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CURSO Ansiedade E Aprendizagem Material de Estudo Professora Responsável: Psicopedagoga Jéssica Cavalcante www.institutoneuro.com.br Ansiedade E Aprendizagem Curso com carga horária de 40 horas. Elaborado e ministrado por Jéssica Cavalcante. Disponível em www.institutoneuro.com.br A autora reserva-se no direito de proibir o compartilhamento e distribuição desse documento. Protegido por direitos autorais. Manuseio exclusivo dos alunos do curso, vinculados no site do Instituto Neuro. Todo o conteúdo apresentado nesse documento foi baseado em livros renomados e artigos científicos. Algumas citações são feitas ao longo do documento, outras estão apresentadas na seção de Referências, no final do mesmo. Ansiedade E Aprendizagem A ansiedade é um sentimento vago e desagradável de medo, apreensão, uma sensação de nervosismo, preocupação ou desconforto, derivado de antecipação de perigo, de algo estranho ou desconhecido, sendo uma experiência humana normal. Ela também está presente em uma ampla gama de transtornos psiquiátricos, incluindo o transtorno de ansiedade generalizada, a síndrome do pânico e fobias. Apesar de essas doenças serem diferentes entre si, todas elas apresentam angústia e disfunção especificamente relacionadas à ansiedade e ao medo. Em crianças, o desenvolvimento emocional influi sobre as causas e a maneira como se manifestam os medos e as preocupações tanto normais quanto patológicas. Diferentemente dos adultos, crianças podem não reconhecer seus medos como exagerados ou irracionais, especialmente as menores. A ansiedade e o medo passam a ser reconhecidos como patológicos quando são exagerados, desproporcionais em relação ao estímulo, ou qualitativamente diverso do que se observa como norma naquela faixa etária e interferem com a qualidade de vida, o conforto emocional ou o desempenho diário do indivíduo. Tais reações exageradas ao estímulo ansiogênico se desenvolvem, mais comumente, em indivíduos com uma predisposição neurobiológica herdada. A maneira prática de se diferenciar ansiedade normal de ansiedade patológica é basicamente avaliar se a reação ansiosa é de curta duração, autolimitada e relacionada ao estímulo do momento ou não. Os transtornos ansiosos são quadros clínicos em que esses sintomas são primários, ou seja, não são derivados de outras condições psiquiátricas (depressões, psicoses, transtornos do desenvolvimento, transtorno hipercinético, etc.). Sintomas ansiosos (e não os transtornos propriamente) são frequentes em outros transtornos psiquiátricos. É uma ansiedade que se explica pelos sintomas do transtorno primário (exemplos: a ansiedade do início do surto esquizofrênico; o medo da separação dos pais numa criança com depressão maior) e não constitui um conjunto de sintomas que determina um transtorno ansioso típico. Ou seja, quando a reação é tão intensa que nos impede de nos proteger e lutar de forma eficaz, é desproporcional ao estímulo ou torna-se crônica, há enorme sofrimento e perdas - é quando a ansiedade vira doença. Além do chamado transtorno de ansiedade generalizada (TAG), existem outros, como pânico, fobias e ansiedade social. O estresse pós-traumático e o transtorno obsessivo-compulsivo (TOC) também são classificados como transtornos de ansiedade. O Brasil ganhou o preocupante título de campeão de ansiedade no relatório do ano de 2018 sobre o tema publicado pela Organização Mundial da Saúde (OMS): 9,3% da população sofre com o problema de acordo com o documento, valor que é o triplo da média mundial, e supera de longe os Estados Unidos (6,3%). Assim como em outros continentes, as mulheres são as mais afetadas nas Américas: 7,7% sofrem de ansiedade, contra 3,6% dos homens. Quando se considera o risco pessoal de sofrer com o problema, a proporção é mais alta: "Algo como 23% da população apresenta um transtorno de ansiedade ao longo da vida", afirma Marcio Bernik, coordenador do programa de ansiedade (Amban) do Instituto de Psiquiatria do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (IPQ-HC/FMUSP). "Desses transtornos, os mais frequentes são as fobias, mais particularmente as específicas, que ocorrem muitas vezes na infância, como de insetos, altura e outras situações", descreve. Em segundo lugar aparece a ansiedade (ou fobia) social, com quase 10%. Os transtornos de ansiedade generalizada (TAG) e de pânico têm prevalências menores. Prevalência Causas de transtornos de ansiedade As causas dos transtornos de ansiedade não são completamente conhecidas, mas pode haver o envolvimento dos seguintes fatores: •Fatores genéticos (incluindo histórico familiar de transtorno de ansiedade) •Ambiente (por exemplo, vivenciar um evento traumático ou estresse) •Constituição psicológica •Uma doença física Um transtorno de ansiedade pode ser iniciado por estresses causados pelo meio, como o fim de um relacionamento importante ou a exposição a um desastre com risco à vida. Um transtorno de ansiedade pode se desenvolver quando situações estressantes provocam respostas inadequadas, ou quando a pessoa é subjugada pelos acontecimentos. Por exemplo, algumas pessoas entendem que discursar em público é uma atividade estimulante. Outras, no entanto, odeiam essa atividade e ficam ansiosas, tendo sintomas como sudorese, medo, aumento da frequência cardíaca e tremores. Pessoas sujeitas a essas reações podem evitar falar mesmo diante de um grupo pequeno. Atualmente, questões relacionadas à internet, discursos de ódio, cancelamento e também questões relacionadas à pandemia, estão afetando as pessoas e aumentando as estatísticas dos transtornos de ansiedade. A ansiedade tende a ser hereditária. Os médicos acreditam que algumas dessas tendências podem ser hereditárias, mas algumas são provavelmente adquiridas pela convivência com pessoas ansiosas. Ansiedade causada por uma doença física ou drogas A ansiedade também pode ser causada por um problema de saúde geral ou pelo uso ou interrupção (abstinência) de um medicamento ou droga. Problemas de saúde geral que podem causar ansiedade incluem: •Doenças cardíacas, como insuficiência cardíaca e arritmias cardíacas (arritmias) •Doenças hormonais (endócrinas), como hiperatividade da glândula adrenal (hiperadrenocorticismo ) ou tireoide (hipertireoidismo ) ou um tumor com secreção hormonal denominado feocromocitoma •Doenças pulmonares (respiratórias), como asma e doença pulmonar obstrutiva crônica (DPOC) Mesmo febre pode causar ansiedade. Pode ocorrer ansiedade em uma pessoa em estado terminal em decorrência de medo da morte, dores e dificuldades respiratórias ( Depressão e ansiedade ). As drogas ou medicamentos que podem desencadear ansiedade incluem os seguintes: •Álcool •Estimulantes (por exemplo, anfetaminas ) •Cafeína •Cocaína •Muitos medicamentos de venda sob receita médica, como corticosteroides •Alguns produtos emagrecedores de venda livre, como os que contêm produtos fitoterápicos guaraná, cafeína ou ambos. A abstinência de álcool ou de sedativos , como benzodiazepínicos (usados para tratar transtornos de ansiedade) podem causar ansiedade e outros sintomas, como insônia e inquietude. GRUPOS DE RISCO Sexo: as mulheres costumam ter duas vezes mais chances de apresentarem transtornos de ansiedade do que os homens, com exceção do transtorno obsessivo- compulsivo. Idade: os transtornos de ansiedade podem aparecer em qualquer idade. Na infância, os transtornos de ansiedade mais comuns são as fobias simples, como o medo do escuro. Fatores sociais: pessoas solteiras, viúvas ou desquitadas têm maior risco de transtornos de ansiedade que pessoas casadas, assim como pessoas isoladas, sem apoio de amigos ou familiares. Fatores traumáticos: o trauma psicológico também desencadeia transtornos de ansiedade, principalmente o transtorno de estresse pós- traumático em pessoas vulneráveis. Além da ansiedade, exige três ou mais dentre os seguintes sintomas para o diagnóstico em adultos: Inquietação ou sensação de estar com os nervos à flor da pele;fadiga; dificuldade em concentrar-se ou sensações de "branco" na mente; irritabilidade; tensão muscular; perturbação do sono (dificuldades em conciliar ou manter o sono, ou sono insatisfatório e inquieto). Caracteriza-se por um estado de ansiedade excessiva persistente que não depende do contexto e é desproporcional aos fatos que ocorrem na maior parte dos dias por um período de pelo menos 6 meses, causando disfuncionalidade social e laboral. TAG – TRANSTORNO DE ANSIEDADE GENERALIZADA Terapia não farmacológica Dependendo da situação particular do sujeito Psicoterapia e terapia cognitivo-comportamental (baseado em evidências) Fototerapia: (particularmente em países com baixa exposição solar) Eletroconvulsoterapia (feita com o paciente anestesiado e inconsciente). Os fármacos de primeira linha no tratamento da TAG são os antidepressivos e os benzodiazepínicos. Porém outros medicamentos podem ser usados a critério do médico: Terapia farmacológica ISRS (Inibidores seletivos da recaptação de serotonina) – flovoxetina, paroxetina, escitalopram ISRSN – venlafaxina Antidepressivos tricíclicos: imipramina por ex. Benzodiazepinicos: alprazolam, clonazepam Β-bloqueadores: propranolol, atenolol. Alguns anti-histamínicos. Além dessas drogas clássicas no tratamento do transtorno, o psiquiatra pode se valer de outras classes medicamentosas quando a ansiedade é grave e insuportável para o paciente. Exemplo são os antipsicóticos atípicos que diminuem os sintomas negativos característicos dos transtornos de humor e ansiedade. Medo excessivo e persistente relacionado a um determinado objeto ou situação, que não seja situação de exposição pública ou medo de ter um ataque de pânico. O paciente procura correr para perto de alguém que o faça se sentir protegido. • Pode apresentar reações de choro; • Desespero; • Imobilidade; • Agitação psicomotora ou até mesmo um ataque de pânico diante do estímulo fóbico, como pequenos animais, injeções, escuridão, altura, ruídos intensos . As fobias específicas são diferenciadas dos medos normais da infância por constituírem uma reação excessiva e desadaptativa, que foge do controle do indivíduo, leva a reações de fuga, é persistente e causa comprometimento no funcionamento da criança. Fobias específicas Fobias específicas – tratamento • Terapia comportamental • Dessensibilização progressiva (programa de exposição gradual ao estímulo; modelagem: técnica com demonstração prática pelo terapeuta e imitação pelo paciente durante a sessão; manejo de contingências: identificação e modificação de situações relacionadas ao estímulo fóbico, que não o próprio estímulo; procedimentos de autocontrole e relaxamento). Tratamento farmacológico: não tem sido utilizado na prática clínica e são poucos os estudos sobre o uso de medicações nesses transtornos. Nesse transtorno os sintomas de ansiedade ocorrem em situações nas quais a pessoa é observada pelos outros; ex: escrever, assinar, comer e fazer uma apresentação na presença dos outros. Pode ser expressa por choro, "acessos de raiva" ou afastamento de situações sociais nas quais haja pessoas não familiares. Comumente acompanhado de presença de sintomas físicos como: palpitações, tremores, calafrios e calores súbitos, sudorese, náusea, enrubescimento, dificuldade de concentração, tontura e sensação de desmaio. O transtorno de ansiedade social começa muito cedo na vida da pessoa; a evolução do transtorno de ansiedade social vai limitando cada vez mais a vida da pessoa e pode gerar complicações como o abuso e dependência de álcool ou depressão. FOBIA SOCIAL Fobias sociais - tratamento Uma série de procedimentos cognitivo- comportamentais têm sido descritos para o tratamento de medo de situações sociais ou de isolamento social em crianças. O tratamento cognitivo da ansiedade social foca inicialmente na modificação de pensamentos mal adaptados que parecem contribuir para o comportamento de evitação social. O tratamento comportamental baseia-se na exposição gradual à situação temida. Tratamento farmacológico: Benzodiazepínicos podem ser úteis na redução de evitações de situações sociais. Definido por inibição excessiva ou desinibição, agitação e reatividade emocional aumentada, hipervigilância, além de pensamentos obsessivos com conteúdo relacionado à vivência traumática em consequência à exposição a um acontecimento que ameace a integridade ou a vida do indivíduo. Comportamento de evitar estímulos associados ao evento traumático. Tais sintomas devem durar mais de um mês e levar a comprometimento das atividades do paciente. O paciente evita falar sobre o que aconteceu, pois isso lhe é muito doloroso, e essa atitude parece perpetuar os sintomas como em geral acontece com todos os transtornos ansiosos. Sintomas: Sofrimento, alterações do sono; hipervigilância; sobressaltos exagerados; irritabilidade; explosividade; dificuldade de concentração; comportamentos de evitação; dificuldades de relacionamento social; alterações nas manifestações de afeto. Transtorno de estresse pós-traumático (TEPT) TEPT - Tratamento Abordagem cognitivo-comportamental e psicoterapia dinâmica breve no TEPT. A abordagem cognitivo-comportamental tem sido focada sobre o(s) sintoma(s) alvo, com o objetivo de reverter o condicionamento da reação ansiosa, pela habituação ao estímulo. O terapeuta deve auxiliar o indivíduo a enfrentar o objeto temido, discursando sobre o evento traumático, orientando o paciente a não evitar o tema ou os pensamentos relacionados. O paciente pode se beneficiar do uso de ansiolíticos benzodiazepínicos e uso de ISRS. É uma resposta perante um acontecimento traumático que leva a pessoa a um estado de ansiedade e preocupação; Os sintomas do transtorno por estresse agudo costumam aparecer durante ou imediatamente após o acontecimento da situação traumática. Costuma durar pelo menos 2 dias e pode permanecer durante 4 semanas depois de ter acontecido o fato traumático. ESTRESSE AGUDO A manifestação central desse transtorno é o ataque de pânico: um conjunto de manifestações de ansiedade com início súbito, rico em sintomas físicos e com duração limitada no tempo, em torno de dez minutos. O transtorno de pânico inicia com os ataques e costuma progredir para um quadro de agorafobia, no qual o paciente passa a evitar determinadas situações ou locais por causa do medo de sofrer um ataque. TRANSTORNO DO PÂNICO (TP) Sintomas ansiosos (podem surgir como ataques de pânico) ocorrendo quando a pessoa está em locais dos quais tenha receio de não conseguir escapar. Também são possíveis quando as pessoas estão fora de ambientes que achem controláveis. A questão central é o medo de passar mal e não conseguir socorro adequado, mas pode haver variações desse medo, como a sensação de falta de controle insuportável; a consequência central da agorafobia é o ato de evitar situações vistas como de “risco”. AGORAFOBIA Obsessões são pensamentos, imagens, impulsos que ocorrem de modo repetitivo, usualmente associados com ansiedade, que a pessoa não consegue controlar, apesar de reconhecer seu caráter anormal. Compulsões são comportamentos, recorrentes e repetitivos, que o paciente é forçado a realizar, sob pena de entrar em um estado de acentuada ansiedade. As compulsões costumam se elaborar em rituais com atos relacionados com limpeza, verificação e contagem. As obsessões e as compulsões surgem, ou tornam-se evidentes, no início da vida adulta. Tendem a piorar com a evolução da doença e a ocupar uma parcela cada vez maior do tempo do indivíduo. TRANSTORNO OBSSESSIVO COMPULSIVO (TOC) Viemos abordando algumas questões particulares sobre os tratamentos ao longo da descrição dos transtornos. De modo geral, o tratamento é constituído por uma abordagem multimodal, que inclui orientação aos familiares e ao paciente, terapia cognitivo- comportamental, psicoterapia dinâmica, uso de psicofármacos e intervenções familiares. Bases do tratamento Segundo a Anvisa (2013), o tratamento é baseado em: - Preferências dos pacientes;- Severidade da doença; - Doenças concomitantes; - Complicações com o uso de outras substâncias; - Risco de suicídio; - Histórico de tratamentos anteriores; - Custo e tipos de tratamentos disponíveis. As opções de tratamento incluem intervenção medicamentosa e psicológica. A adesão ao tratamento pode aumentar quando as vantagens e desvantagens do tratamento são previamente discutidas. TRATAMENTO • Tratamento da causa, caso seja adequado; • Psicoterapia; • Farmacoterapia; • Tratamento de outros distúrbios ativos. O estabelecimento de um diagnóstico preciso é importante, uma vez que os tratamentos diferem de acordo com o tipo de transtorno de ansiedade. Além disso, os transtornos de ansiedade devem ser diferenciados da ansiedade que ocorre em muitos outros transtornos de saúde mental, que envolvem diferentes abordagens de tratamento. Se a causa for outro problema de saúde ou um medicamento ou droga, o médico tem por meta corrigir a causa em vez de tratar os sintomas de ansiedade. A ansiedade deve diminuir depois de a doença física ser tratada ou após o uso do medicamento ou droga ter sido interrompido por tempo suficiente para que todos os sintomas de abstinência tenham desaparecido. Se a ansiedade permanecer, podem ser utilizados medicamentos ansiolíticos ou psicoterapia (como terapia comportamental). No caso de pessoas que estão em estado terminal, determinados analgésicos fortes, como a morfina , podem melhorar tanto a dor como a ansiedade. Caso um transtorno de ansiedade seja diagnosticado, a farmacoterapia ou psicoterapia (por exemplo, a terapia comportamental ), isoladamente ou combinadas, conseguem melhorar significativamente a angústia e a disfunção na maioria das pessoas. Os benzodiazepínicos (por exemplo, o diazepam) costumam ser receitados para tratar a ansiedade aguda. Os antidepressivos , como os inibidores seletivos de recaptação da serotonina (ISRSs), funcionam tão bem para transtornos de ansiedade quanto para a depressão para muitas pessoas. Os tratamentos específicos dependem de qual transtorno de ansiedade é diagnosticado. Todos os transtornos de ansiedade podem ocorrer juntamente com outros problemas psiquiátricos. Por exemplo, muitas vezes, os transtornos de ansiedade ocorrem juntamente com um transtorno por uso de álcool . É importante tratar todos esses problemas assim que possível. Tratar o transtorno por uso de álcool sem tratar a ansiedade provavelmente não será eficaz, uma vez que é possível que a pessoa esteja consumindo álcool para tratar a ansiedade. Por outro lado, tratar a ansiedade sem lidar com o transtorno alcoólico possivelmente será uma abordagem mal sucedida, porque mudanças diárias na concentração de álcool no sangue podem causar uma oscilação nos níveis de ansiedade. Podem ocorrer casos em que vários transtornos estão presentes ao mesmo tempo e não se consegue identificar o que é primário e o que não é, sendo mais correto referir que esse paciente apresenta mais de um diagnóstico coexistente (comorbidade). Estima-se que cerca de metade das crianças com transtornos ansiosos tenham também outro transtorno ansioso. Pelos sistemas classificatórios vigentes, o transtorno de ansiedade de separação foi o único transtorno mantido na seção específica da infância e adolescência (CID-10, DSM-IV). O transtorno de ansiedade excessiva da infância e o transtorno de evitação da infância (DSM-III-R), passaram a ser referidos nas classificações atuais, respectivamente, como transtorno de ansiedade generalizada (TAG) e fobia social. Transtornos ansiosos infantis Nas crianças e adolescentes, os transtornos ansiosos mais frequentes são o transtorno de ansiedade de separação, com prevalência em torno de 4%, o transtorno de ansiedade excessiva ou o atual TAG (2,7% a 4,6%) e as fobias específicas (2,4% a 3,3%). A prevalência de fobia social fica em torno de 1% e a do transtorno de pânico (TP) 0,6%. A distribuição entre os sexos é de modo geral equivalente, exceto fobias específicas, transtorno de estresse pós-traumático e transtorno de pânico com predominância do sexo feminino. A causa dos transtornos ansiosos infantis é muitas vezes desconhecida e provavelmente multifatorial, incluindo fatores hereditários e ambientais diversos. Entre os indivíduos com esses transtornos, o peso relativo dos fatores causais pode variar. De uma maneira geral, os transtornos ansiosos na infância e na adolescência apresentam um curso crônico, embora flutuante ou episódico, se não tratados. A ansiedade no âmbito escolar obteve maior destaque a partir da década 1950, quando os estudiosos perceberam a importância de se pesquisar sobre o assunto. As pesquisas referentes a esse tema englobam fatores como identificar o que determinam os conflitos para os estudantes; os sintomas que a ansiedade causa no processo da aprendizagem; o perfil dos estudantes mais afetados e quais as formas de tratamento para amenizar a ansiedade no âmbito escolar (BORUCHOVITCH; COSTA, 2004). Âmbito Escolar De forma ampla, a ansiedade escolar é mais frequente nos alunos que estão com um desempenho escolar insatisfatório. A intensidade de ansiedade vivida pelos estudantes pode alterar de níveis imperceptíveis a níveis muito elevados. Quando estudantes vivenciam momentos de desconforto, como um fracasso escolar, a tendência é aumentar o nível de ansiedade e, consequentemente, a motivação para a aprendizagem do aluno diminui (BORUCHOVITCH; COSTA, 2004). Os aspectos cognitivos da ansiedade em relação aos testes escolares têm recebido uma maior atenção nas diferentes área de pesquisa. Percebeu-se uma diferença no desempenho dos sujeitos, tanto relacionado às variáveis quanto ao nível de ansiedade como na variável da atenção desses alunos durante a realização dos testes, pois os estudantes com um nível elevado de ansiedade a testes, apresentam dificuldade em equilibrar a atenção quando estão em um ambiente de avaliação (MORRIS; DAVI; HUTCHINGS, 1981). Como exemplo, temos alunos na hora de concursos ou vestibulares, tendo um rendimento muito ruim (o famoso “branco”) em função dos altos níveis de ansiedade. Os estudantes com um nível alto de ansiedade têm sua atenção focada para si mesmo, enquanto o aluno com nível baixo de ansiedade tem sua atenção focada inteiramente na realização da tarefa. Alguns estudos, como o de Ryan e Lakie, evidenciam que indivíduos com alto nível de ansiedade são beneficiados em situações não competitivas, pois são ambientes livres de ameaças ou tensões (SONGURO, 1998). No entanto, vale ressaltar que os efeitos nocivos da ansiedade decorrem devido ao grau em que esta se encontra. Porém, a ansiedade não deve ser vista como algo prejudicial ao bom desempenho escolar do aluno. Um nível baixo de ansiedade pode ajudar no processo de aprendizagem. Percebeu-se que a ansiedade moderada pode elevar o fator motivação, aumentar atenção e concentração, aperfeiçoando o desempenho escolar dos alunos. Compreendeu-se que a ansiedade intervém no comportamento escolar e na aprendizagem dos alunos, também se leva em consideração o nível de interferência positiva ou negativa (SONGURO, 1998). As dificuldades no processo de alfabetização e de aprendizagem fazem parte da vida escolar de muitas crianças. Torna-se imprescindível a compreensão desses problemas para diminuir o impacto dessas dificuldades na vida desses alunos. Umas das variáveis que faz parte da vida das crianças tanto no cotidiano como no âmbito escolar é ansiedade. A ansiedade no âmbito escolar foi mais estudada a partir dos anos 1950 e os estudos sobre a ansiedade tem como foco as causas que determinam os sintomas de tensão nesses estudantes, as consequências que a ansiedade tem na aprendizagem dos alunos mais afetados e, finalmente, alternativas de tratamento para esses alunos (COSTA; BORUCHOVITCH, 2001). No entanto, este estudo foca a relação da ansiedade à dificuldade em leitura e escrita. Segundo Rodrigues (1976), os alunos no ambiente escolar estão mais propensos a desenvolver medo e ansiedade. Principalmente, secorrelacionada a privações, ao fracasso escolar, ao ridículo e à insegurança. Desse modo, os alunos com dificuldades na aprendizagem têm baixa autoestima e uma percepção de si mesmos de forma negativa, esse aluno confere essa falha à origem interna, ou seja, às causas intrapessoais e não às causas externas. Com isso, deixa de se valorizar pelas suas vitórias, afetando assim sua motivação tanto intrínseca como extrínseca na vida escolar (GONZÁLEZ; VALLE, 1998). Diante desses dados, observou-se a importância de estudos nessa área para a melhoria da qualidade e do processo de aprendizagem no ensino fundamental, bem como ao desenvolvimento de outros estudos e discussões entre a área cientifica. É importante obter sempre parâmetros para intervenções no processo de ensinar e aprender no ensino fundamental, mas a análise da ansiedade, importante para o processo de ensino e aprendizagem, e as dificuldades na aprendizagem na leitura e escrita são pouco abordadas na literatura. No âmbito escolar, as crianças que apresentam os sentimentos de medo e ansiedade demonstram mais comportamentos de irritabilidade e carência de atenção, acarretando dificuldades de aprendizagem. Devido a isso, é de suma importância que o docente tenha conhecimento claro sobre as situações do ambiente escolar em que essas crianças demonstram ter as reações de ansiedade tanto físicas como emocionais (BAZI, 2000). RELAÇÃO DA ANSIEDADE COM O DESEMPENHO ESCOLAR Além do desempenho escolar, outros aspectos na vida da criança são atingidos, como o funcionamento psicossocial que pode ser prejudicado pela ansiedade. As crianças muito ansiosas podem ser excessivamente reticentes, podem evitar a interação entre pares ou podem agir de uma maneira menos competente. Em grupos de amigos ou na escola, por causa da preocupação com a ameaça, elas apresentam uma incapacidade de se concentrar devido às ligações entre os níveis elevados de ansiedade e funcionamento social (WOOD, 2006). Na escola, as crianças reconhecem a importância colocada no desempenho escolar por seus pais e professores. Eles lutam para dominar as habilidades acadêmicas, podendo desenvolver uma reação de ansiedade devido a expectativa de possível insucesso escolar. A experiência de ansiedade pode tornar-se um grande obstáculo para a aprendizagem do aluno pela composição de grande esforço ou causar evasão de trabalho acadêmico (NELSON; HARWOOD, 2010). Ela demonstra uma ligação entre a alta ansiedade e desempenho cognitivo e, consequentemente, uma ligação entre a alta ansiedade e os resultados do insucesso no processo de ensino e aprendizagem (WOOD, 2006). Segundo Nelson e Harwood (2010), os níveis elevados de ansiedade têm efeitos deletérios sobre o desempenho em tarefas cognitivas e acadêmicas. Altos níveis de ansiedade introduzem cognições de tarefa irrelevantes no componente do sistema de processamento de informação de armazenamento limitado. Essa ansiedade pode produzir distração, atrapalhar o foco de atenção e consumir espaço na memória de trabalho, resultando em processamento de informação ineficiente. Ansiedade elevada produz um estado de excitação fisiológica e um foco de atenção na ameaça percebida. Esta excitação tende a prejudicar a concentração em estímulos, que não são ameaçadoras, tais como as tarefas escolares. Além disso, a alta ansiedade pode estar associada a distúrbios na recordação do conhecimento acadêmico anteriormente dominado (WOOD, 2006). Altos níveis de ansiedade provavelmente trarão um epifenômeno no desempenho acadêmico, via interrupção da informação do sistema de processamento. A ansiedade elevada durante a leitura interfere no ciclo fonológico, provocando a necessidade de ensaio articulatório que tributa capacidade de memória de trabalho (NELSON; HARWOOD, 2010). Ao longo de um ano escolar, as crianças com transtornos de ansiedade, isto é, com níveis elevados de ansiedade, podem apresentar desempenho abaixo do rendimento escolar, resultando em notas e rendimentos inferiores à média. Com isso, observa-se uma relação da ansiedade com o desempenho escolar em crianças. No entanto, o efeito com a diminuição da ansiedade durante o período escolar nos resultados acadêmicos ainda é pouco pesquisado (WOOD, 2006). Os jovens com dificuldade de aprendizagem apresentam aumento do estresse em ambientes sociais e escolares. No entanto, não é de se estranhar que a ocorrência de transtornos de ansiedade relacionada à dificuldade de aprendizagem torna-se ainda mais debilitante, devendo ser causa de grande preocupação de saúde mental. Apesar da alta comorbidade de transtornos de ansiedade entre os jovens com dificuldade de aprendizagem e seus efeitos negativos sobre o desenvolvimento psicossocial, a maioria dessas crianças e adolescentes são deixados sem tratamento para a ansiedade (THALER; KAZEMI; WOOD, 2010). Os testes de inteligência aplicados aos alunos com baixo rendimento escolar, muitas vezes não conseguem discriminar a sintomatologia associada com a dificuldade de aprendizagem daquelas associadas à ansiedade. A tendência geral entre os profissionais da escola é diagnosticar jovens que estão apresentando um abaixo nível acadêmico com diagnóstico primário de dificuldade de aprendizagem e não uma perturbação emocional como um possível fator que contribui para as dificuldades de aprendizagem. No entanto, os métodos de avaliação adicionais precisam estar aptos para auxiliar e identificar com precisão os problemas acadêmicos e sociais de seus alunos, tais como o excesso de ansiedade que pode acompanhar uma dificuldade de aprendizagem. Deste modo, é evidente a influência da ansiedade no desempenho acadêmico e sua relação com a dificuldade de aprendizagem (THALER; KAZEMI; WOOD, 2010). Na contemporaneidade, as dificuldades escolares estão cada vez mais presentes nas salas de aula e uma das variáveis apresentadas pela criança cada vez mais cedo é a ansiedade. Quanto mais cedo ocorrer a identificação dos sintomas da ansiedade, mais favorável para o desenvolvimento da criança na aprendizagem. No entanto, os instrumentos são de domínio dos psicólogos, mas é importante que os professores tenham conhecimentos sobre os sintomas referente à ansiedade. Segundo Berstein et al. (1996), existem diversas formas de se investigar as reações causadas pela ansiedade infantil. Na primeira etapa, o profissional irá fazer a anamnese e por meio das informações colhidas irá conceituar o caso, verificando a intensidade e rigidez dos sintomas apresentados pela criança e as situações responsáveis por causar a ansiedade. Diante do caso, o profissional irá escolher qual dos instrumentos será utilizado. AVALIAÇÃO DA ANSIEDADE NA ESCOLA É relevante salientar que quanto mais cedo diagnosticar uma criança ansiosa clinicamente, mais cedo ela será tratada corretamente e consequentemente os sintomas serão amenizados. Devido a essa importância na vida da criança, é relevante a presença das avaliações no tratamento e que seja adequado para cada caso. Vale ressaltar que é fundamental a utilização de mais de um instrumento, pois seria muito superficial concluir uma avaliação baseando-se apenas em um instrumento (BALDWIN; MAIN, 2007). Os autores Silva e Figueiredo (2005), fizeram um estudo de revisão de artigos, utilizando instrumentos a fim de avaliar a ansiedade infantil. Eles relataram que os instrumentos, de forma geral, são os questionários de autorrelato dos progenitores e dos educadores ou entrevista sistematizada com os mesmos. Esses instrumentos são denominados escalas ou testes. Alguns possuem os parâmetros psicométricos de validade e fidedignidade. A avaliação da ansiedade teve seus primeiros instrumentos na década de 50. O primeiro foi Sarason’s General Anxiety Scale for Children, criado em Yale nos EUA e tem por objetivo avaliar a ansiedade nas variáveis da emoção e preocupação (SILVA; FIGUEIREDO, 2005). Os testes mais utilizados pelos pesquisadores hoje são: Child Behavior Checklist (CBCL), Fear Survey Schedule for Children-Revised (FSSC-R), Piers-HarrisChildren's Self Concept Scale, Social Anxiety Scale for Children-Revised (SASC) (SILVA; FIGUEIREDO, 2005). No Brasil, algumas escalas de avaliação de ansiedade infantil têm destaque como a Escala de ansiedade manifesta, uma versão infantil feita pelos autores Candiess e Palermo (1956), traduzida e adaptada pelos autores Almeida e Rosamilha no ano de 1966. A escala de ansiedade traço-estado IDATE de Spielberger foi publicada no ano de 1970, traduzida e adaptada para o Brasil pelo autor Biaggio no ano de 2011. Porém, tem-se observado nos dias atuais poucos instrumentos sobre ansiedade de traço e ansiedade escolar. Observa-se que a maior dificuldade nas pesquisas em avaliação de ansiedade é o problema na distinção dos sintomas de ansiedade e depressão, pois ambos os transtornos se referem ao estresse psicológico. Outra dificuldade está ligada à limitação psicométrica dos testes utilizados para avaliar a ansiedade. Portanto, é importante ressaltar que a avaliação e o uso de testes fidedignos para analisar a ansiedade são fatores primordiais no diagnóstico (DSM IV e CID 10). Em resumo, “as situações de aprendizagem, quando são mal conduzidas, são geradoras de um excesso de ansiedade que se torna insuportável para o aluno, chegando à desorganização de sua conduta, o que acarreta o fracasso na produção escolar. A aprendizagem verdadeira exige um nível de ansiedade ótimo, ela sempre se dá acompanhada de uma ‘ansiedade paranóide’ pelo perigo representado pelo conhecimento novo (o medo ao novo) e da ‘ansiedade depressiva’ pela perda que se dá ao esquema referencial e certos vínculos que estariam envolvidos na aprendizagem.” Weiss (2010, p. 169) Conclusões As dificuldades de aprendizagem podem se iniciar desde a educação infantil e tornar-se mais evidentes no ensino fundamental. Cabe à instituição escolar reconhecê-las e encaminhar os alunos para uma avaliação psico- educacional que possa confirmar ou não as suposições. Entretanto, nem sempre as coisas vêm acontecendo desta maneira e podemos encontrar, ainda hoje, crianças em condições patológicas sem atendimento adequado por parte da escola e da família, bem como crianças medicalizadas inapropriadamente. Estudos mostram que crianças com Transtorno de Ansiedade podem melhorar sua aprendizagem escolar desde que a família e a escola criem condições para tanto. Cabe a escola repensar seus objetivos e práticas pedagógicas com vistas a atender às demandas de seus alunos, em especial aqueles em condições de inclusão como os portadores de transtorno de ansiedade, para que desenvolvam as habilidades necessárias para a aprendizagem escolar. As instituições escolares tendem a buscar diagnósticos que justifiquem o não-aprender de seus alunos e, nesses casos, as escolas se omitem de sua função social e, muitas vezes, acabam por culpabilizar o indivíduo por seu fracasso escolar. Mediante a isso, devemos sempre buscar contribuir para um esclarecimento adequado deste tipo de conduta infantil e apresentar alternativas de ação pedagógica para os educadores em formação e atuantes. American Psychiatric Association (APA). DSM IV: Diagnostic and Statistical Manual for Mental Disorders, 4th version. Washington (DC): American Psychiatric Press; 1994. CASTILLO, Ana Regina GL et al . Transtornos de ansiedade. Rev. Bras. Psiquiatr., São Paulo , v. 22, supl. 2, p. 20-23, Dec. 2000. Organização Mundial da Saúde. CID-10 Classificação Estatística Internacional de Doenças e Problemas Relacionados à Saúde. 10a rev. São Paulo: Universidade de São Paulo; 1997. vol.1. ABRATA. Transtorno de Ansiedade: manual informativo. 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