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4 NPJ - ANULAÇÃO DE NEGÓCIO JURÍDICO

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Ao juízo de direito da 2º vara da fazenda pública da comarca de Boa vista-RR. 
Número do Processo: 100.03.2019.0010. 
JUVENAL PATRÍCO ANTUNES Já qualificado na AÇÃO DE ANULAÇÃO DE 
NEGÓCIO JURÍDICO CUMULADA COM PERDAS E DANOS E COM 
REPARAÇÃO DE DANOS MORAIS que lhe move TERCILO MENDES vem por 
meio de seu procurador oferecer CONTESTAÇÃO aos termos da referida ação 
em face dos seguintes fatos e fundamentos: 
1. PRELIMINARES DA CONSTESTAÇÃO 
1.1 IMPUGNAÇÃO DO VALOR DA CAUSA 
 Os demandantes atribuíram à causa a soma incorreta de R$ 355.050,00, 
quando é sabido que a Lei 13105/15(artigo.292, inciso VI do Código de Processo 
Civil) determina que nos casos de cumulação de ações o valor atribuído deve 
ser igual à soma dos valores de todas elas, o que no presente caso deve ser de 
R$ 356.500,00. 
O Art. 292, inciso IV do código de processo assim preconiza: 
O valor da causa constará da petição inicial ou da 
reconvenção e será: 
VI - Na ação em que há cumulação de pedidos, a quantia 
correspondente à soma dos valores de todos eles; 
(...). 
Sendo assim, peço a este juízo que se digne a receber a preliminar de 
incorreção do valor da causa, ouvindo o autor em 15 dias e, ao final, seja 
determinado por Vossa Excelência o valor correto da causa, sob pena de 
indeferimento da petição inicial e extinção sem resolução do mérito do 
processo, por força dos artigos 321, parágrafo único e 485, inciso I do Código 
de Processo Civil, como segue: 
O juiz, ao verificar que a petição inicial não preenche os 
requisitos dos arts. 319 e 320 ou que apresenta defeitos e 
irregularidades capazes de dificultar o julgamento de 
mérito, determinará que o autor, no prazo de 15 (quinze) 
dias, a emende ou a complete, indicando com precisão o 
que deve ser corrigido ou completado. 
Parágrafo único: Se o autor não cumprir a diligência, o juiz 
indeferirá a petição inicial. 
 
Também o art. 485, inciso I do Código de Processo Civil assim 
determina: 
O juiz não resolverá o mérito quando: 
I - indeferir a petição inicial. 
 
 
1.2 INÉPCIA DA PETIÇÃO INCIAL 
 Os demandantes pedem lucros cessantes e danos morais na inicial. 
Todavia, eles não mencionam artigos que fundamentem a possibilidade desses 
pedidos. Logo, não há causa para pedir os lucros cessantes e danos morais. 
 Ademais, a ação tem o objetivo de anular o negócio jurídico; contudo, 
não é feito esse pedido na peça inicial do demandante; logo, não há pedido. 
Em face da inépcia da petição inicial, peço, nos termos do artigo 330, 
inciso I, parágrafo 1º, do Código de Processo Civil, bem como do artigo 337 do 
mesmo Diploma legal, o indeferimento dos lucros cessantes, dos danos morais 
e do pedido de anulação do negócio jurídico. Em consequência, a decretação da 
extinção total do processo sem resolução de mérito por força do artigo 485, inciso 
I do Código de Processo Civil. 
 Trago, em amparo, transcrição do referido artigo (art. 330, inciso I 
parágrafo 1°, inciso I do Código de Processo Civil): 
A petição inicial será indeferida quando: 
 I - For inepta 
§1°- Considera-se inepta a petição inicial quando: 
I - Lhe faltar pedido ou causa de pedir. 
E também do art. 337, inciso IV do Código de Processo Civil: 
Incumbe ao réu, antes de discutir o mérito, alegar 
IV - Inépcia da petição inicial. 
Segundo artigo 485, inciso I do Código de Processo Civil: 
O juiz não resolverá o mérito quando 
 I - indeferir a petição inicial 
. 
 
1.3 ASSISTÊNCIA DA JUSTIÇA GRATUITA 
 Na petição inicial é pedido assistência da justiça gratuita; todavia, não é 
cabível, pois os demandantes são, respectivamente, funcionário público e 
banqueira. Logo, eles possuem estabilidade financeira, como afirmam em sua 
peça inicial. 
 Tendo em vista que o demandante possui plenas condições de arcar com 
todas as despesas do processo e honorários, peço a este juízo que, nos termos 
do art. 337, XIII do Código de Processo Civil, se digne a denegar a concessão 
da assistência judiciaria gratuita pleiteada pelos demandantes, conforme 
apresentado a seguir: 
O art. 337, inciso XIII do Código de Processo Civil preceitua: 
Incumbe ao réu, antes de discutir o mérito, alegar. 
XIII - indevida concessão do benefício de gratuidade de 
justiça. 
 
2. MÉRITO 
2.1 PRELIMINARES 
2.1.1 DECADÊNCIA 
É evidente que a petição dos promoventes está prescrita, tendo em vista 
que o negócio jurídico foi firmado no dia 5 de abril de 2015 e a ação só foi iniciada 
em 15 de agosto de 2019; logo, se passaram mais de 4 anos, o que evidencia a 
prescrição do pedido de anulação do negócio jurídico, segundo o artigo 178, 
inciso II do Código Civil. Em amparo: 
Artigo 178, inciso II do Código Civil: 
É de quatro anos o prazo de decadência para pleitear-se a 
anulação do negócio jurídico, contado: 
II - No de erro, dolo, fraude contra credores, estado de 
perigo ou lesão, do dia em que se realizou o negócio 
jurídico 
Em face da prescrição da petição inicial, peço, nos termos do artigo 178, 
incisos II código Civil, e seguindo a ordem do artigo 485, inciso II do Código de 
Processo Civil pugno pela resolução antecipada do mérito. 
O artigo 487, inciso I do código civil diz: 
Haverá resolução de mérito quando o juiz: 
I -Acolher ou rejeitar o pedido formulado na ação ou na 
reconvenção 
2.2 PERDAS E DANOS 
 É bem verdade que os promoventes não conseguiram terminar o projeto 
(galpão comercial) devido à diminuição área; todavia, como estes afirmam em 
sua petição, o promovente irá ressarcir a diferença, como já foi decido no 
processo administrativo. Além disso, embora o promovente tenha uma área 
menor, e como irá ressarcir o dano, não é cabível esta ação, conforme 
explicitado no artigo 235 do Código Civil. 
Deteriorada a coisa, não sendo o devedor culpado, poderá 
o credor resolver a obrigação, ou aceitar a coisa, abatido 
de seu preço o valor que perdeu. 
Percebe-se que o autor age com má-fé, tendo vista que almeja anular o 
negócio jurídico e ainda auferir o ressarcimento, o que vai contra o artigo 
supramencionado. 
 
2.3 DANOS MORAIS 
 
O dano moral foi claramente arbitrado pelos promoventes, uma vez que a 
jurisprudência atual preconiza, em média o valor de R$ 3.000,00 (Três mil reais) 
e eles pediram R$ 20.000,00 (vinte mil reais); logo, é claro que estão indo contra 
o que o juízo pensa sobre o valor. 
Ademais a jurisprudência já decidiu desta forma sobre os danos morais: 
ACORDÃO 
CERTIFICADO DIGITALMENTE POR: 
SUZAQNA MASSAKO HIRAMA 
LORETO DE OLIVEIRA 12ª CÂMARA 
CÍVEL – APELAÇÃO CÍVEL Nº 
1.488.925-7 DA VARA CÍVEL DA 
COMARCA DE GUARANIAÇU 
APELANTE 01: BELA IMAGEM 
STUDIOS FOTOGRÁFICOS LTDA. 
EPP. APELANTE 02: 
MERCADOMÓVEIS LTDA. APELANTE 
03: IZABEL ALVES DOS SANTOS, 
ROSANGELA LOPES BUENO, SIDNEI 
ERNESTO TONIAL E JUREMA 
SOARES CHAVIER APELADOS: OS 
MESMOS RELATOR: SUZANA 
MASSAKO HIRAMA LORETO DE 
OLIVEIRA, EM SUBSTITUIÇÃO AO 
DESEMBARGADOR MÁRIO HELTON 
JORGE. AÇÃO ANULATÓRIA DE 
NÉGOCIO JURÍDICO CUMULADA 
COM PEDIDO DE RESTITUIÇÃO DOS 
VALORES PAGOS E INDENIZAÇÃO 
EM DANOS MORAIS JULGADA 
PROCEDENTE- CARACTERIZADO- 
QUANTUM FIXADO PELO JUIZO A 
QUO DOS JUROS E CORREÇÃO 
MONETÁRIA ARBITRAMENTO – 
DEVER DE SOLIDARIEDADE ENTRE 
TODA A CADEIA DE 
FORNECEDORES DE PRODUTOS E 
PRESTADORES DE SERVIÇOS – 
RECURSOS DE APELAÇÃO – 
RECURSO 1, 2 CONHECIDOS E 
PARCIALMENTE PROVIDOS – 
RECURSO 3 CONHECIDO E 
DESPROVIDO. 
 
3. CONCLUSÃO 
3.1 DIANTE DAS PRELIMINARES SUCITADAS PEÇO: 
 
 3.1.1 IMPUGNAÇÃO AO VALOR DA CAUSA 
Sendo assim, peço a este juízo que se digne a receber a preliminar de 
incorreção do valor da causa, ouvindo o autor em 15 dias e, ao final, que Vossa 
Excelência fixe o valor correto da causa, sob pena de indeferir a petição inicial 
e extinção sem resolução do mérito do processo, por força dos artigos 321, 
parágrafo único e 485, inciso I do Código de Processo Civil.3.1.2 INÉPCIA DA PETIÇÃO INCIAL 
Em face da inépcia da petição inicial, peço, nos termos do artigo 330, 
inciso I, parágrafo 1º do Código de Processo Civil e do artigo 337 do mesmo 
Código pelo indeferimento dos lucros cessantes, dos danos morais e do pedido 
de anulação do negócio jurídico. Em consequência, a decretação da extinção 
total do processo sem resolução de mérito, por força do artigo 485, inciso I do 
Código de Processo Civil. 
3.1.3 ASSISTENCIA DA JUSTIÇA GRATUITA 
 Tendo em vista que o demandante possui plenas condições de arcar com 
todas as despesas do processo e honorários, peço a este juízo que, nos termos 
do art. 337, XIII do Código de Processo Civil, se digne a denegar a concessão 
da assistência judiciaria gratuita pleiteada pelos demandantes. 
3.2 DECADÊNCIA 
 Em face da prescrição da petição inicial, peço, nos termos do artigo 178, 
incisos II do Código Civil e, seguindo a ordem do artigo 485, inciso II do Código 
de Processo Civil, a resolução antecipada do mérito. 
3.3 PROVAS 
 Peço a este juízo a produção de todos os meios de provas em direito 
admitidos. 
3.4 CONCILIAÇÃO 
 O demandado não tem objetivo de fazer conciliação, tendo em vista que 
não há tal possibilidade para o ato. 
3.5 DEFERIMENETO 
 Diante dos fatos apresentados, requer a esse juízo o acolhimento de todas 
as preliminares suscitadas e supramencionadas; todavia, se este não for o 
entendimento, peço pelo deferimento da decadência do direito do autor de propor 
ação de nulidade. Todavia, se vossa excelência não compreender desta forma, 
peço que diminua o valor dos danos morais em R$ 3.000,00 (três mil reais) 
quanto às perdas e danos em valor razoável e proporcional ao dano sofrido pelo 
autor. 
 
Requer a produção de todas as provas admitidas em direito, em especial, o 
depoimento pessoal do requerente, documental e testemunhal. 
Além disso peço peça condenação do demandante ao pagamento das custas e dos 
honorários advocatícios. 
 
Nestes Termos, 
Pede Deferimento. 
Local/Data 
Advogado (nome completo e OAB).

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