Buscar

292368238-Maurice-Dobb-Evolucao-Do-Capitalismo-Cap-1-e-2

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 43 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 43 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 43 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

Evolução do Capitalismo
Maurice Dobb
O Capitalismo
• O termo não é encontrado na 
literatura sobre “teoria econômica”;
• Assimilação de capitalismo a capital
• Impossibilidade de localizar sua 
peculiaridade na história
• A interpretação histórica do 
capitalismo deve originar-se do 
“padrão que os acontecimentos 
históricos nos impõe” (4)
Definições “correntes”
• Método de produção indireto = 
encurtam o tempo de produção pelo 
uso de equipamento (capital);
• Livre empresa individual = contrato e 
ausência de “compulsões e restrições 
legais” (5);
• Contraste entre capitalismo e 
totalitarismo: não intervenção do 
Estado
Três definições que 
influenciaram a interpretação 
histórica
1. Sombart e Weber: “espírito do 
capitalismo”: síntese de 
empreendimento e aventura com 
racionalidade de cálculo.
– Anterioridade das atitudes mentais sobre 
a realidade;
– Atitude de acumulação privada da riqueza 
sobre o bem estar da coletividade;
– O cálculo quantitativo;
• 2. Pirenne: produção para mercado distante:
– Organização da produção pelo comércio: 
adiantamento de dinheiro e de estoques para a 
produção de artigos vendidos no atacado em 
mercados distantes
– Influi o percurso espacial da compra e venda dos 
produtos
– Procura pelo lucro
– Ligação entre capitalismo e surgimento do 
comércio, trocas comerciais e alargamento dos 
mercados
• 3. Marx: modo de produção
• Nível técnico: forças produtivas;
• Relações sociais de produção: distribuição da 
propriedade dos meios de produção e as formas 
de relação entre os homens decorrentes do 
processo de produção;
• força de trabalho se transforma em mercadoria;
• pré-requisitos: “concentração da propriedade, dos meios 
de produção em mãos de uma classe, que consistia 
apenas numa pequena parte da sociedade, e o 
aparecimento consequente de uma classe destituída de 
propriedade, para a qual a venda de sua força de 
trabalho era a única fonte de subsistência” (7);
• Não basta haver comércio, comerciantes e 
financistas para que haja capitalismo
Críticas à Sombart
• “insuficientemente restritivas” para 
definir o capitalismo, abrindo a 
possibilidade de diversas épocas da 
história terem sido capitalistas;
• Dificuldade em estabelecer a origem 
desse espírito de cálculo: 
[catolicismo, protestantismo, judeus; 
comerciantes medievais]
Dobb 
• “A ênfase tem sido colocada cada vez 
mais no aparecimento de um novo tipo de 
diferenciação de classes entre capitalista 
e proletário, ao invés de ser o lucro como 
motivo da atividade econômica, 
focalizando-se a atenção cada vez mais 
no aparecimento de uma relação entre 
produtor e capitalista, análoga à relação 
de emprego entre patrão e assalariado no 
sistema industrial totalmente 
amadurecido no século XIX” (9). 
Capitalismo
• As épocas históricas não possuem divisões estanques;
• O que define um período histórico é a “influência 
preponderante de uma forma econômica única, mais 
ou menos homogênea, e deve ser caracterizado de 
acordo com a natureza desse tipo predominante de 
relação socioeconômica” (10). 
• “o estágio em que a forma nova tiver atingido 
proporções que lhe permitam imprimir sua marca no 
conjunto da sociedade e exercer influência significativa 
na modelagem da tendência do desenvolvimento” (10);
• “há pontos decisivos no desenvolvimento econômico 
nos quais o ritmo se acelera além do normal, e nos 
quais a continuidade é rompida, no sentido de uma 
mudança brusca de direção na corrente de 
acontecimentos” (10)
• Ponto de ruptura “na direção do fluxo histórico 
correspondem às revoluções sociais que marcam 
a transição de uma sistema velho para um novo” 
(11). 
• Revoluções periódicas;
• Não se caracteriza unicamente por uma 
mudança acelerada. 
• Pode haver, também, num período de aceleração 
das transformações, “uma mudança de equilíbrio 
dos elementos constitutivos”, surgindo 
“composições novas e mudanças mais ou menos 
abruptas na tessitura da sociedade” (11). 
• O traço da sociedade que produz a mudança, que 
reequilibra os outros elementos, é a sociedade de 
classes, na qual uma delas detém o poder, se 
aliando com outras e imprimindo um ritmo a essa 
sociedade. 
• Classe: relação do grupo com o processo de 
produção, e também com os outros setores da 
sociedade
• os interesses estão relacionados a “uma relação 
com determinada maneira de extrair e distribuir os 
frutos do trabalho excedente, além e acima do 
trabalho que vai suprir o consumo do produtor 
efetivo” (13). 
• Formas de apropriação do excedente;
• No feudalismo: trabalho direto ou cota de 
produção, na forma de tributo;
• No capitalismo o excedente se dá pela 
extração da mais-valia, a qual depende da 
compra e venda da força de trabalho. 
• Transição do feudalismo para o capitalismo 
dependeu
• Instrumentos de produção;
• Divisão do trabalho;
• Desenvolvimento das trocas;
• Separação do trabalhador dos meios de produção. 
3
• Estágios do capitalismo
– Níveis diversos de maturidade e cada qual reconhecível por 
traços bastante distintos
• A especificidade do capitalismo é a divisão em duas 
classes capitalistas e trabalhadores. 
• “temos de buscar o início do período capitalista apenas 
quando ocorrem mudanças no modo de produção, no 
sentido de uma subordinação direta do produtor a um 
capitalista” (14);
• “seu surgimento [da classe puramente mercantil] 
exercerá influência muito menos fundamental sobre a 
configuração econômica da sociedade do que o 
surgimento de uma classe de capitalistas cujas fortunas 
estejam intimamente ligadas à indústria” (14); 
• Capital mercantil se prenderá ao modo de produção 
existente, e não irá modificá-lo;
• A definição de capitalismo implica uma 
interpretação;
• Weber;
• Pirenne;
• Marx
• Definição de Dobb se dá na observação 
das relações sociais de produção 
características do sistema capitalista, 
segundo Marx: surgimentos da 
diferenciação entre proprietários e 
trabalhadores
As origens do capitalismo
• Pirenne: século XII;
• Comércio e ligas artesanais, século XIV;
• Dobb: segunda metade do século XVI e 
início do XVII: capital começou a penetrar 
na produção em escala considerável, seja 
na forma de uma relação bem amadurecida 
entre capitalista e assalariados, seja na 
forma menos desenvolvida da subordinação 
dos artesãos domésticos, que trabalhavam 
em seus próprios lares, a um capitalista, 
própria do assim chamado ‘sistema de 
encomendas domiciliar’” (15)
Dois momentos decisivos
• Século XVII: Revolução Inglesa (1640): 
supremacia do parlamento e 
desobstrução dos entraves para a compra 
e venda da propriedade da terra e fim do 
monopólio das companhias de comércio.
• Século XVIII: Revolução Industrial: 
transição para o estágio específico do 
capitalismo: produção em grande escala 
e diferenciação entre capitalistas e 
assalariados
Transição do feudalismo para o 
capitalismo
• Terceiro momento: desintegração do feudalismo
• Onde situá-lo?
• Século XIV - XVI: crise da antiga ordem feudal;
• Surgimento das cidades corporativas;
• Surgimento e influência dos negócios nacionais
• Desintegração já avançada
• Artesanato urbano;
• Agricultores livres;
• Trabalhador-proprietário
• Predomínio do trabalhador ainda sujeito ao 
senhor
Elemento 
subordinado da 
sociedade feudal
Surgimento do capitalismo
• Momento em que “uma nova classe, ligada a 
um novo modo de produção, se torna 
dominante e expulsa os representantes da 
antiga ordem econômica e social antes 
dominantes,
• A influência dessa revolução política terá 
necessariamente de ser sentida em toda a 
área daquela unidade política dentro da qual 
o poder foi transferido e as consequências 
imediatas devem nesse caso seraproximadamente simultâneas por toda essa 
área” (17). 
Revolução que dá origem ao 
capitalismo
• transformação técnica que afeta o caráter da 
produção;
• Indústria surge em associação com os grandes 
comerciantes;
• Conflito se deu nas relações sociais de produção, 
na divisão do trabalho;
• Há uma interdependência entre as transformações 
sociais e das técnicas;
• Alterações nas relações de compra e venda da 
força de trabalho como elementos fundamentais na 
história do capitalismo;
• O capitalismo alterou períodos de regulamentação 
e proteção [fases de formação e crises] com 
períodos de liberdade [fases de prosperidade]
Dois comentários finais
1. “a ênfase de nossa abordagem à interpretação do 
capitalismo está em que as modificações no 
caráter da produção, e nas relações sociais que 
giram em torno dele, exerceram em geral uma 
influência mais profunda e poderosa sobre a 
sociedade do que as modificações nas relações 
comerciais per se” (20). 
2. “Para compreender os movimentos do sistema 
econômico em qualquer período dado, as 
qualidades peculiares ao sistema são mais 
importantes do que as que possa ter em comum 
com outros sistemas”. 
A esfera das trocas, por ser característica de vários 
sistemas, não pode dar conta da peculiaridade do 
capitalismo. 
A definição de capitalismo tal como dada por Dobb, 
enfatizando as relações de produção e da 
diferenciação entre as classes sociais, não pode ser 
captada nas relações de troca, específicas do 
economista, mas sim, nos processos de 
transformações e diferenciação das relações sociais 
entre capitalistas e trabalhadores. 
1.“Uma esfera autônoma de relações de troca cujos 
conceitos ignoram a diferença qualitativa na ligação 
de diversas classes com a produção e, portanto, 
entre si, para concentrar-se em sua semelhança com 
fatores quantitativos num problema abstrato de 
determinação de preços, não pode claramente 
revelar muita coisa sobre o desenvolvimento 
econômico da sociedade moderna.
Capítulo II
O declínio do Feudalismo e o 
crescimento das cidades
Definições de feudalismo
• Jurídica: relação de vassalagem e 
suserania e forma de posse da terra;
• Marxismo russo: econômica = 
economia natural
• Ambas as noções não dão conta das 
relações sociais de produção: da 
Servidão. 
Definição de feudalismo 
para Dobb
• “a ênfase dessa definição estará baseada não na 
relação jurídica entre vassalo e suserano, nem na 
relação entre produção e destinação do produto, 
mas na relação entre o produtor direto (seja ele 
artesão em alguma oficina ou camponês cultivador 
da terra) e seu superior imediato, ou senhor, e 
no teor socioeconômico da obrigação que os liga 
entre si” (27). 
• Modo de produção: caracterizado pela servidão: 
uma obrigação imposta ao produtor pela força, e 
independentemente de sua vontade, para 
satisfazer certas exigências econômicas de um 
senhor, quer tais exigências tomem a forma de 
serviços a prestar ou de taxas a pagar em dinheiro 
ou em espécie” (27). 
Feudalismo X Capitalismo
• Trabalhador possui os 
meios de produção;
• Baixo nível técnico;
• Produção individual;
• Necessidades 
imediatas da família, 
comunidade ou aldeia;
• Cultivo da propriedade 
senhorial;
• Descentralização 
política
• Trabalhador Não 
possui os meios de 
produção;
• Relação contratual 
de trabalho
• Admite o renascimento comercial do 
século XII, e grande penetração das trocas, 
do comércio, do dinheiro; a alteração dos 
tributos de produtos para dinheiro.
• “desenvolveu-se a tendência a comutar a prestação 
de serviços por um pagamento em dinheiro e a 
arrendar a propriedade senhorial por dinheiro ou 
continuar seu cultivo com mão de obra 
assalariada...” (29). 
• Questiona se o comércio foi o fator 
suficiente e decisivo para o declínio do 
feudalismo. 
argumentação
• As regiões que primeiro comutaram os 
serviços por pagamento em dinheiro 
estavam distantes dos mercados e das 
cidades. [supõe-se que o comércio dissolveria os laços 
feudais no seu caminho e no seus centros mais 
importantes];
• Não é possível generalizar a relação entre 
desenvolvimento do comércio e declínio da 
servidão [segunda servidão: fortalecimento dos laços 
feudais no oriente para produzir cereais para o mercado];
• Dobb acredita que o mais provável é 
que o comércio tenha estimulado o 
fortalecimento dos laços de servidão.
• “Na verdade, parece haver tanta 
evidência de que o crescimento de 
uma economia monetária per se 
levou a uma intensificação da 
servidão como há evidência de que 
foi causa do declínio feudal” (30);
• Para Dobb, o preciso atentar para “as 
relações internas do feudalismo”, e em que 
sentido elas determinaram a “desintegração 
ou sobrevivência do sistema” (31). 
• Embora o declínio seja resultado da 
“interação complexa entre o impacto externo 
do mercado e essas relações internas do 
sistema, há um sentido em que as últimas 
podem ser tomadas como tendo exercido a 
influência decisiva” (31). 
• “a evidência de que dispomos, no entanto, indica 
com vigor que a ineficiência do feudalismo como um 
sistema de produção, conjugada às necessidades 
crescentes de renda por parte da classe dominante, 
foi fundamentalmente responsável por seu declínio, 
uma vez que essa necessidade de renda adicional 
promoveu um aumento da pressão sobre o produtor 
a um ponto em que se tornou literalmente 
insuportável” (32);
• A renda da classe senhorial era extraída do trabalho 
excedente do servo, além do necessário à sua [do 
servo] subsistência;
• A baixa produtividade do solo e do trabalho fazia 
com que o aumento dos rendimentos se fizesse com 
a exploração à exaustão do camponês.
• Subenfeudação: multiplicação do número de 
vassalos; das famílias e dos dependentes;
• Guerra e banditismo aumentava as despesas das 
casas feudais;
• Cruzadas utilizou os recursos da nobreza;
• A sociedade cavaleiresca exigia festins e exibições 
que consumiam recursos;
• Surgimento do comércio;
• Pequenas propriedades incentivaram o 
arrendamento e os pagamentos em dinheiro;
• A principal consequência desse processo foi a 
deserção das propriedades senhoriais, a lotação das 
cidades e o aumento do banditismo e da vadiagem
Atenuações
• crescimento demográfico até 1300, o que indica incorporação de 
terras cultiváveis e diminuição dos tributos feudais;
• Quando o aumento demográfico não foi acompanhado de novas 
áreas cultiváveis, a pressão sobre a terra e produtividade caiu mais 
ainda;
• Declínio da população iniciado em 1300 pode marcar, pela retração 
da renda, “a crise da economia feudal no século XIV” (36);
• A Peste Negra apenas intensificou, mas não originou a crise 
econômica. 
• Os crescentes arrendamentos e o afrouxamento dos laços feudais é 
decorrente das crises internas [produção, demográfica e da queda 
dos rendimentos feudais em parte causados pela sobre-exploração 
dos servos], do que do desejo de participar do comércio 
emergente;
• Os arrendamentos de terra são um afrouxamento dos laços 
senhoriais apenas na medida em que tentaram manter o campones 
preso a terra; o afrouxamento representa as formas possíveis de 
manter a coesão da sociedade feudal num período de crise geral
3. 
• Dentro desse quadro de crise de produção 
[baixa produtividade, falta de terras, ausência 
ou excesso de braços] e demográfica 
[diminuição dos nascimentos, êxodo e fugas 
para as cidades:
“a reação da nobreza a essa situação não foi 
absolutamente uniforme; e é da diferença 
nessa reação em diferentes regiões da Europa 
que depende grande parte da diferença na 
história econômica dos séculos seguintes” 
(38). 
1. Assalariamento ou o arrendamento das terras 
por pagamentos em dinheiro com 
afrouxamento dos laçosservis chegando até 
aos contratos ou;
2. Estreitamento dos laços feudais pela violência: 
“reação feudal”, mais bem sucedida na Europa 
Oriental, dando origem à segunda servidão
• Fatores políticos, poder monárquico [França], 
proteção aos camponeses [Inglaterra], 
supremacia dos senhores [Europa Orienta: 
Rússia, Polônia, Hungria, Boêmia] 
contribuíram na direção e sucesso da reação 
feudal
• O fator principal foi econômico:
• Áreas de pastoreio tendência ao pagamento em salários;
• Grandes extensões de terra para o mercado externo 
[segunda servidão] preferência pelo servidão até o limite da 
escravidão;
• Comutação dos serviços em dinheiro = para reforçar a 
exploração num quadro em que a prestação de serviços era 
fixa;
• “Parece evidente que a consideração fundamental 
deve ter sido a abundância ou escassez, o preço 
baixo ou elevado do trabalho assalariado na 
determinação da disposição do senhor em 
comutar ou não as prestações de serviço por 
pagamento em dinheiro, e se era lucrativo ou não 
para o mesmo, se forçado a tal” (40). 
• As pré-condições para a passagem das prestações 
servis em dinheiro ou assalariada eram 1) a 
existência de reserva de mão-de-obra e; 2) nível de 
produtividade que permitisse o pagamento dos 
salários e o excedente do senhor;
• Assalariamento em regiões de alta produtividade;
• Laços servis em regiões de baixa produtividade;
• Ou, também, do ponto de vista do mercado de 
trabalho: :
• Assalariamento em períodos de abundância de mão-de-obra;
• Reforço da servidão em períodos de escassez populacional
• Arrendamento: diminuiria os custos 
com a administração das 
propriedades;
• Arrendamento se deu em 
propriedades pequenas ou médias, 
onde o senhor não poderia pagar 
salários
Aumento dos arrendamentos e 
do trabalho assalariado
• Diferenciação crescente entre os próprios 
camponeses e do surgimento, na aldeia, 
de uma facção de camponeses-
agricultores relativamente prósperos, por 
essa época [séculos XIV e XV];
• Agricultores que conseguiam acumular 
algum capital devido comércio local e 
capaz atingir maior produtividade 
agrícola; arrendando mais terra de 
senhores em dificuldade;
Crescimento dos mercados e 
surgimento das cidades
• O crescimento do mercado e das cidades 
preparou o terreno para o fim do Feudalismo. 
• Embora as comunidades urbanas fossem 
centros comerciais e corpos estranhos da 
ordem feudal, é errôneo encará-las, nesse 
estágio, como “microcosmos do capitalismo”.
• artesanato urbano = atividade livre que não 
diferia do artesanato do campo. 
Controvérsias sobre a origem das 
cidades
1. Sobrevivência das antigas cidades romanas;
• “estamos lidando com novo agrupamentos demográficos e novos 
tipos de associação, que passaram a existir depois do século IX” 
(53).
2. Origem rural = continuidade das atividades das 
aldeias;
• Diferença estaria na fortificação;
• A continuidade não explica a mudança de atividades da agricultura 
para o comércio e o artesanato
3. Acampamentos de caravanas (Pirenne);
• Locais estratégicos (ruinas romanas, abadias e mosteiros)
• Fortificações e pagamentos de tributos à senhores feudais;
4. Refúgio:
• Concessão de direitos e de terras para o surgimento de centros 
comerciais e artesanais para suprir as necessidades dos feudos
• “Teremos provavelmente de nos contentar 
por enquanto com uma explicação eclética do 
surgimento das cidades medievais: uma 
explicação que atribui peso diferente às 
diversas influências nos diferentes casos” 
(55). 
• Manchester: aldeia;
• Cambridge: proximidade de castelo e acampamentos 
militar;
• Glasgow: agrupamentos religiosos;
• Norwich: acampamento de comerciantes dinamarqueses;
• Renascimento das cidades a partir do século 
X:
– Pirenne: retomada do comércio no mediterrâneo;
– Crescimento dos estabelecimentos feudais e 
aumento da demanda de produtos
• Aspecto principal: diferença entre cidades que 
surgiram a partir:
1. A partir de grupos de comerciantes independentes
2. Iniciativa das instituições feudais;
• Esse é o elemento mais importante para Dobb;
• Interesses da Igreja no comércio e na produção 
artesanal;
• Autonomia urbana surgiu da luta dos comerciantes = 
controle do comércio
	Slide 1
	Slide 2
	Slide 3
	Slide 4
	Slide 5
	Slide 6
	Slide 7
	Slide 8
	Slide 9
	Slide 10
	Slide 11
	Slide 12
	Slide 13
	Slide 14
	Slide 15
	Slide 16
	Slide 17
	Slide 18
	Slide 19
	Slide 20
	Slide 21
	Slide 22
	Slide 23
	Slide 24
	Slide 25
	Slide 26
	Slide 27
	Slide 28
	Slide 29
	Slide 30
	Slide 31
	Slide 32
	Slide 33
	Slide 34
	Slide 35
	Slide 36
	Slide 37
	Slide 38
	Slide 39
	Slide 40
	Slide 41
	Slide 42
	Slide 43

Outros materiais