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Sumário Introdução ..................................................................................................................................... 3 NED dos animais ............................................................................................................................ 4 Grupos de energia de Hainsworth ............................................................................................ 4 Método do calorímetro ........................................................................................................... 11 Cálculo da Energia Metabolizável ........................................................................................... 15 Dietas ofertadas aos animais do CETAS-BH ................................................................................ 17 AVES ........................................................................................................................................ 17 CUIDADOS NA ALIMENTAÇÃO DAS AVES ............................................................................ 24 RÉPTEIS .................................................................................................................................... 25 CUIDADOS NA ALIMENTAÇÃO DOS RÉPTEIS ....................................................................... 29 MAMÍFEROS ............................................................................................................................ 30 CUIDADOS NA ALIMENTAÇÃO DOS FILHOTES DE MAMÍFEROS .......................................... 36 CUIDADOS GERAIS NA ALIMENTAÇÃO DOS ANIMAIS ......................................................... 37 Anexos ......................................................................................................................................... 41 ANEXO 1 – Fotos das rações.................................................................................................... 41 ANEXO 2 – Modelo da ficha de alimentação usada no CETAS ................................................ 44 Anexo 3 – Modelo de ficha de alimentação das serpentes .................................................... 47 Anexo 4 – Fotos de o manejo alimentar ................................................................................. 48 ..................................................................................................................................................... 48 Referências Bibliográficas ........................................................................................................... 49 3 Introdução A nutrição animal pode ser conceituada como o processo no qual o animal procura e processa porções do seu ambiente químico externo para manter funcionando seu metabolismo interno. (Robbins, 1993). Embora a Ciência da Nutrição tenha surgido com Lavoisier no século XVIII, os primeiros estudos voltados especificamente para a nutrição de silvestres tiveram início apenas ao final do século XIX, com os norte-americanos. O objetivo era investigar hábitos alimentes de animais silvestres em relação ao bem-estar dos humanos (McATTE, 1993). Por ser uma área relativamente jovem, ainda apresenta muitos desafios para determinação da real necessidade nutricional das diferentes espécies. Dentre esses, podem ser citados: o uso de poucos espécimes nas pesquisas, a proibição da eutanásia nos ensaios nutricionais e o estresse e mudanças de hábitos alimentares em cativeiro (SAAD, 2014). Tais problemas são sentidos no momento da elaboração de dietas para animais mantidos sob cuidados humanos. De modo geral, programas nutricionais para animais silvestres são baseados em simulações da dieta no ambiente natural e em requisitos de animais domésticos com caracterizas anatômicas e fisiológicas parecidas (SAAD, 2014). Uma alimentação completa e equilibrada, junto com enriquecimento ambiental e cuidados veterinários, promove bem-estar ao evitar doenças por falta ou excesso de nutrientes. No caso dos Centros de Triagem de Animais Silvestres, ela ainda tem a capacidade de diminuir o tempo de permanência dos indivíduos favorecendo a reabilitação dos mesmos. Para calcular a quantidade necessária de alimento que um animal deve ingerir, é necessário saber qual seu gasto energético diário. A unidade de medida da energia é a caloria e foi definida pelo físico e químico francês Nicolas Clément como sendo a quantidade de calor necessária para elevar a temperatura de 1g de água de 14,5 °C para 15,5 °C. 4 NED dos animais Abaixo, estão descritas as fórmulas para cálculo da necessidade energética dos animais: Equação 1 – Taxa metabólica basal Taxa Metabólica Basal (TMB) = K x (M)0,75 Onde: M= peso do animal em Kg K = constante baseada na temperatura média do animal em °C 0,75 = constante baseada na relação da massa corporal com o metabolismo basal Tabela 1 - Grupos de energia de Hainsworth Grupo K Temperatura corporal média °C Passeriformes a 129 42 Não Passeriformes 78 40 Mamíferos b Placentários ( Eutérios) 70 37 Marsupiais ( Metatérios) 49 35 Répteis 10 37 aPara aves de maior metabolismo , como beija – flores e pombos , a constante k é a mesma dos passeriformes (129) bPara mamíferos Monotremados (Ornitorrinco e equidna) e para os Xenarthos (preguiças, tamanduás e tatus) a constante usada é a mesma que a dos Marsupiais (k =49), pois a temperatura média também é de 35 °C. Grupos de energia de Hainsworth Também denominada custo energético mínimo, a TMB é o valor mensurado quando um animal se encontra quieto, não digerindo qualquer alimento, sem sofrer qualquer tipo de estresse e mantido sob temperatura ambiental ótima para a espécie (KLEIBER, 1932). O conhecimento atualmente disponível sobre metabolismo de vertebrados está baseado principalmente nos trabalhos realizados por Kleiber, nas décadas de 1930 e 1940, o qual determinou o cálculo da TMB como sendo a multiplicação de uma 5 constante teórica de proporcionalidade (k) e a massa corporal (m) em quilogramas, elevada a 0,75. O valor exponencial de 0,75 é o mais aceito pela facilidade de uso e a diferença entre os valores ser insignificante (SCHIMIDTNIELSEN, 1984). O valor da constante k é baseado na temperatura corporal média de grandes grupos taxonômicos, que equivale às quilocalorias (kcal) utilizadas em um período de 24 horas por um espécime hipotético de 1 kg, em condições de metabolismo basal (KLEIBER, 1932). Todas as espécies são classificadas em um dos cinco grupos, denominados grupos de energia de Hainsworth como observado na tabela acima. Esses grupos são usados para determinar o valor predeterminado da constante k para o cálculo da taxa metabólica da espécie selecionada (SEDGWICK, 1993; JACOBSON, 1996; SEDGWICK & BORKOWSKI, 1996; MORRIS, 1999; MORTENSON, 2001). Sabendo o valor da TBM é possível calcular a necessidade energética diária. Equação 1 - Necessidade energética diária Necessidade Energética Diária (NED) = TMB x 1,5 x Fator de multiplicação 1,5 = Transforma a TMB de líquida para metabolizável, uma vez que nos alimentos não é apresentado em líquido, mas sim em metabolizável. Além disso corrige as perdas em forma de calor. Também devem ser levadas em conta algumas considerações: Dominância: Acrescentar pelo menos 20% a mais de comida quando os animais estiverem em grupo. Temperatura: Aves e mamíferos tendem a diminuir o consumo de alimentos em dias mais quentes do ano, ao contrário dos répteis que preferem temperaturas mais altas para a digestão. Tipo de recinto: quanto maior o espaço onde o animal fica, maior será a chance de o animal gastar energia ao exercitar-se. Estado fisiológico: Animais idosos tendem a gastar menos energia que os mais jovens. Já fêmeas em lactação e animais em período reprodutivo necessitam de maior aporte energético Fator de multiplicação de acordo com idade ou condição do animal Animais em manutenção X 2 Animais em fase reprodutiva ou crescimento X 3 ou X 4 Animais alimentados por sonda X 5 6 Ex 1: Um filhote de papagaio do mangue (Amazona amazonica) de 200g precisará de quantas calorias diárias? TMB = k (78) X (0,2 kg)0,75 = 23,32 NED = TBM X 1,5 X Fator de Multiplicação NED = 23,32 X 1,5 X 5* = 175 kcal por dia Em seguida, é necessário saber o que é ofertado para um papagaio filhote como alimento. No CETAS-BH, é dada uma papinha própria para psitacídeos que possui 360 kcal por 100g. (Consultar tabela Taco na página 13) Logo: 175 Kcal--------------------- Y 360 Kcal ------------------- 100g Y= 175 X 1000/ 360 = 48,6 gramas Assim, esse indivíduo precisará de 48,6 gramas de papinha por dia. Como a frequência de alimentação de um papagaio é de 3 vezes ao longo do dia, em cada refeição ele precisará de 16,2 gramas de papinha. Ex 2: Um filhote de tucano toco (Ramphastos toco) de 220g precisará de quantas calorias diárias? TMB = K (78) X (0,22kg)0,75 = 25,05 NED = TMB X 1,5 X 4 = 153 kcal por dia 1 - Filhote de Papagaio do mangue em manejo alimentar. 7 Em seguida, é necessário saber o que é ofertado para um tucano filhote como alimento. No Cetas BH, é dada uma papinha constituída de 4 ingredientes na seguinte proporção (Ver tabela Taco na página 14): 1. 30 % Papinha de psitacídeos que tem 360 kcal a cada 100g 30% ------------- Z 100% ----- 153 Kcal Z = 45, 9 kcal 45, 9 kcal-------------Y 360 kcal------------- 100g Y= 12,75g de papinha de psitacídeos 2. 50 % ração de tucano que tem 290 kcal a cada 100g 50%------------ Z 100% ----- 153 Kcal Z = 76,5 kcal 76,5 kcal-----Y 290 kcal----- 100g Y= 26,38 g de ração de tucano 3. 10% banana que tem 92 kcal a cada 100g 10% ------------- Z 100% ----- 153 Kcal Z = 15,3 Kcal 15,3 kcal-------------Y 92 kcal------------- 100g Y = 16,64g de banana 8 4. 10% mamão que tem 45 kcal a cada 100 g 10% ------------- Z 100% -------- 153 Kcal Z = 15,3 Kcal 15,3 kcal-------------Y 45 kcal------------- 100g Y = 34g de mamão Logo, levando em consideração a proporção acima, os tucanos precisarão de: 12,75g de papinha de psitacídeos, 26,38g de ração de tucano, 16,64g de banana e 34g de mamão por dia. A frequência de alimentação dessa espécie, enquanto filhote, é de 6 vezes ao longo do dia. Portanto, em cada refeição ele devera inferir 2,2 g de papinha de psitacídeos, 4,4g de ração de tucano, 2,8 g de banana e 5,7 g de mamão. Vale ressaltar que os valores finais dos alimentos podem ser arredondados no momento da pesagem para facilitar os procedimentos. Papagaios e maritacas filhotes são alimentados por sonda, introduzindo o alimento diretamente no inglúvio (papo). Quando negligenciada o uso da sonda, há alto risco de que ocorra aspiração da papinha para dentro dos pulmões e, se esta aspiração for em grande quantidade, o filhote pode sufocar-se. 2- Tucano filhote sendo pesado 9 Tabela 2: Necessidade energética diária dos animais do CETAS - BH Nome popular Nome científico Peso médio (kg) K TMB NED (kcal/dia) Manutenção Reprodução Crescimento Sonda* AVES Arara vermelha Ara macao 1,2 78 89,42944535 268,2883361 402,4325041 536,5766721 670,72084 Mareca cabocla Dendrocygna autumnalis 0,83 78 67,82708799 203,481264 305,221896 406,9625279 - Caburé Glaucidiumbrasilianum 0,071 78 10,72848416 32,18545247 48,27817871 64,37090495 - Canário da terra verdadeiro Sicalis flaveola 0,02 129 6,860601707 20,58180512 30,87270768 41,16361024 51,4545128 Carcará Caracara plancus 0,894 78 71,71297538 215,1389261 322,7083892 430,2778523 - Coruja da igreja Tyto furcata 0,32 78 33,1861664 99,55849919 149,3377488 199,1169984 - Corujinha do mato Megascops choliba 0,129 78 16,78946608 50,36839824 75,55259736 100,7367965 - Gavião carijá Rupornis magniroatris 0,276 78 29,70136537 89,1040961 133,6561442 178,2081922 - Papagaio verdadeiro Amazona aestiva 0,433 78 41,63518751 124,9055625 187,3583438 249,8111251 312,263906 Pássaro preto Gnorimopsar chopi 0,076 129 18,67238978 56,01716933 84,025754 112,0343387 140,042923 Perequito de encontro amarelo Brotogeris chiriri 0,075 78 11,17868067 33,53604201 50,30406301 67,07208401 83,840105 Perequitomaracanâ Psittacara Leucopthalmus 0,155 78 19,26829897 57,80489692 86,70734537 115,6097938 144,512242 Pica-pau Calaptes melanochloros 0,065 78 10,04106134 30,12318402 45,18477603 60,24636804 75,3079601 Sabiá Turdus sp 0,073 129 18,11681524 54,35044573 81,5256686 108,7008915 135,876114 Saíra/Fim-fim Fringilidae 0,02 129 6,860601707 20,58180512 30,87270768 41,16361024 51,4545128 Sanhaço Tangara sp 0,03 129 9,298880173 27,89664052 41,84496078 55,79328104 69,7416013 Trinca ferro Saltator similis 0,004 129 2,05179848 6,155395441 9,233093161 12,31079088 15,3884886 Tucano toco Ramphastos toco 0,54 78 49,13488258 147,4046477 221,1069716 294,8092955 368,511619 Urubu de cabeça preta Coragyps atractus 1,6 78 110,9646352 332,8939056 499,3408583 665,7878111 - 10 RÉPTEIS Cobra do milho Pantherophis guttatus 0,82 10 8,617085246 25,85125574 38,77688361 51,70251147 - Iguana verde Iguana iguana 4 10 28,28427125 84,85281374 127,2792206 169,7056275 - Jabuti amarelo Chelonoidis denticulata 12 10 64,47419591 193,4225877 290,1338816 386,8451755 - Jabuti piranga Chelonoidis carbonária 15 10 76,21991222 228,6597367 342,989605 457,3194733 - Jibóia Boa constrictor 43 10 167,9195809 503,7587427 755,6381141 1007,517485 - Teiú branco Tupinambis Teguixin 5 10 33,43701525 100,3110457 150,4665686 200,6220915 - Tigre d'água Trachemys dorbigni 3 10 22,79507057 68,38521171 102,5778176 136,7704234 - MAMÍFEROS Bugio ruivo Alouatta guariba 6 70 268,3561038 805,0683114 1207,602467 1610,136623 - Cachorro do mato Cerdocyon thous 6,5 70 284,9594458 854,8783374 1282,317506 1709,756675 - Gambá de orelha branca Didelphis albiventris 1 49 49 147 220,5 294 Gato do mato Leopardus tigrinus 2,5 70 139,1723775 417,5171326 626,2756989 835,0342652 - Guigó Callicebus coimbrai 1,02 70 71,04739663 213,1421899 319,7132848 426,2843798 - Jaguatirica Leopardus pardalis 10 70 393,6389276 1180,916783 1771,375174 2361,833566 - Macaco prego Sapajus nigritus 3,045 70 161,3572608 484,0717825 726,1076737 968,1435649 - Mico-estrela Callithrix penicillata 0,35 70 31,85290698 95,55872093 143,3380814 191,1174419 - Onça parda Puma concolor 60 70 1509,07727 4527,231811 6790,847716 9054,463621 - Ouriço cacheiro Coendou prehensilis 3 70 159,565494 478,696482 718,0447229 957,3929639 - Quati Nasua nasua 4 70 197,9898987 593,9696962 890,9545443 1187,939392 - Raposa do campo Lycalopex ventulus 6 70 268,3561038 805,0683114 1207,602467 1610,136623 - Tamanduá bandeira Myrmecophaga tridactyla 35 49 705,094153 2115,282459 3172,923688 4230,564918 - Tamanduá mirim Tamandua tetradactyla 5,6 49 178,3762791 535,1288372 802,6932558 1070,257674 - Tatu verdadeiro Dasypus novemcinctus 5,7 70 258,2285055 774,6855165 1162,028275 1549,371033 - Veado catingueiro Mazama gouazoubira 18 70 611,7196324 1835,158897 2752,738346 3670,317794 - 11 *Apenas as aves das ordens passeriformes, psitaciformes e pisciformes, da lista acima, necessitam do uso de sonda quando são filhotes. Os dados da tabela acima foram obtidos através de cálculos realizados com pesos médios obtidos em pesquisas e com base em algumas pesagens realizadas no CETAS. Não existem estudos suficientes englobando o assunto de nutrição de animais silvestres, com isso, os valores de NED são difíceis de obter com precisão, sendo eles aproximados para servir como base. Devido a isso, o cálculo acima nos levou a valores não exatos. Com tais valores, é mais adequada que se estime através de experimentos a relação do consumo com o peso dos animais, para ajuste da quantidade de alimento ofertada, a fim de se obter maior precisão na nutrição dos animais. Vale ressaltar que o ideal é que os animais, ao darem entrada, sejam sempre pesados. No caso de adultos, tal procedimento precisa ser realizado apenas uma vez. No caso dos filhotes, é necessária uma maior frequência: aves semanalmente e mamíferos e répteis uma semana sim e uma não. Esta periocidade se deve à aceleração característica de cada metabolismo e o ajuste da dieta deve acompanhar o desenvolvimento do animal. Método do calorímetro Com o objetivo de saber quantas calorias há em um alimento, utiliza-se um aparelho denominado calorímetro que, basicamente, mede o calor liberado pelo alimento ao ser queimado (FOX E MATHEWS, 1986). Uma amostra do alimento é colocada em uma câmara de combustão que contem oxigênio e fica mergulhada em um frasco de aço contendo água. Em seguida, uma descarga elétrica provoca a queima da amostra e um termômetro, através da dissipação de calor, mede o aumento da temperatura da água circundante a câmara (FERRANNINI, 1988). Cada aumento de 1 grau Celsius por quilograma de água equivale à uma kcal de energia bruta. Com isso, calcula-se a variação da temperatura e descobre-se o calor liberado através da seguinte formula: (Black, J. 1803) Equação 3 – Calor liberado pelo alimento Q = m x c x ∆t Q = calor recebido pela água e cedido pelo alimento; m = massa da água contida no calorímetro; c = calor específico da água (1 cal/g . ºC); ∆t = variação da temperatura da água (tfinal – tinicial). 12 Ex: uma amostra de 1g de açúcar seja colocada na câmara de combustão do calorímetro, com 1000g de água a uma temperatura inicial de 20 ºC. O açúcar é queimado e o termômetro indica que a temperatura da água se elevou para 24 ºC, ou seja, a variação da temperatura (∆t) é igual a 4 ºC. Aplicando na fórmula, temos: Q = m. c. ∆t Q = 1000 g . 1 cal/g. ºC. 4 ºC Q = 4000 cal ou 4Kcal A parte dos alimentos que são queimados e fornecem energia para o nosso organismo são os nutrientes e podem ser classificados em macronutrientes (carboidratos, proteínas e gorduras) e micronutrientes (vitaminas, minerais, água e fibras da dieta). Nos macronutrientes é que estão os valores calóricos dos alimentos (SESC, 2003). Usando o método mencionado acima, os valores calóricos de cada um desses nutrientes foram descobertos, como mostrado abaixo: Para cada grama de carboidrato: 4 kcal Para cada grama de proteína: 4kcal Para cada grama de gordura: 9 kcal Além disso, também é possível encontrar a composição química e as calorias presentes nos alimentos na tabela TACO (Tabela de Composição dos Alimentos) elaborados pela Unicamp que apresenta as referências em porções de 100 gramas. 3- Modelo de calorímetro 13 Tabela 3 - Lista dos alimentos oferecidos no CETAS- BH (kcal/100g) Cereais e derivados Milho, cru 364kcal Semente de Girassol 584 kcal Verduras, hortaliças e derivados Abóbora moranga 12Kcal Alface, lisa, crua 11 Kcal Batata doce, crua 64 kcal Berinjela, crua 20 Kcal Beterraba, crua 49 Kcal Cenoura, crua 34 Kcal Couve, crua 27Kcal Folha de amora 43 kcal Jiló, cru 27Kcal Pepino, cru 10Kcal Pimentão verde, cru 21Kcal Repolho, cru 17 Kcal Tomate com semente, cru 15 Kcal Frutas e derivados Banana nanica 92 kcal Coco 402 Kcal Laranja, Bahia com bagaço 45 kcal Maça, Fuji 56 kcal Mamão, formosa 45 Kcal Manga 51 kcal Melancia 33 kcal Leite e derivados Leite, vaca, desnatado pó 362 kcal Leite, vaca, integral pó 497kcal Creme de leite 221kcal Ovos Ovo, galinha inteiro, cru 143 kcal Ovo, galinha, clara, crua 52 kcal Ovo, galinha, gema, crua 322 Kcal Ovo, galinha, cozido 146 Kcal Ovo, galinha, gema, cozido 353 kcal Ovo, galinha, clara, cozido 59 kcal Carnes e derivados Carne bovina, coração. 112Kcal Carne bovina, músculo, sem gordura, crua. 140 kcal Carne, frango, asa, com pele, crua. 213 kcal 14 Carne, frango, coração, crua. 222 kcal Carne, frango, coxa sem pele, sem osso, crua. 120 kcal Carne, frango, inteiro com pele, sem osso, crua. 226 kcal Carne, frango, peito com pele, sem osso, crua. 148 kcal Carne, frango, peito sem pele, sem osso, crua. 118 kcal Carne, frango, sobrecoxa sem pele, sem osso, crua. 162 kcal Carne, frango, sobrecoxa com pele, sem osso, crua. 255 kcal *Carne, rato de biotério 208 kcal *Tenébrio 187 kcal *O rato de biotério e o tenébrio foram tirados do arquivo: Manuel de nutricion y dietas para animales silvestres em cativeiro (exemplos para animales da América Tropical. Editado por: Ellen S. Dierenfeld, PhD, CNS e Wend Graffrin, Phd. Version 1997. Departament of Nutricion, Wildlife conservation society Bronx, NY USA. Tabela 4 -Composição das rações utilizadas no CETAS -BH Rações Umidade (%) PB (%) EE (%) FB (%) MM (%) EM (kcal/100g) Ração para cachorro 9 28 18 3 7,5 389 Ração para coelho 10 14 3 21 9,5 272 Ração para gato 9 32 16 3 7,5 341 Ração para pequenos passeriformes 12 16 4 3 6 270 Ração para grandes passeriformes 12 25 10 2,5 7 370 Ração para peixe 12 32 7 5 11 302 Ração para psitacídeos 12 18 6 2 6 360 Ração para primata 10 20 5 4 7 318 Ração para tucano 12 19 5 4 5,5 290 15 Cálculo da Energia Metabolizável A energia metabolizável representa a diferença entre a energia bruta do alimento e das fezes, urina e dos gases oriundos da digestão. Quando não fornecida pelo fabricante, a energia metabolizável (em kcal/100g) de uma ração pode ser estimada através do uso dos níveis de garantia do rótulo, aplicados às seguintes equações: 1. Alimento para cães Equação 2 - EM de alimento para cães Energia Metabolizável = [ (3,5 x % proteína bruta) + (8,5 x % extrato etéreo) + (3,5 x % extrativos não nitrogenados) ] 2. Alimento para gatos Equação 3 - EM de alimento para gatos Energia Metabolizável = [ (3,9 x % proteína bruta) + (7,7 x % extrato etéreo) + (3,0 x % extrativos não nitrogenados) ] – 5 Onde ENN é definido por extrativos não nitrogenados, que são, basicamente, os carboidratos do alimento. Ou seja, de onde será retirada a energia. São definidos pela equação a seguir: Equação 4 - obtenção de extrativos não nitrogenados ENN = 100 – (% proteína bruta + % extrato etéreo + % matéria mineral + % umidade + % fibra bruta) Exemplificando com a ração para gatos usada no CETAS-BH: 16 4- Rotulo da ração de gatos utilizada no CETAS-BH 5- Níveis de garantia da ração Considerando: UMIDADE=90 g/kg (9%); PB= 320 g/kg (32%); EE=160 g/kg (16%); FB=30 g/kg (3%); MM=75 g/kg (7,5%). ENN = 100 - ( 32 + 16 + 7,5 + 9 + 3 ) ENN = 32,5% EM = [(3,9 x 32) + (7,7 x 16) + (3,0 x 32,5)] – 5 EM = (124,8 + 123,2 + 97,5) - 5 EM = 340,5 kcal/100g Deve-se atentar ao fato dos níveis de garantia de cada ração variarem entre as diversas marcas disponíveis no mercado. 17 Dietas ofertadas aos animais do CETAS-BH A cozinha do CETAS é constituída por três ambientes nos quais os alimentos são armazenados e preparados de forma adequada. O espaço Conto com três refrigeradores para conservação de verduras, frutas, legumes e carnes, além de uma sala especialmente reservada para o estoque de rações secas. Todo o alimento fornecido é preparado de acordo com padrões nutricionais estabelecidos e fornecidos em quantidades suficientes para suprir as necessidades metabólicas dos animais. Rações especialmente preparadas para os diferentes grupos taxonômicos são adquiridas por meio de processo licitatório para fornecimento parcelado ao longo do ano, tais como primatas, psitacídeos, répteis, filhotes, tucanos, etc. Abaixo, estão listadas as dietas dos principais animais ou grupos recebidos no CETAS BH. AVES PSITACIFORMES (Amazona aestiva, Ara macao, Brotogeris chiriri, Psittacara leucophthalmus) ADULTOS Frequência:2X ao dia Manhã: Triturado 6- Cozinha do CETAS- BH 18 Tarde: Semente de girassol e frutas SEGUNDA TERÇA QUARTA QUINTA SEXTA SÁBADO DOMINGO Mamão Laranja Banana Mamão Laranja Banana Laranja Laranja Banana Mamão Laranja Banana Mamão Banana Milho Milho Coco Porcentagem de cada item da dieta 50 % triturado para papagaios 30 % Frutas 10 % Alimentos ocasionais: milho/ coco 10% Semente de girassol Tipo de corte: variável de acordo com o tamanho da espécie: araras corte grande, papagaios médio e maritacas e periquitos pequenos. A tabela abaixo mostra a energia fornecida pelo triturado: Tabela 5 -Composição energética do triturado Ingredientes Energia (kcal) Em 100g Em 1 kg 1kg de milho 364 3640 1kg de beterraba 49 490 1kg de cenoura 34 340 1kg de ração para cães 389 3890 1 colher de organew® Desprezível 1 colher de aminomix® Desprezível Energia total da receita 836 8360 Lembrando que a quantidade da receita atende aproximadamente 100 animais. O que significa que, teoricamente, cada animal tem a sua disposição 83,6 kcal. Exemplo de cálculo detalhado: Consultando a tabela 2, que mostra a necessidade energética dos animais, observamos que um Amazona aestiva em manutenção demanda 125 kcal por dia, que são divididas em duas refeições, portanto, devem ser fornecidas 62,5 kcal de manhã e 62,5 kcal de tarde. Na parte da manhã, é fornecido apenas o triturado. Na tabela 5 constatamos que 100g de triturado possui 836 kcal. Então: 100g ------ 836 kcal Xg------ 62,5 kcal X = 7,47g Ou seja, na parte da manhã, um animal deve consumir 7,47 gramas de triturado. 19 Na parte da tarde de uma segunda feira, por exemplo, as 62,5 kcal devem ser divididas entre sementes de girassol (10%), frutas (30%)[sendo elas: mamão (15%) e laranja (15%)] e milho (10%). Consultando a energia dos alimentos na lista dos alimentos fornecidos no CETAS, conseguimos obter a quantidade de cada alimento pelos seguintes cálculos: Sementes de girassol: 62,5kcal ------100% Ykcal ----- 10% Y = 6,25 kcal 100g de sementes ------ 584 kcal Zgde sementes ------6,25 kcal Z = 1,07 g de sementes Frutas. Laranja e mamão contêm a mesma quantidade de kcal, portanto: 62,5 kcal ------ 100% W kcal ------ 15% W = 9,375 kcal/cada 100g fruta ------ 45 kcal Fg de fruta ------ 9,375 kcal F = 20,83 g de cada fruta Milho: 62,5 kcal ------100% Ngkcal ----- 10% N = 6,25 kcal 100g de milho ------ 364 kcal Mg de milho ------ 6,25 kcal M = 1,72 g de milho Portanto, na parte da tarde deve ser fornecido 1,07g de sementes, 20,83g de mamão, 20,83g de laranja e 1,72g de milho. Exemplo de cálculo simplificado: Quantidade de ração = NED x 100 / energia da ração Quantidade de ração = 125 x 100 / 836 Quantidade de ração = 14,95 g/ dia 20 FILHOTES Papinha pronta para psitacídeos. Frequência: 3 ou 4 X ao dia PICIFORMES (Ramphastos toco) ADULTO Frequência: 2X ao dia Manhã: Ração de tucano Tarde: frutas (banana, mamão e maçã) todos os dias e ovo ocasionalmente. Porcentagem de cada item da dieta 30% frutos sem casca 40% alimentos ocasionais (ovo) 40% ração para tucanos Tipo de corte: pequeno FILHOTE Papinha composta por ração de tucano, papinha de psitacídeos, mamão e banana. Frequência:6 X ao dia Porcentagem de cada item da dieta 7 - Itens usados para o triturado 21 50% ração de tucano 30% papinha psitacídeos 20% frutas (10% mamão e 10% banana) (Colaptes melanochloros) ADUTLO Frequência: 2X ao dia Manhã:ração Tarde: frutas (banana, mamão e maçã) todos os dias, ovo e tenébrio ocasionalmente. Porcentagem de cada item da dieta 30% frutos sem casca 20% alimentos ocasionais (ovo, tenébrio) 30% ração para tucanos Tipo de corte: pequeno FILHOTE Papinha composta por ração de tucano, papinha de psitacídeos, mamão e banana. Frequência:6 vezes ao dia Porcentagem de cada item da dieta 50% ração de tucano 30% papinha psitacídeos 20% frutas (10% mamão e 10% banana) PEQUENOS PASSERIFORMES ADULTO Frequência: 2X ao dia Manhã: ração ( alpiste e painço) Tarde: frutas e verduras http://www.wikiaves.com.br/pica-pau-verde-barrado 22 SEGUNDA TERCA QUARTA QUINTA SEXTA SABADO DOMINGO Couve Jiló Jiló Pimentão Couve Jiló Jiló Laranja Pepino Couve Pepino Laranja Pepino Couve Porcentagem de cada item da dieta Ração para pequenos passeriformes 70% Frutas 30% GRANDES PASSERIFORMES ADULTO Frequência: 2X ao dia Manhã: ração Tarde: frutas SEGUNDA TERCA QUARTA QUINTA SEXTA SABADO DOMINGO Mamão Laranja Banana Mamão Laranja Banana Laranja Laranja Banana Mamão Laranja Banana Mamão Banana Jiló Pepino Berinjela Jiló Pepino Berinjela Jiló Porcentagem de cada item da dieta Ração para grandes passeriformes70% Frutas 30% PASSERIFORMES FRUGÍVOROS (Famílias Fringilidae e Thraupidae) ADULTO Frequência: 2X ao dia Frutas tanto de manhã quanto de tarde https://pt.wikipedia.org/wiki/Thraupidae 23 SEGUNDA TERCA QUARTA QUINTA SEXTA SABADO DOMINGO Mamão Laranja Banana Mamão Laranja Banana Laranja Laranja Banana Mamão Laranja Banana Mamão Banana Maçã Manga Melancia Manga Maça Melancia Mamão Tipo de corte: As frutas podem ser cortadas em pedaços grandes e deixadas no viveiro. FILHOTE Todos os filhotes de passeriformes podem ser alimentados com a papinha para psitacídeos. No caso dos insetívoros, acrescentar ração e gato ou cachorro trituradas. Frequência:7X ao dia ANSERIFORMES (Dendrocygna autumnalis) ADULTO Couve e ração de aves em crescimento (grandes passeriformes) Porcentagem de cada item da dieta 80 % ração de aves em crescimento 20% couve Frequência: duas vezes ao dia Tipo de corte: a couve deve ser ralada FILHOTE Couve, ração para grandes passeriformes e ração para alevinos Porcentagem de cada item da dieta 70 % ração de aves em crescimento 24 15% couve 15% ração para alevinos Frequência: 3X ao dia STRIGIFORMES/ACCIPITROFORMES (Coragyps atratus, Caracara plancus, Megascops choliba, Rupornis magnirostris, Tyto furcata) ADULTO Carne ou rato de biotério Frequência: um dia sim, um dia não Tipo de corte: pequeno ou médio FILHOTE Carneou rato inteiro Frequência: 2X ao dia Caso seja ofertado apenas carne ou ratos jovens, é necessária a suplementação com cálcio. AGUA DOS PATOS TBM CUIDADOS NA ALIMENTAÇÃO DAS AVES ADULTOS Não fornecer, para tucanos, alimentos ricos em ferro como ração de cão ou gato e gema de ovo já que podem contribuir para um quadro de hemocromatose. Frutas cítricas ou ácidas (laranja, abacaxi) também favorecem a absorção de ferro e não devem ser oferecidas. Para os psitacídeos deve-se ofertar alimentos gordurosos, a exemplo do girassol e da ração de cachorro, em baixa quantidade para evitar quadros de obesidade. 25 Deixar bastante agua disponível para os anseriformes para auxiliar na deglutição da ração seca. Com relação aos rapinantes, não fornecer apenas insetos ou neonatos de aves e mamíferos pois animais em formação não terão todos os nutrientes necessários para o desenvolvimento das aves. Os passeriformes precisam de ração própria para serem bem nutridos. Logo, não devem ser alimentados apenas com frutas, com exceção da Família Fringilidae. A disposição dos comedouros vale para todos os grupos de aves: o ideal é que fiquem próximos aos poleiros e devem evitar que as aves entrem com o corpo inteiro para comer e nem devem estar dispostos debaixo dos poleiros para evitar que defequem neles. FILHOTES Todas as papinhas devem ser oferecidas previamente aquecidas. Com exceção dos rapinantes, os demais grupos devem ser alimentados com sonda para evitar a aspiração do alimento. RÉPTEIS QUELÔNIOS (Chelonoidis denticulata, Chelonoidis carbonária) ADULTO Triturado todos os dias. (A composição é a mesma do triturado usado para os psitacídeos). Por possuírem tamanho variado, é recomendado que a quantidade de ração a ser fornecida seja calculada como previamente descrito. 26 Porcentagem de cada item da dieta 80% vegetais 15 % triturado para psitacídeos 5% suplemento proteico (ovo ou carne) Frequência: 1 vez ao dia Tipo de corte: alimentos devem ser ralados FILHOTE Porcentagem de cada item da dieta 80% vegetais 15 % triturado para psitacídeos 5% suplemento proteico (ovo ou carne) Frequência:2X ao dia (Trachemys dorbigni) ADULTO Ração de peixe e couve Porcentagem de cada item da dieta 90% ração de peixe SEGUNDA TERCA QUARTA QUINTA SEXTA SABADO DOMINGO Abóbora Batata doce Abóbora Melancia Batata doce Abobora Batata doce Couve Repolho Couve Repolho Couve Repolho Couve 27 10 % vegetais escuros Frequência:4X na semana Tipo de corte: cortes médios para a couve e ração inteira. FILHOTE Ração de peixe e couve Porcentagem de cada item da dieta 90% ração de peixe 10% carne Frequência:3X ao dia Tipo de corte: cortes pequenos para a couve e ração triturada. SQUAMATA SERPENTES (Boa constrictor, Pantherophis guttatus) ADULTO Rato de biotério Frequência:de duas em duas semanas Tipo de corte: presa inteira FILHOTE Rato de biotério Frequência:semanal LAGARTOS (Iguana iguana) ADULTO 28 Frequência: 2X ao dia Manhã: Triturado (A composição é a mesma do triturado usado para os psitacídeos e jabutis) Tarde: frutas e legumes SEGUNDA TERCA QUARTA QUINTA SEXTA SABADO DOMINGO Abóbora Batata doce Abóbora Melancia Batata doce Abobora Batata doce Couve Repolho Couve Repolho Couve Repolho Couve Porcentagem de cada item da dieta 40% triturado 30% vegetais verdes 30% outros vegetais Tipo de corte: Os alimentos devem ser ralados ou cortados em pequenos pedaços FILHOTE Pode ser oferecida a mesma dieta que a dos adultos, porém substituindo o triturado por ovos e insetos. Frequência:2X ao dia Porcentagem de cada item da dieta 40% ovos e insetos 30% vegetais verdes 30% outros vegetais (Tupinambis teguixin) ADULTO Carne, ovo, frutas com casca (mamão, melancia, bacana, maçã, manga), vegetais (abobora, pimentão), ração de gato. https://pt.wikipedia.org/wiki/Tei%C3%BA-branco 29 Porcentagem de cada item da dieta 50% carne, frango ou ovo. 30% frutos 30% ração de gato 20% vegetais Frequência: 1 vez ao dia Tipo de corte: Pequenos pedaços FILHOTE Carne bovina, frango, ovo, frutas com casca (mamão, melancia, bacana, maçã, manga), vegetais (abobora, pimentão), ração de gato. Porcentagem de cada item da dieta 30% carne, frango ou ovo. 20% frutos. 40% ração de gato. 10% vegetais. Frequência:2X ao dia Tipo de corte: Pequenos pedaços CUIDADOS NA ALIMENTAÇÃO DOS RÉPTEIS ADULTOS O aquecimento é extremamente importante para otimizar a digestão dos alimentos. Para os teiús, ovo cru não deve ser fornecido pois esses contem avidina que inibe a biotina, dificultando a absorção de vitamina B. Com relação aos tigres d’agua, deve-se atentar para o excesso de alimentos para que não fique depositado no fundo do lago. 30 FILHOTES O aquecimento também é extremamente importante para otimizar a digestão dos alimentos. MAMÍFEROS PRIMATAS (Alouatta guariba, Callithrix penicillata,Callicebus coimbrai, Sapajus nigritus) ADULTO Ração de primata e frutas com cálcio (mamão, maça, banana e manga), vegetais, ovo Cozido: 2ª, 4ª, 6ª. Porcentagem de cada item da dieta: 40% ração de primatas 40% de frutas com casca 20% ovo. Às terças e quintas: 50% ração de primatas e 50% de frutas. Os bugios e os sauás são mais folívoros e, além dos alimentos listados acima, devem ser incluídos vegetais. Portanto a porcentagem será diferente. 30 % ração de primatas 20% vegetais (couve e folha de amora) 40% frutos com casca 10% ovo Às terças e quintas, 30% ração de primata, 30% vegetais e 40% frutos com casca Frequência:2X ao dia Tipo de corte: em rodelas ou pequenos pedaços FILHOTE https://projetofauna.wordpress.com/2014/02/06/macacos-prego-sapajus-nigritus-informacoes/ https://projetofauna.wordpress.com/2014/02/06/macacos-prego-sapajus-nigritus-informacoes/ 31 Leite de vaca em pó integral. Frequência:5X ao dia DIDELPHIMORPHIA (Didelphis albiventris) ADULTO Ração de cachorro e frutas com cálcio (mamão, maçã, banana e manga) todos os dias. Ovo Cozido: 2ª ,4ª,6ª Porcentagem de cada item da dieta 40% ração de cachorro. 40% frutos com casca 20% alimentos ocasionais (ovo cozido) Às terças e quintas, 50 % ração de cachorro e 50% frutos com casca. Frequência:2X ao dia Tipo de corte: pequeno para ouriços e gambás e médio para quatis FILHOTE Leite de vaca em pó integral. Frequência: 6X ao dia RODENTIA (Coendou prehensilis) ADULTO Ração de cachorro e frutas com cálcio (mamão, maçã, banana e manga) todos os dias. Ovo Cozido: 2ª ,4ª,6ª Porcentagem de cada item da dieta 32 40% ração de cachorro. 40% frutos com casca 20% alimentos ocasionais (ovo cozido) Às terças e quintas, 50 % ração de cachorro e 50% frutos com casca. Frequência:2X ao dia Tipo de corte: pequeno para ouriços e gambás e médio para quatis FILHOTE Leite de vaca em pó integral. Frequência: 6X ao dia XENARTHRA PILOSA (Tamandua tetradactyla/ Myrmcophaga tridactyla) ADULTO Mistura de leite sem lactose, 1 lata de creme de leite, 10 gemas de ovo e uma lata de ração úmida para gatos (pode ser substituída por ração Premium para gatos). Frequência: 2X ao dia FILHOTE: Leite sem lactose Frequência: 3X ao dia CINGULATA (Dasypus novemcinctus) 33 ADULTO Mistura de leite sem lactose, 1 lata de creme de leite, 10 gemas de ovo e uma lata de ração úmida para gatos (pode ser substituída por ração Premium para gatos). Frequência:1X ao dia FILHOTE Leite sem lactose Frequência: 2x ao dia Vale ressaltar que tal mistura pode variar de individuo para individuo sendo, às vezes, necessário o acréscimo de carne, couve e banana. 8- Preparo do leite dos tamanduás e tatus ARTIODACTYLA (Mazama gouazoubira) ADULTO Feno, vegetais. Porcentagem de cada item da dieta 80% volumosos 34 20% vegetais com casca Frequência: 2X ao dia Tipo de corte: pedaços médios FILHOTE Leite de vaca em pó integral. Frequência: 5X ao dia CARNÍVORA (Cerdocyon thous/Lycalopex vetulus) ADULTO Frutos (maçã, banana e mamão) e ovos todos os dias Carne segunda quarta e sexta Porcentagem de cada item da dieta 40 % de Frutos 20% ovo 40% de carne Às terças e quintas: 50% ovo e 50% frutas Frequência: 1x dia FILHOTE Leite sem lactose Frequência: 6X ao dia (Leopardus tigrinus /Leopardus pardalis) 35 ADULTO Carne e vegetação não tóxica (a vontade). Porcentagem de cada item da dieta 100% carne Frequência:1 vez ao dia FILHOTE Leite de vaca em pó integral. Frequência:6X ao dia (Puma concolor) ADULTO Carne ou rato e vegetação não tóxica (a vontade). Frequencia: 1X ao dia FILHOTE Leite sem lactose. Frequência:6X ao dia (Nasua nasua) 36 ADULTO Ração de cachorro e frutas com cálcio (mamão, maçã, banana e manga) todos os dias. Ovo Cozido: 2ª ,4ª,6ª Porcentagem de cada item da dieta 40% ração de cachorro. 40% frutos com casca 20% alimentos ocasionais (ovo cozido) Às terças e quintas, 50 % ração de cachorro e 50% frutos com casca. Frequência:2X ao dia Tipo de corte: pequeno para ouriços e gambás e médio para quatis FILHOTE Leite de vaca em pó integral. Frequência: 6X ao dia CUIDADOS NA ALIMENTAÇÃO DOS FILHOTES DE MAMÍFEROS ADULTOS Não fornecer leite de vaca in natura para primatas folívoros. Para tamanduás e tatus, atentar para a fermentação do alimento. Canídeos são suscetíveis à obesidade e, por isso, deve-se tomar cuidado com o excesso de alimentos. Com relação aos felinos, não fornecer ração para cães e, para os grandes (onça parda e jaguatirica), ofertar ossos grandes para roerem. Para os veados é preciso atentar para a proporção dos vegetais: o volumoso deve ser o principal item na alimentação. 37 CUIDADOS GERAIS NA ALIMENTAÇÃO DOS ANIMAIS Alimentos secos e úmidos devem ser oferecidos separadamente para evitar a fermentação No caso dos filhotes, é essencial que se faça a oferta de cálcio para evitar osteodistrofias. Ranphastídeos, rapinantes, carnívoros, primatas e gambás despendem maior atenção em relação à suplementação com cálcio. No CETAS - BH é fornecido de acordo com o peso do animal, sendo aproximadamente 1 ml de Cal-d-mix® por kg. Os alimentos devem ser preparados com higienização e armazenados corretamente. Além disso, todo ambiente da cozinha deve ser lavado ao menos uma semana: o cloro é o desinfetante mais usado para tal finalidade. As frequências na alimentação vão se alterando durante o desenvolvimento do filhote. A transição para a alimentação adulta deve ser considerada no momento do cálculo da NED. A maioria dos animais não possui sua dieta a base apenas de ração, porém, de forma a facilitar os cálculos, a licitação e o trabalho dos tratadores, será considerado que a ração é a única fonte energética e que os fornecimentos ocasionais são aleatórios. Sendo assim, utiliza-se a seguinte fórmula: Equação 5 - Cálculo da quantidade de alimento a ser fornecida Quantidade de alimento = NED x 100 / energia da ração Sendo a quantidade de alimento dada em gramas, a NED e a energia da ração em Kcal/100g. 38 9- Porção para os psitacídeos, jabutis e iguanas. 15g 10-Porção para os tucanos (51g). No caso do pica-pau, ofertar metade. 11-Ração para grandes passeriformes. 13g 12- Rações para pequenos passeriformes. 8g 13- Porção para macaco prego. 50g 14- Porção para bugio. Ofertar duas porções. 253g 39 15 Porção para guigó. 67g 16-Porção para mico. 30g 19- Porções para gambá. 38g 17- Porção para quati. Oferecer uma e meia. 150g 18-Porção para ouriço. 123g 20-Porção para onça parda. Oferecer um coração e meio. 3 kg 40 24-Porção para suindara. 57g 22 Porção para jaguatirica. 790g 26--Porção para cachorro do mato e raposa. Oferecer metade do que está na foto. 570g 23- Porção para urubu. 190g 21- Porção para carcará. 123g 25- Porção para gato do mato. 278g 41 31 – Porção para os tigres d’agua. 22g Anexos ANEXO 1 – Fotos das rações 27- Porção para caburé. 19g 28- Porção para corujinha do mato. 29g 29- Porção para gavião carijó. 51g 30- Porção para as cobras. Oferecer 2 ou 3 ratos 42 32-Ração de psitacídeos 33-Tenébrio 34-Ração para cachorro 35--Triturado 36-Ração de gato 97-Ração de primata 43 38--Ração de coelho 11-Ração de tucano 39 - Girassol 10-Ração para grandes passeriformes 41-Ração para pequenos passeriformes 42--Ração de peixe 44 ANEXO 2 – Modelo da ficha de alimentação usada no CETAS FICHA DE ALIMENTAÇÃO CENTRO DE TRIAGEM DE ANIMAIS SILVESTRES □ IBAMA □ IEF Data: ___/___/___ Número da Ficha:_________ Espécie: Nome comum: Anilha/CETAS: Procedência: Local: Sexo: □ Macho □ Fêmea □ Indeterminado Idade: □ Adulto □ Jovem □ Filhote Histórico: __________________________________________________________________________________________________________________________ Peso: Temperatura: Condição corporal: □ Boa □ Regular □ Ruim Alimentação: __________________________________________________________________________________________________________________________ __________________________________________________________________________________________________________________________ __________________________________________________________________________________________________________________________ 45 __________________________________________________________________________________________________________________________ __________________________________________________________________________________________________________________________ __________________________________________________________________________________________________________________________ __________________________________________________________________________________________________________________________ __________________________________________________________________________________________________________________________ __________________________________________________________________________________________________________________________ __________________________________________________________________________________________________________________________ __________________________________________________________________________________________________________________________ Quantidade: Frequência: Responsável: Data Hora Alimento e quantidade oferecida em Kg Sobras Kg Observação Peso Responsá vel 46 47 Anexo 3 – Modelo de ficha de alimentação das serpentes ALIMENTAÇÃO DAS SERPENTES Data: Responsável: Microchip Espécie Alimentou?/Quantidade Observações 48 Anexo 4 – Fotos de o manejo alimentar 43- Balança para pesar alimentos e filhotes 46-Balança para pesar animais adultos 45-Tamandua mirim alimentando do leite 44-Filhote de arara Canindé recebendo alimento por sonda 47-Cachorro do mato comendo carne 49 Referências Bibliográficas Aplicabilidade da extrapolação alométrica em protocolos terapêuticos para animais Selvagens Ciência Rural, Santa Maria, v.43, n.2, p.297-304, fev., 2013 Gabrielle Coelho Freitas Adriano Bonfim Carregaro Aspectos históricos e metodológicos da medição e estimativa da taxa metabólica basal: uma revisão da literatura. 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