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Métodos Descritivos Objetivo: descrever propriedades sensoriais dos produtos e medir a intensidade percebida dessas propriedades (qualitativo e quantitativo) Escrevem e quantificam a intensidade dos atributos sensoriais do produto. Possuem 2 aspectos: 1- aspecto qualitativo: descrição das percepções associadas ao produto avaliado. Desenvolvimento de lista de termos verbais (descritores) que descrevem o produto avaliado e ajudam a definir um perfil sensorial: Aparência: Cor: tonalidade, uniformidade Textura visual: brilhante, lisa/ grosseira, aveludada Tamanho e fórmula: de menção e geometria, fibroso, granuloso. Interações entre pedaços ou partículas: aglomerados, solto. Aroma: vanila, frutoso, floral e etc Sabor: Sensações olfatórias: vanilla, Frutuoso, floral etc Sensações de gosto: doce, amargo, ácido, Salgado, umami. Sensações bucais: adstringente, metálico Textura: Propriedades mecânicas/reação do produto à força: dureza, elasticidade, viscosidade (fino/ralado, espesso), fraturabilidade (quebradiço), adesividade. Propriedade geométricas: relacionadas com o tamanho e orientação das partículas no alimento: fibroso, granulado, arenoso, floculento, cremoso. Propriedades relacionadas com a presença e liberação de gordura, óleo ou umidade no produto: suculência, oleosidade 2- aspecto quantitativo: quantificação da intensidade com que cada atributo sensorial é percebido no alimento avaliado. Provador avalia, por meio de escala, o grau de intensidade com que cada atributo está presente no alimento. Provadores devem ser treinados a usarem a escala de forma consciente com relação à equipe sensorial e às amostras durante todo o período de avaliação Metodologias Clássicas: Equipe treinada; respostas com elevado grau de precisão Perfil de Sabor: Desenvolvida por Arthur D. Little em 1940 Atributos: aroma e sabor Perfil de Textura: Desenvolvida em 1970 pelo Grupo da General Foods Corporation Análise Descritiva Quantitativa: Desenvolvida por Stone e colaboradores em 1974 Perfil completo do produto Perfil Livre: Desenvolvida em 1984 por Williams e Arnold Cada membro da equipe procede à avaliação dos produtos segundo a sua própria terminologia descritiva, atribuindo valores de intensidade de acordo com seus próprios padrões de referência Foi a primeira proposta descritiva que possibilitou a obtenção do perfil sensorial dos alimentos de forma mais rápida, reduzindo custos Análise de resultado: técnica multivariada Análise de Procrutes Generalizada (APG), a qual trabalha com matrizes de tamanhos diferentes Pouco utilizada Spectrum: Proposta por Gail Vance Civille na década de 1970 Escala não varia somente em intensidade (fraco/forte), mas de um estímulo a outro (doce/salgado) Detalhes em Meilgaard et al. (2006) Análise Tempo-Intensidade: Técnica proposta por Holway e Hurvich em 1937 As percepções sensoriais da intensidade dos atributos nos alimentos são avaliadas de acordo com o tempo que o alimento permanece na boca antes da deglutição, além das sensações produzidas após a deglutição Perfil Convencional: O protocolo utilizado para recrutar, selecionar e treinar os julgadores é variável O tamanho da escala de intensidade pode apresentar diferentes tamanhos (5 a 15 pontos) Metodologias alternativas: Visa reduzir o custo e o tempo para obtenção da descrição sensorial dos alimentos Reduzem a fase de treinamento dos avaliadores, utilizando equipes semitreinadas Análise Descritiva por Ordenação: Foi proposta por Richter (2006). Uma técnica que descreve as sensações percebidas no produto e ordena as amostras de acordo com a intensidade de cada atributo. Esta metodologia apresenta menor flexibilidade para o provador, que diante da ordenação tem que, necessariamente, separar as amostras, mesmo que estas apresentem intensidades semelhantes em relação a um atributo sensorial. Neste caso, as semelhanças entre as amostras relativas ao perfil sensorial serão observadas na análise dos resultados, mas durante as avaliações a ordenação de produtos semelhantes pode confundir o provador. Apesar de apresentar essa desvantagem, ADO é uma técnica descritiva simples e rápida, que permite pontuar as amostras de acordo com cada atributo (RICHTER, 2006). Perfil Descritivo Otimizado: Proposto com o objetivo de atender a demanda por métodos descritivos rápidos e, ao mesmo tempo, fornecer informações quantitativas sobre os atributos sensoriais presentes em produtos alimentícios Visa a caracterização quantitativa dos atributos sensoriais, permitindo a análise e estabilidade, controle de qualidade, otimização de formulações e correlações entre medidas sensoriais e instrumentais Metodologias rápidas: abordagem com consumidores Utilização de consumidores para fornecer o perfil sensorial de produtos. Visa reduzir o tempo do teste descritivo e, ainda, captar informações adicionais, como satisfação, preferência, aceitabilidade e intenção de compra. Free Sorting Task (FST): Consiste na classificação de produtos 124 através de grupos, baseando-se nas diferenças ou nas semelhanças da amostra em análise. As amostras são apresentadas 127 para os avaliadores de modo simultâneo e dispostas sobre a mesa em ordem aleatória. Os participantes do teste são convocados para olhar, cheirar e ou provar todos os produtos. Perfil Flash: combinação do método clássico Perfil Livre (PL) e do método rápido Análise 217 Descritiva por Ordenação (ADO) os consumidores sem nenhum tipo 218 de treinamento são responsáveis por fazer o levantamento dos atributos sensoriais que julgam pertinentes para a discriminação do teste Napping: Ultra Flash: Check-all-that-apply (CATA): baseada na percepção dos consumidores consiste em apresentar aos consumidores uma lista pré-definida de termos, fazendo com que os participantes selecionem os atributos que consideram aplicáveis para descrever o produto em análise a técnica pode ser empregada como um dado adicional para maximizar a aceitação de produtos Análise Descritiva Quantitativa Principal método descritivo. Avalia todos os atributos sensoriais presentes no produto: aparência, aroma, sabor e textura. ADQ é qualitativa e quantitativa. Geralmente é utilizada a escala não estruturada de 9 a 15 cm, ancorada nos extremos com palavras que indicam a intensidade do atributo: Vantagem é que tem notas mais exatas, com vírgula (ex: 6,5; 3,1 ...) ETAPAS DA ADQ 1ª etapa: seleção dos avaliadores Equipe deve ser composta por 10 a 12 provadores finais. Deve se iniciar com o número de candidatos 3 vezes maior (30 a 36). Se não há muito tempo para realizar um treinamento ideal, pode se trabalhar com a equipe de até 15 provadores Leva meses Recrutamento dos provadores: da própria empresa da vizinhança da empresa recrutados por anúncio em jornal local, ou junto à associação de bairro, igrejas. Provador deve ser informado sobre: Objetivos do teste. Tempo necessário para a seleção treinamento e testes (geralmente meses) Número de reuniões e seções semanais. Necessidade de seleção e treinamento Geralmente é aplicado questionário para avaliar: Disponibilidade. Se é consumidor potencial do produto ou se possui a versão pelo produto (se o provador não gosta daquele produto, ele não vai conseguir fazer o teste, já que é uma análise mto repetitiva). Saúde, evitar pessoas com diabetes, alergias. Se possui habilidade em verbalizar as sensações e trabalhar em grupo. Seleção inicial dos avaliadores: Seleção inicial para identificar se o provadorpercebe diferenças e se sabe utilizar escalas. Utilizam-se testes discriminativos, exemplo teste triangular. Para o teste triangular selecionam se os provadores que identificaram corretamente no mínimo 60% das amostras se a diferença é bastante visível, ou no mínimo 40% se a diferença é pequena Teste de reconhecimento de gostos básicos e de odores. Teste para treinamento e uso de escala não estruturada 2ª etapa: Desenvolvimento da terminologia/descritores Provadores avaliam sensorialmente produto e verbalizam as sensações percebidas, de forma individual. Depois, as discutem em grupo com a ajuda do líder da equipe. Objetivo é o levantamento de descritores que caracterizem o produto, aqueles termos que representam as percepções dos provadores daquele produto Provadores devem ser encorajados a utilizar suas próprios termos para descreverem as amostras Não encorajar o provador a utilizar termos ou classificações anteriormente memorizadas. 2 métodos podem ser utilizados para a avaliação individual: Método tradicional: Produto é oferecido a cada provador, em cabines individualizadas do laboratório de sensorial, solicitando que ele faça uma lista completa dos atributos sensoriais que caracterizam produto. Se houver mais de uma mostra para avaliação cada amostra é apresentada de forma monástica, não há comparação direta entre as amostras. Método de rede ou grid: Amostras são apresentadas ao provador, em cabines individualizadas do laboratório de sensorial, e ações solicitado que ele as avalia aos pares (avaliar 2 a 2). Para cada par de amostras, o provador deve listar as similaridades e diferenças entre elas. Por exemplo: para as formulações de salsichas, provador deve provar amostras aos pares: A x B, Bx C e A x C. Teste demorado Na sequência tanto do método tradicional quanto do de rede, os provadores se reúnem e sob a supervisão de um líder: Anotam escutem os termos gerados por cada um, o líder vai anotando todos os termos utilizados pelos provadores. Termos que descrevem uma mesma percepção devem ser agrupados em um só do escritor, exemplo madeira e envelhecido. Termos antônimos, que significam extremos de identidade de uma mesma característica sensorial, também devem ser agrupados, exemplo turbo e transparente, brilho e opaco Termos percebidos por pouco os provadores podem ser excluídos se houver consenso com a equipe. Provadores, com auxílio do líder, devem: Definir por escrito cada termo gerado. Provadores devem sugerir materiais de referência. Podem ser: Ingredientes. Produtos alimentícios. Compostos químicos. Materiais de referência: Ajudam a reconhecer as características sensoriais do produto. Ajudam a calibrar as escalas, ou seja, homogeneizar a codificação das características. Podem ser utilizadas referências externas ao produto ou o próprio produto, adicionado de certas substâncias para aumentar a intensidade da aquela característica. Exemplo: O padrão de Arenosidade em leite condensado pode ser aumentada pela adição de açúcar. Materiais de referência e definições conferem consenso entre provadores com relação aos atributos avaliados, minimizam confusão entre os provadores. São necessárias várias e sessões de avaliação parece obter consenso da equipe quanto aos: Termos descritivos que serão utilizados. Definições de cada termo. Materiais de referência Definições dos termos e referências. Aroma alcoólico: aroma característico de solução aquosa de etanol. Referência: Pouco - solução aquosa de etanol a 5% Muito - solução aquosa de etanol a 20%. Meu padrão de muito não pode estar muito distante do que tem na amostra, se não o provador nunca vai usar o extremo da escala -> definido em várias sessões Desenvolvimento da Ficha Descritiva Todos os termos gerados, definidos e associados a referência são agrupados em uma ficha de avaliação. Para cada termo, associasse uma escala de intensidade ancorada nos extremos esquerdo e direito, em termos que indica menor e maior intensidade, respectivamente Ex: ficha descritiva para vinho 3ª etapa: Treinamento dos provadores Durante várias semanas, provadores voltam ao laboratório para: Lerem as definições dos termos. Avaliarem as referências. Avaliarem as amostras, utilizando a ficha descritiva consensualmente desenvolvida. Provador vai ter que memorizar, criar uma memória das percepções do que seria muito e pouco para cada atributo, com isso ele consegue avaliar o produto com mais desenvoltura. Etapa mais longa São necessárias várias sessões de avaliação para se obter senso da equipe. Quando acaba -> quando o líder achar que provadores apresentam suficiente entendimento, poder discriminativo e consenso com relação ao uso de ficha descritiva, é realizado um teste de seleção de provadores (2ª seleção quanto as amostras testadas, de acordo com os descritores definidos) 4ª etapa: Seleção dos provadores Faz-se teste sensorial: todos os provadores pra vão as amostras em três repetições, utilizando a ficha de avaliação descritiva. Uma ANOVA é feito para cada provador, para cada tributo Essa etapa da ADQ busca verificar se realmente op provador: Possui poder discriminativo com relação aos atributos avaliados Possui reprodutividade Concordância/consenso com a equipe sensorial Condições do teste: Laboratório: cabines individualizadas, com controle das condições ambientais. Apresentação das amostras: De forma homogênea Servir as amostras em todas as combinações possíveis de acordo com o balanceamento Se não há consenso: retirar provadores Se provador não tem vom poder discriminativo entre amostras e entre repetições: retreinar, e caso problema persista, pode-se excluir provador. 5ª etapa: Teste Final Realização dos testes finais, com pelo 2 repetições das amostras para cada provador. Análise dos resultados: uma ANOVA para cada do descritor sensorial. Não realizar ANOVA pra cada provador e sim para cada descritor Como fazer: 1- medir com uma régua as notas dadas em cada escala não estruturada, para cada tributo e provador. 2- montar anexam a tabela seguir, para cada atributo Elaborar “gráfico aranha” ou radar, ex: A fonte de variação “Interação – Amostra vs Provador” diz o quanto estão em consenso está a equipe As principais da metodologia ADQ são: 1) a escolha dos atributos a serem avaliados e a adaptação dos avaliadores com os produtos; 2) a definição, em concordância com toda a equipe de avaliadores, dos termos descritores e das referências que servirão como padrões de intensidade para cada atributo 3) a análise das amostras utilizando, normalmente, uma escala não estruturada para quantificação da intensidade dos atributos sensoriais
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