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Suplementao_Nutricional_e_Fitoterapia_Aplicada__Estetica___final

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Brasília-DF. 
Suplementação nutricional e Fitoterapia 
aplicada à eStética
Elaboração
Juliana Lopez de Oliveira
Produção
Equipe Técnica de Avaliação, Revisão Linguística e Editoração
Sumário
APRESENTAÇÃO .................................................................................................................................. 5
ORGANIZAÇÃO DO CADERNO DE ESTUDOS E PESQUISA ..................................................................... 6
INTRODUÇÃO ..................................................................................................................................... 8
UNIDADE I
LEGISLAÇÃO PARA PRESCRIÇÃO DE SUPLEMENTOS ALIMENTARES ........................................................... 9
CAPÍTULO 1 
PRESCRIÇÃO DE SUPLEMENTOS ALIMENTARES .......................................................................... 9
CAPÍTULO 2
PRESCRIÇÃO DE FITOTERÁPICOS ........................................................................................... 13
UNIDADE II
SUPLEMENTAÇÃO NUTRICIONAL EM ESTÉTICA ...................................................................................... 21
CAPÍTULO 1
PRESCRIÇÃO EM CADA FORMA DE APRESENTAÇÃO .............................................................. 21
CAPÍTULO 2
VITAMINAS E MINERAIS .......................................................................................................... 28
CAPÍTULO 3
SUBSTÂNCIAS BIOATIVAS E PROBIÓTICOS ................................................................................ 46
CAPÍTULO 4
PROTEÍNAS E AMINOÁCIDOS ................................................................................................. 51
CAPÍTULO 5
ÁCIDOS GRAXOS ................................................................................................................. 55
CAPÍTULO 6
NUTRICOSMÉTICOS ............................................................................................................... 57
UNIDADE III
INTRODUÇÃO À FITOTERAPIA E FORMAS DE APRESENTAÇÃO DOS FITOTERÁPICOS ................................ 59
CAPÍTULO 1
FITOTERAPIA BÁSICA .............................................................................................................. 59
CAPÍTULO 2
MÉTODOS EXTRATIVOS E FORMAS DE USO FARMACÊUTICO .................................................... 64
UNIDADE IV
FITOTERAPIA EM ESTÉTICA ................................................................................................................... 71
CAPÍTULO 1
FITOTERAPIA EM TRATAMENTOS ESTÉTICOS FACIAIS E CORPORAIS ............................................ 71
PARA (NÃO) FINALIZAR ...................................................................................................................... 79
REFERÊNCIAS .................................................................................................................................... 80
5
Apresentação
Caro aluno
A proposta editorial deste Caderno de Estudos e Pesquisa reúne elementos que se entendem 
necessários para o desenvolvimento do estudo com segurança e qualidade. Caracteriza-se pela 
atualidade, dinâmica e pertinência de seu conteúdo, bem como pela interatividade e modernidade 
de sua estrutura formal, adequadas à metodologia da Educação a Distância – EaD.
Pretende-se, com este material, levá-lo à reflexão e à compreensão da pluralidade dos conhecimentos 
a serem oferecidos, possibilitando-lhe ampliar conceitos específicos da área e atuar de forma 
competente e conscienciosa, como convém ao profissional que busca a formação continuada para 
vencer os desafios que a evolução científico-tecnológica impõe ao mundo contemporâneo.
Elaborou-se a presente publicação com a intenção de torná-la subsídio valioso, de modo a facilitar 
sua caminhada na trajetória a ser percorrida tanto na vida pessoal quanto na profissional. Utilize-a 
como instrumento para seu sucesso na carreira.
Conselho Editorial
6
Organização do Caderno 
de Estudos e Pesquisa
Para facilitar seu estudo, os conteúdos são organizados em unidades, subdivididas em capítulos, de 
forma didática, objetiva e coerente. Eles serão abordados por meio de textos básicos, com questões 
para reflexão, entre outros recursos editoriais que visam a tornar sua leitura mais agradável. Ao 
final, serão indicadas, também, fontes de consulta, para aprofundar os estudos com leituras e 
pesquisas complementares.
A seguir, uma breve descrição dos ícones utilizados na organização dos Cadernos de Estudos 
e Pesquisa.
Provocação
Textos que buscam instigar o aluno a refletir sobre determinado assunto antes 
mesmo de iniciar sua leitura ou após algum trecho pertinente para o autor 
conteudista.
Para refletir
Questões inseridas no decorrer do estudo a fim de que o aluno faça uma pausa e reflita 
sobre o conteúdo estudado ou temas que o ajudem em seu raciocínio. É importante 
que ele verifique seus conhecimentos, suas experiências e seus sentimentos. As 
reflexões são o ponto de partida para a construção de suas conclusões.
Sugestão de estudo complementar
Sugestões de leituras adicionais, filmes e sites para aprofundamento do estudo, 
discussões em fóruns ou encontros presenciais quando for o caso.
Praticando
Sugestão de atividades, no decorrer das leituras, com o objetivo didático de fortalecer 
o processo de aprendizagem do aluno.
Atenção
Chamadas para alertar detalhes/tópicos importantes que contribuam para a 
síntese/conclusão do assunto abordado.
7
Saiba mais
Informações complementares para elucidar a construção das sínteses/conclusões 
sobre o assunto abordado.
Sintetizando
Trecho que busca resumir informações relevantes do conteúdo, facilitando o 
entendimento pelo aluno sobre trechos mais complexos.
Exercício de fixação
Atividades que buscam reforçar a assimilação e fixação dos períodos que o autor/
conteudista achar mais relevante em relação a aprendizagem de seu módulo (não 
há registro de menção).
Avaliação Final
Questionário com 10 questões objetivas, baseadas nos objetivos do curso, 
que visam verificar a aprendizagem do curso (há registro de menção). É a única 
atividade do curso que vale nota, ou seja, é a atividade que o aluno fará para saber 
se pode ou não receber a certificação.
Para (não) finalizar
Texto integrador, ao final do módulo, que motiva o aluno a continuar a aprendizagem 
ou estimula ponderações complementares sobre o módulo estudado.
8
Introdução
Por um “ideal de beleza”, pessoas procuram diferentes métodos para alcançar suas metas, por 
meio de dietas, exercícios físicos e cirurgias plásticas. É notável o atual aumento do consumo de 
suplementos nutricionais e fitoterápicos com o propósito de auxiliar na beleza. O mercado da estética 
é emergente e a demanda por profissionais especializados para atuar neste cenário crescente. 
O presente caderno de estudos foi desenvolvido com o objetivo de enriquecer seus conhecimentos 
relativos à suplementação de nutrientes e uso da fitoterapia, ambos aplicados aos tratamentos 
estéticos. Cada capítulo representa um convite à reflexão de diferentes aspectos relacionados à 
nutrição aplicada à estética, sendo de fundamental importância lembrar que a busca e aprimoramento 
de conhecimento não termina ao final da leitura destas páginas. Ao contrario, nosso objetivo é orientá-
lo de uma forma abrangente e despertar o espírito crítico associado ao interesse pelo aprofundamento 
dos conhecimentos relativos às questões aqui apresentadas.
O desempenho de cada aluno será avaliado a partir da sua participação durante as atividades 
propostas no ambiente virtual, como: realização de tarefas, participação nos fóruns de discussão, 
memorial acadêmico e realização de prova presencial, conforme determinaçãolegal. Os trabalhos 
valerão 40% do total da nota e a prova presencial, 60%.
Objetivos
 » Apresentar os principais aspectos da legislação existente relativos à prescrição de 
suplementos e fitoterápicos por profissionais da saúde.
 » Abordar os principais conceitos relacionados à suplementação de nutrientes e 
compostos bioativos.
 » Abordar os principais conceitos relacionados à produção de fitoterápicos e fitoterapia.
 » Ampliar a compreensão referente aos efeitos da suplementação e fitoterapia no 
tratamento das patologias estudadas.
9
UNIDADE I
LEGISLAÇÃO PARA 
PRESCRIÇÃO DE 
SUPLEMENTOS 
ALIMENTARES
CAPÍTULO 1 
Prescrição de suplementos alimentares
A prescrição de suplementos é responsabilidade do nutricionista ou médico. Ao farmacêutico cabe 
selecionar o medicamento ou seu preparo a partir de uma prescrição. Apesar disso, com a atual e 
excessiva preocupação com a aparência e estética, muitas vezes, ocorre o consumo indiscriminado 
de suplementos nutricionais sem prescrição médica ou de nutricionista. 
Sabe-se que o conjunto de nutrientes presentes nos alimentos é que propicia proteção à saúde, e não 
um nutriente isolado (CERQUEIRA et al., 2007). De fato, os nutrientes não atuam sozinhos, mas 
agem de maneira sinérgica. Portanto o nutricionista deve recomendar, em primeiro lugar, fontes 
alimentares para suprir as necessidades nutricionais e o suplemento deve ser utilizado como forma 
de complementar à dieta ou em casos de carência desse nutriente.
O alimento dispõe de um sinergismo nutricional, que otimiza a atuação dos nutrientes presentes 
nele. Além disso, muitas vezes ao introduzirmos um alimento com o objetivo de ofertar determinado 
nutriente, também se altera um hábito alimentar não favorável àquela condição. Por exemplo, 
quando há necessidade de aumentar o aporte de ácidos graxos ômega-3, a inclusão do peixe em 
substituição a outras carnes pode trazer benefícios adicionais, como a redução do consumo de 
ácidos graxos saturados presentes nas outras carnes, que somente a suplementação com o óleo não 
traria (FISHBORN, 2009).
Conforme recomendação do The American Dietetic Association (ADA), a melhor estratégia nutricional 
para promoção da saúde e redução do risco de doenças crônicas é manter uma alimentação variada. 
Por outro lado, diversos estudos demonstram que a composição nutricional dos solos e dos alimentos 
tem sido modificada pelos tipos de cultivo, métodos genéticos e ambientais (DAVIS, 2005). 
Uma pesquisa do departamento de Alimentos e Nutrição Experimental da Faculdade de Ciências 
Farmacêuticas da Universidade de São Paulo analisou a “cesta básica Dieese e PROCON”, adotando 
dois terços das “Recommended Dietary Allowances” (RDA) como parâmetro de necessidades 
(BARRETO et al., 1998). Foram encontrados valores insuficientes para as vitaminas A, C, 
riboflavina (B2) e piridoxina (B6), cálcio (Ca), magnésio (Mg), ferro (Fe), zinco (Zn), iodo (I) e 
selênio (Se), e o percentual lipídico no total calórico mostrou-se elevado. Outro estudo analisou 70 
10
UNIDADE I │ LEGISLAÇÃO PARA PRESCRIÇÃO DE SUPLEMENTOS ALIMENTARES
dietas de indivíduos sedentários e atletas, todas as análises dietéticas não atingiram as RDAs para 
micronutrientes (MISNER, 2006).
O estudo Brazos Nutricional, realizado pela UNIFESP, em parceria com a USP, avaliou aspectos 
relacionados à alimentação de 2.420 pessoas em 150 municípios das cinco regiões do país. Resultados 
mostram que o brasileiro ingere os nutrientes em quantidades menores que o recomendado pelas 
DRIs (Dietary Reference Intakes), o que se justifica pelo menor consumo de frutas, verduras e grãos 
como resposta à globalização no dia-a-dia da população.
Legislação para prescrição de suplementos
Portaria no 32, de 13 de janeiro de 1998
Os suplementos vitamínicos e/ou de minerais são classificados como alimentos que têm o objetivo 
de complementar a dieta diária de uma pessoa saudável com determinados nutrientes, quando a 
ingestão dietética não for suficiente. Para tanto, os produtos devem conter, em sua composição, entre 
25% e 100% da Ingestão Diária Recomendada (IDR) por porção, desde que não sejam considerados 
como dieta exclusiva, e não podem substituir os alimentos.
A Portaria determina, também, que o fabricante é responsável por evitar incompatibilidades 
tecnológicas e/ou associações de vitaminas e/ou minerais em níveis que possam interferir 
negativamente na biodisponibilidade desses nutrientes. 
Com relação à rotulagem, não é permitido qualquer alegação de prevenção, tratamento ou alívio de 
qualquer tipo de enfermidade, podendo apresentar somente informações sobre funções cientificamente 
comprovadas dos nutrientes em questão (desde que relacionadas a seu papel fisiológico no 
desenvolvimento ou em funções do organismo).
Portaria no 40, de 13 de janeiro de 1998
Regulamenta as normas para níveis de dosagens diárias de vitaminas e minerais em medicamentos, 
apresentando as diferenças entre medicamentos à base de vitaminas e/ou minerais com e sem 
exigência de prescrição médica.
A Portaria define como medicamentos à base de vitaminas e/ou minerais aqueles que apresentam 
doses diárias superiores a 100% da Ingestão Diária Recomendada (IDR). Esses medicamentos 
poderão ser classificados como medicamentos de “venda sem exigência de prescrição médica” quando 
as doses diárias estiverem em valores acima da IDR, porém não ultrapassam os limites máximos 
de segurança determinados no anexo da Portaria. Aqueles medicamentos que apresentarem doses 
diárias superiores a esses níveis máximos de segurança deverão, obrigatoriamente, ser classificados 
como medicamentos de “venda com exigência de prescrição médica”. 
Nesse sentido, é importante que o profissional nutricionista conheça os limites máximos de 
segurança determinados por essa Portaria da ANVISA, para que possa prescrever suplementos 
naquelas quantidades em que o produto não exija prescrição médica. 
11
LEGISLAÇÃO PARA PRESCRIÇÃO DE SUPLEMENTOS ALIMENTARES │ UNIDADE I
Resolução da Diretoria Colegiada – RDC no 2, de 7 
de janeiro de 2002
“Aprova o regulamento técnico de substâncias bioativas e probióticos isolados 
com alegação de propriedades funcionais e/ou de saúde”.
Esta resolução tem por objetivo “padronizar os procedimentos a serem adotados para a avaliação de 
segurança, registro e comercialização de substâncias bioativas e probióticos isolados com alegação 
de propriedades funcionais e de saúde”.
Destacam-se, nesta resolução, as definições:
 » Matéria-prima: toda substância de origem vegetal ou animais, em estado bruto, 
que, para ser utilizada como alimento, precisa ser submetida a tratamento e/ou 
transformação de natureza física, química ou biológica.
 » Nutriente: é a substância química encontrada em alimento, que propicia energia 
e/ou é necessária para o crescimento, desenvolvimento e manutenção da saúde e da 
vida, e/ou cuja carência resulta em mudanças químicas ou fisiológicas características.
 » Probiótico: microrganismo vivo capaz de melhorar o equilíbrio microbiano 
intestinal, produzindo efeitos benéficos à saúde do indivíduo.
 » Substância bioativa: além dos nutrientes, são os não nutrientes que possuem 
ação metabólica ou fisiológica específica.
Resolução CFN no 304/2003
Dispõe sobre os critérios para a prescrição dietética na área de nutrição clínica, indicando que o 
nutricionista é o profissional responsável pela prescrição dietética (como parte da assistência 
hospitalar, ambulatorial, em consultório de nutrição e em domicílio), que deverá ser realizada com 
base no diagnóstico nutricional.
Resolução da Diretoria Colegiada – RDC no 269, de 
22 de setembro de 2005
“Aprova o regulamento técnico sobre a Ingestão Diária Recomendada (IDR) de 
proteínas, vitaminas e minerais”.
Define-se comoIngestão Recomendada Diária (IDR) a quantidade de proteínas, vitaminas e 
minerais que deve ser consumida para atender às necessidades nutricionais da maior parte dos 
indivíduos e grupos de pessoas de uma população sadia. 
Resolução CFN no 390/2006
“Regulamenta a prescrição dietética de suplementos nutricionais pelo 
nutricionista e dá outras providências.”
12
UNIDADE I │ LEGISLAÇÃO PARA PRESCRIÇÃO DE SUPLEMENTOS ALIMENTARES
Essa resolução define suplementos nutricionais como formulados de vitaminas, minerais, proteínas 
e aminoácidos, lipídicos e ácidos graxos, carboidratos e fibras, isolados ou associados entre si. 
Ordena que sejam respeitados os níveis máximos de segurança determinados pela ANVISA e, na 
ausência destes, os definidos como “Torerable Upper Intake Levels (UL)” pelas “Dietary Reference 
Intakes” (DRIs). Esses correspondem aos valores máximos que podem ser suplementados. O 
profissional somente deverá recomendar suplementos com base no diagnóstico nutricional e em 
especial nas seguintes condições: estados fisiológicos específicos, estados patológicos e alterações 
metabólicas. Além disso, sempre deve definir o período de suplementação e realizar a reavaliação 
do estado nutricional e do plano alimentar. 
13
CAPÍTULO 2
Prescrição de fitoterápicos
Fitoterapia 
No ano de 2006 duas políticas foram publicadas pelo setor de plantas medicinais e fitoterápicos no 
Brasil, a fim de incentivar a Portaria Ministerial MS/GM no 971, de 3 de maio de 2006, aprovando 
a Política Nacional de Práticas Integrativas e Complementares (PNPIC) no Sistema Único de Saúde 
(SUS), que prevê a incorporação de terapias como a homeopatia, o termalismo, a acupuntura e a 
fitoterapia nesse sistema. 
Em 2006 o Decreto no 5813, de 22 de junho, aprova a Política Nacional de Plantas Medicinais e 
Fitoterápicos (PNPMF) e dá outras providências. Essa política estabelece diretrizes e linhas 
prioritárias para o desenvolvimento de ações pelos diversos parceiros em torno de objetivos comuns 
voltados à garantia do acesso seguro e do uso racional de plantas medicinais e fitoterápicos em 
nosso país. Também traça diretrizes para o desenvolvimento de tecnologias e inovações, assim 
como o fortalecimento das cadeias e dos arranjos produtivos. A política orienta também para o uso 
sustentável da biodiversidade brasileira e o desenvolvimento do complexo produtivo da saúde. 
O Comitê Nacional de Plantas Medicinais e Fitoterápicos, que iniciou seus trabalhos no dia 29 de 
setembro de 2009, foi criado e aprovado pela Portaria Interministerial no 2960, de 9 e dezembro de 
2008 para o monitoramento e a avaliação da Política Nacional de Plantas Medicinais e Fitoterápicos. 
Com a sua criação essa política tornou-se o Programa Nacional de Plantas Medicinais e Fitoterapia. 
Com caráter consultivo e deliberativo, o comitê é composto por representantes do governo e da 
sociedade civil. 
O Programa Nacional de Plantas Medicinais e Fitoterápicos contempla todas as etapas de produção de 
fitoterápicos, desde o início, com as pesquisas que demonstram evidências científicas da planta para 
um determinado tratamento, passando pelo cultivo, colheita, extração, produção e comercialização 
do produto. Por envolver também a sabedoria popular, o programa não poderia deixar de lado o 
conhecimento das comunidades tradicionais. 
Em 2005, a Secretaria de Ciências e Tecnologia e Insumos Estratégicos, por meio do Departamento 
de Assistência Farmacêutica e Insumos Estratégicos (DAF/SCTIE/MS) elaborou, em parceria 
com outros ministérios e com colaborações de consultores e pesquisadores, uma lista de espécies 
vegetais considerando as já utilizadas nos serviços de saúde estaduais e municipais, o conhecimento 
tradicional e popular e os estudos químicos e farmacológicos disponíveis. Esse documento subsidiou, 
em 2008, a elaboração da Relação Nacional de Plantas Medicinais de Interesse ao SUS (RENISUS).
A finalidade do RENISUS é subsidiar o desenvolvimento de toda a cadeia produtiva, inclusive 
nas ações que serão desenvolvidas também pelos outros ministérios participantes no Programa 
Nacional de Plantas Medicinais e Fitoterápicos, relacionadas à regulamentação, cultivo, manejo, 
produção e comercialização de plantas medicinais e fitoterápicos. Terá também a função de orientar 
14
UNIDADE I │ LEGISLAÇÃO PARA PRESCRIÇÃO DE SUPLEMENTOS ALIMENTARES
estudos e pesquisas que possam subsidiar a elaboração da RENAFITO (Relação Nacional de 
Plantas Medicinais e Fitoterápicos), o desenvolvimento e a inovação na área de plantas medicinais 
e fitoterápicos.
As espécies vegetais foram pré-selecionadas por regiões que referenciavam seu uso, por indicações 
de uso e de acordo com as categorias do Código Internacional de Doenças (CID-10). Essa parte 
inicial do trabalho foi realizada por técnicos da ANVISA e do Ministério da Saúde (MS), profissionais 
de serviços e pesquisadores da área de plantas medicinais e fitoterápicos, vinculados à área de 
saúde, representando as diversas regiões brasileiras. A partir dessa pré-seleção foram excluídas 
espécies exóticas e as que constam da lista de espécies da flora brasileira ameaçadas de extinção, do 
Ministério do Meio Ambiente (IN no 6/2008).
Em 2002, o Conselho Federal de Nutricionistas criou um grupo de trabalhos e promoveu um 
seminário com a Associação Brasileira de Nutrição (ASBRAN) e a Sociedade Brasileira de Nutrição 
Clínica (SBNC), para debater o uso da Acupuntura, Homeopatia, Fitoterapia, Terapia Floral, 
Oligoterapia e Iridologia pelos nutricionistas. O principal resultado foi a Resolução CFN no 402 de 
2007, que regulamenta a prescrição fitoterápica pelo nutricionista de plantas in natura, frescas, ou 
como droga vegetal nas suas formas farmacêuticas. 
Definições importantes
 » Plantas medicinais: todo e qualquer vegetal que possui, em um ou mais órgãos, 
substâncias que podem ser utilizadas com fins terapêuticos ou que sejam precursores 
de fármacos semissintéticos.
 » Droga vegetal: planta medicinal ou suas partes após processo de coleta, 
estabilização e secagem, podendo ser íntegra, rasurada, triturada ou pulverizada. 
 » Fitofármaco: medicamento de origem vegetal com estrutura química definida e 
isolada. Essa forma fitoterápica somente pode ser prescrita por médicos.
A fitoterapia é uma importante ferramenta coadjuvante no tratamento nutricional e sua aplicação 
prática requer profundos conhecimentos bioquímicos e fisiológicos, já que muitos fitoterápicos 
possuem diversos benefícios à saúde, mas também efeitos colaterais e interações com alimentos 
e medicamentos. 
Motivos para usar a fitoterapia:
 » alto custo dos medicamentos alopáticos, além de apresentarem maiores efeitos 
adversos;
 » rica biodiversidade brasileira;
 » grande procura atual da população por produtos naturais;
 » incentivo para o estudo de terapias alternativas e aumento da atenção à saúde (ex.: 
RENISUS).
15
LEGISLAÇÃO PARA PRESCRIÇÃO DE SUPLEMENTOS ALIMENTARES │ UNIDADE I
Legislação para a prescrição de fitoterápicos
Os conselhos de classe são os órgãos representativos das classes profissionais atuantes no estado 
ou país, e têm por finalidade fiscalizar o exercício de cada profissão. Esses conselhos fiscalizam o 
mercado e as profissões no que diz respeito à sua regulamentação (PANIZZA, 2010).
Em relação à fitoterapia, cada conselho de classe deve se expressar, informando aos profissionais 
como proceder. 
A portaria do Ministério da Saúde no 971, de 3 de maio de 2006 aprova a Política Nacional de 
Práticas Integrativas e Complementares no SUS, que inclui plantas medicinais e fitoterapia com 
um caráter de atuação multidisciplinar no SUS. O decreto presidencial no 5.813, de 22 de junho de 
2006, que aprova a Política Nacional de PlantasMedicinais e Fitoterápicos
O médico
Segundo o artigo 14o do Código de Ética Médica (Resolução do Conselho Federal de Medicina no 
1.246/1988, de 8 de janeiro de 1988), o médico deve empenhar-se para melhorar as condições de 
saúde e os padrões dos serviços médicos e assumir sua parcela de responsabilidade em relação à 
saúde pública, à educação sanitária e à legislação referente à saúde.
De acordo com o mesmo código de ética, é direito do médico:
Art. 21. Indicar o procedimento adequado ao paciente, observadas as práticas 
reconhecidamente aceitas e respeitando as normas legais vigentes no País.
Considerando que a fitoterapia está inserida em políticas públicas no Sistema Único de Saúde (SUS) 
como a Política Nacional de Práticas Integrativas e Complementares (Portaria no 971, de 3 de maio 
de 2006) e o Programa Nacional de Plantas Medicinais e Fitoterápicos (Decreto no 5813, de 22 de 
junho de 2006), o profissional médico está apto a utilizá-la quando achar conveniente.
O cirurgião dentista
A lei no 5081, de 24 de agosto de 1966, do Conselho Federal de Odontologia, regulamenta o exercício 
da Odontologia. Dessa lei, destacamos:
Art. 6o Compete ao cirurgião-dentista:
I – praticar todos os atos pertinentes à Odontologia, decorrentes de 
conhecimentos adquiridos em curso regular ou em cursos de pós-graduação;
II – prescrever e aplicar especialidades farmacêuticas de uso interno e externo, 
indicados em Odontologia;
[...]
VII – prescrever e aplicar medicação de urgência no caso de acidentes graves 
que comprometam a vida e a saúde do paciente [...].
16
UNIDADE I │ LEGISLAÇÃO PARA PRESCRIÇÃO DE SUPLEMENTOS ALIMENTARES
Considerando que os fitoterápicos e as plantas medicinais são apresentados em diversas formas 
farmacêuticas como tinturas, decoctos, extratos etc., o cirurgião dentista está apto a prescrevê-las 
dentro da Odontologia.
O enfermeiro
Pode realizar prescrição de fitoterápico apenas mediante um protocolo médico.
O Conselho Federal de Enfermagem (COFEN), atento à utilização de ervas medicinais na cultura 
popular e reconhecendo que os enfermeiros precisam esclarecer e educar a clientela para o uso 
correto da fitoterapia, emitiu o Parecer Informativo 004/1995, em que reconhece o caráter holístico 
da formação do enfermeiro e os aspectos ético-legais da utilização das práticas alternativas no 
cuidado ao paciente. Em 1997, o COFEN, por meio da resolução 197 estabeleceu e reconheceu as 
terapias alternativas, entre elas a fitoterapia, como especialidades e ou qualificações do enfermeiro.
 O farmacêutico
Na prática da Fitoterapia o farmacêutico é o elo entre o popular e o científico. A Resolução no 477, 
de 28 de maio de 2008, do Conselho Federal de Farmácia, publicada no Diário Oficial da União de 
2 de junho 1908, dispõe sobre as atribuições do farmacêutico no âmbito das plantas medicinais e 
fitoterápicos e dá outras providências. Destaca-se dessa resolução o artigo 9o, que diz:
Art. 9o Compete ao farmacêutico a manipulação, dispensação e aconselhamento 
farmacêutico no uso de plantas medicinais e seus derivados, fitoterápicos 
manipulados e industrializados em atendimento a uma prescrição médica, ou 
na automedicação responsável. 
§1o A automedicação responsável deverá ocorrer somente mediante orientação 
e acompanhamento de farmacêutico nos casos dos medicamentos oficinais 
isentos de prescrição.
Medicamentos oficinais são aqueles preparados na própria farmácia, cuja fórmula esteja escrita no 
Formulário Nacional ou Formulários Internacionais reconhecidos pela ANVISA. 
A partir dessa resolução o farmacêutico fica autorizado a realizar a automedicação responsável do 
paciente quando este não possuir receita de um médico ou profissional habilitado. Porém, somente 
os medicamentos oficinais isentos de prescrição e os medicamentos fitoterápicos produzidos pela 
indústria disponíveis nas prateleiras de farmácias e drogarias podem ser prescritos. Estão excluídos 
dessa lista todos os medicamentos com tarja vermelha “venda sob prescrição médica”.
O nutricionista
A Resolução no 525/2013, que revoga a Resolução no 402/2007 do Conselho Federal de Nutrição, 
regulamenta a prática da fitoterapia pelo nutricionista, atribuindo-lhe competência para, nas 
modalidades que especifica, prescrever plantas medicinais, drogas vegetais e fitoterápicos como 
17
LEGISLAÇÃO PARA PRESCRIÇÃO DE SUPLEMENTOS ALIMENTARES │ UNIDADE I
complemento da prescrição dietética e, dá outras providências. A partir dessa resolução, a fitoterapia 
passa a ser uma especialidade da nutrição e será objeto de regulamentação do CFN junto à ASBRAN.
O artigo 2o dessa resolução define que o nutricionista poderá adotar a fitoterapia para complementar 
a sua prescrição dietética, somente quando os produtos prescritos tiverem indicações de uso 
relacionadas com o seu campo de atuação e estejam embasadas em estudos científicos ou em uso 
tradicional reconhecido.
No parágrafo único, a resolução define que ao adotar a Fitoterapia o nutricionista deve basear-se 
em evidências científicas quanto a critérios de eficácia e segurança, considerar as contra indicações 
e oferecer orientações técnicas necessárias para minimizar os efeitos colaterais e adversos das 
interações com outras plantas, com drogas vegetais, com medicamentos e com os alimentos, assim 
como os riscos da potencial toxicidade dos produtos prescritos.
No artigo 3o, a competência para a prescrição de plantas medicinais e drogas vegetais é atribuída 
ao nutricionista sem especialização, enquanto a competência para prescrição de fitoterápicos e de 
preparações magistrais é atribuída exclusivamente ao nutricionista portador de título de especialista 
ou certificado de pós-graduação lato sensu nessa área. 
A principal modificação que a resolução trás é que ao nutricionista sem especialização em Fitoterapia 
compete a prescrição de plantas medicinais e drogas vegetais na forma de infusão, decocção e 
maceração, não sendo admissível que sejam prescritas sob forma de cápsulas, drágeas, pastilhas, 
xarope, spray ou qualquer outra forma farmacêutica; nem utilizadas quando submetidas a outros 
meios de extração, tais como extrato, tintura, alcoolatura ou óleo, nem como fitoterápicos ou em 
preparações magistrais.
Já aos profissionais nutricionistas que possuem especialização em Fitoterapia por meio de curso de 
pós-graduação lato sensu, compete a prescrição de fitoterápicos em qualquer forma farmacêutica 
dentro da área de ação do nutricionista, ou seja, via oral. Cabe, portanto, a prescrição na forma de 
tintura vegetal (extrato hidroalcoólico), pós e extratos secos em cápsulas.
Todavia, a prescrição de preparações magistrais deverá conter apenas matérias primas derivadas 
de drogas vegetais, ou seja, não é permitido o uso de substâncias ativas isoladas de plantas ou da 
associação com nutrientes (vitaminas, minerais, aminoácidos, carboidratos etc.).
No artigo 5o, define-se que a prescrição de plantas medicinais ou drogas vegetais deverá ser legível, 
conter o nome do paciente, data da prescrição e identificação completa do profissional prescritor 
(nome e número do CRN, assinatura, carimbo, endereço e forma de contato) e conter todas as 
seguintes especificações quanto ao produto prescrito:
 » nomenclatura botânica, sendo opcional incluir a indicação do nome popular;
 » parte utilizada;
 » forma de utilização e modo de preparo;
 » posologia e modo de usar;
 » tempo de uso.
18
UNIDADE I │ LEGISLAÇÃO PARA PRESCRIÇÃO DE SUPLEMENTOS ALIMENTARES
Além disso, as formas farmacêuticas permitidas para o uso pelo nutricionista são, exclusivamente, 
as de uso oral, sendo impedidas prescrições de fitoterápicos de uso tópico. Um exemplo é o 
Confrei (Symphytum officinale) que não deve ser prescrito pelo nutricionista,pois seu uso é 
exclusivamente tópico. 
A Instrução Normativa no 5, de 12 de dezembro de 2008, que revoga a Resolução no 89, de 16 de 
março de 2004, determina a publicação da “Lista de Medicamentos Fitoterápicos de Registro 
Simplificado” e cita os medicamentos fitoterápicos que são exclusivos de prescrição médica, ou seja, 
aqueles que contêm a traja vermelha com a frase “venda sob prescrição médica”. 
Portanto, o profissional nutricionista, inclusive o especialista em fitoterapia, não pode prescrever os 
fitoterápicos classificados na lista dos simplificado médico como “sob prescrição médica”, publicada 
em resolução da ANVISA/2008, em nenhuma das formas farmacêuticas. 
Tabela 1. Medicamentos fitoterápicos que necessitam de prescrição médica 
Nomenclatura botânica Nome popular
Arctostaphylos uva-ursi Uva-ursina
Cimicifuga racemosa (L.) Nutt. Cimicífuga
Echinacea purpurea Moench Equinácea
Ginkgo biloba L. Ginkgo
Hypericum perforatum L. Hipérico 
Piper methysticum G. Forst. Kava-kava
Serenoa repens (Bartram) J.K. Small Saw Palmetto
Tanacetum parthenium Sch. Bip. Tanaceto
Valeriana officinalis L. Valeriana
Os fitoterápicos manipulados não são contemplados na Instrução Normativa no 5/2008, pois esses 
não são registrados como medicamentos.
Também não se registram como medicamentos fitoterápicos drogas vegetais, apenas os derivados 
das mesmas (derivado vegetal) como tintura, extrato seco, extrato fluido, e óleos. Segundo a RDC no 
10, de 9 de março de 2010 a Agência Nacional de Vigilância Sanitária, que dispõe sobre a notificação 
de drogas vegetais junto à ANVISA e dá outras providências, drogas vegetais são plantas medicinais 
ou suas partes, que contenham as substâncias, ou classes de substâncias, responsáveis pela ação 
terapêutica, após processo da coleta, estabilização, secagem, podendo ser integra, rasurada, 
triturada ou pulverizada.
Sendo assim, a lista de medicamentos exclusivos de prescrição médica pela Instrução Normativa no 
5/2008 não contempla as drogas vegetais, utilizadas para fazer infusão, decocção ou maceração, os 
chamados “chás”, que estão permitidos de serem prescritos pelo nutricionista, segundo a Resolução 
no 420/2007 do CFN.
A RDC no 10/2010 trás em seu Anexo I uma lista com 54 drogas vegetais para uso interno, 21 para 
uso externo e uma de uso inalatório, com a respectiva alegação de propriedade além de posologia 
19
LEGISLAÇÃO PARA PRESCRIÇÃO DE SUPLEMENTOS ALIMENTARES │ UNIDADE I
segura e modo de usar de cada espécie. No caso do profissional nutricionista é permitida apenas a 
prescrição das drogas vegetais para uso interno, como previsto em legislação. 
O fisioterapeuta
A Resolução no 380 de 3 de novembro de 2010, do Conselho Federal de Fisioterapeutas (COFFITO) 
regulamenta o uso pelo fisioterapeuta das práticas integrativas e complementares de saúde dá 
outras providências. 
O Artigo 1o dessa resolução autoriza a prática, pelo fisioterapeuta, dos atos complementares ao 
seu exercício profissional regulamentado, nos termos dessa resolução e da portaria MS número 
971/2006:
 » Fitoterapia;
 » práticas corporais, manuais e meditativas;
 » Terapia Floral;
 » Magnetoterapia;
 » Fisioterapia Antroposófica;
 » Termalismo/Crenoterapia/Balneoterapia;
 » Hipnose.
O Artigo 3o destaca que o fisioterapeuta deverá comprovar perante o COFFITO a certificação de 
conhecimento das práticas integrativas e complementares. Será habilitado nos termos dessa 
resolução o fisioterapeuta que apresentar títulos que comprovem o domínio das Práticas Integrativas 
de Saúde objeto dessa resolução. Os títulos a que alude esse artigo deverão ter como origem:
 » instituições de ensino superior;
 » instituições especialmente credenciadas pelo MEC;
 » entidades nacionais de Fisioterapia intimamente relacionadas às práticas 
autorizadas por essa resolução. 
Parágrafo Único: os cursos concedentes dos títulos de que trata este artigo, 
verão observar uma carga horária mínima, devidamente determinada pelo 
COFFITO que consultará as entidades associativas da fisioterapia no âmbito 
nacional que sejam intimamente relacionadas às práticas autorizadas por esta 
resolução, por meio dos seus respectivos Departamentos. 
Os profissionais devem sempre estar capacitados para fazer bom uso e não causar malefícios 
aos seus pacientes. Com relação às legislações, cada profissional deve sempre estar atualizado 
com as resoluções e normativas de sua classe profissional, para exercer a Fitoterapia dentro 
do preconizado.
20
UNIDADE I │ LEGISLAÇÃO PARA PRESCRIÇÃO DE SUPLEMENTOS ALIMENTARES
Se bem não fizer, mal não irá fazer”, essa é uma frase muito comum entre os leitos no que 
diz respeito ao uso de plantas medicinais. É fato que muitos estudos em fitoterapia se 
iniciaram a partir a observação de práticas populares, porém o profissional de saúde 
da atualidade tem disponível uma série de informações científicas a respeito de uma 
grande diversidade de plantas medicinais. É imprescindível ter segurança técnica 
para saber se os efeitos de determinada planta estão comprovados cientificamente 
e também a sua interação com as demais espécies vegetais e outros medicamentos. 
21
UNIDADE II
SUPLEMENTAÇÃO 
NUTRICIONAL EM 
ESTÉTICA
CAPÍTULO 1
Prescrição em cada forma 
de apresentação
Farmacotécnica
A parte da ciência farmacêutica que trata da preparação de medicamentos, ou seja, da transformação 
de drogas (matérias-primas) em medicamentos, assegurando uma perfeita eficácia terapêutica e 
conservação; estuda o preparo, a purificação, as incompatibilidades físicas e químicas e a escolha 
da forma farmacêutica (xarope, solução, suspensão, cápsula, shake, por exemplo) mais adequada à 
finalidade pretendida é a Farmacotécnica (FERREIRA; BRANDÃO, 2002; PASCHOAL et al., 2009).
Estão presentes na composição de uma fórmula os princípios ativos, coadjuvantes técnicos e veículo 
ou excipiente. (FERREIRA; BRANDÃO, 2002; PASCHOAL et al., 2009). 
Definições
Os princípios ativos são responsáveis pela ação farmacológica, ou seja, a(s) substância(s) 
responsável(is) pelo “efeito” desejado do suplemento. Exemplo: citrato de cálcio.
Os coadjuvantes técnicos ou adjuvantes farmacotécnicos são substâncias em geral inertes cuja 
função é estabilizar a fórmula em nível químico, físico ou microbiológico. Dependendo da fórmula 
farmacêutica e da embalagem, os coadjuvantes técnicos não são necessários. Exemplo: antioxidantes.
O veículo (líquido) ou excipiente (sólido ou semissólido) é a parte da fórmula na qual são misturados 
os princípios ativos. É utilizado para complementar o volume necessário das formulações. Exemplo: 
celulose microcristalina.
Formas farmacêuticas
As formas farmacêuticas são as formas físicas de apresentação do medicamento. São classificadas 
em sólidas, líquidas, semissólidas e gasosas, são o resultado de várias operações a que se submetem 
22
UNIDADE II │ SUPLEMENTAÇÃO NUTRICIONAL EM ESTÉTICA
as substâncias terapêuticas a fim de facilitar sua posologia e administração, mascarar os caracteres 
organolépticos e assegurar a ação desejada. Entre os suplementos, são mais utilizadas as formas 
sólidas.
Formas sólidas
Pastilhas e gomas (PASCHOAL et al., 2009)
São formas farmacêuticas sólidas que se destinam a dissolver ou desintegrar lentamente na boca. 
Podem conter um ou mais ativos de ação local ou sistêmica, veiculados geralmente em base flavorizada 
e edulcorada, moldada ou comprimida. 
A pastilha medicamentosa dissolve lentamente na boca, liberando o fármaco para absorção por meio 
da mucosa oral, evitando em parte, a primeira passagem hepática. Essas fórmulas farmacêuticas são 
indicadas principalmente para pacientes com dificuldade de deglutição de formas sólidas. Devido 
à aparênciae ao sabor agradável, aumentam a adesão dos pacientes pediátricos ao tratamento. 
Vitaminas, minerais, e aminoácidos podem ser veiculados nessas formas farmacêuticas.
São divididas em três tipos:
1. pastilhas duras, que são misturas de sacarose e outros açúcares e/ou em estado 
amorfo;
2. pastilhas soft que podem ser preparadas a base de PEG (polietilenoglicol), chocolate, 
pasta de amendoim, óleo vegetal hidrogenado ou base de açúcar e goma arábica;
3. pastilhas mastigáveis (balas, gomas, gomas mastigáveis ou “jujubas”) que são 
preparadas à base de gelatina glicerinada.
Cápsulas (PASCHOAL et al., 2009)
São receptáculos obtidos por moldagem, em geral, utilizados para ingestão de fármacos em doses 
pré-estabelecidas. O invólucro da cápsula oferece relativa proteção dos agentes externos, facilita a 
administração, e devido a sua alta solubilidade e digestibilidade no organismo, libera rapidamente 
o fármaco de seu interior no estômago.
Atualmente as cápsulas gelatinosas, que são constituídas de gelatina de origem animal, são as mais 
utilizadas. Estas podem ser em consistência dura (cápsulas gelatinosas duras) ou, se fabricadas 
incluindo maiores quantidades de glicerina, sorbitol, polietilenoglicol, apresentam-se com 
consistência flexível e elástica (cápsulas gelatinosas moles). As últimas, ao contrário das cápsulas 
duras podem acondicionar soluções oleosas, suspensões e emulsões. 
As cápsulas podem ser opacas, para preservar a matéria prima da oxidação e modificação de suas 
estruturas. Muitas vezes, são coloridas a partir de corantes alimentares. Como variação vegetal, 
existem as cápsulas de clorofila, que, além de serem de origem vegetal, possuem vitaminas, minerais 
e clorofilina, que contribuem para a oferta de antioxidantes. 
23
SUPLEMENTAÇÃO NUTRICIONAL EM ESTÉTICA │ UNIDADE II
As cápsulas transparentes são de origem animal e, como as cápsulas duras, são formadas por gelatina. 
Sem corantes alimentares, não possuem coloração, deixando a matéria-prima mais exposta ao meio 
ambiente. Existem matérias-primas que não devem ser manipuladas nesse tipo de cápsula, como a 
vitamina C, por ser altamente oxidável, modificando sua função. Por outro lado, o complexo B não 
perde suas funções, mas pode tingir a cápsula ao longo dos dias, mesmo estando dentro do prazo 
de validade.
Excipiente
É muito importante que as cápsulas fiquem completamente cheias, para que a substância ativa se 
encontre de modo uniforme em todas as cápsulas. Por esse motivo, os excipientes são utilizados 
para completar o volume de cápsulas. É empregado o q.s.p., sigla muito utilizada na manipulação 
(mais na formulação de cápsulas, mas bastante empregada para saches) que significa “quantidade 
suficiente para preencher”. 
Como excipiente deve ser usada uma substância não absorvível, mas que não interfira na 
biodisponibilidade dos componentes da fórmula. Uma mistura de lactose com amido é bastante 
utilizada, porém essa combinação pode induzir e provocar estados de disbiose, sendo mais 
indicado o uso de celulose microcristalina. 
Tabela 2. Principais tamanhos de cápsulas.
Número da cápsula Capacidade (mg)
3 0 a 130
2 131 a 181
1 182 a 290
0 291 a 400
00 401 a 700
Pós (Sachês) (PASCHOAL et al., 2009)
Formas farmacêuticas provenientes de drogas vegetais ou animais, assim como substâncias 
químicas submetidas a um grau de divisão suficiente para lhes assegurar homogeneidade e facilitar 
a extração ou administração dos princípios ativos. A pulverização pode ser manual ou com emprego 
de equipamentos apropriados.
Os pós podem ser acondicionados a granel, em potes bem vedados, ou podem, também, ser 
acondicionados subdivididos em doses em saches aluminizados ou em papel impermeável.
Formas semissólidas 
Pomadas (PASCHOAL et al., 2009)
São formas farmacêuticas contendo grandes quantidades de sólidos em disposição. Em geral, 
contém mais de 20% de pós finamente pulverizados na formulação. Apresentam consistência macia 
e firme, são pouco gordurosas e tem grande poder de absorção de água ou de exsudados. 
24
UNIDADE II │ SUPLEMENTAÇÃO NUTRICIONAL EM ESTÉTICA
Os excipientes não podem ser irritantes ou sensibilizantes, devem: ser neutros em relação ao pH 
(ou aproximar-se do pH da pele); compatíveis com os fármacos que lhes são incorporados; ter 
plasticidade e liberar, eficientemente, o fármaco na dose específica. 
A forma farmacêutica de pomada (uso tópico) não é utilizada na nutrição.
Gel (PASCHOAL et al., 2009)
Géis são preparações farmacêuticas constituídas por uma dispersão bicoerente de fase sólida em 
fase líquida. Géis hidrofílicos são preparações obtidas pela incorporação de agentes gelificantes – 
tragacanta, amido, derivados de celulose, polímeros carboxivinílicos, silicatos duplos de magnésio 
e alumínio – a água, glicerol ou propilenoglicol. Dependendo do tipo e conservação de gelificante, 
temos géis para diversos usos como: lubrificantes de cateter e instrumentos cirúrgicos, em 
oftalmologia, como base dermatológica etc.
Em nutrição, existe o gel comestível que serve de base para administração de suplementos, 
principalmente esportivos como repositores de carboidratos e eletrólitos. Geralmente são produtos 
executados por indústrias, mas é possível serem desenvolvidos em farmácia de manipulação. 
Emulsão/cremes (PASCHOAL et al., 2009)
São sistemas dispersos constituídos de duas fases líquidas imiscíveis (oleosa e aquosa), onde a fase 
dispersa ou interna é finalmente dividida e distribuída em outra fase contínua ou externa. Temos 
emulsões do tipo óleo em água (O/A: fase externa aquosa) e água em óleo (A/O: fase externa oleosa). 
A estabilidade da emulsão é garantida com ajuda de agentes emulsificantes, geralmente substâncias 
tensoativas. As emulsões podem ser pastosas ou líquidas, como as loções destinadas ao uso externo 
ou interno, devendo sempre ser agitadas antes do uso.
Devem, ainda, ser adicionados adjuvantes com a finalidade antioxidante para a fase oleosa, como 
BHT e BHA. No caso da inclusão de fármacos suscetíveis a oxidação, deve ser verificado o seu 
coeficiente de partição, tendo em vista a proteção do fármaco na fase em que será incluído. 
Caso o princípio ativo se distribua em ambas as fases (oleosa e aquosa), deverão ser adicionados 
estabilizantes solúveis em água e em óleo. Como se trata de sistema disperso a semelhança das 
suspensões, o aumento da viscosidade nas preparações líquidas pode melhorar a estabilidade física 
das emulsões (evitar ou diminuir a separação de fases). 
Nas emulsões líquidas de uso oral, deverão ser acrescentados adjuvantes com finalidade corretiva 
para aroma, sabor e cor, se necessário.
Formas líquidas
Suspensão (PASCHOAL et al., 2009)
As suspensões são formas farmacêuticas de sistema heterogêneo, cuja fase externa ou dispersante é 
líquida e a fase interna e dispersa é constituída de substâncias sólidas insolúveis no meio utilizado. 
25
SUPLEMENTAÇÃO NUTRICIONAL EM ESTÉTICA │ UNIDADE II
Constituídas de uma dispersão grosseira, onde a fase dispersa sólida e insolúvel (fase interna) é 
distribuída em um líquido (fase externa), podem receber várias denominações: mistura, gel, loção, 
magna e suspensão.
É interessante que as suspensões não depositem rapidamente e que possam se reconstituir com 
facilidade por agitação. Interessa, ainda, que a redispersão operada por agitação origine um 
produto de aspecto homogêneo, em que não se observe a presença de quaisquer aglomerados 
de partículas.
Agentes suspensores empregados: derivados da celulose, alginatos, líquidos viscosos, argilas, entre 
outros. As suspensões devem ser agitadas antes do uso. 
Xaropes (PASCHOAL et al., 2009)
São formas farmacêuticas aquosas contendo cerca de dois terços de seu peso em sacarose ou outros 
açúcares.Podem ser medicinais e/ou edulcorantes, apresentando duas vantagens: correção de 
sabor desagradável do fármaco e conservação do mesmo na forma farmacêutica de administração.
A forma sublingual líquida é um tipo de xarope em que se usa o sorbitol como veículo. A mucosa 
oral é altamente vascularizada, composta por vasos sanguíneos de pequeno calibre, portanto, 
pela via sublingual o suplemento chega mais rapidamente à corrente sanguínea, principalmente 
se ele possuir uma estrutura química lipossolúvel. Entretanto, matérias-primas hidrofílicas, como 
aminoácidos, devem ser diluídas em produto químico que auxilie sua absorção. Para diluição 
de aminoácidos, o veículo mais utilizado é o sorbitol, entretanto também podem ser utilizados a 
glicerina ou xarope simples. 
Ingestão Dietética de Referência (DRIs)
Em 1995, o “Food and Nutrition Board” ou Comitê para Alimentação e Nutrição, juntamente com o 
governo canadense, introduziram as DRIs, com os objetivos de:
 » Prevenir as deficiências nutricionais.
 » Prevenir doenças crônicas não transmissíveis.
 » Estabelecer limite máximo (prevenir toxicidade).
As DRIs compreendem 4 referências de ingestão:
1. EAR: Estimated Average Requirement (Recomendação Média Estimada).
2. RDA: Recomended Dietary Allowance (Ingestão Dietética Recomendada).
3. AI: Adequate Intake (Ingestão Adequada).
4. UL: Tolerable Upper Intake Level (Limite Máximo Tolerável de Ingestão).
26
UNIDADE II │ SUPLEMENTAÇÃO NUTRICIONAL EM ESTÉTICA
Recomendação Média Estimada (EAR)
É o valor de ingestão do nutriente que estima atender às necessidades de 50% dos indivíduos num 
determinado gênero e estágio da vida.
Na origem das EARs, conceitos de redução de risco de doenças e biodisponibilidade são 
considerados. Valores de referência não se baseiam apenas na prevenção da deficiência de 
nutrientes. A EAR pode ser utilizada na composição da média de consumo recomendada para um 
grupo populacional, onde apenas 2 a 3% da população ficariam abaixo da EAR. Portanto, pode 
ser utilizada como um fator para avaliar e planejar a adequação da ingestão de nutrientes por 
grupos populacionais.
As EARs servem de base para a determinação da RDA. 
Ingestão Dietética Recomendada (RDA)
É a ingestão diária do nutriente que é suficiente para atender as necessidades nutricionais de cerca 
de 97% a 98% dos indivíduos num estágio da vida e sexo. As RDAs se aplicam ao indivíduo, não a 
grupo de indivíduos. As RDAs são obtidas a partir das EARs mais 2 desvios padrões. Portanto, sem 
EAR, não há RDA. As RDAs são aplicáveis à indivíduos saudáveis.
Ingestão Adequada (AI)
A AI é estabelecida no lugar de uma RDA se evidências científicas não estão disponíveis para 
calcular uma EAR. A AI é baseada na observação ou estimativa experimental da média de 
ingestão do nutriente por um grupo de indivíduos saudáveis, que parece sustentar um estado 
nutricional, definido como valores circulantes normais do nutriente, crescimento adequado e 
outros indicadores funcionais de saúde. O principal uso da AI é servir de meta para ingestão de 
nutrientes dos indivíduos.
Limite Máximo Tolerável de Ingestão (UL) 
O UL é o maior nível de ingestão diária de um nutriente que se acredita que não coloque a população 
em risco de efeito adverso para a saúde. Quando a ingestão é superior à UL, o risco de efeitos 
adversos aumentam. Criou‐se o termo “ingestão tolerável” para evitar a implicação de possíveis 
efeitos benéficos.
A UL permite concluir que: “Se o consumo individual é abaixo da UL, há uma boa garantia de que o 
consumo não irá causar efeitos adversos”.
Para calcular a UL são considerados 2 parâmetros, NOAEL e LOAEL.
Utiliza‐se o NOAEL (No Observed Adverse Effect Level) para determinar o UL, pois indica a maior 
ingestão (ou dose experimental) de um nutriente, cuja quantidade não se observa a existência de 
27
SUPLEMENTAÇÃO NUTRICIONAL EM ESTÉTICA │ UNIDADE II
efeitos adversos, sendo seguro em quase todas as circunstâncias. Quando o NOAEL não pode ser 
determinado utiliza‐se o LOAEL (Low Observed Adverse Effect Level); Indica a menor ingestão (ou 
dose experimental) de um nutriente, cuja quantidade já permite observar um efeito adverso.
Fórmula para determinação da UL:
UL = NOAEL OU LOAEL / UF (fator de incerteza)
Atualmente, para alguns nutrientes, ainda não há dados suficientes para desenvolver o UL, o que 
não significa não haver potencial para efeitos adversos resultantes da alta ingestão. Pelo contrário, 
quando os dados forem muito limitados é preciso maiores precauções na suplementação.
28
CAPÍTULO 2
Vitaminas e minerais
Biodisponibilidade de vitaminas e minerais
A interação de um nutriente contido em um determinado alimento com outros nutrientes presentes 
em uma refeição ou componentes dessa refeição em contato com os componentes químicos desse 
alimento podem afetar sua absorção e também o seu metabolismo no organismo e, portanto, sua 
utilização biológica. 
São fatores que afetam a biodisponibilidade: concentração e natureza química dos alimentos; estado 
nutricional e saúde do indivíduo; e as perdas por excreção. 
Na maioria das vezes, o total ingerido não corresponde à quantidade do nutriente absorvido de fato 
pelo organismo (REIS, 2007). O termo biodisponibilidade pode ser definido como a proporção da 
quantidade do nutriente que sofre absorção intestinal e é então utilizada pelo corpo (REIS, 2007).
A utilização e o transporte de nutrientes absorvidos nos tecidos incluem a absorção celular e a 
conversão para a forma que realiza alguma função bioquímica. A palavra “disponível” é chave, 
pois o nutriente também pode ser metabolizado dentro da célula e ficar indisponível para excreção 
subsequente, ou pode, apenas, ser armazenado para uso futuro (BALL, 1998).
Vários fatores químicos, incluindo o potencial redox, o pH e a forma inicial dos microelementos, 
influenciam o curso da digestão e em seguida a solubilidade e a disponibilidade desses elementos 
(MADSEN; JOHNSON, 1989). 
Muitos são os fatores que influenciam a absorção de nutrientes de um alimento. Entre eles estão os 
relacionados com a própria fisiologia do indivíduo, bem como fatores relacionados com o alimento. A 
má absorção pode acontecer na presença de desordens gastrintestinais ou outras doenças específicas. 
O estado nutricional prévio do indivíduo também é capaz de influenciar a biodisponibilidade de 
uma vitamina em particular, podendo tal estado nutricional estar relacionado com uma regulação 
adaptativa no metabolismo dessa vitamina (BALL, 1998).
Ao longo do processo de absorção dos nutrientes, ocorrem diversas variações nas condições 
químicas e bioquímicas intraluminais. Por isso, parte dos mesmos pode ter sua absorção reduzida 
ou aumentada em decorrência de alterações favoráveis ou desfavoráveis para a absorção. 
As vitaminas lipossolúveis, por exemplo, são dependentes de emulsificação para incorporação 
às micelas e difusão pela mucosa e devem ser consumidas com as refeições. Já os demais 
nutrientes (hidrossolúveis), para serem absorvidos, devem estar solubilizados no meio aquoso 
ou em quelatos. Quando os microelementos são quelatos, em especial no caso dos minerais, os 
aminoácidos são com ele absorvidos, e são menos influenciados pelo pH intraluminal ou pela 
presença de antagonistas. 
29
SUPLEMENTAÇÃO NUTRICIONAL EM ESTÉTICA │ UNIDADE II
O nome quelato provém da palavra grega chele, que significa garra ou pinça, referindo-se à 
forma pela qual os íons metálicos são “aprisionados” no composto. Um quelato é um composto 
químico formado por um íon metálico unido por várias ligações covalentes a uma estrutura 
heterocíclica de compostos orgânicos, como aminoácidos, peptídeos ou polissacarídeos 
(PUJOL, 2011). 
Os minerais quelatados são definidos como sendouma mistura de elementos minerais ligados a 
algum tipo de carreador, que pode ser um aminoácido ou polissacarídeo. Esses minerais são capazes 
de ligar o metal por ligações covalentes por meio de grupamentos aminos ou oxigênio, formando, 
desse modo, uma estrutura cíclica (LEESON; SUMMERS, 2001).
Estudos revelam que proteinados ou quelatos de diferentes minerais, apresentam biodisponibilidade 
superior à de seus semelhantes inorgânicos, sendo que um aminoácido específico, ao qual o 
mineral está quelatado, determina o tecido ou sistema enzimático ao qual se destina (COUZY et 
al., 1993).
Outra característica importante é que os quelatos devem ser eletricamente neutros. Há cargas 
positivas e negativas na membrana de cada célula intestinal. Se um quelato não for neutro, será 
repelido ou ligado à membrana, sendo sua absorção prejudicada. Para alcançar um estado elétrico 
neutro, o quelato deve ser complexado a um ânion ionizável com relativa facilidade, com um 
halógeno ou um grupo sulfato, e o ligante deve satisfazer tanto estado oxidativo quanto o número 
coordenado do átomo metal. Isso afeta a proporção molar ligante metal.
Minerais
Os minerais são muito instáveis nas condições do meio intraluminal. Facilitadores como refeições 
normoproteicas (14 a 15%) aumentam a absorção de minerais (ferro, cálcio, selênio e zinco) pela 
mucosa por meio do aumento do fluxo sanguíneo, para compor o pool de aminoácidos no fígado 
(PUJOL, 2011). 
Entre os inibidores da absorção de minerais, destacam-se fitatos, hemiceluloses, oxalatos, fosfatos, 
taninos e compostos polifenólicos em geral. Taninos e demais compostos fenólicos podem 
comprometer em ate 50% a absorção de ferro das refeições (REIS, 2007). Por isso, fitoterápicos 
com a forma farmacêutica de infusão não devem ser utilizados logo após as refeições por seu efeito 
na redução da biodisponibilidade, em particular em refeições ricas em ferro e zinco.
De acordo com Couzi et al. (1993), as interações entre minerais podem ocorrer de maneira direta 
ou indireta. As interações diretas em geral são fenômenos competitivos que se dão durante a 
absorção intestinal ou utilização tecidual, enquanto as indiretas se dão quando um mineral está 
envolvido no metabolismo do outro, de modo que a deficiência de um acarreta prejuízo da função 
do outro.
De acordo com Reis (2007), a absorção dos minerais é muito influenciada pela dieta, por isso não 
devem ser administrados com as refeições, necessitando de um intervalo de no mínimo duas horas 
entre a refeição e a ingestão de suplementos à base de minerais.
30
UNIDADE II │ SUPLEMENTAÇÃO NUTRICIONAL EM ESTÉTICA
Interações entre minerais são muito comuns. Um exemplo disso é a diminuição na absorção 
de ferro, fósforo e zinco na presença de elevadas quantidades de cálcio (WALTER et al., 2000). 
Suplementações à base de zinco e cálcio associados ao ferro podem gerar bloqueio da absorção, 
transporte e distribuição do mineral para os tecidos, além de disfunção enzimática nos vários 
sistemas corporais dependentes de ferro (REIS, 2007).
A solução nesse caso é o uso de formulações com minerais quelatos, considerando a melhora da 
biodisponibilidade desses nutrientes. Porém, por serem produtos que envolvem maior tecnologia e 
complexo processo de produção, são mais onerosos para o paciente.
Vitaminas
No que diz respeito à biodisponibilidade, as vitaminas são mais estáveis e menos passíveis de 
sofrerem interações, negativas ou positivas no lúmen intestinal, que os minerais. 
Nesse caso devemos avaliar a interação de cada vitamina, que pode variar, por exemplo, de acordo 
com sua solubilidade em água ou lipídios. Por exemplo, as vitaminas hidrossolúveis devem ser 
administradas em conjunto com as refeições, à exceção da folacina cuja absorção é prejudicada pela 
presença de fibras solúveis e vitaminas C. 
A presença da vitamina E, ingerida junto com a vitamina A, aumenta a absorção dessa última, 
sendo que seu efeito antioxidante protetor nos lipídios carreadores da vitamina A pode ser uma das 
explicações desse fenômeno (KUSIN et al., 2004). A presença de proteínas e gorduras é essencial 
na formação de micelas, sendo as proteínas agentes ativos de superfície, tanto no lúmen intestinal 
quanto na superfície das células epiteliais, e a gordura, veículo de transporte de vitamina A e 
estimulador do fluxo biliar. Os carotenoides também devem ser administrados de preferência com 
as refeições, pois se solubilizam na fração lipídica dos alimentos, responsável por estimular a bile e 
ativar lípases pancreáticas e entéricas, o que facilitaria a absorção (BLOMHOFF et al., 1991).
Pesquisadores verificaram uma biodisponibilidade de betacaroteno quatro vezes maior em relação 
aos vegetais folhosos verde-escuros, uma vez que nessas frutas os carotenoides encontram-se, de 
preferência, em corpúsculos oleosos, nos cromoplastos, facilitando, assim, sua extração durante os 
processos digestórios (MOURÃO et al., 2005). Estudos recentes demonstraram que uma pequena 
quantidade de lipídios (três a cinco gramas na refeição) já assegura uma absorção eficiente de 
betacaroteno (ROODENBURG et al., 2000).
A eficiência de absorção da vitamina E parece ser maior quando solubilizada em micelas contendo 
triglicerídeos com ácidos graxos de cadeia média, quando comparada aos de cadeia longa 
(MOURÃO et al., 2005). Estabeleceu-se que, tanto em animais quanto em humanos, um aumento 
na ingestão de lipídios insaturados, em especial os ácidos graxos poli-insaturados (PUFA, do inglês 
polyunsaturated fatty acid), acelera a depleção e aumenta os requerimentos de vitamina E em razão 
de os PUFA estarem concentrados, de preferência, nas membranas celulares, nas quais eles têm 
uma capacidade de sequestrar uma certa quantidade de vitamina E para manter sua estabilidade 
oxidativa (MOURÃO et al., 2005). Dessa maneira, sugere-se que a vitamina E não seja consumida 
com PUFA. 
31
SUPLEMENTAÇÃO NUTRICIONAL EM ESTÉTICA │ UNIDADE II
Suplementação de vitaminas e minerais 
em estética
Magnésio 
Quadro 1. Informações importantes para a suplementação de magnésio.
Formas ativas comuns Razão nutriente/nutriente
Interações 
nutriente/
nutriente
Interações droga/nutriente
magnésio quelado, 
magnésio glicina, 
magnésio arginina, 
magnésio buffered, 
magnésio taste free, citrato 
de magnésio e aspartato 
de magnésio
Zinco: Zn/Mn<8
Cálcio: 2 de cálcio para 1 de magnésio. No 
entanto, para a suplementação da maioria 
dos indivíduos, é necessário uma relação 1:1 
e, muitas vezes, de 1:2 em virtude da baixa 
ingestão dos alimentos fontes de magnésio.
Alta ingestão de cálcio 
e fósforo inibem a 
absorção de magnésio.
contraceptivos orais; estrogênio 
(ERT) e hormônio (HRT) de 
reposição; diuréticos de alça; 
diuréticos tiazida; lanolina; 
antibióticos de tetraciclina e 
neomicina.
Fonte: Lavalle Metabolic Institute (2008); COUZY et al. (1993); DTUGASZEK, et al. (2008); BLUM et al. (1991); AL-GHAMDI et al. 
(1994); PASCHOAL et al. (2009).
Quadro 2. Limites máximos e recomendação de ingestão diária para adultos.
Limites máximos diários de segurança
Recomendação de ingestão diária para adultos segundo a 
Recommended Dietary Allowances (RDA)
UL ANVISA RDA Homens Mulheres
350mg 700mg 400mg 310mg
Fonte: Institute of Medicine (1997) e ANVISA (2008)
Pesquisadores, em um estudo que avaliou a relação entre a ingestão de magnésio e a diminuição 
da proteína C reativa ultrassensível, que é um parâmetro para avaliar o processo inflamatório, 
observaram que quanto mais a ingestão do magnésio se aproxima da RDA, menor é o valor da 
proteína C reativa (KING et al., 2005).
Estudos recentes revelam que existe uma relação entre a ingestão de magnésio com a proteína C 
reativa ultrassensível e uma relação de ambos com prevalênciade obesidade em mulheres pré-
menopausadas sem reposição hormonal. Song et al. (2005) observou que, nas mulheres com 
sobrepeso, os níveis plasmáticos de PCR estavam aumentados, mostrando, mais uma vez, que a 
obesidade é uma doença inflamatória.
A deficiência de magnésio aumenta a produção de IL-1 e IL-6 que estão envolvidas com a produção 
de proteínas de fase aguda na inflamação. A baixa concentração de TNF-alfa e da reação em cadeia 
de polimerase (PCR, do inglês polymerse chain reaction), portanto, a deficiência desse nutriente 
está envolvida com a inflamação sistêmica crônica e com a resistência a insulina, característica das 
desordens metabólicas.
O magnésio também atua no metabolismo dos carboidratos, das proteínas e das gorduras, além 
de ser fundamental na conversão de um aminoácido, o triptofano, em serotonina, evitando 
32
UNIDADE II │ SUPLEMENTAÇÃO NUTRICIONAL EM ESTÉTICA
compulsão alimentar. O consumo excessivo de açúcar branco tende a reduzir os níveis de magnésio 
no sangue. 
Cálcio
Quadro 3. Informações importantes para a suplementação de cálcio.
Formas ativas 
comuns
Interações nutriente/nutriente Interações droga/nutriente
Cálcio quelado, cálcio 
glicina, cálcio taste 
free, citrato de cálcio e 
aspartato de cálcio
Sódio: reduz a disponibilidade e aumenta sua excreção urinária;
Proteínas: metionina aumenta sua excreção urinária;
Gorduras: aumentam sua excreção;
Cafeína: aumenta sua excreção (menopausa);
Oligofrutose e vitaminas do complexo B aumentam a absorção de Ca;
Fósforo reduz sua excreção urinária. 
Diuréticos de alça e outros que causam 
depleção de Potássio; Aticonvulsivantes 
(barbitúricos e fenitoína); Corticosteróides; 
Isoniazida; neomicina; antagonista H2; 
digoxina; antiácidos à base de magnésio e 
alumínio; antibióticos de tetraciclina.
Fonte: Lavalle Metabolic Institute (2008); COUZY et al. (1993); PASCHOAL et al. (2009).
Quadro 4. Limites máximos e recomendação de ingestão diária para adultos
Limites máximos diários de segurança Recomendação de ingestão diária para adultos 
segundo a Adequate Intake (AI)
UL ANVISA RDA Homens Mulheres
2.500 mg 1.500 mg 1.000 mg
Fonte: Institute of Medicine (2011) e ANVISA (2008)
É possível potencializar a absorção de cálcio por meio de outros fatores, tais como: respeito ao 
sinergismo de todos os nutrientes, restauração da função digestiva, aumento da acidez gástrica 
e restauração de equilíbrio intestinal com pré e probióticos. Portanto, não são necessárias 
administrações de altas doses desse nutriente. Observou-se outro fator que pode interferir na 
absorção que é a presença ou não de alimentos. Um estudo mostrou que cerca de 20% do cálcio é 
absorvido quando o estômago está vazio e 30 a 35% do mesmo é absorvido quando ingerido com 
alimentos (SILVA; COZZOLINO, 2007), demonstrando que a absorção do cálcio é maior quando 
este é ingerido junto com os alimentos.
Existe uma combinação de fatores relacionados à deficiência de cálcio, que podem desencadear 
o ganho de peso e obesidade (ZEMEL, 2002). O déficit de cálcio está relacionado com o aumento 
do PTH e da dihidroxivitamina D, a qual, por sua vez, aumenta o cálcio intracelular. O aumento 
do cálcio intracelular eleva a produção de insulina, a qual, por sua vez, aumenta a lipogênese. 
Da mesma forma, o aporte adequado de cálcio está relacionado com a diminuição do PTH e da 
dihidroxivitamina D, que provoca aumento da lipólise e diminuição do cálcio intracelular (ZEMEL 
et al., 2000). Dietas pobres em cálcio estão associadas ao aumento da liberação de calcitriol, também 
relacionado com o aumento do cálcio intracelular nos adipócitos. 
Sabe-se que a obesidade é uma doença caracterizada pela inflamação crônica e resistência à 
insulina. O aumento do cálcio intracelular (ocasionado pela deficiência na ingestão de cálcio) leva 
33
SUPLEMENTAÇÃO NUTRICIONAL EM ESTÉTICA │ UNIDADE II
à deficiência de magnésio, ativação da fosfolipase A2 e aumento da produção dos eicosanoides pró-
inflamatórios que induzem a resistência à insulina (VALDÉS et al., 2007).
Em estudos com suplementação de cálcio em doses variando de 1.200 a 1.300 mg/dia, foi observado, 
como resultado, um aumento da perda de peso (ZEMEL, 2002; ZEMEL; MILLER, 2004). Diversos 
estudos epidemiológicos identificaram relação inversa entre o consumo de cálcio e o valor de IMC 
(PEREIRA et al., 2002; CARRUTH; SKINNER, 2001; GONZALEZ et al., 2006).
É importante ressaltar que, se cálcio e ferro estiverem na mesma fórmula, o cálcio será um quelante 
para o ferro, pois sabe-se que 300 mg de cálcio diminuem a absorção de ferro. Assim, a correta 
forma de administração, neste caso, será com um dos dois na forma de quelato, para que não haja 
comprometimento da absorção (SANDSTROM, 2001).
Zinco 
Quadro 5. Informações importantes para a suplementação de zinco.
Formas ativas 
comuns
Razão nutriente/
nutriente
Interações nutriente/nutriente
Interações droga/
nutriente
Zinco quelado, 
zinco arginina, 
zinco glicina, zinco 
histidina, zinco 
taste free.
Fe/ Zn < 20 (zinco 
dietético);
Fe/Zn < 3 (quando 
suplementação crônica de 
ferro);
Zn/Cu < 15;
Zn/Mn < 8;
Zn/F 75;
Mn/Zn < 8.
Cálcio diminui a biodisponibilidade de zinco (usar 
sempre um dos dois na forma de quelato);
30 mg de ferro diminui a absorção de zinco, pois 
ferro heme bloqueia sua captação;
suplementação de zinco exige sinergia com o 
cobre, na proporção 15 a 20:1, para que não 
ocorra queda na enzima superóxido dismutase;
o zinco apresenta interação sinérgica com a 
vitamina A.
Contraceptivos orais; diuréticos 
de alça, diuréticos de tiazida; 
antagonistas de receptores H2; 
zidovudina (AZT); D-penicilina; 
Etambutol.
Fonte: Lavalle Metabolic Institute (2008); COUZY et al. (1993); PASCHOAL et al. (2009).
Quadro 6. Limites máximos e recomendação de ingestão diária para adultos.
Limites máximos diários de segurança
Recomendação de ingestão diária para adultos 
segundo a Recommended Dietary Allowances (RDA)
UL ANVISA RDA Homens Mulheres
40 mg 30 mg 11 mg 8 mg
Fonte: Institute of Medicine (2001) e ANVISA (2008)
Zinco nas desordens estéticas
Na acne, o zinco promove a quimiotaxia, que consiste em impedir a ação das bactérias causadoras 
da acne (NITZAN; COHEN, 2006; DEGITZ; PLEWIG, 2005; VERMA et al., 1980).
A deficiência de zinco pode comprometer o processo de cicatrização. Estudos recentes mostram 
que a suplementação de zinco acelera a cura de feridas por aumentar a formação dos fibroblastos 
(NITZAN; COHEN, 2006; DEGITZ; PLEWIG).
34
UNIDADE II │ SUPLEMENTAÇÃO NUTRICIONAL EM ESTÉTICA
Unhas fracas, quebradiças, com manchas, cabelos secos e quebradiços, aumento da queda de cabelos 
e calvície, são sintomas que podem estar relacionados à deficiência de zinco, já que esse mineral é 
responsável pela formação de queratina (HEATH; SIDBURY, 2006).
Níveis de zinco têm um papel central na transudação do sinal de inflamação, pois age na supressão 
da fosforilação e degradação das proteínas inibitórias que normalmente sequestram NF-kappa B 
no citoplasma (VASTO et al., 2006). O zinco, também, desempenha papel regulador na ação da 
insulina, evitando o acúmulo de gordura abdominal. Ajuda a manter o equilíbrio na produção dos 
hormônios da tireoide e contribui para a digestão das gorduras, além de ser capaz de melhorar o 
paladar, reduzindo o consumo de alimentos muito doces ou salgados. 
O zinco está envolvido na estabilização de membranas estruturais e na proteção celular, prevenindo 
a peroxidação lipídica. Participa da estrutura da superóxido dismutase (SOD), inibe a 5-alfa redutase 
inibindo a conversão DHT, regula síntese proteica e divisão celular. Desse modo, a ingestão adequada 
de zinco, além de atuar no combate aos radicais livres, auxiliano suporte à função imunológica e 
combate ao envelhecimento do organismo. (FALCHUK, 1993; FAIRWEATHER-TAIT, 2008). 
Ferro 
Quadro 7. Informações importantes para a suplementação de ferro.
Formas ativas 
comuns
Razão nutriente/
nutriente
Interações nutriente/nutriente
Interações droga/
nutriente
ferro quelado, ferro 
glicina, ferro taste 
free.
Fe/ Zn < 20 (zinco 
dietético);
Fe/Zn < 3 (quando 
suplementação crônica de 
ferro);
Fe heme/Zn < 3;
Fe/Mn < 5;
Fe/F < 87;
Zn/Fe < 2.
Cálcio reduz a absorção de ferro não-heme;
Sulfato de zinco reduz biodisponibilidade de ferro;
Vitamina C aumenta a biodisponibilidade do ferro 
não-heme;
Fibras, fitatos e taninos em grande quantidade 
reduzem a absorção de ferro.
Colestiramina; Colestipol; 
Indometacina; Neomicina; 
Antagonistas de receptores 
H2; Antibióticos Quinolona; 
Tetraciclinas; Aspirina.
Fonte: Lavalle Metabolic Institute (2008); COUZY et al. (1993); HENRIQUES; COZZOLINO (2007); PASCHOAL et al. (2009).
Quadro 8. Limites máximos e recomendação de ingestão diária para adultos
Limites máximos diários de segurança
Recomendação de ingestão diária para adultos 
segundo a Recommended Dietary Allowances (RDA)
UL ANVISA RDA Homens Mulheres
45 mg 65 mg 8 mg 18 mg
Fonte: Institute of Medicine (2001) e ANVISA (2008)
O ferro é necessário para a síntese de carnitina, aminoácido que apresenta função importante para 
a oxidação de ácidos graxos. Na detoxificação hepática atua na citocromo P450, enzima hepática 
de detoxificação, auxiliando no tratamento de desordens estéticas, como, por exemplo, lipodistrofia 
35
SUPLEMENTAÇÃO NUTRICIONAL EM ESTÉTICA │ UNIDADE II
glinóide. No combate a flacidez dérmica e ao surgimento de rugas e linhas de expressão o ferro é 
fundamental, pois atua na síntese de colágeno e elastina requer ferro.
O ferro é um dos componentes mais importantes para saúde do cabelo, sendo que sua deficiência 
está associada à queda difusa de cabelos (WHITING, 1996).
Pacientes com alopecia areata e alopecia androgenética apresentam níveis significativamente 
menores de ferritina, quando comparadas com o grupo controle (KANTOR, 2003). 
Cobre
Quadro 9. Informações importantes para a suplementação de cobre.
Formas ativas 
comuns
Razão nutriente/
nutriente
Interações nutriente/nutriente
Interações droga/
nutriente
cobre quelado, 
cobre lisina, 
cobre tirosina.
Cu/Zn < 1;
Cu/Se < 3300;
Zn/Cu <15.
Zinco em excesso prejudica a absorção de cobre por competição pela 
mesma proteína ligadora na mucosa intestinal.
Suplementos de cálcio podem prejudicar a biodisponibilidade de cobre 
por tornar mais básico o pH intestinal, tornando o cobre menos solúvel;
Altas doses de vitamina C podem levar a depleção de cobre.
Colestiramina; Colestipol; 
Indometacina; Neomicina; 
Antagonistas de receptores 
H2; Antibióticos Quinolona; 
Tetraciclinas; Aspirina.
Fonte: Lavalle Metabolic Institute (2008); COUZY et al. (1993); PEDROSA; COZZOLINO (2007); PASCHOAL et al. (2009).
Quadro 10. Limites máximos e recomendação de ingestão diária para adultos.
Limites máximos diários de segurança Recomendação de ingestão diária para adultos segundo a 
Recommended Dietary Allowances (RDA)
UL ANVISA RDA Homens Mulheres
10.000 mcg 9 mg 900 mcg
Fonte: Institute of Medicine (2001) e ANVISA (2008)
A superóxido dismutase cobre e zinco dependentes (SOD – Cu/Zn), enzima antioxidante essencial 
para o organismo, contém cobre em sua estrutura; portanto, esse mineral auxilia na função 
antioxidante, protegendo o organismo contra o estresse oxidativo (JUAREZ et al., 2008). 
A formação de tecido conjuntivo e dependente de cobre, uma vez que a enzima lisil oxidase atua 
sobre as cadeias laterais da lisina e hidroxilisina do colágeno e da elastina, auxiliando, desta forma, 
na prevenção da flacidez e do envelhecimento precoce (RODRIGUES et al., 2008). 
Cromo
Quadro 11. Informações importantes para a suplementação de cromo.
Formas ativas 
comuns
Interações nutriente/nutriente Interações droga/nutriente
Cromo quelado, 
cromo glicina, 
picolinato de 
cromo e cromo 
GTF.
Sobrecarga de ferro impede a ligação 
do cromo à transferrina, pois competem 
pelo mesmo carreador e, portanto, pode 
se desencadear um processo de carência 
de cromo.
Cloreto de cromo e inibidores de prostaglandinas, como a aspirina, por 
aumentarem o pH estomacal, elevam as concentrações plasmáticas e urinárias 
de cromo.
Antiácidos e dimetilprostaglandinas E2 reduzem a absorção e retenção de cromo
Fonte: Lavalle Metabolic Institute (2008); COUZY et al. (1993); PASCHOAL et al. (2009).
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UNIDADE II │ SUPLEMENTAÇÃO NUTRICIONAL EM ESTÉTICA
Quadro 12. Limites máximos e recomendação de ingestão diária para adultos.
Limites máximos diários de segurança Recomendação de ingestão diária para adultos 
segundo a Adequate Intake (AI)
UL ANVISA RDA Homens Mulheres
Não estabelecido 1.000 mcg 35 mcg 25 mcg
Fonte: Institute of Medicine (2001) e ANVISA (2008)
Pitter et al. (2003), em sua meta-análise, avaliaram a eficácia do picolinato de cromo (200 mcg a 
400 mcg) para redução do peso corporal, diminuição da glicemia e lipidemia. Para o peso corporal, 
um efeito significante diferencial foi encontrado em favor do picolinato de cromo. No entanto, 
não foram demonstrados efeitos em relação à massa muscular. Em conclusão, a discussão desta 
meta-análise sugere efeito do picolinato de cromo comparado com o placebo para redução do peso 
corporal. A relevância do efeito clínico é discutível e, por isso, o resultado deve ser interpretado com 
atenção. É importante ressaltar que a prescrição de picolinato de cromo, forma ativa do cromo, é 
restrita à prescrição médica. 
O cromo ajuda a reduzir a resistência periférica à insulina, por meio da ativação da tirosina quinase 
localizada nos receptores insulínicos, tornando-os mais ativos à ação da insulina; com isso, a 
insulina consegue penetrar nesse receptor e carrear com muito mais intensidade a glicose que está 
circulando no sangue (VIA et al., 2008). Um estudo de revisão bibliográfica sobre a suplementação 
de Cr3+ concluiu que há melhora da eficiência da insulina e do perfil lipídico em doze estudos dos 
quinze avaliados (MERTZ, 1993).
O consumo de açúcar aumenta a excreção de cromo, com isso, ao longo do tempo, pode ocorrer 
resistência periférica à insulina, que tem alta correlação com o desenvolvimento de obesidade e 
diabetes do tipo 2 (LAU et al., 2008). 
Alguns cuidados devem ser tomados na suplementação de cromo. A administração deve ser 
realizada exclusivamente com a ingestão de carboidratos e os horários de administração também 
são importantes. Considerando, por exemplo, que o paciente faça uso da suplementação no 
período da manhã, devido ao pico de insulina que ocorre nesse período, se o paciente não ingerir 
carboidratos junto com a suplementação, o cromo deixará a insulina mais sensível à entrada da 
glicose, e o paciente se sentirá indisposto, com tonturas apresentando sintomas de hipoglicemia 
(LEVINA; LAY, 2008; PASCHOAL et al., 2009). 
Selênio
Quadro 13. Informações importantes para a suplementação de selênio.
Formas ativas 
comuns
Razão nutriente/
nutriente
Interações nutriente/nutriente
Interações droga/
nutriente
Selênio (aa complex) Cu/Se < 3300 Desconhecido Corticoides
Fonte: Lavalle Metabolic Institute (2008); COUZY et al. (1993); PASCHOAL et al. (2009).
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SUPLEMENTAÇÃO NUTRICIONAL EM ESTÉTICA │ UNIDADE II
Quadro 14. Limites máximos e recomendação de ingestão diária para adultos.
Limites máximos diários de segurança Recomendação de ingestão diária para adultos 
segundo a Recommended Dietary Allowances (RDA)
UL ANVISA RDA Homens Mulheres
400 mcg 150 mcg 55 mcg
Fonte: Institute of Medicine (2001) e ANVISA (2008)

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