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Autonomia, privacidade e confidencialidade - bioetica

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Autonomia, privacidade e 
confidencialidade 
Autonomia 
• A autodeterminação expressa a essência do ser. 
• A ação humana é de responsabilidade pessoal, 
mas reporta-se também à comunidade; 
 • Não se realiza de modo isolado, e sim em 
contato com outras pessoas; 
• Envolve agir de forma consciente, ordenada e 
com respeito aos direitos do outro. 
Autonomia do Paciente 
 • É considerada como respeito à sua vontade, ao 
seu direito de autogovernar-se e à participação 
ativa no seu processo terapêutico, é relativamente 
recente na história da medicina brasileira. 
 • Existia uma tendência paternalista na conduta 
dos profissionais que ocultavam de seus pacientes 
informações sobre seus quadros clínicos e, 
especialmente, sobre os riscos dos tratamentos 
indicados. 
 • A conduta paternalista revelava-se tanto na 
sonegação das informações, quanto no 
induzimento do paciente ao meio de tratamento 
que o profissional entendesse ser o mais 
recomendado. 
• A autonomia do paciente era relativizada pela 
ideia de que o profissional sabia o que era melhor 
para seu paciente. 
• A autonomia do paciente manifesta-se, de forma 
mais evidente, na ocasião em que este consente à 
realização do tratamento, após devidamente 
informado. 
• A autorização livre e consciente do paciente para 
a prática dos atos diagnósticos ou terapêuticos 
sobre o seu corpo (incluído o psiquismo), é o 
momento da relação médico-paciente onde a sua 
autonomia ganha maior expressão, e torna-se mais 
concreta. 
• Em nenhum momento o sistema jurídico brasileiro 
indica, inequivocamente, que a autonomia do 
indivíduo, sobre sua própria vida e saúde, é 
absoluta, pelo contrário, a análise da constituição 
federal e legislação infraconstitucional aponta 
restrições. 
• Desta maneira, o paciente não tem a autonomia 
de solicitar o enceramento de sua vida 
(EUTANÁSIA). 
Privacidade 
 • É um direito individual que contempla situações 
relacionadas à proteção da intimidade dos sujeitos, 
respeito à dignidade, limitação de acesso ao corpo, 
aos objetos íntimos, aos relacionamentos 
familiares e sociais. 
• A enfermagem tem como desafio a reflexão ética 
sobre a responsabilidade e compromisso de suas 
ações. 
Confidencialidade 
• Garantia da confidencialidade, além de estimular 
o vínculo profissionalpaciente, pode favorecer a 
adesão ao tratamento e a tomada de decisões 
mais autônomas, ao assegurar ao paciente a não 
exposição de circunstâncias de sua vida pessoal. 
• O sigilo, nesse contexto, funciona como 
mecanismo de proteção ao paciente no tocante a 
seus valores e vivências pessoais, lastreando a 
necessária confiança na relaçãomédico-paciente. 
Sigilo Profissional 
Código de Ética dos Profissionais de Enfermagem 
(Cepe) – Resolução Cofen 311/2007 no art. 82 traz 
como dever dos profissionais: “manter segredo 
sobre fato sigiloso de que tenha conhecimento em 
razão de sua atividade profissional, exceto casos 
previstos em lei, ordem judicial ou com o 
consentimento escrito da pessoa envolvida ou de 
seu representante legal”. 
Código Penal Brasileiro, define no art. 154 o crime 
de violação do segredo profissional quando 
“revelar a alguém, sem justa causa, segredo de 
que tem ciência em razão de função, ministério, 
ofício ou profissão e cuja revelação possa produzir 
dano a outrem”. 
• A regra geral de não revelar segredo possui 
exceções, como vista no art. 82 do Cepe. 
• A primeira delas diz respeito aos casos previstos 
em lei, como é exemplo quando ocorre um crime. 
 
Um crime deve ser comunicado quando o paciente 
não for exposto a procedimento criminal, como 
determina o art. 66 da Lei das Contravenções 
Penais, o qual é crime de omissão de comunicação 
do fato quando o profissional deixar de relatar à 
autoridade competente “crime de ação pública, de 
que teve conhecimento no exercício de profissão 
sanitária, desde que a ação penal não dependa de 
representação e a comunicação não exponha o 
cliente a procedimento criminal”. 
• O Código de Ética dos Profissionais de 
Enfermagem explica no art. 82, § 3º, que “o 
profissional de enfermagem intimado como 
testemunha deverá comparecer perante a 
autoridade e, se for o caso, declarar seu 
impedimento de revelar o segredo”. 
• Ainda, no caput do art. 82, há outra exceção, que 
permite a divulgação de segredo com o 
consentimento da pessoa envolvida, o que 
corrobora o Código de Processo Penal. E, mesmo 
no falecimento do envolvido e fato de 
conhecimento de todos, o profissional não deve 
revelar o segredo. 
 • A Resolução Cofen 311/2007, outrossim, no art. 
82, § 2º, afirma que “em atividade multiprofissional, 
o fato sigiloso poderá ser revelado quando 
necessário à prestação da assistência”(7:82) 
 
• § 4º do art. 82, trata do segredo relativo ao menor 
de idade: “O segredo profissional referente ao 
menor de idade deverá ser mantido, mesmo 
quando a revelação seja solicitada por pais ou 
responsáveis, desde que o menor tenha 
capacidade de discernimento, exceto nos casos 
em que possa acarretar danos ou riscos ao 
mesmo” (mapa conceitual 3). 
 • A Resolução Cofen 311/2007 mostra a 
responsabilidade do enfermeiro ao determinar, no 
art. 83, que é seu dever “orientar, na condição de 
enfermeiro, a equipe sob sua 
responsabilidade,sobre o dever do sigilo 
profissional”. 
 
QUEBRA DO SIGILO 
A enfermeira do hospital São Carlos, de Fortaleza, 
que filmou Neymar chegando para os exames que 
comprovaram a fratura na vértebra será demitida. 
A informação é do jornal Diário de São Paulo. No 
vídeo postado na internet, o jogador passa 
chorando na maca e entra na enfermaria. A 
mulher, então, passa a filmar o próprio rosto, faz o 
sinal do V com a mão, manda um beijo para a 
câmera e dá uma risada.... 
A enfermagem, a morte, o morrer e 
os cuidados paliativos 
Processo de Morrer na Humanidade 
• Aumento da expectativa de vida; 
• Antigamente, as doenças levavam à morte 
aguda: epidemias, cardiopatias. 
• Morte (5 dias) ou cura. 
• Atualmente, muitas doenças levam a uma morte 
lenta: câncer. 
 • Morte (5 anos): processo de morrer. 
• Avanços científicos e tecnológicos são os 
precursores do processo de morrer: 
• medicamentos 
• equipamentos 
 • identificação precoce da doença 
• capacitação profissional 
Profissionais da saúde nos cuidados paliativos 
no processo de morrer 
• Compreender o fato do paciente ter uma doença 
incurável ou em fase terminal não o intitula como 
resíduo biológico para quem nada pode ser feito. 
 • Reconhecer os limites e evitar os excessos. 
 • Considerar a dor total (medo, ansiedade, solidão, 
tristeza). Não devem ser tratadas apenas com 
medicamentos. 
• Analgesia. 
 • Diálogo 
• Trabalhar a qualidade das relações (continuidade, 
vínculo, abertura, confiança). 
A Morte e o Morrer 
• Antigamente o critério para se dizer que alguém 
estava morto era a cessação da respiração e dos 
batimentos cardíacos. 
• Hoje, para se dizer que alguém está morto 
baseia-se na função cerebral. 
 • Uma pessoa é considerada morta quando: 
 • as funções espontâneas cardíacas e 
respiratórias cessaram definitivamente ou 
• verificou-se uma cessação irreversível de toda a 
função cerebral. 
• Surgem, portanto, novos problemas no ponto de 
vista ético e técnico. 
• A determinação do estado de morte de uma 
pessoa permite do ponto de vista ético suspender 
as tentativas de ressuscitação e, em vários países 
onde a lei permite, extrair órgãos do cadáver 
sempre que se tenham cumprido os requisitos 
legais de consentimento. 
Eutanásia 
• Significa literalmente “morte sem dor ou fim 
sofrimento”: morte boa. 
 1.Eutanásia ativa: ato de proporcionar morte sem 
sofrimento a um doente voluntária ou 
involuntariamente. 
 2.Eutanásia passiva: caracteriza pela omissão de 
condutas terapêuticas que prolongariam a vida 
humana. 
• Dilemas éticos sem respostas. 
• Pluralidadede opiniões. 
 • Necessidades diante do ato da vida e da morte: 
• Brasil: considerada como homicídio ou suicídio 
assistido. 
• Liberada: Holanda e Bélgica. 
Países onde a eutanásia é legalizada: 
• A eutanásia ativa ou o suicídio assistido são 
legalizados na Holanda, Bélgica, Suíça, 
Luxemburgo, Alemanha, Colômbia, Canadá e em 
alguns estados dos Estados Unidos. Estes países 
consideram que a pessoa maior de idade, com 
consentimento esclarecido e assinado, ou menor 
com o consentimento dos pais, tem o direito de 
decidir morrer, em situações específicas, como no 
caso de uma doença incurável e que cause 
sofrimento. 
 • Não possui nenhuma menção no Código Penal 
Brasileiro (1940), nem na Constituição Federal. 
 • No Brasil quando algo semelhante acontece, 
recebe o nome de homicídio ou suicídio. 
 • A enfermagem tem trabalhado seus valores e 
suas crenças ao cuidado das pessoas que estão 
morrendo dentro das instituições de saúde 
• Por enquanto, a enfermagem é totalmente contra 
a eutanásia e é PROIBIDOque algum enfermeiro, 
auxiliar ou técnico em enfermagem, indique, 
discuta ou presencie a eutanásia. “Artigo no 29, 
quanto às proibições: 
• Promover a eutanásia ou participar em prática 
destinada a antecipar a morte do cliente” 
Distanásia 
• Conceituada pelo Dicionário Aurélio como “morte 
lenta, ansiosa e com muito sofrimento”. 
• Trata-se de um neologismo, de origem grega: o 
prefixo dys significa ‘ato defeituoso’ ou ‘errado’ e a 
palavra thánatos significa morte. 
 • A distanásia, portanto, é o prolongamento 
exagerado da agonia, sofrimento e morte de um 
paciente, modo de adiar a morte, tornando-a um 
processo lento, com grandes sofrimentos. 
 • Caracterizada pelo tratamento fútil ou inútil. 
Ortotanásia 
• Termo utilizado pelos médicos para definir a 
morte natural, sem interferência da ciência, 
permitindo ao paciente morte digna, sem 
sofrimento, deixando a evolução e percurso da 
doença. Portanto, evitam-se métodos 
extraordinários de suporte de vida, como 
medicamentos e aparelhos, em pacientes 
irrecuperáveis e que já foram submetidos a suporte 
avançado de vida. 
• Designada para falar da morte digna, sem 
sofrimentos adicionais. 
 • Morte em seu tempo certo. 
 • É a arte de morrer bem. 
 • Supostamente, morte sem sofrimento.

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