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MemorexPPMG-Rodada1

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Memorex PP MG – Rodada 01 
 
 
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Parabéns por ter dado esse passo importante na sua preparação, meu amigo(a). Temos 
TOTAL certeza de que este material vai te fazer ganhar muitas questões e garantir a sua 
aprovação. 
Você está tendo acesso agora à Rodada 01. As outras 05 rodadas serão 
disponibilizadas na sua área de membros conforme o cronograma abaixo: 
 
Material Data 
Rodada 01 Disponível Imediatamente 
Rodada 02 13/09 
Rodada 03 15/09 
Rodada 04 20/09 
Rodada 05 22/09 
Rodada 06 27/09 
 
Convém mencionar que todos que adquirirem o material completo irão receber TODAS AS 
RODADAS já disponíveis, independente da data de compra. 
 
Nesse material focamos também nos temas mais simples e com mais DECOREBA, pois, 
muitas vezes, os deixamos de lado e isso pode, infelizmente, custar inúmeras posições no 
resultado final. 
 
Lembre-se: uma boa revisão é o segredo da APROVAÇÃO. 
 
Portanto, utilize o nosso material com todo o seu esforço, estudando e aprofundando cada 
uma das dicas. 
 
Se houver qualquer dúvida, você pode entrar em contato conosco enviando suas dúvidas 
para: atendimento@pensarconcursos.com 
 
 
 
 
 
 
 
 
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ÍNDICE 
 
 
LÍNGUA PORTUGUESA ..................................................................................................... 4 
INFORMÁTICA .................................................................................................................... 15 
DIREITOS HUMANOS ...................................................................................................... 18 
DIREITO CONSTITUCIONAL ....................................................................................... 22 
DIREITO PENAL ................................................................................................................. 29 
LEGISLAÇÃO ESPECIAL ................................................................................................. 33 
RACIOCÍNIO LÓGICO ..................................................................................................... 51 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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LÍNGUA PORTUGUESA 
DICA 01 
SUBSTANTIVO 
É a classe gramatical de palavras variáveis que nomeia todas as coisas reais e irreais. 
 O substantivo possui as classificações seguintes: 
 Primitivo: é o substantivo que dá origem a novas palavras. 
 Ex.: carta, pedra. 
 Derivado: é o substantivo formado a partir de outro. 
 Ex.: carteiro, pedreiro. 
 Concreto: é o substantivo que nomeia seres animados (com vida) e inanimados 
(sem vida). 
 Ex.: cobra, fada. 
 Abstrato: é o substantivo que nomeia conceitos abstratos, os quais não podem ser 
vistos, definidos ou desenhados sozinhos. 
 Ex.: viagem, saudade. Tente imaginar a palavra “saudade”. Você não consegue 
imaginá-la sozinha. Provavelmente, você imaginou duas pessoas com saudade uma da 
outra. Por isso, ela é abstrata. 
 Simples: quando existe um termo um uma só palavra. 
 Ex.: telefone, livro. 
 Composto: quando existem mais de um termo ou mais de uma palavra. 
 Ex.: beija-flor, abelha-rainha. 
 Comum: não atribui uma qualidade especial aos objetos, lugares ou seres. 
 Ex.: cidade, menino. 
 Próprio: Dá nome a um ser único, específico, diferenciando ele do restante do 
grupo. 
 Ex.: Joana, Brasil. 
 Coletivo: é a palavra que dá nome a uma coleção ou grupo. 
 Ex.: alcateia, cardume. 
 DICA 02 
PLURAL DOS SUBSTANTIVOS SIMPLES 
Em regra, acrescentar “s” ao final da palavra no singular: amigo – amigos; degrau – 
degraus; sofá – sofás. 
 Substantivos terminados em “r”, “z”, “s”, acrescenta-se “es” ao final da palavra 
no singular: voz – vozes; mulher – mulheres; gravidez – gravidezes; país – países. 
ATENÇÃO! 
EXCEÇÃO: Substantivos terminados em “s” que são paroxítonos, o plural fica 
invariável: lápis – lápis; vírus – vírus. 
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 Substantivos terminados em “ão”, poderão ficar no plural com a terminação “ões”, 
“ãos”, “ães”: opinião – opiniões; cidadão – cidadãos; capitão – capitães. 
ATENÇÃO! 
Existem substantivos terminados em “ão” que admitem mais de 1 forma no plural: 
ancião – anciões, anciãos, anciães; vilão -> também tem 3 formas no plural; 
guardião – guardiões, guardiães. 
Substantivos singulares terminados em al, el, ol, ul, no plural têm a terminação ais, éis, 
óis, uis: aluguel – aluguéis; lençol – lençóis. 
 CUIDADO: Substantivos singulares terminados em “x” ficam com a mesma 
terminação no plural: tórax – tórax; ônix – ônix. 
Substantivo singular terminado em il, no plural termina em is, eis: fuzil – fuzis; fóssil – 
fósseis. 
 Substantivo no singular terminado em m, no plural termina em ns: jardim – jardins. 
 Substantivo no singular terminado em n, o plural termina em “ns” ou “nes”: abdômen 
– abdomens, abdômenes; hífen – hifens; hífenes. 
DICA 03 
PLURAL DOS SUBSTANTIVOS COMPOSTOS 
 Regra geral: O substantivo, o adjetivo e o numeral são VARIÁVEIS. O verbo e o 
advérbio são INVARIÁVEIS: Segundas-feiras (numeral + subst.); Guarda-roupas (verbo 
+ subst.). 
 Palavras repetidas e onomatopeias, só o último elemento ficará no plural: bem-te-
vis; reco-recos. CUIDADO - caso as palavras repetidas sejam verbos, pode-se 
escolher entre colocar todos os elementos no plural ou apenas o último no plural: 
piscas-piscas ou pisca-piscas. 
Estruturas ligadas por preposição, somente o 1º elemento ficará no plural: pores do sol; 
canas-de-açúcar. 
 Substantivo + substantivo em que o segundo termo limita o sentido do primeiro 
termo, o 1º elemento ficará no plural: decreto-lei = decretos-lei; elemento-chave = 
elementos-chave; banana-maçã = bananas-maçãs. 
 Obs.: Nesses substantivos pode haver plural nos dois elementos: decretos-leis; 
elementos-chaves; bananas-maçãs. 
 Substantivos compostos formados com grão, grã, bel, o último elemento ficará no 
plural: grão-duque = grão-duques; grã-fino = grã-finos; bel-prazer = bel-prazeres. 
DICA 04 
ARTIGO 
É a palavra que se antepõe ao substantivo e indica se ele está sendo empregado de 
forma indefinida ou definida. 
 
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ARTIGOS DEFINIDOS ARTIGOS INDEFINIDOS 
O, A, OS, AS. 
Comprei a bolsa. 
 Exprime a ideia de uma bolsa 
específica. 
 
UM, UMA, UNS, UMAS. 
 Comprei uma bolsa. 
 Exprime a ideia de uma bolsa 
qualquer. 
DICA 05 
ADJETIVO 
Palavra que expressa qualidade ou característica do ser. 
 Classificação do adjetivo: 
 Restritivo: Denota qualidade que pode ser retirada do substantivo. Por exemplo, 
nem todo o homem é inteligente. “Inteligente” é um adjetivo restritivo que diz respeito 
ao homem. 
 Explicativo: Denota qualidade que não pode ser retirada do substantivo. Por 
exemplo, todo o fogo é quente, não existe fogo frio. “Quente” é um adjetivo explicativo 
que diz respeito ao fogo. 
 Formação do adjetivo 
 Simples: formado por um só radical. 
 Ex.: magro, verde. 
 Composto: formado por mais de um radical. 
 Ex.: castanho-escuro. 
 Primitivo: dá origem a outros adjetivos. 
 Ex.: bom, feliz. 
 Derivado: deriva de substantivos, verbos e até de outro adjetivo. 
 Ex.: magrelo, bondoso. 
DICA 06 
ADJETIVO PÁTRIO/GENTÍLICO 
Indica a nacionalidade de alguém, de um objeto, de animal, entre outros. Esta 
nacionalidade está ligada a países, cidades e estados de modo geral. 
 Ex.: Carla é curitibana. Carla é curitibana, porque nasceu
em Curitiba. 
DICA 07 
GRAU DO ADJETIVO 
Os adjetivos são flexionados em grau para indicar a intensidade da característica do 
ser. Os graus do adjetivo podem ser: 
 Comparativo; 
 Superlativo. 
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COMPARATIVO SUPERLATIVO 
Comparação entre 2 ou + seres. Características num grau muito elevado ou 
em grau máximo. 
 Comparativo de igualdade: 
 Ex.: Mari é tão tímida quanto sua 
irmã. 
 Superlativo absoluto sintético: 
Adj + sufixo 
 Ex.: Mari é inteligentíssima. 
 Comparativo de inferioridade: 
 Ex.: Mari é menos tímida que sua 
irmã. 
 Superlativo absoluto analítico: 
Advérbio de intensidade + adj. 
 Ex.: Mari é muito inteligente. 
 Comparativo de superioridade: 
 Ex.: Mari é mais tímida que sua irmã. 
CUIDADO com o comparativo irregular 
de superioridade: 
 Ex.: Lucas é “mais bom” que Pedro. 
(Está errado, pois o correto seria 
“melhor”). 
 Ex.: Mauro é “mais ruim” que Fábio. 
(Está errado, pois o correto seria “pior”). 
Bom – melhor 
Ruim/mal – pior 
Grande – maior 
Pequeno – menor 
CUIDADO, estes mesmos adjetivos 
voltam à forma regular quando comparo 
2 características do mesmo indivíduo: 
 
 Ex.: Matias é mais grande que 
pequeno. (correto) 
 Ex.: Lucas é mais bom que ruim. 
(correto) 
 Superlativo relativo: relação de um 
indivíduo com o grupo. 
 Superlativo relativo de superioridade: 
 Ex.: Roberto é o menino mais forte do 
 bairro. 
 Superlativo relativo de inferioridade: 
 Ex.: Marcelo é o empregado menos 
 produtivo da empresa. 
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DICA 08 
EXEMPLOS DE SUPERLATIVOS SINTÉTICOS 
É um assunto muito cobrado. Abaixo, alguns exemplos que podem cair na sua prova: 
Bom - boníssimo ou ótimo 
Cruel – crudelíssimo 
Difícil – dificílimo 
Frágil – fragílimo 
Frio - friíssimo ou frigidíssimo 
Humilde - humílimo 
Livre – libérrimo 
Magnífico - magnificentíssimo 
Magro - macérrimo ou magríssimo 
Preguiçoso - pigérrimo 
Próspero – prospérrimo 
Terrível – Terribilíssimo 
 
DICA 09 
LOCUÇÃO ADJETIVA 
Duas palavras que, juntas, indicam uma característica. Possuem o mesmo valor de um 
adjetivo. 
 Ex.: dia de sol – dia ensolarado; amor de mãe – amor materno; rosto de anjo – 
rosto angelical. 
DICA 10 
ADVÉRBIO 
É palavra INVARIÁVEL que pode se referir a um verbo, a um advérbio ou a um adjetivo. 
 Expressa uma circunstância. 
 Ex.: Os cavalos pastavam calmamente (advérbio de modo). 
DICA 11 
CIRCUNSTÂNCIAS DO ADVÉRBIO 
 Lugar: Atrás, embaixo, ali, lá, aqui, longe, perto. 
 Tempo: Amanhã, hoje, outrora, breve, cedo, ainda (até agora). 
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 Ordem: Primeiramente, depois, ultimamente. 
 Intensidade: Tão, pouco, muito, mais, menos. 
 Modo: Bem, mal, melhor, pior, rapidamente, devagar. 
 Afirmação: Sim, realmente, certamente. 
 Negação: Não, nunca, nem, tampouco. 
 Dúvida: Provavelmente, talvez, possivelmente. 
 Inclusão: Ainda, também, mesmo. 
 Exclusão: Salvo, apenas, senão, só, unicamente. 
 Exemplo das circunstâncias do advérbio: 
José faleceu. 
 ONDE ele faleceu? (embaixo da escada) -> LUGAR 
 QUANDO ele faleceu? (ontem) -> TEMPO 
 COMO ele faleceu? (sofrendo) -> MODO 
 
OBS.: As circunstâncias adverbiais são infinitas. 
 
 OBS.: “Falecer” é VI (verbo intransitivo). Então, tudo o que for adicionado 
após o verbo é apenas um acréscimo de circunstância. 
→ “DECERTO” é um advérbio de AFIRMAÇÃO e transmite uma ideia de CERTEZA. 
Significa “certamente”, “com certeza”. É INVARIAVEL de número e em gênero. 
 Ex.: Decerto que não haverá óbice algum. 
ATENÇÃO! 
O advérbio de TEMPO “AINDA”, no sentido de “até agora” ou “até hoje”, é muito 
cobrado em prova! 
 
DICA 12 
LOCUÇÃO ADVERBIAL 
Dois ou mais termos que possuem valor de advérbios. 
 Ex.: Uma vez por semana; pela manhã; de maneira alguma, depois do almoço, no duro 
(certamente). 
DICA 13 
POSIÇÃO DO ADVÉRBIO 
A posição original do advérbio em uma frase é no final dela. Porém, ele poderá aparecer 
deslocado, no início da frase. 
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 Adjunto adverbial deslocado até 3 palavras = vírgula OPCIONAL. 
 Ex.: Ontem eu caminhei no parque/ Ontem, eu caminhei no parque. 
 Adjunto adverbial deslocado LONGO = vírgula OBRIGATÓRIA. 
 Ex.: Na reunião de ontem, eu apresentei meu novo projeto. 
DICA 14 
PRONOME RELATIVO 
 Ex.: Que, quem, o qual (a qual, os quais, as quais), onde (em que), quanto (quanta, 
quantos, quantas), cujo (cuja, cujos, cujas). 
Os pronomes relativos podem ser substituídos por “o qual”, “a qual”, “os quais”, “as 
quais”, SALVO “cujo”, “cuja”, “cujos”, “cujas”. 
Retoma um termo anterior, substituindo-o para evitar repetição. 
 Ex.: Aquele é o museu que Joana visitou. O “que” se refere ao “museu” presente 
na primeira oração e introduz a segunda oração. 
DICA 15 
PRONOME RELATIVO “ONDE” 
ATENÇÃO! 
O pronome relativo “ONDE” somente pode ser utilizado para ideia de LUGAR! Pode ser 
substituído por “em que”. 
DICA 16 
PRONOME RELATIVO “CUJO” 
O “cujo” exprime relação de POSSE. 
 Concorda em gênero e número com a coisa possuída e não admite artigo (o, a, 
os, as) depois dele. 
 Deve-se colocar o “cujo” entre o possuidor e o possuído (alguém cujo algo). 
 Ex.: Aquela é a mulher cujo apartamento é lindo. (CORRETO) 
 Ex.: Aquela é a mulher cujo o apartamento é lindo. (ERRADO) 
ATENÇÃO: Aquela é a loja a cuja dona me refiro (quem se refere, refere-se a). 
 Ex.: Esta é a Diretora com cujas ideias todos concordam (quem concorda, concorda 
com). 
DICA 17 
PRONOMES DO CASO RETO E OBLÍQUOS 
PRONOME RETO PRONOME OBLÍQUO 
EU MIM, ME, COMIGO 
TU TE, TI, CONTIGO 
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PRONOME RETO PRONOME OBLÍQUO 
ELE SE, O, A, LHE, SI, CONSIGO 
NÓS NOS, CONOSCO 
VÓS VOS, CONVOSCO 
ELES SI, OS, AS, LHES, SE, CONSIGO 
DICA 18 
COLOCAÇÃO PRONOMINAL 
É o uso do pronome oblíquo junto ao verbo. 
Quando o pronome oblíquo é usado junto ao verbo, significa que ele está sendo usado 
para SUBSTITUIR um substantivo. 
Há regras para o uso do pronome oblíquo ANTES, NO MEIO ou DEPOIS do verbo. Isso 
é colocação pronominal. 
DICA 19 
COLOCAÇÃO PRONOMINAL – PRÓCLISE 
 Pronome antes DO VERBO. 
 A próclise é aplicada quando há: 
 Advérbios ou palavra negativa. 
 Ex.: Nada se diz sobre a realidade do SUS no Brasil; Sempre me disse mentiras. 
 Pronome relativo. 
 Ex.: A mulher que me mostrou a loja. 
 Pronome indefinido. 
 Ex.: Todos se comoveram com o discurso dela. 
 Pronome demonstrativo. 
 Ex.: Isso me deixa triste. 
 “EM” + “VERBO NO GERÚNDIO”. 
 Ex.: Em se tratando de doenças cardíacas, nem todas são hereditárias. 
 Conjunção subordinada. 
 Ex.: Vamos estabelecer critérios, conforme lhe avisaram. 
 Orações iniciadas por palavras interrogativas. 
 Ex.: Quem te fez a encomenda? 
 Orações iniciadas por palavras exclamativas. 
 Ex.: Quanto se ofendem por pouca coisa! 
 
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DICA 20 
COLOCAÇÃO PRONOMINAL – MESÓCLISE 
Pronome no meio do verbo. 
 Casos de mesóclise: 
 Verbo flexionado no futuro do pretérito ou futuro do presente com o pronome no 
meio do verbo. 
 Ex.: Far-lhe-ei uma boa proposta. (futuro do presente) 
 Ex.: Comemorar-se-ia o aniversário se não chovesse. (fut. pretér.) 
DICA 21 
COLOCAÇÃO PRONOMINAL – ÊNCLISE 
Pronome depois do verbo. 
 Casos de ênclise: 
 O verbo iniciar a oração. 
 Ex.: Falaram-me que a prova será amanhã. 
 Verbo no infinitivo impessoal regido da preposição “a”. 
 Ex.: Os casais passaram a
amar-se. 
 Verbo no gerúndio. 
 Ex.: Fiquei sem reação, lembrando-me dos bons acontecimentos. 
 Vírgula ou pontuação antes do verbo. 
 Ex.: Se passar em um concurso em São Paulo, mudo-me imediatamente. 
DICA 22 
COLOCAÇÃO PRONOMINAL – PROIBIÇÕES GERAIS 
 Iniciar oração com pronome oblíquo. 
 Ex.: Me dá um comprimido. (errado) 
 Dá-me um comprimido. (certo, há ênclise) 
 Inserir pronome átono depois de futuro e particípio. 
 Ex.: Darei-te uma bolsa cara. (errado) 
 Dar-te-ei uma bolsa cara. (certo, há mesóclise) 
 Ex.: Tinha emprestado-lhe um vestido. (errado) 
 Tinha lhe emprestado um vestido. (certo, há próclise) 
 
 
 
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DICA 23 
CONJUNÇÕES COORDENATIVAS 
Conjunções são elementos de ligação entre termos similares de uma oração ou entre 
duas orações, criando relações de coordenação ou de subordinação. 
 Conjunções Coordenativas: 
 Aditivas: expressam adição. 
 Ex.: e, também. 
 Alternativas: expressam alternância. 
 Ex.: ou, ou...ou, ora...ora, seja...seja. 
 Adversativas: expressam oposição. 
 Ex.: Porém, mas, contudo, todavia, não obstante, e (no sentido de “mas”), antes (no 
sentido de “mas”). 
 Explicativas: expressam explicação. 
 Ex.: pois (antes do verbo), porquanto, porque, posto que. 
 Conclusivas: expressam conclusão. 
 Ex.: pois (depois do verbo), por isso, logo, portanto, por conseguinte. 
DICA 24 
CONJUNÇÕES SUBORDINATIVAS 
 Integrantes: introduzem orações substantivas. 
 Ex.: se, como, que. 
 Adverbiais causais: expressam causa. 
 Ex.: visto que, uma vez que, como pois que, já que. 
 Adverbiais consecutivas: expressam consequência. 
 Ex.: tal que, tão que, tanto que. 
 Adverbiais finais: expressam finalidade. 
 Ex.: para que, a fim de que. 
 Adverbiais temporais: expressam tempo. 
 Ex.: quando, desde que, enquanto. 
 Adverbiais condicionais: expressam condição. 
 Ex.: caso, se, salvo se, conquanto que. 
 Adverbiais concessivas: expressam contraste. 
 Ex.: conquanto, embora, mesmo que, se bem que, apesar de. 
 Adverbiais comparativas: expressam comparação. 
 Ex.: assim como, tanto como. 
 Adverbiais conformativas: expressam conformidade. 
 Ex.: segundo, conforme, consoante, de acordo com. 
 Adverbiais proporcionais: expressam proporção. 
 Ex.: à medida que, à proporção que, ao passo que. 
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DICA 25 
CONJUNÇÕES CONCESSIVAS 
ATENÇÃO! 
“Conquanto” é uma conjunção CONCESSIVA, igual a “embora” e “apesar de”. 
Despenca em prova! 
A conjunção “malgrado” também significa “embora”. Porém, por não ser comum no 
nosso dia a dia, é necessário saber seu significado para acertar a questão na prova. 
 Lembre-se: a CONCESSÃO é uma EXCEÇÃO à regra. Há uma “quebra” de 
expectativa. 
 Ex.: Embora eu reclame muito, sou feliz. -> Apesar de eu reclamar muito, sou 
feliz. Há uma “quebra” de expectativa, uma vez que se eu reclamo, não sou feliz (em 
regra). 
 CUIDADO: Ao trocar “embora” por “apesar de”, por exemplo, a conjugação do 
verbo mudará. 
 Ex.: Embora fosse advogado, não sabia falar em público. 
 Apesar de ser advogado, não sabia falar em público. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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INFORMÁTICA 
DICA 26 
SEGURANÇA DA INFORMAÇÃO 
Muitas vezes o Worm é confundido com o vírus, mas existem diferenças claras entre 
esses dois Malwares: 
Um Worm não necessita ser executado para infectar um sistema; 
Sua propagação é feita de maneira rápida e eficiente, normalmente utilizando-se 
das facilidades do correio eletrônico; 
Diferentemente dos vírus, não infecta outros arquivos e programas, ou seja, não 
necessita de um hospedeiro para se propagar. 
DICA 27 
SEGURANÇA DA INFORMAÇÃO 
O adware não causa nenhum dano ao computador e nem ao seu usuário. 
É um software que tem a finalidade de exibir propagandas ao usuário, sem que esse 
tenha solicitado ou autorizado. Geralmente as propagandas são fixadas em alguma 
parte da janela do Browser. 
DICA 28 
SEGURANÇA DA INFORMAÇÃO 
Em Segurança da informação, denomina-se Engenharia Social as práticas utilizadas para 
obter acesso às informações importantes ou sigilosas em organizações ou 
sistemas, por meio da enganação ou exploração da confiança das pessoas. Para 
isso, o golpista pode se passar por outra pessoa, assumir outra personalidade, fingir que é 
um profissional de determinada área, etc. 
Uma modalidade clássica de engenharia social é uma mensagem enviada 
supostamente pelo banco onde a vítima mantém uma conta corrente, que 
solicitada que o utilizador clique em um determinado link para realizar a 
atualização dos seus dados ou participar de alguma promoção. Ao clicar sobre o 
link, será direcionado a um site idêntico ao site do seu banco e acabará por 
inserir seus dados confidenciais em uma página falsa. 
DICA 29 
SEGURANÇA DA INFORMAÇÃO 
Uma senha é uma combinação de caracteres que serve como mecanismo de 
autenticação de um usuário. 
Existem senhas fortes e senhas fracas. 
 Senhas fortes: são aquelas que são difíceis de serem decifradas. Uma senha forte é 
formada pelo maior número de dígitos possível e mistura letras (maiúsculas e 
minúsculas), números e símbolos especiais. 
 
 
 
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DICA 30 
MALWARE 
É o nome que se dá a todo e qualquer software que possua finalidades maliciosas = 
Vírus, Worms, Spywares... todos esses são exemplos de Malwares. 
ATENÇÃO! 
Todo vírus é um malware, mas nem todo malware é um vírus. 
 Os malwares são amplamente cobrados em provas de concursos públicos. Você precisa 
conhecer: 
Vírus Worm Trojan horse Spyware Keylogger 
Backdoor Rootkit Adware Sniffer Hijack 
Existem muitos outros malwares, mas esses são os mais citados em provas de concursos 
públicos. 
DICA 31 
CRIPTOGRAFIA 
É um sistema de codificação de caracteres que impede que uma informação seja 
acessada por pessoas não autorizadas. 
Uma comunicação só poderá ser considerada segura se as informações passarem por 
processo de criptografia. 
 Existem basicamente dois tipos de criptografia: simétrica e assimétrica. Essa 
classificação leva em conta o número de chaves que são usadas para cifrar e decifrar as 
mensagens. 
DICA 32 
BIOMETRIA 
É um processo no qual as características físicas e comportamentais de uma pessoa 
são utilizadas para identificá-las unicamente. 
A biometria é uma das maneiras mais eficientes de autenticar a identidade de um 
usuário. A identificação pode ser feita através do escaneamento de veias, olhos, 
impressão digital, mãos, etc. 
DICA 33 
SEGURANÇA DA INFORMAÇÃO 
Normalmente, para entrar em um sistema, o usuário precisa fornecer login e senha. 
A senha é um mecanismo de autenticação. Para que se tenha ainda mais segurança 
na proteção das informações de um usuário, muitos sistemas já utilizam a autenticação 
de dois fatores. Ao inserir sua senha, o sistema envia uma outra senha ou pede uma 
outra confirmação ao usuário e isso pode ser feito utilizando sua conta de e-mail, seu 
smartphone, etc. Consegue perceber? São dois fatores de autenticação. 
 
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DICA 34 
SEGURANÇA DA INFORMAÇÃO 
Um vírus é um programa que, quando executado, danifica arquivos e outros programas 
do computador. 
 Entra em ação quando, e somente quando, é executado. 
 DICA: Assim como um vírus orgânico, o vírus de computador necessita de um 
sistema ou programa hospedeiro para se propagar. A propagação é feita 
embutindo cópias de si em outros arquivos e programas instalados no 
computador
infectado. 
DICA 35 
SEGURANÇA DA INFORMAÇÃO 
Um cavalo de troia é um programa que pode ser recebido como “presente” na forma 
de um Cartão Virtual, um protetor de telas, etc. 
Além de executar a função para qual inicialmente foi projetado, esse programa pode 
executar uma outra ação maliciosa como a instalação de um Keylogger ou Spyware 
para o roubo de informações ou senhas, por exemplo. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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 DIREITOS HUMANOS 
DICA 36 
DECLARAÇÃO UNIVERSAL DE DIREITOS HUMANOS 
ASPECTO HISTÓRICO 
Criação da ONU em 24 de outubro de 1945 pela Carta de São Francisco, após a Segunda 
Guerra Mundial, com o objetivo de promover a paz e a segurança internacional através da 
cooperação dos povos. 
Em 10 de dezembro de 1948, a Assembleia Geral das Nações Unidas proclamou a 
Declaração Universal de Direitos Humanos (DUDH). 
Provas geralmente questionam o órgão que a proclamou, foi a Assembleia Geral da ONU. 
DICA 37 
NATUREZA JURÍDICA 
Foi o primeiro documento NORMATIVO de alcance global a respeito do tema. 
 Não é um tratado, é apenas uma resolução, declaração. 
 Trata-se de ATO UNILATERAL. 
DICA 38 
INOVAÇÃO 
Inaugura o Sistema Global de Proteção aos Direitos Humanos, ou Sistema Onusiano, 
ambos sinônimos. 
 O sistema abrange a ONU, suas agências e organizações que são a ela vinculadas. As 
três principais categorias são: 
 Fundos e Programas, o Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF) por 
exemplo. 
 Instituições Especializadas: como a Organização Mundial de Saúde (OMS), a 
Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura (FAO) etc. 
 Organizações ligadas à ONU: trabalham em cooperação e parceria com a ONU, tendo 
como exemplo a Organização Mundial do Comércio (OMC) e a Agência Internacional de 
Energia Atômica (AIEA). 
DICA 39 
ESTRUTURA DO DOCUMENTO 
 Preâmbulo: Pode ser cobrado, fique atento a estrutura abaixo. 
 Princípios dos Direitos Humanos baseados na Revolução Francesa. 
 Direitos civis. 
 Direitos políticos. 
 Direitos sociais, econômicos e culturais. 
 Deveres humanos. 
 Regra de interpretação da DUDH. 
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DICA 40 
GERAÇÕES DE DIREITOS HUMANOS 
 Liberdade: 1ª geração/dimensão → arts. 2º ao 21. 
 Igualdade: 2ª geração/dimensão → arts. 22 ao 28. 
 Fraternidade: 3ª geração/dimensão → NÃO ENUMERADOS NA DUDH. 
Cuidado! Observe que APENAS os Direitos de Liberdade e Igualdade, são direitos 
previstos na Declaração de Direitos Humanos. 
Fique atento!! A banca pode tentar confundir dizendo incluindo a Fraternidade. 
DICA 41 
FORÇA VINCULANTE 
Por ser uma declaração e não um tratado, há discussões na doutrina quanto à 
vinculação da DUDH. 
 1ª corrente: não é vinculante por ser apenas uma declaração. 
 2ª corrente: é vinculante apesar de não ser tratado, e deve ser cumprida pelos países 
signatários da ONU, pois a Carta da ONU que a criou é um tratado, por ser o principal 
documento da organização. 
Para adotar uma ou outra posição ao responder uma eventual questão sobre o tema, se 
atente ao enunciado, este guiar-te-á ao posicionamento. 
DICA 42 
DIFERENÇAS 
DUDH - 1948 CF - 1988 
 ABRANGÊNCIA INTERNACIONAL ABRANGÊNCIA NACIONAL 
 NORMAS GENÉRICAS NORMAS ESPECÍFICAS 
 DIREITOS HUMANOS DIREITOS FUNDAMENTAIS 
DICA 43 
DIREITOS DE 1ª GERAÇÃO 
ATENÇÃO! 
Não confunda o texto da DUDH com o da Constituição Federal. Se a questão disser 
que “há previsão na DUDH expressamente”. 
Os artigos da DUDH trazem a característica da Universalidade e Princípio da NÃO 
DISTINÇÃO do indivíduo e do Estado a qual pertence o indivíduo. 
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A segurança pessoal se relaciona com liberdade, direitos de 1ª geração, se estiver a 
letra do artigo e trocar por segurança social estará errado, devido à literalidade. 
*Segurança social está no art. 22. 
DICA 44 
DIREITOS DE 1ª GERAÇÃO 
 Traz a Vedação à ESCRAVIDÃO E TRÁFICO DE ESCRAVOS e também a vedação à 
TORTURA. 
 Direito de personalidade. 
 Direito de igualdade formal (1ª geração), a qual não leva em conta as diferenças 
entre os indivíduos, pode muitas vezes ser injusta, não havendo equidade. A igualdade 
material é de 2ª geração. 
 Reparação efetiva de direitos lesados (na prática, seria através dos remédios 
constitucionais da CF). 
DICA 45 
DIREITOS DE 1ª GERAÇÃO 
 Veda ações ARBITRÁRIAS. 
 Prevê o direito de julgamento num tribunal independente e imparcial. (Implícito na 
DUDH a criação de Tribunal de exceção, expresso apenas na CF). 
 Traz o princípio da presunção de inocência e da irretroatividade de lei penal. 
 Trata da não interferência na vida privada, família, lar e correspondências (antiga, não 
cita comunicações telefônicas nem sigilo bancário, há previsão só na CF). 
DICA 46 
DIREITOS DE 1ª GERAÇÃO 
 Contempla o direito à liberdade de locomoção e residência e direito ao regresso ao 
próprio país. 
 Direito de asilo em perseguição ilegítima por crime político. 
 Direito de nacionalidade. 
 Direito de matrimônio entre maiores de idade (idade a depender do país) com 
consentimento e proteção da família (sentido amplo). 
 Direito à propriedade protegido da privação arbitrária. 
DICA 47 
DIREITOS DE 1ª GERAÇÃO 
 Traz o direito à liberdade religiosa ISOLADA ou COLETIVAMENTE, em PÚBLICO 
ou em PARTICULAR. 
 Direito à liberdade de expressão e de opinião (não aborda anonimato, só a CF). 
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 Direito de reunião e associação pacíficas (mais nada, diferente da CF) e não ser 
obrigado a participar de associação. 
 Direitos políticos e de acesso ao serviço público, direito de sufrágio universal por voto 
secreto (não traz obrigatoriedade de voto, só a CF). 
DICA 48 
DIREITOS DE 2ª GERAÇÃO 
 Traz direito à segurança SOCIAL na reserva do possível. 
 Direitos trabalhistas. 
 Direito a repouso, lazer, limitação razoável de horas trabalhadas e férias 
remuneradas. 
 Direito a um padrão de vida digno e direito a cuidados à maternidade e a infância. 
Proteção social a todas as crianças, nascidas dentro e fora do casamento (contexto anos 
1940). 
DICA 49 
DIREITOS DE 2ª GERAÇÃO 
 Prevê o direito à educação gratuita nos graus elementar e fundamental. 
 Direitos culturais e autorais. 
 Direito a ordem que respeite os direitos da DUDH. 
 DEVERES e limitações determinadas por lei. 
 Regras de interpretação que vedam subversão da finalidade da norma, ou seja, deve 
ser uma interpretação teleológica. 
DICA 50 
DIREITO ABSOLUTO X DIREITO COM CARÁTER ABSOLUTO 
 Vedação das práticas descritas nos arts. 4º e 5º, significa que apesar de nenhum 
direito ser absoluto, estes possuem vedação de exceção em caráter absoluto pois 
não há possibilidade de exceção. 
 Teoria da Ladeira Escorregadia: Admitir tortura no ordenamento jurídico nacional ou 
internacional é RETROCESSO, e que poderia acabar transformando a exceção em regra, 
por isso é vedada a possibilidade de exceção. 
 
 
 
 
 
 
 
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DIREITO CONSTITUCIONAL 
DICA 51 
DIREITOS E GARANTIAS FUNDAMENTAIS 
INVIOLABILIDADE 
A Constituição Federal de 1988 elenca os direitos fundamentais invioláveis: 
BIZU: V I L P S 
 V ida 
 I igualdade 
 L iberdade 
 P ropriedade 
 S egurança (jurídica) 
DICA 52 
PROTEÇÃO 
Os direitos e garantias fundamentais não se aplicam somente aos brasileiros, pois, 
segundo a Constituição Federal, a proteção se estende também aos estrangeiros 
residentes no País; 
 CUIDADO: entende-se que a proteção se estende a todos, brasileiros e estrangeiros,
sejam ou não residentes no Brasil, mas o TEXTO DA CF/88 limita aos residentes; 
 Ex: Um estrangeiro que esteja de férias no Brasil tem também protegido o seu direito à 
vida, à liberdade e à propriedade. 
DICA 53 
DIREITO À VIDA 
Direito à vida não é só o direito de viver, é também o direito de dignidade. 
 Integridade física e moral do indivíduo: 
 Direito à vida em sua perspectiva positiva: dignidade; 
 Proibições: Tortura, tratamento desumanos ou degradante, penas cruéis, trabalhos 
forçados; 
 Direito à vida em sua perspectiva negativa: sobreviver/viver; 
 Proibições: Pena de morte (apenas no caso de guerra declarada). 
ATENÇÃO! 
Nenhum direito é ABSOLUTO, nem mesmo o direito à VIDA (há a possibilidade de 
morte por fuzilamento em hipótese de guerra declarada). 
 
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DICA 54 
DIREITO À VIDA INTRAUTERINA 
O direito à vida não abrange apenas a vida extrauterina, mas também a vida 
intrauterina. Sem essa proteção, estaríamos autorizando a prática do aborto, que 
somente é admitida no Brasil nos casos de: 
 Aborto necessário ou terapêutico (art. 128, I): não se pune o aborto praticado por 
médico se não há outro meio de salvar a vida da gestante; 
 Aborto sentimental ou humanitário (art. 128, II): não se pune o aborto praticado 
por médico se a gravidez resulta de estupro e o aborto é precedido de consentimento da 
gestante ou, quando incapaz, de seu representante legal. 
DICA 55 
DIREITO DE REUNIÃO 
 A reunião pacífica, ou seja, sem violência e sem armas é amplamente permitida nos 
locais abertos ao público; 
 NÃO SE EXIGE prévia autorização; 
 Contudo, é necessária que a autoridade competente seja previamente AVISADA; 
 A reunião não poderá acontecer se, no mesmo local e horário, já houver reunião 
convocada anteriormente; 
ATENÇÃO! 
Não confundir prévio AVISO com prévia AUTORIZAÇÃO. 
DICA 56 
INVIOLABILIDADE DA RESIDÊNCIA 
Segundo a Constituição Federal de 1988, a casa é asilo inviolável do indivíduo, 
ninguém nela podendo penetrar sem consentimento do morador; 
 Essa regra, contudo, tem quatro exceções: 
 Consentimento do morador em qualquer horário; 
 Situação de flagrante delito (qualquer horário); 
 Em caso de desastre ou para prestar socorro (qualquer horário); 
 Determinação judicial (apenas durante o dia) 
 CUIDADO: não confunda autorização judicial com autorização policial (pegadinha de 
banca). 
DICA 57 
PENAS VEDADAS 
O direito à liberdade pode ser excepcionado em caso de penas restritivas da liberdade, 
contudo, alguns tipos de pena são vedados no Brasil: 
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Mnemônico: CBM PF 
 Não podemos ter penas : 
 C ruéis 
 B animento 
 M orte (salvo em caso de guerra declarada) 
 P erpétuas 
 F orçados 
DICA 58 
DIREITO DE ASSOCIAÇÃO 
Nos termos da CF/88, qualquer pessoa pode se associar e qualquer associação é válida; 
 Há apenas uma EXCEÇÃO: vedada a associação de caráter paramilitar; 
Organização paramilitar é uma associação civil, desvinculada do Estado, armada e com 
estrutura análoga às instituições militares, que utiliza táticas e técnicas policiais ou 
militares para alcançar seus objetivos; 
A pessoa não pode ser obrigada a se associar nem a permanecer associada. 
DICA 59 
DIREITO DE ASSOCIAÇÃO 
A criação das associações e de cooperativas independem de autorização, sendo vedada 
a interferência estatal em seu funcionamento. 
 CUIDADO: as bancas costumam substituir essas duas palavras; 
Para que uma associação seja dissolvida ou tenha as suas atividades suspensas exige-se 
autorização judicial, sendo que para a dissolução necessita ainda do trânsito em 
julgado; 
 
 O esquema fica assim: 
 SUSPENSÃO: Decisão judicial 
 DISSOLUÇÃO: Decisão judicial transitada em julgado 
DICA 60 
ESCUSA DE CONSCIÊNCIA 
A liberdade de pensamento e religiosa é garantida pela CF/88, contudo, essa 
liberdade não pode ser utilizada como forma de não realizar obrigação imposta a 
todos por lei; 
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Por este motivo, estabelece a CF/88 que nestes casos de recusa, por motivo de crença 
religiosa ou de convicção filosófica ou política, aquele que recusa deverá realizar 
prestação alternativa; 
Caso não cumpra a prestação alternativa, poderá ter os seus direitos suspensos (há 
quem defenda que é caso de PERDA dos direitos, mas prevalece que há suspensão). 
O pensamento é livre (liberdade de expressão), contudo, aquele que emite uma opinião 
deve ser identificado, para que em eventual excesso possa ser responsabilizado; 
Por este motivo a CF/88 esclarece que o pensamento é livre, mas é vedado o 
anonimato; 
 CUIDADO: nas provas muitas vezes o examinador troca a palavra vedado por 
permitido; 
Por outro lado, estabelece a CF/88 que é assegurado a todos o acesso à informação e 
resguardado o sigilo da fonte, quando necessário ao exercício profissional; 
DICA 61 
PRINCÍPIO DO JUIZ NATURAL 
Juiz natural é a autoridade competente para o julgamento segundo a lei; 
 Está descrito em dois incisos do art. 5º da Constituição Federal: 
 LIII - ninguém será processado nem sentenciado senão pela autoridade competente; 
 XXXVII - não haverá juízo ou tribunal de exceção; 
 Tribunal de exceção é aquele criado após o fato, objetivando proceder ao seu 
julgamento; por ser PARCIAL, ele é vedado! 
DICA 62 
EXTRADIÇÃO 
Extradição é o ato de entregar determinada pessoa ao País no qual está sendo 
julgada; 
 O brasileiro nato jamais será extraditado; 
 Essa regra não comporta exceção; 
 O Brasileiro naturalizado só pode ser extraditado em duas situações: 
 Crime comum cometido antes da sua naturalização; 
 Comprovado envolvimento em tráfico ilícito de entorpecentes e drogas afins (a 
qualquer tempo). 
O estrangeiro, por sua vez, pode ser extraditado em qualquer crime, exceto: 
 Crime político; 
 Crime de opinião. 
 
 
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DICA 63 
LIBERDADE RELIGIOSA 
A liberdade religiosa também é garantida no Brasil, sendo assegurada a prestação de 
assistência religiosa em qualquer entidade de internação coletiva, seja ela: 
 Civil ou; 
 Militar. 
 CUIDADO: muitas provas trazem que essa assistência é vedada nas entidades 
militares, o que está ERRADO. 
DICA 64 
TRIBUNAL DO JÚRI 
 O tribunal do Júri tem quatro características: 
 Plenitude de defesa; 
 Sigilo das votações; 
 Soberania dos veredictos; 
 Competência para o julgamento dos crimes DOLOSOS contra a vida; 
 CUIDADO com questões que tragam: 
 Ampla defesa (conceito diferente); 
 Supremacia dos veredictos; 
 Crimes culposos contra a vida. 
DICA 65 
IGUALDADE 
 O princípio da igualdade é também conhecido como isonomia e se divide em duas 
dimensões: 
 Igualdade formal: é a igualdade que não considera as peculiaridades da pessoa ou da 
situação; 
 Igualdade material: é igualdade consideradas as distinções de cada um, "os iguais 
devem ser tratados de forma igualitária e os desiguais, de maneira desigual, na medida de 
sua desigualdade"; 
Em razão da igualdade material, a igualdade constitucional entre homens e mulheres 
permite que constitucionalmente sejam tratados diferentemente; 
 Ex.: os testes de aptidão física em concursos policiais, que preveem parâmetros 
diferentes para homens e mulheres; 
Contudo, a expressão homens e mulheres são iguais em direitos e obrigações está 
CORRETA, pois dentro dessa igualdade está a dimensão material. 
 
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DICA 66 
DIREITO À PROPRIEDADE 
Assim como todos os direitos fundamentais, o direito à propriedade NÃO é absoluto. 
Para
que a propriedade seja garantida é necessário que ela atenda à sua função social, 
ou seja, precisa ter alguma destinação; 
Não estando comprovada a sua função social ela poderá ser desapropriada por interesse 
social, mediante justa e prévia indenização em dinheiro. 
O direito à propriedade independe do tamanho desta. 
DICA 67 
DESAPROPRIAÇÃO 
 A desapropriação pode acontecer por três razões: 
 Necessidade pública: situação de urgência, cuja melhor solução será a transferência 
de bens particulares para o domínio do Poder Público; 
 Utilidade pública: transferência conveniente da propriedade privada para a 
Administração. Não há o caráter imprescindível nessa transferência, pois é apenas 
oportuna e vantajosa para o interesse coletivo. 
 Interesse social: transferência da propriedade que visa melhorar a vida em 
sociedade, na busca da redução das desigualdades. 
Mediante justa e prévia indenização em dinheiro, ressalvados os casos previstos 
nesta Constituição; 
DICA 68 
UTILIZAÇÃO DA PROPRIEDADE PARTICULAR 
Em casos de iminente perigo público, a autoridade poderá usar propriedade 
particular, assegurada indenização posterior, somente se houver dano. 
 Ex.: Utilização de um carro particular por um policial para perseguir um bandido; 
utilização de uma escola para abrigar pessoas atingidas por uma enchente. 
ATENÇÃO: 
Diferente da DESAPROPRIAÇÃO, aqui só haverá indenização SE houver DANO e o 
pagamento se dará APÓS a utilização do bem. 
 DICA 69 
PROTEÇÃO DA PROPRIEDADE RURAL 
A CF/88 garante um tratamento especial a algumas propriedades rurais. 
 Quais são os requisitos? 
 Que seja uma pequena propriedade rural (nos termos da lei); 
 Que seja trabalhada pela família; 
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 Qual a proteção? 
 Caso a família contraia dívida em razão da sua atividade produtiva, essa propriedade 
não será penhorada para pagamento do débito; 
 A lei disporá sobre meios para financiar o seu desenvolvimento. 
 DICA 70 
PROPRIEDADE INTELECTUAL 
 A lei assegurará aos autores de inventos industriais: 
 Privilégio temporário para sua utilização; 
 Proteção às criações industriais; 
 Proteção à propriedade das marcas, aos nomes de empresas e a outros signos 
distintivos (como logos); 
Tudo em benefício do interesse social e o desenvolvimento tecnológico e econômico do 
País. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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DIREITO PENAL 
DICA 71 
APLICAÇÃO DA LEI PENAL 
PRINCÍPIOS APLICADOS 
 A aplicação da Lei Penal é regida por dois princípios, da legalidade e da 
anterioridade, que estão expressos na Constituição Federal, no art. 5º, inciso XXXIX, 
que diz “não haverá crime sem lei anterior que o defina, nem pena sem prévia cominação 
legal”; 
 Isso significa que só será crime se a previsão em lei estiver sido criada antes do fato 
praticado; 
 Outro princípio que rege a aplicação da lei penal é o princípio da irretroatividade da lei 
penal, previsto no art. 5º, XL, da CF/88, segundo o qual “a lei penal não retroagirá, salvo 
para beneficiar o réu”. 
 Quando a lei retroage, ela se aplica aos fatos praticados antes de sua criação. 
DICA 72 
SUCESSÃO DE LEIS PENAIS NO TEMPO 
Segundo o disposto no CP, Art. 2º, Parágrafo único: A lei posterior que, de qualquer 
modo, favorecer o agente, aplica-se aos fatos anteriores, ainda que decididos por 
sentença condenatória transitada em julgado. 
Uma lei nova que modifica o regime anterior, melhorando ou beneficiando a situação do 
sujeito, aplica-se aos fatos anteriores, mesmo que já tenha o trânsito em julgado da 
sentença condenatória. 
Se a lei piorar de qualquer forma, só vai se aplicar aos fatos posteriores. 
Abolitio criminis: ocorre quando uma conduta deixa de ser crime (RETROAGE); 
Novatio legis incriminadora: ocorre quando uma conduta que era lícita passa a 
ser crime (NÃO RETROAGE, pois é prejudicial); 
Novatio legis in pejus: lei que torna a lei mais gravosa de alguma forma (NÃO 
RETROAGE) 
Novatio legis in mellius: beneficia, de alguma forma, a situação do acusado 
(RETROAGE) 
DICA 73 
EXCEÇÃO AO PRINCÍPIO DA IRRETROATIVIDADE 
 Aplica-se o princípio da ultratividade; 
 A lei se aplica ao período determinado seja melhor ou pior que a anterior ou posterior; 
 Hipóteses: lei TEMPORÁRIA ou EXCEPCIONAL 
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 A lei TEMPORÁRIA tem data de início e final determinadas, por exemplo, de 1º de Junho 
de 2021 a 30 de Junho de 2021; 
 A lei EXCEPCIONAL não tem data certa, pois vige uma determinada SITUAÇÃO, ou 
seja, a lei vigorará ENQUANTO durar a pandemia; 
Dica para memorizar se a LEI é melhor ou pior 
NOVATIO LEGIS IN MELLIUS: M de MELHOR 
NOVATIO LEGIS IN PEJUS: P de PIOR 
LEX MITIOR: M de MELHOR 
LEX GRAVIOR: lei mais GRAVE 
DICA 74 
TEMPO E LUGAR DO CRIME 
 O TEMPO do crime será considerado no momento de sua ação ou omissão (teoria da 
atividade); 
 O LUGAR do crime será considerado no momento da ação ou da omissão ou o lugar 
onde o resultado aconteceu ou deveria ter acontecido (teoria da ubiquidade); 
L Lugar 
U Ubiquidade 
T Tempo 
A Atividade 
DICA 75 
APLICAÇÃO DA LEI PENAL NO ESPAÇO 
 Em regra a lei penal brasileira se aplica aos fatos praticados no território nacional; 
 Excepcionalmente, pode se aplicar a fatos praticados fora do país, são os casos de 
extraterritorialidade; 
 A extraterritorialidade pode ser incondicionada, quando a lei brasileira de aplica em 
qualquer hipótese, até mesmo se o agente já tiver sido condenado ou absolvido no 
exterior, ou condicionada quando depender de alguns requisitos; 
 As aeronaves ou embarcações do GOVERNO brasileiro são consideradas extensão 
do BRASIL, ou seja, se aplica o princípio da territorialidade. 
DICA 76 
EXTRATERRITORIALIDADE INCONDICIONADA 
 Crime contra a vida ou a liberdade do Presidente da República; 
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 Crime contra o patrimônio ou a fé pública da União, do Distrito Federal, de Estado, 
de Território, de Município, de empresa pública, sociedade de economia mista, autarquia 
ou fundação instituída pelo Poder Público; 
 Crime contra a administração pública, por quem está a seu serviço; 
 Crime de genocídio, quando o agente for brasileiro ou domiciliado no Brasil; 
DICA 77 
EXTRATERRITORIALIDADE CONDICIONADA 
 O agente não pode ter sido perdoado, absolvido ou já ter cumprido a pena no 
estrangeiro; 
 O agente deve entrar no brasil após praticar o crime; 
 O fato deve ser crime nos dois países; 
 O crime deve autorizar a extradição; 
 Hipóteses: 
 Crimes reprimidos em tratado ou Convenção pelo Brasil; 
 Ou crimes praticados em aeronaves ou embarcações brasileiras, mercantes ou de 
propriedade privada, quando em território estrangeiro e aí não sejam julgados; 
DICA 78 
MNÊMONICO – “PAG A BET” 
INCONDICIONADA 
P Presidente 
A Administração 
G Genocídio 
CONDICIONADA 
B Brasileiro 
E Embarcação ou Aeronave privada 
T Tratado ou Convenção 
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DICA 79 
PENA CUMPRIDA NO ESTRANGEIRO 
 A pena cumprida no estrangeiro influencia na condenação brasileira pelo mesmo crime 
da seguinte forma: 
 Quando as penas são diversas, atenua a pena imposta no Brasil; 
 Quando são idênticas nela é computada; 
DICA 80 
EFICÁCIA DA SENTENÇA ESTRANGEIRA 
Se a lei brasileira e estrangeira produzem as MESMAS consequências, a sentença 
estrangeira poderá ser homologada para: 
 obrigar o condenado à reparação do dano, a restituições e a outros efeitos civis (aqui 
depende de pedido da parte interessada); 
 sujeitá-lo a medida de segurança
(deve haver tratado de extradição ou requisição do 
Ministro da Justiça). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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LEGISLAÇÃO ESPECIAL 
DICA 81 
LEI Nº 9.455/1997 (ANTITORTURA) 
FUNDAMENTO CONSTITUCIONAL DA LEI DE TORTURA 
A Constituição Federal, em seu art. 5º, inciso III, estabelece que: [...] "ninguém será 
submetido à tortura nem a tratamento desumano ou degradante". 
O art. 5º, XLIII, da CF/88, ainda estabelece que: [...] "a lei considerará crimes 
inafiançáveis e insuscetíveis de graça ou anistia a prática da tortura, o tráfico ilícito 
de entorpecentes e drogas afins, o terrorismo e os definidos como crimes hediondos, por 
eles respondendo os mandantes, os executores e os que, podendo evitá-los, se omitirem. 
Fique atento! 
Perceba que o crime de tortura é inafiançável e insuscetível de graça ou anistia. 
 O que seria graça? 
A graça é forma de clemência soberana e se destina a pessoa determinada e não a fato, 
sendo denominada indulto individual na Lei de Execução Penal. Trata-se, portanto, de um 
benefício individual (com destinatário certo). 
 O que seria anistia? 
A anistia é o esquecimento jurídico de uma ou mais infrações penais. Trata-se do 
perdão concedido pela prática determinado crime. 
 DICA 82 
LEI Nº 9.455/1997 (ANTITORTURA) 
Memorize! 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Crimes 
Inafiançáveis 
São crimes INAFIANÇÁVEIS 
todos os imprescritíveis e os 
insuscetíveis de graça ou anistia. 
 
Crimes 
imprescritíveis 
Crimes 
insuscetíveis de 
graça e anistia 
- Racismo; 
- Ação de Grupos armados, civis 
ou militares contra a ordem 
constitucional e o Estado 
Democrático. 
 
Tortura; 
Tráfico; 
Terrorismo; 
Hediondo. 
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QUESTÃO IBFC, 2018: 
No que diz respeito ao crime de tortura, assinale a alternativa correta. 
a) o crime de tortura é afiançável. 
b) o crime de tortura é suscetível de anistia. 
c) a condenação deve acarretar a perda do cargo público e a interdição para seu 
exercício pelo triplo do prazo da pena aplicada. 
d) constitui crime de tortura submeter alguém, sob sua guarda, com emprego 
de grave ameaça, a intenso sofrimento mental, como forma de aplicar castigo 
pessoa. 
e) o crime de tortura é suscetível de graça. 
Gabarito: d 
DICA 83 
MODALIDADES DE CRIMES DE TORTURA 
 Tortura-persecutória ou tortura-prova 
 Constitui crime de tortura constranger alguém com emprego de violência ou grave 
ameaça, causando lhe sofrimento físico ou mental, com o fim de obter informação, 
declaração ou confissão da vítima ou de terceira pessoa. 
 Trata-se de crime comum, ou seja, pode ser praticado por qualquer pessoa. 
Constranger é o verbo núcleo, que significa forçar ou coagir. 
Obs.: Os meios executórios dessa modalidade de tortura são a violência e a grave 
ameaça. 
DICA 84 
MODALIDADES DE CRIMES DE TORTURA 
 Tortura crime ou tortura para a prática de crime 
 Constitui crime de tortura constranger alguém com emprego de violência ou grave 
ameaça, causando lhe sofrimento físico ou mental, para provocar ação ou omissão de 
natureza criminosa. 
 Trata-se de crime comum, por isso, pode ser praticado por qualquer pessoa. 
Constranger é o verbo núcleo, que significa forçar ou coagir. 
Obs.: Os meios executórios dessa modalidade de tortura são a violência e a grave 
ameaça. 
DICA 85 
MODALIDADES DE CRIMES DE TORTURA 
 Tortura discriminatória ou tortura racismo 
 Constitui crime de tortura constranger alguém com emprego de violência ou grave 
ameaça, causando lhe sofrimento físico ou mental, em razão de discriminação racial ou 
religiosa. 
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35 
 Trata-se de crime comum, isto é, pode ser praticado por qualquer pessoa. 
Constranger é o verbo núcleo, que significa forçar ou coagir. No entanto, ao contrário 
dos delitos anteriores, em que as vítimas eram constrangidas a "fazer algo", na tortura 
discriminação o ofendido será torturado por conta da discriminação racial ou religiosa. 
Obs.: Os meios executórios dessa modalidade de tortura são a violência e a grave 
ameaça. 
DICA 86 
MODALIDADES DE CRIMES DE TORTURA 
 Tortura castigo 
Submeter alguém, sob sua guarda, poder ou autoridade, com emprego de violência ou 
grave ameaça, a intenso sofrimento físico ou mental, como forma de aplicar castigo 
pessoal ou medida de caráter preventivo. 
Trata-se de crime próprio, pois exige uma especial qualidade do agente. Assim, o 
autor do delito deve ter uma relação de guarda, poder ou autoridade com a vítima. 
Fique atento! 
Diferentemente dos delitos anteriores, na tortura castigo deve haver o intenso sofrimento 
físico ou mental. 
 Diferença entre o crime de maus tratos e tortura castigo 
Maus-tratos (art. 136, CP) Tortura castigo (Lei n. 9.455, art. 1º, II) 
 Há excesso nos meios de correção. Há dolo de torturar. 
 Não há intenso sofrimento físico ou 
mental. 
 Existe intenso sofrimento físico ou 
mental. 
 Não há emprego de violência ou grave 
ameaça, embora possa ocorrer. 
 Há emprego de violência ou grave 
ameaça. 
 
Memorize! 
 
Modalidades de crimes 
de tortura 
Tortura prova - obter informação, 
declaração ou confissão. 
Tortura crime - provocar ação ou 
omissão de natureza criminosa 
Tortura discriminatória - discriminação 
racial ou religiosa 
Tortura castigo - castigo pessoal ou 
medida de caráter preventivo (crime 
próprio) 
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36 
Para todos esses delitos a pena será de reclusão de 2 a 8 anos. 
DICA 87 
FORMA OMISSIVA DA TORTURA 
Aquele que se omite em face dessas condutas, quando tinha o dever de evitá-las ou 
apurá-las, incorre na pena de detenção de 1 a 4 anos. 
Fique atento! 
A forma omissiva da tortura é o único delito da lei de antitortura que não é equiparado ao 
hediondo. Também é o único que a pena é de detenção. 
Trata-se de crime próprio, uma vez que é exigido uma especial qualidade do agente. 
 Exemplo: Diretor de Presídio percebe que os policiais penais estão torturando um 
preso na Unidade Prisional e não faz nada para impedi-los. O Diretor responderá pelo 
delito de omissão perante a tortura, enquanto os agentes responderão por tortura. 
O particular, que não possua tal dever, caso se depare com a prática de crime de 
tortura e não o impeça, responderá pelo crime de omissão de socorro. 
A pena para este delito é de detenção de 1 a 4 anos. 
DICA 88 
TORTURA QUALIFICADA PELO RESULTADO LESÃO GRAVE OU MORTE 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Trata-se de um crime preterdoloso, tendo em vista que há dolo na tortura e culpa 
no resultado lesão grave ou morte. 
Cuidado! 
 Se o sujeito tem a intenção de torturar e, culposamente, lesiona de forma grave ou 
mata a vítima, responderá pelo delito de tortura qualificada pelo resultado, previsto no 
art. 1º, § 3º, da Lei 9.455/97. 
 Se o autor tem a intenção de torturar e, após consumado o crime, decide matar a 
vítima, responderá por tortura em concurso com homicídio qualificado. 
 Se o indivíduo tem, desde o início, a intenção de matar a vítima e para tanto emprega a 
tortura, responderá por homicídio qualificado pela tortura. 
Se a tortura 
praticada resulta em 
lesão grave ou 
gravíssima 
Pena: reclusão de 4 
a 10 anos 
Se a tortura 
praticada resulta em 
morte 
Pena: reclusão de 8 
a 16 anos 
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37 
 
DICA 89 
CAUSAS DE AUMENTO DE PENA 
 
 A pena aumenta de 1/6 até 1/3: 
 Se o crime for cometido por agente público; 
 Se o crime for cometido contra criança, gestante, portador de deficiência, 
adolescentes ou maior
de 60 anos; 
 Se o crime for cometido mediante sequestro; 
QUESTÃO IBFC, 2018: 
Assinale a alternativa correta. No crime de tortura, a pena aumenta de um sexto até 
um terço se o crime é cometido: 
a) contra pessoa maior de 50 (cinquenta) anos. 
b) mediante rapto. 
c) por agente público. 
d) mediante extorsão. 
e) mediante violência ou grave ameaça. 
Gabarito: c. 
DICA 90 
EFEITOS DA SENTENÇA CONDENATÓRIA 
A condenação pela prática de crime previsto na Lei nº. 9.455/97 (inclusive na forma 
omissiva) acarretará a perda do cargo, função ou emprego público e a interdição 
para seu exercício pelo dobro do prazo da pena aplicada. 
Trata-se de efeito automático da sentença condenatória por crime de tortura. 
A interdição consiste na impossibilidade de o agente voltar ao serviço público. 
 
 
 
A pena aumenta de 1/6 até 
1/3 
Cometido por agente público 
Contra criança, gestante, portador de 
deficiência, adolescente ou + 60 anos 
Cometido mediante sequestro 
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38 
 
Fique atento! 
O prazo da interdição é calculado com base no dobro da pena aplicada na sentença 
condenatória. 
 
 
 
 
 
 
 
DICA 91 
EXTRATERRITORIALIDADE 
 A lei nº. 9.455/94 se aplica a fatos ocorridos fora do território nacional desde que: 
 A vítima seja brasileira; ou 
 O autor seja encontrado em local sob jurisdição brasileira 
 
 
 
 
 
 
 
DICA 92 
LEI Nº 12.846/2013 (ANTICORRUPÇÃO) 
ÂMBITO DE APLICAÇÃO 
Trata-se de uma lei nacional, isto é, feita pela União, mas que possui aplicabilidade em 
todas as esferas federativas (União, Estados, Municípios e DF). 
 Objeto da lei: a responsabilização objetiva (independentemente de comprovação 
de dolo ou culpa) das pessoas jurídicas. 
 A responsabilização objetiva ocorrerá quando as pessoas jurídicas praticarem atos 
contra a Administração Pública, seja ela brasileira ou estrangeira. 
 Bem jurídico protegido pela lei 12.846/13: probidade da Administração Pública, 
no sentido de responsabilizar as pessoas jurídicas que se beneficiem da prática de atos 
ilícitos em detrimento do Poder Público. 
 
Se aplica a lei de tortura 
a fatos ocorridos fora do 
Brasil 
Vítima brasileira 
Agente encontrado em local sob 
jurisdição nacional 
Condenação pela 
prática de crime de 
tortura 
Perda do cargo, função ou 
emprego público. 
 Interdição para seu exercício 
pelo DOBRO do prazo da pena 
aplicada. 
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39 
 
DICA 93 
LEI Nº 12.846/2013 (ANTICORRUPÇÃO) 
 Aplicabilidade da lei 12.846/13 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 As pessoas jurídicas serão responsabilizadas objetivamente, nos âmbitos 
administrativo e civil, pelos atos lesivos previstos nesta Lei praticados em seu interesse 
ou benefício, exclusivo ou não. 
ATENÇÃO! 
A lei 12.846/13 NÃO aplica as pessoas físicas. 
DICA 94 
LEI Nº 12.846/2013 (ANTICORRUPÇÃO) 
 A responsabilização da pessoa jurídica não exclui a responsabilidade individual de seus 
dirigentes ou administradores ou de qualquer pessoa natural, autora, coautora ou 
partícipe do ato ilícito. 
 A pessoa jurídica será responsabilizada independentemente da responsabilização 
individual das pessoas naturais referidas acima. 
 Os dirigentes ou administradores somente serão responsabilizados por atos ilícitos na 
medida da sua culpabilidade. 
Subsiste a responsabilidade da pessoa jurídica na hipótese de alteração 
contratual, transformação, incorporação, fusão ou cisão societária. 
 
 
 
 
Aplica a lei 
12.846/13 
- Sociedades empresárias 
- Sociedades simples 
- Sociedades personificadas 
ou não 
Independentemente 
da forma de 
organização ou 
modelo societário 
adotado 
A quaisquer fundações, associações de entidades ou pessoas, 
ou sociedades estrangeiras, que tenham sede, filial ou 
representação no território brasileiro, constituídas de fato ou 
de direito, ainda que temporariamente. 
Subsiste a 
responsabilidade da 
pessoa jurídica 
Nas hipóteses: 
Alteração contratual; 
Transformação; 
Incorporação; 
Fusão; 
Cisão. 
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40 
DICA 95 
PENALIDADES 
 As penalidades previstas na lei nº. 12.846/13 podem ser classificadas em dois grupos: 
 Punições administrativas 
 Punições decorrentes de ordem judicial 
As punições decorrentes de ordem judicial possuem natureza mais gravosa. 
Fique atento! 
As penalidades prescrevem em 5 anos, contados da: 
 Data da ciência da infração; ou 
 Data da cessação da permanência ou continuidade, no caso da infração continuada ou 
permanente. 
 
 
 
 
 
 
 
DICA 96 
DA RESPONSABILIZAÇÃO ADMINISTRATIVA 
Administrativamente, podem ser aplicadas penas de multa e publicação 
extraordinária da decisão condenatória. 
 
 
 
Fique atento! 
Nestes casos, caso não seja possível utilizar o critério do valor do faturamento bruto 
da pessoa jurídica, a multa será de R$ 6.000,00 (seis mil reais) a R$ 60.000.000,00 
(sessenta milhões de reais). 
 
 
 
 
 
MULTA 
No valor de 0,1% (um décimo por cento) a 20% (vinte por 
cento) do faturamento bruto do último exercício anterior ao 
da instauração do processo administrativo, excluídos os 
tributos, a qual nunca será inferior à vantagem auferida, 
quando for possível sua estimação 
PUBLICAÇÃO 
EXTRAORDINÁRIA 
DA DECISÃO 
CONDENATÓRIA 
Ocorrerá na forma de extrato de sentença, a expensas da 
pessoa jurídica, em meios de comunicação de grande 
circulação na área da prática da infração e de atuação da 
pessoa jurídica ou, na sua falta, em publicação de 
circulação nacional, bem como por meio de afixação de 
edital, pelo prazo mínimo de 30 (trinta) dias, no próprio 
estabelecimento ou no local de exercício da atividade, de 
modo visível ao público, e no sítio eletrônico na rede 
mundial de computadores. 
Prazo 
prescricional 
das 
penalidades na 
lei 12.846/13 
5 anos 
Contados: 
- Data da ciência da 
infração 
- Data da cessação da 
permanência ou 
continuidade 
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41 
s sanções serão aplicadas fundamentadamente, isolada ou cumulativamente, de 
acordo com as peculiaridades do caso concreto e com a gravidade e natureza das 
infrações. 
DICA 97 
DA RESPONSABILIZAÇÃO ADMINISTRATIVA 
Memorize! 
 Serão levados em consideração na aplicação das sanções: 
 A gravidade da infração; 
 A vantagem auferida ou pretendida pelo infrator; 
 A consumação ou não da infração; 
 O grau de lesão ou perigo de lesão; 
 O efeito negativo produzido pela infração; 
 A situação econômica do infrator; 
 A cooperação da pessoa jurídica para a apuração das infrações; 
 A existência de mecanismos e procedimentos internos de integridade, auditoria e 
incentivo à denúncia de irregularidades e a aplicação efetiva de códigos de ética e de 
conduta no âmbito da pessoa jurídica; 
Obs.: Os parâmetros de avaliação para esses mecanismos e procedimentos serão 
estabelecidos em regulamento do Poder Executivo federal. 
 O valor dos contratos mantidos pela pessoa jurídica com o órgão ou entidade pública 
lesados; 
DICA 98 
DA RESPONSABILIZAÇÃO JUDICIAL 
Na esfera administrativa, a responsabilidade da pessoa jurídica não afasta a 
possibilidade de sua responsabilização na esfera judicial. 
 As sanções judiciais, que podem ser aplicadas de forma isolada ou cumulativa, são: 
 Perdimento dos bens, direitos ou valores que representem vantagem ou proveito 
direta ou indiretamente obtidos da infração, ressalvado o direito do lesado ou de terceiro 
de boa-fé; 
 Suspensão ou interdição parcial de suas atividades; 
 Dissolução compulsória da pessoa jurídica; 
 Proibição de receber incentivos, subsídios, subvenções, doações ou empréstimos
de 
órgãos ou entidades públicas e de instituições financeiras públicas ou controladas pelo 
poder público, pelo prazo mínimo de 1 (um) e máximo de 5 (cinco) anos. 
Fique atento! 
A dissolução compulsória da pessoa jurídica será determinada quando comprovado: 
 Ter sido a personalidade jurídica utilizada de forma habitual para facilitar ou promover 
a prática de atos ilícitos; ou 
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42 
 Ter sido constituída para ocultar ou dissimular interesses ilícitos ou a identidade 
dos beneficiários dos atos praticados. 
DICA 99 
DO ACORDO DE LENIÊNCIA 
 Quem celebra: 
A autoridade máxima de cada órgão ou entidade pública poderá celebrar acordo de 
leniência com as pessoas jurídicas responsáveis pela prática dos atos previstos na lei nº. 
12.846/13 que colaborem efetivamente com as investigações e o processo 
administrativo 
 A colaboração deve resultar: 
 A identificação dos demais envolvidos na infração, quando couber; e 
 A obtenção célere de informações e documentos que comprovem o ilícito sob apuração. 
 Requisitos (condições): 
- O acordo de leniência somente poderá ser celebrado se preenchidos, cumulativamente, 
os seguintes requisitos: 
 A pessoa jurídica seja a primeira a se manifestar sobre seu interesse em cooperar para 
a apuração do ato ilícito; 
 A pessoa jurídica cesse completamente seu envolvimento na infração 
investigada a partir da data de propositura do acordo; 
 A pessoa jurídica admita sua participação no ilícito e coopere plena e 
permanentemente com as investigações e o processo administrativo, comparecendo, 
sob suas expensas, sempre que solicitada, a todos os atos processuais, até seu 
encerramento. 
DICA 100 
DO ACORDO DE LENIÊNCIA 
Fique atento! 
A celebração do acordo de leniência isentará a pessoa jurídica das seguintes sanções: 
 Publicação extraordinária da decisão condenatória. 
 Proibição de receber incentivos, subsídios, subvenções, doações ou empréstimos de 
órgãos ou entidades públicas e de instituições financeiras públicas ou controladas pelo 
poder público, pelo prazo mínimo de 1 (um) e máximo de 5 (cinco) anos. 
E reduzirá em até 2/3 (dois terços) o valor da multa aplicável. 
DICA 101 
DO ACORDO DE LENIÊNCIA 
Informações importantes sobre o acordo de leniência 
 O acordo de leniência NÃO exime a pessoa jurídica da obrigação de reparar 
integralmente o dano causado. 
 O acordo de leniência estipulará as condições necessárias para assegurar a efetividade 
da colaboração e o resultado útil do processo. 
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43 
 Os efeitos do acordo de leniência serão estendidos às pessoas jurídicas que integram 
o mesmo grupo econômico, de fato e de direito, desde que firmem o acordo em 
conjunto, respeitadas as condições nele estabelecidas. 
 A proposta de acordo de leniência somente se tornará pública após a efetivação do 
respectivo acordo, salvo no interesse das investigações e do processo administrativo. 
 Não importará em reconhecimento da prática do ato ilícito investigado a proposta de 
acordo de leniência rejeitada. 
 Em caso de descumprimento do acordo de leniência, a pessoa jurídica ficará 
impedida de celebrar novo acordo pelo prazo de 3 (três) anos contados do 
conhecimento pela administração pública do referido descumprimento. 
 A celebração do acordo de leniência interrompe o prazo prescricional dos atos ilícitos 
previstos na lei 12.846/13. 
 A Controladoria-Geral da União - CGU é o órgão competente para celebrar os 
acordos de leniência no âmbito do Poder Executivo federal, bem como no caso de atos 
lesivos praticados contra a administração pública estrangeira. 
DICA 102 
LEI Nº 13.869/2019 (ABUSO DE AUTORIDADE) 
ASPECTOS GERAIS DA LEI 13.869/2019 
 Finalidade 
Modernizar a prevenção e repressão aos comportamentos abusivos praticados por 
agentes públicos. 
 Bem jurídico 
Valor fundamental que a norma procurou proteger (bem jurídico): 
 Regular funcionamento da administração pública 
 Direitos fundamentais da pessoa humana 
DICA 103 
LEI Nº 13.869/2019 (ABUSO DE AUTORIDADE) 
 Sujeitos do crime 
 Sujeitos ativo 
Crime próprio: deve ser praticado por agente público, servidor ou não, que, no exercício 
de suas funções ou a pretexto de exercê-las, abuse do poder que lhe tenha sido 
atribuído. 
ATENÇÃO! 
Agente público é todo aquele que exerce cargo, emprego, função, mandato na ADM 
direta ou indireta de qualquer dos poderes dos entes federados ou territórios, ainda 
que de forma transitória ou sem remuneração, por qualquer forma de investidura ou 
vínculo. 
 
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Fique atento! 
O abuso de autoridade poderá ocorrer no exercício da função ou a pretexto de 
exercê-la. 
 O particular pode responder por abuso de autoridade? 
Como regra não pode cometer o crime de abuso de autoridade, pois não é agente público. 
No entanto, excepcionalmente, se o particular atuar em concurso de pessoas (coautoria 
ou participação) com o agente público, desde que ele saiba da condição de agente público, 
poderá responder por abuso de autoridade. 
 Sujeito passivo 
Estado 
 Pessoa física ou jurídica vítima do abuso. 
QUESTÃO CEBRASPE, 2021. 
Em caso de membro do Poder Legislativo eleito para mandato legislativo 
praticar conduta descrita em lei como abuso de autoridade, 
a) a conduta do sujeito não poderá ser enquadrada na Lei de Abuso de Autoridade, 
porquanto esta alcança apenas o servidor público. 
b) o sujeito poderá ser enquadrado na Lei de Abuso de Autoridade, mediante requisição 
do ministro da Justiça. 
c) o parlamentar estará sujeito aos ditames da Lei de Abuso de Autoridade, 
como qualquer outro servidor público. 
d) o sujeito não se submeterá à Lei de Abuso de Autoridade, em razão de prerrogativa 
de função. 
Gabarito: c 
DICA 104 
LEI Nº 13.869/2019 (ABUSO DE AUTORIDADE) 
 Elemento subjetivo 
As condutas descritas na lei 13.869/2019 constituem crime de abuso de autoridade 
quando praticadas pelo agente com a finalidade específica de prejudicar outrem ou 
beneficiar a si mesmo ou a terceiro, ou, ainda, por mero capricho ou satisfação 
pessoal. 
Memorize! 
Para configurar o crime de abuso de autoridade exige-se: 
 
 
 
 
 
Dolo (intenção / vontade) de 
praticar o abuso 
Finalidade 
específica 
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45 
O que seriam essas finalidades específicas da lei de abuso de autoridade? 
 Prejudicar outrem 
 Beneficiar a si mesmo 
 Beneficiar a terceiro 
 Mero capricho ou satisfação pessoal 
Fique atento! 
O funcionário aposentado ou exonerado não pode cometer o crime, já que se 
desvinculou funcionalmente da Administração Pública. 
Aplicam-se ao processo e ao julgamento dos delitos previstos na lei de abuso de 
autoridade, no que couber, as disposições do Código de Processo Penal, e da Lei dos 
Juizados Especiais Criminais. 
DICA 105 
LEI Nº 13.869/2019 (ABUSO DE AUTORIDADE) 
 Divergência na interpretação da lei ou na avaliação de fatos e provas 
A divergência na interpretação de lei ou na avaliação de fatos e provas NÃO 
configura abuso de autoridade. 
 Ação penal 
Todos os crimes serão processados e julgado mediante ação penal pública incondicionada. 
Fique atento! 
Será admitida ação privada se a ação penal pública não for intentada no prazo legal, 
cabendo ao Ministério Público aditar a queixa, repudiá-la e oferecer denúncia substitutiva, 
intervir em todos os termos do processo, fornecer elementos de prova, interpor recurso e, 
a todo tempo, no caso de negligência do querelante, retomar a ação como parte principal. 
A ação privada subsidiária será exercida no prazo de 6 (seis) meses, contado da data 
em que se esgotar o prazo para oferecimento
da denúncia. 
DICA 106 
EFEITOS DA CONDENAÇÃO 
 São efeitos da condenação: 
 Tornar certa a obrigação de indenizar o dano causado pelo crime, devendo o juiz, 
a requerimento do ofendido, fixar na sentença o valor mínimo para reparação dos 
danos causados pela infração, considerando os prejuízos por ele sofridos; 
Obs.: A obrigação de indenizar é um efeito automático da condenação. 
 A inabilitação para o exercício de cargo, mandato ou função pública, pelo período 
de 1 (um) a 5 (cinco) anos; 
 A perda do cargo, do mandato ou da função pública. 
Os efeitos da inabilitação para o exercício de cargo e a perda do cargo são 
condicionados à ocorrência de reincidência em crime de abuso de autoridade e NÃO são 
automáticos, devendo ser declarados motivadamente na sentença. 
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DICA 107 
PENAS RESTRITIVAS DE DIREITOS 
As penas restritivas de direitos substitutivas das privativas de liberdade previstas na Lei 
13.869/2019 são: 
 Prestação de serviços à comunidade ou a entidades públicas; 
 Suspensão do exercício do cargo, da função ou do mandato, pelo prazo de 1 (um) a 6 
(seis) meses, com a perda dos vencimentos e das vantagens; 
Fique atento! 
As penas restritivas de direitos podem ser aplicadas autônoma ou cumulativamente. 
 
 
 
 
 
 
 
DICA 108 
DAS SANÇÕES DE NATUREZA CIVIL E ADMINISTRATIVA 
As penas previstas na lei de abuso de autoridade serão aplicadas independentemente 
das sanções de natureza civil ou administrativa cabíveis. 
As notícias de crimes previstos na lei de abuso de autoridade que descreverem falta 
funcional serão informadas à autoridade competente com vistas à apuração. 
As responsabilidades civil e administrativa são independentes da criminal, não se 
podendo mais questionar sobre a existência ou a autoria do fato quando essas 
questões tenham sido decididas no juízo criminal. 
Faz coisa julgada em âmbito cível, assim como no administrativo-disciplinar, a 
sentença penal que reconhecer ter sido o ato praticado em estado de necessidade, em 
legítima defesa, em estrito cumprimento de dever legal ou no exercício regular de 
direito. 
 
As penas restritivas de 
direitos que substituem 
as privativas de 
liberdade previstas na 
lei de abuso de 
autoridade são: 
- Prestação de serviços à 
comunidade ou a entidades 
públicas; 
- Suspensão do exercício de cargo, 
mandato ou função pública – Prazo: 
1 a 6 meses + perda de vencimentos 
e vantagens 
Inabilitação para o exercício 
de cargo, mandato ou 
função pública 
Perda do cargo, mandato ou 
função pública 
1) Condicionados à ocorrência 
de REINCIDÊNCIA em crime de 
abuso de autoridade 
2) NÃO são automáticos, de 
modo que devem ser declarados 
motivadamente na sentença 
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QUESTÃO EsFCEx, 2020. 
Com relação à recente legislação que disciplinou os crimes de abuso de 
autoridade (Lei n° 13.869/2019), é correto afirmar que. 
a) a legislação prevê apenas, como pena restritiva de direitos, a prestação de serviços 
à comunidade, que poderá ser aplicada de forma autônoma ou cumulativa. 
b) a inabilitação para o exercício de cargo, mandato ou função pública é considerado 
um efeito automático da condenação por crime de abuso de autoridade e 
independentemente de reincidência. 
c) faz coisa julgada em âmbito administrativo-disciplinar, a sentença penal 
que reconhecer ter sido o ato praticado em estrito cumprimento de dever 
legal. 
d) a perda do cargo é considerada um efeito automático da condenação por crime de 
abuso de autoridade e independentemente de reincidência. 
e) a legislação prevê apenas, como pena restritiva de direitos, a suspensão do 
exercício do cargo pelo prazo de até 6 (seis) meses, que poderá ser aplicada de forma 
autônoma ou cumulativa. 
Gabarito: c 
DICA 109 
CRIMES EM ESPÉCIES (art. 9 a 38) 
Pontos relevantes que serão aplicados a todos os crimes: 
 Elemento subjetivo: dolo + finalidade específica 
 Formas do cometimento da conduta: ação (regra) ou omissão 
 Objeto material: pessoa ou coisa sobre a qual recai a conduta do agente => pessoa 
física ou pessoa jurídica vítima do abuso de autoridade 
Fique atento! 
Não há nenhum crime de abuso de autoridade culposo, ou seja, são todos dolosos e 
punidos com pena de DETENÇÃO. 
DICA 110 
CRIMES EM ESPÉCIES (art. 9 a 38) 
 Crime do artigo 9º 
Decretar medida de privação da liberdade em manifesta desconformidade com as 
hipóteses legais. 
Pena: detenção, de 1 (um) a 4 (quatro) anos, e multa. 
 Conduta: decretar medida de privação de liberdade em manifesta desconformidade com 
a lei. 
 Figura equiparada 
Incorre na mesma pena a autoridade judiciária que, dentro de prazo razoável, deixar de: 
 Relaxar a prisão manifestamente ilegal; 
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 Substituir a prisão preventiva por medida cautelar diversa ou de conceder liberdade 
provisória, quando manifestamente cabível; 
 Deferir liminar ou ordem de habeas corpus, quando manifestamente cabível. 
Obs.: Sujeito ativo (quem pode praticar o crime): autoridade judiciária. 
 Crime do artigo 10º 
Decretar a condução coercitiva de testemunha ou investigado manifestamente 
descabida ou sem prévia intimação de comparecimento ao juízo. 
Pena: detenção, de 1 (um) a 4 (quatro) anos, e multa. 
 Conduta: decretar condução coercitiva de testemunha ou investigado, quando 
manifestamente descabida OU sem prévia intimação 
Obs: Sujeito ativo: qualquer agente público com atribuição de praticar a conduta típica. 
DICA 111 
CRIMES EM ESPÉCIES (art. 9 a 38) 
 Crime do artigo 13 (Importante) 
Constranger o preso ou o detento, mediante violência, grave ameaça ou redução de 
sua capacidade de resistência, a: 
 Exibir-se ou ter seu corpo ou parte dele exibido à curiosidade pública; 
 Submeter-se a situação vexatória ou a constrangimento não autorizado em lei; 
 Produzir prova contra si mesmo ou contra terceiro. 
Pena: detenção, de 1 (um) a 4 (quatro) anos, e multa, sem prejuízo da pena cominada à 
violência. 
Obs.: Sujeito ativo: qualquer agente público com atribuição de praticar a conduta típica. 
DICA 112 
CRIMES EM ESPÉCIES (art. 9 a 38) 
 Crime do artigo 18 
Submeter o preso a interrogatório policial durante o período de repouso noturno, 
salvo se capturado em flagrante delito ou se ele, devidamente assistido, consentir em 
prestar declarações. 
Pena: detenção, de 6 (seis) meses a 2 (dois) anos, e multa. 
 O dispositivo se limitou ao interrogatório policial 
 Crime do artigo 19 (Importante) 
Impedir ou retardar, injustificadamente, o envio de pleito de preso à autoridade 
judiciária competente para a apreciação da legalidade de sua prisão ou das circunstâncias 
de sua custódia. 
Pena: detenção, de 1 (um) a 4 (quatro) anos, e multa. 
 
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 Memorex PP MG – Rodada 01 
 
 
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 Figura equiparada 
Incorre na mesma pena o magistrado que, ciente do impedimento ou da demora, deixa 
de tomar as providências tendentes a saná-lo ou, não sendo competente para decidir 
sobre a prisão, deixa de enviar o pedido à autoridade judiciária que o seja. 
DICA 113 
CRIMES EM ESPÉCIES (art. 9 a 38) 
 Crime do artigo 20 (importante) 
Impedir, sem justa causa, a entrevista pessoal e reservada do preso com seu 
advogado. 
Pena - detenção, de 6 (seis) meses a 2 (dois) anos, e multa. 
- Figura equiparada 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Crime do artigo 21 (importante) 
Manter presos de ambos os sexos na mesma cela ou espaço de confinamento: 
Pena: detenção, de 1 (um) a 4 (quatro) anos, e multa. 
 Figura equiparada 
Incorre na mesma pena quem mantém, na mesma cela, criança ou adolescente na 
companhia de maior de idade ou em ambiente inadequado.

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