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Lesão ou injúria de alguma parte do corpo, seja a pele ou os órgãos internos. São situações muito comuns e que podem ser simples ou graves. Ferimentos Ferimentos Superficiais TRAUMAS PRIMEIROS SOCORROS NOS TRAUMAS Contuso: provocado por pancada ou impacto. Geralmente, o local fica avermelhado ou arroxeado. Abrasão: pequena queimadura por atrito. Empalamento: objeto preso superficialmente ao corpo. Usar EPI, principalmente luvas. Lavar o ferimento com água e sabão. De preferência água corrente e sabão neutro. Proteger o ferimento com gaze ou pano limpo. Não tentar retirar farpas, vidros ou partículas de metal do ferimento. Não colocar pastas, pomadas, óleos ou pó secante. Se a vítima tem algum problema de saúde associado, ela precisa ir para o atendimento especializado. Ações do Socorrista Ferimentos Profundos Corto-contuso: uma pancada que gerou uma abertura da pele. Empalamento: objeto preso ao corpo. Usar EPI, principalmente luva. Cobrir o ferimento com gaze limpa sem apertar. Não lavar para não aumentar o risco de hemorragia. O corpo forma um coágulo como forma de defesa para evitar a hemorragia e a água e sabão faz o ferimento sangrar. Não remover objetos fixados no ferimento. Deve- se estabilizar o objeto, para que ele não se movimente. Quando uma faca entra no corpo de uma pessoa, por exemplo, ela causa vários danos e puxá-la causaria mais danos aos tecidos internos. A retirada pode lesar vasos grandes, causando hemorragia. Se inconsciência ou suspeita de lesão na coluna, não movimentar. Chamar serviço de urgência/emergência. Ações do Socorrista Sangramento Externo – Hemorragia A hemorragia é a perda excessiva de sangue. Ela é causada pela lesão em vasos de grosso calibre e leva até 35% das vítimas à morte. Algumas regiões tipicamente sangram mais que outras, a exemplo da testa (fronte) e couro cabeludo, por serem ricamente vascularizados. Hemorragia arterial: a artéria pulsa, por isso o sangramento é mais intenso e ocorre em jatos a cada pulsação do coração. É a que causa uma hemorragia mais grave. Artéria importante: aorta. Hemorragia venosa: a veia não pulsa, por isso o sangue escorre. Hemorragia capilar: vasos menores. Vai escorre em pequenas quantidades e o risco é muito menor. É mais fácil de controlar. Manter-se calmo e acalmar a vítima. Se for um sangramento muito pequeno, lavar o ferimento com água e sabão. Se a hemorragia for leve, aplicar gaze (ou pano ou compressa limpos ou esterilizados) e apertar a região, por pelo menos. Hemostasia: procedimento de compressão direta da ferida que está sangrando. A hemostasia deve ser feita apertando a região, com cuidado para não causar dor. O socorrista deve evitar ficar desfazendo a compressão antes de ocorrer a coagulação. O socorrista deve lembrar da necessidade do uso de LUVAS para se proteger. Tanto a hemorragia externa quanto a interna ameaçam a vida. Porém, as ações (procedimento para conter o sangramento) do socorrista são mais importantes para a hemorragia externa. Ações do Socorrista Coagulação: resposta fisiológica do corpo, que ativa as plaquetas e outros elementos do sangue, a fim de interromper o sangramento. Em hemorragias mais graves, muitas vezes, não é possível parar o sangramento. Exemplo: amputação. Nesses casos, o socorrista deve sobrepor gazes sobre as que já estão saturadas. Esses tipos de lesões atingem artérias, nervos e veias de forma grave. Causas: acidentes automobilísticos, máquinas, fogos, explosões, desabamento.. . Nessas situações, é praticamente impossível conseguir sucesso na hemostasia com a compressão. Por isso, pode-se usar o torniquete ou o curativo hemostático. O socorrista vai cobrir o ferimento com gaze, pano ou compressa onde está sangrando e também o torniquete ou curativo hemostático. A ordem de preferência é: torniquete militar; curativo hemostático; torniquete improvisado. Lesões de Amputação ou Esmagamento de Membros O torniquete militar deve ser aplicado aproximadamente 5 cm acima da lesão, apertado até o sangramento parar e mantido no local até a chegada do serviço de emergência. O socorrista vai cobrir a parte que foi esmagada ou o que sobrou da amputação, aplica o torniquete e gira o bastão do torniquete suficiente para o sangramento parar. Deve-se anotar hora de colocação do torniquete. O socorrista não deve afrouxar o torniquete. No passado, recomendava-se apertar e, periodicamente afrouxar, mas essa não é mais a indicação. Chaves de fenda, colheres de pau, toras de madeira são exemplos. Aplicar aproximadamente 5 cm acima da lesão, apertando até o sangramento parar e mantido no local até a chegada do serviço de emergência. Deve-se anotar hora de colocação do torniquete. O socorrista não deve afrouxar o torniquete. O torniquete improvisado deve ser feito com uma tira de tecido resistente ou atadura, com largura de 2,5 cm, e algum material rígido o suficiente para torcer esse tecido até parar o sangramento. O equipamento esfigmomanômetro (aparelho de medir pressão) também pode ser usado. Lavar com água corrente limpa Envolver com gaze ou pano limpo colocar em um saco plástico impermeável. Identificar o saco com nome do paciente, data e hora, se possível colocar o saco em um outro saco ou recipiente com gelo. Levar a vítima e a parte amputada à emergência. Jamais colocar a parte amputada diretamente sobre o gelo. Obs.: o paciente vai estar sem roupa. Cuidados com a Parte Amputada Traumas Tumores. Infecções dentárias hemorragia bucal. Usar EPI Aplicar hemostasia, com gaze e a vítima aperta com os dentes ou a mão. Se o paciente parecer grave, ficar agitado, confuso, grave, cianótico ou não parar o sangramento, acionar o serviço de emergência. Hemorragia Bucal Causas: Ações do Socorrista Geralmente, associada à lesão gengival. O dente pode quebrar, soltar ou ficar frouxo. Se o dente atingido for de leite (decíduo), em geral não há necessidade de recuperá-lo. Se o dente permanece no local (alvéolo): peça que a vítima coloque uma gaze sobre o dente e morda para apertar. Se o dente saiu do alvéolo (avulsão ou perda) (inteiro ou uma parte): Lesão, Fratura ou Avulsão Dentária Ações do socorrista 1. aplique hemostasia com gaze no alvéolo; 2. recupere o dente, segurando pela coroa e não pela raiz; 3. conserve o dente em: solução salina balanceada de HANK, soro de reidratação oral ou filme plástico. Se indisponíveis, leite de vaca ou a própria saliva do paciente, em recipiente limpo. Água de torneira não é indicada, nem clara de ovo; 4. leve a vítima e o dente à emergência odontológica. Pressão alta Infecção. Ex.: dengue Uso de medicamentos Doenças imunológicas Trauma Feridas Ressecamento, principalmente em climas secos Corpo estanho Rinite ou sinusite Hemorragia Nasal – Epistaxe Causas Sistêmicas: Causas Locais: O uso do EPI é indispensável; Colocar a vítima sentada, com a cabeça voltada para frente, e apertar a(s) narina (s) durante cinco minutos; Caso a hemorragia não ceda, comprimir externamente o lado da narina que está sangrando e colocar um pano ou toalha fria sobre o nariz. Se possível, usar um saco com gelo; Encaminhar para atendimento hospitalar. O paciente deve respirar pela boca. Com a cabeça para trás, o sangue vai descer e pode parar no pulmão (bronco aspiração), gerando dificuldade para respirar, ou atingir a orofaringe, provocando vômito. A própria pessoa pode fazer um tampão, com um rolinho de gaze e colocar dentro do nariz. O algodão não é recomendado porque solta fiapo, mas na ausência de gaze, pode ser usado. Os primeiros socorros são instituídos por leigos, enquanto o suporte básico de vida é instituído por profissionais com equipamentos ou leigos treinados. Choque é um colapso do sistema cardiovascular, em qualquer idade. Isso significa que o coração não está conseguindo bombear corretamente o sangue. Perda sanguínea, problema cardíaco, traumas,anafilaxia. O saco de gelo é uma opção para comprimir os vasos. Choque Hemodinâmico Sensação de fraqueza. Sonolência. Não precisa impedir que a pessoa durma. Pele pálida ou cianótica (azulada ou arroxeada). Pele fria e sudoreica (diaforética). Agitação. Sede excessiva, principalmente quando teve hemorragia interna ou externa. Ao se deparar com uma vítima com sangramento ou suspeita de ataque cardíaco ou reação alérgica, associados aos sintomas típicos, iniciar os primeiros socorros. Chamar o serviço de emergência. Manter a vítima deitada. Cobri-la para reduzir a hipotermia. Evitar correntes de ar. Se a pessoa entrar em PCR, iniciar a RCP Manifestações Ações do Socorrista Pode atingir sobrancelhas, pálpebra e o próprio globo ocular. Vítimas de violência, outros tipos de trauma e acidentes com produtos químicos. Manifestações: dor, sangramento, dificuldade para enxergar, vermelhidão (hiperemiado), edema (inchaço). Usar EPI. Se a causa for objetos pequenos ou partículas, como areia, lavar abundantemente em água corrente ou com soro. Se for produto químico, leia o rótulo do produto. Se indicado, lave os olhos. Em geral, produtos químicos líquidos podem ser lavados e produtos químicos em pó não devem ser lavados, porque são ativados com a água. Se algum objeto penetrar o olho (objeto empalado), NÃO TENTE REMOVER. Cubra o olho com algum escudo rígido (por exemplo, o fundo de uma garrafa pet), com cuidado para não apertar o objeto. Acione o serviço de emergência. Lesão Ocular Ações do Socorrista 1º Grau: atinge a parte mais superficial da pele, provocando dor local e vermelhidão. Ex.: queimadura de praia. 2º Grau: atinge a 2ª camada da pele (derme), levando a dor local, vermelhidão e bolhas d’água. 3º Atinge os tecidos mais profundos. Em geral não é dolorida, porque atinge os nervos. Nesse caso, o olho atingido é o debaixo. O olho atingido sempre deve estar para baixo para que o produto não escorra no olho que não foi afetado. Queimaduras Lesões causadas por produtos químicos, agentes térmicos (frio ou calor), atrito (abrasão) e eletricidade Em geral, as queimaduras de 2º e 3º grau são mais graves e têm mais riscos de infecções. Porém, uma queimadura de 1º grau no corpo inteiro pode ser grave. Grandes queimados: quando atinge, no adulto, mais de 20% do corpo. Na criança e no bebê é mais de 10% do corpo. São mais graves quando - atingem mãos, pés, rosto e/ou genitália. - atingem mais de 20% do corpo no adulto ou 10% na criança. - são provocadas por eletricidade Verificar a segurança da cena, para não se ferir também. Afastar a vítima do agente causador do acidente. Resfriar a queimadura com água corrente ou potável fria e limpa, por pelo menos 10m. Se não tiver acesso à água corrente, fazer uma compressa com água limpa fria. Não usar água gelada ou gelo, porque também causam queimadura. Cuidado para não causar hipotermia ao resfriar grandes queimaduras; Cuidado ao realizar resfriamento em crianças e bebês. Ações do Socorrista Mitos: O choque elétrico pode provocar queimaduras externas e internas. Pode ser fatal. Pode levar à PCR. A corrente pode se propagar para pessoas próximas, inclusive o socorrista. Verificar a segurança da cena. Use EPI. Acione o serviço de emergência. Desligue a corrente elétrica geral (doméstica) ou acione o serviço de energia ou bombeiros (fiação na rua). Afaste a vítima da fonte do choque. Cubra a vítima, para ela não fazer hipotermia. Administre RCP se necessário. Não passar hidratante, creme dental, pó secante, manteiga. Apenas passar água corrente ou potável fria limpa. Queimaduras por Eletricidade Informações importantes: Ações do Socorrista Fratura: quebra do osso. Há deformidade, crepitação, sangramento, dor edema. Luxação: separação da articulação ou dobra. Há deformidade, crepitação, dor e edema. Entrose: torção. Há edema e dor. Fraturas, Entorses e Luxação Quedas de grandes alturas ou da própria altura. Acidentes automobilísticos. Doenças congênitas ou endócrinas. Causas: Dor (leve a intensa), edema, hiperemia. Deformidade do local, na fratura e luxação. Cianose. Crepitação, na fratura e luxação. Usar EPI. Manter a vítima em repouso. Evitar movimentar a região atingida. Fazer um curativo protetor, usando compressas, lenço ou pano limpo (fratura exposta). Aplicar compressa de gelo (pele protegida). O gelo serve para reduzir a dor e o edema. Deve-se colocar um tecido para proteger a pele. Nunca tentar colocar o osso de volta. O nome técnico para colocar o osso de volta é redução, que não deve ser praticada pelo socorrista. Manifestações: Ações do Socorrista Socorrista treinado pode aplicar compressão em tornozelo com entorse ou distendido. Se o socorrista precisa movimentar a vítima por estar em área remota, deve ter mais cuidado na proteção da ferida e imobilização cuidadosa do local fraturado. Importante para: estabilizar a lesão (reduzir o agravamento), reduzir o edema, a dor e o sangramento, proteger de agentes externos. Antes de imobilizar, fazer a hemostasia da ferida ou do osso exposto. Nunca tentar colocar o osso de volta. Usar um material rígido o suficiente e de largura e comprimento suficientes para alcançar a articulação anterior e posterior. Envolver esse material com atadura ou gaze ou tiras de pano, fazendo uma leve compressão. Acione o serviço de emergência. Ações do Socorrista para Entorses ou Distensão de Tornozelo Ações do Socorrista em Áreas Remotas Imobilização ou Bandagem Imobilização de braço, antebraço, dedos, perna com ataduras e tipoia. Pode-se usar pranchetas, pedações de pau, tábua de carne, jornal e papelão dobrado etc. As mesmas das fraturas. Armas brancas e de fogo. Violência física. Inconsciência. Sonolência. Vômitos, porque a pressão do cérebro aumenta. Convulsão. Dificuldade para enxergar, falar ou caminhar. Sangramento. Perda do osso e exposição do cérebro (TCE aberto) Traumatismo Craniano (Cranioencefálico TCE) e da Coluna Vertebral (Raquimedular -TRM) Causas: Manifestações O TCE atinge o crânio e a massa cerebral. Também é chamado de Lesão Cerebral traumática (LCT) O TRM ou TVM (Traumatismo vertebro-medular) é a lesão da vértebra ou medula espinhal. A coluna vertebral vai do pescoço até a região inferior do glúteo e dentro está a medula espinhal, de onde sai os nervos. Por isso, uma lesão na coluna espinhal faz com que o cérebro perda o controle dos nervos inferiores à lesão. Quanto mais alta a lesão, maior a paralisia. Coma: inconsciência absoluta, sem reação a estímulos, coração e pulmão funcionam. Não é estado vegetativo. Estado vegetativo: ausência de consciência, oscilação entre sono e vigília, movimentos automáticos, geralmente irreversível. Contusão cerebral: lesão grave do cérebro, por impacto direto. Concussão cerebral: sintomas neurológicos passageiros, incluindo a perda da consciência, devido a um trauma. Paraplegia: paralisia do segmento abaixo do umbigo. Termos Associados Tetraplegia: paralisia do segmento abaixo do pescoço. Hemiplegia: paralisia de um lado do corpo ou face. Paresia: redução da sensibilidade, formigamento, dormência Obs.: plegia = paralisia. Usar EPI. Aplicar hemostasia. A cabeça, como um todo, sangra muito, porque é altamente vascularizada. Evitar movimentar a vítima, porque pode agravar a lesão Se treinado, imobilizar manualmente o pescoço. Não aplicar colar cervical. O colar é aplicado apenas pela equipe de profissionais, não pelo socorrista. Acionar o serviço de emergência. Aplicar RCP se necessário. Ações do Socorrista
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