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ERGONOMIA E AMBIENTE DE TRABALHO BENEFÍCIOS E PREVENÇÃO DE PROBLEMAS NA COLUNA

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CURSO DE PÓS-GRADUAÇÃO LATO SENSU 
NÚCLEO DE PÓS-GRADUAÇÃO E EXTENSÃO FAVENI 
 
 
 
DECIO LUIZ CONSTANTE DE MORAES JÚNIOR 
 
 
 
 
 
 
ERGONOMIA E AMBIENTE DE TRABALHO: BENEFÍCIOS E PREVENÇÃO 
DE PROBLEMAS NA COLUNA 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
RONDONÓPOLIS-MT 
2022 
DECIO LUIZ CONSTANTE DE MORAES JÚNIOR 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
ERGONOMIA E AMBIENTE DE TRABALHO: BENEFÍCIOS E PREVENÇÃO 
DE PROBLEMAS NA COLUNA 
 
 
 
 
 
Artigo cientifico apresentado a FAVENI 
como requisito parcial para obtenção do 
título de Especialista em Fisioterapia do 
Trabalho e Ergonomia. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
RONDONÓPOLIS-MT 
2022 
ERGONOMIA E AMBIENTE DE TRABALHO: BENEFÍCIOS E PREVENÇÃO 
DE PROBLEMAS NA COLUNA 
Decio Luiz Constante de Moraes Júnior 1 
 
 
Declaro que sou autor deste Trabalho de Conclusão de Curso. Declaro também 
que o mesmo foi por mim elaborado e integralmente redigido, não tendo sido copiado 
ou extraído, seja parcial ou integralmente, de forma ilícita de nenhuma fonte além 
daquelas públicas consultadas e corretamente referenciadas ao longo do trabalho ou 
daqueles cujos dados resultaram de investigações empíricas por mim realizadas para 
fins de produção deste trabalho. 
Assim, declaro, demonstrando minha plena consciência dos seus efeitos civis, penais 
e administrativos, e assumindo total responsabilidade caso se configure o crime de 
plágio ou violação aos direitos autorais. (Consulte a 3ª Cláusula, § 4º, do Contrato de 
Prestação de Serviços). 
 
Resumo: A Ergonomia é uma ciência com um enfoque bastante amplo. Em virtude 
disso, é classificada em especializações, destinadas ao aprofundamento em temas 
específicos deste campo de estudo. Datada oficialmente no século XX, sua origem 
remonta aos primórdios da humanidade, onde os primitivos buscavam meios de 
adaptação do trabalho às suas necessidades. Com suas normas e mecanismos 
aplicados ao ambiente de trabalho, objetiva proporcionar um local seguro e adequado 
para se trabalhar, com mais produtividade e menos riscos. Considerando que muitas 
lesões são obtidas no ambiente de trabalho, o presente artigo tem por finalidade, 
discorrer sobre a Ergonomia e seus benefícios nestes locais, bem como na prevenção 
de problemas na coluna ocasionados pelo ofício. Para isto, respaldei-me em alguns 
autores que contribuíssem com o intento da pesquisa. 
 
Palavras-chave: Ergonomia. Trabalho. Problemas na coluna. Benefícios. 
 
 
 
 
1 INTRODUÇÃO 
 
A Ergonomia é a ciência que se aplica ao ambiente de trabalho, e embora 
datada oficialmente no dia 12 de julho de 1949 (IIDA, 2005), remonta ao período pré-
histórico, onde os primitivos buscavam meios de adequação do trabalho às suas 
necessidades. 
No Brasil não há graduação específica em Ergonomia, contudo, tem 
especializações. Pessoas de diferentes áreas podem realizá-las e trabalhar como 
 
1 E-mail: dmoraesjr@yahoo.com.br 
ergonomista, visto que essa profissão é multidisciplinar. Cabe ressaltar que algumas 
graduações são mais compatíveis. 
A Ergonomia, composta por normas e mecanismos, se volta ao bem-estar de 
profissionais no ambiente de trabalho. Garantir aos profissionais um local seguro, 
adequado e com mínimos riscos para se trabalhar é fundamental. Uma empresa/local 
de trabalho que apresente funcionários sujeitos a riscos em seus cargos, conforme a 
Norma Regulamentadora nº 17 da Ergonomia, obrigatoriamente precisa do laudo 
ergonômico, que deve ser analisado anualmente e refeito, em caso de ajustes 
(BRASGOLDEN, 2022). Na ausência do laudo, penalidades são previstas. 
São muitas as lesões obtidas no ambiente de trabalho, devido à má 
infraestrutura do local, aos movimentos repetitivos no desempenho das atividades, a 
má postura, e outros. Diante disto, a presente pesquisa tem por finalidade, discorrer 
sobre a Ergonomia e seus benefícios nestes locais, bem como na prevenção de 
problemas na coluna ocasionados pelo ofício. Para tal, fundamentei-me em alguns 
autores que contribuíssem com o objetivo. 
 
2 ERGONOMIA 
 
A Ergonomia, oficializada no dia 12 de julho de 1949 pela Ergonomics Research 
Society (Sociedade de Pesquisa em Ergonomia), anteriormente nominada Human 
Research Society (Sociedade de Pesquisa Humana), foi iniciada pelo químico 
britânico Kenneth Frank Hywel Murrell, que atuou nas forças armadas durante a 
segunda guerra mundial (LÁUAR et al., 2010). 
Murrell conceituou o termo Ergonomia como “o estudo da relação entre o 
homem e o seu ambiente de trabalho” (LÁUAR et al., 2010, p. 56), e formou um grupo 
de pessoas com afinidades no assunto para compartilhar experiências, debater mais 
profundamente sobre isso. O grupo, formado por psicólogos, fisiologistas, 
engenheiros, e outros, progrediu rapidamente ao realizar conferências, simpósios, etc. 
(LÁUAR et al., 2010). 
Com o desenvolvimento da Sociedade, em 1957 foi lançado o periódico 
“Ergonomics”, e em 1959, surge na Universidade de Loughborough o primeiro curso 
de graduação em Ergonomia, resultado da reunião realizada pelo Department of 
Science and Industrial Research (Departamento de Ciência e Pesquisa Industrial) em 
1958, debatendo a formação de ergonomista. Neste mesmo ano foi fundada em 
Oxford a International Ergonomics Association (Associação Internacional de 
Ergonomia), que representa associações de ergonomia em quarenta (40) países, o 
que totaliza 15.000 sócios. Em 1960, Murrell publicou o livro Ergonomics: Fitting the 
Job to the Worker (Ergonomia: Ajustando o trabalho ao trabalhador), o primeiro sobre 
Ergonomia (LÁUAR et al., 2010). 
 
2.1 ERGONOMIA NO BRASIL 
 
O avanço da Ergonomia no Brasil, segundo Moraes e Soares (1989, apud 
LUCIO et al., 2010) e Moraes (1999, apud LUCIO et al., 2010), se deu a partir de seis 
principais vertentes, ocorridas de 1960 aos anos 1970. 
A primeira vertente sucedeu na década de 1960, no curso de Engenharia de 
Produção da Escola Politécnica da Universidade de São Paulo (USP), e a segunda 
na década de 1970, com a inserção da Ergonomia neste mesmo curso, do Programa 
de Pós-graduação em Engenharia da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). 
A terceira ocorreu em 1976, com a introdução da Ergonomia no curso de Desenho 
Industrial da Escola de Desenho Industrial da universidade Estadual do Rio de Janeiro 
(UERJ). A quarta foi na década de 1970, com estudos concernentes à Psicologia 
Ergonômica no curso de Psicologia da USP. Na mesma década, a quinta 
compreendeu a área de Psicologia do Instituto Superior de Estudos e Pesquisas 
Psicossociais da Fundação Getúlio Vargas (FGV/RJ), e a realização do 1º Seminário 
Brasileiro de Ergonomia, marco histórico fundamental. E a sexta, na mesma década, 
foi marcada pela visita do professor e pesquisador francês Alain Wisner do 
Conservatoire National des Arts et Métiers (Conservatório Nacional de Artes e Ofícios) 
de Paris, que incentivou a Ergonomia brasileira, dando início as suas primeiras 
abordagens, mais de 20 anos após sua oficialização na Inglaterra (LUCIO et al., 2010). 
Em 1973, o professor Itiro Iida e Henri A.J. Wierzbicki lançaram o livro 
“Ergonomia: notas de classe”, o primeiro sobre Ergonomia no Brasil (FERREIRA; 
DONATELLI, 2001, apud LUCIO et al., 2010). Na década de 1990, novos estudos 
surgiram, embasados no método proposto pelas professoras Anamaria de Moraes e 
Cláudia Mont’ Alvão (SCOTT, 2009, apud LUCIO et al., 2010). 
 
Fonte: Elaborado pelo autor (2022), baseado no modelo esquemático Intervenção 
Ergonomizadora (Moraes; Mont’Alvão2, 1998). 
 
O método intitulado Intervenção Ergonomizadora (IE), conforme a imagem 
acima, divide-se em fases, voltadas para o desenvolvimento de projetos de produtos 
ergonômicos (OLIVEIRA; MONT’ALVÃO, 2015). Além deste, há os métodos 
Análise Ergonômica do Trabalho (AET) e Análise Macroergonômica do Trabalho 
(AMT), uns dos mais utilizados no Brasil, e o Método de Análise do Ambiente 
Construído (MEAC).Quanto ao Ensino Superior no Brasil, não há graduações específicas em 
Ergonomia, entretanto, tem pós-graduações. Segundo Moraes e Soares (1989, apud 
LUCIO et al., 2010), só há pós-graduações lato sensu (que não contempla mestrado 
e doutorado), diferente dos Estados Unidos e países europeus, que já oferecem 
cursos de mestrado e doutorado em Ergonomia. Ao final de um curso lato sensu, 
obtém-se um certificado e não um diploma (LUCIO et al., 2010). 
 
2.2 ÁREAS DA ERGONOMIA 
 
Segundo Vidal (2002, p. 43, apud SILVA, 2005), “a Ergonomia se define como 
uma disciplina e através dela, os domínios de especialização representam profundas 
competências...”. Tal disciplina compreende os aspectos físicos, cognitivos e 
organizacionais relacionados ao ambiente de trabalho. 
 
2.2.1 Física 
 
Conforme o autor (2002, p. 43, apud SILVA, 2005), a Ergonomia Física trata do 
corpo humano e da realização de atividade física. 
 
 
2 Disponível em <file:///C:/Users/Usuario/Downloads/276-533-1-PB.pdf> Acesso no dia 21 fev. 2022. 
Figura 2- Ergonomia Física 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Fonte: Autor Desconhecido3, 2022. 
 
Nesta área, busca-se aperfeiçoar o relacionamento dos trabalhadores com as 
ferramentas utilizadas na execução de suas funções (móveis, máquinas...). Sua 
aplicação promove um ambiente de trabalho mais confortável, com trabalhadores 
eficientes, prevenindo doenças e acidentes ocupacionais. 
 
2.2.2 Cognitiva 
 
A Ergonomia Cognitiva, segundo autor sobredito, compete aos processos 
mentais. 
 
Figura 3- Ergonomia Cognitiva 
 
 
 
 
 
 
. 
 
Fonte: Autor Desconhecido, 2022. 
 
Assim como a saúde física, a mental é muito importante. O excesso de trabalho, 
o estresse, o mau relacionamento, a desorganização da equipe, dentre outros, são 
maléficos aos trabalhadores. Com o uso da Ergonomia Cognitiva, busca-se prevenir 
 
3 Figura 2 e 3 pesquisadas no buscador Microsoft Bing e licenciadas em CC BY-SA-NC. 
https://creativecommons.org/licenses/by-nc-sa/3.0/
doenças psicológicas, assegurando um ambiente de trabalho mais harmônico e 
produtivo, com trabalhadores saudáveis, atentos, com boa memória e concentração. 
 
2.2.3 Organizacional 
 
A Ergonomia Organizacional para Vidal (2002, p. 43, apud SILVA, 2005), 
refere-se à “otimização dos sistemas sócios técnicos, incluindo suas estruturas 
organizacionais, políticas e processos”. 
 
Figura 4- Ergonomia Organizacional 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Fonte: Autor Desconhecido4, 2022. 
 
Segundo ele, a área inclui “comunicações, gerenciamento de recursos de 
tripulações, projeto de trabalho, organização temporal do trabalho, trabalho em grupo, 
projeto participativo, cultura organizacional e gestão da qualidade”. 
 
3 ERGONOMIA E SEGURANÇA DO TRABALHO 
 
A Ergonomia se trata de uma disciplina científica, e a Segurança do Trabalho 
de uma disciplina tecnológica. Segundo Vidal e Sett (2001), ambas são inseparáveis 
pois, 
 
a primeira tem como objeto a modelagem da atividade humana e 
incorporação de conhecimentos acerca de seus limitantes e dos fatores que 
influenciam seu desempenho, a segunda estabelece uma sistemática para 
que a consecução das atividades possa acontecer sem agravamento em 
termos de acidentes, doenças e desgastes. [...] não se faz Segurança sem 
Ergonomia e não há sentido em fazer Ergonomia fora da perspectiva da 
Segurança ((VIDAL; SETT, 2001, p.16) 
 
De acordo com Peixoto (2010), a Segurança visa minimizar os acidentes de 
 
4 Figura 4 pesquisada no buscador Microsoft Bing e licenciada em CC BY-NC-ND. 
 
 
https://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/3.0/
trabalho e as doenças ocupacionais, bem como resguardar a integridade e a 
capacidade de trabalho dos indivíduos envolvidos”. 
A Segurança tem por objetivos, conscientizar os trabalhadores (chefe, 
funcionários) de seus direitos e deveres, assegurar o uso de equipamentos de 
proteção individual, garantir que o ambiente de trabalho é seguro, e promover 
palestras e treinamentos para se evitar acidentes e incêndios. Cabe ressaltar que, 
embora se enfatize sua aplicabilidade no ambiente de trabalho, ela deve ser 
desenvolvida em todo lugar. 
Assim como a Ergonomia, a Segurança do Trabalho também é regida por 
norma regulamentadora. A NR nº 12 da Segurança e seus adjuntos, 
 
definem referências técnicas, princípios fundamentais e medidas de proteção 
para resguardar a saúde e a integridade física dos trabalhadores e estabelece 
requisitos mínimos para a prevenção de acidentes e doenças do trabalho nas 
fases de projeto e de utilização de máquinas e equipamentos, e ainda à sua 
fabricação, importação, comercialização, exposição e cessão a qualquer 
título, em todas as atividades econômicas [...] (BRASIL, 2022, p. 16). 
 
Seguir as normas da Ergonomia e Segurança minimizam os riscos no ambiente 
de trabalho. As consequências do não cumprimento acarretam penalizações e danos 
a este ambiente e aos trabalhadores. 
 
3.1 ACIDENTES 
 
A Lei nº 7.036 de 10 de novembro de 1944, nominada Lei de Acidentes do 
Trabalho, no artigo 1º define como acidente do trabalho 
 
...todo aquele que se verifique pelo exercício do trabalho, provocando, direta 
ou indiretamente, lesão corporal, perturbação funcional ou doença que 
determine a morte, ou perda total ou parcial, permanente ou temporária, da 
capacidade para o trabalho (ABDALA, 2022, p. 9). 
 
Este artigo foi substituído pelo 2º da Lei nº 5.316 de 14 de setembro de 1967, 
que define como acidente do trabalho aquele que “haja contribuído diretamente para 
a morte, ou perda, ou redução da capacidade para o trabalho” (ABDALA, 2022, p. 9). 
Em um dos estudos levantados na investigação dos motivos destes acidentes, 
três fatores causadores foram apontados. O primeiro se refere as condições inseguras 
(irregularidades no ambiente de trabalho), o segundo aos atos inseguros (conduta que 
propicia ou contribui para o incidente) e o terceiro aos eventos catastróficos 
(mudanças climáticas, atos de sabotagem...). A formação de uma equipe de 
profissionais para intervir no ambiente de trabalho com medidas protetivas é essencial 
(ABDALA, 2022). 
No Brasil, a quantidade de acidentes do trabalho reduziu. Conforme o Ministério 
do Trabalho e Previdência, 725.664 mil dos acidentes ocorridos em 2013 caíram para 
582.507 mil em 2019, e os óbitos passaram de 2.841 mil para 2.184 mil (BRASIL, 
2022). Segundo Orion Oliveira (apud BRASIL, 2022, não paginado), analista técnico 
de políticas sociais na Secretaria de Previdência do Ministério da Fazenda, “um dos 
fatores dessa diminuição nos números absolutos e relativos de acidentes do trabalho 
é a preocupação contínua de todos os atores envolvidos em prevenção”. 
 
3.2 PROBLEMAS NA COLUNA 
 
Segundo Couto (2007, apud RUMAQUELLA, 2009, p. 5), “os distúrbios 
dolorosos da coluna vertebral constituem a maior causa isolada de transtornos de 
saúde e de absenteísmo relacionados ao trabalho”. 
 
Figura 5- Coluna Vertebral 
 
 
 
 
 
 
 
Fonte: Autor Desconhecido5, 2022. 
 
A coluna vertebral é o eixo central do corpo, que tem por algumas funções a 
sustentação, o movimento, a postura e a proteção dos órgãos/medula espinhal. Ela é 
constituída por 33 vértebras que são separadas por discos intervertebrais (HAMILL e 
KNUTZEN, 1999, apud RUMAQUELLA, 2009, p. 2) e apresenta as curvaturas 
cervical, dorsal, lombar e sacral. 
O doutor Menezes (2022, não paginado), ortopedista brasileiro muito 
experiente no tratamento e reabilitação da coluna, diz que “a coluna vertebral do adulto 
normal é equilibrada sobre a pelve, requerendo o mínimo de carga de trabalho sobre 
 
5 Figura 5 pesquisada no buscador Microsoft Bing e licenciada em CC BY-SA. 
os músculos...”. Se não houver os devidos cuidados, as consequências poderão ser 
bem dolorosas. 
Muitos trabalhadores lesionam a coluna por adotarem uma mápostura, por 
serem sobrecarregados e por realizarem movimentos repetitivos e/ou pesados 
(RUMAQUELLA, 2009). Dependendo do impacto na coluna, as lesões podem ser 
tratadas, recorrendo-se a uso de medicamentos, fisioterapia, cirurgia, e outros, mas 
não descarta a possibilidade de a pessoa ficar incapacitada caso tenha perda 
completa/incompleta dos movimentos. No caso de impactos mais graves, uma pessoa 
pode ir a óbito instantaneamente. 
Portanto, adotar a Ergonomia, assim como a Segurança no ambiente de 
trabalho e mudar os hábitos previne consideravelmente este problema. 
 
3.3 BENEFÍCIOS DA ERGONOMIA 
 
A avaliação do ambiente de trabalho é essencial e segundo a Cartilha de 
Ergonomia (BRASIL, 2020, p. 10), isso significa 
 
...colocar cada trabalhador num posto de trabalho compatível com suas 
condições físicas e mentais, diminuindo a fadiga e fornecendo-lhes 
ferramentas adequadas para a realização de tarefas com o menor esforço, 
reduzindo ao máximo o risco de acidentes de trabalho. 
 
Por meio da análise ergonômica, verifica-se os riscos que este ambiente 
apresenta para tentar diminuí-los. As instalações do local, a temperatura, a 
iluminação, o nível de ruído e a postura dos trabalhadores são uns dos pontos que, 
não estando de acordo, são prejudiciais e precisam ser corrigidos. 
 
Figura 6- Ergonomia no trabalho 
 
 
 
 
 
 
 
 
Fonte: Autor Desconhecido6, 2022. 
 
6 Figura 6 pesquisada no buscador Microsoft Bing e licenciada em CC BY-NC. 
https://creativecommons.org/licenses/by-nc/3.0/
Conforme o levantamento feito pela RM (empresa de consultoria direcionada a 
segurança, saúde ocupacional e meio ambiente), com base em empresas que 
executaram o AET, alguns benefícios da ergonomia no trabalho podem ser listados 
(RM, 2020, não paginado). São estes: 
1. Maior produtividade dos trabalhadores; 
2. Diminuição dos afastamentos por doenças/lesões; 
3. Ambiente de trabalho mais seguro; 
4. Melhora do relacionamento/participação entre os trabalhadores; 
5. Diminuição dos processos trabalhistas devido a problemas de saúde dos 
trabalhadores no exercer da função. 
6. Consonância com as leis/normas; 
7. Aumento da credibilidade do local de trabalho e da equipe; 
8. Redução dos gastos; 
9. Diminuição dos níveis de estresse. 
 
4 METODOLOGIA 
 
Este trabalho é de caráter misto, adotando como metodologia a pesquisa 
bibliográfica e documental. Para seu desenvolvimento foram utilizados conteúdos de 
sites, revistas, dissertações e monografia. 
Diferentes fontes foram pesquisadas com a finalidade de inteirar-se mais sobre 
o assunto proposto. Através das buscas, foi possível notar a eficácia da Ergonomia no 
ambiente de trabalho e a sua necessidade, para assegurar aos trabalhadores o 
conforto e a segurança no exercer de suas funções. 
 
5 CONCLUSÃO 
 
Embora a Ergonomia seja legalmente obrigatória em ambientes de trabalho, 
nem todos os locais/postos a executam, conforme a NR 17. Deixar de cumpri-la 
ocasiona duras consequências aos trabalhadores e progresso da empresa/negócio, 
sendo melhor remediar do que correr riscos. 
Sua aplicabilidade traz muitos benefícios a quem deseja ver sua equipe 
trabalhando bem e o negócio progredindo, isso principalmente em relação a outras, 
visto que a competitividade no âmbito do trabalho é intensa. 
Também cabe destacar que a execução da Ergonomia é benéfica em qualquer 
lugar. Ao tratar de problemas na coluna no corpo da pesquisa, percebe-se a 
necessidade de melhorar a postura corporal, tanto em funções de levantamento de 
cargas como de esforços repetitivos (mínimos que sejam). Como uma pessoa se 
movimenta, senta em frente ao computador/TV, e outros, podem provocar lesões na 
coluna, por má postura. 
Espera-se com esta pesquisa contribuir com o tema, e que novas investigações 
sejam desenvolvidas. 
 
REFERÊNCIAS 
 
ABDALA, Roger Valentim. Ergonomia, Saúde e Segurança do Trabalho. 
Universidade de Santo Amaro – UNISA | Educação a Distância. Disponível em: 
https://docplayer.com.br/10656979-Roger-valentim-abdala-ergonomia-saude-e-
seguranca-do-trabalho.html. Acesso em: 25 jan. 2022. 
 
BRASGOLDEN. Laudo Ergonômico e Análise Ergonômica do trabalho. 
Disponível em: https://mundoergonomia.com.br/analise-ergonomica-do-trabalho/. 
Acesso em: 19 jan. 2022. 
 
BRASIL. Diário Oficial da União. Portaria nº 916, de 30 de julho de 2019. Brasília, 
ed. 146, seção 1, p. 16. Disponível em: https://www.in.gov.br/web/dou/-/portaria-n-
916-de-30-de-julho-de-2019-208028740. Acesso em: dia 25 jan. 2022. 
 
______. Ministério da Saúde. Secretaria-Executiva. Coordenação-Geral de Gestão 
de Pessoas. Cartilha de Ergonomia: aspectos relacionados ao posto de trabalho 
[recurso eletrônico]. Brasília: Ministério da Saúde, 2020, p. 1-15. 
 
______. Ministério do Trabalho e Previdência. Incidência e letalidade dos 
acidentes do trabalho apresentam queda nos últimos anos. Publicado e 
atualizado no dia 15 set. 2021. Disponível em: https://bit.ly/3o2YkaN. Acesso em: 26 
jan. 2022. 
 
 
IIDA, Itiro. Ergonomia: projeto e produção. 2. ed. rev. e ampl. São Paulo: Edgard 
Blücher, 2005. 
 
LÁUAR, Ana Clara Fernandes et al. A origem da ergonomia na Europa: 
contribuições específicas da Inglaterra e da França. In: SILVA, José Carlos Plácido 
da.; PASCHOARELLI, Luís Carlos (org.). A evolução da Ergonomia no mundo e 
seus pioneiros. São Paulo: Editora UNESP; São Paulo: Cultura Acadêmica. p. 54-
60, 2010. 
 
LUCIO, Cristina do Carmo et al. Trajetória da ergonomia no Brasil: aspectos 
expressivos da aplicação em design. In: SILVA, José Carlos Plácido da.; 
PASCHOARELLI, Luís Carlos (org.). A evolução da Ergonomia no mundo e seus 
pioneiros. São Paulo: Editora UNESP; São Paulo: Cultura Acadêmica. p. 90-103, 
2010. 
 
MENEZES, Dr. Cristiano. Anatomia da Coluna Vertebral. Disponível em: 
http://www.cristianomenezes.com.br/2013/06/anatomia-da-coluna-vertebral/. Acesso 
em: 26 jan. 2022. 
 
OLIVEIRA, Gilberto Rangel de.; MONT’ALVÃO, Claudia Renata. Metodologias 
utilizadas nos estudos de Ergonomia do Ambiente Construído e uma proposta 
de modelagem para projetos de Design de Interiores. In: Estudos em Design | 
Revista (online). Rio de Janeiro: v. 23 | n. 3 [2015], p. 150 – 165. 
 
PEIXOTO, Neverton Hofstadler. Curso técnico em automação industrial: 
segurança do trabalho. – 3. ed. – Santa Maria: Universidade Federal de Santa Maria: 
Colégio Técnico Industrial de Santa Maria, 2010. 
 
RM. Consultoria em SST. Conheça 12 benefícios da AET. Disponível em: 
https://www.rmsst.com.br/conheca-12-beneficios-da-aet/. Acesso em: 07 fev. 2022. 
 
RUMAQUELLA, Milena Roque. Posturas de trabalho relacionadas com as dores 
na coluna vertebral em trabalhadores de uma indústria de alimentos: estudo de 
caso. Dissertação (Mestrado) - Universidade Estadual Paulista. Faculdade de 
Arquitetura, Artes e Comunicação, Bauru, 2009 
 
SILVA, Andreia de Oliveira. A ergonomia no ambiente de trabalho: um estudo de 
caso na SUPGA/SERPRO. 2005. 67 f. Monografia (Graduação) - Faculdade de 
Ciências Sociais Aplicadas, Centro Universitário de Brasília, Brasília, 2005. 
 
VIDAL, Mario Cesar Rodríguez; SETT, Maria Egle Cordeiro. Ergonomia e 
Segurança do Trabalho: Uma radiografia da pesquisa no Brasil. (2020). Revista 
Ação Ergonômica, Rio de Janeiro, v. 1, n.2, p. 13-24, 2001.

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