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IFMS - Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Mato Grosso do Sul AVALIAÇÃO DIAGNÓSTICA ALUNO: Gabriella Stéfany Soares da Silva O produtor (Donegá), satisfeito com a recomendação feita por você (s) com base na análise de solo entregue por ele dia 14/08/2019, decidiu que será cultivado plantas de cobertura na sua propriedade de 100 ha. Porém, ele desconhece a prática, bem como não compreende os benefícios que pode ter com as diferentes opções de espécies que podem ser cultivadas. Assim, elabore um planejamento detalhado que contenha três opções de cultivo com espécies diferentes (consórcio ou não) e indique passo a passo todas as etapas e tratos culturais necessários para o cultivo dessa (s) planta (s) de cobertura. Considere que a implantação ocorrerá em fevereiro de 2021, após a colheita do milho e antecedendo a cultura da soja (outubro/2021). Lembrando, foi realizado calagem na área antes da implantação do milho e a área possui baixo teor de matéria orgânica. O planejamento deverá conter: - Espécie - Benefícios e objetivos da utilização desta espécie - Informações sobre produção de massa verde e massa seca - Fixação de nitrogênio - Relação C/N - Época de semeadura - Espaçamento - População - Tratos culturais - Época de manejo - O que fazer com a área no intervalo entre manejo das plantas de cobertura e soja - Custos (analisar a viabilidade) - Primeira opção: Consórcio Milheto + Brachiaria ruziziensis - Milheto O milheto (Pennisetum galucum (L), Pennisetum americanum) cultura anual que apresenta um crescimento ereto e cespitoso, seu ciclo cerca de 130 dias e possui um crescimento acelerado, e alta resistência a seca, boa adaptabilidade em solos de baixa fertilidade. É uma planta com sistema radicular profundo e boa produção de massa verde (50 a 60 t/há) e massa seca (8 a 15 t/há), elevada capacidade de extração e reciclagem de nutrientes, na matéria seca: Nitrogênio (0,34 a 3,40%), Fósforo P2O5 (0,13 a 0,29%) e Potássio K2O (1,05 a 3,80%), relação C/N 30 a 43. Sendo uma cultura muito considera no sistema de plantio por suas características. Considerando que a soja será a cultura implantada após a cobertura verde, o milheto além de estar se destacando como planta de cobertura no cerrado, é também uma boa opção por sua capacidade de reduzir a reprodução de nematoides na soja, quando implantada sobre os resíduos culturais do milheto, estudos também apontam maior desenvolvimento da soja em função da cobertura do milheto. A implantação da cultura pode ser realizada com espaçamento 0,34m, semeado a linha com quantidade de sementes de 20kg/ha e 50 sementes por metro linear, a profundidade de semeadura pode variar de dois a quatro centímetros, mas é importante que no plantio. Antecedendo a semeadura da soja, a área será dessecada. Após a implantação, deve-se manter atendo a pragas e doenças e plantas daninhas e fazer o manejo de controle conforme o indicado para cultura. Quando o milheto for utilizado como planta de cobertura de solo em sucessão a uma gramínea, recomenda-se a aplicação de 40 a 45 kg/ha de nitrogênio na semeadura, junto com o fósforo e o potássio se necessários. - Brachiaria ruziziensis Destacam-se por sua rusticidade, tem desenvolvimento rápido, sistema radicular profundo, pouco exigente nutricionalmente, e tolerante a seca, quando comparada com outras forrageiras demonstram uma produtividade superior de matéria seca, alta relação C/N (40). Semente de baixo custo, tempo de decomposição adequado, alto controle de plantas invasoras, fácil dessecação com herbicidas não seletivos. Possuindo: Massa verde (20 a 55 t/há), massa seca (12 a 16 t/há), reciclagem de nutrientes, na matéria seca, Nitrogênio 0,75 a 2,01%, Fósforo P2O5 (0,04 a 0,15%) e Potássio K2O (0,60 a 1,49%). Estudos mostraram que a braquiária quando comparada a outras gramíneas e leguminosas de cobertura, foi a cultura que apresentou a maior taxa de decomposição após o cultivo do milho, e também a que mais liberou N no, por seu alto teor de MS produzida. Estudos apontaram também que a introdução de braquiária ou milheto no sistema de produção leva à maior concentração foliar de fósforo e aumenta a produtividade de grãos de soja . A semeadura será realizada a lanço de 9kg/semente/ha, 30 dias após a semeadura do milheto, 30 dias antes do plantio da soja, realizar a dessecação da Brachiaria. - Segunda opção: Feijão-carioca + Brachiaria ruziziensis - Feijão-carioca O cultivo de feijão de seca é uma opção para o cultivo em nossa região devido a clima ameno e com ausência de geadas, uma cultura também com demanda de consumo, fácil escoamento e bom retorno financeiro, Com todos esses fatores essa cultura se encaixa bem para produzir após o milho e uma ótima alternativa de consócio para essa leguminosa é adição simultânea na área de Brachiaria ruziziensis. O feijão-carioca entra como cultura produtiva então é necessário a adubação com todo nutriente exportado pelo grão sendo 40kg de N/ha, 4kg de P/ha e 16kg de K/ha sendo a semeadura do feijão com espaçamento de 0,45m com 12 sementes por metro linear e após 30 dias da semeadura do feijão a Brachiaria ruziziense pode ser semeada a lanço com uma densidade de 9 kg por ha, a cobertura com Brachiaria auxilia no controle de plantas daninhas e seu sistema radicular irá melhorar a estrutura física do solo porém é importante a aplicação de herbicida para controle do seu tamanho para reduzir a competição com a cultura do feijão. O feijão ao completar seu ciclo, deve ser colhido e o grão comercializado, o que gera lucro ao produtor. - Terceira opção: Girassol (Helianthus annuus) + Brachiaria ruziensis O girassol possui uma alta capacidade, cultura resiste a fatores climáticos quando comparado a outras culturas, seu rendimento quase não é afetado pelas questões de latitude e altitude, seu ciclo dura em torno de 90 a 130 dias, possui baixa incidência de pragas e doenças, boa relação C/N favorável a sua rápida decomposição, por seu sistema radicular pivotante e profundo tem alta capacidade de reciclagem dos nutrientes, seu custo de implantação é baixo, sua massa verde (40 a 70 t/há), massa seca (7 a 15 t/ha), reciclagem de nutrientes na massa seca, Nitrogênio (1,02 a 1,80%), Fósforo P2O5 (0,15 a 0,24%), Potássio K2O (2,40 a 2,78%). O girassol será semeado em linhas com espaçamento de 0,50m entrelinhas e 8 sementes por metro linear, 2cm de profundidade, por o solo estar com a fertilidade balanceada, não será necessário adubação química, após o ciclo completo, realizar a colheita, e os grãos podem ser comercializados. Após a colheita do girassol, será semeada a Brachiaria ruziziensis, tem desenvolvimento rápido, sistema radicular profundo, pouco exigente nutricionalmente, e tolerante a seca, quando comparada com outras forrageiras demonstram uma produtividade superior de matéria seca, alta relação C/N (40). Semente de baixo custo, tempo de decomposição adequado, alto controle de plantas invasoras, fácil dessecação com herbicidas não seletivos. Possuindo: Massa verde (20 a 55 t/há), massa seca (12 a 16 t/há), reciclagem de nutrientes, na matéria seca, Nitrogênio 0,75 a 2,01%, Fósforo P2O5 (0,04 a 0,15%) e Potássio K2O (0,60 a 1,49%). A semeadura será realizada a lanço de 9kg/semente/ha, 20 dias antes do plantio da soja, realizar a dessecação da Brachiaria. Referências Milheto é opção na entressafra. Folha Rural de Londrina. Disponível em: https://www.folhadelondrina.com.br/folha-rural/milheto-e-opcao-na-entressafra- 32985.html SILVA, DEISE, PAULA; FRATONI, FERNANDO; SCUDELETTI, DANIELE. Análise biométrico em diferentes fontes de nitrogênio na cultura do milheto BRS1501 (Pennisetum glaucum). Revista científica eletrônicade agronomia. Julho 2015. Girassol como adubo verde. Secretaria de Agricultura e Abastecimento de São Paulo. Disponível em: http://www.cdrs.sp.gov.br/portal/produtos-e- servicos/publicacoes/acervo-tecnico/girassol-como-adubo-verde CASTRO, CÉSAR. et al. A cultura do girassol. EMBRAPA. Fevereiro, 1996, Londrina-PR, 44p.
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