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ASSISTÊNCIA, TRANSPORTE E CLASSIFICAÇÃO DE RISCOS

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ASSISTÊNCIA, TRANSPORTE E 
CLASSIFICAÇÃO DE RISCOS 
HOSPITALARES 
 
 
 
 
Todos os direitos são reservados ao Grupo Prominas, de acordo com a convenção internacional de direitos autorais. Nenhuma 
parte deste material pode ser reproduzida ou utilizada, seja por meios eletrônicos ou mecânicos, inclusive fotocópias ou 
gravações, ou, por sistemas de armazenagem e recuperação de dados – sem o consentimento por escrito do Grupo Prominas. 
RESUMO DA UNIDADE 
 
Esta unidade trata-se da abordagem do atendimento pré-hospitalar, transporte e 
classificação de risco, a partir da revisão de literatura e descrição dos protocolos 
atualizados. O atendimento pré-hospitalar envolve um grande processo realizado por 
profissionais da saúde durante o resgate de vítimas, e tem como objetivo estabilizar 
a vítima e realizar o transporte com segurança para o serviço de referência indicado. 
O acolhimento e classificação de risco nos serviços de saúde são processos 
dinâmicos para identificar o potencial de risco e agravo de cada paciente, sendo 
assim, capaz de determinar a necessidade de um atendimento imediato. Contudo, é 
relevante a atuação da Enfermagem junto a equipe multiprofissional no atendimento 
à urgência e à emergência, onde o Enfermeiro deve atuar como líder, 
fundamentando-se no referencial científico. 
 
Palavras-chave: Suporte Básico de Vida; Suporte Avançado de Vida; Classificação 
de Risco. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Todos os direitos são reservados ao Grupo Prominas, de acordo com a convenção internacional de direitos autorais. Nenhuma 
parte deste material pode ser reproduzida ou utilizada, seja por meios eletrônicos ou mecânicos, inclusive fotocópias ou 
gravações, ou, por sistemas de armazenagem e recuperação de dados – sem o consentimento por escrito do Grupo Prominas. 
SUMÁRIO 
 
APRESENTAÇÃO DO MÓDULO ............................................................................... 5 
CAPÍTULO 1 - ATENDIMENTO PRÉ-HOSPITALAR: SUPORTE BÁSICO DE VIDA
 .................................................................................................................................... 6 
1.1 Atendimento pré-hospitalar ............................................................................ 6 
1.2 Suporte básico de vida para profissionais da saúde ...................................... 7 
1.3 Cadeia de sobrevivência ................................................................................ 9 
1.4 Compressões torácicas ................................................................................ 10 
1.4.1 Profundidade das compressões torácicas .................................................... 11 
1.4.2 Retorno do tórax .......................................................................................... 12 
1.5 Ventilação .................................................................................................... 12 
1.5.1 Ventilação com bolsa-válvula-máscara ........................................................ 12 
1.5.2 Ventilação com lenço facial e válvula antirrefluxo (unidirecional) ................. 13 
1.5.3 Ventilação com a máscara de bolso (“pocket-mask”) .................................. 13 
1.5.4 Ventilação durante a RCP com via aérea avançada .................................... 14 
1.5.5 Ventilação em vítima com apenas parada respiratória................................. 15 
1.6 Choque ......................................................................................................... 15 
1.6.1 Desfibrilação e Cardioversão ....................................................................... 17 
1.7 PCR durante a gravidez ............................................................................... 18 
1.8 Suporte básico de vida em pediatria ............................................................ 19 
1.8.1 Taxa das compressões torácicas ................................................................. 19 
1.8.2 RCP somente com compressão ................................................................... 19 
CAPÍTULO 2 - ATENDIMENTO PRÉ-HOSPITALAR: SUPORTE AVANÇADO DE 
VIDA .......................................................................................................................... 21 
2.1 Suporte Avançado de Vida em adulto .......................................................... 21 
2.2 Vias para administração de medicamentos .................................................. 24 
2.2.1 Acesso intravenoso/intraósseo .................................................................... 24 
2.2.2 Acesso intravenoso central .......................................................................... 24 
2.2.3 Acesso endotraqueal.................................................................................... 25 
2.3 Intervenções medicamentosas na RCP ....................................................... 25 
2.3.1 Vasopressor ................................................................................................. 26 
 
 
 
 
Todos os direitos são reservados ao Grupo Prominas, de acordo com a convenção internacional de direitos autorais. Nenhuma 
parte deste material pode ser reproduzida ou utilizada, seja por meios eletrônicos ou mecânicos, inclusive fotocópias ou 
gravações, ou, por sistemas de armazenagem e recuperação de dados – sem o consentimento por escrito do Grupo Prominas. 
2.3.2 Antiarrítmicos ............................................................................................... 26 
2.4 Tratamento da PCR conforme o ritmo.......................................................... 27 
2.4.1 Fibrilação ventricular e taquicardia ventricular sem pulso ............................ 27 
2.4.2 Assistolia ...................................................................................................... 29 
2.4.3 Atividade elétrica sem pulso (AESP) ............................................................ 29 
2.5 Cuidados pós PCR ....................................................................................... 30 
2.6 Suporte avançado de vida em pediatria ....................................................... 31 
2.6.1 Qualidade da RCP ....................................................................................... 31 
2.6.2 Carga do choque para desfibrilação............................................................. 32 
2.6.3 Tratamento medicamentoso ......................................................................... 32 
2.6.4 Via aérea avançada ..................................................................................... 32 
2.6.5 Retorno da circulação espontânea ............................................................... 32 
2.7 Ressuscitação neonatal ............................................................................... 33 
CAPÍTULO 3 - TRANSPORTE DE PACIENTES E CLASSIFICAÇÃO DE RISCOS 35 
3.1 Transporte de pacientes ............................................................................... 35 
3.2 Veículos de atendimento pré-hospitalar móvel ......................................... 37 
3.2.1 Ambulâncias ................................................................................................ 37 
3.2.2 Tripulação das ambulâncias ...................................................................... 38 
3.3 Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU) ................................... 39 
3.4 Classificação de risco ................................................................................... 42 
3.5 Modelos de triagem para classificação de risco ........................................... 43 
3.6 Prioridades da classificação de risco ........................................................... 44 
3.6.1 Vermelho ...................................................................................................... 45 
3.6.2 Amarelo ........................................................................................................ 46 
3.6.3 Verde ............................................................................................................47 
3.6.4 Azul .............................................................................................................. 48 
REFERENCIAS ......................................................................................................... 49 
 
 
5 
 
 
 
Todos os direitos são reservados ao Grupo Prominas, de acordo com a convenção internacional de direitos autorais. Nenhuma 
parte deste material pode ser reproduzida ou utilizada, seja por meios eletrônicos ou mecânicos, inclusive fotocópias ou 
gravações, ou, por sistemas de armazenagem e recuperação de dados – sem o consentimento por escrito do Grupo Prominas. 
APRESENTAÇÃO DO MÓDULO 
 
Os profissionais que atuam em urgência e emergência devem aprimorar 
constantemente suas habilidades teóricas e práticas, tendo em vista que precisam 
estar preparados para avaliar situações de gravidade e atuar conforme os protocolos 
atualizados, a fim de garantir segurança e efetividade no atendimento oferecido. 
O suporte básico de vida (SBV) tem como objetivo reconhecer situações de 
gravidade e promover uma intervenção precoce para manutenção da circulação e 
respiração através das manobras de ressuscitação cardiopulmonar (RCP). Além 
dessas manobras, as ações também envolvem a identificação e prevenção de riscos 
no local, bem como, o transporte seguro do paciente. 
O suporte avançado de vida (SAV), utiliza as manobras do SBV, acrescentando 
dispositivos e procedimentos diferenciados como estabelecimento de acesso 
venoso, administração de drogas e fluidos, entre outros. 
O acolhimento e classificação de risco é uma ferramenta importante para 
garantir um atendimento resolutivo e humanizado. Para isso, um profissional 
capacitado no âmbito técnico e científico, deve fazer uma avaliação completa do 
paciente para identificar suas necessidades e priorização. 
O transporte é importante no sistema organizado de atendimento às urgências 
e emergências, pois para promover a transferência do paciente, possui classificação 
específica de acordo com os recursos humanos e materiais, a fim de atender as 
situações conforme o nível de complexidade. 
Este módulo pretende propiciar o ensino teórico do atendimento pré-hospitalar 
(APH), com ênfase no SBV e SAV cardiovascular; classificação de risco e transporte 
nos serviços de urgência e emergência. 
Para que o estudo seja proveitoso você deverá fazer a leitura do material, da 
bibliografia recomendada, acessar os links indicados e praticar as questões e 
atividades referentes a este módulo. 
O objetivo principal deste módulo, é propiciar o desenvolvimento do raciocínio e 
a aquisição de habilidades referentes à assistência de enfermagem em urgência e 
emergência, visando melhorar a sua competência diante do atendimento a pacientes 
graves ou na iminência de um evento agudo. 
6 
 
 
 
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parte deste material pode ser reproduzida ou utilizada, seja por meios eletrônicos ou mecânicos, inclusive fotocópias ou 
gravações, ou, por sistemas de armazenagem e recuperação de dados – sem o consentimento por escrito do Grupo Prominas. 
CAPÍTULO 1 - ATENDIMENTO PRÉ-HOSPITALAR: SUPORTE BÁSICO DE VIDA 
 
1.1 Atendimento pré-hospitalar 
 
A urgência e emergência é um relevante componente na área da saúde, que 
conta com uma rede estruturada de assistência, a fim de atender as demandas de 
inúmeros casos de acidentes, violências, entre outros agravos que necessitam de 
um APH adequado, seja este móvel ou fixo. 
A emergência envolve condições de agravo à saúde com sofrimento intenso ou 
risco iminente de morte, por isso, necessita de tratamento imediato, enquanto na 
urgência, ocorre um imprevisto agravo à saúde, o qual pode ou não gerar risco à 
vida (BRASIL, 2014). 
O Ministério da Saúde considera o APH móvel: 
Atendimento que procura chegar precocemente à vítima, após ter ocorrido 
um agravo a sua saúde, (de natureza traumática ou não traumática ou, 
ainda, psiquiátrica), que possa levar ao sofrimento ou mesmo à morte, 
sendo necessário, portanto, prestar-lhe atendimento e/ou transporte 
adequado a um serviço de saúde devidamente hierarquizado e integrado ao 
Sistema Único de Saúde (BRASIL, 2002). 
 
O APH móvel tem duas modalidades de atendimento, sendo o SBV, o qual não 
realiza manobras invasivas e o SAV, que tem como característica a possibilidade de 
realizar procedimentos invasivos de suporte circulatório e ventilatório (BRASIL, 
2002). 
O Atendimento Pré-Hospitalar Fixo é aquela assistência prestada, num 
primeiro nível de atenção, aos pacientes portadores de quadros agudos, de 
natureza clínica, traumática ou ainda psiquiátrica, que possa levar a 
sofrimento, sequelas ou mesmo à morte, provendo um atendimento e/ou 
transporte adequado a um serviço de saúde hierarquizado, regulado e 
integrante do Sistema Estadual de Urgência e Emergência(BRASIL, 2002). 
 
A parada cardiorrespiratória (PCR) é uma situação frequente em que se aciona 
o serviço de atendimento pré-hospitalar, pode ser considerada uma situação 
inesperada, caracterizada pela parada dos batimentos cardíacos de forma efetiva, 
acompanhado de inconsciência, ausência de respostas a estímulos, ausência de 
pulso palpável e respiração, situação que altera a atividade mecânica e elétrica do 
coração, diminuindo o débito cardíaco (DC) (SILVA; ALMEIDA, 2013, p.1). 
7 
 
 
 
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parte deste material pode ser reproduzida ou utilizada, seja por meios eletrônicos ou mecânicos, inclusive fotocópias ou 
gravações, ou, por sistemas de armazenagem e recuperação de dados – sem o consentimento por escrito do Grupo Prominas. 
Assim, a PCR é uma grave ameaça à vida, principalmente quando ocorre fora 
do ambiente hospitalar, tendo em vista a necessidade de atendimento precoce. 
Quando o paciente não é submetido à ressuscitação adequada, após cerca de 3 a 
10 minutos de PCR, começa o ocorrer lesão cerebral e as chances de ressuscitação 
são mínimas (SILVA, 2018, p.8). 
Por isso, as manobras que devem ser realizadas no SBV exigem qualificação 
do profissional, para que sejam imediatas e efetivas. Muitas pessoas morrem por 
não receber atendimento durante uma PCR, em contrapartida, inúmeras vezes 
ocorre atendimento inadequado, sem conhecimento acerca dos procedimentos, 
transportam a vítima de forma imprópria, podendo acarretar sequelas ou até mesmo 
levar à morte (LAFETA et. al. 2015). 
Em 2015, o International Liaison Committeeon Resuscitation (ILCOR) iniciou 
um processo contínuo para avaliar anualmente as evidências científicas referentes à 
RCP e atendimento cardiovascular de emergência, a fim de abordar recomendação, 
intervenção e tratamento, sendo classificados por classe de recomendação e nível 
de evidência, de acordo com a American Heart Association (AHA, 2015). 
É necessário que as equipes de saúde sejam treinadas periodicamente, a fim 
de aprimorar as manobras, obter atualizações e domínio do conteúdo. Além disso, é 
relevante o conhecimento dos leigos para uma atuação efetiva e imediata fora do 
ambiente hospitalar, o que contribui para a sobrevida. 
 
1.2 Suporte básico de vida para profissionais da saúde 
 
Em todas as situações de atendimento à vítima, é necessário avaliar e garantir 
a segurança do local, a fim de evitar novos acidentes. 
Durante uma PCR, um método mnemônico pode ser aplicado para simplificar 
os passos do atendimento em SBV, sendo o “C-A-B-D”, conforme apresentado no 
quadro 1. 
 
 
 
 
 
8 
 
 
 
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parte deste material pode ser reproduzida ou utilizada, seja por meios eletrônicos ou mecânicos, inclusive fotocópias ou 
gravações, ou, por sistemas de armazenagem e recuperaçãode dados – sem o consentimento por escrito do Grupo Prominas. 
Quadro 1 - Sequência do atendimento em PCR 
C Checar responsividade e respiração da 
vítima 
Chamar por ajuda 
Checar o pulso 
Compressões (30 compressões) 
A Abertura das vias aéreas 
B Boa ventilação (2 ventilações) 
D Desfibrilação 
Fonte: AHA (2015, p. 5). 
 
O atendimento à PCR com um único socorrista, deve seguir a sequência C-A-
B-D, sendo que deve iniciar a RCP com 30 compressões torácicas seguidas por 02 
ventilações (AHA, 2015). 
O atendimento à vítima em casos de RCP no SBV deve ocorrer conforme a 
sequência apresentada no quadro 2. 
 
Quadro 2 - Resumo da RCP para profissionais do SBV. 
Componente 
Adulto e 
adolescente 
Crianças 1 ano 
Até a 
puberdade 
Bebês 
Segurança do local Verifique se o local é seguro 
 
Reconhecimento da 
PCR 
Verifique se a vítima responde 
Ausência de respiração ou apenas gasping 
Nenhum pulso em 10 segundos 
Acionamento do 
serviço médico 
Se estiver sozinho e sem 
celular, deixe a vítima e 
acione o serviço médico de 
emergência 
Obtenha um DEA antes de 
iniciar a RCP 
Do contrário, peça que 
alguém acione o serviço 
médico de emergência 
Inicie RCP imediatamente 
Use o DEA 
Compressão-
ventilação sem via 
aérea avançada 
01 ou 02 socorristas 
30:2 
02 ou mais socorristas 
15:02 
Compressão-
ventilação com via 
aérea avançada 
Compressões contínuas de 100 a 120/min 
Administre 01 ventilação a cada 06 segundos (10 
respirações/min) 
Frequência de 
compressão 
100 a 120/min 
Profundidade de 
compressão 
No mínimo 2 
polegadas 
(5 cm) 
2 polegadas 
(5 cm) 
1,5 polegadas 
(4 cm) 
Posicionamento das 
mãos 
2 mãos sobre a 
metade inferior do 
2 mãos ou 1 
sobre a metade 
1 socorrista: 
2 dedos no 
9 
 
 
 
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gravações, ou, por sistemas de armazenagem e recuperação de dados – sem o consentimento por escrito do Grupo Prominas. 
esterno inferior do 
esterno 
centro do 
tórax, abaixo 
da linha 
mamilar 
 
2 ou mais 
socorristas: 
2 polegares no 
centro do 
tórax, abaixo 
da linha 
mamilar 
Fonte: AHA(2015, p.10). 
 
FIQUE LIGADO 
Os profissionais de saúde devem pedir ajuda ao encontrar uma vítima que não 
responde, mas é necessário que seja avaliada a respiração e o pulso, de forma 
simultânea, antes de acionar o serviço médico de emergência. 
 
1.3 Cadeia de sobrevivência 
 
A cadeia de sobrevivência foi criada para ressaltar a importância da adoção 
organizada e hierarquizada de atitudes em situações de PCR. 
É recomendado que sejam utilizadas distintas cadeias de sobrevivência para 
os pacientes que sofrem PCR no hospital ou em ambiente extra-hospitalar (Figura 
1). A assistência da comunidade é relevante quando a PCR ocorre no ambiente 
extra-hospitalar, assim, os socorristas leigos precisam reconhecer a PCR e iniciar as 
manobras até que o serviço de emergência inicie o atendimento no local. No 
ambiente intra-hospitalar, deve ser adotado um sistema de vigilância a fim de evitar 
a PCR, mas quando ela ocorre, é necessária a atuação de uma equipe 
multiprofissional, incluindo médicos, enfermeiros, fisioterapeutas, entre outros (AHA, 
2015, p.4). 
 
 
 
 
10 
 
 
 
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gravações, ou, por sistemas de armazenagem e recuperação de dados – sem o consentimento por escrito do Grupo Prominas. 
Figura 1 - Cadeias de sobrevivência de parada cardiorrespiratória intra-hospitalar (PCRIH) e 
parada cardiorrespiratória extra-hospitalar (PCREH) 
Fonte: AHA(2015, p.4). 
 
1.4 Compressões torácicas 
 
Os profissionais de saúde devem aplicar as compressões torácicas (Figura 2) e 
ventilações em todos os pacientes adultos em PCR, seguindo a frequência de 100 a 
120/min.; comprimir em uma profundidade de pelo menos 2 polegadas (5 cm); 
permitir o retorno total do tórax em cada compressão; evitar interromper as 
compressões; realizar 2 ventilações após 30 compressões, sendo que cada 
ventilação deve durar 1 segundo, promovendo a elevação do tórax (AHA, 2015, p.8). 
 
ATENÇÃO 
Durante as compressões torácicas, a região hipotênar de uma mão deve estar sobre 
o esterno da vítima e a outra mão entrelaçando-a. Os braços do socorrista devem 
ficar estendido, cerca de 90º acima da vítima. 
11 
 
 
 
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Figura 2 – Posicionamento para realização das compressões torácicas. 
 
Fonte: Romulo Passos (2018, p.5). 
 
FIQUE LIGADO 
EM ADULTOS: 
Realizar compressões torácicas a uma frequência de 100 a 120/min.; 
Comprimir pelo menos 2 polegadas (5 cm); 
Realizar 2 ventilações após 30 compressões. 
 
A RCP pode ser realizada somente com compressões em casos de socorristas 
não treinados, tendo em vista que é mais fácil a compreensão a partir de instruções 
dos atendentes por telefone. O profissional da saúde deve realizar a RCP com 
compressões e ventilações, e a prioridade quando sozinhos, deve ser acionar o 
serviço médico de emergência e iniciar as compressões torácicas. Quando 
disponível desfibrilador externo automático (DEA), deve-se utilizar o desfibrilador o 
mais rápido possível(AHA, 2015, p.9). 
 
1.4.1 Profundidade das compressões torácicas 
As compressões torácicas em um adulto médio, deve ter uma profundidade de 
no mínimo 2 polegadas (5 cm) evitando a compressão com profundidade excessiva, 
superior a 2,4 polegadas (6 cm), sendo que o excesso de profundidade pode causar 
lesões (AHA, 2015, p.9). 
 
12 
 
 
 
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1.4.2 Retorno do tórax 
Ao realizar as compressões torácicas, os socorristas não devem apoiar sobre o 
tórax, para permitir o retorno completo da caixa torácica durante a PCR. Este retorno 
é evidenciado quando o esterno volta ao seu posicionamento anatômico e quando 
isso ocorre, há uma pressão intratorácica negativa que proporciona o fluxo 
sanguíneo cardiopulmonar (AHA, 2015, p.9). 
 
1.5 Ventilação 
 
A ventilação deve ser realizada após 30 compressões torácicas, e para isso,a 
abertura das vias aéreas deve ser feita de forma adequada, utilizando a manobra de 
inclinação da cabeça e elevação do queixo (Chin Lift) ou a manobra de elevação do 
ângulo da mandíbula ou tração da mandíbula, (JawThrust), a qual deve ser adotada 
em casos de suspeita de trauma (Figura 3). 
 
Figura 3 – Manobras de abertura de vias aéreas 
 
Fonte: Romulo Passos (2018, p. 7). 
 
1.5.1 Ventilação com bolsa-válvula-máscara 
A ventilação com bolsa-válvula-máscara (Figura 4) deve ser feita em caso de 
dois socorristas, onde um é responsável pelas compressões torácicas e o outro, pela 
ventilação, de acordo com a Sociedade Brasileira de Cardiologia (SBC, 2013, p.7). 
 
 
 
 
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Figura 4 – ventilação com bolsa-válvula-máscara 
 
Fonte: SBC(2013, p.7). 
 
1.5.2 Ventilação com lenço facial e válvula antirrefluxo (unidirecional) 
O lenço facial e válvula antirrefluxo consiste em um dispositivo descartável para 
ventilação, sendo que impede o retorno do ar através da boca da vítima, permitindo 
a proteção do socorrista (Figura 5). Ao abrir as vias aéreas, é necessário estabilizar 
a mandíbula, vedar o dispositivo na boca da vítima e pinçar o nariz para iniciar a 
ventilação (SBC, 2013, p.7). 
 
Figura 5 - Máscara facial com válvula unidirecional 
 
Fonte: SBC(2013, p.5). 
 
1.5.3 Ventilação com a máscara de bolso (“pocket-mask”) 
A máscara de bolso (Figura 6)geralmente acompanha uma válvula 
unidirecional e deve ser posicionada rapidamente na vítima para dar início às 
ventilações. A região mais estreita da máscara deve ser posicionada no nariz da 
vítima. 
 
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Figura 6 – Exemplos de máscara de bolso 
 
Fonte: SBC(2013, p.7). 
 
1.5.4 Ventilação durante a RCP com via aérea avançada 
Durante a RCP com via aérea avançada tubo endotraqueal (Figura 7) ou 
dispositivo supraglótico (Figura 8), deve ser administrado pelo profissional 01 
ventilação a cada 06 segundos, ou seja, 10 respirações por minuto, enquanto 
continuam as compressões torácicas, sendo que esta proporção é válida para 
adultos, crianças e bebês (AHA, 2015, p.13). 
 
Figura 7 - Ventilação com via aérea avançada 
 
Fonte: SBC(2013, p. 7). 
 
Figura 8– Dispositivo supraglótico 
 
Fonte: Metterleinet. al.(2017, p. 3) 
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gravações, ou, por sistemas de armazenagem e recuperação de dados – sem o consentimento por escrito do Grupo Prominas. 
1.5.5 Ventilação em vítima com apenas parada respiratória 
 
Em casos onde a vítima apresenta pulso, não respira ou respira de forma 
anormal (gasping), deve realizar uma ventilação a cada 05 a 06 segundos, ou seja, 
de 10 a 12 ventilações por minuto em adultos. Em crianças e lactentes a ventilação 
deve ser uma a cada 03 a 05 segundos, ou seja, de 12 a 20 ventilações por minuto 
(SBC, 2013, p.8). 
 
FIQUE LIGADO 
Apenas parada respiratória: 
Adulto: 01 ventilação a cada 05 a 06 segundos; 
Crianças e lactentes: 01 ventilação a cada 03 a 05 segundos. 
 
1.6 Choque 
 
Os ritmos encontrados em uma parada cardíaca são: Fibrilação Ventricular 
(FV), Taquicardia Ventricular sem pulso (TVSP), Assistolia, Atividade Elétrica sem 
Pulso (AESP). 
Na FV a despolarização dos ventrículos não ocorre de forma organizada, com 
isso, não há contração efetiva do miocárdio. A TVSP é uma modalidade de parada 
cardíaca que envolve a sucessão rápida de batimentos ventriculares ectópicos, o 
qual chega à ausência de pulso palpável. A assistolia consiste na ausência total de 
atividade elétrica do miocárdio, consequentemente, não há frequência ou ritmo 
cardíaco. Na AESP é detectável atividade elétrica no monitor cardíaco, mas o 
paciente não reage e não é possível sentir pulso carotídeo (AEHLERT, 2013). 
O DEA (Figura 9) é um aparelho portátil utilizado para interpretar o ritmo 
cardíaco e o nível de energia necessário para a aplicação do choque. 
 
 
 
 
 
16 
 
 
 
Todos os direitos são reservados ao Grupo Prominas, de acordo com a convenção internacional de direitos autorais. Nenhuma 
parte deste material pode ser reproduzida ou utilizada, seja por meios eletrônicos ou mecânicos, inclusive fotocópias ou 
gravações, ou, por sistemas de armazenagem e recuperação de dados – sem o consentimento por escrito do Grupo Prominas. 
Figura 9 – Desfibrilador externo automático 
 
Fonte: Silva (2018, p.16). 
 
Quando o DEA está disponível em PCR em adultos, deve-se utilizar o 
desfibrilador o mais rápido possível. Em casos de adultos sem monitoramento ou 
DEA, é necessário iniciar as compressões torácicas até a obtenção do dispositivo 
para realizar a desfibrilação, se indicada (AHA, 2015, p.9). 
O DEA é utilizado para reverter ritmos de FV e TVSP; e a voltagem do 
desfibrilador bifásico é de 150 J a 200 J, ou 120 J em casos de onde bifásica 
retilínea. Quando desconhece o tipo de onda, pode ser utilizado o padrão de 200 J 
(AHA, 2015, p.9). O DEA deve ser utilizado conforme os passos descritos a seguir: 
1. Ligar o aparelho; 
2. Conectar os eletrodos no tórax da vítima (Figura 10); 
3. Conectar os cabos no aparelho; 
4. Se o choque for indicado, todos devem se afastar da vítima para acionar o 
botão de choque; 
5. Após o choque, reiniciar as compressões torácicas. O DEA fará análise 
do ritmo a cada 02 minutos e poderá indicar o choque novamente se 
houver necessidade. 
6. Após o choque, mesmo com a vítima consciente, o DEA deve permanecer 
conectado na vítima até a chegada do serviço médico de emergência. 
 
 
 
 
 
 
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Todos os direitos são reservados ao Grupo Prominas, de acordo com a convenção internacional de direitos autorais. Nenhuma 
parte deste material pode ser reproduzida ou utilizada, seja por meios eletrônicos ou mecânicos, inclusive fotocópias ou 
gravações, ou, por sistemas de armazenagem e recuperação de dados – sem o consentimento por escrito do Grupo Prominas. 
Figura 10 – Posicionamento do DEA 
 
Fonte: SBC(2013, p.8). 
 
1.6.1 Desfibrilação e Cardioversão 
A desfibrilação elétrica consiste na aplicação de uma corrente elétrica no 
miocárdio, de forma contínua, não sincronizada, para despolarizar as fibras 
musculares do miocárdio, a fim de reverter arritmias como FV e TVSP. Na 
cardioversão, a corrente elétrica é aplicada de maneira sincronizada, onde a 
descarga elétrica despolariza o miocárdio, utilizada em casos de taquicardia instável 
e instabilidade hemodinâmica. 
Para melhor fixação do conteúdo, a Figura 11 demonstra o Algoritmo de PCR 
em adultos para profissionais de saúde de SBV. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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parte deste material pode ser reproduzida ou utilizada, seja por meios eletrônicos ou mecânicos, inclusive fotocópias ou 
gravações, ou, por sistemas de armazenagem e recuperação de dados – sem o consentimento por escrito do Grupo Prominas. 
Figura 11 – Algoritmo de PCR em adultos para profissionais da saúde de SBV 
 
Fonte: AHA (2015, p.12). 
 
1.7 PCR durante a gravidez 
 
A RCP em gestantes deve ter como prioridade a qualidade e alívio da pressão 
aorto - cava. Para isso, é importante que seja verificado se o fundo do útero tem 
19 
 
 
 
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parte deste material pode ser reproduzida ou utilizada, seja por meios eletrônicos ou mecânicos, inclusive fotocópias ou 
gravações, ou, por sistemas de armazenagem e recuperação de dados – sem o consentimento por escrito do Grupo Prominas. 
altura igual ou superior ao umbigo. Nesta situação, deslocar o útero manualmente 
para a esquerda, pode aliviar a compressão aorto - cava enquanto é realizada a 
compressão torácica (AHA, 2015, p.20). 
 
1.8 Suporte básico de vida em pediatria 
 
Os pacientes pediátricos (menores de 1 ano de idade) e crianças até o início da 
puberdade, ascompressões torácicas devem comprimir, no mínimo, um terço do 
diâmetro anteroposterior do tórax, ou seja, 1,5 polegadas (4 cm) em bebês e até 2 
polegadas (5 cm) em crianças. Quando é atingida a puberdade a recomendação 
segue a mesma de adultos. 
Os socorristas devem comprimir o esterno de um bebê com 2 dedos 
posicionados abaixo da linha intermamilar, e deve garantir o retorno completo da 
caixa torácica a cada compressão (Figura 12) (AHA, 2015, p.20). 
 
1.8.1 Taxa das compressões torácicas 
As evidências pediátricas são insuficientes, por isso, recomenda-se a 
velocidade de compressões torácicas de 100 a 120/min. para bebês e crianças 
(AHA, 2015, p.10). 
 
1.8.2 RCP somente com compressão 
A RCP em bebês e crianças deve preconizar ventilações de resgate além das 
compressões torácicas, tendo em vista a comum asfixia em PCR nesta faixa etária. 
Em contrapartida, se não for possível realizar a ventilação pelo socorrista, 
recomenda-se a realização da compressão torácica (AHA, 2017, p.2). 
 
 
 
 
 
 
 
 
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parte deste material pode ser reproduzida ou utilizada, seja por meios eletrônicos ou mecânicos, inclusive fotocópias ou 
gravações, ou, por sistemas de armazenagem e recuperação de dados – sem o consentimento por escrito do Grupo Prominas. 
Figura 12 – Algoritmo de PCR em pediatria para profissionais da saúde de SBV 
 
Fonte: AHA (2015, p.21). 
 
 
 
 
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gravações, ou, por sistemas de armazenagem e recuperação de dados – sem o consentimento por escrito do Grupo Prominas. 
CAPÍTULO 2 - ATENDIMENTO PRÉ-HOSPITALAR: SUPORTE AVANÇADO DE 
VIDA 
 
2.1 Suporte Avançado de Vida em adulto 
 
O SAV se inicia com as mesmas manobras de RCP do SBV, conforme 
descritas no capítulo anterior, porém, além das compressões torácicas e 
desfibrilação, inclui a obtenção de acesso venoso, administração de drogas, 
dispositivos de compressão mecânica e até mesmo circulação extracorpórea. 
A sobrevida dos pacientes que sofreram PCR depende da integração entre o 
SBV, SAV e cuidados pós ressuscitarão. A demora superior aos primeiros cinco 
minutos para iniciar a administração de drogas vasopressoras e instalar via aérea 
avançada, pode piorar o prognóstico da vítima (SBC, 2013, p.23). 
A parada cardíaca pode apresentar quatro ritmos, conforme descritos no 
capítulo anterior: fibrilação ventricular (FV), taquicardia ventricular sem pulso 
(TVSP), atividade elétrica sem pulso (AESP) e assistolia, sendo que a desfibrilação 
precoce pode aumentar a sobrevida em casos de FV ou TVSP (SBC 2013, p.23). 
As interrupções durante as manobras de RCP devem ser minimizadas, 
aplicadas somente para checagem do pulso, ritmo, desfibrilação e obtenção de via 
aérea avançada (SBC, 2013, p.23). 
É primordial que o socorrista procure identificar a causa da PCR durante a 
tentativa de ressuscitação, para isso, é importante obter dados, através do exame do 
paciente, diálogo com os familiares ou outros indivíduos que possam colaborar com 
as informações. Geralmente, as causas de PCR podem ser resumidas em 5“Hs” e 5 
“Ts” (Quadro 3) (SBC, 2013, p.23). 
 
Quadro 3–Principais causas de PCR 
5 “Hs” 5 “Ts” 
Hipovolemia Trombose coronária 
Hipóxia Tromboembolismo pulmonar 
Hidrogênio (acidose) Tensão no tórax por pneumotórax 
Hipo ou Hipercalemia Tóxicos 
Hipotermia Tamponamento cardíaco 
Fonte: SBC (2013, p.23). 
 
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gravações, ou, por sistemas de armazenagem e recuperação de dados – sem o consentimento por escrito do Grupo Prominas. 
FIQUE LIGADO 
Os cuidados pós PCR enfatizam programas multidisciplinares a fim de otimizar o 
aspecto neurológico, hemodinâmico, metabólico e ventilatório do paciente (SBC, 
2013, p.24). 
 
A escolha do melhor método de ventilação deve ser baseada na experiência do 
socorrista, onde pode ser utilizado o dispositivo de bolsa-válvula-máscara, 
isoladamente ou em combinação com o cânula orotraqueal, assim como a máscara 
laríngea (Figura 13) ou o tubo laríngeo (Figura 14). As principais indicações de 
intubação orotraqueal na emergência são: impossibilidade de fornecer uma 
ventilação adequada com o dispositivo bolsa-válvula-máscara em pacientes 
inconscientes, em pacientes comatosos ou em PCR (SBC, 2013, p.19). 
 
Figura 13 – Máscara laríngea 
 
Fonte: SBC(2013, p. 21) 
 
Figura 14 – Tubo laríngeo 
 
Fonte: SBC(2013, p. 21). 
 
A cânula orofaríngea pode ser utilizada para facilitar a ventilação bom a bolsa- 
válvula-máscara, sendo que evita a obstrução da via aérea ocasionada pela queda 
23 
 
 
 
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parte deste material pode ser reproduzida ou utilizada, seja por meios eletrônicos ou mecânicos, inclusive fotocópias ou 
gravações, ou, por sistemas de armazenagem e recuperação de dados – sem o consentimento por escrito do Grupo Prominas. 
da língua. As cânulas orofaríngeas apresentam diversos tamanhos, e para a escolha 
ideal, deve ser posicionada da rima bucal até o ângulo da mandíbula, ou até o tragus 
da orelha. Essa, deve ser introduzida na cavidade oral voltada para cima, com a 
extremidade voltada para o palato duro. A seguir, deve ser feito um movimento de 
rotação de 180º para posicioná-la sobre a língua, conforme demonstrado na Figura 
15. 
 
Figura 15- Cânula orofaríngea 
 
Fonte: SBC(2013, p. 19). 
 
A intubação orotraqueal deve ser realizada somente quando não for interferir 
nas outras manobras de ressuscitação, considerando que a interrupção das 
compressões torácicas deve ser minimizada, não ultrapassando 10 segundos (SBC, 
2013, p.20). 
Após a inserção da cânula traqueal, é necessário fazer uma avaliação clínica 
para confirmar se o posicionamento está correto. Essa avaliação consiste na 
visualização da expansão torácica e da condensação do tubo durante a ventilação e 
na ausculta dos pontos: epigástrio, base pulmonar esquerda, base pulmonar direita, 
ápice pulmonar esquerdo e ápice pulmonar direito. Assim, é possível detectar uma 
possível intubação esofágica ou introdução excessiva do tubo, o que causa uma 
intubação seletiva do brônquio (SBC, 2013, p.20). 
A capnografia com onda contínua quantitativa é recomendada para pacientes 
intubados para confirmar o posicionamento correto do tubo endotraqueal, controle 
da qualidade da RCP e avaliação do retorno da circulação espontânea com base 
nos valores de dióxido de carbono ao final da expiração. Após a confirmação do 
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parte deste material pode ser reproduzida ou utilizada, seja por meios eletrônicos ou mecânicos, inclusive fotocópias ou 
gravações, ou, por sistemas de armazenagem e recuperação de dados – sem o consentimento por escrito do Grupo Prominas. 
posicionamento do tubo, este deve ser fixado com fitas convencionais, bandagens 
ou fixadores comerciais (SBC, 2013, p.20). 
 
2.2 Vias para administração de medicamentos 
 
A seguir, serão abordadas as vias de administração de medicamentos em 
PCR: acesso intravenoso (IV), intraósseo (IO), intravenoso central e endotraqueal. 
 
2.2.1 Acesso intravenoso/intraósseo 
A administração de drogas em RCP é secundária, tendo em vista que a 
prioridade é a RCP de boa qualidade e desfibrilaçãoimediata. O acesso venoso 
deve estabelecido IV ou IO, sem interromper as compressões torácicas (SBC, 2013, 
p.29). 
É preferencial obter o acesso venoso periférico nos membros superiores (veia 
antecubital) para administração de drogas pela via intravenosa. Após cada 
administração de droga em bolus por esta via, é recomendado infundir 20 ml de 
solução salina e elevar o membro por 10 a 20 segundos (SBC2013, p.29). 
A Administração intraóssea (Figura 16) é utilizada quando não é possível 
estabelecer o acesso IV, e por esta via, é possível obter concentrações plasmáticas 
similares ao acesso IV (SBC, 2013, p.29). 
 
Figura 16- Punção intraóssea 
 
Fonte: ResearchGate.net 
 
2.2.2 Acesso intravenoso central 
O acesso intravenoso central é uma via de administração de medicamentos 
que apresenta a vantagem de obter maiores concentrações plasmáticas, menor 
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gravações, ou, por sistemas de armazenagem e recuperação de dados – sem o consentimento por escrito do Grupo Prominas. 
tempo de circulação, e através dele, também é possível identificar a saturação 
venosa central e estimar a pressão de perfusão coronariana (SBC, 2013, p.29). 
 
2.2.3 Acesso endotraqueal 
O acesso endotraqueal pode ser utilizado para administrar drogas como 
lidocaína, adrenalina, atropina, naloxone e vasopressina, porém, nesta via, as 
concentrações plasmáticas são menores quando comparadas com a via IV. Por isso, 
a via endotraqueal deve ser selecionada para administração de medicamentos em 
RCP somente diante da impossibilidade de obter as vias IV e IO (SBC, 2013, p.29). 
 
2.3 Intervenções medicamentosas na RCP 
 
A PCR é uma situação de emergência que exige intervenções com rapidez e 
eficácia para garantir a estabilização do quadro clínico e um melhor prognóstico da 
vítima. Para isso, o Manual de Atualização das Diretrizes de 2015 da American 
Heart Association (AHA) para Ressuscitação Cardiopulmonar e Atendimento 
Cardiovascular de Emergência (ACE) traz as recomendações a seguir: 
 A epinefrina (adrenalina) é o vasopressor utilizado na PCR para 
ressuscitação. A vasopressina foi removida do algoritmo de PCR, tendo 
em vista que em combinação com a epinefrina não proporciona nenhuma 
vantagem (AHA, 2015, p.13). 
 Em pacientes intubados, a baixa quantidade de dióxido de carbono ao 
final da expiração (ETCO2), está associada a baixa probabilidade de RCP 
após 20 minutos de RCP, porém, não pode ser aplicado como critério 
único para determinar o término da ressuscitação (AHA, 2015, p.13). 
 Em pacientes que não respondem à RCP convencional, a ressuscitação 
cardiopulmonar extracorpórea (ECPR) pode ser considerada, em 
ambientes em que seja possível utilizá-la rapidamente (AHA, 2015, p.13). 
 Em casos de retorno da circulação espontânea após FV ou TVSP, a 
lidocaína pode ser utilizada imediatamente (AHA, 2015, p.13). 
 
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gravações, ou, por sistemas de armazenagem e recuperação de dados – sem o consentimento por escrito do Grupo Prominas. 
2.3.1 Vasopressor 
A Epinefrina é uma droga muito utilizada em PCR, pois, possibilita o aumento 
da pressão de perfusão cerebral e coronariana, e deve ser utilizada da seguinte 
forma: 
 FV e TVSP: 1mg IV/IO a cada 3 - 5min. 
 Assistolia e AESP: 1mg IV/IO a cada 3 - 5min (SBC, 2018, p.5). 
 
FIQUE LIGADO 
Durante a administração de medicações as manobras de RCP não devem ser 
interrompidas. 
 
2.3.2 Antiarrítmicos 
A AHA (2018, p.3), recomenda que a amiodarona ou a lidocaína podem ser 
utilizadas para FV/TVSP não responsiva a desfibrilação, conforme as doses abaixo: 
a) Amiodarona: a primeira dose deve ser de 300 mg IV/IO, e pode usar uma 
segunda dose de 150 mg IV/IO (SBC, 2018, p.5). 
b) Lidocaína: a dose inicial deve ser de 1 a 1,5 mg/kg, e a segunda dose, de 
0,5 a 0,75 mg/kg (SBC, 2018, p.5). 
O sulfato de magnésio não é recomendado em uso rotineiro na RCP, mas pode 
ser utilizado para tratamento de TV polimórfica associada a intervalo QT longo (AHA, 
2018, p.3). A dose de sulfato de magnésio deve ser de 1 a 2g, diluído em 10 ml de 
soro glicosado 5% (SBC, 2013, p.31). 
 
Quadro 4 – Intervenções não recomendadas rotineiramente durante a PCR 
Medicamento Justificativa 
Reposição volêmica A infusão de líquidos em PCR deve ser realizada 
quando houver suspeita de hipovolemia. 
Atropina Não esteve associada com benefícios 
significativos no manuseio da PCR intra ou 
extra-hospitalar. 
Bicarbonato de sódio Pode gerar problemas tais como: aumento na 
geração de CO2, exacerbando a acidose 
intracelular; efeito inotrópico negativo no 
miocárdio isquêmico; aumento da osmolaridade 
sérica e desvio da curva de dissociação da 
hemoglobina para a esquerda. 
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gravações, ou, por sistemas de armazenagem e recuperação de dados – sem o consentimento por escrito do Grupo Prominas. 
Cálcio Altos níveis séricos de cálcio IV podem ser 
prejudiciais para o miocárdio isquêmico, capaz 
de agravar a recuperação neurológica. 
Fibrinolíticos Pode ser considerada utilizada quando suspeita 
de embolia pulmonar. 
Fonte: SBC(2013, p.31). 
 
2.4 Tratamento da PCR conforme o ritmo 
 
A seguir, será abordado o tratamento da PCR conforme os ritmos: FV, TVSP, 
assistolia e AESP. 
 
2.4.1 Fibrilação ventricular e taquicardia ventricular sem pulso 
A desfibrilação precoce é indicada em casos de ritmo como FV/TVSP (Figura 
17 e 18), considerando que no ambiente intra-hospitalar, é ideal que a desfibrilação 
ocorra até três minutos do início da PCR. Quando tem a presença de dois 
socorristas, um deve carregar o desfibrilador enquanto o outro permanece nas 
compressões torácicas. Antes de desfibrilar, é necessário que seja feito o aviso 
prévio para que todos possam se afastar antes de realizar o choque. Após o choque, 
as compressões torácicas devem ser iniciadas imediatamente, de forma contínua, 
durante dois minutos, e após este tempo, realizar nova reavaliação(SBC, 2013, 
p.24). 
 
Figura 17 - Paciente em PCR em ritmo FV e TVSP 
 
Fonte: ecgpedia.org. 
 
 
 
 
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gravações, ou, por sistemas de armazenagem e recuperação de dados – sem o consentimento por escrito do Grupo Prominas. 
Figura 18 – Fibrilação Ventricular Grosseira 
 
Fonte: SBC(2013, p. 8). 
 
ATENÇÃO 
A interrupção das compressões torácicas para análise do ritmo, não deve 
ultrapassar 10 segundos. 
 
A energia do desfibrilador bifásico deve ser entre 120-200 J, de acordo com as 
orientações do fabricante, enquanto no desfibrilador monofásico, o choque deve ser 
administrado com 360 J. Diante dessas duas modalidades, as pás são posicionadas 
no ápice cardíaco e abaixo da clavícula direita, ou anteroposterior (SBC, 2013, p.24). 
Se a FV/TVSP persistir, deve-se administrar os medicamentos conforme 
demonstrado no quadro 5. 
 
Quadro 5 – Medicamentos utilizados em FV/ TVSP 
MEDICAMENTO TEMPO 
Amiodarona 300 mg EV seguido de 
20ml de SF e elevação do membro 
superior 
Pode repetir na dose de 150 mg 
EV, após 3-5 min. 
Lidocaína2% 1-1,5mg/Kg EV/IO Pode repetir na dose de 0,5-
0,75mg/Kg, após 5-10 min. 
Sulfato de magnésio a 50% 1 - 2g 
EV/IO diluído em 10-20ml de 
glicose 5% 
 
 
Fonte: Silva (2018, p.22). 
 
ATENÇÃO 
Checar o ritmo após 2 minutos do choque. Se a FV/TVSP persistir, realize novo 
choque. 
 
 
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parte deste material pode ser reproduzida ou utilizada, seja por meios eletrônicos ou mecânicos, inclusive fotocópias ou 
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2.4.2 Assistolia 
Na assistolia há ausência de sístoles, ou seja, as células musculares cardíacas 
e a condução elétrica não estão exercendo suas funções (Figura 19). 
 
Figura 19 - Paciente em PCR em ritmo de assistolia 
 
Fonte: Float Nurse. 
 
Em casos de assistolia, é necessário administrar epinefrina precoce – 1mg 
EV/IO em bolus, seguida de 20ml de SF e elevação do membro superior, repetida a 
cada 3-5 min. A cada 2 minutos, o ritmo deve ser checado novamente (SILVA, 2018, 
p. 23). 
 
2.4.3 Atividade elétrica sem pulso (AESP) 
A AESP (Figura 20) é caracterizada pela presença de atividade elétrica no 
miocárdio, mas o pulso não é detectável. 
 
Figura20 -Paciente em PCR em ritmo de AESP 
 
Fonte: Float Nurse. 
 
Diante deste caso, deve-se administrar epinefrina1mg EV/IO em bolus, seguido 
de 20ml de SF e elevação do membro superior e após 2 minutos, o ritmo deve ser 
checado novamente (SILVA, 2018, p.26). 
 
 
 
 
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2.5 Cuidados pós PCR 
 
Diversos fatores devem ser analisados e tem influência na decisão de quando 
interromper as manobras de reanimação, tais como: histórico da patologia do 
paciente e seu prognóstico antecipado; o período que passou entre a parada 
cardíaca e o início das manobras de reanimação; o intervalo de tempo entre a 
parada cardíaca e a desfibrilação; o tempo em que são realizadas as manobras 
avançadas de vida, entre outros. Além disso, em pacientes com via aérea avançada, 
um fator é a incapacidade de se obter valores de CO2 acima de 10mmHg pela 
capnografia em forma de onda após 20 minutos de RCP, de acordo com as 
diretrizes de 2015 da AHA (SILVA, 2018, p. 20). 
Os cuidados pós PCR basicamente envolvem a realização de angiografia 
coronária, controle de temperatura e correção de hipotensão. 
A angiografia coronária é um exame radiológico que possibilita a observação 
das artérias das coronárias, o qual é recomendado em casos de emergência 
envolvendo infarto agudo do miocárdio com supradesnivelamento do segmento ST 
(IAMST) e para pacientes hemodinâmica ou eletricamente instáveis sem 
supradesnivelamento do segmento ST (AHA, 2015, p.15). 
A terapia fibrinolítica consiste em diminuir o tempo de isquemia no miocárdio, o 
que pode reduzir as complicações imediatas e tardias. Quando este tratamento 
estiver disponível para o tratamento de IAMST, é necessário dar preferência à 
triagem pré-hospitalar e executar o transporte direto a um centro de intervenção 
coronariana percutânea (AHA, 2015, p.17). 
Em casos onde ocorre o IAMST em um hospital sem a possibilidade de realizar 
a intervenção coronariana percutânea, é recomendado transferir o paciente 
imediatamente a uma unidade que possibilite essa intervenção, por isso, não é 
recomendado a fibrinólise imediata no hospital inicial. Quando não é possível 
realizar esta transferência em tempo adequado, a alternativa é iniciar o tratamento 
fibrinolítico com posterior angiografia (AHA2015, p.17). 
Os pacientes adultos em coma com retorno da circulação espontânea após a 
PCR devem passar por um controle direcionado de temperatura, mantida entre 32°C 
31 
 
 
 
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parte deste material pode ser reproduzida ou utilizada, seja por meios eletrônicos ou mecânicos, inclusive fotocópias ou 
gravações, ou, por sistemas de armazenagem e recuperação de dados – sem o consentimento por escrito do Grupo Prominas. 
e 36°C, durante no mínimo 24 horas, além disso, é recomendado evitar ativamente a 
febre nesses pacientes (AHA, 2015, p.15). 
Após a ressuscitação, as metas hemodinâmicas consistem em prevenir e 
corrigir a hipotensão arterial (sistólica menor que 90 mmHg e pressão arterial média 
menor que 65 mmHg) (AHA, 2015, p.15). 
Para melhor fixação do conteúdo, a Figura 21 demonstra o Algoritmo de PCR 
em adultos no SAV. 
 
Figura21 – Algoritmo circular de PCR em adultos 
 
Fonte: AHA(2018, p. 5). 
 
2.6 Suporte avançado de vida em pediatria 
 
O SAV em pediatria implica no acréscimo ao suporte básico de manobras 
invasivas para garantir ventilação e circulação. A seguir, serão abordados os tópicos 
específicos de RCP em pediatria: carga do choque para desfibrilação, tratamento 
medicamentoso e retorno da circulação espontânea. 
 
2.6.1 Qualidade da RCP 
A compressão torácica deve atingir 1/3 do diâmetro torácico anteroposterior, e 
frequência de 100-120/min., minimizando as interrupções e deve-se evitar a 
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gravações, ou, por sistemas de armazenagem e recuperação de dados – sem o consentimento por escrito do Grupo Prominas. 
ventilação excessiva. A relação compressão-ventilação é de 15:2 quando não tem 
via aérea avançada (AHA, 2018, p.5). 
 
2.6.2 Carga do choque para desfibrilação 
Em pacientes pediátricos, o primeiro choque acionado é de 2 J/kg e segundo 
choque de 4 J/kg. Os choques a seguir, devem ser iguais ou superiores a 4 J/kg, 
podendo atingir no máximo 10 J/kg (AHA, 2018, p.5). 
 
2.6.3 Tratamento medicamentoso 
A AHA (2018, p.5) recomenda o tratamento medicamentoso de PCR em 
pediatria, conforme descrito a seguir: 
a) Epinefrina: Dose IO/IV, de 0,01 mg/kg (0,1 ml/kg na concentração de 1:10.000), 
repetindo a cada 3 ou 5 minutos. Pode ser administrada via endotraqueal na dose 
de 0,1 mg/kg (0,1 ml/kg na concentração de 1:1.000). 
b) Amiodarona: Dose IO/IV de 5mg/kg em bolus, e pode ser repetida em casos de 
FV/TVSP refratária, no máximo duas vezes. 
c) Lidocaína: Dose IV/IO de 1 mg/kg, em infusão de 20 a 50 mcg/kg/min. 
 
2.6.4 Via aérea avançada 
Quando houver intubação endotraqueal ou via aérea supraglótica, a ventilação 
deve ser administrada na proporção de 1 ventilação a cada 6 segundos (10 
ventilações por minuto) (AHA, 2018, p.5). 
 
2.6.5 Retorno da circulação espontânea 
Após o retorno da circulação espontânea é necessário o monitoramento da 
pressão arterial, a fim de manter a pressão sistólica adequada e evitar hipotensão. 
Além disso, os socorristas devem evitar a hipoxemia, mantendo a normoxemia 
(saturação de oxi-hemoglobina de 94% ou mais) (AHA, 2015, p.24). 
 
 
 
 
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2.7 Ressuscitação neonatal 
 
A PCR neonatal ocorre pricipalmente por asfixia, por isso, o foco da 
ressuscitação inicial é a ventilação.Os principais tópicosneonatais abordados pela 
AHA em 2015 foram os seguintes: 
De acordo com a AHA (2015, p.25) ordem das três perguntas de avaliação 
consiste em: 
1) Gestação a termo? 
2) Bom tônus? 
3) Respira ou chora? 
O minuto de ouro (60 segundos) é importante para concluir os passos iniciais, 
reavaliar e iniciar a ventilação quando necessária, sem atrasos desnecessários 
(AHA, 2015, p.25). 
A temperatura do recém nascido (RN) deve ser registrada, sendo que em 
bebês não asfixiados deve manter entre 36,5 °C e 37,5 °Cdesde a admissão até 
aestabilização (AHA, 2015, p.25). 
Diversas estratégias devem ser adotadas para evitar a hipotermia, tais como: 
berços aquecidos, capa plástica com capuz, colchão térmico, aumento da 
temperatura ambiente, etc. Porém, a temperatura superior a 38 °C deve ser evitada 
(AHA, 2015, p.25). 
Quando os recursos são limitados durante as primeiras horas de vida do RN, o 
uso de capas plásticas e o contato pele a pele são medidas que podem reduzir a 
mortalidade (AHA, 2015, p.25). 
Ao nascimento, se o RN apresentar líquido amniótico meconial, tônus muscular 
insatisfatório e esforços respiratórios inadequados, é importante colocá-lo em um 
berço aquecido e iniciar ventilação pressão positiva (VPP), quando necessário. Se a 
via aérea estiver obstruída, a intervenção pode incluir intubação e aspiração (AHA, 
2015, p.25). 
É fundamental a avaliação da frequência cardíaca durante o primeiro minuto 
de ressuscitação, por isso, o ECG de três derivações pode ser utilizado para uma 
avaliação mais precisa, além da necessidade de avaliar a oxigenação do RN pela 
oximetria de pulso (AHA, 2015, p.25). 
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parte deste material pode ser reproduzida ou utilizada, seja por meios eletrônicos ou mecânicos, inclusive fotocópias ou 
gravações, ou, por sistemas de armazenagem e recuperação de dados – sem o consentimento por escrito do Grupo Prominas. 
A máscara laríngea é recomendada durante a ressuscitação de RN com 34 
semanas ou mais de gestação em situações onde a ventilação com máscara facial 
não é suficiente, ou a intubação traqueal é inviável (AHA, 2015, p.25). 
Embora faltem evidências científicas sobre o uso de oxigênio durante a RCP, é 
indicado o uso de oxigênio a 100% quando aplicado as compressões torácicas, 
sendo recomendada a diminuição gradativa de oxigênio quando recuperada a 
frequência cardíaca (AHA, 2015, p.25). 
 
FIQUE LIGADO 
Perguntas de avaliação neonatal: 
1) Gestação a termo? 
2) Bom tônus? 
3) Respira ou chora? 
 
 
 
 
 
 
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CAPÍTULO 3 - TRANSPORTE DE PACIENTES E CLASSIFICAÇÃO DE RISCOS 
 
3.1 Transporte de pacientes 
 
A implantação de redes regionalizadas e hierarquizadas de atendimento 
possibilitam a organização da assistência e articulação dos serviços, a fim de definir 
os fluxos e referências para que ocorra a promoção da universalidade do acesso, 
equidade e integralidade da assistência. Para isso, os sistemas Estaduais de 
urgência e emergência são estruturados de uma forma que envolve toda a rede 
assistencial, como a rede pré-hospitalar, (unidades básicas de saúde, programa de 
saúde da família, ambulatórios especializados, serviços de diagnóstico e terapias, 
unidades não hospitalares), serviços de atendimento pré-hospitalar móvel (SAMU, 
Resgate, ambulâncias do setor privado, etc.); e a rede hospitalar de alta 
complexidade, onde todos esses componentes se responsabilizam sobre 
determinada demanda de urgência, de acordo com as complexidades para promover 
a resolução. Esses níveis devem atuar de forma complementar, organizados e 
regulados com referência e contra referência, para que cada serviço faça o 
acolhimento e atenda adequadamente a demanda, e faça o encaminhamento 
quando o serviço não oferece os recursos necessários para o atendimento (BRASIL, 
2002, p.4). 
Na atenção em urgência e emergência, é fundamental que o transporte do 
paciente até o local de referência ocorra de maneira segura e com assistência 
adequada, a fim de atender as necessidades de cada caso. Para isso, o profissional 
de saúde deverá avaliar o paciente, realizar o atendimento inicial e preparar para o 
transporte, considerando que um transporte inadequado, pode resultar em sequelas 
ou até mesmo o óbito. 
O Enfermeiro e sua atuação na urgência e emergência é essencial no âmbito 
do gerenciamento e assistência, tendo em vista suas competências e atribuições: 
Supervisionar e avaliar as ações de enfermagem da equipe no Atendimento 
Pré­Hospitalar Móvel; executar prescrições médicas por telemedicina; 
prestar cuidados de enfermagem de maior complexidade técnica a 
pacientes graves e com risco de vida, que exijam conhecimentos científicos 
adequados e capacidade de tomar decisões imediatas; prestar a assistência 
de enfermagem à gestante, a parturiente e ao recém nato; realizar partos 
sem distócia; participar nos programas de treinamento e aprimoramento de 
pessoal de saúde em urgências, particularmente nos programas de 
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parte deste material pode ser reproduzida ou utilizada, seja por meios eletrônicos ou mecânicos, inclusive fotocópias ou 
gravações, ou, por sistemas de armazenagem e recuperação de dados – sem o consentimento por escrito do Grupo Prominas. 
educação continuada; fazer controle de qualidade do serviço nos aspectos 
inerentes à sua profissão; subsidiar os responsáveis pelo desenvolvimento 
de recursos humanos para as necessidades de educação continuada da 
equipe; obedecer a Lei do Exercício Profissional e o Código de Ética de 
Enfermagem; conhecer equipamentos e realizar manobras de extração 
manual de vítimas (BRASIL, 2002, p. 14). 
 
O nível pré-hospitalar móvel em urgência busca promover o atendimento 
precoce à vítima que tenha sofrido algum agravo à saúde, seja de origem clínica, 
traumática, psiquiátrica, entre outras. Sendo assim, o transporte deve ser 
hierarquizado e integrado ao Sistema Único de Saúde (SUS), vinculado a uma 
central de regulação, onde os veículos tenham os recursos necessários para atender 
a população. O acesso a esta central deve ser fácil, gratuita (192) e amplamente 
divulgada à comunidade, sendo que neste tipo de atendimento, o médico regulador 
avalia o caso, orienta e envia uma equipe de atendimento ao local (BRASIL, 2002, 
p.12). 
 
ATENÇÃO 
O médico regulador orienta a equipe de atendimento através de uma rede de 
comunicação entre a central, as ambulâncias e demais serviços. 
 
A limitação da região de cobertura deste serviço é previamente definida, 
conforme os aspectos demográficos, territoriais, populacionais, indicadores de 
saúde, ofertas de serviços, entre outros, sendo que os gestores devem pactuar as 
ações de acordo com a hierarquização e regionalização (BRASIL, 2002, p.12). 
 
FIQUE LIGADO 
Regionalização e Hierarquização: os serviços de saúde devem ser organizados 
conforme os níveis de complexidade, em determinada área geográfica. 
A Regionalização é referente a articulação entre os serviços existentes, enquanto a 
Hierarquização divide os níveis de atenção para garantir o acesso. 
 
Os serviços de atendimento pré-hospitalar móvel contam com profissionais da 
área da saúde, composta por: coordenador do serviço; responsável técnico 
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partedeste material pode ser reproduzida ou utilizada, seja por meios eletrônicos ou mecânicos, inclusive fotocópias ou 
gravações, ou, por sistemas de armazenagem e recuperação de dados – sem o consentimento por escrito do Grupo Prominas. 
(Médico); responsável de Enfermagem (Enfermeiro); Médicos reguladores; Médicos 
intervencionistas; Enfermeiros assistenciais; Auxiliares e Técnicos em Enfermagem. 
 
3.2 Veículos de atendimento pré-hospitalar móvel 
 
O Serviço de atendimento pré-hospitalar móvel, vinculado a uma central de 
regulação, conta com uma equipe e frota de veículos para atender as necessidades 
de saúde da população de um Município ou região, sendo que estes veículos serão 
descritos a seguir. 
 
3.2.1 Ambulâncias 
São veículos destinados exclusivamente ao transporte de enfermos, 
classificadas conforme a Portaria 2048 de 5 de novembro de 2002: 
 Tipo A: Ambulância de transporte: destinado ao transporte de 
pacientes de caráter eletivo, onde não apresentam risco de vida. 
 Tipo B: Ambulância de suporte básico, destinado ao transporte de 
pacientes com risco de vida conhecido no âmbito inter-hospitalar e ao 
atendimento pré-hospitalar com o risco de vida desconhecido, sem 
classificação da necessidade de intervenção médica durante o 
transporte. 
 Tipo C: Ambulância de Resgate, destinado a atender urgências pré-
hospitalares, em casos de vítimas de acidentes, ou outros, incluindo 
equipamentos de salvamento (aquático, terrestre e em alturas). 
 Tipo D: Ambulância de suporte avançado, destinado ao atendimento e 
transporte de pacientes em emergências pré-hospitalares, ou seja, 
pacientes de alto risco de vida, sendo assim, deve ter equipamentos 
necessários para a prestação de cuidados intensivos. 
 Tipo E: Aeronave de transporte médico, destinada ao transporte inter-
hospitalar e ações de resgate. 
 Tipo F- Embarcação de transporte médico por via marítima ou fluvial; 
possui equipamentos médicos para o atendimento conforme sua 
gravidade. 
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gravações, ou, por sistemas de armazenagem e recuperação de dados – sem o consentimento por escrito do Grupo Prominas. 
SAIBA MAIS 
As ambulâncias, de acordo com suas respectivas classificações, devem conter o 
mínimo de materiais e equipamentos determinados para garantir um atendimento 
pré-hospitalar com qualidade. Para saber mais sobre esse assunto, acesse: 
Definição dos materiais e equipamentos das ambulâncias: 
http://bvsms.saude.gov.br/bvs/saudelegis/gm/2002/prt2048_05_11_2002.html 
 
Os veículosde suporte avançado, como terrestres, aquáticos e aeronaves, 
devem conter os medicamentos obrigatórios, conforme quadro 6. 
 
Quadro 6- Medicamentos das Ambulâncias 
Lidocaína sem vasoconstritor; adrenalina, epinefrina, atropina; dopamina; 
aminofilina; dobutamina; hidrocortisona; glicose50% 
Soros: glicosado 5%; fisiológico 0,9%; ringer lactato 
Psicotrópicos: hidantoína; meperidina; diazepan; midazolan 
Medicamentos para analgesia e anestesia: fentanil, ketalar, quelecin 
Outros: água destilada; metoclopramida; dipirona; hioscina; dinitrato de 
isossorbitol; furosemide; amiodarona; lanatosideo C. 
Fonte: Brasil (2002, p.21). 
 
3.2.2 Tripulação das ambulâncias 
Os profissionais que atuam como tripulantes em serviços de atendimento pré-
hospitalar móvel devem ser habilitados e cumprir as exigências do conteúdo 
curricular. Esta tripulação é composta por profissionais, de acordo com a 
classificação das ambulâncias (Quadro 7). 
 
Quadro 7 – Classificação e tripulação das ambulâncias 
Classificação das 
ambulâncias 
Tripulação 
Ambulância tipo A 01 Motorista; 01 técnico ou auxiliar em Enfermagem 
Ambulância tipo B 01 Motorista; 01 técnico ou auxiliar em Enfermagem 
Ambulância tipo C 01 Motorista; 02 profissionais com certificação em 
salvamento e suporte básico de vida 
Ambulância tipo D 01 motorista; 01 Enfermeiro e 01 Médico 
Ambulância tipo E 
(Aeronave) 
Piloto; 01 Médico e 01 Enfermeiro 
Ambulância tipo F 
(Embarcações) 
SBV: Condutor; 01 auxiliar ou técnico em 
Enfermagem 
SAV: 01 Médico; 01 Enfermeiro 
Fonte: Brasil (2002, p.2). 
http://bvsms.saude.gov.br/bvs/saudelegis/gm/2002/prt2048_05_11_2002.html
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gravações, ou, por sistemas de armazenagem e recuperação de dados – sem o consentimento por escrito do Grupo Prominas. 
3.3 Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU) 
 
O SAMU é um componente da rede de atenção às urgências que tem como 
objetivo ordenar o fluxo assistencial e promover atendimento precoce e transporte 
adequado às vítimas, mediante veículos tripulados com equipes especializadas. 
A Portaria Nº 1.864, de 29 de setembro de 2003institui o componente pré-
hospitalar móvel da Política Nacional de Atenção às Urgências, por intermédio da 
implantação de Serviços de Atendimento Móvel de Urgência em Municípios e 
regiões de todo o território brasileiro: SAMU- 192. 
A Portaria nº 1.010, de 21 de maio de 2012 redefine as diretrizes para a 
implantação do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU 192) e sua 
Central de Regulação das Urgências. Para efeito desta Portaria, considera-se: 
SAMU 192: componente assistencial móvel da Rede de Atenção às 
Urgências que tem como objetivo chegar precocemente à vítima após ter 
ocorrido um agravo à sua saúde (de natureza clínica, cirúrgica, traumática, 
obstétrica, pediátrica, psiquiátrica, entre outras) que possa levar a 
sofrimento, à sequelas ou mesmo à morte, mediante o envio de veículos 
tripulados por equipe capacitada, acessado pelo número "192" e acionado 
por uma Central de Regulação das Urgências; 
Central de Regulação das Urgências: estrutura física constituída por 
profissionais (médicos, telefonistas auxiliares de regulação médica e rádio-
operadores) capacitados em regulação dos chamados telefônicos que 
demandam orientação e/ou atendimento de urgência, por meio de uma 
classificação e priorização das necessidades de assistência em urgência, 
além de ordenar o fluxo efetivo das referências e contrarreferências dentro 
de uma Rede de Atenção; 
Base Descentralizada: infraestrutura que garante tempo resposta de 
qualidade e racionalidade na utilização dos recursos do componente SAMU 
192 regional ou sediado em Município de grande extensão territorial e/ou 
baixa densidade demográfica, conforme definido no Plano de Ação 
Regional, com a configuração mínima necessária para abrigo, alimentação, 
conforto das equipes e estacionamento da(s) ambulância(s). 
 
Esta Portaria também define as espécies das unidades móveis para 
atendimento de urgência (Quadro 8). 
 
 
 
 
 
 
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parte deste material pode ser reproduzida ou utilizada, seja por meios eletrônicos ou mecânicos, inclusive fotocópias ou 
gravações, ou, por sistemas de armazenagem e recuperação de dados – sem o consentimento por escrito do Grupo Prominas. 
Quadro 8 – Espécies das unidades móveis de atendimento de urgência 
Classificação Tripulação 
Suporte Básico de Vida Terrestre No mínimo 2 (dois) profissionais, 
sendo um condutor de veículo de 
urgência e um técnico ou auxiliar de 
enfermagem. 
Suporte Avançado de Vida 
Terrestre 
No mínimo 3 (três) profissionais, sendo 
um condutor de veículo de urgência, 
um enfermeiro e um médico. 
Equipe de Aeromédico No mínimo um médico e um 
enfermeiro. 
Equipe de Embarcação No mínimo 2 (dois) ou 3 (três) 
profissionais, de acordo com o tipo deatendimento a ser realizado. 
SBV: condutor da embarcação e um 
auxiliar/ técnico de enfermagem 
SAV: um médico e um enfermeiro 
Motolância Conduzida por um profissional de nível 
técnico ou superior em enfermagem 
com treinamento para condução de 
motolância. 
Veículo de Intervenção Rápida 
(VIR) 
No mínimo um condutor de veículo de 
urgência, um médico e um enfermeiro. 
Fonte: Brasil, 2012. 
 
A central de regulação médica das urgências conta com uma estrutura física 
com atuação de médicos, telefonistas auxiliares de regulação médica e rádio 
operadores que prestam orientações e/ou atendimento de urgência; classificam as 
necessidades e ordenam o fluxo de atendimento. 
O SAMU também intermedia, através da central de regulação médica, as 
transferências inter-hospitalares de pacientes graves internados pelo Sistema Único 
de Saúde (SUS). Para isso, as necessidades do paciente são analisadas; as 
condições de sua recepção são conferidas e equipes apropriadas para a 
transferência são acionadas a fim de evitar interrupção no suporte hemodinâmico, 
ventilatório e medicamentoso (NEU, 2015) 
O Conselho Federal de Medicina (CFM), através da Resolução CFM nº 1.672, 
de 9 de julho de 2003, dispõe sobre o transporte inter-hospitalar de pacientes e dá 
outras providências, normatizando as condutas de transporte com segurança. Sendo 
assim, de acordo com essa Resolução, o sistema de transporte inter-hospitalar de 
pacientes, deve ser realizado conforme estabelecido abaixo: 
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parte deste material pode ser reproduzida ou utilizada, seja por meios eletrônicos ou mecânicos, inclusive fotocópias ou 
gravações, ou, por sistemas de armazenagem e recuperação de dados – sem o consentimento por escrito do Grupo Prominas. 
I- O hospital previamente estabelecido como referência não pode negar 
atendimento aos casos que se enquadrem em sua capacidade de 
resolução. 
II- Pacientes com risco de vida não podem ser removidos sem a prévia 
realização de diagnóstico médico, com obrigatória avaliação e atendimento 
básico respiratório e hemodinâmico, além da realização de outras medidas 
urgentes e específicas para cada caso. 
III- Pacientes graves ou de risco devem ser removidos acompanhados de 
equipe composta por tripulação mínima de um médico, um profissional de 
enfermagem e motorista, em ambulância de suporte avançado. Nas 
situações em que seja tecnicamente impossível o cumprimento desta 
norma, deve ser avaliado o risco potencial do transporte em relação à 
permanência do paciente no local de origem. 
IV- Antes de decidir a remoção do paciente, faz-se necessário realizar 
contato com o médico receptor ou diretor técnico no hospital de destino, e 
ter a concordância do(s) mesmo(s). 
V- Todas as ocorrências inerentes à transferência devem ser registradas no 
prontuário de origem. 
VI- Todo paciente removido deve ser acompanhado por relatório completo, 
legível e assinado (com número do CRM), que passará a integrar o 
prontuário no destino. Quando do recebimento, o relatório deve ser também 
assinado pelo médico receptor. 
VII- Para o transporte, faz-se necessária a obtenção de consentimento após 
esclarecimento, por escrito, assinado pelo paciente ou seu responsável 
legal. Isto pode ser dispensado quando houver risco de morte e 
impossibilidade de localização do(s) responsável(is). Nesta circunstância, o 
médico solicitante pode autorizar o transporte, documentando devidamente 
tal fato no prontuário. 
VIII- A responsabilidade inicial da remoção é do médico transferente, 
assistente ou substituto, até que o paciente seja efetivamente recebido pelo 
médico receptor(CFM,2003). 
 
Quando o transporte é realizado por ambulância do tipo D, E ou F, a 
responsabilidade pelo transporte é do médico da ambulância, até a chegada ao local 
de destino(CFM,2003). 
O transporte de paciente neonatal deve ser feito em ambulância tipo D, 
aeronave ou nave, e deve conter: incubadora de transporte de recém-nascido 
devidamente fixada na ambulância, com bateria e ligação à tomada do veículo; 
suporte em seu próprio pedestal para cilindro de oxigênio e ar comprimido; controle 
de temperatura com alarme; respirador de transporte neonatal; 
além disso, deve conter a mesma aparelhagem e medicamentos de suporte 
avançado, específicos para o uso neonatal. (CFM,2003). 
É fundamental que o transporte do paciente seja realizado de modo seguro, e 
com embasamento científico. Para isso é fundamental que a equipe responsável 
pelo transporte tenha como fundamento o planejamento das ações; coordenação; 
comunicação; equipamento e monitorização. 
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parte deste material pode ser reproduzida ou utilizada, seja por meios eletrônicos ou mecânicos, inclusive fotocópias ou 
gravações, ou, por sistemas de armazenagem e recuperação de dados – sem o consentimento por escrito do Grupo Prominas. 
O estudo de Braga et. al., (2019, p.7) apontou as principais dificuldades do 
atendimento pré-hospitalar descritas na literatura nos últimos 10 anos, onde 
identificou falta de integração entre os serviços, déficit de materiais, falta de 
capacitação dos profissionais, demandas não pertinentes, falha na comunicação 
entre os serviços, carência de protocolos específicos, entre outros. Abordaram a 
necessidade de atualizações profissionais para que o atendimento seja realizado 
com técnicas seguras e ocorram investimentos em recursos humanos e materiais. 
Além disso, a população precisa ser orientada sobre o uso adequado desses 
serviços, a fim de evitar o uso equivocado, com chamadas onde a assistência é 
desnecessária. 
 
3.4 Classificação de risco 
 
O Ministério da Saúde (MS), criou em 2003 a Política Nacional de 
Humanização (PNH) – HumanizaSUS, um eixo norteador para as práticas de gestão 
e assistência, o qual envolve a participação de todos os sujeitos nos diversos 
processos de trabalho em saúde, tendo em vista que a humanização em saúde 
inclui o usuário, trabalhadores e gestores (SILVA et. al.,2011). 
De acordo com essa política, os serviços de urgência e emergência devem ter 
critérios de avaliação de risco, acolher e incluir toda a demanda e os serviços devem 
garantir a resolução das necessidades do paciente, oferecendo estrutura e 
transferências necessárias. Os serviços devem adotar a gestão participativa, 
também devem fazer a identificação da equipe, acolher o usuário e fornecer todas 
as informações necessárias (BRASIL, 2003, p.7). 
Com o surgimento da Política Nacional de Humanização, os serviços de saúde 
precisaram se reorganizar para garantir à população atendimento resolutivo, 
humanizado e com acolhimento adequado, diante dessa necessidade, houve a 
proposta de implementar o acolhimento com classificação de risco. 
A classificação de risco é utilizada nos serviços de urgência e emergência para 
avaliar pacientes que necessitam de atendimento imediato, conforme seu potencial 
de risco, agravo à saúde ou determinado grau de sofrimento. 
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gravações, ou, por sistemas de armazenagem e recuperação de dados – sem o consentimento por escrito do Grupo Prominas. 
O acolhimento enquanto triagem classificatória: “[...] deve ser realizado por 
profissional de saúde, de nível superior, mediante treinamento específico e utilização 
de protocolos preestabelecidos e tem por objetivo avaliar o grau de urgência das 
queixas dos pacientes, colocando-os em ordem de prioridade para o atendimento”. 
Após a triagem e realização do atendimento, o paciente deve ter encaminhamento

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