Aula 11 - Culturas anuais - Soja

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​Ricardo Pires Ribeiro
Eng. Agrônomo
Mestr​e em Fisiologia Vegetal - UFV​
Doutor em Fitotecnia - UFV
UC: Produção de Sementes 
e Culturas Anuais
A Cultura da Soja
Tecnologia de Sementes e Culturas Anuais
Clycine max
Bibliografia
Tecnologia de Sementes e Culturas Anuais
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1. Importância econômica
➢ Glycine max [L.] Merril
➢ 5.000 anos de história
➢ Origem leste asiática (Norte da China)
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Importância econômica ...
➢ Exploração comercial
• Início do século XX nos EUA
• Rápido crescimento na produção
• Desenvolvimento das primeiras cultivares comerciais
➢ No Brasil
• Imigrantes japoneses em 1908, em SP (lat. 22º Sul)
• Oficialmente no Rio Grande do Sul em 1914 (lat. 32º sul)
• Expansão ocorrer na década de 70
• Importância para indústria de óleo e mercado internacional
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➢ Cerrado brasileiro
• Até década de 60, a produção brasileira de soja restrita à região Sul do Brasil
• Cultivares e técnicas importadas dos EUA
• Condições climáticas e solos diferentes do Brasil
➢ Criação da cultivar tropical
• Melhoristas da EMBRAPA soja
• Investimento em programas de melhoramento genético, pesquisa de fertilidade do solo e
politicas governamentais
• Soja para as regiões de clima tropical no Brasil
• Centro-Oeste, Nordeste e Norte
Importância econômica ...
Produção mundial
Importância econômica ...
M
il
 d
e 
to
n
el
ad
as
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Estados produtores e evolução produtiva de soja no Brasil
Importância econômica ...
Evolução da produção (toneladas) e área (hectares) de soja no Brasil.
(CONAB)
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Sojicultura para a sociedade
➢ Possibilitou a fixação do homem em suas propriedades
➢ Inicialmente era cultura desbravador
➢ Viabilizou implantação de indústria de óleo
➢ Fomentou o mercado de sementes
➢ Exploração econômica das terras onde antes só existia “matas e cerrados”
Hoje o Centro-Oeste é responsável por quase 50% da produção nacional de soja, que 
registra produtividades que já ultrapassam os 3.500 kg ha-1
Importância econômica ...
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Importância econômica ...
Característica química do grão de soja
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Importância econômica ...
Uso da soja no Brasil
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Importância econômica ...
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2. Botânica e fenologia
➢ Descrição geral da planta
• Herbácea anual
• Sistema radicular pivotante
• Profundidade: até 1,80 m
• 60 a 70% à 0,15 cm de profundidade
• Leguminosa (Fabaceae)
• Nodulação inicial: V1 a V2
• Nódulos visíveis: V2 a V3
• Nodulação máxima: R2 a R5.3
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➢ Descrição geral da planta
• Haste principal: ramificada ou não
• Autógama
• Planta de dias curtos
• Noites longas para florescer
• Ciclo de vida 70 a 200 dias
• 30 a 80 vagens / planta
• Grupo de maturidade relativa (5 a 10, no Brasil)
Botânica e fenologia ...
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Classificação dos cultivares de soja
1. Hábito de crescimento
➢ Determinado
• Finalização do crescimento vegetativo a partir do início do
florescimento
Botânica e fenologia ...
➢ Indeterminado
• continuação do crescimento vegetativo após o início do
florescimento
➢ Semideterminado
• Continuação do crescimento vegetativo por um certo
período, porém, cessa seu crescimento com uma
inflorescência terminal
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2. Ciclo do cultivar
➢ Número de dias da emergência da plântula até a maturação das vagens
➢ 90 a 150 dias (no Brasil)
• Superprecoce (< 106 dias)
• Precoce (106 a 115 dias)
• Semiprecoce (116 a 125 dias)
• Médio (126 a 135 dias)
• Tardio (>135 dias)
Ciclo varia quando deslocado para 
o sul ou o norte, devido a 
sensibilidade ao fotoperíodo
Grupo de maturidade fisiológica
Botânica e fenologia ...
Classificação dos cultivares de soja
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Ciclo da cultivar
➢ Para qualquer cultivar, a taxa de desenvolvimento da planta está diretamente relacionada à 
temperatura.
➢ A duração de tempo entre os diferentes estádios será variável conforme as variações de 
temperatura entre e dentro da estação de crescimento.
Botânica e fenologia ...
• Deficiências de nutrientes, de umidade e outras condições estressantes à planta podem
prolongar o tempo de duração entre os estádios vegetativos, porém, encurtam o tempo entre
as fases reprodutivas.
Botânica e fenologia ...
• A soja cultivada em altas densidades:
• Tende a crescer mais em altura, ramificar menos e produzir menores quantidades de
vagens e sementes por planta, terá maior altura de inserção das primeiras vagens e maior
tendência a acamar que aquela cultivada em baixas densidades.
Ciclo da cultivar
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Estádios de desenvolvimento
Botânica e fenologia ...
Estádios vegetativo
Botânica e fenologia ...
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VE (Emergência)
• Absorção de 50% da massa em água para germinar
• Processo não reversivo
• Ocorre de 5 a 7 dias
• Cotilédones estão acima do nível do solo
• Problemas no rompimento da crosta (Semeadura profunda)
VC(Cotilédonar)
• Expansão e desdobramento das folhas unifolioladas
• Abertura dos cotilédones
• Reservas para 7-10 dias
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Botânica e fenologia ...
V1 (Primeiro nó)
• Nós cotiledonares não são contados
• Nó das unifolioladas (opostos) = um nó
• Folha totalmente aberta e os bordos do folíolo da folha
imediatamente acima não se tocam
Botânica e fenologia ...
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V2 (Segundo nó)
• Nó unifoliolado + 1 nós trifoliolados
• Sistema radicular simbionte (nodulação)
• Proliferação de raízes laterais
V3 (Terceiro nó)
• Segundo folha trifoliolada completamente desenvolvida
• Folíolos expandidos
• Segunda folha trifoliolada completamente aberta, com os
bordos de cada folíolo não mais se tocando
Botânica e fenologia ...
Vn (Enésimo nó)
• Crescimento de ramos laterais
• Maior ramo é a inserção mais baixa
• Formação de racemos (haste pequena para floração)
• V5 definição de número de nós
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Qual estádio de desenvolvimento?
Botânica e fenologia ...
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V3 V5 V6
Até quando vai o crescimento vegetativo?
Botânica e fenologia ...
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Estádios reprodutivo
Botânica e fenologia ...
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R1 (Início da floração)
• Uma flor aberta sobre qualquer nó da haste principal do 3º
ao 6º nó (progride em ambos sentidos)
• V7 à V10
• Florescimento no racemo começa da base para o topo
• Ampliação do sistema radicular
Botânica e fenologia ...
R2 (Floração plena)
• Flores abertas em um dos dois nós superiores da haste
principal com folha completamente desenvolvida
• V8 à V12
• 25% de matéria seca, 50% da altura
• Acumulação de matéria seca em toda planta
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R3 (Início da formação de vagem)
• Vagem com 5 mm de tamanho em um dos quatro nós
superiores da haste principal com folha completamente
desenvolvida
• V11 a V17
• Nº de vagens é o componente de maior plasticidade
• Abortamento de 60 à 75% das flores
Botânica e fenologia ...
R4 (Vagem completamente desenvolvida)
• Vagem com 2 cm de comprimento em um dos quatro
nós superiores da haste principal com folha
completamente desenvolvida
• V13 à V20
• Determinado o nº de vagens
• Estresse: período R4 a logo após R6
• Início do período críticopara definição da
produtividade
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R5 (Início da formação de sementes)
• Semente com 3 mm de tamanho em um dos quatro nós
superiores da haste principal com folha completamente
desenvolvida
• V15 à V23
• Produtividade depende da taxa e da duração do tempo de
acúmulo de matéria seca nas sementes
• Período mais crítico para estresses
Botânica e fenologia ...
R5.1 – grãos perceptíveis ao tato (o equivalente
a 10 % da granação)
R5.2 – granação de 11% a 25%
R5.3 – granação de 26 a 50%
R5.4 – granação de 51 a 75%
R5.5 – granação de 76 a 100%
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Estágios R5 (formação das sementes)
Botânica e fenologia ...
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0-10 % de 
granação
11-25 % de 
granação
26-50 % de 
granação
51-75 % de 
granação
76-100 % de 
granação
Próximo de R5.5
• Planta atinge seus máximos em altura, número de nós e área foliar
• Taxas de fixação de nitrogênio atingem seu auge e em seguida começam a
diminuir rapidamente
Manejo
• Demanda por água e nutrientes é alta ao longo deste período
• Sementes adquirem aproximadamente metade do seu N, P e K através da
redistribuição pelas partes vegetativas da planta, e aproximadamente metade pela
absorção e atividade do nódulo
• Redistribuição de nutrientes independe da disponibilidade dos nutrientes no solo
Botânica e fenologia ...
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R6 (Semente completamente desenvolvida)
• Sementes preenchendo a cavidade da vagem, em um
dos quatro nós superiores da haste principal
• Peso total das vagens é máximo
• V16 a V25
• Inicio da senescência das folhas
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Botânica e fenologia ...
R7 (Início da maturação)
• Uma vagem normal na haste principal que tenha atingido a cor de vagem madura,
normalmente marrom ou palha, dependendo do cultivar
• Perda da coloração (amarelecimento)
• Maturidade fisiológica das sementes
• Fixação dos componentes da produção
• Decréscimo do risco de perdas por intempéries climáticas
• Problemas com acamamento
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R8 (Maturação plena)
• 95% das vagens apresentam-se maduras
• São necessários de 5 a 10 dias de clima seco após o R8 para que a soja atinja menos de 15% de
umidade
Botânica e fenologia ...
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R6 R7 R8
Acúmulo de matéria seca na parte aérea de soja
Fonte: Maehler, 2000.
Botânica e fenologia ...
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Qual estádio de desenvolvimento?
Botânica e fenologia ...
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R1 R2 R3 R4 R5 R6 R7 R8
Fatores determinantes da produtividade
Apresentação 
UNITY
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Fatores de estresse:
Estresse hídrico
Estresse luminoso
Estresse por temperatura
Estresse nutricional
3. Grupos de maturação
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3. Grupos de maturação
Latitude
Grupo de maturação 
relativa
0º
10º
20º
30º
Nas regiões mais próximas à linha do equador
• Os dias são mais curtos no verão
• A soja tende a florescer mais cedo
• Diminuindo seu ciclo vegetativo e reduzindo a altura
das plantas
• Principalmente nas cultivares com hábito de
crescimento determinado
➢ Para amenizar essa resposta negativa ao fotoperíodo
• Podem ser utilizadas cultivares com período juvenil
mais longo ou de hábito de crescimento
indeterminado
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Geralmente, nessas regiões são plantadas cultivares do 
Grupo de Maturação 8.0 a 10.0.
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Nas regiões mais longe da linha do equador
• Os dias são mais longos no verão
• A soja tende a florescer mais tarde
• Alongando seu ciclo vegetativo e consequentemente a
altura das plantas
➢ Para amenizar essa resposta positiva ao fotoperíodo
• Podem ser utilizadas cultivares com período
juvenil mais curto
Grupos de maturação ...
Latitude
Grupo de maturação 
relativa
0º
10º
20º
30º
Geralmente, nessas regiões são plantadas cultivares do 
Grupo de Maturação 4.0 a 6.5
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Quando se utiliza um cultivar de soja de sua latitude de adaptação para latitudes maiores,
espera-se:
✓ Maior duração do ciclo, determinada pela maior duração da fase vegetativa 
✓ Maior altura de planta
✓ Maior número de nós vegetativos
✓ Maior rendimento
ⅹ Porém, tendo um maior risco de acamamento da lavoura
ⅹ Além de aumentar a possibilidade de infestação tardia de pragas e doenças 
Grupos de maturação ...
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Quando se utiliza um cultivar de soja de sua latitude de adaptação para latitudes
menores, espera-se:
✓ Redução no ciclo
✓ Redução da altura das plantas
ⅹ Maior infestação tardia de plantas daninhas
ⅹ Menor rendimento de grãos
ⅹ Alguns cultivares podem chegar a reduzir seu ciclo em até 30 dias 
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Grupos de maturação ...
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4. Exigência edafoclimáticas
As adversidades do clima são o principal fator de 
risco e de insucesso na exploração da cultura da soja
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• O Zoneamento Agrícola de Risco Climático (ZARC)
• Ferramenta para o melhor planejamento a ocupação
de áreas agrícolas
• Auxiliar na escolha da melhor época para a
semeadura
• Probabilidade de suprimento de água para a cultura
nos estádios de maior demanda
• Formação e crescimento de vagens e grãos
Exigências edafoclimáticas ...
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Exigências edafoclimáticas ...
ZARC
Exigências edafoclimáticas ...
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Escolha da cultivar com base no ZARC
Exigências edafoclimáticas ...
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Exigências edafoclimáticas ...
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Característica de solo e clima
Exigências edafoclimáticas ...
Topografia:
➢ Plana a leve declividade
• Facilitar as técnicas mecânicas de cultivo
• Conservação do solo
Solo:
➢ Profundos
➢ Favorecer o crescimento radicular
➢ Textura média (característica mais importante)
➢ Boa aeração
➢ Bem drenados
Temperatura:
➢ 20 e 30º C
• <10º e 40º C efeito adverso no crescimento e
distúrbios na floração e retenção de vagens
Rodrigues et al. (2001)
Temperatura do ar
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Exigências edafoclimáticas ...
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Luz:
➢ Fator mais importante para o crescimento e desenvolvimento
• Fotossíntese, elongação da haste principal e ramificações,
expansão foliar, pegamento de vagens e grão e fixação biológica
➢ Principalmente durante o enchimento de grãos
Exigências edafoclimáticas ...
Fotoperíodo:
➢ Planta de dias curtos
• Fotoperíodo crítico (12~13h)
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Exigências edafoclimáticas ...
Luz
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Exigências edafoclimáticas ...
Déficit de luz e alta temperatura
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Exigências edafoclimáticas ...
Umidade:
➢ 450 e 800 mm / ciclo
➢ Excesso/déficit são prejudiciais
➢ Maior causa de variabilidade
Resposta da planta ao déficit hídrico
➢ Fechamento estomático
➢ Enrolamento de folhas
➢ Queda prematura de folhas e flores
➢ Abortamento de vagens
➢ Menor altura de plantas
Períodos críticos durante o ciclo
➢ Germinação-emergência
• Absorção de 50% sobre a massa da semente
• Solo deve estar de 50 a 85% da capacidade de campo
➢ Floração e enchimento de grão
• Máxima necessidade de água (> 8mm dia-1)
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5. Época de semeadura
Vários fatores afetam a germinação
• Intrínsecos: genótipo,vitalidade e longevidade, viabilidade e maturidade, potencial
fisiológico e qualidade sanitária
• Extrínsecos: água, temperatura, oxigênio, condições do solo e profundidade de semeadura.
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6. Práticas de implantação da cultura de soja
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➢ Preparo do solo e plantio
➢ Sistema convencional
• Subsolador, aração, gradagem, calagem
Preparo do solo e plantio ...
• Preparo 1º: movimentação do solo de baixa (20-30cm)
a alta (30-50cm): aração, gradagem média ou gradagem
• Preparo 2º: destorroamento e nivelamento do terreno,
por meio de gradeações leves com grade niveladora
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➢ Preparo do solo e plantio
• Perda de matéria orgânica – redução de CTC
• Erosão laminar e perda da camada fértil
• Formação de duas camadas:
• Superficial pulverizada
• Sub-superficial compactada
Preparo do solo e plantio ...
➢ Sistema convencional
• Subsolador, aração, gradagem, calagem
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➢ Preparo do solo e plantio
➢ Sistema de plantio direto
• Plantio sobre palhada
Preparo do solo e plantio ...
• 1º ano: Subsolador, aração, gradagem, calagem
• Formação de palhada (cultura de inverno)
• Dessecação pré-semeadura
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Preparo do solo e plantio ...
➢ Sistema de plantio direto
Sistema radicular de plantas de soja cultivados em solo
compactado
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Preparo do solo e plantio ...
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➢ Correção e Adubação
Exportação de macro e micronutrientes pela cultura da soja
N>K>P>Ca=S>Mg
Preparo do solo e plantio ...
Fe>Zn>Mn=B>Cu
➢ Correção e Adubação
• Calagem/correção da acidez
• P, K e S
• N: Inoculação (Bradyrhizobium spp.)
• Micronutrientes (Co e Mo)
Análise química 
do solo
➢ Objetivos
• Elevação do teor dos nutrientes
• Expectativa de colheita das culturas
• Calagem: eliminação da toxidez por Al ou Mn
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Preparo do solo e plantio ...
• Solos do Brasil possuem:
• levada acidez do solo, altos teores de Al+3 trocável, deficiência generalizada de P, Ca e
Mg
• Necessidade de atenuar ou eliminar os efeitos negativos da acidez, pelo uso da calagem
𝑵𝑪 =
(𝑽𝟐 − 𝑽𝟏)
𝑷𝑹𝑵𝑻
× 𝑻
NC: necessidade de calagem
V2: saturação por base desejada (%)
V1: saturação por base atual (%)
T: CTC efetiva do solo (Cmol/dm3)
PRNT: poder reativo de neutralização total do corretivo (%)
pH ideal 6,8
V2 para soja: 50 a 
60%
➢ Correção e Adubação - Calagem
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Preparo do solo e plantio ...
➢ Correção e Adubação - Calagem
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Preparo do solo e plantio ...
• Utilizado para melhoria do ambiente radicular, abaixo da camada corrigida pela calagem
usual
• O gesso promove a correção do Al tóxico em profundidade e melhora o ambiente radicular
• Fornecimento de Ca e S
NG (t ha-1) = f x teor de argila
f = 0,050 (culturas anuais)
f = 0,075 (culturas perenes) 
Não houve resposta, em termos de rendimento de grãos de soja, 
às doses de gesso aplicadas (NEIS, 2010; CASTAÑON, 2011);
A dosagem de 1.095 kg ha-1 de gesso proporciona acréscimo de 
21% no rendimento de grãos de soja (SÁVIO, 2011).
➢ Correção e Adubação - Gessagem
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Preparo do solo e plantio ...
➢ A recomendação de adubação para as culturas, deve fundamentar-se basicamente em:
1. Conhecimento do potencial de extração pela planta ou pelo sistema
2. Conhecimento da fertilidade do solo
3. Potencial econômico de resposta à aplicação dos fertilizantes
➢ Adubação
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Preparo do solo e plantio ...
• Origem do N ao sistema
• Fertilizantes
• Mineralização da MO
• Relâmpagos
• FBN
➢ Adubação - Nitrogenada
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Estimasse que para produzir 1000 kg de grão,
são necessários 83 kg de N
➢ Adubação - Nitrogenada
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Preparo do solo e plantio ...
FBN
• Microrganismos procariotos.
• 65% do N introduzido nos sistemas agrícolas
• Maior eficiência em plantas leguminosas
Fatores de Interferência
• Temperatura e umidade
• Salinidade e acidez do solo
• Fertilizantes nitrogenados
• Uso de pesticidas
➢ Adubação - Nitrogenada
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Preparo do solo e plantio ...
2 a 3 g ha-1 de Co, e 12 a 30 g ha-1 de Mo
• Essenciais na redução do nitrato a amônio na planta
• Via semente ou via foliar em V3 a V5
Cuidados na inoculação
• Fazer a inoculação à sombra e efetuar a semeadura no mesmo dia
• Áreas novas – 2 a 3 doses do inoculante
• Evitar o aquecimento do depósito da semente
• Uniformidade da inoculação
• Cuidado com aplicação de pesticidas e/ou micronutrientes
• Maiores danos em áreas de primeiro cultivo
• Evitar tratamento de semente
• Aplicação de micronutrientes via foliar
➢ Adubação - Nitrogenada
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Preparo do solo e plantio ...
• Solos brasileiro há baixa disponibilidade de fósforo
• Comparação pelo teor de argila
• Oxido e Fe+3 e Al+3, maior fixação de P
• Preferência para fontes de fósforo solúveis
• SFT, SFS, Yoorin, MAP e DAP
➢ Adubação – Fosfatada (P2O5)
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Preparo do solo e plantio ...
Áreas de abertura ou com teores de P muito baixo a médio
1. Adubação fosfatada corretiva total
• Adubo P: realizado a lanço e incorporado 0-20 cm
2. Adubação fosfatada gradual
• Adubo P: no sulco de plantio, em doses maiores que as necessárias para a produção
esperada
• O solo irá aumentar os teores de P, até que atinjam os teores adequados (4-5 safras)
➢ Adubação – Fosfatada (P2O5)
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Preparo do solo e plantio ...
Depende o valor da soja e do adubo
➢ Adubação – Fosfatada (P2O5)
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Preparo do solo e plantio ...
• Soja é muito exigente em K+
• Móvel no solo
• Doses acima de 50 kg ha-1 de K2O
• Parcelar (10 antes ou 30-40 após emergência [V3-V4])
• Perdas por lixiviação
• Salinização da zona radicular
➢ Adubação – Potássica (K2O)
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Preparo do solo e plantio ...
➢ Adubação – Potássica (K2O)
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Preparo do solo e plantio ...
• Os micronutrientes são importantes para o bom desempenho da cultura da soja,
principalmente quando se trabalha com elevadas produtividades
➢ Adubação – Micronutrientes
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Preparo do solo e plantio ...
• Os micronutrientes são importantes para o bom desempenho da cultura da soja,
principalmente quando se trabalha com elevadas produtividades
➢ Adubação – Micronutrientes
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Preparo do solo e plantio ...
• Nível baixo
• Divididas em 3 partes iguais e aplicadas no sulco de semeadura em 3 cultivos sucessivos
• Efeito residual esperado 4 a 5 safras
• Umidade do solo 50 a 80% da capacidade de campo
➢ Semeadora
• Velocidade de semeadura: < 5 km h-1
• Profundidade: 2,5 a 5 cm
• Posição do adubo: ao lado e abaixo
• Compatibilidade entre produtos de TS
• Escolha do conjunto de disco/anel
• Utilização de grafite
➢ Semeadura
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Preparo do solo e plantio ...
• Espaçamento, população e produtividade esperada
• Espaçamento: 40, 50, 60 e 70 cm
• Estande inicial 10 a 25 plantas por metro linear
• População: 200.000 a 350.000 plantas ha-1
• Número de sementes por metro linear
➢ Semeadura
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Preparo do solo e plantio ...
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➢ Tratamento de sementesObjetivo: proteger e melhorar o desempenho agronômico do sistema semente-germinação-
emergência, quanto ao estabelecimento de estande inicial, desenvolvimento vegetativo e
produtividade da cultura.
• Fungicidas
• Inseticidas
• Inoculação + Co e Mo
• Bioestimulantes
• grafite
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Preparo do solo e plantio ...
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➢ Tratamento de sementes
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Preparo do solo e plantio ...
Nome comum Ingrediente ativo (g/100 kg de semente)
Fungicida
Captan 90g
Thiram 70 g
Inseticida
Imidacloprido + Tiodicarb 30-200 + 45-130 g
Borém, et al. 2015
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7. Controle fitossanitário
• Pode acarretar em até 80% de perdas de produtividade
• Redução da qualidade dos grãos
• Maturação desuniforme
Controle: preventivo, cultural, físico/mecânico, biológico e químico.
➢ Manejo integrado
• Pragas
• Plantas daninhas
• Doenças
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Controle fitossanitário ...
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Controle fitossanitário ...
Questões
1. Nome comum e científico, danos e controle de 2 pragas e doenças da cultura da 
soja.
Enviar para o email (ricardo.pires@prof.una.br) até a próxima aula.
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mailto:ricardo.pires@prof.una.br
Obrigado
Tecnologia de Sementes e Culturas Anuais
​Ricardo Pires Ribeiro
Eng. Agrônomo
Mestr​e em Fisiologia Vegetal - UFV​
Doutor em Fitotecnia - UFV
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