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Lei 8.112 - ENAP

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SISTEMA DE ENSINO
DIREITO 
ADMINISTRATIVO
Lei n. 8.112/1990 – Servidores Públicos
Livro Eletrônico
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Diogo Surdi
Lei n. 8.112/1990 – Servidores Públicos 
DIREITO ADMINISTRATIVO
Apresentação .................................................................................................................4
Lei n. 8.112/1990 – Servidores Públicos ..........................................................................5
1. Abrangência e Linha do Tempo ....................................................................................5
1.1. Concurso Público ......................................................................................................6
1.2. Provimento ..............................................................................................................8
1.3. Posse ..................................................................................................................... 16
1.4. Exercício ................................................................................................................ 18
1.5. Estágio Probatório ................................................................................................ 20
1.6. Estabilidade ...........................................................................................................22
1.7. Vacância .................................................................................................................23
2. Remoção, Redistribuição e Substituição....................................................................26
2.1. Remoção ................................................................................................................26
2.2. Redistribuição ...................................................................................................... 30
2.3. Substituição ..........................................................................................................32
3. Direitos e Vantagens ................................................................................................33
3.1. Vencimento e Remuneração ...................................................................................34
3.2. Indenizações ..........................................................................................................36
3.3. Gratificações e Adicionais ...................................................................................... 41
3.4. Férias ....................................................................................................................46
3.5. Licenças ................................................................................................................47
3.6. Afastamentos .......................................................................................................53
3.7. Concessões ...........................................................................................................54
3.8. Direito de Petição ..................................................................................................55
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Lei n. 8.112/1990 – Servidores Públicos 
DIREITO ADMINISTRATIVO
4. Regime Disciplinar ....................................................................................................56
4.1. Deveres .................................................................................................................57
4.2. Proibições ............................................................................................................ 58
4.3. Acumulação de Cargos ..........................................................................................62
4.4. Responsabilidades .................................................................................................64
4.5. Penalidades ...........................................................................................................67
5. Processo Administrativo Disciplinar ..........................................................................71
6. Seguridade Social do Servidor ..................................................................................78
6.1. Beneficiários ..........................................................................................................78
6.2. Benefícios .............................................................................................................79
Resumo ........................................................................................................................93
Mapas Mentais ............................................................................................................ 101
Questões de Concurso ................................................................................................ 104
Gabarito ......................................................................................................................137
Gabarito Comentado ................................................................................................... 139
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Diogo Surdi
Lei n. 8.112/1990 – Servidores Públicos 
DIREITO ADMINISTRATIVO
ApresentAção
Olá, tudo bem? Espero que sim!
Na aula de hoje, estudaremos todos os detalhes sobre a Lei n. 8.112/1990, norma que 
estabelece o Estatuto dos Servidores Públicos da União.
Grande abraço e boa aula!
Diogo
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Lei n. 8.112/1990 – Servidores Públicos 
DIREITO ADMINISTRATIVO
LEI N. 8.112/1990 – SERVIDORES PÚBLICOS
1. AbrAngênciA e LinhA do tempo
A Lei n. 8.112/1990 institui o regime jurídico dos servidores públicos civis da União, das 
autarquias federais (inclusive as em regime especial) e das fundações públicas federais. É por 
meio das disposições da mencionada lei, desta forma, que os servidores federais estatutários 
encontram todos os direitos e garantias a eles conferidos, bem como os requisitos para o seu 
exercício.
No entanto, as disposições da Lei n. 8.112/1990 não se aplicam a todos os agentes pú-
blicos, mas sim apenas aos servidores públicos civis federais, o que implica em dizer que os 
empregados públicos federais, regidos pela CLT, não estão compreendidos dentro do campo 
de atuação do estatuto federal.
Da mesma forma, a norma não se aplica aos servidores públicos estatutários dos demais 
entes federativos, tal como os Estados e os Municípios. Ainda que estes servidores sejam 
regidos por um estatuto, caberá ao respectivo ente federativo, por meio de lei, a sua edição.
A Lei n. 8.112/1990 é aplicada A Lei n. 8.112/1990 não é aplicada
Aos servidores estatutários da administração direta 
federal.
Aos empregados públicos federais, que são regidos 
pelas disposições da CLT.
Aos servidores das autarquias (inclusive as em 
regime especial) federais.
Aos servidores públicos dos Estados, do Distrito 
Federal e dos Municípios.
Aos servidores das fundações públicas federais. Aos militares.A linha do tempo do serviço público é uma forma de compreendermos todo o processo de 
ingresso, desenvolvimento e saída de um respectivo servidor no serviço público. Por meio de 
sua análise, nos permitirá ter uma visão global de todas as etapas e facilitará a compreensão 
dos diversos institutos aos quais os servidores federais estão sujeitos.
Desta forma, a linha do tempo do serviço público compreende, basicamente, as seguintes 
fases: a) concurso, b) provimento, c) posse, d) exercício, e) estágio probatório, f) estabilidade 
e g) vacância.
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Lei n. 8.112/1990 – Servidores Públicos 
DIREITO ADMINISTRATIVO
1.1. concurso púbLico
O concurso público é a forma objetiva de selecionar servidores, primando pelo princípio da 
impessoalidade e assegurando igualdade de condições a todos os candidatos.
No entanto, não é de qualquer forma que tal processo pode ser realizado. Caso assim o 
fosse, seria muito fácil para administradores mal intencionados fraudar as regras previstas e 
conceder certos favorecimentos para determinados candidatos, desrespeitando gravemente 
a impessoalidade, princípio basilar de toda a atividade administrativa.
Por isso mesmo é que a Lei n. 8.112/1990 se preocupou em estabelecer diversas regras 
a serem observadas pela administração pública quando da realização de concurso público. 
Tais regras, salienta-se, devem observar as disposições constitucionais sobre a forma de 
realização dos concursos públicos, disposições estas de observância obrigatória para toda a 
administração pública.
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Lei n. 8.112/1990 – Servidores Públicos 
DIREITO ADMINISTRATIVO
Em seus artigos 11 e 12, a Lei n. 8.112/1990 assim estabelece:
Art. 11. O concurso será de provas ou de provas e títulos, podendo ser realizado em duas etapas, 
conforme dispuserem a lei e o regulamento do respectivo plano de carreira, condicionada a inscri-
ção do candidato ao pagamento do valor fixado no edital, quando indispensável ao seu custeio, e 
ressalvadas as hipóteses de isenção nele expressamente previstas.
Art. 12. O concurso público terá validade de até 2 (dois) anos, podendo ser prorrogado uma única 
vez, por igual período.
§ 1º O prazo de validade do concurso e as condições de sua realização serão fixados em edital, que 
será publicado no Diário Oficial da União e em jornal diário de grande circulação.
§ 2º Não se abrirá novo concurso enquanto houver candidato aprovado em concurso anterior com 
prazo de validade não expirado.
Percebam que o concurso público poderá ser de provas ou de provas e títulos, mas nunca, 
para os servidores regidos pela Lei n. 8.112/1990, poderá ser exclusivamente de títulos.
Da mesma forma, o concurso terá validade de até dois anos, e a sua prorrogação, que 
poderá ocorrer uma única vez, deverá ser pelo mesmo prazo inicialmente previsto para a va-
lidade do certame.
Exemplo: poderá a administração, por exemplo, realizar concurso com prazo de validade de 
1 ano, estabelecendo no edital que o prazo ali estabelecido poderá ser prorrogado uma única 
vez, por igual período.
Assim, vencido o prazo do concurso, pode a administração (trata-se de uma faculdade) pror-
rogar a validade do mesmo por mais 1 ano ou realizar um novo concurso.
E poderá a administração publicar edital de concurso com o prazo de validade de 2 anos, 
improrrogáveis?
Perfeitamente, pois nenhuma regra foi desrespeitada. O que houve apenas foi que a adminis-
tração, discricionariamente, optou por não estabelecer a possibilidade de prorrogação.
E se fosse publicado um edital com prazo de 1 ano, estabelecendo a possibilidade de prorro-
gação por 3 vezes e estando, por isso mesmo, com prazo total inferior a 4 anos, seria válido?
Ainda que o prazo total de 4 anos não tenha sido superado (2 + 2), foi desrespeitada a regra 
de uma única prorrogação, devendo o edital ser considerado nulo neste aspecto.
E se tivemos um edital regulamentando um concurso e estabelecendo como prazo de validade 
2 anos, com a possibilidade de prorrogação por 1 ano. Estaria a administração, nesta situa-
ção, respeitando a Lei n. 8.112/1990?
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Lei n. 8.112/1990 – Servidores Públicos 
DIREITO ADMINISTRATIVO
Aqui, temos uma situação interessante: uma única prorrogação e o prazo total respeitado. 
No entanto, além destas regras, não podemos nos esquecer que a prorrogação, em todos os 
casos, deve ser pelo mesmo período inicialmente previsto no edital: 1 ano + 1 ano, 2 anos + 2 
anos, 6 meses + 6 meses.
1.2. provimento
Realizado o concurso, é o momento de a administração chamar os candidatos aprovados. 
Tal como ocorre com o prazo de validade, uma série de regras devem ser estabelecidas pela 
respectiva administração.
Desta forma, o provimento dos cargos públicos far-se-á mediante ato da autoridade com-
petente de cada Poder, que deverá observar, conforme as regras estabelecidas no edital, um 
limite mínimo de provimentos para as pessoas portadoras de deficiência.
Tal limite, atualmente, é de até 20% das vagas oferecidas no concurso.
Situação interessante ocorre com a possibilidade de os estrangeiros ocuparem cargos 
públicos. Com a entrada em vigor da Emenda Constitucional 19, o artigo 37, I, da Constituição 
Federal passou a vigorar da seguinte forma:
Art. 37. A administração pública direta e indireta de qualquer dos Poderes da União, dos Estados, 
do Distrito Federal e dos Municípios obedecerá aos princípios de legalidade, impessoalidade, mo-
ralidade, publicidade e eficiência e, também, ao seguinte:
I – os cargos, empregos e funções públicas são acessíveis aos brasileiros que preencham os requi-
sitos estabelecidos em lei, assim como aos estrangeiros, na forma da lei.
Trata-se o inciso em questão de uma norma constitucional de eficácia limitada, carecen-
do de regulamentação para que possa produzir efeitos jurídicos.
No âmbito federal, coube à Lei n. 8.112/1990 estabelecer, em seu artigo 5º, § 3º, as situa-
ções em que os estrangeiros poderão ocupar cargos públicos.
As universidades e instituições de pesquisa científica e tecnológica federais poderão prover seus 
cargos com professores, técnicos e cientistas estrangeiros, de acordo com as normas e os proce-
dimentos desta Lei.
Claramente se percebe que o objetivo da norma federal foi incentivar a pesquisa e o de-
senvolvimento tecnológico nacional, possibilitando que profissionais qualificados de outros 
países venham incrementar o desenvolvimento nacional em determinadas áreas.
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Lei n. 8.112/1990 – Servidores Públicos 
DIREITO ADMINISTRATIVOA Lei n. 8.112/1990 estabelece diversas formas de provimento de cargo público, sendo 
elas a nomeação, a promoção, a readaptação, a reversão, o aproveitamento, a reintegração e 
a recondução.
Destas, apenas a nomeação é considerada forma originária de provimento, sendo que to-
das as demais são classificadas como formas de provimento derivadas.
De acordo com Celso Antônio Bandeira de Mello, as formas de provimento derivado 
previstas no estatuto federal podem ser classificadas em vertical, horizontal ou por 
reingresso.
Nesta classificação, a forma de provimento derivado vertical seria aquela em que o ser-
vidor, já atuando na administração pública, passa para um cargo de nível mais elevado na 
carreira. Trata-se, em nosso ordenamento, da promoção.
O provimento derivado horizontal, por sua vez, ocorre quando o servidor não ascende nem 
é rebaixado profissionalmente, mas sim posicionado em um cargo com as mesmas atribui-
ções e responsabilidades do anteriormente ocupado. Das hipóteses da Lei n. 8.112/1990, 
apenas a readaptação se enquadra em tal classificação.
Por fim, temos as formas de provimento derivado por reingresso, que são aquelas em que 
o servidor retorna para o serviço público após ter sido dele desligado. São classificadas nesta 
categoria a reversão, a recondução, a reintegração e o aproveitamento.
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Lei n. 8.112/1990 – Servidores Públicos 
DIREITO ADMINISTRATIVO
Como forma de facilitar a compreensão das formas de provimento previstas na Lei n. 
8.112/1990, veremos cada uma delas:
Nomeação
Trata-se a nomeação do modo clássico de prover o servidor no cargo público, podendo 
ocorrer tanto para os cargos efetivos quanto para os cargos em comissão.
No caso dos cargos efetivos, também chamados de cargo isolado de provimento efetivo 
ou cargo de carreira, a nomeação, necessariamente, precisa de aprovação em concurso 
público anteriormente realizado.
Para os cargos em comissão, uma vez que são considerados como de livre nomeação e 
exoneração, tal característica nem sempre está presente.
E isso ocorre porque os cargos em comissão são destinados às funções de direção, chefia 
e assessoramento, podendo, por isso mesmo, ser livremente escolhidos pela autoridade 
nomeante, que pode optar por provê-los com um servidor de carreira ou com uma pessoa 
até então estranha aos quadros funcionais do serviço público.
Promoção
A promoção ocorre quando o servidor é elevado para outra classe no âmbito da mesma 
carreira, ocorrendo, com o provimento, a vacância no cargo de classe mais baixa e o pro-
vimento no cargo de classe mais alta.
Como resultado, ocorre simultaneamente uma vacância e um provimento, não gerando 
saldo a ser reposto pela administração.
Vejamos o seguinte exemplo: No âmbito do Poder Judiciário, os cargos são estruturados 
em três classes, sendo elas denominadas de A, B e C. Cada uma destas classes é subdi-
vidida em padrões, de forma que o servidor, ao entrar em exercício, ocupa a classe inicial 
A e o padrão inicial 1.
Após o período de 1 ano de efeito exercício, o servidor passa para o padrão subsequente, 
permanecendo, contudo, na mesma classe.
No nosso caso, o servidor passou de A1 para A2. Ao chegar ao último padrão da classe a 
que pertence, no entanto, temos a passagem de uma classe para outra da carreira, opor-
tunidade em que ocorre a promoção.
Com ela, o servidor, que até então ocupava a classe A, passa a ocupar a classe B.
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Readaptação
A readaptação ocorre quando o servidor sofre uma limitação em sua capacidade física ou 
mental, mas ainda pode trabalhar, não sendo o caso de aposentadoria.
Como exemplo, podemos citar um acidente no qual o servidor ficou impossibilitado de 
digitar. Se anteriormente tal servidor era responsável pela confecção das intimações e 
citações no órgão em que atuava, não há, com a limitação ocorrida, a possibilidade de o 
servidor continuar exercendo tais atividades.
Mas percebam que o servidor não está impossibilitado para o serviço público, podendo 
perfeitamente exercer atividades que não exijam o esforço repetitivo de digitação.
Nesta situação, a administração coloca o servidor em um cargo compatível com a limi-
tação sofrida. No entanto, para que isso seja possível, devem ser observadas algumas 
características, conforme estabelece o artigo 24, § 2º, da Lei n. 8.112/1990:
“A readaptação será efetivada em cargo de atribuições afins, respeitada a habilitação 
exigida, nível de escolaridade e equivalência de vencimentos e, na hipótese de ine-
xistência de cargo vago, o servidor exercerá suas atribuições como excedente, até a 
ocorrência de vaga.”
Caso o servidor seja considerado incapaz para o serviço público, ocorrerá a aposentado-
ria do respectivo agente público.
Questão 1 (CEBRASPE/CESPE/TJ/STM/APOIO ESPECIALIZADO/PROGRAMAÇÃO DE SIS-
TEMAS/2018) Acerca do acesso à informação, dos servidores públicos e do processo admi-
nistrativo no âmbito federal, julgue o item que se segue.
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DIREITO ADMINISTRATIVO
Se sofrer um acidente que o leve à incapacidade física, o servidor público federal poderá ser 
readaptado em cargo de atribuições e responsabilidades compatíveis com as suas limita-
ções, ficando em disponibilidade até a vacância do cargo adequado.
Errado.
Inicialmente, vejamos as disposições do artigo 24 da Lei n. 8.112/1990, que apresenta a regra 
acerca da readaptação.
Art. 24. Readaptação é a investidura do servidor em cargo de atribuições e responsabilidades com-
patíveis com a limitação que tenha sofrido em sua capacidade física ou mental verificada em ins-
peção médica.
§ 1º Se julgado incapaz para o serviço público, o readaptando será aposentado.
§ 2º A readaptação será efetivada em cargo de atribuições afins, respeitada a habilitação exigida, 
nível de escolaridade e equivalência de vencimentos e, na hipótese de inexistência de cargo vago, 
o servidor exercerá suas atribuições como excedente, até a ocorrência de vaga.
Logo, em caso de inexistência de cargo vago, o servidor exercerá suas atribuições como exce-
dente, não ficando em disponibilidade, conforme erroneamente afirmado pela questão.
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Reversão
Reversão é o retorno à atividade do servidor anteriormente aposentado, desde que aten-
didas as regras estabelecidas pelo Poder Executivo e desde que o servidor não tenha 
atingido a idade de 70 anos.
Tal forma de provimentopode ocorrer de duas formas:
1) Por invalidez, quando junta médica oficial declarar insubsistentes os motivos da apo-
sentadoria.
2) No interesse da administração, desde que, neste caso, o servidor obedeça a uma série 
de regras:
a) tenha solicitado a reversão;
b) a aposentadoria tenha sido voluntária;
c) estável quando na atividade;
d) a aposentadoria tenha ocorrido nos cinco anos anteriores à solicitação;
e) haja cargo vago;
Como não poderia deixar de ser, a reversão será feita para o mesmo cargo anteriormente 
ocupado pelo servidor, ou então para o cargo resultante de uma possível transformação.
Com a reversão, o servidor volta a receber a remuneração que anteriormente recebia, 
com todas as vantagens de caráter pessoal eventualmente existentes.
No caso de reversão por invalidez, tendo a junta médica declarado que os motivos ale-
gados pelo servidor, para aposentar-se, são insubsistentes, deverá ele retornar para o 
serviço público ainda que não haja cargo vago, em plena sintonia com o princípio da 
indisponibilidade do interesse público.
Nesta situação, deverá o servidor exercer suas atribuições como excedente.
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Lei n. 8.112/1990 – Servidores Públicos 
DIREITO ADMINISTRATIVO
Aproveitamento
O aproveitamento pode ser entendido como o chamado, feito pela administração pública, 
para que o servidor público em disponibilidade volte a exercer suas atividades.
Tal forma de provimento encontra previsão no artigo 30 da Lei n. 8.112/1990, que assim 
dispõe:
“O retorno à atividade de servidor em disponibilidade far-se-á mediante aproveitamento 
obrigatório em cargo de atribuições e vencimentos compatíveis com o anteriormente 
ocupado.”
Não entrando em exercício no prazo legal, a disponibilidade será cassada e o respectivo 
aproveitamento será tornado sem efeito.
Recondução
Recondução é a forma de provimento em que ocorre o retorno do servidor ao cargo ante-
riormente ocupado.
Duas são as situações, de acordo com o artigo 29 da Lei n. 8.112/1990, que ensejam a 
recondução do servidor, sendo que ambas decorrem da estabilidade por ele alcançada no 
serviço público.
“Recondução é o retorno do servidor estável ao cargo anteriormente ocupado e decorrerá 
de: I – inabilitação em estágio probatório relativo a outro cargo; II – reintegração do ante-
rior ocupante.”
Em ambas as situações apresentadas, o servidor público federal já é estável no serviço 
público, de forma que uma possível inabilitação em estágio probatório relativo a outro 
concurso por ele prestado não possui o efeito, por si só, de acarretar a exoneração do 
servidor.
Da mesma forma, caso ele passe a exercer as atribuições de um cargo até então ocupado 
por um servidor demitido, e este, posteriormente, consiga anular a sua demissão na jus-
tiça, sendo reintegrado ao cargo que ocupava, não poderá o servidor estável ser exone-
rado, devendo ser reconduzido ao cargo onde adquiriu a estabilidade.
Ressalta-se que a possibilidade de recondução não é um direito extensível, por analogia, aos 
servidores estatutários das demais esferas federativas. Desta forma, para que a recondução seja 
possível, deverão os entes estabelecer tal previsão nos respectivos estatutos funcionais de seus 
servidores, conforme entendeu o STJ no julgamento do RMS 46.438, realizado em 2015:
Não é possível a aplicação, por analogia, do instituto da recondução previsto no art. 29, 
I, da Lei n. 8.112/1990/1990 a servidor público estadual na hipótese em que o ordena-
mento jurídico do estado for omisso acerca desse direito. Isso porque a analogia das 
legislações estaduais e municipais com a Lei n. 8.112/1990/1990 somente é possível 
se houver omissão no tocante a direito de cunho constitucional autoaplicável que seria 
necessário para suprir a omissão da legislação estadual, bem como que a situação não 
dê azo ao aumento de gastos.
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DIREITO ADMINISTRATIVO
Reintegração
A reintegração consiste no retorno do servidor anteriormente demitido ao cargo ante-
riormente ocupado ou no cargo resultante de sua transformação, com ressarcimento de 
todas as vantagens.
Para isso, a demissão deverá ter sido invalidada por decisão administrativa ou judicial.
Grande controvérsia reside nos efeitos da reintegração para o servidor eventualmente 
ocupante da vaga decorrente de demissão.
Isso porque a Lei n. 8.112/1990 determina que “encontrando-se provido o cargo, o seu 
eventual ocupante será reconduzido ao cargo de origem, sem direito à indenização ou 
aproveitado em outro cargo, ou, ainda, posto em disponibilidade”.
Vejamos: Um servidor X é demitido e entra com uma ação judicial de reintegração. A 
administração pública nomeia o servidor Y para o cargo vago, que passa a exercer nor-
malmente suas atribuições.
Posteriormente, o servidor X ganha na justiça o direito de ser reintegrado com todas as 
vantagens.
E o que acontece com o servidor Y, caso este ainda não seja estável e, por isso mesmo, 
não puder ser reconduzido ou posto em disponibilidade?
Durante muito tempo, a doutrina chegou a afirmar que caberia a cada ente federativo 
disciplinar os efeitos desta situação, sendo que diversas Constituições Estaduais e Leis 
Orgânicas afirmavam que o servidor deveria ser exonerado.
Nos dias atuais, percebe-se que a possibilidade de exoneração não é viável, haja vista que 
o novo servidor é um terceiro de boa-fé que não pode ser prejudicado por atos anteriores 
da administração.
Desta forma, em caso de reintegração, o eventual servidor não estável deverá ser mantido 
como excedente.
Questão 2 (CEBRASPE/CESPE/AJ/STM/JUDICIÁRIA/”SEM ESPECIALIDADE”/2018) Acerca 
das regras aplicáveis aos servidores públicos do Poder Judiciário, e considerando o que dis-
põe a Lei n.º 8.112/1990 e a Lei n.º 11.416/2006, julgue o item a seguir.
Provimento é o ato emanado da pessoa física designada para ocupar um cargo público, por 
meio do qual ela inicia o exercício da função a que fora nomeada.
Errado.
O provimento não implica o início da função para o qual a pessoa eventualmente foi nomeada. 
Isso na medida em que a nomeação se trata de uma mera convocação do particular aprovado 
em concurso público.
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DIREITO ADMINISTRATIVO
Após o provimento, deverá ocorrer a posse (quando o particular passa à condição de agente 
público) e o exercício (quando efetivamente tem início o desempenho das atribuições referen-
tes ao cargo público).
1.3. posse
Ocorrendo a nomeação, que deve ser publicada no Diário Oficial da União, o nomeado tem 
o prazo de 30 dias para tomar posse. Caso não tome posse no prazo legal, o ato de nomeação 
será declarado sem efeito, uma vez que a pessoa nomeada ainda não é considerada servidor 
público, fato que apenas ocorre com a posse.
Constitui a posse, dessa forma, o momento em que os candidatos aprovados e anterior-
mente nomeados têm o primeiro contato coma administração pública, passando, a partir de 
então, a serem servidores públicos e estando legalmente investidos em cargo público.
Neste sentido, merece destaque os conceitos de cargo e de servidor público apresentados 
pela Lei n. 8.112/1990, conforme se observa da leitura dos artigos 2º e 3º da norma:
Art. 2º Para os efeitos desta Lei, servidor é a pessoa legalmente investida em cargo público.
Art. 3º Cargo público é o conjunto de atribuições e responsabilidades previstas na estrutura orga-
nizacional que devem ser cometidas a um servidor.
Assim, podemos definir servidor público como a pessoa anteriormente aprovada em con-
curso público, nomeada (ato de provimento) e que dentro do prazo legal (30 dias) tomou pos-
se perante a autoridade competente.
Ao se tornar servidor, o particular passa a ser titular de um cargo público, que é o conjunto 
de responsabilidades e atribuições, definidas em lei, que o agora agente público terá na sua 
carreira profissional.
Os cargos públicos, ainda que sejam, em sua maioria, providos para efetivo exercício, po-
dem também ser utilizados para provimento em comissão.
O provimento em comissão é utilizado pela administração pública para as funções de 
direção, chefia e assessoramento, oportunidades em que as pessoas designadas poderão ou 
não já ser integrantes do serviço público.
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DIREITO ADMINISTRATIVO
A Lei n. 8.112/1990 apresenta, ainda, regras procedimentais sobre a forma como ocorrerá 
a posse dos servidores públicos. Neste sentido é o teor dos artigos 13 e 14 da norma federal:
Art. 13. A posse dar-se-á pela assinatura do respectivo termo, no qual deverão constar as atribui-
ções, os deveres, as responsabilidades e os direitos inerentes ao cargo ocupado, que não poderão 
ser alterados unilateralmente, por qualquer das partes, ressalvados os atos de ofício previstos em lei.
§ 3º A posse poderá dar-se mediante procuração específica.
§ 4º Só haverá posse nos casos de provimento de cargo por nomeação.
§ 5º No ato da posse, o servidor apresentará declaração de bens e valores que constituem seu 
patrimônio e declaração quanto ao exercício ou não de outro cargo, emprego ou função pública.
Art. 14. A posse em cargo público dependerá de prévia inspeção médica oficial.
Parágrafo único. Só poderá ser empossado aquele que for julgado apto física e mentalmente para 
o exercício do cargo.
A Lei n. 8.112/1990, em seu artigo 5º, relaciona os requisitos que devem obrigato-
riamente ser exigidos para que possa ocorrer a investidura em cargo público. Tais re-
quisitos devem ser comprovados no momento da posse, sendo inconstitucional norma 
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DIREITO ADMINISTRATIVO
que estabeleça outro momento para a sua exigência, tal como a inscrição ou a data da 
realização das provas.
Nos termos da lei, são os seguintes os requisitos exigidos na data da posse: I – a naciona-
lidade brasileira; II – o gozo dos direitos políticos; III – a quitação com as obrigações militares 
e eleitorais; IV – o nível de escolaridade exigido para o exercício do cargo; V – a idade mínima 
de dezoito anos; VI – aptidão física e mental.
Frisa-se que a lista apresentada não é exaustiva, podendo ser exigidos, em virtude das 
atribuições do cargo, outros requisitos estabelecidos em lei, tal como a comprovação de ex-
periência mínima no ramo de atividade e a aprovação em curso de formação.
Questão 3 (CEBRASPE/CESPE/ASS ADM/EBSERH/2018) Acerca do regime jurídico dos 
servidores públicos federais, julgue o item a seguir.
A investidura em cargo público ocorre com a nomeação devidamente publicada em 
diário oficial.
Errado.
De acordo com o artigo 7º da Lei n. 8.112/1990, “a investidura em cargo público ocorrerá com 
a posse”.
1.4. exercício
Ocorrendo a posse, temos a investidura de mais um servidor para os quadros funcionais 
da administração pública federal. E como forma do servidor conhecer o local da repartição 
para onde foi nomeado e se organizar-se melhor com relação a mudanças, hospedagem e 
demais procedimentos, a Lei n. 8.112/1990 faculta ao servidor o prazo de 15 dias, contados 
da posse, para a entrada em exercício.
Caso o servidor anteriormente empossado não entre em exercício no prazo legal, 
teremos, ao contrário do que ocorre com a nomeação, a exoneração do servidor, uma 
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vez que, conforme anteriormente mencionado, a posse é o momento em que o particular 
passa a constar nos assentamentos funcionais da administração, sendo considerado, a 
partir de então, servidor público.
Com a nomeação isso não ocorre, tratando-se esta, apenas, de uma forma de “chamar” o 
candidato nomeado. Por isso mesmo, caso o particular não atenda ao chamado público, o ato 
apenas será tornado sem efeito, acarretando, como consequência, a nomeação do candidato 
classificado na posição subsequente.
Tais institutos podem ser mais bem visualizados, com os seus respectivos efeitos, por 
meio do gráfico a seguir:
Constitui o exercício o efetivo desempenho do cargo público ou da função de confiança. 
Nos termos da Lei n. 8.112/1990, compete à autoridade para onde foi nomeado o servidor 
todas as instruções e orientações necessárias para que o servidor preste suas atividades 
adequadamente.
É durante o exercício do servidor que todas os demais institutos se fazem presentes, de 
forma que passa ele a contar com uma série de direitos e de obrigações, submetendo-se a 
um período de estágio probatório e adquirindo, caso cumpra os requisitos previstos em lei, a 
estabilidade.
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1.5. estágio probAtório
A partir da data em que entra em exercício, inicia-se, para o servidor ocupante de cargo 
efetivo, o estágio probatório, período de avaliação onde diversos fatores são levados em con-
ta para a verificação da aptidão e da capacidade do agente público.
O instituto do estágio probatório está intimamente ligado ao princípio da eficiência, sendo 
um dos momentos em que a administração pode verificar se o servidor atende às condições 
por ela exigidas.
Tais condições, de acordo com a Lei n. 8.112/1990, são as seguintes: a) assiduidade; b) 
disciplina; c) capacidade de iniciativa; d) produtividade; e) responsabilidade.
Ainda que o texto da Lei n. 8.112/1990 afirme que o período de estágio probatório é de 24 
meses, deve-se ressaltar que, com a entrada em vigorda Emenda Constitucional 19, ocorrida 
em 1998, o período para aquisição da estabilidade passou a ser de 3 anos.
Assim, ainda que a Constituição Federal nada mencione acerca do período necessário 
para a aquisição de estabilidade, o entendimento esposado por toda a doutrina majoritária é 
de que o período de estágio probatório deve ser de 3 anos, sendo este o prazo utilizado, atu-
almente, no âmbito do serviço público federal.
Durante o estágio probatório, o servidor faz jus a uma grande quantidade de direitos, tais 
como as licenças e os afastamentos. As exceções, como não poderia ser diferente, são muito 
exigidas pelas bancas organizadoras. Para facilitar a assimilação, relaciona-se a seguir as 
licenças e os afastamentos que podem ou não ser usufruídos pelos servidores públicos fede-
rais que se encontrem em estágio probatório.
Licenças e afastamentos passíveis de utilização no 
estágio probatório
Licenças e afastamentos que não podem ser utiliza-
dos no estágio probatório
Licença por motivo de doença em pessoa da família. Licença para capacitação.
Licença por motivo de afastamento do cônjuge ou 
companheiro.
Licença para tratar de interesses particulares.
Licença para o serviço militar. Licença para desempenho de mandato classista.
Licença para atividade política.
Afastamento para exercício de mandato eletivo.
Afastamento para estudo ou missão no exterior.
Afastamento para servir em organismo internacional 
de que o Brasil participe ou com o qual coopere.
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Uma forma bastante conhecida de memorizar as situações apresentadas é por meio das 
licenças e afastamentos que não podem ser concedidas ao servidor, que, em conjunto, for-
mam o mnemônico “MA-TRA-CA”, ou seja, mandato classista, tratamento de interesses par-
ticulares e capacitação.
A avaliação do servidor que se encontra em estágio probatório deve ser periódica e de 
acordo com a periodicidade prevista em regulamento de cada órgão. Quatro meses antes 
de findo o período do estágio, a avaliação de desempenho do servidor, que será realizada 
por comissão constituída para esta finalidade, será submetida à homologação da autoridade 
competente.
Tendo o servidor sido aprovado no estágio probatório, passa a adquirir a estabilidade, que, 
ressalta-se, vale para todo o serviço público, e não apenas para o cargo público que o servidor 
eventualmente ocupa.
Caso não seja aprovado, os efeitos, para o servidor, poderão ser dois:
• caso o servidor já seja estável, terá ele direito de ser reconduzido ao cargo anteriormen-
te ocupado. Nesta hipótese, caso o cargo anteriormente ocupado já esteja preenchido 
por outra pessoa, o servidor inabilitado será aproveitado em outro, a critério da admi-
nistração;
• caso o servidor não seja estável, a inabilitação no estágio probatório acarreta a exone-
ração do cargo público, oportunidade em que o vínculo com o Poder Público é rompido.
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1.6. estAbiLidAde
A estabilidade constitui uma das principais garantias dos servidores públicos esta-
tutários. Por meio dela, objetiva-se proporcionar que o servidor desempenhe suas atri-
buições sem a coação das autoridades superiores, que, não fosse a estabilidade, pode-
riam condicionar determinados comportamentos dos servidores à exoneração do cargo 
público.
Como anteriormente mencionado, a estabilidade ocorre no âmbito do serviço público, e 
não do cargo em que o servidor se encontra investigo. Neste sentido, merece destaque o en-
tendimento de José dos Santos Carvalho Filho:
A estabilidade é instituto que guarda relação com o serviço, e não com o cargo. Emana daí que, se 
o servidor já adquiriu estabilidade no serviço ocupando determinado cargo, não precisará de novo 
estágio probatório no caso de permanecer em sua carreira, cujos patamares são alcançados nor-
malmente pelo sistema de promoções.
Não se trata a estabilidade, no entanto, de uma regra absoluta, uma vez que não existem 
direitos e garantias com esta qualidade.
Caso assim o fosse, estaríamos diante de um sério risco de engessamento do serviço 
público, com a possibilidade surreal de termos servidores praticando faltas graves contra a 
administração sem a possibilidade de demissão.
Para que isso não ocorra, a Lei n. 8.112/1990 estabelece, em seu artigo 22, as hipóteses 
em que o servidor público federal estável poderá perder o cargo:
O servidor estável só perderá o cargo em virtude de sentença judicial transitada em julgado ou de 
processo administrativo disciplinar no qual lhe seja assegurada ampla defesa.
Além delas, temos duas outras possibilidades extraídas do texto da Constituição Federal, 
sendo elas o procedimento de avaliação periódica e a redução de despesas quando os entes 
federativos não observarem o limite máximo de gastos com pessoal.
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1.7. vAcânciA
As diversas hipóteses de vacância são situações em que o servidor público deixa o cargo 
público anteriormente ocupado. Tais situações podem ser de caráter definitivo, oportunidade 
em que o agente estatal rompe o seu vínculo com o Poder Público, ou então tratar-se de hipó-
teses em que ocorre a simples troca dos cargos ocupados pelo servidor.
Vejamos, tal como feito com as situações de provimento, as hipóteses de vacância pre-
vistas no estatuto federal, que podem ser mais bem visualizadas por meio da tabela adiante:
Exoneração
A exoneração não se trata de uma forma de punição do agente público, mas sim do 
rompimento do vínculo mantido entre o servidor e a administração pública federal. Tal 
forma de vacância pode ocorrer de maneira voluntária ou involuntária.
É voluntária quando a exoneração ocorre a pedido do servidor. Tratando-se de exo-
neração de ofício, de iniciativa do Poder Público, estaremos diante da exoneração 
involuntária.
De acordo com a Lei n. 8.112/1990, apenas em duas situações teremos a exoneração 
involuntária (de ofício) do servidor público ocupante de cargo efetivo:
a) Quando não satisfeitas as condições do estágio probatório;
b) Quando, tendo tomado posse, o servidor não entrar em exercício no prazo estabe-
lecido, que é de 15 dias.
Quando se tratar de cargo em comissão, tendo em vista que estes são de livre nomea-
ção e exoneração e possuem a característica da transitoriedade, a exoneração poderá 
ocorrer, a qualquer tempo, à pedido do servidor (voluntária) ou de ofício, no interesse 
da administração (involuntária).
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Demissão
Ao contrário da exoneração, que é a saída não punitiva do servidor, as situações 
que acarretam a demissão são hipóteses previstas em lei em que o servidor comete 
alguma infração disciplinar ou não observa determinadas normas previstas no esta-
tuto funcional.
A depender da gravidade da conduta, conforme será visto oportunamente, a demissão 
acarretará a impossibilidade de o servidor retornar ao serviço público dentro do prazo 
de 5 anos ou até mesmo indefinidamente.
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Aposentadoria
Trata-se da forma de vacância natural, onde o servidor, após atender as condições 
previstas na Constituição Federal, rompe o seu vínculo com o Poder Público, passando 
a receber proventos decorrentes da inatividade.
Falecimento
Com o falecimento, ocorre a vacância no cargo público, que será, após a publicação no 
diário oficial, objeto de preenchimento por novo servidor público.
Posse em cargo
inacumulável
A posse em cargo inacumulável trata-se da hipótese de vacância em que o servidor 
público deixa de ocupar um cargo público para ingressar, sem quebra de vínculo com 
o Poder Público, em outro órgão ou entidade do mesmo ente federativo.
Como exemplo, podemos apresentar um particular que tenha sido aprovado para o 
cargo de Técnico Judiciário de um tribunal do Poder Judiciário federal.
Posteriormente, o servidor é aprovado para o cargo de Auditor-Fiscal da Receita Fede-
ral do Brasil, cargo que, ainda que integrante do Poder Executivo, pertence à mesma 
esfera federativa.
Nesta situação, como forma de não perder o tempo de serviço público prestado como 
Técnico Judiciário, bem como utilizar os dias trabalhados na contagem de férias e 
demais verbas acessórias, o servidor solicita vacância no órgão de origem com base 
em posse em cargo inacumulável.
Caso, em sentido oposto, ele apenas tivesse solicitado exoneração, haveria a quebra 
do vínculo com Poder Público, sujeitando-se o servidor às eventuais regras instituídas 
antes da sua investidura no novo cargo.
Promoção
Como vimos nas hipóteses de provimento, com a promoção o servidor é alçado a uma 
nova classe na carreira, de forma que o cargo anteriormente ocupado fica vago.
Por isso mesmo, esta é uma das hipóteses em que ocorre, simultaneamente, um pro-
vimento e uma vacância.
Readaptação
Da mesma forma como ocorre com a promoção, a readaptação é uma forma tanto de 
provimento quanto de vacância.
Vejamos: Se o servidor sofreu uma limitação (física ou mental) e tem que ser aprovei-
tado em um cargo compatível com a limitação sofrida, é certo que o cargo anterior-
mente ocupado pelo servidor ficará vago.
Dessa forma, a administração coloca o servidor em um cargo compatível com a limita-
ção sofrida (provimento), ao passo que o cargo anteriormente ocupado fica vago para 
ser ocupado por outra pessoa (vacância).
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Das hipóteses apresentadas pela Lei n. 8.112/1990 como situações de vacância, duas 
delas constituem, da mesma forma, hipóteses de provimento, sendo elas a readaptação 
e a promoção.
2. remoção, redistribuição e substituição
2.1. remoção
A remoção pode ser entendida como o “deslocamento do servidor, a pedido ou de ofício, 
no âmbito do mesmo quadro, com ou sem mudança de sede”, conforme determina o artigo 36 
da Lei n. 8.112/1990.
Do conceito legal, nota-se que a remoção (que não é uma forma de provimento em cargo 
público), pode ocorrer tanto por iniciativa do servidor quanto por iniciativa do Poder Público. 
Neste mesmo sentido, poderá a remoção dar-se com ou sem a mudança da sede onde o ser-
vidor desempenha suas atribuições.
Na remoção de ofício, é o interesse da administração que é levado em conta, sem margem 
de opção para a análise da vontade do servidor.
Na remoção a pedido, em sentido oposto, é a vontade do servidor que é levada em conta, 
tratando-se de um ato, via de regra, discricionário do Poder Público. Por isso mesmo, a admi-
nistração deve levar em conta a conveniência e a oportunidade para deferir ou não o pedido 
de remoção.
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DIREITO ADMINISTRATIVO
Em determinadas situações, no entanto, teremos a remoção por iniciativa do servidor sem 
que possa a administração analisar o mérito da questão, tratando-se, por isso mesmo, de um 
ato vinculado e que deve, obrigatoriamente, ser deferido pelo Poder Público.
Três são as situações, de acordo com a Lei n. 8.112/1990 (art. 36, III), que ensejam o de-
ferimento da remoção independente da vontade da administração:
• para acompanhar cônjuge ou companheiro, também servidor público civil ou militar, de 
qualquer dos Poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, que 
foi deslocado no interesse da Administração;
• por motivo de saúde do servidor, cônjuge, companheiro ou dependente que viva às 
suas expensas e conste do seu assentamento funcional, condicionada à comprovação 
por junta médica oficial;
• em virtude de processo seletivo promovido, na hipótese em que o número de interes-
sados for superior ao número de vagas, de acordo com normas preestabelecidas pelo 
órgão ou entidade em que aqueles estejam lotados.
Da análise das hipóteses de remoção, verifica-se que quando a administração, de ofício, 
resolve remover o servidor, o que está sendo levado em conta é apenas a vontade do próprio 
poder estatal, independentemente do servidor concordar ou não com tal procedimento.
Já na remoção a pedido, temos duas possibilidades: o pedido ter sido formulado pelo 
servidor e haver a possibilidade da administração aceitar ou não tal situação, com base no 
interesse desta, e a situação em que o pedido de remoção ocorre por parte do servidor, não 
restando alternativa para a administração pública que não seja o seu deferimento.
Nesta última hipótese, ou seja, quando a administração se encontra vinculada ao pedido 
do servidor público, princípios basilares como a saúde e a manutenção do núcleo familiar são 
levados em conta.
Exemplo: na hipótese da remoção para acompanhar cônjuge, também servidor, que tenha 
sido removido no interesse da administração, objetiva-se assegurar a manutenção do núcleo 
familiar, evitando-se que uma remoção de iniciativa do Poder Público torne inviável a relação 
até então existente.
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Lei n. 8.112/1990 – ServidoresPúblicos 
DIREITO ADMINISTRATIVO
De acordo com o entendimento do STF, não é necessário, no âmbito da remoção para 
acompanhar cônjuge ou companheiro, que ambos sejam regidos pelas disposições da Lei n. 
8.112/1990, mas sim apenas um dos cônjuges, conforme se observa, por exemplo, do teor do 
Mandado de Segurança 23.058:
Havendo a transferência, de ofício, do cônjuge da impetrante, empregado da Caixa Eco-
nômica Federal, para a cidade de Fortaleza/CE, tem ela, servidora ocupante de cargo no 
Tribunal de Contas da União, direito líquido e certo de também ser removida, indepen-
dentemente da existência de vagas.
No caso, estávamos diante de uma funcionária da Caixa Econômica Federal (empresa pú-
blica) que fora removida de ofício. Ainda que tal funcionária não seja regida pelas disposições 
da Lei n. 8.112/1990, mas sim pelas regras previstas na CLT, o seu cônjuge, que é servidor do 
TCU (regido pelo estatuto federal) tem direito à remoção de ofício.
Tal hipótese de remoção, no entanto, não deve ser confundida com as hipóteses em 
que um dos cônjuges ou companheiros é aprovado em concurso público para outro órgão 
ou entidade.
Nestes casos, como a quebra do vínculo familiar não se deu em função de uma ação do 
Poder Público, mas sim como decorrência da vontade de um dos membros do casal, não há 
que se falar em direito à remoção para acompanhar cônjuge, conforme entendimento do STJ 
(REsp 616.831):
Hipótese em que não há falar em deslocamento do servidor público no interesse da 
Administração, uma vez que se trata de primeiro provimento de cargo e o servidor tinha 
conhecimento de que seu exercício seria, necessariamente, no Estado do Rio de Janeiro, 
tendo em vista a natureza estadual do órgão para o qual foi nomeado. Inexiste, portanto, 
direito líquido e certo da recorrente à remoção.
Por fim, ainda no âmbito da remoção para acompanhar cônjuge, o STJ possui entendi-
mento de que não há direito à remoção quando o casal não morava, inicialmente, na mes-
ma localidade. Neste sentido, destaca-se a pedagógica decisão proferida no âmbito do REsp 
1.209.391:
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Servidor público federal lotado no interior do Estado da Paraíba requereu a sua remoção 
para a capital do estado ou, alternativamente, a lotação provisória em qualquer outro 
órgão da Administração Federal direta, autárquica ou fundacional para acompanhar 
a esposa, servidora pública federal, removida de ofício de Campina Grande para João 
Pessoa. Apesar de a esposa do autor ter sido removida de ofício, o apelante não faz jus 
à remoção para a sede do TRE/PB, visto que o casal não residia na mesma localidade 
antes da remoção da esposa. Portanto, o Estado não se omitiu do seu dever de prote-
ger a unidade familiar, que ocorre quando há o afastamento do convívio familiar direto e 
diário de um dos seus integrantes.
Questão 4 (CEBRASPE/CESPE/AJ/STM/JUDICIÁRIA/”SEM ESPECIALIDADE”/2018) Acerca 
das regras aplicáveis aos servidores públicos do Poder Judiciário, e considerando o que dis-
põe a Lei n.º 8.112/1990 e a Lei n.º 11.416/2006, julgue o item a seguir.
A legislação que dispõe sobre o regime estatutário prevê a possibilidade de o servidor públi-
co, em determinadas hipóteses, pedir remoção para outra localidade, independentemente do 
interesse da administração pública.
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Certo.
Assim como informa a questão, o texto da Lei n. 8.112/1990 elenca três situações em que o 
servidor público federal poderá pedir remoção para outra localidade independente do interes-
se da Administração Pública.
Art. 36. Remoção é o deslocamento do servidor, a pedido ou de ofício, no âmbito do mesmo quadro, 
com ou sem mudança de sede.
Parágrafo único. Para fins do disposto neste artigo, entende-se por modalidades de remoção
III – a pedido, para outra localidade, independentemente do interesse da Administração:
a) para acompanhar cônjuge ou companheiro, também servidor público civil ou militar, de qualquer 
dos Poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, que foi deslocado no in-
teresse da Administração;
b) por motivo de saúde do servidor, cônjuge, companheiro ou dependente que viva às suas expensas 
e conste do seu assentamento funcional, condicionada à comprovação por junta médica oficial;
c) em virtude de processo seletivo promovido, na hipótese em que o número de interessados for 
superior ao número de vagas, de acordo com normas preestabelecidas pelo órgão ou entidade em 
que aqueles estejam lotados.
2.2. redistribuição
A redistribuição é o deslocamento de cargo de provimento efetivo, esteja ou não ele ocu-
pado, e desde que tal deslocamento ocorra para outro órgão ou entidade, mas sempre no 
âmbito do mesmo Poder.
Exemplo: determinado servidor foi aprovado em um concurso público da esfera federal, sendo 
lotado em uma repartição onde o número de servidores que ocupavam o mesmo quadro que 
ele totalizava 15 pessoas.
Neste órgão, as lotações são definidas com base no total de atendimentos realizados por 
semestre. Assim, se a sua repartição não tiver atendido, no semestre atual, um número supe-
rior de pessoas que no semestre anterior, perderá alguns dos cargos da lotação padrão.
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Nesta hipótese, teremos a redistribuição de cargos, fazendo com que certo número de 
cargos pertencentes à repartição do servidor seja redistribuído para outra repartição, 
integrante do mesmo Poder, que tenha realizado um maior número de atendimentos no 
semestre.
Para que a redistribuição seja feita, faz-se necessário, ainda, que alguns requisitos sejam 
atendidos, sendo eles:
• interesse da administração;
• equivalência de vencimentos;
• manutenção da essência das atribuições do cargo;
• vinculação entre os graus de responsabilidade e complexidade das atividades;
• mesmo nível de escolaridade, especialidade ou habilitação profissional;
• compatibilidade entre as atribuições do cargo e as finalidades institucionais do órgão 
ou entidade.
A redistribuição também poderá ocorrer com a finalidade de ajuste de lotação ou nos 
casos de reorganização e extinção do órgão ou entidade. Tratando-se de cargos efetivos 
que se encontrem vagos, a realização da redistribuição deverá ser realizada em conjunto 
entre o SIPEC (Sistema de pessoal civil da administração pública) e os órgãos ou entida-
des envolvidas.
Caso, no entanto, ocorra a extinção de um órgão ou entidade e os servidores não sejam 
redistribuídos, deverão os mesmos ser mantidos em disponibilidade. Caso não sejam colo-
cados em disponibilidade, deverão ser mantidos sob responsabilidade do SIPEC até o seu 
adequado aproveitamento.
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Tanto nas situações de remoção quanto de redistribuição, quando ocorrer a mudança de 
Município onde o servidor passe a desempenhar as suas atribuições, deverá ser a ele assegu-
rado um prazo de trânsito para a entrada em exercício, que, nos termos da Lei n. 8.112/1990, 
será de no mínimo 10 dias e de no máximo 30 dias.
Os institutos da remoção e da redistribuição podem ser diferenciados por meio da seguin-
te tabela:
Remoção Redistribuição
Não se trata de uma forma de provimento. Não se trata de uma forma de provimento.
Não altera o contingente funcional. Não altera o contingente funcional.
Trata-se do deslocamento de servidor. Trata-se do deslocamento de cargo.
Destina-se a assegurar a preservação de valores 
como a saúde do servidor e o núcleo familiar.
Trata-se de uma forma de organização da adminis-
tração pública.
Quando ocorrer a mudança de Município, deve ser 
conferido um prazo de 10 a 30 dias para a entrada 
em exercício.
Quando ocorrer a mudança de Município, deve ser 
conferido um prazo de 10 a 30 dias para a entrada 
em exercício.
2.3. substituição
A substituição trata-se de instituto decorrente do princípio da continuidade dos serviços 
públicos. Com ela, objetiva-se que o serviço não seja interrompido em razão da ausência do 
titular da função. Caso assim não fosse, a coletividade usuária do serviço prestado é que seria 
prejudicada pela sua interrupção.
Todos os órgãos ou entidades possuem cargos de chefia e funções de direção, sendo que 
os servidores que ocupam tais funções, além de receber um adicional pelo exercício desem-
penhado, exercem atividades que exigem um maior nível de responsabilidade.
Assim, quando os titulares desses cargos se ausentam (como, por exemplo, nas férias, 
licenças ou afastamentos admitidos pela Lei n. 8.112/1990), o substituto, que deve ser ante-
riormente designado, assume cumulativamente, ou seja, sem prejuízo do cargo que ocupa, o 
exercício temporário das atribuições do titular.
Como contrapartida, recebe um adicional durante o período em que durar a substituição.
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As regras acerca da substituição estão expressas nos §§ 1º e 2º do artigo 38 da Lei n. 
8.112/1990, que assim dispõe:
Os servidores investidos em cargo ou função de direção ou chefia e os ocupantes de cargo de 
Natureza Especial terão substitutos indicados no regimento interno ou, no caso de omissão, pre-
viamente designados pelo dirigente máximo do órgão ou entidade.
O substituto assumirá automática e cumulativamente, sem prejuízo do cargo que ocupa, o exercí-
cio do cargo ou função de direção ou chefia e os de Natureza Especial, nos afastamentos, impedi-
mentos legais ou regulamentares do titular e na vacância do cargo, hipóteses em que deverá optar 
pela remuneração de um deles durante o respectivo período.
O substituto fará jus à retribuição pelo exercício do cargo ou função de direção ou chefia ou de car-
go de Natureza Especial, nos casos dos afastamentos ou impedimentos legais do titular, superio-
res a trinta dias consecutivos, paga na proporção dos dias de efetiva substituição, que excederem 
o referido período.
Da análise dos dispositivos mencionados, percebe-se que o servidor, quando substituir 
o titular, pode, quando o período não exceder a 30 dias, optar pela remuneração que deseja 
receber, se aquela do cargo em que originalmente atua ou a do servidor substituído.
Após o prazo de 30 dias, e tendo continuado a substituição, o servidor substituto passa a 
receber a remuneração do titular da função, sem a possibilidade de optar por uma das duas 
remunerações.
3. direitos e vAntAgens
Os servidores regidos pela Lei n. 8.112/1990 possuem uma série de prerrogativas 
para as mais diversas situações que podem ocorrem na sua vida profissional. Basicamente, 
são as seguintes as classes de direitos e vantagens que o servidor público civil federal 
poderá ter direito:
• vencimento e remuneração;
• indenizações;
• gratificações e adicionais;
• férias;
• licenças;
• concessões;
• direito de petição.
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3.1. vencimento e remunerAção
O vencimento e a remuneração são, sem dúvida alguma, duas das mais importantes van-
tagens concedidas aos servidores.
E como estamos no âmbito da administração pública, em plena consonância com o prin-
cípio da legalidade, é a própria Lei n. 8.112/1990 que estipula as diversas regras referentes ao 
assunto, dentre as quais se destaca a que determina que “é proibida a prestação de serviços 
gratuitos, salvo nos casos estipulados em lei” (art. 4º).
Devemos guardar a diferenciação existente entre vencimento e remuneração.
Vencimento é um conceito mais restrito, tratando-se da retribuição pecuniária pelo exer-
cício do cargo público.
Remuneração, por outro lato, apresenta um conceito mais amplo, compreendendo os ven-
cimentos e as vantagens pecuniárias permanentes estabelecidas em lei.
De acordo com o artigo 41, § 5º, da Lei n. 8.112/1990, temos a previsão de que “nenhum 
servidor receberá remuneração inferior ao salário mínimo”.
No entanto, a Súmula Vinculante n. 6 do STF criou uma exceção à regra geral ao estabe-
lecer que:
Não viola a Constituição o estabelecimento de remuneração inferior ao salário mínimo para as 
praças prestadoras de serviço militar inicial.
Os praças militares são os indivíduos recém-incorporados ao serviço militar. Ainda que 
não sejam abrangidos pela Lei n. 8.112/1990, trata-se de importante entendimento do STF 
que já foi cobrado diversas vezes em provas de concurso.
Frisa-se que o vencimento do servidor público federal pode perfeitamente ser inferior ao 
salário mínimo. Como mencionado, o que não pode ser inferior ao salário é a remuneração, 
conceito que abrange o vencimento e as vantagens de caráter permanente.
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Outra importante garantia assegurada às verbas recebidas pelos servidores é a que es-
tabelece a impossibilidade de termos, em regra, o arresto, o sequestro e a penhora do ven-
cimento, da remuneração e dos proventos recebidos pelos servidores públicos federais. Tais 
institutos, oriundos do Direito Civil, apenas poderão ser utilizados nas hipóteses de prestação 
de alimentos, e ainda assim quando decorrerem de decisão judicial.
Neste sentido é o teor do artigo 48 da Lei n. 8.112/1990:
O vencimento, a remuneração e o provento não serão objeto de arresto, sequestro ou penhora,ex-
ceto nos casos de prestação de alimentos resultante de decisão judicial.
Como vimos, as parcelas recebidas pelo servidor, de caráter pecuniário, objetivam conferir 
a este uma retribuição pelos serviços prestados ao Estado. Tal remuneração, entretanto, não 
poderá exceder aos valores recebidos pelos detentores de Poder, em plena consonância com 
a disposição constitucional que estabelece a obrigatoriedade de observância, por toda a ad-
ministração pública, do teto remuneratório.
Assim, estabelece o artigo 42 do estatuto federal a seguinte regra geral:
Nenhum servidor poderá perceber, mensalmente, a título de remuneração, importância superior 
à soma dos valores percebidos como remuneração, em espécie, a qualquer título, no âmbito dos 
respectivos Poderes, pelos Ministros de Estado, por membros do Congresso Nacional e Ministros 
do Supremo Tribunal Federal.
Inicialmente, deve-se observar que o teto remuneratório estabelecido pela Lei n. 8.112/1990 
não é o mesmo daquele estabelecido pela Constituição Federal. Da mesma forma, ainda que 
os tetos sejam diferentes, o limite da Lei n. 8.112/1990 não é inconstitucional, haja vista que 
apresenta uma regra mais restrita do que a estabelecida pela constituição.
É correto afirmar, com isso, que temos três limites remuneratórios a serem observados 
pelos servidores regidos pela Lei n. 8.112/1990, sendo que cada um deles toma como base 
um cargo de cada um dos Poderes da República.
O motivo para tal é que as disposições da mencionada norma se aplicam, indistintamen-
te, a todo o funcionalismo público civil federal, independente de estarmos diante de carreiras 
pertencentes ao Poder Executivo, ao Poder Legislativo ou ao Poder Judiciário.
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Desta forma, caso o servidor ocupe um cargo público pertencente à estrutura do Poder 
Executivo, não poderá receber, a título de remuneração, importância superior aos subsídios 
recebidos pelos respectivos Ministros de Estado. Caso ocupe um cargo do Poder Legislativo, 
o limite remuneratório será o subsídio recebido pelos membros do Congresso Nacional (De-
putados e Senadores). Caso pertença à estrutura do Poder Judiciário, o limite utilizado como 
teto será o subsídio dos Ministros do STF.
3.2. indenizAções
Duas são as principais peculiaridades das parcelas de caráter indenizatório:
• A não incidência de imposto de renda e de contribuição previdenciária sobre os valores 
recebidos, de forma que o total líquido recebido a título de indenização é idêntico ao 
valor estabelecido em lei ou regulamento;
• O fato destas verbas não se incorporarem ao vencimento ou ao provento do servidor, 
sendo que o recebimento é cessado tão logo as causas que ensejaram o recebimento 
desapareçam.
Tal característica é um diferencial em relação às verbas remuneratórias, tais como os 
adicionais e as gratificações, que, nos casos e condições previstos em lei, incorporam-se ao 
vencimento e ao provento.
Neste sentido é o teor do artigo 49 da Lei n. 8.112/1990:
Art. 49. Além do vencimento, poderão ser pagas ao servidor as seguintes vantagens:
I – indenizações;
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II – gratificações;
III – adicionais.
§ 1º As indenizações não se incorporam ao vencimento ou provento para qualquer efeito.
§ 2º As gratificações e os adicionais incorporam-se ao vencimento ou provento, nos casos e con-
dições indicados em lei.
Quatro são as indenizações expressamente previstas no estatuto federal, sendo elas a 
ajuda de custo, as diárias, o transporte e o auxílio-moradia.
3.2.1. Ajuda de Custo
Trata-se a ajuda de custo de verba de caráter compensatório, cujo objetivo é ressarcir as 
despesas de instalação do servidor que, por interesse da administração, passou a ter exercí-
cio em nova sede.
E aqui temos uma grande novidade, incluída pela Lei 12.998, de 2014, que alterou o texto 
da Lei 8112. De acordo com a nova redação, mais precisamente no § 3º do artigo 53, temos a 
seguinte disposição:
Não será concedida ajuda de custo nas hipóteses de remoção previstas nos incisos II e III do pa-
rágrafo único do art. 36.
Ambas as possibilidades são casos de remoção a pedido do servidor público federal, con-
solidando o entendimento de que a ajuda de custo, no âmbito da remoção, apenas será devida 
quando ocorrer de ofício, no interesse da administração.
A ajuda de custo é calculada com base na remuneração do servidor, não podendo exceder 
a importância correspondente a três meses de remuneração.
Caso o servidor tenha sido eleito para um cargo eletivo e, com o término do mandato, re-
torne para o cargo público anteriormente ocupado, não terá direito ao recebimento de ajuda 
de custo, uma vez que o retorno decorreu exclusivamente da vontade do agente, e não por 
interesse do Poder Público.
Situação oposta ocorre com o servidor ocupante exclusivamente de cargo em comissão, 
que, ainda que não integre a carreira da administração pública antes da sua nomeação, passa, 
com a realização do ato, a exercer uma função pública.
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Em tal situação, não há como negar que houve um “convite” por parte do Poder Público 
para que o particular passasse a exercer o cargo em comissão, manifestação esta da vontade 
da administração e ensejadora do direito ao recebimento da ajuda de custo.
Caso o servidor receba a ajuda de custo e não se apresente na nova sede no prazo de 30 
dias, deverá devolver a quantia anteriormente recebida.
Estabelece a Lei n. 8.112/1990, ainda, que “à família do servidor que falecer na nova sede 
são assegurados ajuda de custo e transporte para a localidade de origem, dentro do prazo de 
1 (um) ano, contado do óbito”(art. 53,§2º).
3.2.2. Diárias
As diárias são utilizadas com a finalidade de compensar os gastos do servidor que se 
ausentar da sua sede em caráter transitório ou eventual. Nota-se, de imediato, que a principal 
distinção entre a ajuda de custo e as diárias trata-se do caráter de eventualidade no exercício 
da atividade desta última.
Em outras palavras, as situações que dão direito ao recebimento de ajuda de custo 
são aquelas em que o servidor passa a ter exercício em outra sede, com caráter de 
definitividade.
Em sentido oposto, as hipóteses de diárias são aquelas em que o exercício da atribuição 
ocorre em outro local que não o da repartição, mas de forma eventual ou transitória. Termina-
da a atividade, o servidor retorna para a sede da repartição pública.
A Lei n. 8.112/1990 estipula as seguintes regras para as diárias (art. 58 e 59):
Art. 58. O servidor que, a serviço, afastar-se da sede em caráter eventual ou transitório para outro 
ponto do território nacional ou para o exterior, fará jus a passagens e diárias destinadas a indenizar 
O conteúdo deste

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