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Sistema nervoso central: Medula espinal e tronco encefálico Professora: Beatriz Junqueira Disciplina: Neuroanatomofisiologia Aula 4 Plano de ensino Medula espinal: Tratos ascendentes e descendentes Lesões na medula espinal. Aspectos neuroanatomofisiologicos do tronco encefálico Nomenclaturas importantes na medula... • Substância cinzenta: Núcleos: Corpos celulares de neurônios no SNC. Gânglios: Corpos celulares de neurônios no SNP. • Substância branca: Funículos, tratos, fascículos, lemniscos - Axônios de neurônios. O que são tratos espinais? • Vias nervosas estimulatórias que transmitem informação por sinapses em locais específicos. • A direção seguida pelos tratos ascendentes é do local do estímulo até a área designada no cérebro. A direção dos tratos descendentes é do cérebro até o local do estímulo. • Também conhecidos como vias somatossensitivas. Tratos ascendentes da medula espinal sistema nervoso periférico sistema nervoso central Tratos ascendentes da medula espinal Os tratos ascendentes da medula são: • Tratos espinocerebelares: propriocepção • Trato espinotalâmico lateral: dor e temperatura • Trato espinotalâmico anterior: tato não discriminativo • Fascículo grácil e cuneiforme: esterognosia (tato apurado), tato epicrítico. Trato espinotalâmico lateral • Estímulo de Dor e a temperatura. • 1ª sinapse: raiz ganglionar posterior; 2ª sinapse: substância gelatinosa; 3ª sinapse: tálamo. O destino final da informação é o giro central posterior. Trato espinotalâmico anterior • Estímulo de Toque leve ou pressão • Os tratos espinotalâmicos anterior e lateral cursam em conjunto e terminam na mesma destinação no cérebro. Tratos ascendentes da medula espinal Fascículos grácil e cuneiforme • Estímulo: toque discriminativo, vibração e propriocepção músculo- articular. • 1ª sinapse: raiz ganglionar posterior; 2ª sinapse: núcleo grácil e cuneiforme; 3ª sinapse: tálamo (NPV). Tratos ascendentes da medula espinal Nucleo cuneiformeNucleo gracil Fasciculo cuneiforme Tratos ascendentes da medula espinal Trato espinocerebelar posterior • Estímulo de propriocepção inconsciente. • Receptores: feixes musculares, tendões e articulações • 1ª sinapse: ganglionar raiz posterior; 2ª sinapse: núcleo dorsal; sinapse final: córtex cerebelar. Tratos descendentes da medula espinal • Os estímulos descem para a periferia; • A origem das vias eferentes pode ser no córtex ou no tronco encefálico. sistema nervoso periféricosistema nervoso central Trato corticoespinhal lateral (vias piramidais) Cruzam para o lado oposto nas pirâmides bulbares Cruza para o lado oposto na medula Tratos importantes: Trato corticoespinhal anterior Tratos descendentes da medula espinal Trato corticoespinal • Une o córtex motor aos neurônios motores • Os neurônios superiores estão no córtex e os inferior da coluna anterior da medula. • Principal função: motricidade Tratos descendentes da medula espinal Trato corticoespinal anterior medula Trato corticoespinal lateral Lesões da medula espinal • Quando a medula espinal é danificada após um acidente traumático, devido à uma doença ou desenvolvida congenitamente. • Alterações de sensibilidade e/ou função motora, dependendo da extensão da lesão e localização. • Quanto mais alta for a lesão, maior será a perda. Esclerose lateral amiotrófica (ELA) • Exclusiva das vias córtico-espinhal e neurônios motores das colunas cinzentas; • Causa desconhecida; • Progressiva atrofia muscular, paresias, espasticidade. Poliomielite • Infecção viral aguda dos neurônios da coluna cinzenta anterior da medula espinal; • Atrofia muscular; • Problemas respiratórios. Síndrome da transecção medular total • Perda de toda a sensibilidade e motricidade voluntária abaixo do nível da lesão. • Causas: Fraturas, feridas de arma branca ou de fogo, tumor em expansão • Paralisia do neurônio motor inferior e atrofia muscular • Perda bilateral de sensibilidade. Parte II Tronco Encefálico Tronco encefálico: Aspectos gerais Localização estratégica: Entre a medula e o diencéfalo; ventralmente ao cerebelo. Todas as vias aferentes e eferentes passam pelo tronco encefálico. Composição: • Mesencéfalo • Ponte • Bulbo Anatomia macroscópica do Tronco encefálico controle da frequência cardíaca e controle respiratório. Ascendentes e descendentes Tronco encefálico e nervos cranianos • Existem 12 pares de nervos cranianos; • A maioria deles (10) recebem e emitem fibras dos núcleos do tronco; • Nervo do bulbo olfatório e nervo óptico são os que não saem do tronco. Bulbo Também descrito como bulbo raquídeo ou medula oblonga Extremidade inferior: se conecta com a medula espinal. Extremidade superior: Sulco bulbo-pontino: limite superior do bulbo com a ponte. No bulbo se encontram : • Núcleo dos nervos IX, X, XI e XII; • Vias ascendentes e descendentes; • Formação reticular: Centro respiratório e vasomotor. Bulbo • Pirâmide: Feixe de fibras nervosas descendentes que ligam córtex motor aos neurônios motores da medula [trato corticoespinal] • Fibras do trato corticoespinal cruzam o bulbo (decussação) • Área lateral do bulbo: oliva > massa de substância cinzenta Bulbo • A parte caudal do bulbo é um canal estreito: continuação direta do canal central da medula. • Esse canal se abre para formar o IV ventrículo. A superfície do bulbo possui 2 sulcos longitudinais (fissuras medianas) como continuação da medula, delimitando as áreas ventral e dorsal do bulbo. 4º ventrículo • Se comunicam com o espaço subaracnóideo pelos forames de Luschka e Magendie; • Por meio destas cavidades o líquor chega ao espaço subaracnóideo. Lesões bulbares As lesões de bulbo são graves porque afetam o centro respiratório. • Óbito; • Disfagia; • Comprometimento motor e sensitivo Tronco encefálico: Ponte • Parte do tronco encefálico interposta entre o bulbo e o mesencéfalo; • Situada ventralmente ao cerebelo; • Se conecta ao cerebelo pelo pedúnculo cerebelar médio (braço da ponte). Parte ventral da ponte Parte ventral da ponte é separada do bulbo pelo sulco bulbo-pontino A presença de tantas raízes de nervos cranianos em uma pequena área explica a riqueza de sintomas observados nos casos de tumores na ponte. Lesões pontinas • Alterações da sensibilidade da face (V); • Motricidade da musculatura mastigatória (V) e facial (VII) comprometida; • Estrabismo convergente (VI); • Tontura e alterações de equilíbrio (VIII); • Comprometimento motor e de sensibilidade. Lesões pontinas Síndrome de Millard-Gubler • Acidente vascular tronco encefálico; • Comprometimento dos nervos cranianos ou das vias motoras. Tronco encefálico: Mesencéfalo • Localiza-se entre a ponte e o diencéfalo. • Menor parte do tronco encefálico; • Atravessado pelo aqueduto do mesencéfalo. Aqueduto cerebral: une o III ao IV ventrículo Tronco encefálico: mesencéfalo Face ventral: Depressão que separa o mesencéfalo da ponte chamada de sulco pontino superior. Face dorsal: 4 lâminas (Colículos). • colículos superiores recebem informações visuais • colículos inferiores fazem parte da via auditiva. • O mesencéfalo é responsável por algumas funções como a visão, audição, movimento dos olhos e movimento do corpo. Mesencéfalo Ponte Bulbo Lesões mesencefálicas Coma • Ausência ou extrema diminuição do alerta comportamental (nível de consciência), permanecendo não responsivo aos estímulos internos e externos. • SARA: responsável pela manutenção do estado de consciência • Destruição do SARA: Coma Lesões mesencefálicas • Síndrome de Weber: Paralisia do nervo oculomotor (III). Oftalmoparesia, diplopia, estrabismo divergente. Comprometimento motor e sensorial; Para ler... • Capítulo 5 – Tronco encefálico. Livro: Neuroanatomia funcional. Disponível na biblioteca virtual -MACHADO, A. B. M. ; HAERTEL, L. M. Neuroanatomia Funcional. 3ª ed.São Paulo: Atheneu, 2014. Bons estudos!
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