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EXCELENTISSIMO SENHOR JUIZ DE DIREITO DA VARA CÍVEL E DA FAZENDA PÚBLICA DA COMARCA DE GUARAPUAVA ANA ARQUITETOS ASSOCIADOS S/S, representada neste ato por seus sócios administradores, Braga, estado civil, empresário, RG____, CPF_____, e Guaraci, estado civil, empresário, RG____, CPF_____, ambos com endereço comercial à ______________, nº___, bairro, estado, por meio de sua advogada, vem por meio do presente, com fulcro no artigo 599, incisos I e II do Código de Processo Civil, apresentar: AÇÃO DE DISSOLUÇÃO PARCIAL DE SOCIEDADE em face da sócia ANA, estado civil, empresária, RG____, CPF_____, com endereço à ______________, nº___, bairro, estado, qualificada nos autos do processo em epígrafe, com base nos argumentos de fato e de direito a seguir: 1. FATOS E FUNDAMENTOS JURÍDICOS A sócia Ana, possui 40% da sociedade Ana Arquitetos S/S e os sócios administrativos, os Srs. Braga e Guaraci, juntamente com o sócio Telêmaco, unindo o percentual de cada um, possuem 60% do capital social da empresa, ou seja, eles detém a maioria do quadro social e capital da Ana Arquitetos S/S. Ana, após não concordar com as decisões administrativas dos outros sócios, Braga e Guaraci, passou a ter atitudes prejudiciais à sociedade e a pessoa de seus sócios. Ana passou a atuar de modo velado em projetos de arquitetura com sociedades concorrentes, passou a atrasar a entrega de projetos aos clientes, bem como, de modo deliberado, passou a disseminar e-mails com notícias inverídicas sobre a vida particular dos sócios e sobre os administradores estarem dilapidando o patrimônio social, bem como, se apropriando de bens da sociedade para uso próprio, atos estes caracterizados como falta grave no cumprimento de suas obrigações. Em decorrência dos atos prejudiciais de Ana à empresa, restaram uma série de consequências a seus sócios, dentre essas, a quebra do affectio societatis e a visível redução do faturamento da sociedade. Os prejuízos causados por Ana, violaram princípios necessários para a constituição e manutenção de uma sociedade, visto que os sócios, ao celebrarem um contrato, são obrigados a contribuir com bens ou serviços, para o exercício de atividade econômica, o que claramente deixou de ocorrer no caso em tela, resultando em descumprimento grave das obrigações. Conforme versa o artigo 981 da Lei nº 10.406/02: “Art. 981. Celebram contrato de sociedade as pessoas que reciprocamente se obrigam a contribuir, com bens ou serviços, para o exercício de atividade econômica e a partilha, entre si, dos resultados”. Diante de todo o exposto, em virtude das reiteradas ações indevidas e das consequências negativas dessas ações, se evidencia a impossibilidade de manutenção da sócia Ana na sociedade. Se faz necessário à sua exclusão, por via judicial, visto que se trata de falta grave no cumprimento de suas obrigações, além dos sócios possuírem de forma somada, a maior porcentagem de cotas no quadro social, devidamente tipificado no artigo 1.030 da Lei nº 10.406/2002, o qual legitima sua exclusão perante a empresa. “Art. 1.030. Ressalvado o disposto no art. 1.004 e seu parágrafo único, pode o sócio ser excluído judicialmente, mediante iniciativa da maioria dos demais sócios, por falta grave no cumprimento de suas obrigações, ou, ainda, por incapacidade superveniente.” 2. PEDIDOS Diante todo o exposto, REQUER: a) Citação dos sócios Braga, Guaraci e Telêmaco, em nome da empresa Ana Arquitetos Associados S/S e citação da sócia Ana, para apresentar contestação, conforme aduz o artigo 601, caput, do CPC; b) Procedência do pedido para decretar a exclusão da ré da sociedade empresária, caracterizado em dissolução parcial de sociedade, haja vista a falta grave no cumprimento de suas obrigações, conforme aduz o artigo 1.030 da Lei nº 10.406/2002; c) Determinar a apuração de haveres de Ana na sociedade, com base nos artigos 1.031 do CC e artigo 599, inciso II, do CPC, bem como sua definição, nomeando o perito necessário para tal ato; d) Indenização compensável com o valor dos haveres a apurar, com fundamento no artigo 602 do CPC; e) Realização de audiência de conciliação ou de mediação, de acordo com o artigo 334 do CPC; f) Condenação da ré ao pagamento por dano material e moral em virtude das consequências de seus atos; g) Pagamento das custas processuais e honorários advocatícios, caso não haja manifestação expressa e unânime pela concordância da dissolução, de acordo com o artigo 603, §1º do CPC. 3. PROVAS Protesta por todos os meios de prova a seguir: a) contrato social consolidado, de acordo com o art. 599, §1º, do CPC; b) mensagens de e-mail enviadas por Ana c) notificações dos clientes cancelando contratos e propostas Valor da Causa: R$ xx.xxx,xx São Paulo 14 de março de 2023 Advogado OAB ______
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