A Arte de Compreender O Seu Cônjuge Cecil G. Osborne Sumário Apresentação Capítulo 1 - O Casamento Pode Ser Maravilhoso... Mas Também Frustrador Capítulo 2 - Diferenças Entre O Homem e A Mulher Capítulo 3 - Necessidades e Problemas da Mulher Capítulo 4 - O Homem e Seus Problemas Capítulo 5 - Conflitos Que Prejudicam os Casamentos Capítulo 6 - A Incompatibilidade no Casamento Capítulo 7 - Quase Todo Casamento Pode Ser Melhorado Capítulo 8 - Dez Mandamentos Para as Esposas Capítulo 9 - Dez Mandamentos Para Os Maridos Capítulo 10 - Oito Tipos de Maridos Neuróticos Capítulo 11 - Oito Tipos de Esposas Neuróticas Capítulo 12 - Incompatibilidade e Paradoxos no Casamento Capítulo 13 – Amor Apresentação O casamento é uma bênção instituída por Deus. Pode e deve ser considerado como uma dádiva dos céus. No entanto, com uma frequência cada vez mais assustadora, verifica-se o desmoronamento dessa instituição. O que está acontecendo? Cecil Osborne acredita no casamento. Entretanto, acreditar no casamento não autoriza ninguém a fechar os seus olhos para os problemas que ele apresenta. A união de duas vidas em uma nova forma de relacionamento, íntima e profunda, é algo complexo. Sua complexidade não se torna minimizada pelo fato de a cerimônia ter sido oficiada dentro dos padrões legais do país ou por um clérigo. Não são as palavras pronunciadas pelo Pastor ou Sacerdote que vão significar um casamento feliz ou não para os cônjuges. A felicidade do casamento é algo que deve ser construída a dois. E, justamente, por preocupar-se com os cônjuges e seu relacionamento, é que este livro de Cecil Osborne se torna mais necessário do que nunca. Ser bem-sucedido no casamento é atingir um grau de companheirismo e carinho profundo, que cresce com o passar do tempo. Isto significa que há um preço a pagar. Mas quem já atingiu a meta testemunha dizendo que o preço é pequeno comparado com o valor do objetivo em si mesmo. Não depende, este relacionamento, de apenas umas das partes. Ambos os cônjuges são responsáveis. Cada um, esposo e esposa, tem sua parcela de contribuição a dar para a felicidade do lar. Dar de si mesmo ao outro: eis o segredo da felicidade no lar! Com seriedade e sobriedade, o autor procura orientar a jovens e adultos, solteiros e casados, quanto aos passos que podem servir de ajuda na construção diária de um lar feliz e abençoado. Capítulo 1 - O Casamento Pode Ser Maravilhoso... Mas Também Frustrador Matrimônio – mar alto para o qual ainda não se inventou bússola. (Heine) O casamento é o relacionamento mais recompensador e mais difícil que o homem conhece. Começou quando “o Senhor Deus disse: Não é bom que o homem esteja só; far-lhe-ei uma adjutora” (Gên. 2:18). Margaret Mead diz que o lar é “a instituição mais difícil que temos”. O sociólogo Ralph Linton diz: “No Gὃtterdâmmerung, que a supersábia ciência e a diplomacia idiota estão preparando para nós, o último homem gastará suas últimas horas procurando sua esposa e seu filho. ” Os alarmistas destacam o fato de nosso índice de divórcio ser mais alto do que o de qualquer outra nação do mundo ocidental. Um casamento em quatro acaba em divórcio; prediz-se que o número chegará a ser um em cada três nos próximos anos. Mesmo assim, noventa por cento dos americanos casam-se, e a percentagem de divórcio é menos perturbadora quando lembramos que só uma pequena fração é de divórcios repetidos, que duas de cada três pessoas divorciadas casam-se de novo, e nove décimos delas permanecem casadas. Uma percentagem muito mais alta de aventuras comerciais fracassa do que os casamentos. As estatísticas ficarão menos alarmante se admitirmos uma margem de erro a uma quarta parte dos que se aventuram nas águas matrimoniais. A evidência estatística é ainda menos perturbadora quando nos lembramos de que não há outro relacionamento humano tão carregado de tantas possibilidades de fracasso. Não há casamentos perfeitos, pelo simples motivo de não haver pessoas perfeitas e de ninguém poder satisfazer a todas as necessidades de outra pessoa. A dificuldade de se conseguir um casamento proveitoso é complicada grandemente pelas diferenças genéticas entre duas pessoas. Suas experiências ambientais são diferentes, assim como suas personalidades, necessidades, objetivos, tendências e respostas emocionais. Se acrescentarmos às diferenças ambientais, genéticas e pessoais de dois indivíduos quaisquer as grandes diferenças emocionais existentes entre os homens e as mulheres, ficaremos um tanto surpresos por haver tantos casamentos bem-sucedidos! Uma jovem pode saber intelectualmente que é impossível duas pessoas imperfeitas conseguirem um casamento perfeito. Ainda assim, em um nível profundo de sentimento, ela nutre o sonho romântico de uma realização perfeita com um marido gentil e atencioso, ao mesmo tempo que forte e sábio – um homem que suprirá todas as suas necessidades. Na verdade, homem algum poderá suprir todas as suas necessidades variadas e sem limites. Ela quer ser protegida, apreciada, amada e, além disso, deseja liberdade e autonomia completas. Ela, muitas vezes, pressionará e testará os limites, só para ter a certeza de que eles existem, e para pôr à prova a força de seu marido. Ela experimenta um sentimento de segurança ao saber que ele é forte o suficiente para resistir, mas sábio o bastante para saber quando ceder! Ela precisa saber o que se espera dela, mas sem limitar sua liberdade de escolha. Ela quer ser apreciada e ter sua identidade própria reforçada por manifestações repetidas de reconhecimento, aprovação e afeição. Basicamente, ela quer ser uma adjutora, não o patrão, mas ela dará a impressão de estar procurando dominar, ao pressionar e testar. Ela deseja o controle dentro de sua própria esfera, que envolve o lar e os filhos, e também aí necessita do interesse e da força de um marido. Ela quer que “sua esfera de influência” seja razoavelmente flexível, dependendo de suas necessidades emocionais flutuantes, ela quer que a afeição seja mostrada de muitas maneiras, em grande e pequena escalas. Estas necessidades podem variar grandemente em grau, de dia a dia, e ela espera que seu marido se apresente equipado com um certo grau de percepção extra-sensorial, para que ele tenha consciência de seus estados emocionais variáveis. Pequenas expressões de afeição e aprovação significam para ela muito mais do que o homem imagina. Ela quer ser lembrada, adorada, apreciada, elogiada, ouvida; ela quer ter seus sentimentos validados, mesmo quando eles pareçam infantis e irracionais para seu marido. Ela precisa ser levada a sentir-se feminina, ao ser protegida, cuidada, reconhecida; ter afeição sem sexo, ser aceita especialmente quando ela se sente inaceitável a si mesma. Ela precisa da segurança do homem, e pode incitar, importunar, brigar ou prová-lo a fim de conseguir esse sentimento de segurança. Isto, geralmente, é um esforço inconsciente para assegurar-se de que é amada e especialmente para certificar-se de que ele é suficientemente forte para lhe oferecer resistência e ao mesmo tempo sábio o bastante para deixá-la agir à sua própria maneira o quanto for necessário para preservar sua identidade. Ela, frequentemente, quer dominar e ao mesmo tempo precisa sentir que ele é quem manda. Ela quer ser “cuidada”. Ela quer que ele seja suficientemente forte, sábio, competente para satisfazer às suas necessidades de segurança emocional,