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DA REMISSÃO DE DÍVIDAS

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DA REMISSÃO DE DÍVIDAS
REMIÇÃO, do verbo remir (ou redimir), significa libertar, livrar, resgatar, salvar, liberar de título oneroso. O VOLP[footnoteRef:1][1] aponta apenas “resgate”. [1: ] 
Ex.: “Art. 1.429. Os sucessores do devedor não podem remir parcialmente o penhor ou a hipoteca na proporção dos seus quinhões; qualquer deles, porém, pode fazê-lo no todo.”
REMISSÃO, segundo o VOLP é sinônimo de perdão. Juridicamente entendida, a palavra se refere ao perdão da pena (graça ou indulto no Direito Penal) ou, ainda, perdão do tributo ou da multa (Direito Tributário).
REMISSÃO
A remissão trata-se do perdão da dívida, concedido pelo credor ao devedor, com a exoneração deste último. Este instituto tem como requisitos a capacidade de alienar do remitente e a capacidade de adquirir do remitido; e a aceitação, de forma expressa ou tácita, do remitido. Sua natureza é também contratual, visto que depende da aceitação, e uma vez aceita a remissão, extingue-se a obrigação, conforme previsto pelo artigo 385 do Código Civil: "Art. 385. A remissão da dívida, aceita pelo devedor, extingue a obrigação, mas sem prejuízo de terceiro". Porém, se a remissão não for aceita pelo devedor, nada o impedirá de efetuar o pagamento, podendo fazê-lo por consignação.
A remissão pode ser total ou parcial (quanto ao seu objeto), ou, ainda, expressa, tácita ou presumida (quanto à forma). Será total quando perdoada integralmente a dívida pelo credor; parcial quando o devedor pagar por parte da dívida, havendo remissão quanto ao restante; expressa quando declarada pelo credor de modo formal; tácita, quando restar do comportamento do mesmo, que deixa de exercer seu direito de cobrança; e presumida, quando se encaixar na previsão legal do artigo 386 do Código Civil, qual seja: "Art. 386. A devolução voluntária do titulo da obrigação, quando por escrito particular, prova a desoneração do devedor e seus coobrigados, se o credor for capaz de alienar e o devedor capaz de adquirir".
Todavia, quando se der apenas a devolução do objeto empenhado na dívida, e não do título da obrigação, o credor estará renunciando à garantia real do crédito, e não a ele propriamente dito. A esse respeito dispõe o artigo 387 do Código Civil: "Art. 387. A restituição voluntária do objeto empenhado prova a renúncia do credor à garantia real, não a extinção da dívida."
Ainda, segundo o artigo 388 do Código Civil:
Art. 388. A remissão concedida a um dos co-devedores extingue a dívida na parte a ele correspondente; de modo que, ainda reservando o credor a solidariedade contra os outros, já lhes não pode cobrar o débito sem dedução da parte remitida.
Assim, quando houver a remissão da dívida com relação a um dos co-devedores, o credor poderá cobrar dos demais apenas o débito restante, subtraído o valor da parte remitida.
Todos os créditos são suscetíveis de remissão, segundo Gonçalves (2011, p. 633), "desde que só visem ao interesse privado do credor e a remissão não contrarie o interesse público ou o de terceiro". Desse modo, cabe ressaltar que o insolvente não poderá remitir dívidas, sob pena de caracterizar fraude contra os seus próprios credores (terceiros), absolutamente presumida por esta causa.
Os efeitos da remissão de dívidas são, basicamente, a extinção da obrigação e a liberação do devedor remitido, desde que observadas as condições de validade da remissão já citadas, quais sejam, aceitação e capacidade das partes de alienar e adquirir, pois, sem elas, não haverá efeitos. 
Referências:
ALVES, Diego Santos. DireitoNet. Novação no direito civil brasileiro: dos conceitos aos efeitos. Disponível em: <http://www.direitonet.com.br/artigos/exibir/7341/Novacao-no-direito-civil-brasileiro-dos-conceitos-a.... Acesso em: jun. de 2015; 
DINIZ, Maria Helena. Curso de Direito Civil Brasileiro, v.2. 22ª ed. São Paulo: Saraiva, 2007;
GAGLIANO, Pablo Stolze; FILHO, Rodolfo Pamplona. Novo Curso de Direito Civil, v.2. 14ª ed. São Paulo: Saraiva, 2013;
GONÇALVES, Carlos Roberto. Direito Civil Brasileiro: Teoria Geral das Obrigações, v.2. 8ª ed. São Paulo: Saraiva, 2011;
GONÇALVES, Carlos Roberto. Direito Civil Esquematizado, v.1. 1ª ed. São Paulo: Saraiva, 2011;
MATIELLO, Fabrício Zamprogna. Código Civil Comentado. 6ª ed. São Paulo: LTr, 2015;
MENEZES, Rafael de. Aula 15 - Direito Civil 2 - Unicap - Modos de Extinção das Obrigações (continuação). Disponível em: <http://rafaeldemenezes.adv.br/assunto/Direito-das-Obrigacoes/4/aula/15>. Acesso em: jun. de 2015. 
RIBEIRO, Juçara. Aprender Direito. Remissão de Dívidas. Disponível em: <http://saberdedireitovirtual.blogspot.com.br/2011/03/remissao-de-dividas.html>. Acesso em: jun. de 2015.
VILELA, Melina Lemos. JUS Navigandi. Da novação: natureza, histórico, pressupostos e efeitos. Disponível em: <http://jus.com.br/artigos/25150/da-novacao>. Acesso em: jun. de 2015;

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