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CURSO
Ansiedade E 
Aprendizagem
Material de Estudo
Professora Responsável:
Psicopedagoga Jéssica Cavalcante
www.institutoneuro.com.br
Ansiedade E 
Aprendizagem
Curso com carga horária de 40 horas.
Elaborado e ministrado por Jéssica Cavalcante.
Disponível em www.institutoneuro.com.br
A autora reserva-se no direito de
proibir o compartilhamento e distribuição
desse documento.
Protegido por direitos autorais.
Manuseio exclusivo dos alunos do curso,
vinculados no site do Instituto Neuro.
Todo o conteúdo apresentado nesse
documento foi baseado em livros
renomados e artigos científicos. Algumas
citações são feitas ao longo do documento,
outras estão apresentadas na seção de
Referências, no final do mesmo.
Ansiedade E 
Aprendizagem
A ansiedade é um sentimento vago e desagradável de
medo, apreensão, uma sensação de nervosismo, preocupação
ou desconforto, derivado de antecipação de perigo, de algo
estranho ou desconhecido, sendo uma experiência humana
normal.
Ela também está presente em uma ampla gama de
transtornos psiquiátricos, incluindo o transtorno de
ansiedade generalizada, a síndrome do pânico e fobias.
Apesar de essas doenças serem diferentes entre si, todas elas
apresentam angústia e disfunção especificamente
relacionadas à ansiedade e ao medo.
Em crianças, o desenvolvimento emocional influi sobre as causas
e a maneira como se manifestam os medos e as preocupações tanto
normais quanto patológicas. Diferentemente dos adultos, crianças
podem não reconhecer seus medos como exagerados ou irracionais,
especialmente as menores.
A ansiedade e o medo passam a ser reconhecidos como
patológicos quando são exagerados, desproporcionais em relação ao
estímulo, ou qualitativamente diverso do que se observa como norma
naquela faixa etária e interferem com a qualidade de vida, o conforto
emocional ou o desempenho diário do indivíduo. Tais reações
exageradas ao estímulo ansiogênico se desenvolvem, mais comumente,
em indivíduos com uma predisposição neurobiológica herdada.
A maneira prática de se diferenciar ansiedade normal de
ansiedade patológica é basicamente avaliar se a reação ansiosa é de
curta duração, autolimitada e relacionada ao estímulo do momento ou
não.
Os transtornos ansiosos são quadros clínicos em que esses
sintomas são primários, ou seja, não são derivados de outras condições
psiquiátricas (depressões, psicoses, transtornos do desenvolvimento,
transtorno hipercinético, etc.).
Sintomas ansiosos (e não os transtornos propriamente) são
frequentes em outros transtornos psiquiátricos. É uma ansiedade que se
explica pelos sintomas do transtorno primário (exemplos: a ansiedade
do início do surto esquizofrênico; o medo da separação dos pais numa
criança com depressão maior) e não constitui um conjunto de sintomas
que determina um transtorno ansioso típico.
Ou seja, quando a reação é tão intensa que nos impede
de nos proteger e lutar de forma eficaz, é desproporcional ao
estímulo ou torna-se crônica, há enorme sofrimento e perdas
- é quando a ansiedade vira doença.
Além do chamado transtorno de ansiedade
generalizada (TAG), existem outros, como pânico, fobias e
ansiedade social. O estresse pós-traumático e o transtorno
obsessivo-compulsivo (TOC) também são classificados como
transtornos de ansiedade.
O Brasil ganhou o preocupante título de campeão de ansiedade no relatório
do ano de 2018 sobre o tema publicado pela Organização Mundial da Saúde (OMS):
9,3% da população sofre com o problema de acordo com o documento, valor que é o
triplo da média mundial, e supera de longe os Estados Unidos (6,3%). Assim como em
outros continentes, as mulheres são as mais afetadas nas Américas: 7,7% sofrem de
ansiedade, contra 3,6% dos homens.
Quando se considera o risco pessoal de sofrer com o problema, a proporção é
mais alta: "Algo como 23% da população apresenta um transtorno de ansiedade ao
longo da vida", afirma Marcio Bernik, coordenador do programa de ansiedade
(Amban) do Instituto de Psiquiatria do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina
da Universidade de São Paulo (IPQ-HC/FMUSP). "Desses transtornos, os mais
frequentes são as fobias, mais particularmente as específicas, que ocorrem muitas
vezes na infância, como de insetos, altura e outras situações", descreve. Em segundo
lugar aparece a ansiedade (ou fobia) social, com quase 10%. Os transtornos de
ansiedade generalizada (TAG) e de pânico têm prevalências menores.
Prevalência
Causas de transtornos de ansiedade
As causas dos transtornos de ansiedade não são completamente
conhecidas, mas pode haver o envolvimento dos seguintes fatores:
•Fatores genéticos (incluindo histórico familiar de transtorno de
ansiedade)
•Ambiente (por exemplo, vivenciar um evento traumático ou estresse)
•Constituição psicológica
•Uma doença física
Um transtorno de ansiedade pode ser iniciado por estresses
causados pelo meio, como o fim de um relacionamento importante ou a
exposição a um desastre com risco à vida.
Um transtorno de ansiedade pode se desenvolver quando
situações estressantes provocam respostas inadequadas, ou quando a
pessoa é subjugada pelos acontecimentos. Por exemplo, algumas
pessoas entendem que discursar em público é uma atividade
estimulante. Outras, no entanto, odeiam essa atividade e ficam
ansiosas, tendo sintomas como sudorese, medo, aumento da frequência
cardíaca e tremores. Pessoas sujeitas a essas reações podem evitar falar
mesmo diante de um grupo pequeno.
Atualmente, questões relacionadas à internet, discursos de ódio,
cancelamento e também questões relacionadas à pandemia, estão
afetando as pessoas e aumentando as estatísticas dos transtornos de
ansiedade.
A ansiedade tende a ser hereditária. Os médicos acreditam que
algumas dessas tendências podem ser hereditárias, mas algumas são
provavelmente adquiridas pela convivência com pessoas ansiosas.
Ansiedade causada por uma doença física ou drogas
A ansiedade também pode ser causada por um problema de
saúde geral ou pelo uso ou interrupção (abstinência) de um
medicamento ou droga. Problemas de saúde geral que podem causar
ansiedade incluem:
•Doenças cardíacas, como insuficiência cardíaca e arritmias
cardíacas (arritmias)
•Doenças hormonais (endócrinas), como hiperatividade da glândula
adrenal (hiperadrenocorticismo ) ou tireoide (hipertireoidismo ) ou um
tumor com secreção hormonal denominado feocromocitoma
•Doenças pulmonares (respiratórias), como asma e doença pulmonar
obstrutiva crônica (DPOC)
Mesmo febre pode causar ansiedade.
Pode ocorrer ansiedade em uma pessoa em estado terminal em
decorrência de medo da morte, dores e dificuldades respiratórias ( Depressão
e ansiedade ).
As drogas ou medicamentos que podem desencadear ansiedade incluem os
seguintes:
•Álcool
•Estimulantes (por exemplo, anfetaminas )
•Cafeína
•Cocaína
•Muitos medicamentos de venda sob receita médica, como corticosteroides
•Alguns produtos emagrecedores de venda livre, como os que contêm
produtos fitoterápicos guaraná, cafeína ou ambos.
A abstinência de álcool ou de sedativos , como benzodiazepínicos
(usados para tratar transtornos de ansiedade) podem causar ansiedade e
outros sintomas, como insônia e inquietude.
GRUPOS DE RISCO
Sexo: as mulheres costumam ter duas vezes mais
chances de apresentarem transtornos de ansiedade
do que os homens, com exceção do transtorno
obsessivo- compulsivo.
Idade: os transtornos de ansiedade podem aparecer
em qualquer idade. Na infância, os transtornos de
ansiedade mais comuns são as fobias simples, como
o medo do escuro.
Fatores sociais: pessoas solteiras, viúvas ou
desquitadas têm maior risco de transtornos de
ansiedade que pessoas casadas, assim como pessoas
isoladas, sem apoio de amigos ou familiares.
Fatores traumáticos: o trauma psicológico também
desencadeia transtornos de ansiedade,
principalmente o transtorno de estresse pós-
traumático em pessoas vulneráveis.
Além da ansiedade, exige três ou mais dentre os
seguintes sintomas para o diagnóstico em adultos:
Inquietação ou sensação de estar com os nervos à flor da
pele;fadiga; dificuldade em concentrar-se ou sensações de
"branco" na mente; irritabilidade; tensão muscular;
perturbação do sono (dificuldades em conciliar ou manter o
sono, ou sono insatisfatório e inquieto).
Caracteriza-se por um estado de ansiedade excessiva
persistente que não depende do contexto e é desproporcional
aos fatos que ocorrem na maior parte dos dias por um
período de pelo menos 6 meses, causando disfuncionalidade
social e laboral.
TAG – TRANSTORNO DE 
ANSIEDADE GENERALIZADA 
Terapia não farmacológica
Dependendo da situação particular do sujeito
Psicoterapia e terapia cognitivo-comportamental (baseado em
evidências)
Fototerapia: (particularmente em países com baixa exposição
solar)
Eletroconvulsoterapia (feita com o paciente anestesiado e
inconsciente).
Os fármacos de primeira linha no tratamento da TAG são os
antidepressivos e os benzodiazepínicos. Porém outros medicamentos
podem ser usados a critério do médico:
Terapia farmacológica ISRS (Inibidores seletivos da recaptação de
serotonina) – flovoxetina, paroxetina, escitalopram ISRSN – venlafaxina
Antidepressivos tricíclicos: imipramina por ex.
Benzodiazepinicos: alprazolam, clonazepam
Β-bloqueadores: propranolol, atenolol.
Alguns anti-histamínicos.
Além dessas drogas clássicas no tratamento do transtorno, o
psiquiatra pode se valer de outras classes medicamentosas quando a
ansiedade é grave e insuportável para o paciente. Exemplo são os
antipsicóticos atípicos que diminuem os sintomas negativos
característicos dos transtornos de humor e ansiedade.
Medo excessivo e persistente relacionado a um determinado
objeto ou situação, que não seja situação de exposição pública ou medo
de ter um ataque de pânico. O paciente procura correr para perto de
alguém que o faça se sentir protegido.
• Pode apresentar reações de choro;
• Desespero;
• Imobilidade;
• Agitação psicomotora ou até mesmo um ataque de pânico diante do
estímulo fóbico, como pequenos animais, injeções, escuridão, altura,
ruídos intensos .
As fobias específicas são diferenciadas dos medos normais da
infância por constituírem uma reação excessiva e desadaptativa, que
foge do controle do indivíduo, leva a reações de fuga, é persistente e
causa comprometimento no funcionamento da criança.
Fobias específicas 
Fobias específicas – tratamento
• Terapia comportamental
• Dessensibilização progressiva
(programa de exposição gradual ao estímulo; modelagem: técnica com
demonstração prática pelo terapeuta e imitação pelo paciente durante a
sessão; manejo de contingências: identificação e modificação de
situações relacionadas ao estímulo fóbico, que não o próprio estímulo;
procedimentos de autocontrole e relaxamento).
Tratamento farmacológico: não tem sido utilizado na prática clínica e são
poucos os estudos sobre o uso de medicações nesses transtornos.
Nesse transtorno os sintomas de ansiedade ocorrem em
situações nas quais a pessoa é observada pelos outros; ex: escrever,
assinar, comer e fazer uma apresentação na presença dos outros. Pode
ser expressa por choro, "acessos de raiva" ou afastamento de situações
sociais nas quais haja pessoas não familiares. Comumente
acompanhado de presença de sintomas físicos como: palpitações,
tremores, calafrios e calores súbitos, sudorese, náusea, enrubescimento,
dificuldade de concentração, tontura e sensação de desmaio.
O transtorno de ansiedade social começa muito cedo na vida da
pessoa; a evolução do transtorno de ansiedade social vai limitando cada
vez mais a vida da pessoa e pode gerar complicações como o abuso e
dependência de álcool ou depressão.
FOBIA SOCIAL 
Fobias sociais - tratamento
Uma série de procedimentos cognitivo-
comportamentais têm sido descritos para o tratamento de
medo de situações sociais ou de isolamento social em
crianças. O tratamento cognitivo da ansiedade social foca
inicialmente na modificação de pensamentos mal adaptados
que parecem contribuir para o comportamento de evitação
social. O tratamento comportamental baseia-se na exposição
gradual à situação temida.
Tratamento farmacológico: Benzodiazepínicos podem ser
úteis na redução de evitações de situações sociais.
Definido por inibição excessiva ou desinibição, agitação e reatividade
emocional aumentada, hipervigilância, além de pensamentos obsessivos com
conteúdo relacionado à vivência traumática em consequência à exposição a
um acontecimento que ameace a integridade ou a vida do indivíduo.
Comportamento de evitar estímulos associados ao evento traumático. Tais
sintomas devem durar mais de um mês e levar a comprometimento das
atividades do paciente. O paciente evita falar sobre o que aconteceu, pois isso
lhe é muito doloroso, e essa atitude parece perpetuar os sintomas como em
geral acontece com todos os transtornos ansiosos.
Sintomas: Sofrimento, alterações do sono; hipervigilância; sobressaltos
exagerados; irritabilidade; explosividade; dificuldade de concentração;
comportamentos de evitação; dificuldades de relacionamento social;
alterações nas manifestações de afeto.
Transtorno de estresse 
pós-traumático (TEPT) 
TEPT - Tratamento
Abordagem cognitivo-comportamental e psicoterapia
dinâmica breve no TEPT.
A abordagem cognitivo-comportamental tem sido focada
sobre o(s) sintoma(s) alvo, com o objetivo de reverter o
condicionamento da reação ansiosa, pela habituação ao
estímulo. O terapeuta deve auxiliar o indivíduo a enfrentar o
objeto temido, discursando sobre o evento traumático,
orientando o paciente a não evitar o tema ou os pensamentos
relacionados. O paciente pode se beneficiar do uso de
ansiolíticos benzodiazepínicos e uso de ISRS.
É uma resposta perante um acontecimento traumático
que leva a pessoa a um estado de ansiedade e preocupação;
Os sintomas do transtorno por estresse agudo
costumam aparecer durante ou imediatamente após o
acontecimento da situação traumática.
Costuma durar pelo menos 2 dias e pode permanecer
durante 4 semanas depois de ter acontecido o fato
traumático.
ESTRESSE AGUDO 
A manifestação central desse transtorno é o ataque de
pânico: um conjunto de manifestações de ansiedade com
início súbito, rico em sintomas físicos e com duração limitada
no tempo, em torno de dez minutos.
O transtorno de pânico inicia com os ataques e costuma
progredir para um quadro de agorafobia, no qual o paciente
passa a evitar determinadas situações ou locais por causa do
medo de sofrer um ataque.
TRANSTORNO DO PÂNICO (TP) 
Sintomas ansiosos (podem surgir como ataques de
pânico) ocorrendo quando a pessoa está em locais dos quais
tenha receio de não conseguir escapar. Também são possíveis
quando as pessoas estão fora de ambientes que achem
controláveis.
A questão central é o medo de passar mal e não
conseguir socorro adequado, mas pode haver variações desse
medo, como a sensação de falta de controle insuportável; a
consequência central da agorafobia é o ato de evitar
situações vistas como de “risco”.
AGORAFOBIA
Obsessões são pensamentos, imagens, impulsos que ocorrem de
modo repetitivo, usualmente associados com ansiedade, que a pessoa
não consegue controlar, apesar de reconhecer seu caráter anormal.
Compulsões são comportamentos, recorrentes e repetitivos, que o
paciente é forçado a realizar, sob pena de entrar em um estado de
acentuada ansiedade.
As compulsões costumam se elaborar em rituais com atos
relacionados com limpeza, verificação e contagem. As obsessões e as
compulsões surgem, ou tornam-se evidentes, no início da vida adulta.
Tendem a piorar com a evolução da doença e a ocupar uma parcela cada
vez maior do tempo do indivíduo.
TRANSTORNO OBSSESSIVO 
COMPULSIVO (TOC)
Viemos abordando algumas questões
particulares sobre os tratamentos ao longo da
descrição dos transtornos.
De modo geral, o tratamento é constituído por
uma abordagem multimodal, que inclui orientação
aos familiares e ao paciente, terapia cognitivo-
comportamental, psicoterapia dinâmica, uso de
psicofármacos e intervenções familiares.
Bases do tratamento 
Segundo a Anvisa (2013), o tratamento é baseado em:
- Preferências dos pacientes;- Severidade da doença;
- Doenças concomitantes;
- Complicações com o uso de outras substâncias;
- Risco de suicídio;
- Histórico de tratamentos anteriores;
- Custo e tipos de tratamentos disponíveis.
As opções de tratamento incluem intervenção
medicamentosa e psicológica. A adesão ao tratamento pode
aumentar quando as vantagens e desvantagens do
tratamento são previamente discutidas.
TRATAMENTO
• Tratamento da causa, caso seja adequado;
• Psicoterapia;
• Farmacoterapia;
• Tratamento de outros distúrbios ativos.
O estabelecimento de um diagnóstico preciso é
importante, uma vez que os tratamentos diferem de acordo
com o tipo de transtorno de ansiedade. Além disso, os
transtornos de ansiedade devem ser diferenciados da
ansiedade que ocorre em muitos outros transtornos de saúde
mental, que envolvem diferentes abordagens de tratamento.
Se a causa for outro problema de saúde ou um
medicamento ou droga, o médico tem por meta corrigir a
causa em vez de tratar os sintomas de ansiedade. A ansiedade
deve diminuir depois de a doença física ser tratada ou após o
uso do medicamento ou droga ter sido interrompido por
tempo suficiente para que todos os sintomas de abstinência
tenham desaparecido.
Se a ansiedade permanecer, podem ser utilizados
medicamentos ansiolíticos ou psicoterapia (como terapia
comportamental).
No caso de pessoas que estão em estado terminal, determinados
analgésicos fortes, como a morfina , podem melhorar tanto a dor como
a ansiedade.
Caso um transtorno de ansiedade seja diagnosticado, a
farmacoterapia ou psicoterapia (por exemplo, a terapia
comportamental ), isoladamente ou combinadas, conseguem melhorar
significativamente a angústia e a disfunção na maioria das pessoas. Os
benzodiazepínicos (por exemplo, o diazepam) costumam ser receitados
para tratar a ansiedade aguda.
Os antidepressivos , como os inibidores seletivos de recaptação
da serotonina (ISRSs), funcionam tão bem para transtornos de
ansiedade quanto para a depressão para muitas pessoas. Os
tratamentos específicos dependem de qual transtorno de ansiedade é
diagnosticado.
Todos os transtornos de ansiedade podem ocorrer juntamente
com outros problemas psiquiátricos. Por exemplo, muitas vezes, os
transtornos de ansiedade ocorrem juntamente com um transtorno por
uso de álcool . É importante tratar todos esses problemas assim que
possível.
Tratar o transtorno por uso de álcool sem tratar a ansiedade
provavelmente não será eficaz, uma vez que é possível que a pessoa
esteja consumindo álcool para tratar a ansiedade. Por outro lado, tratar
a ansiedade sem lidar com o transtorno alcoólico possivelmente será
uma abordagem mal sucedida, porque mudanças diárias na
concentração de álcool no sangue podem causar uma oscilação nos
níveis de ansiedade.
Podem ocorrer casos em que vários transtornos estão presentes
ao mesmo tempo e não se consegue identificar o que é primário e o que
não é, sendo mais correto referir que esse paciente apresenta mais de
um diagnóstico coexistente (comorbidade). Estima-se que cerca de
metade das crianças com transtornos ansiosos tenham também outro
transtorno ansioso.
Pelos sistemas classificatórios vigentes, o transtorno de
ansiedade de separação foi o único transtorno mantido na seção
específica da infância e adolescência (CID-10, DSM-IV). O transtorno de
ansiedade excessiva da infância e o transtorno de evitação da infância
(DSM-III-R), passaram a ser referidos nas classificações atuais,
respectivamente, como transtorno de ansiedade generalizada (TAG) e
fobia social.
Transtornos ansiosos infantis
Nas crianças e adolescentes, os transtornos ansiosos mais frequentes
são o transtorno de ansiedade de separação, com prevalência em torno de
4%, o transtorno de ansiedade excessiva ou o atual TAG (2,7% a 4,6%) e as
fobias específicas (2,4% a 3,3%). A prevalência de fobia social fica em torno de
1% e a do transtorno de pânico (TP) 0,6%.
A distribuição entre os sexos é de modo geral equivalente, exceto
fobias específicas, transtorno de estresse pós-traumático e transtorno de
pânico com predominância do sexo feminino.
A causa dos transtornos ansiosos infantis é muitas vezes desconhecida e
provavelmente multifatorial, incluindo fatores hereditários e ambientais
diversos. Entre os indivíduos com esses transtornos, o peso relativo dos fatores
causais pode variar.
De uma maneira geral, os transtornos ansiosos na infância e na
adolescência apresentam um curso crônico, embora flutuante ou episódico, se
não tratados.
A ansiedade no âmbito escolar obteve maior destaque a partir da
década 1950, quando os estudiosos perceberam a importância de se
pesquisar sobre o assunto. As pesquisas referentes a esse tema
englobam fatores como identificar o que determinam os conflitos para
os estudantes; os sintomas que a ansiedade causa no processo da
aprendizagem; o perfil dos estudantes mais afetados e quais as formas
de tratamento para amenizar a ansiedade no âmbito escolar
(BORUCHOVITCH; COSTA, 2004).
Âmbito Escolar
De forma ampla, a ansiedade escolar é mais frequente
nos alunos que estão com um desempenho escolar
insatisfatório. A intensidade de ansiedade vivida pelos
estudantes pode alterar de níveis imperceptíveis a níveis
muito elevados.
Quando estudantes vivenciam momentos de
desconforto, como um fracasso escolar, a tendência é
aumentar o nível de ansiedade e, consequentemente, a
motivação para a aprendizagem do aluno diminui
(BORUCHOVITCH; COSTA, 2004).
Os aspectos cognitivos da ansiedade em relação aos
testes escolares têm recebido uma maior atenção nas
diferentes área de pesquisa. Percebeu-se uma diferença no
desempenho dos sujeitos, tanto relacionado às variáveis
quanto ao nível de ansiedade como na variável da atenção
desses alunos durante a realização dos testes, pois os
estudantes com um nível elevado de ansiedade a testes,
apresentam dificuldade em equilibrar a atenção quando
estão em um ambiente de avaliação (MORRIS; DAVI;
HUTCHINGS, 1981).
Como exemplo, temos alunos na hora de concursos ou
vestibulares, tendo um rendimento muito ruim (o famoso
“branco”) em função dos altos níveis de ansiedade.
Os estudantes com um nível alto de ansiedade têm sua
atenção focada para si mesmo, enquanto o aluno com nível
baixo de ansiedade tem sua atenção focada inteiramente na
realização da tarefa. Alguns estudos, como o de Ryan e Lakie,
evidenciam que indivíduos com alto nível de ansiedade são
beneficiados em situações não competitivas, pois são
ambientes livres de ameaças ou tensões (SONGURO, 1998).
No entanto, vale ressaltar que os efeitos nocivos da ansiedade
decorrem devido ao grau em que esta se encontra. Porém, a ansiedade
não deve ser vista como algo prejudicial ao bom desempenho escolar do
aluno. Um nível baixo de ansiedade pode ajudar no processo de
aprendizagem. Percebeu-se que a ansiedade moderada pode elevar o
fator motivação, aumentar atenção e concentração, aperfeiçoando o
desempenho escolar dos alunos. Compreendeu-se que a ansiedade
intervém no comportamento escolar e na aprendizagem dos alunos,
também se leva em consideração o nível de interferência positiva ou
negativa (SONGURO, 1998).
As dificuldades no processo de alfabetização e de aprendizagem
fazem parte da vida escolar de muitas crianças. Torna-se imprescindível
a compreensão desses problemas para diminuir o impacto dessas
dificuldades na vida desses alunos. Umas das variáveis que faz parte da
vida das crianças tanto no cotidiano como no âmbito escolar é
ansiedade. A ansiedade no âmbito escolar foi mais estudada a partir dos
anos 1950 e os estudos sobre a ansiedade tem como foco as causas que
determinam os sintomas de tensão nesses estudantes, as
consequências que a ansiedade tem na aprendizagem dos alunos mais
afetados e, finalmente, alternativas de tratamento para esses alunos
(COSTA; BORUCHOVITCH, 2001). No entanto, este estudo foca a relação
da ansiedade à dificuldade em leitura e escrita.
Segundo Rodrigues (1976), os alunos no ambiente
escolar estão mais propensos a desenvolver medo e
ansiedade. Principalmente, secorrelacionada a privações, ao
fracasso escolar, ao ridículo e à insegurança. Desse modo, os
alunos com dificuldades na aprendizagem têm baixa
autoestima e uma percepção de si mesmos de forma
negativa, esse aluno confere essa falha à origem interna, ou
seja, às causas intrapessoais e não às causas externas. Com
isso, deixa de se valorizar pelas suas vitórias, afetando assim
sua motivação tanto intrínseca como extrínseca na vida
escolar (GONZÁLEZ; VALLE, 1998).
Diante desses dados, observou-se a importância de
estudos nessa área para a melhoria da qualidade e do
processo de aprendizagem no ensino fundamental, bem como
ao desenvolvimento de outros estudos e discussões entre a
área cientifica.
É importante obter sempre parâmetros para
intervenções no processo de ensinar e aprender no ensino
fundamental, mas a análise da ansiedade, importante para o
processo de ensino e aprendizagem, e as dificuldades na
aprendizagem na leitura e escrita são pouco abordadas na
literatura.
No âmbito escolar, as crianças que apresentam os
sentimentos de medo e ansiedade demonstram mais
comportamentos de irritabilidade e carência de atenção,
acarretando dificuldades de aprendizagem.
Devido a isso, é de suma importância que o docente
tenha conhecimento claro sobre as situações do ambiente
escolar em que essas crianças demonstram ter as reações de
ansiedade tanto físicas como emocionais (BAZI, 2000).
RELAÇÃO DA ANSIEDADE COM O 
DESEMPENHO ESCOLAR 
Além do desempenho escolar, outros aspectos na vida da
criança são atingidos, como o funcionamento psicossocial que pode ser
prejudicado pela ansiedade. As crianças muito ansiosas podem ser
excessivamente reticentes, podem evitar a interação entre pares ou
podem agir de uma maneira menos competente.
Em grupos de amigos ou na escola, por causa da preocupação
com a ameaça, elas apresentam uma incapacidade de se concentrar
devido às ligações entre os níveis elevados de ansiedade e
funcionamento social (WOOD, 2006).
Na escola, as crianças reconhecem a importância colocada no
desempenho escolar por seus pais e professores. Eles lutam para
dominar as habilidades acadêmicas, podendo desenvolver uma reação
de ansiedade devido a expectativa de possível insucesso escolar.
A experiência de ansiedade pode tornar-se um grande obstáculo
para a aprendizagem do aluno pela composição de grande esforço ou
causar evasão de trabalho acadêmico (NELSON; HARWOOD, 2010). Ela
demonstra uma ligação entre a alta ansiedade e desempenho cognitivo
e, consequentemente, uma ligação entre a alta ansiedade e os
resultados do insucesso no processo de ensino e aprendizagem (WOOD,
2006).
Segundo Nelson e Harwood (2010), os níveis elevados de
ansiedade têm efeitos deletérios sobre o desempenho em tarefas
cognitivas e acadêmicas. Altos níveis de ansiedade introduzem
cognições de tarefa irrelevantes no componente do sistema de
processamento de informação de armazenamento limitado. Essa
ansiedade pode produzir distração, atrapalhar o foco de atenção e
consumir espaço na memória de trabalho, resultando em
processamento de informação ineficiente.
Ansiedade elevada produz um estado de excitação fisiológica e
um foco de atenção na ameaça percebida. Esta excitação tende a
prejudicar a concentração em estímulos, que não são ameaçadoras, tais
como as tarefas escolares. Além disso, a alta ansiedade pode estar
associada a distúrbios na recordação do conhecimento acadêmico
anteriormente dominado (WOOD, 2006).
Altos níveis de ansiedade provavelmente trarão um
epifenômeno no desempenho acadêmico, via interrupção da
informação do sistema de processamento. A ansiedade elevada durante
a leitura interfere no ciclo fonológico, provocando a necessidade de
ensaio articulatório que tributa capacidade de memória de trabalho
(NELSON; HARWOOD, 2010).
Ao longo de um ano escolar, as crianças com transtornos de
ansiedade, isto é, com níveis elevados de ansiedade, podem apresentar
desempenho abaixo do rendimento escolar, resultando em notas e
rendimentos inferiores à média. Com isso, observa-se uma relação da
ansiedade com o desempenho escolar em crianças. No entanto, o efeito
com a diminuição da ansiedade durante o período escolar nos
resultados acadêmicos ainda é pouco pesquisado (WOOD, 2006).
Os jovens com dificuldade de aprendizagem apresentam
aumento do estresse em ambientes sociais e escolares. No entanto, não
é de se estranhar que a ocorrência de transtornos de ansiedade
relacionada à dificuldade de aprendizagem torna-se ainda mais
debilitante, devendo ser causa de grande preocupação de saúde
mental.
Apesar da alta comorbidade de transtornos de ansiedade entre
os jovens com dificuldade de aprendizagem e seus efeitos negativos
sobre o desenvolvimento psicossocial, a maioria dessas crianças e
adolescentes são deixados sem tratamento para a ansiedade (THALER;
KAZEMI; WOOD, 2010).
Os testes de inteligência aplicados aos alunos com baixo
rendimento escolar, muitas vezes não conseguem discriminar a
sintomatologia associada com a dificuldade de aprendizagem daquelas
associadas à ansiedade. A tendência geral entre os profissionais da
escola é diagnosticar jovens que estão apresentando um abaixo nível
acadêmico com diagnóstico primário de dificuldade de aprendizagem e
não uma perturbação emocional como um possível fator que contribui
para as dificuldades de aprendizagem.
No entanto, os métodos de avaliação adicionais precisam estar
aptos para auxiliar e identificar com precisão os problemas acadêmicos e
sociais de seus alunos, tais como o excesso de ansiedade que pode
acompanhar uma dificuldade de aprendizagem. Deste modo, é evidente
a influência da ansiedade no desempenho acadêmico e sua relação com
a dificuldade de aprendizagem (THALER; KAZEMI; WOOD, 2010).
Na contemporaneidade, as dificuldades escolares estão cada vez mais
presentes nas salas de aula e uma das variáveis apresentadas pela criança cada
vez mais cedo é a ansiedade. Quanto mais cedo ocorrer a identificação dos
sintomas da ansiedade, mais favorável para o desenvolvimento da criança na
aprendizagem. No entanto, os instrumentos são de domínio dos psicólogos,
mas é importante que os professores tenham conhecimentos sobre os
sintomas referente à ansiedade.
Segundo Berstein et al. (1996), existem diversas formas de se investigar
as reações causadas pela ansiedade infantil. Na primeira etapa, o profissional
irá fazer a anamnese e por meio das informações colhidas irá conceituar o
caso, verificando a intensidade e rigidez dos sintomas apresentados pela
criança e as situações responsáveis por causar a ansiedade. Diante do caso, o
profissional irá escolher qual dos instrumentos será utilizado.
AVALIAÇÃO DA 
ANSIEDADE NA ESCOLA 
É relevante salientar que quanto mais cedo diagnosticar uma criança ansiosa
clinicamente, mais cedo ela será tratada corretamente e consequentemente os
sintomas serão amenizados. Devido a essa importância na vida da criança, é relevante
a presença das avaliações no tratamento e que seja adequado para cada caso. Vale
ressaltar que é fundamental a utilização de mais de um instrumento, pois seria muito
superficial concluir uma avaliação baseando-se apenas em um instrumento (BALDWIN;
MAIN, 2007).
Os autores Silva e Figueiredo (2005), fizeram um estudo de revisão de artigos,
utilizando instrumentos a fim de avaliar a ansiedade infantil. Eles relataram que os
instrumentos, de forma geral, são os questionários de autorrelato dos progenitores e
dos educadores ou entrevista sistematizada com os mesmos. Esses instrumentos são
denominados escalas ou testes. Alguns possuem os parâmetros psicométricos de
validade e fidedignidade. A avaliação da ansiedade teve seus primeiros instrumentos
na década de 50. O primeiro foi Sarason’s General Anxiety Scale for Children, criado em
Yale nos EUA e tem por objetivo avaliar a ansiedade nas variáveis da emoção e
preocupação (SILVA; FIGUEIREDO, 2005).
Os testes mais utilizados pelos pesquisadores hoje são:
Child Behavior Checklist (CBCL), Fear Survey Schedule for
Children-Revised (FSSC-R), Piers-HarrisChildren's Self Concept
Scale, Social Anxiety Scale for Children-Revised (SASC) (SILVA;
FIGUEIREDO, 2005).
No Brasil, algumas escalas de avaliação de ansiedade infantil têm
destaque como a Escala de ansiedade manifesta, uma versão infantil feita
pelos autores Candiess e Palermo (1956), traduzida e adaptada pelos autores
Almeida e Rosamilha no ano de 1966. A escala de ansiedade traço-estado
IDATE de Spielberger foi publicada no ano de 1970, traduzida e adaptada para
o Brasil pelo autor Biaggio no ano de 2011. Porém, tem-se observado nos dias
atuais poucos instrumentos sobre ansiedade de traço e ansiedade escolar.
Observa-se que a maior dificuldade nas pesquisas em avaliação de
ansiedade é o problema na distinção dos sintomas de ansiedade e depressão,
pois ambos os transtornos se referem ao estresse psicológico. Outra
dificuldade está ligada à limitação psicométrica dos testes utilizados para
avaliar a ansiedade. Portanto, é importante ressaltar que a avaliação e o uso
de testes fidedignos para analisar a ansiedade são fatores primordiais no
diagnóstico (DSM IV e CID 10).
Em resumo, “as situações de aprendizagem, quando são
mal conduzidas, são geradoras de um excesso de ansiedade
que se torna insuportável para o aluno, chegando à
desorganização de sua conduta, o que acarreta o fracasso na
produção escolar. A aprendizagem verdadeira exige um nível
de ansiedade ótimo, ela sempre se dá acompanhada de uma
‘ansiedade paranóide’ pelo perigo representado pelo
conhecimento novo (o medo ao novo) e da ‘ansiedade
depressiva’ pela perda que se dá ao esquema referencial e
certos vínculos que estariam envolvidos na aprendizagem.”
Weiss (2010, p. 169)
Conclusões
As dificuldades de aprendizagem podem se iniciar
desde a educação infantil e tornar-se mais evidentes no
ensino fundamental. Cabe à instituição escolar reconhecê-las
e encaminhar os alunos para uma avaliação psico-
educacional que possa confirmar ou não as suposições.
Entretanto, nem sempre as coisas vêm acontecendo desta
maneira e podemos encontrar, ainda hoje, crianças em
condições patológicas sem atendimento adequado por parte
da escola e da família, bem como crianças medicalizadas
inapropriadamente.
Estudos mostram que crianças com Transtorno de Ansiedade
podem melhorar sua aprendizagem escolar desde que a família e a
escola criem condições para tanto. Cabe a escola repensar seus
objetivos e práticas pedagógicas com vistas a atender às demandas de
seus alunos, em especial aqueles em condições de inclusão como os
portadores de transtorno de ansiedade, para que desenvolvam as
habilidades necessárias para a aprendizagem escolar.
As instituições escolares tendem a buscar diagnósticos que
justifiquem o não-aprender de seus alunos e, nesses casos, as escolas se
omitem de sua função social e, muitas vezes, acabam por culpabilizar o
indivíduo por seu fracasso escolar. Mediante a isso, devemos sempre
buscar contribuir para um esclarecimento adequado deste tipo de
conduta infantil e apresentar alternativas de ação pedagógica para os
educadores em formação e atuantes.
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