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Sedimentoscopia 
É a parte da urina onde avalia os elementos figurados no microscópio. 
• Hemácias 
• Leucócitos 
• Células epiteliais 
• Cilindros 
• Bactérias 
• Cristais 
 
HEMATÚRIA – sangue na urina 
CAUSAS 
• Exercícios extensos 
• Trauma iatrogênico (o médico que provoca – ex: sonda que machuca uretra/bexiga) 
• Trauma (ex: animal atropelado que machucou parte do sistema urinário) 
• Urólitos 
• Infarto renal (parte do rim fica sem O2 – isquemia – leva a necrose e presença de sengue) 
• CID (coagulação intravascular disseminada – choque séptico – o sangue coagula dentro das 
cavidades) 
• Infecções 
• Neoplasias 
• Congestão passiva crônica 
• Doenças hemorrágicas 
• Parasitas 
• Estro = cio 
• Drogas – ex: terapia com ciclofosfamida 
ASPECTOS 
• Normais 
• Aumentado pela urina diluída 
• Crenados pela urina concentrada (libera Hb na urina – aspecto de enrugada) 
 
• Muco 
• Parasitas 
• Espermatozoide 
• Leveduras – fungos 
• Artefatos de técnica 
Hemáceas crenadas 
 
 Hemácias normais 
 
 
DISMORFISMO ERITROCITÁRIO URINÁRIO 
É a origem da hematúria – sedimento com hemácea 
o Hematúria pode ser ou não sinal de doença 
o Hematúria com proteinúria e cilindrúria deve ser investigada (diferenciar se é lesão 
glomerular, pela forma da hemácea) 
 
No final da década de 1970, Birch e Fairley, analisando o sedimento urinário em microscopia de 
contraste de fase, demonstraram uma possibilidade de distinção entre hematúrias glomerulares e 
não-glomerulares, se baseando no encontro de proteinúria e cilindrúria, e na diferenciação 
morfológica das diversas populações de hemácea na urina. 
Segundo eles, a hematúria não-glomerular se caracterizaria por hemáceas urinárias isomórficas 
(tamanho uniforme e morfologia semelhante às encontradas na circulação sanguínea). 
 
Hematúria isomórfica (não é glomerular) Hemácea dismórfica (glomerular) em alvo 
 
 Citoplasma da célula 
LEUCOCITÚRIA ou biurina – leucócito na urina 
CAUSAS 
• Processos infecciosos 
• Processos não infecciosos 
• Associado ou não a hematúria 
• Associado ou não a bactérias 
CAUSAS DE INFECÇÃO SEM BACTERIURIA 
• Processos não infecciosos 
• Número de bactérias inferior a 10.000/ml 
• Infecções por micoplasma ou viroses 
• Administração de antibióticos 
 
Pode ser isolado ou agrupado, bem conservados ou degenerados 
 
Meio de cultura conta o número de bactérias: <10.000/ml = não é possível ver bactéria na urina 
 
 Leucócitos 100x Leucocitúria e células epiteliais 160x 
 
 
Leucocitúria e bacteriúria 
 
• Sempre associar piuria com cultura de urina 
• Pode ocorrer bacteriúria sem piúria 
• Ausência de piuria normalmente está 
associado a ausência de infeção 
CÉLULAS EPITELIAIS 
Renais 
Originárias dos túbulos renais (raras). Maiores que os leucócitos 
Não pode aparecer – descamação do epitélio 
 
Transicionais 
Originárias da pelve renal, ureter, vesícula urinária e uretra proximal (raras) 
 
Escamosas 
Originárias da vagina e uretra distal (presentes) 
 
 
Células epiteliais transicionais Células transicionais, hemáceas, leucócitos 
 
 
Célula de origem renal Células caudatas 
 
 
Célula transicional Células escamosas corneificadas 
 
 
 
 
Células escamosas Células escamosas e leucócitos 
 
 
Células escamosas 
 
 
 Células transicionais Células caudatas 
Células nucleadas circundadas por 
hemáceas, leucócitos 
CILINDROS – cilindros na urina 
Moldes dos túbulos renais, que se formam na porção renal tubular, onde a urina está mais 
concentrada e mais ácida, favorecendo a precipitação de muco proteína e proteína. 
• Aparece quando tem privação de O2, tubo com pH ácido – sofrimento tubular 
• Baixo fluxo urinário favorece a sua formação 
• São classificados de acordo com o material que o constitui 
• Não se formam em urinas com baixa densidade ou urina alcalinas 
TIPOS DE CILINDROS 
• Hialinos 
• Epiteliais 
• Celulares 
• Gordurosos 
• Granulosos 
• Hemáticos: deve ser hemorragia no tubo 
• Leucocitários 
• Bilirrubinas 
• Céreos: “fim da linha” – fase final da IRC 
• Mistos 
 
Cilindroides 
Cilindros com causa longa e fina, formado entre a alça de Henle e o túbulo contorcido distal 
 
Hialinos 
Compostos primariamente de proteína de Tamm-Horfall – proteína pura 
o Sem cor, homogêneo e transparente 
 
 
Celular 
Células tubulares renais, gordura e grânulos, representam 
diferentes estágios de cilindros epiteliais 
 
Quando os cilindros celulares permanecem nos néfrons por 
muito tempo, as células podem se degenerar, produzindo os 
granulosos, e logo após o céreo. 
o Células dos túbulos renais grudam no cilindro → fica 
por muito tempo → as células vão se desintegrando e 
formam o granuloso → se continuar no túbulo, se 
transforma em céreo 
 
 
Gorduroso 
Acúmulos de lípides no citoplasma celular, antes da sua descamação ao lúmen tubular 
o Cora a urina com corante Sudam Black para fazer a confirmação de gordura 
o Os glóbulos de gordura ficam pretos quando corados 
 
 
Granuloso 
Células se desintegraram (doença crônica = cilindro céreo) 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Misto 
 
 
Hemático 
 
 
ATENÇÃO 
o Urinas normais não apresentem cilindros, ou o máximo uma pequena quantidade de 
hialinose granulares (menos que 1 ou 2 por campo de menor aumento) 
o Cilindros podem indicar lesões tubulares pequenas, transitórias e reversíveis 
 
Ausência de Cilindros não afasta doença tubular renal 
O número de cilindros não é um índice de severidade, duração reversibilidade ou irreversibilidade 
de doença. 
Um número grande de cilindros pode aparecer em processos agudos e reversíveis, enquanto um 
pequeno número pode aparecer em processos agudos e crônicos renais generalizados. 
 
Ex: um grande ou pequeno número de cilindros pode aparecer em pacientes com doença aguda 
generalizada. Por outro lado, um pequeno número de cilindros pode aparecerem pacientes com 
doenças renais crônicas, progressivas e generalizadas. 
 
 
 
 
 
Bilirrubina 
 
Lesão no fígado e no rim - Ex: leptospirose 
 
EXEMPLO: 
Animal A: 10 cilindros por campo Animal B: 3 cilindros por campo 
Animal B vai a óbito, mas o A não, por que? R: número de cilindros não significa óbito. Animal A 
tem IRA, o animal B não tem parênquima renal, ou seja, os poucos túbulos que restaram estão 
dando problema (IRC) 
 
BACTERIÚRIA – bactéria na urina 
Urina normalmente não tem bactéria 
• Cuidado com contaminação do meato vaginal ou prepucial 
• Rápida multiplicação em temperatura ambiente (falsa bacteriúria) 
• Múltiplos organismos na amostra: provável contaminação 
• Bactérias + piúria + hematúria + proteinúria = infecção 
• Afetam 14% dos cães 
• Em estudos necroscópicos: 6% machos e 27% fêmeas 
• Infecção urinária em animais geriátricos (10 anos) é maior que 50% 
• Aproximadamente 2/3 dos felinos com infecção urinária possuem insuficiência renal 
• Bactérias podem ser difíceis de identificas à luz do microscópio 
 
A urina normalmente é estéril, mas possui uma população bacteriana na uretra, podendo ser 
contaminada após a coleta. 
 
A não detecção de bactérias na urina não significa que o animal não possui infecção 
o Apenas 10.000 cocos por ml de urina é necessário para a visualização no sedimento de 
urina. 
BACTERIURIA x PIÚRIA 
Piuria = pus 
o A piuria pode aparecer com ou sem infecção. 
INFLAMAÇÃO x INFECÇÃO 
A detecção de uma infecção só pode ser estabelecida com o uso de cultura deurina. 
A ausência de hematúria, piúria e proteinúria não afasta a existência de uma infecção 
• Neoplasias 
• Urolitíase 
 
 
 
 
 
 
Bactérias e leucocitúria 
 
Bactérias e células desintegradas 
 
 
 
 
Leucócitos e bactérias Bactérias e células brancas degeneradas 
o Leucócito degenerado + bactéria = infecção 
 
 
 
Bactérias e células brancas degeneradas E. coli 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
FUNGOS E LEVEDURAS – fungo na urina 
• Raro ter contaminação fúngica 
• Animais que são tratados com muito antibiótico tem a possibilidade de infecção 
 
 
 
 
PARASITAS – parasitas na urina 
 
Dioctopyma renale 
 
 
Capillaria plica / felis / cati 
 
 
Dirofilaria immitis 
 
Espermatozoides 
• Proteinúria – falso sangue oculto positivo 
 
 
 
 
 
 
LIPIDES / GORDURA – gordura na urina 
• Atrito entre as células do epitélio tubular (fisiológico) 
• Degeneração citoplasmática em células dos túbulos renais 
• Não há correlação aparente entre lipemia e lipúria 
o Lipemia: não passa pelo glomérulo 
o Lipúria: presença de gordura na urina 
 
Cora a gordura com corante Sudam Black 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
CRISTALÚRIA – cristais na urina 
• Pode representar um fator de risco para urolitíase (cálculo), mas a presença de cristalúria 
não significa urólito automaticamente. 
• Presença de determinados cristais em pacientes assintomáticos: 
o Cistina 
o Urato de amônia 
o Grandes quantidades de oxalato de cálcio ou uratos amorfo 
• Cristal na urina com hemáceas = preocupação em ter cálculo 
FATORES QUE INFLUENCIAM A FORMAÇÃO DE CRISTAIS 
• Ph 
• Refrigeração 
• Dieta 
• Drogas 
 
 
 Cristal de sulfa Sulfadiazina e oxalato de cálcio 
 
 
CRISTAIS DE IODO 
 
 Agulha Cristal 
 
 
 
 
 
 Bilirrubina Carbonato de cálcio 
 
 
OXALATO DE CÁLCIO 
 
 
 
 Colesterol Cistina 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
FOSFATO AMONIAC MAG = Struvita 
 
 
TIROSINA 
 
 
URATO DE AMÔNIA