que desempenham suas
funções vitais: respiração, circulação, alimentação, digestão, excreção, reprodução,
etc. Contudo, nem todos os animais têm sistemas, ou seja, nem todos precisam de
órgãos para fazer isso e este é o caso das esponjas!
As esponjas não possuem sistemas, órgãos ou tecidos verdadeiros. Toda
sua estrutura é composta por células com funções especializadas, contudo,
essas células não se agrupam para formar tecidos.
Tipos de esponjas
Algumas esponjas podem ser classificadas quanto ao seu formato e
complexidade, são elas:
● Áscon: mais simples e apresentam formato de um cilindro oco e 1
ósculo.
● Sícon: com uma complexidade intermediária, apresentam o aspecto de
um vaso.
● Lêucon: é a mais complexa, pois o átrio é reduzido e a parede é
composta por um sistema de canais e câmaras.
Habitat e alimentação dos Poríferos
O habitat da maioria das espécies é o ambiente marinho embora algumas
poucas possam viver em água doce. Alémdo solo e das pedras, também podem
se fixar em conchas, cascos de navegações e até areia.
Mesmo vivendo fixos, os poríferos podem viver sozinhos ou se agrupar e
formar colônias (que são “macroestruturas” que podem formar).
https://beduka.com/blog/materias/biologia/o-que-sao-relacoes-ecologicas/
Sua alimentação são partículas orgânicas que ficam suspensas na água,
como protozoários e algas unicelulares, que quando filtradas, são captadas por
células que digerem parte das substâncias. Assim, só realizam digestão
intracelular.
As esponjas ainda podem servir de alimento para algumas espécies de
animais como moluscos, ouriços-do-mar, estrelas-do-mar, peixes e tartarugas.
Estrutura dos Poríferos
Os poríferos possuem paredes perfuradas por poros e uma cavidade
interior que recebe o nome de átrio ou espongiocele. Embaixo há a sua base de
fixação e em cima há uma grande abertura na estrutura da esponja que se chama
ósculo. O sentido de movimentação da água é: entra pelos poros na parede,
passa pela espongiocele e sai pelo ósculo.
Externamente, são revestidos por células chamadas pinacócitos que são
achatadas e bem unidas. Por isso, a parede externa recebe o nome de
pinacorderme. Já a cavidade interna é revestida pelos coanócitos, células em
formato de ovo e com flagelos.
Existem ainda as células chamadas amebócitos, presentes livremente entre
as camadas de pinacócitos e coanócitos.
Origem do esqueleto dos Poríferos
O esqueleto das esponjas é interno e pode ser de origem orgânica (fibras
de colágeno, como as esponginas) ou inorgânica (espículas de calcário ou sílica).
Fisiologia dos Poríferos
● Sistema Respiratório
A água passa pelas esponjas em um determinado sentido e, ao sair pelo
ósculo, está “mais limpa” em relação à que entrou. Por isso, se diz que as
esponjas são seres filtradores. O que acontece é que as células da parede
capturam os elementos, incluindo as moléculas gasosas, e assim, quando a
água entra é fornecedora de oxigênio e, ao sair, carrega dióxido de carbono.
Portanto, as trocas gasosas ocorrem por difusão!
https://beduka.com/blog/materias/biologia/transporte-ativo-e-passivo/
● Sistema Digestório
Ao passar, a água carrega todas as partículas presentes, incluindo algas
unicelulares, protozoários e outros microorganismos. Os amebócitos ficam
dispersos por toda a parede e conseguem capturar e digerir esses elementos
orgânicos. Portanto, se diz que a digestão dos poríferos é apenas intracelular.
*(Vale ressaltar que os amebócitos são responsáveis por grande parte da digestão
mas a outra parte fica com os coanócitos).*
● Sistema Circulatório
Os flagelos presentes nos coanócitos servem como hélices, eles batem
rapidamente e acabam gerando a circulação da água e de todas partículas
presentes. Logo, pode-se dizer que são estruturas análogas ao sistema
circulatório, já que não são um sistema.
● Sensibilidade - Sistema Nervoso
Às esponjas não possuem sistema nervoso ou sequer células nervosas
definidas, porém, são capazes de reagir ao toque, isso porque todas as suas
células possuem certa sensibilidade primitiva, suficiente apenas para identificar
um estímulo e conduzi-lo lentamente.
Reprodução dos Poríferos
Embora sejam seres mais simples se comparados aos outros filos, os
Poríferos possuem duas formas de reprodução:
Reprodução assexuada
A reprodução assexuada é aquela em que não há produção de gametas de
diferentes indivíduos, portanto, não há variabilidade genética. Nos Poríferos,
existem 3 tipos de reprodução assexuada:
● Brotamento ou gemiparidade
Quando a esponja se encontra em um ambiente muito favorável (com
concentrações específicas de temperatura, concentração de oxigênio e alimento),
pode acontecer de ela crescer muito e desenvolver brotos laterais, e esses brotos
se destacam, caem em um substrato e crescem em um novo ser.
● Gemulação
Ocorre quando algumas esponjas de água doce ficam sujeitas à escassez de
água. Nessa condição, como mecanismo de proteção e sobrevivência, elas
geram pequenas bolsas com células em baixa atividade metabólica protegidas
por um revestimento. Quando as condições voltam a ser favoráveis, essas bolsas
se rompem e formam novas esponjas.
● Regeneração
Caso sofram algum dano (como um grande peixe, pessoa ou embarcação que
trombar com a esponja), além de recuperar a esponja original, os pedacinhos que
se dispersarem podem gerar novos seres.
Reprodução sexuada
A reprodução sexuada é caracterizada pela produção de gametas e o
fenômeno da fecundação.
Em algumas esponjas há o mesênquima, uma porção gelatinosa no
interior, que podem formar células reprodutoras. Os espermatozoides são
produzidos a partir de amebócitos e são lançados na cavidade central. Seguem o
fluxo da água e saem pelo ósculo, chegando ao oceano livre.
Se forem filtrados por uma esponja com gametas femininos, serão
capturados pelos coanócitos e fecundarão o óvulo. Forma-se então o zigoto (ou
ovo), a primeira célula de todo novo indivíduo animal.
Essa célula cresce por mitoses e forma uma larva móvel, sai pelo ósculo, nada
até se fixar em um substrato e se transforma em esponja.
QUESTÕES DE PORÍFEROS:
https://beduka.com/blog/exercicios/biologia-exercicios/questoes-sobre-poriferos/
https://beduka.com/blog/materias/biologia/o-que-e-mitose/
https://beduka.com/blog/exercicios/biologia-exercicios/questoes-sobre-poriferos/
CNIDÁRIOS
Os Cnidários são todos os seres que pertencem ao filo Cnidária, cujos
principais representantes são: hidras, caravelas, água-vivas, corais e
anêmonas-do-mar. São pluricelulares, heterotróficos (alimentam-se de outros
seres) e invertebrados (não possuem esqueleto sustentado por uma coluna
“rígida”).
Características dos Cnidários
Uma das características mais marcantes, é a presença de tentáculos e a
simetria radial, ou seja, possui um eixo que passa pelo meio do animal e suas
partes são todas iguais em torno desse eixo.
Eles também apresentam dois tipos de formas, os pólipos e as medusas
(porém, algumas espécies podem apresentar as duas formas em diferentes
períodos da vida).
Pólipos - são organismos sésseis (fixos a um substrato) e costumam ter
formato tubular, podendo viver em colônias ou isolados. Também apresentam
tentáculos, porém com a boca voltada para cima.
Medusas - são organismos de movimentação livre, nadam e não estão
presos a nada. Apresentam um corpo gelatinoso em forma de sino, com tentáculos
em sua margem e a boca central em baixo.
Filo e Classes
Este Filo contém mais de 11.000 espécies que são reagrupadas em 4 classes
principais: Anthozoa, Hydrozoa, Scyphozoa e Cubozoa.
● Classe Anthozoa
Compreende o maior número de espécies em forma de pólipos marinhos (a
base é fixa em algum terreno) e sua boca é rodeada por tentáculos flexíveis. Seus
principais representantes são: Anêmonas-do-mar e os corais, que podem formar
colônias com até 100 mil indivíduos!
● Classe Hydrozoa
As hidras são as representantes e possuem uma coloração esverdeada pelo
corpo porque abrigam algas verdes unicelulares no seu interior. Somado a isso,
costumam permanecer imóveis, sendo facilmente confundidas com a vegetação.
As poucas espécies de cnidários de água doce pertencem a essa classe.
● Classe Scyphozoa
Seu principal representante é a água-viva, que tem um aspecto de um prato
invertido com a boca na parte inferior e as bordas com muitos tentáculos que
podem causar sérias queimaduras. Pode medir de 2-40 cm de diâmetro e de
variadas cores. Móveis, com o corpo bastante mole. As caravelas também fazem
parte dessa classe.
● Classe Cubozoa
Os cubozoários são cnidários no formato de medusas (formas móveis)
incolores e altamente venenosos. São predadores, ótimos nadadores e o grupo
menos estudado. Possui apenas 20 espécies, e a mais conhecida é a
vespa-do-mar, o animal com o veneno mais letal do mundo.
Habitat e alimentação dos Cnidários
O habitat principal dos cnidários é o ambiente marinho de águas tropicais
rasas, poucas espécies vivem em água doce e nenhuma é terrestre.
São predadores carnívoros e alimentam-se de partículas em suspensãona
água ou pequenos animais aquáticos.
Estrutura dos Cnidários
Os cnidários, de modo geral, apresentam um tipo específico de célula
chamada de cnidócito, que estão em todo o corpo mas se concentram nos
tentáculos.
Elas lançam uma cápsula chamada nematocisto, que contém um filamento
com espinhos e um líquido urticante (toxina que causa ardência e coceira). Essa
substância é a responsável por causar queimaduras nos humanos, contudo, sua
função é auxiliar na captura de presas e na defesa dos cnidários. Valendo-se das
substâncias produzidas, eles conseguem paralisar imediatamente os pequenos
animais, que são trazidos pelos tentáculos.
É a presença do cnidócito que deu o nome ao filo Cnidaria.
Eles também são os primeiros animais a apresentar tecidos verdadeiros,
embora não cheguem a formar órgãos. Os tecidos que formam os corpos são a
epiderme, que reveste o corpo externamente, e a gastroderme, que reveste a
cavidade gastrovascular.
Entre a epiderme e a gastroderme existe uma camada gelatinosa chamada
mesogleia, que é mais abundante nas medusas e, por isso, elas aparentam ser
mais gelatinosas.
Nos corais, há um esqueleto externo feito de calcário que dá forma e
sustenta o corpo do animal. Nos demais seres deste filo não há essa estrutura.
https://beduka.com/blog/materias/biologia/o-que-sao-relacoes-ecologicas/
Movimentação e locomoção dos Cnidários
De modo geral, eles apresentam movimentos de contração e de extensão
do corpo, além de poder se deslocar. Na linha evolutiva dos filos, eles são os
primeiros animais a realizarem essas funções.
Nos pólipos, as formas sésseis, a locomoção é reduzida e só ocorre no tipo
“mede-palmos” (cambalhota).
Nas medusas a locomoção é ativa, sendo realizada pelo “jato propulsão”,
em que as bordas do corpo se contraem e a água acumulada dentro da medusa é
expulsa em forma de jato, gerando um deslocamento no sentido oposto.
Fisiologia dos Cnidários
De modo geral, os cnidários não apresentam sistemas completos (conjunto
de órgão sincronizados). O que chega mais próximo disso é o sistema digestório
incompleto que possuem. As demais funções ocorrem por meio de mecanismos
simples.
● Sistema Respiratório
Assim como no seres mais primitivos, as trocas gasosas ocorrem diretamente
entre cada célula e o meio, ou seja, pelo processo de difusão.
● Sistema Digestório
Tanto o pólipo como a medusa apresentam uma boca que se abre na
cavidade gastrovascular, mas não possuem ânus. Esse é um dos motivos pelo
qual o sistema digestório é dito incompleto.
A digestão é em parte extracelular e parte intracelular. Ao capturarem o
alimento com auxílio dos tentáculos, introduzem-no na cavidade digestiva. Lá o
alimento é parcialmente fracionado por ação das enzimas e os nutrientes são
distribuídos por todas as partes do corpo. Essa é a fase extracelular da digestão
(fora da célula).
Após a fase extracelular, o alimento é absorvido pelas células que
revestem a cavidade gastrovascular, que completam o processo. Os restos
não-aproveitáveis são liberados pela boca, que serve tanto para a entrada como
para a saída dos elementos. Portanto, o animal só volta a se alimentar depois de
eliminar os dejetos.
https://beduka.com/blog/materias/biologia/transporte-ativo-e-passivo/
● Sistema Circulatório e Excretor
Ambos os processos ocorrem apenas por Difusão, de forma muito
simplificada já que não possuem estruturas complexas e vivem em meio aquático,
sendo altamente irrigados.
● Sensibilidade - Sistema Nervoso
Estes são os primeiros animais a apresentar neurônios, que são as células
nervosas. Porém, o seu “sistema” não é completo. Na verdade é do tipo difuso,
ou seja, bem simples. As células formam uma rede que fica em contato direto
com as células sensoriais e contráteis.
Reprodução dos Cnidários
Embora sejam seres mais simples se comparados aos outros filos, eles possuem
duas formas de reprodução: assexuada e sexuada.
Reprodução assexuada
Na superfície do corpo destes seres existem brotos que, ao se desenvolverem,
desprendem-se e originam novos indivíduos. Esse tipo de reprodução é chamada
de Brotamento e é comum em hidras de água doce e em algumas anêmonas
marinhas.
Reprodução sexuada
Para ser considerada sexuada, a reprodução precisa ocorrer com a formação
de gametas masculinos e femininos. Portanto, ela é possível graças a existência
de cnidários dióicos (sexos separados) ou monóicos (hermafroditas).
De modo geral, o macho libera seus espermatozóides na água os quais
fecundam o óvulo feminino presente na superfície corporal dos seres. Entretanto, o
mais comum é os gametas se encontrarem na água, ocorrendo a fecundação
externa. Assim o zigoto se desenvolve sem a existência de fase larval.
Curiosamente, alguns cnidários podem apresentar alternância de gerações.
Um mesmo indivíduo de uma espécie pode apresentar no seu ciclo de vida uma
fase de pólipo, em que apresentam reprodução assexuada e outra fase de
medusa, com reprodução sexuada.
QUESTÕES DE CNIDÁRIOS:
https://beduka.com/blog/exercicios/biologia-exercicios/questoes-sobre-cnidarios/
https://beduka.com/blog/materias/biologia/reproducao-assexuada/
https://beduka.com/blog/materias/biologia/reproducao-sexuada/
https://beduka.com/blog/exercicios/biologia-exercicios/questoes-sobre-cnidarios/
PLATELMINTOS
Os Platelmintos são vermes de formato achatado e típicos de regiões úmidas,
além de poder ter vida livre ou parasitária. Possuem três classes principais:
● Turbellaria: consiste nos vermes de vida livre (não parasitas) como a
Planária.
● Trematoda: são compostos por vermes parasitários de partes internas
(endoparasitismo) ou externas (ectoparasitismo). Costumam ter 2
hospedeiros, um intermediário (moluscos) e outro definitivo (costuma ser
vertebrado). Um exemplo são os esquistossomos.
● Cestoda: os vermes são endoparasitas e habitam preferencialmente os
intestinos dos hóspedes. Um exemplo é a tênia.
Características dos Platelmintos
Os platelmintos possuem classes muito diversas, mas são agrupados neste filo
porque possuem características em comum.
Estes vermes vivem principalmente em ambientes aquáticos, como
oceanos, rios e lagos. Contudo, também são encontrados em ambientes
terrestres úmidos, como brejos, margem de curso d’água e áreas agrícolas.
Doenças causadas por Platelmintos
Alguns destes vermes são responsáveis por causar doenças nos seres
humanos e as enfermidade mais conhecidas são:
● Esquistossomose: é uma infecção hepática causada pelas larvas do
Esquistossomo.
● Teníase ou solitária: é uma infecção intestinal causada pelas larvas
das Tênias.
● Cisticercose: é uma infecção cerebral causada pelos ovos da Tênia.
Fisiologia dos Platelmintos
● Sistema Respiratório e Circulatório
A respiração se dá através da superfície do corpo pela difusão, o que os
torna propícios à desidratação. Por este motivo é favorável e mais seguro que
vivam em ambientes úmidos.
A falta de órgãos circulatórios e respiratórios específicos faz com que os
tamanhos e formas dos platelmintos sejam limitados. Isso porque é preciso fazer
com que o oxigênio e o dióxido de carbono circulem por todo o ser.
Por isso, muitos apresentam tamanhos bem pequenos e os que têm
maiores dimensões são extremamente achatados.
https://beduka.com/blog/materias/biologia/o-que-sao-relacoes-ecologicas/
https://beduka.com/blog/materias/biologia/transporte-ativo-e-passivo/
● Sistema Digestório
Em sua maioria, os platelmintos possuem tubo digestório incompleto, ou
seja, têm apenas uma abertura, a boca. Por ela, eles ingerem alimento e
também eliminam as fezes.
Pode-se ressaltar que alguns não possuem tubo digestório (parasitas) e
vivem sugando nutrientes já digeridos pelo hospedeiro. Também há alguns poucos
platelmintos que possuem ânus, mas são uma exceção.
O sistema digestivo dos platelmintos de maiores dimensões apresenta
muitas ramificações, permitindo que os nutrientes cheguem a todas as partes do
corpo por difusão.
Reprodução dos Platelmintos
A reprodução dos platelmintos é muito variada, pois dependem dos ciclos
de vida das espécies. Podeexistir até mesmo alternância entre fases sexuada e
assexuadas.
Características das Planárias
● Estrutura de movimentação
Possui um corpo revestido por células glandulares que produzem secreção.
Ela se desloca com a ajuda de cílios sobre o trilho de muco produzido por si
próprio. Há também células musculares e o mesênquima (tecido) entre a pele e a
cavidade digestória. Com eles, pode fazer movimentos de contração, expansão e
mudança de direção.
● Sistema Digestório
Alimentam-se de outros vermes, moluscos e cadáveres. Como os demais
platelmintos, seu intestino é incompleto e o alimento é difundido. A boca está
na região ventral e funciona como saída/entrada do sistema.
https://beduka.com/blog/materias/biologia/transporte-ativo-e-passivo/
● Sistema Nervoso e Sensorial
Há gânglios cerebrais na cabeça conectados a dois cordões nervosos que
percorrem o corpo que recebem estímulos captados por células sensoriais. Há
ainda os ocelos (“olho” primitivo que só capta claro ou escuro) e expansões laterais
que captam sensações gustativas e olfativas para localizar alimento.
● Sistema Excretor e Respiratório
O sistema excretor está disperso nas laterais, no mesênquima com
protonefrídios: tubos ramificados ligados à célula que absorve os líquidos internos.
Ela pode ter um flagelo (solenócito) ou vários (célula-flama) e direcionam a saída
dos líquidos pelos poros. Mesmo com esse sistema, a maior parte da excreção é
realizada por difusão, na superfície corporal, bem como as trocas gasosas da
respiração.
● Reprodução
As Planárias medem 1,5 cm e são hermafroditas: têm genitália masculina e
feminina, mas não há autofecundação. Quando os adultos se encontram, trocam
seus espermatozóides por poros genitais e ambos são fecundados. Os ovos são
liberados originando novos seres, uma forma de reprodução sexuada.
As planárias tem grande poder de regeneração, portanto, podem se
reproduzir de forma assexuada se o animal é cortado em alguns pedaços. Eles
podem regenerar e dar origem a uma planária inteira, mas esta não é sua
reprodução comum.
Características dos Esquistossomos
Os esquistossomos são dióicos, ou seja, possuem sexos separados. O
macho mede cerca de 6-10 mm, é mais roliço e possui um espaço ventral chamado
canal ginecóforo, onde a fêmea entra durante o acasalamento. As fêmeas são
mais finas porém mais compridas.
Fazem reprodução sexuada, mas uma de suas fases larvais realiza
reprodução assexuada. Ambos possuem ventosas de fixação localizadas na
extremidade do corpo. Elas servem para fixar o verme com facilidade nas paredes
dos vasos sanguíneos do hospedeiro.
Doença causada por Esquistossomo: Ciclo da Esquistossomose
Também conhecida como Xistose, Barriga D’água ou Doença do caramujo,
é uma doença típica de países tropicais e subtropicais e locais de água doce:
lagos, lagoas, rios, cachoeiras.
Inicialmente é assintomática mas se houver agravantes pode afetar o fígado
e o sistema excretor e outros problemas: vazamento e posterior acúmulo de
líquido no abdômen, inchando a barriga.
As larvas caem na corrente sanguínea e crescem nas veias da parede do
fígado e os vermes acasalam no sistema porta hepático, região próxima ao
intestino. Os ovos possuem espícula que perfura a parede e são descartados
junto às fezes. Se não houver saneamento básico, caem na água e se
transformam em larvas chamadas miracídios.
Essas infectam os caramujos Biomphalaria, hospedeiro intermediário. No
caramujo, fazem reprodução assexuada e geram outras larvas chamadas
cercárias que possuem cauda bifurcada. Elas saem do caramujo e já são
capazes de infectar humanos, recomeçando o ciclo.
Características das Tênias
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https://beduka.com/blog/exercicios/geografia-exercicios/exercicios-sobre-clima-com-gabarito/
https://beduka.com/blog/materias/biologia/resumo-do-sistema-excretor/
As tênias são Platelmintos parasitas que também são chamadas de
“solitárias”, pois na maioria dos casos o hospedeiro definitivo (o ser humano)
traz apenas um verme adulto.
São muito competitivas pelo habitat e, além disso, são hermafroditas que
realizam autofecundação, portanto não necessitam de parceiros para postura de
ovos.
O corpo é todo feito por anéis (proglótides) e os últimos é que realizam a
fecundação. Geralmente, os espermatozóides de um anel fecundam os óvulos de
outro vizinho. A quantidade de ovos produzidos é muito grande e serve de garantia
para a perpetuação da espécie.
Doenças causadas por Tênias: diferença entre teníase e cisticercose
Embora sejam muito confundidas, as doenças causadas por Tênias são
completamente diferentes.
● Teníase ou Solitária
É uma infecção intestinal causada pelas tênias, platelmintos parasitas. A
contaminação se dá quando o homem ingere carne bovina (Taenia Saginata) ou
suína (Taenia Solium) mal passada e contaminada por larvas (cisticercos) de
tênias.
A larva cresce, vive no intestino e pode atingir até 2m. Quando reproduz,
libera a porção final de seu corpo cheio de ovos no ânus, que saem com as
fezes e podem contaminar as mãos, água ou solo se não houver saneamento
básico.
Ao entrar em contato com porcos ou bois, fazem deles seus hospedeiros
intermediários. Nos animais, o ovo se transforma em larva e quando ingerimos
a carne com larva, o ciclo recomeça.
Geralmente não há sintomas e o homem pode ficar com a tênia durante anos
sem perceber. Porém, em outros casos mais graves há náuseas, dores de barriga,
perda de peso e apetite. O tratamento é por meio de medicamentos indicados pelo
médico e a prevenção é cozer bem as carnes e ter saneamento básico
adequado.
● Cisticercose
Diferentemente da teníase, nesta doença o homem recebe os ovos da
Taenia Solium. A cisticercose acontece quando um portador de teníase evacua
fezes contaminadas e, ao invés de contaminar um bicho, os ovos atingem
diretamente o ser humano, incluindo a auto-contaminação.
A partir daí, os ciclos das doenças se diferenciam. Os ovos caem na
corrente sanguínea humana e começam a se fixar, principalmente no cérebro. Por
isso, os sintomas costumam ser de enxaquecas, convulsões, desmaio e até morte.
Contudo, a doença pode existir durante anos ou até a vida inteira na
pessoa sem que ela perceba. Pode acontecer de o ovo ir para o cérebro e não
obstruir nada ou de não ir para o cérebro e se fixar em músculos, causando dores
musculares, náuseas, etc.
Assim, a melhor forma de prevenção é o saneamento básico e o
tratamento é feito por fármacos ou cirurgia em casos graves.
QUESTÕES DE PLATELMINTOS:
https://beduka.com/blog/exercicios/biologia-exercicios/exercicios-sobre-platelmintos/
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NEMATELMINTOS
Os nematelmintos são vermes de aparência cilíndrica, alguns são parasitas e
podem até causar doenças. Seus principais representantes são Lombrigas,
Filárias e Oxiúrus. Porém, o mais conhecido é a Lombriga.
São animais eucariontes, heterotróficos, possuem organelas, são pluricelulares
e de vida livre. Contudo, é importante ressaltar que algumas espécies de
nematóides são parasitas de plantas, animais e humanos; além de poderem
causar doenças.
Habitat e alimentação dos Nematelmintos
Seu habitat é bem variado, podem ser encontrados em ambientes aquáticos
(tanto de água doce, quanto salgada), ou em ambientes terrestres úmidos. No
caso dos parasitas, podem inclusive se alojar no interior de outros organismos.
Vivem em ambientes aeróbios (na presença de O2) ou anaeróbios (sem
O2). Geralmente, os vermes adultos são anaeróbios e as larvas de vida livre
aeróbicas.
Os nematelmintos podem ser carnívoros ou herbívoros. Os de vida livre se
alimentam, geralmente, de pequenos anelídeos, plantas, algas, fungos e outros
microrganismos. Os parasitas se alimentam da matéria orgânica consumida
pelo hospedeiro em que estão ou do sangue do hospedeiro (hematófogos).
Estrutura e características dos Nematelmintos
Os Nematelmintos são organismos invertebrados e não segmentados
(diferentementedos platelmintos). De formato cilíndrico, o que garante sua
sustentação é o pseudoceloma.
O pseudoceloma é uma cavidade onde se depositam as vísceras, além de
ser preenchida por um líquido que serve como canal de transporte das
substâncias e atua como esqueleto hidrostático, dando suporte ao animal.
Uma outra característica marcante é a simetria bilateral, podendo dividir seu
corpo em duas partes iguais e apresentando duas regiões (região posterior e
anterior), uma característica de seres mais complexos.
Consegue ter um arranjo celular capaz de formar tecido, sendo a epiderme
o tecido de revestimento externo. Ela pode apresentar uma cutícula protéica
acima, com a função de proteção contra as enzimas digestivas de seu hospedeiro.
Abaixo há uma camada de células mesodérmicas que se contraem, auxiliando
na locomoção.
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Fisiologia dos Nematelmintos
A fisiologia dos Nematelmintos traz uma novidade evolutiva: pela primeira
vez na linha de complexidade há presença de um sistema digestivo completo.
● Sistema Respiratório e Circulatório
Assim como os platelmintos e os demais filos anteriores, não possuem
órgãos especializados em respiração e circulação. As trocas gasosas ocorrem
através da pele e dos tecidos por difusão, e os nutrientes são absorvidos
diretamente pelas células dos tecidos.
● Sistema Digestório
O sistema digestório é completo, ou seja, possui boca, faringe, intestino e
ânus. Essa é uma importante aquisição evolutiva, pois o alimento consumido
percorre uma única direção, aumentando a eficiência do sistema.
● Sistema Nervoso e Sensorial
O sistema nervoso é ganglionar e está centralizado na região da faringe.
Possui dois cordões nervosos ligados que percorrem a região dorsal e ventral do
corpo. Nas regiões da cabeça e da cauda estão concentradas diversas papilas
sensoriais, que têm a função de captar e responder aos estímulos externos.
● Sistema Excretor
Armazenam as excretas na forma de amônia, no pseudoceloma. Os seres
humanos excretam em forma de ácido úrico e uréia, compostos menos tóxicos. Os
animais de ambiente aquoso e com maior teor aquoso corporal conseguem
armazenar amônia, pois ela é dissolvida em seu meio e exige menor energia para
ser metabolizada.
Essas excretas são difundidas para o meio externo com auxílio de
glândulas presentes ao longo do corpo do nematóide, que se abrem em um poro
excretor. Os nematelmintos não possuem órgãos excretores nem células
ciliadas especializadas em excreção.
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Em algumas espécies, para a exceção, possuem células chamadas de
Renetes, especializadas na excreção de íons e, por isso, auxiliam na osmose do
organismo.
Reprodução dos Nematelmintos
A maioria dos Nematelmintos são dióicos, ou seja, têm sexos separados. As
diferenças entre o macho e a fêmea podem ser bem nítidas (dimorfismo sexual):
de modo geral, o macho é menor do que a fêmea da mesma idade e sua
extremidade tem forma de gancho.
Há, porém, aqueles monóicos (possuindo ambos os sexos em um único
indivíduo, chamado de hermafrodita).
Reprodução assexuada
Os seres hermafroditas podem realizar autofecundação (sem variabilidade
genética) ou fecundação cruzada (dois hermafroditas fecundando um ao outro).
Reprodução sexuada
Os seres dióicos fazem reprodução sexuada, com o macho introduzindo
sua estrutura reprodutiva (espícula peniana) no poro genital da fêmea. O
encontro dos gametas (fecundação) gera um zigoto que se encontra dentro de
ovos que são liberados pelo poro genital da fêmea para o meio em que se
encontram. Se desenvolvem e viram adultos.
Nos parasitas, o homem é o hospedeiro definitivo, sendo nele o local
onde ocorre a reprodução sexuada e a formação de ovos, que podem ser
liberados no ambiente pelas fezes do ser humano. Dependendo da espécie,
alguns vermes podem ir para a corrente sanguínea, onde são sugados junto com
o sangue do ser humano para um hospedeiro intermediário. Uma vez no ambiente,
esses ovos podem contaminar águas, solos e plantas, podendo ser ingeridos
por outros hospedeiros definitivos.
Doenças causadas por Nematelmintos
Os Nematelmintos parasitas podem causar doenças graves ou simples nos seres
humanos. Atente-se para o fato de que todas as doenças de parasitas
nematódeos podem ser combatidas com práticas de higiene pessoal e acesso
ao saneamento básico.
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Ascaridíase (Lombriga)
O Ascaris lumbricoides, também conhecido como lombriga, mede de 15 cm a
30 cm. Ele habita o intestino delgado porque vive à base dos alimentos
ingeridos pela pessoa parasitada.
O ser humano infectado elimina ovos para o meio externo e a infecção ocorre
pela ingestão de água e de alimentos, principalmente verduras, contendo os ovos.
Ancilostomíase (Amarelão)
Há 2 possíveis parasitas para essa doença: o Ancylostoma duodenale e o
Necator americanus, que medem cerca de 10 mm. Eles Vivem aderidos à mucosa
do intestino delgado da pessoa parasitada, onde se alimentam do sangue.
Como são hematófagos, a anemia é o principal sintoma dessa parasitose, o
que gera cor amarelada na pele, por isso o nome popular “amarelão”.
Os ovos são eliminados pelas fezes do hospedeiro e chegam ao meio
externo. Lá, transformam-se em larvas, penetram na pele, alcançam as veias e
podem chegar até ao coração e pulmões. Por isso há pessoas tão infestadas
de vermes que podem até mesmo tossi-los, assim como a lombriga.
Filariose ou elefantíase
O Wuchereria bancrofti é o causador dessa doença. Os vermes adultos
habitam o sistema linfático e provocam inflamação dos vasos linfáticos,
impedindo a drenagem de linfa. O acúmulo de linfa produz inchaço nos pés,
pernas, mamas e bolsa escrotal, tornando os membros “grandes como os de
elefantes”, por isso o nome.
A doença é transmitida pelo mosquito Cullex que, ao picar uma pessoa
infectada, espalha as larvas para outras pessoas à medida em que vai picando
outros indivíduos.
Oxiurose
O parasita chamado Enterobius vermiculares, popularmente chamado de
oxiúros, é o seu causador. Ele se aloja no intestino grosso humano (hospedeiro
definitivo) e deposita seus ovos na região anal, provocando coceira que auxilia na
liberação desses ovos no ambiente.
A doença é transmitida a partir do contato direto entre os ovos do verme
liberados nas fezes ou nas unhas das pessoas que coçou, além de também
pode ocorrer através da ingestão de comida e bebida infectada; sendo uma
doença muito comum em jardins de infância.
Bicho-geográfico (Larva migrans cutânea)
É uma enfermidade transmitida pelo parasita Ancylostoma brasiliense, que
vive no intestino de gatos e cães. Os ovos eclodem na areia e podem penetrar
na pele humana.
Contudo, os vermes não atingem a circulação humana, portanto
permanecem nos tecidos da pele. Assim, a larva vai causando lesões irregulares
na pele, que deixam rastros semelhantes a um mapa.
QUESTÕES DE NEMATELMINTOS:
https://beduka.com/blog/exercicios/questoes-sobre-nematelmintos/
https://beduka.com/blog/materias/biologia/resumo-do-sistema-linfatico/
https://beduka.com/blog/exercicios/questoes-sobre-nematelmintos/
MOLUSCOS
Os Moluscos são os animais do Filo Mollusca, nome do Filo vem do latim,
“Molluscus”, que significa “mole”. Por esse motivo, a característica mais marcante
dos animais deste grupo é ter o corpo predominantemente molengo, embora
alguns tenham conchas. Seus representantes mais conhecidos são as lulas e
polvos, mas ainda existem os mexilhões, caramujos, lesmas e ostras!
Os tamanhos desses seres são tão variados que podemos encontrá-los
medindo de 1mm até 20 metros (lulas gigantes). Independente de sua utilidade,
função ou tamanho; todos eles se enquadram no grupo dos seres
invertebrados.
Características dos Moluscos
● São encontrados em quase todos ambientes, sejam aquáticos (lagos)
ou terrestres (árvores), mas sempre associados à presença de umidade;
● A maioria é marinho e habitam até as profundezas oceânicas;
● São animaisinvertebrados e de corpo mole, sendo que muitos são
protegidos por uma concha feita de calcário;
● Muitos deles possuem vida livre, mas podem ser encontrados como
espécies parasitas (larvas desses animais se desenvolvem nas
brânquias de alguns peixes);
● Esses animais são seres triblásticos (formados pelos três folhetos
embrionários) e celomados (cavidade interna revestida e rica em
funções sistêmica e sustentação);
● O corpo possui simetria bilateral e é composto por três partes bem
distintas: cabeça, pé e saco visceral;
● Sua alimentação é muito variada, dependendo da espécie. Podem ser
predadores, herbívoros ou filtradores;
● Reprodução Sexuada, Sistema Digestório completo e o Circular pode
ser aberto ou fechado.
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Classificação dos Moluscos
Existem três classes, de acordo com a presença ou ausência de conchas:
● Classe Bivalvia
É caracterizada pelos moluscos marinhos ou de água doce que possuem a
concha externa constituída de duas valvas, como dobradiças que se abrem
sem se separar. Sua alimentação é por filtração e exemplos desses seres são:
ostras, mexilhões, mariscos e berbigões.
● Classe Gastropoda
Essa classe apresenta a maior quantidade de espécies, e ocupa quase todos
os habitats. São caracterizadas por uma concha externa em formato de espiral,
mas podem ser pequenas ou grandes, e até mesmo não ter concha alguma.
Exemplos disso são as lesmas, os caracóis e os caramujos. Os pés são bem
desenvolvidos, possuem uma glândula que expele um muco para permitir a
locomoção (deslizamentos do pés) sobre essa substância.
● Classe Cephalopoda
Esta classe agrupa espécies exclusivas do mar. Os polvos, por exemplo,
não possuem concha. As lulas e sépias possuem conchas internas, mas há
criaturas com conchas externas e espirais, como os náutilos. Nestes seres, a
cabeça está diretamente conectada aos pés, que assumem formato de
tentáculos com ventosas.
Estrutura dos Moluscos
O corpo é dividido em três partes com características próprias:
● Cabeça: região da boca, os olhos e tentáculos, órgãos com função
sensitiva (tato, cheiro).
● Pé: é constituído por músculos com funções variadas: andar, escavar,
fixar em objetos.
● Saco visceral: consiste numa bolsa onde estão alojados os órgãos
internos (digestão, circulação, excreção, respiração e reprodução).
O saco visceral também é conhecido como manto ou pálio, onde há os órgãos
excretores. Já na dobra no tecido da epiderme, sai uma pedaço que se
desenvolve em concha, feita de calcário. A concha tem tanto função de proteção
quanto de sustentação, função análoga ao esqueleto.
Contudo, cada Classe dos Moluscos tem suas partes especificadas. Por
exemplo, os polvos têm a cabeça muito bem desenvolvida, mas nas ostras ela
quase não existe. Os caramujos e caracóis, seres terrestres e herbívoros, possuem
uma estrutura chamada rádula, localizada na boca e com formato de língua. Elas
funcionam como se fossem dentes, mas sua função é raspar rochas para ingestão
de musgos ou plantas.
Fisiologia dos Moluscos
● Sistema Respiratório
Pelo fato dos moluscos serem encontrados em uma grande variedade de
ambientes, eles apresentam diferentes tipos de respiração.
A respiração branquial é realizada pelos moluscos que vivem na água, como
os polvos, lulas e ostras. A respiração pulmonar está presente em moluscos que
vivem em ambiente terrestre, como os caracóis. A respiração cutânea ocorre com
as lesmas que também vivem em ambiente terrestre, sob o solo e em árvores.
● Sistema Digestório
O Sistema Digestivo é completo, ou seja, o fluxo de alimento é unidirecional:
da boca para o ânus.
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● Sistema Circulatório
O sistema circulatório é predominantemente aberto, isto é, o sangue sai
dos órgãos, passam por cavidades e retornam, sem terem todo o percurso
delimitado por vasos. Assim, o metabolismo é mais lento porque não há um fluxo
direcionado. Contudo, nos cefalópodes como o polvo e a lula, o sistema
circulatório é fechado. Esse é um dos motivos para ter a cabeça e os tentáculos
muito bem desenvolvidos, e serem predadores muito espertos.
Reprodução dos Moluscos
A reprodução é sempre Sexuada, por isso, existe uma grande variedade de
formas: como existem várias espécies, eles podem ser tanto monóicos
(hermafroditas) quanto dióicos (sexos separados). A fecundação também pode ser
do tipo interna ou externa, além do desenvolvimento embrionário pode ser direto
ou indireto (fase larval antes do adulto).
Exemplo: os bivalves e alguns gastrópodes são dióicos e liberam seus
gametas na água, assim, a fecundação ocorre no meio externo e o desenvolvimento
do zigoto passa por uma fase de larva ciliada. Algumas espécies possuem apenas
um estágio larval chamado de trocófora, mas outras também passam por um
segundo estágio chamado véliger e aí se tornam um adulto.
Doenças causadas por Moluscos
Existem casos de infecções alimentares após comer ostras, porém, neste
caso não é o molusco em si que faz mal. O que acontece é que eles são
portadores de vírus. Assim, ao ingerir um molusco não preparado corretamente
ou de origem desconhecida, facilmente estamos expostos ao risco de adquirir
viroses.
Além disso, existe também a Esquistossomose, que é uma doença em que o
caramujo Biomphalaria porta um protozoário. A infecção se dá próximo a
cursos de água doce e sente-se uma coceira na pele. Depois, os sintomas são de
desregular o sistema digestório humano.
Porém, existem sim enfermidades causadas diretamente pelos moluscos.
Ao entrar em contato com o muco secretado por eles, pode-se desencadear
alergias semelhantes a verrugas na pele.
QUESTÕES DE MOLUSCOS:
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ANELÍDEOS
Os Anelídeos são os animais pertencentes ao Filo Annelida, cujo nome vem do
latim, “Anellum”, que significa “anéis”. Por esse motivo, a característica mais
marcante dos animais deste grupo é ter o corpo todo segmentado em anéis.
Seus representantes mais conhecidos são as minhocas e os sanguessugas.
Características dos Anelídeos
● Corpos compostos por metâmeros (segmentos anelares);
● Invertebrados de corpo mole e cilíndrico;
● Possuem celoma (são celomados), uma cavidade revestida que aloja os
órgãos e sustenta o corpo, auxiliando na locomoção;
● Têm simetria bilateral e são triblásticos (possuem os 3 folhetos
embrionários). Por isso são vermes mais desenvolvidos do que os
platelmintos e nematelmintos;
● Sistema Digestório completo e Circulatório é fechado;
● Reprodução Sexuada ou Assexuada;
● Respiração cutânea ou branquial;
● Possuem importância ecológica na adubação do solo e já foram muito
usados na medicina antiga;
● Locomoção própria, com vida livre ou parasitária (inclusive, de
humanos).
Classificação dos Anelídeos
Existem três classes, de acordo com a presença ou ausência de cerdas (como
se fossem pelos rígidos):
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https://beduka.com/blog/materias/biologia/reproducao-assexuada/
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● Oligoquetos: cerdas curtas e em pequena quantidade, ausência de
parapódios (apêndices nas laterais de cada metâmero) e não possuem
cabeça diferenciada. Exemplos: minhocas, minhocuçu e tubifex.
● Poliquetos: cerdas e parapódios presentes de forma evidente, e é
possível diferenciar a cabeça, possuindo até tentáculos. Exemplos:
nereis e tubícolas.
● Hirudíneos ou Aquetos: não possuem cerdas nemparapódios, mas
possuem ventosas que ajudam na locomoção, fixação e ingestão de
alimentos. Exemplo: sanguessuga.
Habitat
Podem ser encontrados em ambientes de água doce, salgada ou em solos
úmidos. Note que sempre são ambientes ricos em água.
Isso ocorre porque sua pele é muito fina (respiração cutânea ou branquial) e se
vivessem sem a proteção da água, desidratariam e secariam até a morte.
Alimentação
Os Anelídeos têm alimentação bem diversa, podem ser classificados como
carnívoros, herbívoros, detritívoros (alimentam-se de restos) e até hematófagos
(alimentam-se de sangue). Os hábitos alimentares variam de acordo com cada
espécie.
Fisiologia dos Anelídeos
● Sistema Respiratório
Neste caso, não há um Sistema respiratório pois não há órgãos para o
compor. A respiração é feita por meio de estruturas simples: ou brânquias
(respiração branquial) ou pela pele muito fina que realiza o processo de difusão
gasosa (respiração cutânea).
● Sistema Digestório
O sistema é completo, ou seja, possuem boca e ânus para entrada e saída
de alimentos, respectivamente, por diferentes orifícios. Os órgãos que compõem o
sistema são: boca, faringe, esôfago, papo, moela, intestino e ânus.
O alimento é armazenado no papo, direcionado à moela para a trituração e
absorvido no intestino, sendo os dejetos descartados normalmente como fezes.
● Sistema Circulatório
Sistema fechado, pois ocorre dentro dos vasos sanguíneos e demais órgãos.
Existem vasos ventrais e dorsais para percorrer todo o corpo e algumas espécies
possuem um emaranhado de vasos pulsáteis, com função análoga a do coração.
Nas espécies como as do sanguessuga, a circulação ocorre na própria cavidade
celomática.
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● Sistema Nervoso
Do tipo ganglionar, ou seja, possui um gânglio dorsal e vários outros
espalhados em cada segmento. Todos eles estão ligados por um cordão nervoso e
ainda possuem receptores capazes de identificar a intensidade da luz no seu
ambiente.
● Sistema Excretor
Formado por um par de nefrídeos em cada metâmero. Essas estruturas
são túbulos emaranhados ao redor dos vasos sanguíneos, como se fossem rins
primitivos. Eles desembocam em um funil cheio de cílios que se abre no líquido do
celoma. Assim, retiram as excretas internas e as despejam numa extremidade da
superfície corporal.
Reprodução dos Anelídeos
Pode ser tanto Sexuada quanto Assexuada, depende da espécie. A maior
parte dos anelídeos é monóico (hermafrodita), como as minhocas e as
sanguessugas. Já os Poliquetos são animais dióicos, ou seja, há machos e
fêmeas.
Contudo, dentre os hermafroditas, a autofecundação não é comum. Na
realidade, eles possuem uma estrutura chamada Clitelo que produz um muco para
grudar duas minhocas. Assim, uma fecunda a outra e ambas saem grávidas.
QUESTÕES DE ANELÍDEOS:
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ARTRÓPODES
Os artrópodes são animais que possuem patas articuladas e são formados
por esqueleto externo, chamado exoesqueleto, que é nitidamente segmentado.
Os insetos possuem uma grande diversidade entre eles, sendo o grupo com
maior diferença entre os animais. Outro exemplo são os aracnídeos, como
escorpiões, crustáceos, as lagostas, os quilópodes, lacraia, e os diplópodes. Assim,
são alguns exemplos de artrópodes: Besouros; Borboletas; Aranhas; Camarão;
Centopéia; Piolho de cobra.
Características dos artrópodes
Os artrópodes são formados por segmentos e apêndices articulados, o
corpo é constituído por patas e antenas, que possibilitam movimentos.
A sua característica diagnóstica é o que gera uma identificação e diferencia
os artrópodes um dos outros, o que forma o grupo, cujo nome é originado do grego
arthros, que significa articulação e podos, que significa pés.
Os artrópodes são invertebrados, e a partir do exoesqueleto duas novas
características se formam: a rigidez e a impermeabilidade. A rigidez oferece
sustentação ao corpo e a impermeabilidade, que possui na superfície uma camada
de cera que permite a sobrevivência desses animais em lugares secos.
O exoesqueleto é formado pela quitina, ou seja, um polissacarídeo
nitrogenado. Os crustáceos possuem além da quitina, uma deposição de
carbonato de cálcio, que faz o exoesqueleto ficar ainda mais resistente.
Além disso, o seu corpo é dividido em partes, os crustáceos recebem a
seguinte divisão:
● Cefalotóraz;
● Abdome;
Já os insetos e miriápodes são separados nos seguintes grupos:
● Cabeça;
● Tórax;
● Abdome.
Os artrópodes trocam de exoesqueleto constantemente devido ao seu
processo de crescimento, essa mudança recebe o nome de muda ou ecdise. Nesse
processo de crescimento o exoesqueleto é descolado da epiderme e assim é
formada uma nova cobertura debaixo da antiga.
Quando o novo exoesqueleto é formado e está totalmente pronto, a cobertura
antiga é rompida dorsalmente e em seguida o animal a abandona, neste período o
animal fica durante um tempo envolto por uma cobertura pouco espessa e mole.
Classificação dos Artrópodes
A classificação dos artrópodes pode ser separada em categorias, de acordo
com a característica anatômica de cada animal. Sendo separados em 3
subfilos:
● Crustacea, divide os crustáceos em outras classes;
● Chelicerata, é classe dos aracnídeos;
● Hexapoda, é a classe dos insetos e Myriapoda, a classe dos diplópodes
e dos quilópodes.
Fisiologia dos Artrópodes
● Sistema Respiratório
O sistema respiratório está presente nos artrópodes, porém ele sofre
variação de acordo com cada grupo: os crustáceos são formados por brânquias, e
elas realizam o processo de troca gasosa entre a água e as hemolinfas. Nos
insetos, não existem brânquias, mas sim traqueias, que são responsáveis por levar
o ar direto aos tecidos. Já os aracnídeos são compostos por filotraqueias.
● Sistema Digestório
É completo, composto por boca e ânus. Possuem peças bucais (mandíbulas,
quelíceras, etc). Digestão é extracelular.
● Sistema Circulatório
Sistema aberto, ou seja lacunar. Possui um coração dorsal responsável por
bombear a hemolinfa, um tipo de líquido sanguíneo presente nas partes dos corpos
dos artrópodes.
● Sistema Nervoso
Os artrópodes possuem sistema nervoso constituído por um par de gânglios
cerebrais e um cordão nervoso ventral, constituído por pares de gânglios
espalhados pelo segmento.
● Sistema Sensorial
O sistema sensorial é bastante desenvolvido, todos são constituídos pelos
quimiorreceptores espalhados pelo corpo, que são responsáveis pela função táctil.
Além disso, as antenas também possuem função táctil. E os insetos e crustáceos
são formados por olhos compostos.
● Sistema Excretor
Nos insetos o sistema excretor é formado por túbulos de Malpighi; já nos
crustáceos o sistema excretor é formado por glândulas antenais ou glândulas
verdes; e nos aracnídeos o sistema excretor é formado por túbulos de Malpighi e
existem glândulas coxais.
Reprodução dos Atrópodes
A reprodução desses seres é sexuada, ou seja, há presença de gametas no
processo reprodutivo. A maioria dos processos de reprodução que ocorrem são
dióica, realizada em sexos separados.
Os crustáceos se reproduzem principalmente a partir da fecundação externa,
com a evolução de modo direto ou indireto com muitas fases larvais.
Já os insetos e aracnídeos, possuem fecundação interna.
QUESTÕES DE ARTRÓPODES:
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EQUINODERMOS
O Equinodermos são seres que pertencem ao filo Echinodermata,
Exclusivamente marinhos, cujos os principais representantes são: Estrelas-do-mar,
ouriços-do-mar, pepinos-do-mar, bolachas-de-praia, lírios-do-mar e
serpentes-do-mar.
São invertebrados, heterótrofos, carnívoros, possuem endoesqueleto, a
maioriaé de vida livre (não fixo em solo) e recebe esse nome por causa de sua
superfície corporal ser coberta por espinhos: “equinodermos” vem do grego
(echinos = espinho e dermatos = pele).
Eles são muito importantes para a manutenção do ecossistema marinho e a
qualidade de sua população local é um bioindicador. Eles estão no topo de sua
cadeia alimentar, por isso, têm papel importante como predadores, ajudando a
controlar as populações marinhas.
O tamanho destes seres é muito variado, como o diâmetro da
estrela-do-mar, por exemplo, que pode ser de alguns centímetros a até um metro,
tudo depende da espécie.
Filo e Classes
Este filo reúne mais de 6 mil espécies de animais marinhos agrupados em 5
principais Classes:
● Asteroidea
Nesta Classe, as estrelas-do-mar são as representantes e suas principais
características são: corpo achatado em formato de estrela comumente com 5 braços
(mas podem ter até 42!).
● Echinoidea
O ouriço-do-mar é seu exemplo, e apresenta as seguintes características:
corpo circular, abaulados (como os ouriços) ou achatados (como as
bolachas-da-praia), sem presença de braços.
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● Holothuroidea
Pertencentes a essa classe, os pepinos-do-mar que têm corpo alongado e
sem braços. Saem um pouco do padrão dos outros equinodermos porque
apresentam corpo macio e alongado e possuem pequenos tentáculos.
● Crinoidea
Também conhecidos como lírios-do-mar, esses animais têm corpo em forma
de taça, com braços ramificados e flexíveis, que lembram plumas. Algumas
espécies vivem fixadas em rochas, mas outras podem se movimentar e também
possuem tentáculos.
● Ophiuroidea
Representada pelas serpentes-do-mar, são animais de corpo achatado, com
braços finos e flexíveis, separados uns dos outros e ligados a um disco central.
Habitat e alimentação dos Equinodermos
Apesar do nome não ser muito bonito, eles são seres bem comuns e fáceis de
encontrar na beira das praias. Na realidade, vivem no fundo do mar mas
costumam ser levados pela corrente até a orla, por isso os vemos. Além disso,
existem exclusivamente em ambientes marinhos.
Esses animais possuem uma dieta bastante variada: os ouriços-do-mar
alimentam-se de algas marinhas de pequenos animais, já as estrelas-do-mar se
alimentam de ostras, mexilhões, outros equinodermos, corais e
anêmonas-do-mar. De qualquer forma, são seres heterótrofos e carnívoros.
Apesar de estarem no topo de sua cadeia alimentar, em termos de teia
alimentar podem servir de comida para outros seres.
Estrutura e características dos Equinodermos
Os espinhos são sua principal característica e servem como função de
defesa além de atuar na locomoção do animal. Estes espinhos são formados de
calcário, assim como o endoesqueleto que estes animais possuem, embora não
sejam vertebrados.
Além disso, a estrela-do-mar apresenta uma excelente capacidade de
regeneração, se perder um dos seus braços, em poucos meses o membro é
regenerado. Contudo, o pedaço que se destacou não é capaz de formar um
novo ser.
Uma outra característica é a simetria radial, ou seja, há um plano que passa
pelo meio do animal e as partes se repetem em torno dele. Normalmente as partes
simétricas se distribuem na forma dos raios de uma circunferência.
Movimentação e locomoção dos Equinodermos
Embora a maioria seja de vida livre (vivem soltos), os lírios-do-mar são a
exceção. Eles costumam viver fixados em rochas no fundo do mar.
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Os demais equinodermos locomovem-se por meio de pés ambulacrais, que
são projeções do sistema ambulacrário. Estes pés podem ter ventosas, o que
ajuda os seres a se fixarem nas superfícies desejadas. Esse sistema tem uma placa
em que a água do mar entra no corpo do animal, assim, os canais se contraem e
levam a água até o pé, para movimentá-lo. Ele se alonga e fixa-se ao solo desejado.
Para deixar o local, a água retorna para as ampolas e relaxa a musculatura do pé,
soltando dali.
Fisiologia dos Equinodermos
● Sistema Ambulacral
Também conhecido como sistema hidrovascular, é uma façanha exclusiva
dos equinodermos. Ele é formado por um conjunto de tubos internos, paredes
musculares e prolongamentos tubulares, chamados de pés ambulacrais.
Esse sistema atua na respiração, na locomoção, na captura de alimento e
na percepção do ambiente, devido às terminações nervosas que apresenta.
Ele funciona com a pressão da água no seu interior, por isso o nome
hidrovascular, que é regulado pelo processo de Osmose.
● Sistema Respiratório e Excretor
As estruturas relacionadas às trocas gasosas são diferentes em cada classe.
Comumente, há presença de brânquias, que fazem as trocas dos gases
respiratórios, absorvendo o oxigênio da água e transportando-o pelos fluidos
corporais. Elas também participam da eliminação do gás carbônico e das
excreções.
Em alguns ouriços-do-mar, por exemplo, existem 10 brânquias pequenas na
parte exterior do corpo, ao redor da boca. Nas estrelas-do-mar, as papilas
https://beduka.com/blog/materias/biologia/transporte-ativo-e-passivo/
respiratórias desempenham funções análogas às brânquias. Nos pepinos-do-mar,
a árvore respiratória é responsável por essas funções.
● Sistema Digestório
Um dos primeiros a apresentar sistema digestivo completo, ou seja,
possuem boca, cavidade digestória e ânus. Contudo, a serpente-do-mar,
representante de uma das 5 classes, ainda possui o sistema incompleto, um
resquício evolutivo. A maior parte destes seres possuem boca em baixo e ânus
em cima, mas há exceções.
Com os seus pequenos pés, a estrela-do-mar força a abertura das conchas
das ostras e vira o seu próprio estômago do avesso, lançando um suco digestivo
dentro das conchas. Depois, engole o corpo do molusco já digerido. Esse é um
exemplo de digestão extracorpórea.
O ouriço-do-mar, que se alimenta de algas, tem o aparelho bucal com
“dentes” formados por substâncias rígidas, chamados de lanterna-de-aristóteles.
Assim, ele raspa as algas presas nas rochas.
Os demais seres, como o pepino-do-mar ou os lírios-do-mar, contam com o
auxílio dos tentáculos para capturar suas presas.
Reprodução dos Equinodermos
Os Equinodermos possuem apenas um tipo de reprodução, sexuada. Eles
são animais dióicos e suas gônadas ficam localizadas na cavidade celômica. Elas
liberam os gametas por meio dos poros genitais, eles são eliminados na água do
mar. Lá, ocorre a fecundação externa.
Além disso, o desenvolvimento do novo indivíduo é indireto, ou seja,
podem apresentar uma ou mais formas larvais. Após a fecundação, surge o zigoto
que se transforma em larva e esta, por sua vez, o animal como conhecemos.
QUESTÕES DE EQUINODERMOS:
https://beduka.com/blog/exercicios/questoes-sobre-equinodermos/
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CORDADOS
O Filo Chordata abriga os seres que compartilham características embrionárias
exclusivas. O nome do filo vem do latim, “chorda”, que significa “corda”, e por esse
motivo, a característica mais marcante dos animais deste grupo é ter notocorda
na fase embrionária para sustentação do corpo. Seus representantes mais
conhecidos são os peixes, répteis, anfíbios, aves e mamíferos.
Características dos Cordados
● Durante a fase embrionária, todos apresentam tubo nervoso dorsal,
notocorda, fendas faringianas e cauda pós-anal;
● Apresentam esqueleto interno, seja ósseo ou cartilaginoso;
● Todos possuem Sistema Digestório Completo;
● O coração é ventral e a circulação é toda em vasos sanguíneos
(fechada);
● A maioria é vertebrado, mas há alguns poucos invertebrados;
● São pluricelulares, eucariontes e com muitas organelas;
● São seres Triblásticos (apresentam os três folhetos embrionários);
● Possuem celoma bem desenvolvido (cavidade que abriga vísceras);
● Possuem o corpo dividido em segmentos específicos, cada um com uma
função;
● Ocupam todos os tipos de habitats:terrestres, aquáticos doces ou
salgados, áres, etc;
● A alimentação é variada, de acordo com a espécie. Podem ser
Carnívoros, Herbívoros ou Onívoros;
● Apresentam Simetria bilateral: possuem apenas um eixo de simetria,
ou seja, há uma forma de separar esses indivíduos em duas partes
iguais, em um eixo vertical;
● São Deuterostômios: Assim como os Equinodermos, na fase
embrionária, o ânus é formado primeiro que a boca. Em todos os outros
filos a boca é formada primeiro e são chamados de Protostômios.
Termos novos e exclusivos deste Filo:
A Notocorda, também chamada de corda dorsal, é um bastão formado por
células nervosas que se formam somente nos embriões dos Cordados. Essa
estrutura se origina a partir da diferenciação da mesoderme, sendo que sua função
é a de sustentar o tubo nervoso. Na maioria dos cordados, essa estrutura some
no fim da fase embrionária.
O Tubo Nervoso, ou Sistema Nervoso Dorsal, origina-se da ectoderme do
embrião e fica sob a Notocorda. A partir dele, o Sistema Nervoso como um todo
vai se desenvolvendo. Na parte anterior do corpo do embrião, o cordão se dilata e
forma a vesícula encefálica. Ela se desenvolverá até originar o encéfalo nos
vertebrados.
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As Fendas Branquiais, também chamadas de fendas faringianas, têm
função respiratória no embrião. Ao longo do desenvolvimento, elas se mantém nos
Peixes, mas nos outros seres elas se fecham e originam a tuba auditiva.
A Cauda dos cordados é uma extensão do eixo de sustentação dorsal que
ultrapassa a região do ânus, sendo constituída por músculos e notocorda. Com o
desenvolvimento do embrião, ela vai adquirindo funções de acordo com o ser.
Nos peixes serve para natação, nos répteis tem função de ataque e defesa,
nos mamíferos serve para locomoção e nos humanos ela se atrofia, formando o
cóccix ao final da coluna vertebral.
Classificação dos Cordados
No Filo dos Cordados, há três subfilos muito importantes:
● Cephalochordata (cefalocordados)
● Urochordata (urocordados)
● Vertebrata ou Craniata (vertebrados)
Os cefalocordados e urocordados são mais simples, sem crânio nem coluna
vertebral. Ou seja, são invertebrados e mais primitivos, por isso são chamados de
Protocordados.
Os vertebrados são os que possuem crânio e coluna vertebral,
representando cerca de 98% dos Cordados. O esqueleto pode ser ósseo ou
cartilaginoso, o crânio é uma “caixa” na cabeça que protege o encéfalo. A coluna
vertebral é a sustentação do corpo, fica na região dorsal e é composta por
vértebras.
Subfilo Urochordata
A este, pertencem os animais marinhos sésseis (fixos, baixa locomoção) que
podem viver isolados ou em colônias. Costumam ser encontrados associados às
rochas ou algas maiores. Exemplos deles são as Salpas e Ascídias.
● Anatomia (partes do corpo) e Alimentação
O corpo destes seres é envolvido pela túnica, uma espécie de capa espessa.
Nela, há duas aberturas: o sifão inalante (boca, entrada de água) e o sifão exalante
(ânus, saída de água). Por este motivo, são animais filtradores que se alimentam
dos plânctons presentes na água.
● Respiração e Circulação
Através dos sifões a água passa pelo corpo carregando oxigênio e eliminando
gás carbônico. O sistema circulatório é parcialmente fechado e o sangue penetra
em grandes bolsas chamadas sinusóides, onde acontecem as trocas gasosas.
● Reprodução
A maioria apresenta reprodução sexuada e grande parte dessas espécies são
monóicas (hermafroditas). Mas, pode haver reprodução assexuda por brotamento.
Subfilo Cephalochordata
Este Subfilo agrupa os animais marinhos de corpo achatado lateralmente e
afilados nas extremidades. Eles se enterram na areia, em posição vertical,
deixando apenas a boca exposta, embora possam nadar em águas rasas. São
comuns em praias e o melhor exemplo é o Anfioxo.
● Anatomia e Alimentação
A anatomia se assemelha a de um peixe pequeno, mas não apresenta uma
cabeça diferenciada. Eles têm a boca rodeada de filamentos chamados cirros
bucais, mas são filtradores. Há fendas na laringe que levam as partículas direto
para o intestino, pois não possuem estômago.
● Respiração e Circulação
O Sistema Circulatório é completamente fechado e a nutrição sanguínea e
gasosa são garantidas pela presença de capilares sanguíneos. Eles estão juntos ao
coração e aos sinusóides, sendo que a água e os gases passam pelas fendas
faringianas.
● Reprodução
A reprodução é só sexuada e os seres já são dióicos. As gônadas (células
reprodutoras de gametas) não possuem dutos para conduzir. Quando as células
estão sexualmente maduras, rompem e liberam os gametas em uma cavidade
chamada átrio. Assim, saem do corpo e compõem a fecundação externa.
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Subfilo Craniata
Estes são os vertebrados e compõem a maior parte dos seres do Filo.
Diz-se que neste Subfilo existem duas Superclasses (abaixo do Subfilo e acima
das Classes): as dos Agnatos e dos Gnatostomados.
● Agnatha (Agnatos): são os animais sem mandíbula na boca e baixo
número de espécies. Esta, abrange duas Classes: Myxine
(feiticeiras/peixes-bruxas) e Petromyzontida (lampreias).
● Gnathostomata (Gnatostomados): são os animais com mandíbula,
possuem a maior parte das espécies. Essa Superclasse é a que abriga
as 5 Classes tradicionais dos Cordados. Porém, na realidade, a
classe dos peixes é divida em outras três.
Assim, totalizam 8 Classes:
● Chondricthyes (condrictes): são os peixes cartilaginosos como os tubarões,
raias, cações e quimeras.
● Osteicthyes (osteíctes): são os peixes ósseos como as sardinhas,
cavalo-marinho, bagre, baiacu e outros.
● Sarcopterygii: são os peixes de nadadeiras lobadas como os celacantos,
dipnoi e os tetrápodes.
● Amphibia: são os anfíbios como sapos, rãs, pererecas e salamandras.
● Reptilia: são os répteis como as cobras, lagartos, jacarés, tartarugas e outros.
● Aves: são as próprias aves como as galinhas, tucanos, avestruz, patos,
pinguins e outros.
● Mammalia: são os mamíferos como os macacos, cavalos, bois, elefantes,
cães, seres humanos e outros.
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https://beduka.com/blog/materias/biologia/caracteristicas-dos-peixes/
https://beduka.com/blog/materias/biologia/anfibios/
https://beduka.com/blog/materias/biologia/repteis/
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QUESTÕES DE CORDADOS:
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PEIXES
Os peixes são os primeiros animais vertebrados na linha evolutiva e são
conhecidos por apresentar nadadeiras, barbatanas, escamas, rabo, brânquias e
tudo o mais! Eles são seres exclusivamente aquáticos, mas podem habitar tanto
o meio doce quanto o salgado.
● Peixes de água doce: Dourado, Pintado, Piranha, Pirarucu, Traíra,
Tilápia, Pacu.
● Peixes de água salgada: Peixe-palhaço, Salmão, Bacalhau, Baiacu,
Atum, Sardinha.
Estes são animais muito importantes há séculos, pois sempre fizeram parte da
alimentação humana, de alguns símbolos religiosos e ainda constituem aspectos
de lazer e ornamentação, como pesca e aquários. Além disso, são muito
importantes na manutenção da teia e cadeia alimentar.
Características dos Peixes
● São exclusivos do ambiente aquático, podendo ser de água doce ou
salgada. Alguns peixes só vivem em um tipo de água, mas há exceções
que conseguem transitar pelos dois tipos dependendo da fase de vida;
● O corpo é hidrodinâmico e fusiforme, isso significa que a sua
estrutura é adaptada à boa movimentação na água e tem formato
cilíndrico com as pontas mais estreitas;
● Os músculos são segmentados para abranger maiores movimentos e
nadar melhor;
● Os membros se desenvolvem e se alteram para formar barbatanas e
nadadeiras;
● O corpo é coberto por escamas lisas e muco, o que facilita odeslocamento na água à medida em que reduz o atrito entre o peixe e
o líquido;
● Os peixes são animais exotérmicos/ectotérmicos/pecilotérmicos, o que
significa que a temperatura do seu corpo varia de acordo com a do
ambiente;
● Sua alimentação pode ser herbívora, carnívora ou detritívora, mas há
diversas relações em que eles podem se envolver: predatismo,
comensalismo, mutualismo, etc;
● Os peixes possuem uma linha lateral que é responsável pela captação
dos movimentos na água. Ao longo dessa linha são encontrados
diversos sensores que transmitem as informações às células nervosas;
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https://beduka.com/blog/materias/biologia/o-que-sao-relacoes-ecologicas/
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● Alguns peixes possuem a bexiga natatória, uma estrutura que incha e
murcha para ajudar na flutuação e altitude do nado;
● Os peixes têm o fígado cheio de óleo também para auxiliar na
flutuação.
Classificação dos Peixes
Na realidade existem mais de uma Classe que abrigam os peixes:
● Agnatos
São os vertebrados mais primitivos, todos são peixes e não possuem
mandíbula. Todos os demais vertebrados, sendo peixes ou não, possuem
mandíbula e são chamados de gnatostomados. Exemplo: Lampreias e Mixinas.
● Condrictes
São os peixes cuja estrutura do esqueleto é cartilaginosa. Apesar de terem
pontos em comum com os outros grupos, estes não apresentam bexiga natatória,
não têm opérculo e sua boca é ventral! Exemplo: Tubarão e Arraia.
● Osteíctes
São os peixes cuja estrutura do esqueleto é óssea. Da mesma forma que
possui características em comum, este grupo apresenta bexiga natatória, boca
anterior e opérculo. Divide-se ainda em dois grupos principais: os peixes de
barbatana lisa e os de barbatana espinhosa. Exemplo: Atum, Sardinha, Bacalhau,
Peixe-espada.
Fisiologia dos Peixes
● Sistema Respiratório
A maioria dos peixes possuem brânquias ou guelras, estruturas que se
assemelham às fendas. Há pares de cada um dos dois lados e estão ligadas à
parede da faringe. Os peixes ósseos têm sua brânquia coberta por uma estrutura
chamada opérculo e o número de pares de guelras depende se o peixe é osteícte
ou condricte.
Assim, a respiração branquial ocorre quando a corrente de água entra pela
boca e passa pelas brânquias. Lá, o oxigênio diluído na água é absorvido por
difusão e segue seu caminho pela corrente sanguínea. A água com menor
oxigenação e maior gás carbônico sai das guelras e é devolvida para o meio.
● Sistema Digestório
O sistema digestório dos peixes é completo, constituído de boca, faringe,
esôfago, estômago e intestino, além de glândulas anexas como o fígado e o
pâncreas. Contudo, alguns peixes têm o final do sistema terminando em cloaca e
outros em ânus.
● Sistema Circulatório
A circulação sanguínea dos peixes é fechada, simples e completa. Isso
significa que o sangue passa pelo corpo por dentro de vasos sanguíneos e que o
coração desses animais apresenta apenas duas cavidades, onde passa unicamente
sangue venoso.
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● Sistema Nervoso e Sensorial
Recentes estudos tentam provar o fato de que os peixes percebem
movimentos e sensações. Assim, os peixes exercitam seus sentidos através de
três órgãos: bolsa olfatória: que é formada por células localizadas nas narinas e
são associadas à capacidade de sentir cheiros; olhos: que são órgãos que
permitem aos peixes enxergarem, alguns podem distinguir cores e outros não; e
pela linha lateral: sendo essa formada por fileiras de polos ligados à células
sensoriais que informam ao peixe sobre a pressão da água, vibrações da água,
presença de uma presa, de um predador ou de outros peixes companheiros.
● Sistema Excretor
Apresentam um sistema excretor formado por rins mesonéfricos, uma estrutura
mais primitiva. A maioria dos peixes excretam amônia, mas alguns podem excretar
ácido úrico. Isso ocorre porque a amônia é um composto que gastaria muita energia
para ser metabolizada para poder ser armazenada. Mas os peixes vivem em meio
aquático que dissolve a amônia. Assim é melhor poupar energia e liberá-la como
está, pois o próprio meio irá dissolvê-la.
Sistema Reprodutor
A maioria dos peixes são dióicos (possuem ambos os sexos) e ovíparos
(botam ovos), com fecundação externa. A reprodução é sexuada e ocorre quando
os ovos da fêmea são liberados no ambiente e o macho também libera
espermatozóides no mesmo local. Assim, se os gametas se encontram na água,
haverá fecundação.
Há ovos que são enterrados, outros que são vigiados e outros que
permanecem soltos no ambiente. Quanto menor for a proteção, maior a
quantidade de ovos postos para compensar e garantir a perpetuação da espécie.
Contudo, existem exceções de peixes que são monóicos ou peixes dióicos
vivíparos e com placenta, como os tubarões.
Os peixes, em sua maioria, não têm cuidados parentais, ou seja, os filhotes
crescem sozinhos e sem a presença do adulto. O desenvolvimento do embrião está
associado às condições ambientais, principalmente à temperatura, sendo os peixes
de zonas mais tropicais os que possuem um desenvolvimento mais rápido.
QUESTÕES SOBRE PEIXES
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ANFÍBIOS
A palavra Anfíbio vem de “amphi” e “bio”, que significam “ambas” e “vida”.
Assim, o próprio nome diz que estes seres têm uma forma dupla de viver, ou seja,
vivem entre o meio aquático e o terrestre.
Sua principal característica é ter a pele fina e úmida, fazer fecundação interna
e botar ovos. Seus principais representantes são sapos, rãs, pererecas,
salamandras e cobras-cegas.
Alguns cientistas consideram os anfíbios como indicadores biológicos. Essa
importância ecológica é atribuída a eles porque está sendo observado um
decrescimento na sua população, ao mesmo tempo em que os problemas
ambientais no mundo aumentam. Além disso, eles se alimentam de animais
pequenos e sem ossos, como insetos, minhocas e aranhas. Por isso, também são
muito importantes para a regulação da cadeia e teia alimentar.
Características dos Anfíbios
● Pele fina e úmida
● Ausência de pelos ou penas
● Maioria vive em habitats úmidos de água doce e terrestres
● Sofre metamorfose (primeiro assume forma larval, depois de adulto)
● Possuem sangue frio (são seres exotérmicos/ectotérmicos)
● São vertebrados, têm esqueleto ósseo
● São ovíparos
● Pálpebras nos olhos para proteção e limpeza
● Patas bem definidos, embora haja uma exceção (ápode, sem patas)
● Pode ou não ter cauda
https://beduka.com/blog/materias/geografia/problemas-ambientais-no-mundo/
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Classificação dos Anfíbios
Dentro da Classe existem algumas subdivisões chamadas Ordens. São elas:
● Anuros: quando adultos, possuem patas e não apresentam cauda.
Alguns têm a fase larval logo que saem dos ovos. Ex: sapos, pererecas
e rãs.
● Urodelos: são aqueles que possuem corpo alongado, patas laterais e
uma longa cauda. Ex: salamandras e tritões.
● Ápodes: têm corpo cilíndrico e não possuem patas, parecem “grandes
minhocas” embora tenham ossos e cabeça definida. Ex: cobras-cegas,
Cecílias.
Habitat dos Anfíbios
São classificados como animais terrestres, mas dependem muito da água.
Assim, eles habitam as proximidades de riachos, lagoas, açudes e outras áreas
alagadas.
Essa dependência existe porque eles foram os primeiros seres a sair do
ambiente aquático e ocupar o terrestre. Eles vivem em sua maioria na água
doce porque sua pele é muito fina. Se vivessem em ambiente de água salgada,
desidratariam por osmose devido à diferença de concentração salina.
Pele e Temperatura
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