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1 
 
 
 
41. A NOVA REPÚBLICA 
 
https://pt.slideshare.net/my321/a-nova-repblica-1985-aos-dias-atuais 
A herança educacional deixada pela ditadura militar é composta por inúmeros 
problemas, que hoje lutamos para transformar. No campo econômico, o fracasso do 
Plano Cruzado, e das iniciativas subsequentes, contribuiu decisivamente para reduzir 
a quase zero a credibilidade governamental para resolver os problemas da área. 
Desse modo, sob a capa da Nova República, abrigaram-se os velhos políticos e o 
clientelismo e a corrupção, nossos velhos conhecidos, continuaram tão ou mais 
desenvoltos que antes, conspurcando de alto a baixo a política nacional e elevando 
os interesses particulares muito acima dos interesses globais da sociedade. 
Não podendo ser diferente no campo educacional, pode-se dizer que a situação 
nesta área prescindiu uma transformação mais radical. No entanto, não podemos 
negar certas conquistas na educação básica. Citamos como exemplo, o fato da 
Constituição de 1988 garantir o direito ao ensino fundamental para todos os cidadãos, 
de forma gratuita e obrigatória, independentemente da idade. 
Lembre-se que, antes de 1988, o Estado previa apenas o ensino de 1.º grau, 
obrigatório e gratuito, para os alunos na faixa dos 07 aos 14 anos. Podemos citar 
também a conquista dos 200 dias letivos e a preocupação com a valorização do 
AULA 41 
 
 2 
magistério e a qualidade do ensino, mesmo que, estes últimos, ainda não ultrapassem 
de fato os fundamentos legais. Tais conquistas encontram-se na recente LDB 
promulgada em 20 de dezembro de 1996. 
Quanto à LDB/96 temos a dizer que muitas entidades participaram, propondo 
soluções, como é o caso da ANDES (Associação Nacional de Docentes do Ensino 
Superior). Infelizmente, as soluções propostas não foram levadas a sério e o projeto 
de lei inicial ficou bastante distorcido. Mais uma vez, não podemos esquecer que as 
soluções conciliatórias foram as vencedoras. É o caso do ensino público X particular 
e também do ensino laico X religioso. O primeiro será livre à iniciativa privada e o 
último será facultativo apenas para os alunos. 
A tendência à privatização da educação se mantém, especialmente a partir da 
implantação das políticas neoliberais na educação, pois um dos princípios básicos do 
neoliberalismo é a tese do Estado-Mínimo. Vale lembrar que a política neoliberal 
releva-se como perspectiva internacional cada dia mais difícil de ser combatida pelos 
meios sindicais. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
AULA 42 
 
 3 
 
 
 
42. NOVA REPÚBLICA: HISTÓRICO DA EDUCAÇÃO NO BRASIL 
 
https://pt.slideshare.net/IsabelAguiar1/histriadaeducaonobrasil-110711143108phpapp01-24745134 
Com o final da Era Vargas é criada uma nova Constituição Federal que, quanto 
à educação, colocou a obrigação de todos os brasileiros cursarem pelo menos o 
ensino primário, retomando as ideias propostas pelo Manifesto da educação Nova da 
década de 1930. Também delimitou como competência do governo federal a 
regulamentação de todo o processo educacional brasileiro. 
Em 1946 é elaborado um anteprojeto de lei propondo uma reforma geral na 
educação nacional, que somente foi aprovado 13 anos depois, surgindo, assim, a LDB 
(Lei de Diretrizes e Bases da Educação) organizando, de maneira efetiva, todo o 
sistema de educação no país. 
Em 1950, na cidade de Salvador, o educador Anísio Teixeira inaugura o Centro 
Popular de Educação (Centro Educacional Carneiro Ribeiro), dando início a sua ideia 
de escola-classe e escola-parque. 
AULA 42 
 
 4 
Em 1952, no município de Fortaleza, o educador Lauro de Oliveira Lima inicia 
uma didática educacional com base nas teorias científicas de Jean Piaget e do seu 
Método Psicogenético; em 1953 a educação passa a ser administrada por um 
Ministério próprio: o Ministério da Educação e Cultura. 
Em 1961 tem início uma campanha de alfabetização, cuja didática, criada pelo 
pernambucano Paulo Freire, tinha o propósito de alfabetizar em 40 horas os adultos 
analfabetos em grande quantidade no Brasil; em 1962 é criado o Conselho Federal 
de Educação, que ficou no lugar do Conselho Nacional de Educação e os Conselhos 
Estaduais de Educação e, ainda no ano de 1962 é criado o Plano Nacional de 
Educação e o Programa Nacional de Alfabetização, pelo Ministério da Educação e 
Cultura, inspirado no Método Paulo Freire. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 5 
 
 
 
43. UMA NOVA TENDÊNCIA: A PEDAGOGIA HISTÓRICO-CRÍTICA 
 
https://pt.slideshare.net/appfoz/tendncias-pedagogicas-parte-i 
Na fase republicana o positivismo passa a influenciar de forma mais marcante a 
educação nacional, era a forma de tentar implantar e difundir tais ideias através da 
educação escolarizada, já que, politicamente, tal corrente de pensamento sofre um 
declínio de influência a partir de 1890. 
No que tange a expansão do ensino superior, tinha‐se de um lado a necessidade 
de atendimento a uma demanda social, e de outro a limitação dessa expansão para 
que a “eficácia” técnica, política e social fossem preservadas neste nível de ensino. 
Assim, os governos republicanos insistiam na defesa do fim do monopólio estatal 
sobre o ensino superior e do fim da exigência do diploma para o exercício profissional. 
Essas questões foram muito debatidas e tornaram‐se uma luta política, tendo como 
doutrina o Positivismo, que repudiava a dominação da Igreja em relação ao Estado, 
AULA 43 
 
 6 
pois neste pensamento o homem é considerado o centro do processo. Dessa forma a 
ciência se coloca como grande explicadora da realidade. 
Como resultado dessas lutas travadas e das reformas educacionais realizadas 
no período, houve a desoficialização do ensino visando a sua expansão. O que de 
fato não ocorreu foi a proposta de não obrigatoriedade do diploma para o exercício 
profissional. Nos anos 20, ocorreram uma série de reformas no âmbito educacional, 
reformas estas que preconizavam, dentre outras medidas, a implantação de uma 
“escola primária integral”. Quanto aos outros níveis de ensino, não se propagaram 
muitas ideias que alteravam as instituições do primeiro período republicano. 
Um dos objetivos colocados em questão para o ensino de grau médio seria o 
desenvolvimento do espírito científico, a organização envolvendo múltiplos tipos de 
cursos e integrado com o primário e superior. 
Diante dessa situação, muitos educadores se posicionaram de forma crítica em 
relação à teoria vigente, e no decorrer dos anos 70 tomaram posicionamento contrário 
à educação que estava posta, tendo como apoio teórico a concepção crítico‐
reprodutivista. Além disso, é importante frisar que o projeto pedagógico de Paulo 
Freire também vem ao encontro da superação dessas teorias, assim é necessário 
citar minimamente suas ideias considerando que se contrapunham as correntes 
pedagógicas existentes até então, mesmo que seu pensamento se diferencie em 
grande medida da teoria histórico‐ crítica. 
Mais especificamente, é no ano de 1979 que a discussão em torno da concepção 
histórico‐crítica começa a tomar um rumo mais coletivo, ou seja, a preocupação em 
abordar dialeticamente a educação” deixa de ter um esforço individual e isolado por 
uma “expressão coletiva. Podemos afirmar que, a partir daí, aqueles que se 
preocupavam com a educação e que lutavam por uma teoria crítica da educação 
começaram a contribuir para com essa Pedagogia, que se tornou como coloca seu 
próprio autor, uma construção coletiva. Muitos estudos em torno da Pedagogia 
histórico‐crítica vêm sendo realizados desde então, acerca de seus pressupostos 
filosóficos, teóricos e práticos com o intuito de contribuir para a organização dessa 
teoria pedagógica objetivando que a mesma tenha a possibilidade de se efetivar de 
forma consistente dentro da escola. 
 
 
 7 
 
 
44. A TEORIA PEDAGÓGICA HISTÓRICO‐CRÍTICA 
 
https://pt.slideshare.net/gens/o-papel-do-professor-nas-diferentes-concepes-de-escola-e-educao-escolarPodemos afirmar que a teoria pedagógica histórico‐crítica, desenvolvida por 
Dermeval Saviani, emergiu no contexto de abertura democrática do Brasil após anos 
represado pela Ditadura Militar. Essa corrente pedagógica apresentava a tentativa de 
compreender os limites colocados pela educação vigente, e, além disso, visava 
superar as teorias existentes até então. 
Ao abordarmos a Pedagogia histórico‐crítica, estamos tratando de uma proposta 
pedagógica que tem como compromisso a transformação da sociedade e não sua 
manutenção. Esta possui como concepção o materialismo histórico, assim 
compreende a história com base no desenvolvimento material. De início o nome 
pensado para a nova corrente pedagógica Pedagogia histórico‐ crítica era pedagogia 
dialética, porém esta denominação apresentava diversas conotações, pois existem 
diferentes visões relacionadas a este termo. Assim, a terminologia histórico‐crítica 
seria um sinônimo de pedagogia dialética, e considerada algo desconhecido que 
despertaria o interesse dos ouvintes. 
AULA 44 
 
 8 
Desse modo, ela se colocou como uma pedagogia contra‐hegemônica e 
revolucionária, que visava à transformação social por meio da socialização do 
conhecimento sistematizado, ou seja, a apropriação do conhecimento produzido 
historicamente pela humanidade. Saviani (2003) parte do princípio de que o trabalho 
educativo é o ato que produz no indivíduo a humanidade que é produzida 
coletivamente pelos homens. Dessa forma, pode‐se afirmar que o homem não se faz 
homem sozinho, para isto ele necessita do trabalho educativo, portanto a escola deve 
ser o local de apropriação do saber sistematizado, ou seja, um saber elaborado e não 
espontâneo. 
 
 
 
45. EDUCAÇÃO NA CONSTITUIÇÃO DE 1988 
 
http://slideplayer.com.br/slide/291821/ 
Diz o artigo 205 da Constituição Federal de 1988: " A educação, direito de todos 
e dever do Estado e da família, será promovida e incentivada com a colaboração da 
sociedade, visando ao pleno desenvolvimento da pessoa, seu preparo para o 
exercício da cidadania e sua qualificação para o trabalho". 
Do artigo, podemos chegar a alguns conceitos básicos da educação na 
Constituição: 
AULA 45 
 
 9 
A educação é um direito de todos; 
A educação é dever do Estado 
A educação é dever da família 
A educação deve ser fomentada pela sociedade 
Os objetivos gerais da educação podemos ser também deduzidos partir da 
leitura do referido artigo: 
O pleno desenvolvimento da pessoa 
O preparo da pessoa para o exercício da cidadania 
A qualificação da pessoa para o trabalho 
Comecemos por entender o alcance da educação como direito de todos. A 
educação é a prerrogativa que todas as pessoas possuem de exigir do Estado a 
prática educativa. Como direito de todos, a educação, pois, traduz muito da exigência 
que todo cidadão pode fazer em seu favor. 
A educação como direito de todos aparece, pela primeira vez, na Constituição 
de 1934. O artigo 149 da Constituição de 1934 assim se pronuncia sobre a educação: 
" A educação é direito de todos e deve ser ministrada pela família e pelos 
poderes públicos, cumprindo a estes proporcioná-la a brasileiros e a estrangeiros 
domiciliados no País, de modo que possibilite eficientes fatores da vida moral e 
econômica da Nação, e desenvolver num espírito brasileiro a consciência da 
solidariedade humana". 
O fato novo, na Constituição Federal de 1988, é a colaboração da família, através 
da promoção e do incentivo, no processo educativo. O termo colaboração indica o 
reconhecimento por parte do Estado da enorme tarefa que cabe à sociedade, 
especialmente a civil organizada, na formação dos educandos. Nada impede, 
portanto, que a sociedade civil organizada, representada por associações 
comunitárias, entidades religiosas e organizações não-governamentais, possa, em 
conjunto com o Estado, realizar o trabalho em comum de educar as pessoas. 
No entanto, uma pergunta pode advir: a educação, como direito de todos e dever 
do Estado e da família, refere-se unicamente à formação escolar, que se dá nas 
instituições de ensino? 
 
 
 
 
 10 
 
 
 
46. LEI DE DIRETRIZES E BASES DA EDUCAÇÃO NACIONAL 
 
http://slideplayer.com.br/slide/3672039/ 
A Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional, mencionada pela primeira 
vez na história da educação do País, pela Constituição de 1934, tem por objetivo 
possibilitar aos sistemas de ensino a aplicação dos princípios educacionais constantes 
da Constituição Federal. A LDB é, portanto, uma lei que rege os Sistemas de Ensino 
e sempre que uma nova Constituição é promulgada e redefine as bases da educação 
nacional, faz-se necessário a elaboração de uma nova LDB. 
Com a promulgação da Constituição de 1988, tornaram-se obsoletas as leis de 
diretrizes e bases anteriores (1961; 1968; 1971), pois as demandas de formação e 
escolaridade da população são diferentes. A partir desse fato, no mesmo ano de 1988, 
houve amplo e longo processo de debate em torno das prioridades educacionais a 
constarem em Lei, que acabou resultando na LDB 9394/96, promulgada pelo 
presidente da República em dezembro de 1996. 
A LDB de 1996, ainda que tenha suscitado muita polêmica, pela primeira vez na 
história da educação do Brasil, é uma lei de fundo democrático, revelando as 
contradições e interesses de diversas parcelas da sociedade civil. Baseada no 
AULA 46 
 
 11 
princípio do direito universal à educação para todos, a LDB de 1996 trouxe avanços 
com relação à lei anterior, alguns dos quais estão elencados abaixo: 
 Assunção do conceito de educação básica que integra educação infantil, 
educação fundamental e ensino médio, propiciando a organização de um 
sistema de educação nacional abrangente e universalizado, isto é, capaz de 
garantir a plena escolaridade para toda a população do país; 
 Aumento do número mínimo de dias letivos, implicando maior tempo de 
permanência na escola, fato que permite a melhoria do atendimento 
pedagógico de qualidade; 
 Flexibilização da forma de organização do tempo, reclassificação dos alunos, 
definição do calendário, critérios de promoção e ordenação curricular 
 Inclusão da educação infantil, em creches e pré-escolas, como primeira etapa 
da educação básica, consequência do direito da criança pequena à educação 
e não apenas direito da mulher trabalhadora; 
 Valorização do Ensino profissional e técnico, enfatizando a necessidade de 
uma maior articulação entre estudos teóricos e práticos; 
 Revalorização da formação do Magistério 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 12 
 
 
 
47. CONSTITUIÇÃO FEDERAL DE 1988 E A LEI 9.394/96 
 
http://slideplayer.com.br/slide/3672039/ 
Em benefício da educação, a Constituição Federal, promulgada em 1988, no 
inciso III do artigo 206, estabelece como princípio da educação escolar o pluralismo 
de ideias e de concepções pedagógicas e a coexistência de instituições públicas e 
privadas de ensino. Este mesmo princípio de ensino foi reproduzido e desdobrado em 
incisos próprios, o III e o V do artigo 2º, na Lei 9.394, que estabelece as diretrizes e 
bases da educação nacional, a chamada LDB. 
É importante entendermos, desde logo, que o princípio de coexistência do 
público e do privado assegura ao poder público, como prescreve o artigo 19 da LDB, 
a competência de criar ou incorporar instituições de ensino para atender as demandas 
sociais por um ensino público, obrigatório e gratuito. É o referido princípio que autoriza, 
de outra sorte, pessoas físicas ou jurídicas de direito privado a abrirem escolas em 
qualquer Estado ou município da Federação, ou em um distrito, localidade ou rua de 
qualquer cidade brasileira. 
AULA 47 
 
 13 
Se cogitarmos investimentos sociais, sem a participação das escolas privadas, 
o governo deveria acrescer ao seu orçamento público, pelo menos, R$ 20 bilhões de 
aplicação dos recursos públicos no setor educacional. 
Numa palavra, podemos afirmarque, sem a coexistência de escolas públicas e 
privadas, sem o ensino livre à iniciativa privada, o Brasil seria mais centralizado, 
menos federativo, menos democrático; por sua vez, a educação seria menos social, 
posto que é através deste princípio de ensino que as IE’s, no Estado democrático de 
Direito, superam a contradição capitalista entre o público e o privado. 
 
 
 
48. ESCOLAS LUCRATIVAS E NÃO-LUCRATIVAS 
 
http://slideplayer.com.br/slide/88517/ 
No século XXI, a privatização do ensino é uma questão obsoleta. A coexistência 
institucional, enfim, permite que os entes federativos (União, Estados, Distrito Federal 
e municípios) busquem a alta qualidade de ensino da educação pública e incentivem 
a expansão da educação privada. 
AULA 48 
 
 14 
As escolas públicas e as privadas têm, na vida social, uma busca em comum: o 
bem público. Sem os valores sociais do trabalho e da iniciativa privada, não 
poderíamos afirmar, a rigor, que o Brasil se constitui em Estado democrático de Direito 
(inciso IV, Art. 1º, CF). 
A Constituição Federal de 1988 prescreve, conforme podemos observar à luz 
dos artigos 205, 209 e 213, dois gêneros de escolas: as públicas e as privadas. É 
estabelecido pela Constituição que as escolas privadas se subdividem em duas 
espécies: as lucrativas e as não-lucrativas. 
O artigo 209 da Constituição Federal prescreve, por seu turno, que o ensino é 
livre à iniciativa privada, atendidas as condições de cumprimento das normas gerais 
da educação nacional (inciso I) e autorização e avaliação de qualidade pelo poder 
público (inciso II). 
No tocante ao financiamento da educação nacional, os recursos públicos podem 
ser dirigidos, conforme preceitua o artigo 213 da Constituição Federal, a escolas 
comunitárias, confessionais ou filantrópicas que comprovem finalidade não-lucrativa, 
apliquem seus excedentes financeiros em educação (inciso I) e assegurem a 
destinação de seu patrimônio a outra escola comunitária, filantrópica ou confessional 
– ou ao poder público, no caso de encerramento de suas atividades (inciso II). 
No plano da legislação ordinária, o artigo 20 da LDB, que categoriza as 
chamadas instituições privadas de ensino, entende que as particulares são definidas, 
em sentido estrito, como as escolas instituídas e mantidas por uma ou mais pessoas 
físicas ou jurídicas de direito privado que não apresentem as características das 
demais escolas privadas, isto é, comunitárias, confessionais e filantrópicas. São 
entendidas como confessionais, segundo a LDB, no inciso III do referido artigo, as 
escolas instituídas por grupos de pessoas físicas ou por uma ou mais pessoas 
jurídicas que atendem a orientação confessional e ideologia específicas. As escolas 
filantrópicas são regidas por lei própria. 
As escolas comunitárias, a partir da Lei 11.183, que dá uma nova redação ao 
inciso II do caput do art. 20 da Lei nº 9.396, são consideradas as instituídas por grupos 
de pessoas físicas ou por uma ou mais pessoas jurídicas, inclusive cooperativas de 
pais, professores e alunos, que incluam em sua entidade mantenedora representantes 
da comunidade. Como, então, esta estruturação legal das redes pública e privada 
repercutirá na oferta da educação básica? 
 
 15 
O artigo 21 da LDB determina que a educação escolar compõe-se de dois 
estágios educacionais: o primeiro, o da educação básica, formada pela educação 
infantil, ensino fundamental e ensino médio (inciso I); e o segundo, o da educação 
superior (inciso II). Faz-se necessário, por isso, observarmos como se comportam, na 
educação básica, as duas redes de ensino, a partir dos ditames legais da educação 
básica. De acordo com os dados preliminares do Censo Escolar 2005, realizado pelo 
MEC/Inep, temos, em nível de Brasil, em todas as modalidades de educação básica, 
55.764.359 alunos matriculados. Deste universo, 48.745.170 alunos encontram-se na 
rede pública de ensino, o equivalente a 87,41%. Vale destacar que só a rede municipal 
de ensino público concentra 45,30% das matrículas da educação básica. 
A rede privada de ensino, com 7.019.189 alunos na educação básica, abarca 
12,59% das matrículas, o que, aparentemente, é uma participação pequena, mas 
qualitativamente expressiva, se considerarmos que as categorias administrativas 
(federal, estadual e municipal) são concorrentes, ou seja, no Brasil, não há ainda uma 
rede única de ensino público. A porcentagem de alunos matriculados em todas as 
modalidades da educação básica, na rede privada, varia entre 4,70% e 58,23%, 
dependendo do nível de ensino. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 16 
 
 
 
49. QUANTIDADE E QUALIDADE NO SERVIÇO EDUCACIONAIS 
 
http://slideplayer.com.br/slide/1253906/ 
O princípio da coexistência de instituições públicas e privadas de ensino é, a 
rigor, bem diferente da ideia de independência extrema ou absoluta dessas mesmas 
instituições, o que não quer dizer que não possam concorrer na oferta de educação 
escolar. Uma nova “equação” para a educação, vista como direito social de todos e 
dever do Estado, da Família e da Sociedade como um todo, é – ou deveria ser – a 
seguinte: Educação Escolar = escolas públicas X escolas privadas. Se as escolas 
públicas zeram, no produto final, o fracasso repercute também negativamente no setor 
privado, porque o público e o privado pertencem à mesma sociedade. Da mesma 
forma, se as escolas privadas zeram ou fecham suas portas, há comprometimento 
social: menos vagas para os profissionais de ensino e menos opção para as famílias, 
em se tratando de serviço educacional. Isso só será óbvio quando a sociedade 
política, e não apenas a civil, vir, no setor privado, um segmento com fins sociais ou 
públicos. 
Vamos analisar agora o público e o privado a partir do Censo Escolar 2002, com 
dados já consolidados pelo MEC. 
AULA 49 
 
 17 
· Educação infantil – A LDB concebe a educação infantil como um nível que 
acolhe as creches, ou entidades equivalentes, para crianças de até três anos de idade; 
e a pré-escola, para as crianças de quatro a cinco anos de idade. 
Tomando como referência o Censo Escolar 2002, observamos que, naquele ano, 
estavam matriculadas em creches, na rede privada de ensino, 435.204 crianças, ou 
seja, 37,76% das matrículas, em todo o país. Com relação às matrículas na pré-
escola, a rede privada contava, em 2002, com 1.270.953 crianças matriculadas, o 
equivalente a 25,53% das matrículas nessa área. 
Na pré-escola, que contava, em 2002, com 259.203 professores, as redes 
pública e privada detinham, respectivamente, 66,63% e 33,37% das funções 
docentes, mas apenas 27,40% dos professores possuíam curso superior completo. O 
que se pode notar é que o nível de formação dos docentes que atuam em creches ou 
pré-escolas é majoritariamente médio completo, o que não significa, claro, má 
qualidade de ensino; mas não é, também, um nível de formação desejado para a 
educação de crianças de zero a cinco anos de idade. 
· Ensino fundamental – A participação da rede privada de ensino, segundo o 
Censo Escolar 2002, chegou a 9,20% do número de matrículas no ensino fundamental 
regular. Em números absolutos, a rede privada contava com 3.234.777, de um total 
que chegava a 35.150.362 estudantes matriculados na segunda etapa da educação 
básica. A partir daí, podemos observar o peso que o sistema público de ensino tem 
na cobertura de matrículas no ensino fundamental: são 31.915.585 alunos 
matriculados nas escolas públicas, o equivalente a 90,80% das matrículas nesse nível 
de ensino. Os municípios e os Estados, com predominância dos primeiros, são, na 
verdade, os grandes concentradores de matrículas. Juntos, chegam a 31.889.167 
estudantes inscritos no ensino fundamental, perfazendo, assim, 90,72% das 
matrículas. 
Se tomarmos como parâmetro de qualidade os resultados do Saeb em 2001, 
observaremos as seguintes condições de oferta deste nível de ensino nasescolas 
públicas e privadas: (a) A rede pública apresentava, naquele ano, 98% de estudantes 
com desempenho muito crítico em língua portuguesa (leitura) e matemática na 4ª série 
do ensino fundamental. Para se ter uma ideia da gravidade de um estágio crítico de 
desempenho em leitura, isto equivale a dizer que os estudantes não foram 
alfabetizados adequadamente. Considerando a matemática, isto significa que eles 
 
 18 
não identificam uma operação de soma ou subtração envolvida no problema ou não 
sabem o significado geométrico de figuras simples; e (b) as escolas privadas 
possuíam o nível de desempenho adequado de 43,5% contra 30,0% da rede municipal 
e 25,9% da rede estadual de ensino. 
· Ensino médio – Com 8.710.584 matrículas neste nível de ensino, o Censo 
Escolar 2002 apontava a rede privada de ensino como a detentora de 1.122.900 
matrículas, o equivalente a 12,89%, com cobertura maior do que a das escolas 
públicas federais e municipais que, respectivamente, têm 0,9% e 2,41% das 
matrículas neste nível de ensino, mas quantitativamente aquém das 7.297.179 
matrículas na rede estadual de ensino, que, naquele ano, era responsável por 83,77% 
das matrículas no ensino médio, especialmente na área urbana. 
Claramente, observamos que as desigualdades sociais se refletem nas 
diferenças educacionais, o que compromete o princípio de equidade de uma 
sociedade dita plural e democrática. 
· Educação especial – A LDB consagrou, nos seus artigos 58 a 60, para a 
educação especial, importante modalidade para atender ao inciso III do artigo 208 da 
Constituição Federal e ao artigo 4º da LDB, que retirou a expressão “portadores de 
deficiência”, que aparece na versão federal de 1988, e a atualizou, registrando 
“educando com necessidades especiais”. No Censo Escolar 2002, de um total de 
337.897 matrículas de alunos portadores de necessidades educacionais especiais, a 
rede privada de ensino detém 203.293 alunos, ou seja, sua cobertura chega a 60,16% 
das matrículas. A participação das redes federal e municipal de ensino, juntas, chega 
a apenas 22,95%. Em se tratando de escola inclusiva, as escolas privadas garantiram 
a oferta da educação especial para pais com filhos com necessidades educacionais 
de ordem visual, auditiva, física, mental, múltipla, bem como àqueles com altas 
habilidades e superdotados e aos portadores de condutas típicas. Através da oferta 
da educação especial, os sistemas de ensino, orientados pelo artigo 59 da LDB, estão 
atentos a currículos, métodos, técnicas, recursos educativos e organização específica, 
e buscam professores especializados nessa modalidade, para atender, com equidade, 
às necessidades dos alunos especiais. 
 
 
 
 
 19 
 
 
 
50. O LEGADO EDUCACIONAL AO LONGO DO SECULO XX: ABORDAGEM 
HISTÓRICA. 
 
https://brunopina1983.blogspot.com.br/2016/07/olimpiada-rio-200016-sem-legado.html 
A educação no Brasil é organiza em fases históricas, se constituindo em: a) 
Educação pública religiosa (Séc. 16 e 17); b) Educação pública Estatal (Séc. 18); c) 
Educação pública Nacional (Séc. 19); Educação pública Democrática (Séc. 20 aos 
nossos dias). 
 Quanto aos sentidos atribuídos ao “longo” séc. XX Savini apresenta duas 
concepções distintas, mas que produzem efeitos ao pensar afinal o que foi o Séc. XX 
seja em aspectos políticos, históricos e econômicos. A primeira é de Hobsbawm, em 
que o Séc. XX resulta como “’breve” século de apenas três momentos específicos: a) 
era das catástrofes; b) era do ouro; c) a era do desmoronamento. Já, ao contrário das 
transformações fundantes, instauras no/pelo Séc. XIX, sendo que este teve três 
grandes momentos: a) a era das revoluções, a era do capital e a era dos impérios. 
AULA 50 
 
 20 
 Na tentativa de periodizar a educação brasileira, Saviani aponta para o parâmetro 
político, que em nossa história sempre fora de cunho econômico, mesmo que isso soe 
como determinista. Este, por sua vez, dividido em três: a) Colonial; b) Imperial; c) 
República. Assim, respectivamente, no primeiro o Brasil se constitui como país agrário 
exportador dependente; no segundo nacional desenvolvimentista de industrialização 
(substituição à importação); e no terceiro com a internacionalização do mercado 
interno. Destarte, retomando a nossa história, é com a chegada dos jesuítas que (1549 
a 1759) se instaura “a história” da educação brasileira, em que esses funcionários do 
Estado de Portugal, são fundamentais na propagação missionário do catolicismo, 
como forma de “civilizar” os indígenas e propagar seu poder sob a colônia. 
 Com a vinda de Marquês de Pombal (que expulsa os jesuítas), se reconfiguram 
as reformas pombalinas (1759-1827) com aulas régias e se ensaia a instituição da 
escola pública Estatal. Inspiração nas ideias iluministas se fortalece o sentido de 
laicidade de Estado, pelo menos em termos de regulamentação. Contudo, era de 
responsabilidade dos professores as condições materiais (aulas em suas próprias 
casas e recursos pedagógicos próprios). No decorrer histórico, com a independência 
política do Brasil (1822), o Ato Adicional de 1834 (responsabilidade da educação 
primária às províncias), se propicia consolidar o Advento da República, como forma 
do poder público assumir integralmente as escolas. De tal modo, com a organização 
paulista dos grupos escolares, estes serviram de modelo e orientação a todo país 
(história da escola pública propriamente dita). 
 Em 1930, após a Revolução de 30, cria-se o Ministério da Educação e Saúde 
Pública, sendo aí que a educação passou a ser reconhecida como de 
responsabilidade nacional. Um ponto importante aqui é a formação de professores, 
que até então, dava-se em Escolas de Cursos Normais (pois, o próprio enfoque era a 
demanda do ensino primário), que com a necessidade de formação para o ensino 
secundário, sentiu-se a necessidade de criação da Faculdade de Educação, Ciências 
e Letras (funções culturais, mas eminentemente utilitário e prático). 
 Contextualizando esse período, os tempos de efervescência política e cultural 
que o país passa, desde o Manifesto dos Pioneiros (a favor da Escola Nova) e as 
implicações no âmbito de inovações pedagógicas; a Constituição de 34 e a criação do 
Plano Nacional de Educação (PNE); as leis orgânicas de ensino prevista na Reforma 
Capanema; o Estado Novo de Getúlio Vargas e a Constituição de 1946, que 
 
 21 
determinou à criação da primeira Lei de Diretrizes e Bases da Educação (LDB 
4024/61), só efetivada em 1961. Esta, sob o comando do golpe civil militar de 1964 
(interesses empresariais em alta) sofre alterações (Lei 5692/71) com a 
profissionalização compulsória do ensino médio (readaptação tecnicista), que já em 
1972 abandona o sentido compulsório. Um legado interessante da política desse 
período foi a institucionalização e implantação dos programas de pós-graduação, que 
é claro, na época, estava contundentemente ligada a racionalidade e produtividade do 
capital humano. 
 Com o fim da ditadura militar (aproximadamente 1985), o país em consonância 
ao seu processo de redemocratização, em 1988 cria a nova Constituição (até nossos 
dias), tendo a Democracia do Estado Democrático, como princípio elementar. No 
campo educacional, cria-se a LDB 9394/96, que tem na sua configuração a gestão 
educacional e escolar democráticas. 
 
ATIVIDADES DE FIXAÇÃO 
Questão 01 
De acordo com a Constituição Federal, art. 208, NÃO se pode afirmar que: “o dever 
do Estado com a educação será efetivado mediante a garantia de...” 
a) oferta de ensino noturno regular, adequado às condições do educando. 
b) progressiva extensão da obrigatoriedade e gratuidade ao ensino médio. 
c) ensino fundamental, obrigatório e gratuito, excluindo os que não tiveram acesso na 
idade própria. 
d) acesso aos níveis mais elevados do ensino, da pesquisa e da criação artística, 
segundo a capacidade de cada um.Questão 02 
A Constituição Federal de 1988, em seu art. 210, explicita que serão fixados 
_____________ para o ensino fundamental, de maneira a assegurar formação básica 
comum e respeito aos valores culturais e artísticos, nacionais e regionais. 
Assinale a alternativa que completa corretamente a lacuna do enunciado. 
a) conteúdos mínimos 
b) conteúdos gerais 
 
 22 
c) conteúdos máximos 
d) programas específicos 
e) planos curriculares. 
 
Questão 03 
A Constituição Federal de 1988 traz grandes conquistas no campo educativo e, por 
meio das Emendas Constitucionais, outras conquistas foram, paulatinamente, sendo 
asseguradas. Assim, ao definir o dever do Estado para com a educação e as 
responsabilidades dos entes federados determina que 
a) os Municípios atuarão prioritariamente no ensino fundamental e na educação 
infantil. 
b) a educação básica é obrigatória e gratuita dos 6 (seis) aos 14 (quatorze) anos de 
idade. 
c) a educação infantil deve ser oferecida, em creche e pré-escola, às crianças de até 
7 (sete) anos de idade. 
d) a progressiva universalização do ensino superior gratuito seja garantida a todos os 
cidadãos. 
e) o atendimento educacional especializado aos portadores de deficiência deve existir 
preferencialmente em escolas especiais. 
 
Questão 04 
A Constituição Federal brasileira, em seu Art. 208, expressa que a educação básica é 
obrigatória e gratuita para pessoas com a idade de 
a) 1 a 15 anos. 
b) 1 a 16 anos. 
c) 2 a 16 anos. 
d) 3 a 17 anos. 
e) 4 a 17 anos 
 
Questão 05 
Leia o texto a seguir e assinale a alternativa que contém as palavras que completam, 
correta e respectivamente, suas lacunas. 
 
 23 
A Constituição Federal estabelece a educação como um direito de todos e dever do 
Estado e da __________, sendo promovida e incentivada com a colaboração 
____________. 
Assinale a alternativa que completa, correta e respectivamente, as lacunas. 
a) família ... da igreja 
b) família ... da sociedade 
c) igreja ... da sociedade 
d) igreja ... das empresas 
e) sociedade ... das ONGs 
 
Questão 06 
A Constituição Federal de 1988 estabelece que a educação, direito de todos e dever 
do Estado e da família, será promovida e incentivada com a colaboração da 
sociedade, visando ao pleno desenvolvimento da pessoa, seu preparo para o 
exercício da cidadania e sua qualificação para o trabalho. Nesse sentido, segundo o 
artigo 208, é correto afirmar que o dever do Estado com a educação será efetivado 
mediante a garantia de 
a) educação básica obrigatória e gratuita dos 6 (seis) aos 14 (quatorze) anos de idade. 
b) educação infantil, em creche e pré-escola, às crianças de até 6 (seis) anos de idade. 
c) vaga em escola mais próxima de sua residência a toda criança, a partir do dia em 
que completar 4 (quatro) anos de idade. 
d) educação básica obrigatória e gratuita dos 4 (quatro) aos 17 (dezessete) anos de 
idade. 
e) atendimento educacional especializado aos portadores de deficiência, 
preferencialmente em escolas especiais. 
 
Questão 07 
A aluna especial Nicole, de 6 anos, não conseguiu vaga em um colégio de Palmase 
agora passa o dia em casa. A menina tem Síndrome de Down e foi impedida de ficar 
na sala de aula porque não havia um profissional especializado. [...] 
A mãe dela, Poliana Pereira Lemes, conta que a menina estava ansiosa para 
recomeçar as aulas, só que logo no primeiro dia elas foram surpreendidas com a má 
notícia. 
 
 24 
“A matrícula da minha filha foi feita normalmente. O nome dela estava na lista dos 
alunos, mas quando ela foi entrar na sala, a professora disse que não podia recebê-
la porque não tinha nenhuma pessoa para acompanhá-la. Ela disse que foram 
fechadas 28 salas de recursos em Palmas, então não poderia atendê-la”, explica. 
Ao comentar com um colega a situação relatada no fragmento da notícia, um professor 
de educação física afirma que, de acordo com o previsto na Constituição Federal de 
88, a escola 
a) agiu de maneira correta por não ter um profissional com formação e experiência 
adequadas para atendera criança. 
b) deveria propor à mãe contratar, por sua conta, um profissional que pudesse dar 
suporte à criança na escola. 
c) deveria orientar a mãe a procurar por uma escola especial que pudesse atender a 
criança em suas necessidades. 
d) deixou de cumprir o princípio constitucional que garante igualdade de condições 
para acesso e permanência na escola. 
e) deveria ter um espaço no qual a criança pudesse ficar brincando, durante o seu 
período de aulas.

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