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Brasília-DF. 
Suplementação nutricional e Fitoterapia 
aplicada à eStética
Elaboração
Juliana Lopez de Oliveira
Produção
Equipe Técnica de Avaliação, Revisão Linguística e Editoração
Sumário
APRESENTAÇÃO .................................................................................................................................. 5
ORGANIZAÇÃO DO CADERNO DE ESTUDOS E PESQUISA ..................................................................... 6
INTRODUÇÃO ..................................................................................................................................... 8
UNIDADE I
LEGISLAÇÃO PARA PRESCRIÇÃO DE SUPLEMENTOS ALIMENTARES ........................................................... 9
CAPÍTULO 1 
PRESCRIÇÃO DE SUPLEMENTOS ALIMENTARES .......................................................................... 9
CAPÍTULO 2
PRESCRIÇÃO DE FITOTERÁPICOS ........................................................................................... 13
UNIDADE II
SUPLEMENTAÇÃO NUTRICIONAL EM ESTÉTICA ...................................................................................... 21
CAPÍTULO 1
PRESCRIÇÃO EM CADA FORMA DE APRESENTAÇÃO .............................................................. 21
CAPÍTULO 2
VITAMINAS E MINERAIS .......................................................................................................... 28
CAPÍTULO 3
SUBSTÂNCIAS BIOATIVAS E PROBIÓTICOS ................................................................................ 46
CAPÍTULO 4
PROTEÍNAS E AMINOÁCIDOS ................................................................................................. 51
CAPÍTULO 5
ÁCIDOS GRAXOS ................................................................................................................. 55
CAPÍTULO 6
NUTRICOSMÉTICOS ............................................................................................................... 57
UNIDADE III
INTRODUÇÃO À FITOTERAPIA E FORMAS DE APRESENTAÇÃO DOS FITOTERÁPICOS ................................ 59
CAPÍTULO 1
FITOTERAPIA BÁSICA .............................................................................................................. 59
CAPÍTULO 2
MÉTODOS EXTRATIVOS E FORMAS DE USO FARMACÊUTICO .................................................... 64
UNIDADE IV
FITOTERAPIA EM ESTÉTICA ................................................................................................................... 71
CAPÍTULO 1
FITOTERAPIA EM TRATAMENTOS ESTÉTICOS FACIAIS E CORPORAIS ............................................ 71
PARA (NÃO) FINALIZAR ...................................................................................................................... 79
REFERÊNCIAS .................................................................................................................................... 80
5
Apresentação
Caro aluno
A proposta editorial deste Caderno de Estudos e Pesquisa reúne elementos que se entendem 
necessários para o desenvolvimento do estudo com segurança e qualidade. Caracteriza-se pela 
atualidade, dinâmica e pertinência de seu conteúdo, bem como pela interatividade e modernidade 
de sua estrutura formal, adequadas à metodologia da Educação a Distância – EaD.
Pretende-se, com este material, levá-lo à reflexão e à compreensão da pluralidade dos conhecimentos 
a serem oferecidos, possibilitando-lhe ampliar conceitos específicos da área e atuar de forma 
competente e conscienciosa, como convém ao profissional que busca a formação continuada para 
vencer os desafios que a evolução científico-tecnológica impõe ao mundo contemporâneo.
Elaborou-se a presente publicação com a intenção de torná-la subsídio valioso, de modo a facilitar 
sua caminhada na trajetória a ser percorrida tanto na vida pessoal quanto na profissional. Utilize-a 
como instrumento para seu sucesso na carreira.
Conselho Editorial
6
Organização do Caderno 
de Estudos e Pesquisa
Para facilitar seu estudo, os conteúdos são organizados em unidades, subdivididas em capítulos, de 
forma didática, objetiva e coerente. Eles serão abordados por meio de textos básicos, com questões 
para reflexão, entre outros recursos editoriais que visam a tornar sua leitura mais agradável. Ao 
final, serão indicadas, também, fontes de consulta, para aprofundar os estudos com leituras e 
pesquisas complementares.
A seguir, uma breve descrição dos ícones utilizados na organização dos Cadernos de Estudos 
e Pesquisa.
Provocação
Textos que buscam instigar o aluno a refletir sobre determinado assunto antes 
mesmo de iniciar sua leitura ou após algum trecho pertinente para o autor 
conteudista.
Para refletir
Questões inseridas no decorrer do estudo a fim de que o aluno faça uma pausa e reflita 
sobre o conteúdo estudado ou temas que o ajudem em seu raciocínio. É importante 
que ele verifique seus conhecimentos, suas experiências e seus sentimentos. As 
reflexões são o ponto de partida para a construção de suas conclusões.
Sugestão de estudo complementar
Sugestões de leituras adicionais, filmes e sites para aprofundamento do estudo, 
discussões em fóruns ou encontros presenciais quando for o caso.
Praticando
Sugestão de atividades, no decorrer das leituras, com o objetivo didático de fortalecer 
o processo de aprendizagem do aluno.
Atenção
Chamadas para alertar detalhes/tópicos importantes que contribuam para a 
síntese/conclusão do assunto abordado.
7
Saiba mais
Informações complementares para elucidar a construção das sínteses/conclusões 
sobre o assunto abordado.
Sintetizando
Trecho que busca resumir informações relevantes do conteúdo, facilitando o 
entendimento pelo aluno sobre trechos mais complexos.
Exercício de fixação
Atividades que buscam reforçar a assimilação e fixação dos períodos que o autor/
conteudista achar mais relevante em relação a aprendizagem de seu módulo (não 
há registro de menção).
Avaliação Final
Questionário com 10 questões objetivas, baseadas nos objetivos do curso, 
que visam verificar a aprendizagem do curso (há registro de menção). É a única 
atividade do curso que vale nota, ou seja, é a atividade que o aluno fará para saber 
se pode ou não receber a certificação.
Para (não) finalizar
Texto integrador, ao final do módulo, que motiva o aluno a continuar a aprendizagem 
ou estimula ponderações complementares sobre o módulo estudado.
8
Introdução
Por um “ideal de beleza”, pessoas procuram diferentes métodos para alcançar suas metas, por 
meio de dietas, exercícios físicos e cirurgias plásticas. É notável o atual aumento do consumo de 
suplementos nutricionais e fitoterápicos com o propósito de auxiliar na beleza. O mercado da estética 
é emergente e a demanda por profissionais especializados para atuar neste cenário crescente. 
O presente caderno de estudos foi desenvolvido com o objetivo de enriquecer seus conhecimentos 
relativos à suplementação de nutrientes e uso da fitoterapia, ambos aplicados aos tratamentos 
estéticos. Cada capítulo representa um convite à reflexão de diferentes aspectos relacionados à 
nutrição aplicada à estética, sendo de fundamental importância lembrar que a busca e aprimoramento 
de conhecimento não termina ao final da leitura destas páginas. Ao contrario, nosso objetivo é orientá-
lo de uma forma abrangente e despertar o espírito crítico associado ao interesse pelo aprofundamento 
dos conhecimentos relativos às questões aqui apresentadas.
O desempenho de cada aluno será avaliado a partir da sua participação durante as atividades 
propostas no ambiente virtual, como: realização de tarefas, participação nos fóruns de discussão, 
memorial acadêmico e realização de prova presencial, conforme determinaçãolegal. Os trabalhos 
valerão 40% do total da nota e a prova presencial, 60%.
Objetivos
 » Apresentar os principais aspectos da legislação existente relativos à prescrição de 
suplementos e fitoterápicos por profissionais da saúde.
 » Abordar os principais conceitos relacionados à suplementação de nutrientes e 
compostos bioativos.
 » Abordar os principais conceitos relacionados à produção de fitoterápicos e fitoterapia.
 » Ampliar a compreensão referente aos efeitos da suplementação e fitoterapia no 
tratamento das patologias estudadas.
9
UNIDADE I
LEGISLAÇÃO PARA 
PRESCRIÇÃO DE 
SUPLEMENTOS 
ALIMENTARES
CAPÍTULO 1 
Prescrição de suplementos alimentares
A prescrição de suplementos é responsabilidade do nutricionista ou médico. Ao farmacêutico cabe 
selecionar o medicamento ou seu preparo a partir de uma prescrição. Apesar disso, com a atual e 
excessiva preocupação com a aparência e estética, muitas vezes, ocorre o consumo indiscriminado 
de suplementos nutricionais sem prescrição médica ou de nutricionista. 
Sabe-se que o conjunto de nutrientes presentes nos alimentos é que propicia proteção à saúde, e não 
um nutriente isolado (CERQUEIRA et al., 2007). De fato, os nutrientes não atuam sozinhos, mas 
agem de maneira sinérgica. Portanto o nutricionista deve recomendar, em primeiro lugar, fontes 
alimentares para suprir as necessidades nutricionais e o suplemento deve ser utilizado como forma 
de complementar à dieta ou em casos de carência desse nutriente.
O alimento dispõe de um sinergismo nutricional, que otimiza a atuação dos nutrientes presentes 
nele. Além disso, muitas vezes ao introduzirmos um alimento com o objetivo de ofertar determinado 
nutriente, também se altera um hábito alimentar não favorável àquela condição. Por exemplo, 
quando há necessidade de aumentar o aporte de ácidos graxos ômega-3, a inclusão do peixe em 
substituição a outras carnes pode trazer benefícios adicionais, como a redução do consumo de 
ácidos graxos saturados presentes nas outras carnes, que somente a suplementação com o óleo não 
traria (FISHBORN, 2009).
Conforme recomendação do The American Dietetic Association (ADA), a melhor estratégia nutricional 
para promoção da saúde e redução do risco de doenças crônicas é manter uma alimentação variada. 
Por outro lado, diversos estudos demonstram que a composição nutricional dos solos e dos alimentos 
tem sido modificada pelos tipos de cultivo, métodos genéticos e ambientais (DAVIS, 2005). 
Uma pesquisa do departamento de Alimentos e Nutrição Experimental da Faculdade de Ciências 
Farmacêuticas da Universidade de São Paulo analisou a “cesta básica Dieese e PROCON”, adotando 
dois terços das “Recommended Dietary Allowances” (RDA) como parâmetro de necessidades 
(BARRETO et al., 1998). Foram encontrados valores insuficientes para as vitaminas A, C, 
riboflavina (B2) e piridoxina (B6), cálcio (Ca), magnésio (Mg), ferro (Fe), zinco (Zn), iodo (I) e 
selênio (Se), e o percentual lipídico no total calórico mostrou-se elevado. Outro estudo analisou 70 
10
UNIDADE I │ LEGISLAÇÃO PARA PRESCRIÇÃO DE SUPLEMENTOS ALIMENTARES
dietas de indivíduos sedentários e atletas, todas as análises dietéticas não atingiram as RDAs para 
micronutrientes (MISNER, 2006).
O estudo Brazos Nutricional, realizado pela UNIFESP, em parceria com a USP, avaliou aspectos 
relacionados à alimentação de 2.420 pessoas em 150 municípios das cinco regiões do país. Resultados 
mostram que o brasileiro ingere os nutrientes em quantidades menores que o recomendado pelas 
DRIs (Dietary Reference Intakes), o que se justifica pelo menor consumo de frutas, verduras e grãos 
como resposta à globalização no dia-a-dia da população.
Legislação para prescrição de suplementos
Portaria no 32, de 13 de janeiro de 1998
Os suplementos vitamínicos e/ou de minerais são classificados como alimentos que têm o objetivo 
de complementar a dieta diária de uma pessoa saudável com determinados nutrientes, quando a 
ingestão dietética não for suficiente. Para tanto, os produtos devem conter, em sua composição, entre 
25% e 100% da Ingestão Diária Recomendada (IDR) por porção, desde que não sejam considerados 
como dieta exclusiva, e não podem substituir os alimentos.
A Portaria determina, também, que o fabricante é responsável por evitar incompatibilidades 
tecnológicas e/ou associações de vitaminas e/ou minerais em níveis que possam interferir 
negativamente na biodisponibilidade desses nutrientes. 
Com relação à rotulagem, não é permitido qualquer alegação de prevenção, tratamento ou alívio de 
qualquer tipo de enfermidade, podendo apresentar somente informações sobre funções cientificamente 
comprovadas dos nutrientes em questão (desde que relacionadas a seu papel fisiológico no 
desenvolvimento ou em funções do organismo).
Portaria no 40, de 13 de janeiro de 1998
Regulamenta as normas para níveis de dosagens diárias de vitaminas e minerais em medicamentos, 
apresentando as diferenças entre medicamentos à base de vitaminas e/ou minerais com e sem 
exigência de prescrição médica.
A Portaria define como medicamentos à base de vitaminas e/ou minerais aqueles que apresentam 
doses diárias superiores a 100% da Ingestão Diária Recomendada (IDR). Esses medicamentos 
poderão ser classificados como medicamentos de “venda sem exigência de prescrição médica” quando 
as doses diárias estiverem em valores acima da IDR, porém não ultrapassam os limites máximos 
de segurança determinados no anexo da Portaria. Aqueles medicamentos que apresentarem doses 
diárias superiores a esses níveis máximos de segurança deverão, obrigatoriamente, ser classificados 
como medicamentos de “venda com exigência de prescrição médica”. 
Nesse sentido, é importante que o profissional nutricionista conheça os limites máximos de 
segurança determinados por essa Portaria da ANVISA, para que possa prescrever suplementos 
naquelas quantidades em que o produto não exija prescrição médica. 
11
LEGISLAÇÃO PARA PRESCRIÇÃO DE SUPLEMENTOS ALIMENTARES │ UNIDADE I
Resolução da Diretoria Colegiada – RDC no 2, de 7 
de janeiro de 2002
“Aprova o regulamento técnico de substâncias bioativas e probióticos isolados 
com alegação de propriedades funcionais e/ou de saúde”.
Esta resolução tem por objetivo “padronizar os procedimentos a serem adotados para a avaliação de 
segurança, registro e comercialização de substâncias bioativas e probióticos isolados com alegação 
de propriedades funcionais e de saúde”.
Destacam-se, nesta resolução, as definições:
 » Matéria-prima: toda substância de origem vegetal ou animais, em estado bruto, 
que, para ser utilizada como alimento, precisa ser submetida a tratamento e/ou 
transformação de natureza física, química ou biológica.
 » Nutriente: é a substância química encontrada em alimento, que propicia energia 
e/ou é necessária para o crescimento, desenvolvimento e manutenção da saúde e da 
vida, e/ou cuja carência resulta em mudanças químicas ou fisiológicas características.
 » Probiótico: microrganismo vivo capaz de melhorar o equilíbrio microbiano 
intestinal, produzindo efeitos benéficos à saúde do indivíduo.
 » Substância bioativa: além dos nutrientes, são os não nutrientes que possuem 
ação metabólica ou fisiológica específica.
Resolução CFN no 304/2003
Dispõe sobre os critérios para a prescrição dietética na área de nutrição clínica, indicando que o 
nutricionista é o profissional responsável pela prescrição dietética (como parte da assistência 
hospitalar, ambulatorial, em consultório de nutrição e em domicílio), que deverá ser realizada com 
base no diagnóstico nutricional.
Resolução da Diretoria Colegiada – RDC no 269, de 
22 de setembro de 2005
“Aprova o regulamento técnico sobre a Ingestão Diária Recomendada (IDR) de 
proteínas, vitaminas e minerais”.
Define-se comoIngestão Recomendada Diária (IDR) a quantidade de proteínas, vitaminas e 
minerais que deve ser consumida para atender às necessidades nutricionais da maior parte dos 
indivíduos e grupos de pessoas de uma população sadia. 
Resolução CFN no 390/2006
“Regulamenta a prescrição dietética de suplementos nutricionais pelo 
nutricionista e dá outras providências.”
12
UNIDADE I │ LEGISLAÇÃO PARA PRESCRIÇÃO DE SUPLEMENTOS ALIMENTARES
Essa resolução define suplementos nutricionais como formulados de vitaminas, minerais, proteínas 
e aminoácidos, lipídicos e ácidos graxos, carboidratos e fibras, isolados ou associados entre si. 
Ordena que sejam respeitados os níveis máximos de segurança determinados pela ANVISA e, na 
ausência destes, os definidos como “Torerable Upper Intake Levels (UL)” pelas “Dietary Reference 
Intakes” (DRIs). Esses correspondem aos valores máximos que podem ser suplementados. O 
profissional somente deverá recomendar suplementos com base no diagnóstico nutricional e em 
especial nas seguintes condições: estados fisiológicos específicos, estados patológicos e alterações 
metabólicas. Além disso, sempre deve definir o período de suplementação e realizar a reavaliação 
do estado nutricional e do plano alimentar. 
13
CAPÍTULO 2
Prescrição de fitoterápicos
Fitoterapia 
No ano de 2006 duas políticas foram publicadas pelo setor de plantas medicinais e fitoterápicos no 
Brasil, a fim de incentivar a Portaria Ministerial MS/GM no 971, de 3 de maio de 2006, aprovando 
a Política Nacional de Práticas Integrativas e Complementares (PNPIC) no Sistema Único de Saúde 
(SUS), que prevê a incorporação de terapias como a homeopatia, o termalismo, a acupuntura e a 
fitoterapia nesse sistema. 
Em 2006 o Decreto no 5813, de 22 de junho, aprova a Política Nacional de Plantas Medicinais e 
Fitoterápicos (PNPMF) e dá outras providências. Essa política estabelece diretrizes e linhas 
prioritárias para o desenvolvimento de ações pelos diversos parceiros em torno de objetivos comuns 
voltados à garantia do acesso seguro e do uso racional de plantas medicinais e fitoterápicos em 
nosso país. Também traça diretrizes para o desenvolvimento de tecnologias e inovações, assim 
como o fortalecimento das cadeias e dos arranjos produtivos. A política orienta também para o uso 
sustentável da biodiversidade brasileira e o desenvolvimento do complexo produtivo da saúde. 
O Comitê Nacional de Plantas Medicinais e Fitoterápicos, que iniciou seus trabalhos no dia 29 de 
setembro de 2009, foi criado e aprovado pela Portaria Interministerial no 2960, de 9 e dezembro de 
2008 para o monitoramento e a avaliação da Política Nacional de Plantas Medicinais e Fitoterápicos. 
Com a sua criação essa política tornou-se o Programa Nacional de Plantas Medicinais e Fitoterapia. 
Com caráter consultivo e deliberativo, o comitê é composto por representantes do governo e da 
sociedade civil. 
O Programa Nacional de Plantas Medicinais e Fitoterápicos contempla todas as etapas de produção de 
fitoterápicos, desde o início, com as pesquisas que demonstram evidências científicas da planta para 
um determinado tratamento, passando pelo cultivo, colheita, extração, produção e comercialização 
do produto. Por envolver também a sabedoria popular, o programa não poderia deixar de lado o 
conhecimento das comunidades tradicionais. 
Em 2005, a Secretaria de Ciências e Tecnologia e Insumos Estratégicos, por meio do Departamento 
de Assistência Farmacêutica e Insumos Estratégicos (DAF/SCTIE/MS) elaborou, em parceria 
com outros ministérios e com colaborações de consultores e pesquisadores, uma lista de espécies 
vegetais considerando as já utilizadas nos serviços de saúde estaduais e municipais, o conhecimento 
tradicional e popular e os estudos químicos e farmacológicos disponíveis. Esse documento subsidiou, 
em 2008, a elaboração da Relação Nacional de Plantas Medicinais de Interesse ao SUS (RENISUS).
A finalidade do RENISUS é subsidiar o desenvolvimento de toda a cadeia produtiva, inclusive 
nas ações que serão desenvolvidas também pelos outros ministérios participantes no Programa 
Nacional de Plantas Medicinais e Fitoterápicos, relacionadas à regulamentação, cultivo, manejo, 
produção e comercialização de plantas medicinais e fitoterápicos. Terá também a função de orientar 
14
UNIDADE I │ LEGISLAÇÃO PARA PRESCRIÇÃO DE SUPLEMENTOS ALIMENTARES
estudos e pesquisas que possam subsidiar a elaboração da RENAFITO (Relação Nacional de 
Plantas Medicinais e Fitoterápicos), o desenvolvimento e a inovação na área de plantas medicinais 
e fitoterápicos.
As espécies vegetais foram pré-selecionadas por regiões que referenciavam seu uso, por indicações 
de uso e de acordo com as categorias do Código Internacional de Doenças (CID-10). Essa parte 
inicial do trabalho foi realizada por técnicos da ANVISA e do Ministério da Saúde (MS), profissionais 
de serviços e pesquisadores da área de plantas medicinais e fitoterápicos, vinculados à área de 
saúde, representando as diversas regiões brasileiras. A partir dessa pré-seleção foram excluídas 
espécies exóticas e as que constam da lista de espécies da flora brasileira ameaçadas de extinção, do 
Ministério do Meio Ambiente (IN no 6/2008).
Em 2002, o Conselho Federal de Nutricionistas criou um grupo de trabalhos e promoveu um 
seminário com a Associação Brasileira de Nutrição (ASBRAN) e a Sociedade Brasileira de Nutrição 
Clínica (SBNC), para debater o uso da Acupuntura, Homeopatia, Fitoterapia, Terapia Floral, 
Oligoterapia e Iridologia pelos nutricionistas. O principal resultado foi a Resolução CFN no 402 de 
2007, que regulamenta a prescrição fitoterápica pelo nutricionista de plantas in natura, frescas, ou 
como droga vegetal nas suas formas farmacêuticas. 
Definições importantes
 » Plantas medicinais: todo e qualquer vegetal que possui, em um ou mais órgãos, 
substâncias que podem ser utilizadas com fins terapêuticos ou que sejam precursores 
de fármacos semissintéticos.
 » Droga vegetal: planta medicinal ou suas partes após processo de coleta, 
estabilização e secagem, podendo ser íntegra, rasurada, triturada ou pulverizada. 
 » Fitofármaco: medicamento de origem vegetal com estrutura química definida e 
isolada. Essa forma fitoterápica somente pode ser prescrita por médicos.
A fitoterapia é uma importante ferramenta coadjuvante no tratamento nutricional e sua aplicação 
prática requer profundos conhecimentos bioquímicos e fisiológicos, já que muitos fitoterápicos 
possuem diversos benefícios à saúde, mas também efeitos colaterais e interações com alimentos 
e medicamentos. 
Motivos para usar a fitoterapia:
 » alto custo dos medicamentos alopáticos, além de apresentarem maiores efeitos 
adversos;
 » rica biodiversidade brasileira;
 » grande procura atual da população por produtos naturais;
 » incentivo para o estudo de terapias alternativas e aumento da atenção à saúde (ex.: 
RENISUS).
15
LEGISLAÇÃO PARA PRESCRIÇÃO DE SUPLEMENTOS ALIMENTARES │ UNIDADE I
Legislação para a prescrição de fitoterápicos
Os conselhos de classe são os órgãos representativos das classes profissionais atuantes no estado 
ou país, e têm por finalidade fiscalizar o exercício de cada profissão. Esses conselhos fiscalizam o 
mercado e as profissões no que diz respeito à sua regulamentação (PANIZZA, 2010).
Em relação à fitoterapia, cada conselho de classe deve se expressar, informando aos profissionais 
como proceder. 
A portaria do Ministério da Saúde no 971, de 3 de maio de 2006 aprova a Política Nacional de 
Práticas Integrativas e Complementares no SUS, que inclui plantas medicinais e fitoterapia com 
um caráter de atuação multidisciplinar no SUS. O decreto presidencial no 5.813, de 22 de junho de 
2006, que aprova a Política Nacional de PlantasMedicinais e Fitoterápicos
O médico
Segundo o artigo 14o do Código de Ética Médica (Resolução do Conselho Federal de Medicina no 
1.246/1988, de 8 de janeiro de 1988), o médico deve empenhar-se para melhorar as condições de 
saúde e os padrões dos serviços médicos e assumir sua parcela de responsabilidade em relação à 
saúde pública, à educação sanitária e à legislação referente à saúde.
De acordo com o mesmo código de ética, é direito do médico:
Art. 21. Indicar o procedimento adequado ao paciente, observadas as práticas 
reconhecidamente aceitas e respeitando as normas legais vigentes no País.
Considerando que a fitoterapia está inserida em políticas públicas no Sistema Único de Saúde (SUS) 
como a Política Nacional de Práticas Integrativas e Complementares (Portaria no 971, de 3 de maio 
de 2006) e o Programa Nacional de Plantas Medicinais e Fitoterápicos (Decreto no 5813, de 22 de 
junho de 2006), o profissional médico está apto a utilizá-la quando achar conveniente.
O cirurgião dentista
A lei no 5081, de 24 de agosto de 1966, do Conselho Federal de Odontologia, regulamenta o exercício 
da Odontologia. Dessa lei, destacamos:
Art. 6o Compete ao cirurgião-dentista:
I – praticar todos os atos pertinentes à Odontologia, decorrentes de 
conhecimentos adquiridos em curso regular ou em cursos de pós-graduação;
II – prescrever e aplicar especialidades farmacêuticas de uso interno e externo, 
indicados em Odontologia;
[...]
VII – prescrever e aplicar medicação de urgência no caso de acidentes graves 
que comprometam a vida e a saúde do paciente [...].
16
UNIDADE I │ LEGISLAÇÃO PARA PRESCRIÇÃO DE SUPLEMENTOS ALIMENTARES
Considerando que os fitoterápicos e as plantas medicinais são apresentados em diversas formas 
farmacêuticas como tinturas, decoctos, extratos etc., o cirurgião dentista está apto a prescrevê-las 
dentro da Odontologia.
O enfermeiro
Pode realizar prescrição de fitoterápico apenas mediante um protocolo médico.
O Conselho Federal de Enfermagem (COFEN), atento à utilização de ervas medicinais na cultura 
popular e reconhecendo que os enfermeiros precisam esclarecer e educar a clientela para o uso 
correto da fitoterapia, emitiu o Parecer Informativo 004/1995, em que reconhece o caráter holístico 
da formação do enfermeiro e os aspectos ético-legais da utilização das práticas alternativas no 
cuidado ao paciente. Em 1997, o COFEN, por meio da resolução 197 estabeleceu e reconheceu as 
terapias alternativas, entre elas a fitoterapia, como especialidades e ou qualificações do enfermeiro.
 O farmacêutico
Na prática da Fitoterapia o farmacêutico é o elo entre o popular e o científico. A Resolução no 477, 
de 28 de maio de 2008, do Conselho Federal de Farmácia, publicada no Diário Oficial da União de 
2 de junho 1908, dispõe sobre as atribuições do farmacêutico no âmbito das plantas medicinais e 
fitoterápicos e dá outras providências. Destaca-se dessa resolução o artigo 9o, que diz:
Art. 9o Compete ao farmacêutico a manipulação, dispensação e aconselhamento 
farmacêutico no uso de plantas medicinais e seus derivados, fitoterápicos 
manipulados e industrializados em atendimento a uma prescrição médica, ou 
na automedicação responsável. 
§1o A automedicação responsável deverá ocorrer somente mediante orientação 
e acompanhamento de farmacêutico nos casos dos medicamentos oficinais 
isentos de prescrição.
Medicamentos oficinais são aqueles preparados na própria farmácia, cuja fórmula esteja escrita no 
Formulário Nacional ou Formulários Internacionais reconhecidos pela ANVISA. 
A partir dessa resolução o farmacêutico fica autorizado a realizar a automedicação responsável do 
paciente quando este não possuir receita de um médico ou profissional habilitado. Porém, somente 
os medicamentos oficinais isentos de prescrição e os medicamentos fitoterápicos produzidos pela 
indústria disponíveis nas prateleiras de farmácias e drogarias podem ser prescritos. Estão excluídos 
dessa lista todos os medicamentos com tarja vermelha “venda sob prescrição médica”.
O nutricionista
A Resolução no 525/2013, que revoga a Resolução no 402/2007 do Conselho Federal de Nutrição, 
regulamenta a prática da fitoterapia pelo nutricionista, atribuindo-lhe competência para, nas 
modalidades que especifica, prescrever plantas medicinais, drogas vegetais e fitoterápicos como 
17
LEGISLAÇÃO PARA PRESCRIÇÃO DE SUPLEMENTOS ALIMENTARES │ UNIDADE I
complemento da prescrição dietética e, dá outras providências. A partir dessa resolução, a fitoterapia 
passa a ser uma especialidade da nutrição e será objeto de regulamentação do CFN junto à ASBRAN.
O artigo 2o dessa resolução define que o nutricionista poderá adotar a fitoterapia para complementar 
a sua prescrição dietética, somente quando os produtos prescritos tiverem indicações de uso 
relacionadas com o seu campo de atuação e estejam embasadas em estudos científicos ou em uso 
tradicional reconhecido.
No parágrafo único, a resolução define que ao adotar a Fitoterapia o nutricionista deve basear-se 
em evidências científicas quanto a critérios de eficácia e segurança, considerar as contra indicações 
e oferecer orientações técnicas necessárias para minimizar os efeitos colaterais e adversos das 
interações com outras plantas, com drogas vegetais, com medicamentos e com os alimentos, assim 
como os riscos da potencial toxicidade dos produtos prescritos.
No artigo 3o, a competência para a prescrição de plantas medicinais e drogas vegetais é atribuída 
ao nutricionista sem especialização, enquanto a competência para prescrição de fitoterápicos e de 
preparações magistrais é atribuída exclusivamente ao nutricionista portador de título de especialista 
ou certificado de pós-graduação lato sensu nessa área. 
A principal modificação que a resolução trás é que ao nutricionista sem especialização em Fitoterapia 
compete a prescrição de plantas medicinais e drogas vegetais na forma de infusão, decocção e 
maceração, não sendo admissível que sejam prescritas sob forma de cápsulas, drágeas, pastilhas, 
xarope, spray ou qualquer outra forma farmacêutica; nem utilizadas quando submetidas a outros 
meios de extração, tais como extrato, tintura, alcoolatura ou óleo, nem como fitoterápicos ou em 
preparações magistrais.
Já aos profissionais nutricionistas que possuem especialização em Fitoterapia por meio de curso de 
pós-graduação lato sensu, compete a prescrição de fitoterápicos em qualquer forma farmacêutica 
dentro da área de ação do nutricionista, ou seja, via oral. Cabe, portanto, a prescrição na forma de 
tintura vegetal (extrato hidroalcoólico), pós e extratos secos em cápsulas.
Todavia, a prescrição de preparações magistrais deverá conter apenas matérias primas derivadas 
de drogas vegetais, ou seja, não é permitido o uso de substâncias ativas isoladas de plantas ou da 
associação com nutrientes (vitaminas, minerais, aminoácidos, carboidratos etc.).
No artigo 5o, define-se que a prescrição de plantas medicinais ou drogas vegetais deverá ser legível, 
conter o nome do paciente, data da prescrição e identificação completa do profissional prescritor 
(nome e número do CRN, assinatura, carimbo, endereço e forma de contato) e conter todas as 
seguintes especificações quanto ao produto prescrito:
 » nomenclatura botânica, sendo opcional incluir a indicação do nome popular;
 » parte utilizada;
 » forma de utilização e modo de preparo;
 » posologia e modo de usar;
 » tempo de uso.
18
UNIDADE I │ LEGISLAÇÃO PARA PRESCRIÇÃO DE SUPLEMENTOS ALIMENTARES
Além disso, as formas farmacêuticas permitidas para o uso pelo nutricionista são, exclusivamente, 
as de uso oral, sendo impedidas prescrições de fitoterápicos de uso tópico. Um exemplo é o 
Confrei (Symphytum officinale) que não deve ser prescrito pelo nutricionista,pois seu uso é 
exclusivamente tópico. 
A Instrução Normativa no 5, de 12 de dezembro de 2008, que revoga a Resolução no 89, de 16 de 
março de 2004, determina a publicação da “Lista de Medicamentos Fitoterápicos de Registro 
Simplificado” e cita os medicamentos fitoterápicos que são exclusivos de prescrição médica, ou seja, 
aqueles que contêm a traja vermelha com a frase “venda sob prescrição médica”. 
Portanto, o profissional nutricionista, inclusive o especialista em fitoterapia, não pode prescrever os 
fitoterápicos classificados na lista dos simplificado médico como “sob prescrição médica”, publicada 
em resolução da ANVISA/2008, em nenhuma das formas farmacêuticas. 
Tabela 1. Medicamentos fitoterápicos que necessitam de prescrição médica 
Nomenclatura botânica Nome popular
Arctostaphylos uva-ursi Uva-ursina
Cimicifuga racemosa (L.) Nutt. Cimicífuga
Echinacea purpurea Moench Equinácea
Ginkgo biloba L. Ginkgo
Hypericum perforatum L. Hipérico 
Piper methysticum G. Forst. Kava-kava
Serenoa repens (Bartram) J.K. Small Saw Palmetto
Tanacetum parthenium Sch. Bip. Tanaceto
Valeriana officinalis L. Valeriana
Os fitoterápicos manipulados não são contemplados na Instrução Normativa no 5/2008, pois esses 
não são registrados como medicamentos.
Também não se registram como medicamentos fitoterápicos drogas vegetais, apenas os derivados 
das mesmas (derivado vegetal) como tintura, extrato seco, extrato fluido, e óleos. Segundo a RDC no 
10, de 9 de março de 2010 a Agência Nacional de Vigilância Sanitária, que dispõe sobre a notificação 
de drogas vegetais junto à ANVISA e dá outras providências, drogas vegetais são plantas medicinais 
ou suas partes, que contenham as substâncias, ou classes de substâncias, responsáveis pela ação 
terapêutica, após processo da coleta, estabilização, secagem, podendo ser integra, rasurada, 
triturada ou pulverizada.
Sendo assim, a lista de medicamentos exclusivos de prescrição médica pela Instrução Normativa no 
5/2008 não contempla as drogas vegetais, utilizadas para fazer infusão, decocção ou maceração, os 
chamados “chás”, que estão permitidos de serem prescritos pelo nutricionista, segundo a Resolução 
no 420/2007 do CFN.
A RDC no 10/2010 trás em seu Anexo I uma lista com 54 drogas vegetais para uso interno, 21 para 
uso externo e uma de uso inalatório, com a respectiva alegação de propriedade além de posologia 
19
LEGISLAÇÃO PARA PRESCRIÇÃO DE SUPLEMENTOS ALIMENTARES │ UNIDADE I
segura e modo de usar de cada espécie. No caso do profissional nutricionista é permitida apenas a 
prescrição das drogas vegetais para uso interno, como previsto em legislação. 
O fisioterapeuta
A Resolução no 380 de 3 de novembro de 2010, do Conselho Federal de Fisioterapeutas (COFFITO) 
regulamenta o uso pelo fisioterapeuta das práticas integrativas e complementares de saúde dá 
outras providências. 
O Artigo 1o dessa resolução autoriza a prática, pelo fisioterapeuta, dos atos complementares ao 
seu exercício profissional regulamentado, nos termos dessa resolução e da portaria MS número 
971/2006:
 » Fitoterapia;
 » práticas corporais, manuais e meditativas;
 » Terapia Floral;
 » Magnetoterapia;
 » Fisioterapia Antroposófica;
 » Termalismo/Crenoterapia/Balneoterapia;
 » Hipnose.
O Artigo 3o destaca que o fisioterapeuta deverá comprovar perante o COFFITO a certificação de 
conhecimento das práticas integrativas e complementares. Será habilitado nos termos dessa 
resolução o fisioterapeuta que apresentar títulos que comprovem o domínio das Práticas Integrativas 
de Saúde objeto dessa resolução. Os títulos a que alude esse artigo deverão ter como origem:
 » instituições de ensino superior;
 » instituições especialmente credenciadas pelo MEC;
 » entidades nacionais de Fisioterapia intimamente relacionadas às práticas 
autorizadas por essa resolução. 
Parágrafo Único: os cursos concedentes dos títulos de que trata este artigo, 
verão observar uma carga horária mínima, devidamente determinada pelo 
COFFITO que consultará as entidades associativas da fisioterapia no âmbito 
nacional que sejam intimamente relacionadas às práticas autorizadas por esta 
resolução, por meio dos seus respectivos Departamentos. 
Os profissionais devem sempre estar capacitados para fazer bom uso e não causar malefícios 
aos seus pacientes. Com relação às legislações, cada profissional deve sempre estar atualizado 
com as resoluções e normativas de sua classe profissional, para exercer a Fitoterapia dentro 
do preconizado.
20
UNIDADE I │ LEGISLAÇÃO PARA PRESCRIÇÃO DE SUPLEMENTOS ALIMENTARES
Se bem não fizer, mal não irá fazer”, essa é uma frase muito comum entre os leitos no que 
diz respeito ao uso de plantas medicinais. É fato que muitos estudos em fitoterapia se 
iniciaram a partir a observação de práticas populares, porém o profissional de saúde 
da atualidade tem disponível uma série de informações científicas a respeito de uma 
grande diversidade de plantas medicinais. É imprescindível ter segurança técnica 
para saber se os efeitos de determinada planta estão comprovados cientificamente 
e também a sua interação com as demais espécies vegetais e outros medicamentos. 
21
UNIDADE II
SUPLEMENTAÇÃO 
NUTRICIONAL EM 
ESTÉTICA
CAPÍTULO 1
Prescrição em cada forma 
de apresentação
Farmacotécnica
A parte da ciência farmacêutica que trata da preparação de medicamentos, ou seja, da transformação 
de drogas (matérias-primas) em medicamentos, assegurando uma perfeita eficácia terapêutica e 
conservação; estuda o preparo, a purificação, as incompatibilidades físicas e químicas e a escolha 
da forma farmacêutica (xarope, solução, suspensão, cápsula, shake, por exemplo) mais adequada à 
finalidade pretendida é a Farmacotécnica (FERREIRA; BRANDÃO, 2002; PASCHOAL et al., 2009).
Estão presentes na composição de uma fórmula os princípios ativos, coadjuvantes técnicos e veículo 
ou excipiente. (FERREIRA; BRANDÃO, 2002; PASCHOAL et al., 2009). 
Definições
Os princípios ativos são responsáveis pela ação farmacológica, ou seja, a(s) substância(s) 
responsável(is) pelo “efeito” desejado do suplemento. Exemplo: citrato de cálcio.
Os coadjuvantes técnicos ou adjuvantes farmacotécnicos são substâncias em geral inertes cuja 
função é estabilizar a fórmula em nível químico, físico ou microbiológico. Dependendo da fórmula 
farmacêutica e da embalagem, os coadjuvantes técnicos não são necessários. Exemplo: antioxidantes.
O veículo (líquido) ou excipiente (sólido ou semissólido) é a parte da fórmula na qual são misturados 
os princípios ativos. É utilizado para complementar o volume necessário das formulações. Exemplo: 
celulose microcristalina.
Formas farmacêuticas
As formas farmacêuticas são as formas físicas de apresentação do medicamento. São classificadas 
em sólidas, líquidas, semissólidas e gasosas, são o resultado de várias operações a que se submetem 
22
UNIDADE II │ SUPLEMENTAÇÃO NUTRICIONAL EM ESTÉTICA
as substâncias terapêuticas a fim de facilitar sua posologia e administração, mascarar os caracteres 
organolépticos e assegurar a ação desejada. Entre os suplementos, são mais utilizadas as formas 
sólidas.
Formas sólidas
Pastilhas e gomas (PASCHOAL et al., 2009)
São formas farmacêuticas sólidas que se destinam a dissolver ou desintegrar lentamente na boca. 
Podem conter um ou mais ativos de ação local ou sistêmica, veiculados geralmente em base flavorizada 
e edulcorada, moldada ou comprimida. 
A pastilha medicamentosa dissolve lentamente na boca, liberando o fármaco para absorção por meio 
da mucosa oral, evitando em parte, a primeira passagem hepática. Essas fórmulas farmacêuticas são 
indicadas principalmente para pacientes com dificuldade de deglutição de formas sólidas. Devido 
à aparênciae ao sabor agradável, aumentam a adesão dos pacientes pediátricos ao tratamento. 
Vitaminas, minerais, e aminoácidos podem ser veiculados nessas formas farmacêuticas.
São divididas em três tipos:
1. pastilhas duras, que são misturas de sacarose e outros açúcares e/ou em estado 
amorfo;
2. pastilhas soft que podem ser preparadas a base de PEG (polietilenoglicol), chocolate, 
pasta de amendoim, óleo vegetal hidrogenado ou base de açúcar e goma arábica;
3. pastilhas mastigáveis (balas, gomas, gomas mastigáveis ou “jujubas”) que são 
preparadas à base de gelatina glicerinada.
Cápsulas (PASCHOAL et al., 2009)
São receptáculos obtidos por moldagem, em geral, utilizados para ingestão de fármacos em doses 
pré-estabelecidas. O invólucro da cápsula oferece relativa proteção dos agentes externos, facilita a 
administração, e devido a sua alta solubilidade e digestibilidade no organismo, libera rapidamente 
o fármaco de seu interior no estômago.
Atualmente as cápsulas gelatinosas, que são constituídas de gelatina de origem animal, são as mais 
utilizadas. Estas podem ser em consistência dura (cápsulas gelatinosas duras) ou, se fabricadas 
incluindo maiores quantidades de glicerina, sorbitol, polietilenoglicol, apresentam-se com 
consistência flexível e elástica (cápsulas gelatinosas moles). As últimas, ao contrário das cápsulas 
duras podem acondicionar soluções oleosas, suspensões e emulsões. 
As cápsulas podem ser opacas, para preservar a matéria prima da oxidação e modificação de suas 
estruturas. Muitas vezes, são coloridas a partir de corantes alimentares. Como variação vegetal, 
existem as cápsulas de clorofila, que, além de serem de origem vegetal, possuem vitaminas, minerais 
e clorofilina, que contribuem para a oferta de antioxidantes. 
23
SUPLEMENTAÇÃO NUTRICIONAL EM ESTÉTICA │ UNIDADE II
As cápsulas transparentes são de origem animal e, como as cápsulas duras, são formadas por gelatina. 
Sem corantes alimentares, não possuem coloração, deixando a matéria-prima mais exposta ao meio 
ambiente. Existem matérias-primas que não devem ser manipuladas nesse tipo de cápsula, como a 
vitamina C, por ser altamente oxidável, modificando sua função. Por outro lado, o complexo B não 
perde suas funções, mas pode tingir a cápsula ao longo dos dias, mesmo estando dentro do prazo 
de validade.
Excipiente
É muito importante que as cápsulas fiquem completamente cheias, para que a substância ativa se 
encontre de modo uniforme em todas as cápsulas. Por esse motivo, os excipientes são utilizados 
para completar o volume de cápsulas. É empregado o q.s.p., sigla muito utilizada na manipulação 
(mais na formulação de cápsulas, mas bastante empregada para saches) que significa “quantidade 
suficiente para preencher”. 
Como excipiente deve ser usada uma substância não absorvível, mas que não interfira na 
biodisponibilidade dos componentes da fórmula. Uma mistura de lactose com amido é bastante 
utilizada, porém essa combinação pode induzir e provocar estados de disbiose, sendo mais 
indicado o uso de celulose microcristalina. 
Tabela 2. Principais tamanhos de cápsulas.
Número da cápsula Capacidade (mg)
3 0 a 130
2 131 a 181
1 182 a 290
0 291 a 400
00 401 a 700
Pós (Sachês) (PASCHOAL et al., 2009)
Formas farmacêuticas provenientes de drogas vegetais ou animais, assim como substâncias 
químicas submetidas a um grau de divisão suficiente para lhes assegurar homogeneidade e facilitar 
a extração ou administração dos princípios ativos. A pulverização pode ser manual ou com emprego 
de equipamentos apropriados.
Os pós podem ser acondicionados a granel, em potes bem vedados, ou podem, também, ser 
acondicionados subdivididos em doses em saches aluminizados ou em papel impermeável.
Formas semissólidas 
Pomadas (PASCHOAL et al., 2009)
São formas farmacêuticas contendo grandes quantidades de sólidos em disposição. Em geral, 
contém mais de 20% de pós finamente pulverizados na formulação. Apresentam consistência macia 
e firme, são pouco gordurosas e tem grande poder de absorção de água ou de exsudados. 
24
UNIDADE II │ SUPLEMENTAÇÃO NUTRICIONAL EM ESTÉTICA
Os excipientes não podem ser irritantes ou sensibilizantes, devem: ser neutros em relação ao pH 
(ou aproximar-se do pH da pele); compatíveis com os fármacos que lhes são incorporados; ter 
plasticidade e liberar, eficientemente, o fármaco na dose específica. 
A forma farmacêutica de pomada (uso tópico) não é utilizada na nutrição.
Gel (PASCHOAL et al., 2009)
Géis são preparações farmacêuticas constituídas por uma dispersão bicoerente de fase sólida em 
fase líquida. Géis hidrofílicos são preparações obtidas pela incorporação de agentes gelificantes – 
tragacanta, amido, derivados de celulose, polímeros carboxivinílicos, silicatos duplos de magnésio 
e alumínio – a água, glicerol ou propilenoglicol. Dependendo do tipo e conservação de gelificante, 
temos géis para diversos usos como: lubrificantes de cateter e instrumentos cirúrgicos, em 
oftalmologia, como base dermatológica etc.
Em nutrição, existe o gel comestível que serve de base para administração de suplementos, 
principalmente esportivos como repositores de carboidratos e eletrólitos. Geralmente são produtos 
executados por indústrias, mas é possível serem desenvolvidos em farmácia de manipulação. 
Emulsão/cremes (PASCHOAL et al., 2009)
São sistemas dispersos constituídos de duas fases líquidas imiscíveis (oleosa e aquosa), onde a fase 
dispersa ou interna é finalmente dividida e distribuída em outra fase contínua ou externa. Temos 
emulsões do tipo óleo em água (O/A: fase externa aquosa) e água em óleo (A/O: fase externa oleosa). 
A estabilidade da emulsão é garantida com ajuda de agentes emulsificantes, geralmente substâncias 
tensoativas. As emulsões podem ser pastosas ou líquidas, como as loções destinadas ao uso externo 
ou interno, devendo sempre ser agitadas antes do uso.
Devem, ainda, ser adicionados adjuvantes com a finalidade antioxidante para a fase oleosa, como 
BHT e BHA. No caso da inclusão de fármacos suscetíveis a oxidação, deve ser verificado o seu 
coeficiente de partição, tendo em vista a proteção do fármaco na fase em que será incluído. 
Caso o princípio ativo se distribua em ambas as fases (oleosa e aquosa), deverão ser adicionados 
estabilizantes solúveis em água e em óleo. Como se trata de sistema disperso a semelhança das 
suspensões, o aumento da viscosidade nas preparações líquidas pode melhorar a estabilidade física 
das emulsões (evitar ou diminuir a separação de fases). 
Nas emulsões líquidas de uso oral, deverão ser acrescentados adjuvantes com finalidade corretiva 
para aroma, sabor e cor, se necessário.
Formas líquidas
Suspensão (PASCHOAL et al., 2009)
As suspensões são formas farmacêuticas de sistema heterogêneo, cuja fase externa ou dispersante é 
líquida e a fase interna e dispersa é constituída de substâncias sólidas insolúveis no meio utilizado. 
25
SUPLEMENTAÇÃO NUTRICIONAL EM ESTÉTICA │ UNIDADE II
Constituídas de uma dispersão grosseira, onde a fase dispersa sólida e insolúvel (fase interna) é 
distribuída em um líquido (fase externa), podem receber várias denominações: mistura, gel, loção, 
magna e suspensão.
É interessante que as suspensões não depositem rapidamente e que possam se reconstituir com 
facilidade por agitação. Interessa, ainda, que a redispersão operada por agitação origine um 
produto de aspecto homogêneo, em que não se observe a presença de quaisquer aglomerados 
de partículas.
Agentes suspensores empregados: derivados da celulose, alginatos, líquidos viscosos, argilas, entre 
outros. As suspensões devem ser agitadas antes do uso. 
Xaropes (PASCHOAL et al., 2009)
São formas farmacêuticas aquosas contendo cerca de dois terços de seu peso em sacarose ou outros 
açúcares.Podem ser medicinais e/ou edulcorantes, apresentando duas vantagens: correção de 
sabor desagradável do fármaco e conservação do mesmo na forma farmacêutica de administração.
A forma sublingual líquida é um tipo de xarope em que se usa o sorbitol como veículo. A mucosa 
oral é altamente vascularizada, composta por vasos sanguíneos de pequeno calibre, portanto, 
pela via sublingual o suplemento chega mais rapidamente à corrente sanguínea, principalmente 
se ele possuir uma estrutura química lipossolúvel. Entretanto, matérias-primas hidrofílicas, como 
aminoácidos, devem ser diluídas em produto químico que auxilie sua absorção. Para diluição 
de aminoácidos, o veículo mais utilizado é o sorbitol, entretanto também podem ser utilizados a 
glicerina ou xarope simples. 
Ingestão Dietética de Referência (DRIs)
Em 1995, o “Food and Nutrition Board” ou Comitê para Alimentação e Nutrição, juntamente com o 
governo canadense, introduziram as DRIs, com os objetivos de:
 » Prevenir as deficiências nutricionais.
 » Prevenir doenças crônicas não transmissíveis.
 » Estabelecer limite máximo (prevenir toxicidade).
As DRIs compreendem 4 referências de ingestão:
1. EAR: Estimated Average Requirement (Recomendação Média Estimada).
2. RDA: Recomended Dietary Allowance (Ingestão Dietética Recomendada).
3. AI: Adequate Intake (Ingestão Adequada).
4. UL: Tolerable Upper Intake Level (Limite Máximo Tolerável de Ingestão).
26
UNIDADE II │ SUPLEMENTAÇÃO NUTRICIONAL EM ESTÉTICA
Recomendação Média Estimada (EAR)
É o valor de ingestão do nutriente que estima atender às necessidades de 50% dos indivíduos num 
determinado gênero e estágio da vida.
Na origem das EARs, conceitos de redução de risco de doenças e biodisponibilidade são 
considerados. Valores de referência não se baseiam apenas na prevenção da deficiência de 
nutrientes. A EAR pode ser utilizada na composição da média de consumo recomendada para um 
grupo populacional, onde apenas 2 a 3% da população ficariam abaixo da EAR. Portanto, pode 
ser utilizada como um fator para avaliar e planejar a adequação da ingestão de nutrientes por 
grupos populacionais.
As EARs servem de base para a determinação da RDA. 
Ingestão Dietética Recomendada (RDA)
É a ingestão diária do nutriente que é suficiente para atender as necessidades nutricionais de cerca 
de 97% a 98% dos indivíduos num estágio da vida e sexo. As RDAs se aplicam ao indivíduo, não a 
grupo de indivíduos. As RDAs são obtidas a partir das EARs mais 2 desvios padrões. Portanto, sem 
EAR, não há RDA. As RDAs são aplicáveis à indivíduos saudáveis.
Ingestão Adequada (AI)
A AI é estabelecida no lugar de uma RDA se evidências científicas não estão disponíveis para 
calcular uma EAR. A AI é baseada na observação ou estimativa experimental da média de 
ingestão do nutriente por um grupo de indivíduos saudáveis, que parece sustentar um estado 
nutricional, definido como valores circulantes normais do nutriente, crescimento adequado e 
outros indicadores funcionais de saúde. O principal uso da AI é servir de meta para ingestão de 
nutrientes dos indivíduos.
Limite Máximo Tolerável de Ingestão (UL) 
O UL é o maior nível de ingestão diária de um nutriente que se acredita que não coloque a população 
em risco de efeito adverso para a saúde. Quando a ingestão é superior à UL, o risco de efeitos 
adversos aumentam. Criou‐se o termo “ingestão tolerável” para evitar a implicação de possíveis 
efeitos benéficos.
A UL permite concluir que: “Se o consumo individual é abaixo da UL, há uma boa garantia de que o 
consumo não irá causar efeitos adversos”.
Para calcular a UL são considerados 2 parâmetros, NOAEL e LOAEL.
Utiliza‐se o NOAEL (No Observed Adverse Effect Level) para determinar o UL, pois indica a maior 
ingestão (ou dose experimental) de um nutriente, cuja quantidade não se observa a existência de 
27
SUPLEMENTAÇÃO NUTRICIONAL EM ESTÉTICA │ UNIDADE II
efeitos adversos, sendo seguro em quase todas as circunstâncias. Quando o NOAEL não pode ser 
determinado utiliza‐se o LOAEL (Low Observed Adverse Effect Level); Indica a menor ingestão (ou 
dose experimental) de um nutriente, cuja quantidade já permite observar um efeito adverso.
Fórmula para determinação da UL:
UL = NOAEL OU LOAEL / UF (fator de incerteza)
Atualmente, para alguns nutrientes, ainda não há dados suficientes para desenvolver o UL, o que 
não significa não haver potencial para efeitos adversos resultantes da alta ingestão. Pelo contrário, 
quando os dados forem muito limitados é preciso maiores precauções na suplementação.
28
CAPÍTULO 2
Vitaminas e minerais
Biodisponibilidade de vitaminas e minerais
A interação de um nutriente contido em um determinado alimento com outros nutrientes presentes 
em uma refeição ou componentes dessa refeição em contato com os componentes químicos desse 
alimento podem afetar sua absorção e também o seu metabolismo no organismo e, portanto, sua 
utilização biológica. 
São fatores que afetam a biodisponibilidade: concentração e natureza química dos alimentos; estado 
nutricional e saúde do indivíduo; e as perdas por excreção. 
Na maioria das vezes, o total ingerido não corresponde à quantidade do nutriente absorvido de fato 
pelo organismo (REIS, 2007). O termo biodisponibilidade pode ser definido como a proporção da 
quantidade do nutriente que sofre absorção intestinal e é então utilizada pelo corpo (REIS, 2007).
A utilização e o transporte de nutrientes absorvidos nos tecidos incluem a absorção celular e a 
conversão para a forma que realiza alguma função bioquímica. A palavra “disponível” é chave, 
pois o nutriente também pode ser metabolizado dentro da célula e ficar indisponível para excreção 
subsequente, ou pode, apenas, ser armazenado para uso futuro (BALL, 1998).
Vários fatores químicos, incluindo o potencial redox, o pH e a forma inicial dos microelementos, 
influenciam o curso da digestão e em seguida a solubilidade e a disponibilidade desses elementos 
(MADSEN; JOHNSON, 1989). 
Muitos são os fatores que influenciam a absorção de nutrientes de um alimento. Entre eles estão os 
relacionados com a própria fisiologia do indivíduo, bem como fatores relacionados com o alimento. A 
má absorção pode acontecer na presença de desordens gastrintestinais ou outras doenças específicas. 
O estado nutricional prévio do indivíduo também é capaz de influenciar a biodisponibilidade de 
uma vitamina em particular, podendo tal estado nutricional estar relacionado com uma regulação 
adaptativa no metabolismo dessa vitamina (BALL, 1998).
Ao longo do processo de absorção dos nutrientes, ocorrem diversas variações nas condições 
químicas e bioquímicas intraluminais. Por isso, parte dos mesmos pode ter sua absorção reduzida 
ou aumentada em decorrência de alterações favoráveis ou desfavoráveis para a absorção. 
As vitaminas lipossolúveis, por exemplo, são dependentes de emulsificação para incorporação 
às micelas e difusão pela mucosa e devem ser consumidas com as refeições. Já os demais 
nutrientes (hidrossolúveis), para serem absorvidos, devem estar solubilizados no meio aquoso 
ou em quelatos. Quando os microelementos são quelatos, em especial no caso dos minerais, os 
aminoácidos são com ele absorvidos, e são menos influenciados pelo pH intraluminal ou pela 
presença de antagonistas. 
29
SUPLEMENTAÇÃO NUTRICIONAL EM ESTÉTICA │ UNIDADE II
O nome quelato provém da palavra grega chele, que significa garra ou pinça, referindo-se à 
forma pela qual os íons metálicos são “aprisionados” no composto. Um quelato é um composto 
químico formado por um íon metálico unido por várias ligações covalentes a uma estrutura 
heterocíclica de compostos orgânicos, como aminoácidos, peptídeos ou polissacarídeos 
(PUJOL, 2011). 
Os minerais quelatados são definidos como sendouma mistura de elementos minerais ligados a 
algum tipo de carreador, que pode ser um aminoácido ou polissacarídeo. Esses minerais são capazes 
de ligar o metal por ligações covalentes por meio de grupamentos aminos ou oxigênio, formando, 
desse modo, uma estrutura cíclica (LEESON; SUMMERS, 2001).
Estudos revelam que proteinados ou quelatos de diferentes minerais, apresentam biodisponibilidade 
superior à de seus semelhantes inorgânicos, sendo que um aminoácido específico, ao qual o 
mineral está quelatado, determina o tecido ou sistema enzimático ao qual se destina (COUZY et 
al., 1993).
Outra característica importante é que os quelatos devem ser eletricamente neutros. Há cargas 
positivas e negativas na membrana de cada célula intestinal. Se um quelato não for neutro, será 
repelido ou ligado à membrana, sendo sua absorção prejudicada. Para alcançar um estado elétrico 
neutro, o quelato deve ser complexado a um ânion ionizável com relativa facilidade, com um 
halógeno ou um grupo sulfato, e o ligante deve satisfazer tanto estado oxidativo quanto o número 
coordenado do átomo metal. Isso afeta a proporção molar ligante metal.
Minerais
Os minerais são muito instáveis nas condições do meio intraluminal. Facilitadores como refeições 
normoproteicas (14 a 15%) aumentam a absorção de minerais (ferro, cálcio, selênio e zinco) pela 
mucosa por meio do aumento do fluxo sanguíneo, para compor o pool de aminoácidos no fígado 
(PUJOL, 2011). 
Entre os inibidores da absorção de minerais, destacam-se fitatos, hemiceluloses, oxalatos, fosfatos, 
taninos e compostos polifenólicos em geral. Taninos e demais compostos fenólicos podem 
comprometer em ate 50% a absorção de ferro das refeições (REIS, 2007). Por isso, fitoterápicos 
com a forma farmacêutica de infusão não devem ser utilizados logo após as refeições por seu efeito 
na redução da biodisponibilidade, em particular em refeições ricas em ferro e zinco.
De acordo com Couzi et al. (1993), as interações entre minerais podem ocorrer de maneira direta 
ou indireta. As interações diretas em geral são fenômenos competitivos que se dão durante a 
absorção intestinal ou utilização tecidual, enquanto as indiretas se dão quando um mineral está 
envolvido no metabolismo do outro, de modo que a deficiência de um acarreta prejuízo da função 
do outro.
De acordo com Reis (2007), a absorção dos minerais é muito influenciada pela dieta, por isso não 
devem ser administrados com as refeições, necessitando de um intervalo de no mínimo duas horas 
entre a refeição e a ingestão de suplementos à base de minerais.
30
UNIDADE II │ SUPLEMENTAÇÃO NUTRICIONAL EM ESTÉTICA
Interações entre minerais são muito comuns. Um exemplo disso é a diminuição na absorção 
de ferro, fósforo e zinco na presença de elevadas quantidades de cálcio (WALTER et al., 2000). 
Suplementações à base de zinco e cálcio associados ao ferro podem gerar bloqueio da absorção, 
transporte e distribuição do mineral para os tecidos, além de disfunção enzimática nos vários 
sistemas corporais dependentes de ferro (REIS, 2007).
A solução nesse caso é o uso de formulações com minerais quelatos, considerando a melhora da 
biodisponibilidade desses nutrientes. Porém, por serem produtos que envolvem maior tecnologia e 
complexo processo de produção, são mais onerosos para o paciente.
Vitaminas
No que diz respeito à biodisponibilidade, as vitaminas são mais estáveis e menos passíveis de 
sofrerem interações, negativas ou positivas no lúmen intestinal, que os minerais. 
Nesse caso devemos avaliar a interação de cada vitamina, que pode variar, por exemplo, de acordo 
com sua solubilidade em água ou lipídios. Por exemplo, as vitaminas hidrossolúveis devem ser 
administradas em conjunto com as refeições, à exceção da folacina cuja absorção é prejudicada pela 
presença de fibras solúveis e vitaminas C. 
A presença da vitamina E, ingerida junto com a vitamina A, aumenta a absorção dessa última, 
sendo que seu efeito antioxidante protetor nos lipídios carreadores da vitamina A pode ser uma das 
explicações desse fenômeno (KUSIN et al., 2004). A presença de proteínas e gorduras é essencial 
na formação de micelas, sendo as proteínas agentes ativos de superfície, tanto no lúmen intestinal 
quanto na superfície das células epiteliais, e a gordura, veículo de transporte de vitamina A e 
estimulador do fluxo biliar. Os carotenoides também devem ser administrados de preferência com 
as refeições, pois se solubilizam na fração lipídica dos alimentos, responsável por estimular a bile e 
ativar lípases pancreáticas e entéricas, o que facilitaria a absorção (BLOMHOFF et al., 1991).
Pesquisadores verificaram uma biodisponibilidade de betacaroteno quatro vezes maior em relação 
aos vegetais folhosos verde-escuros, uma vez que nessas frutas os carotenoides encontram-se, de 
preferência, em corpúsculos oleosos, nos cromoplastos, facilitando, assim, sua extração durante os 
processos digestórios (MOURÃO et al., 2005). Estudos recentes demonstraram que uma pequena 
quantidade de lipídios (três a cinco gramas na refeição) já assegura uma absorção eficiente de 
betacaroteno (ROODENBURG et al., 2000).
A eficiência de absorção da vitamina E parece ser maior quando solubilizada em micelas contendo 
triglicerídeos com ácidos graxos de cadeia média, quando comparada aos de cadeia longa 
(MOURÃO et al., 2005). Estabeleceu-se que, tanto em animais quanto em humanos, um aumento 
na ingestão de lipídios insaturados, em especial os ácidos graxos poli-insaturados (PUFA, do inglês 
polyunsaturated fatty acid), acelera a depleção e aumenta os requerimentos de vitamina E em razão 
de os PUFA estarem concentrados, de preferência, nas membranas celulares, nas quais eles têm 
uma capacidade de sequestrar uma certa quantidade de vitamina E para manter sua estabilidade 
oxidativa (MOURÃO et al., 2005). Dessa maneira, sugere-se que a vitamina E não seja consumida 
com PUFA. 
31
SUPLEMENTAÇÃO NUTRICIONAL EM ESTÉTICA │ UNIDADE II
Suplementação de vitaminas e minerais 
em estética
Magnésio 
Quadro 1. Informações importantes para a suplementação de magnésio.
Formas ativas comuns Razão nutriente/nutriente
Interações 
nutriente/
nutriente
Interações droga/nutriente
magnésio quelado, 
magnésio glicina, 
magnésio arginina, 
magnésio buffered, 
magnésio taste free, citrato 
de magnésio e aspartato 
de magnésio
Zinco: Zn/Mn<8
Cálcio: 2 de cálcio para 1 de magnésio. No 
entanto, para a suplementação da maioria 
dos indivíduos, é necessário uma relação 1:1 
e, muitas vezes, de 1:2 em virtude da baixa 
ingestão dos alimentos fontes de magnésio.
Alta ingestão de cálcio 
e fósforo inibem a 
absorção de magnésio.
contraceptivos orais; estrogênio 
(ERT) e hormônio (HRT) de 
reposição; diuréticos de alça; 
diuréticos tiazida; lanolina; 
antibióticos de tetraciclina e 
neomicina.
Fonte: Lavalle Metabolic Institute (2008); COUZY et al. (1993); DTUGASZEK, et al. (2008); BLUM et al. (1991); AL-GHAMDI et al. 
(1994); PASCHOAL et al. (2009).
Quadro 2. Limites máximos e recomendação de ingestão diária para adultos.
Limites máximos diários de segurança
Recomendação de ingestão diária para adultos segundo a 
Recommended Dietary Allowances (RDA)
UL ANVISA RDA Homens Mulheres
350mg 700mg 400mg 310mg
Fonte: Institute of Medicine (1997) e ANVISA (2008)
Pesquisadores, em um estudo que avaliou a relação entre a ingestão de magnésio e a diminuição 
da proteína C reativa ultrassensível, que é um parâmetro para avaliar o processo inflamatório, 
observaram que quanto mais a ingestão do magnésio se aproxima da RDA, menor é o valor da 
proteína C reativa (KING et al., 2005).
Estudos recentes revelam que existe uma relação entre a ingestão de magnésio com a proteína C 
reativa ultrassensível e uma relação de ambos com prevalênciade obesidade em mulheres pré-
menopausadas sem reposição hormonal. Song et al. (2005) observou que, nas mulheres com 
sobrepeso, os níveis plasmáticos de PCR estavam aumentados, mostrando, mais uma vez, que a 
obesidade é uma doença inflamatória.
A deficiência de magnésio aumenta a produção de IL-1 e IL-6 que estão envolvidas com a produção 
de proteínas de fase aguda na inflamação. A baixa concentração de TNF-alfa e da reação em cadeia 
de polimerase (PCR, do inglês polymerse chain reaction), portanto, a deficiência desse nutriente 
está envolvida com a inflamação sistêmica crônica e com a resistência a insulina, característica das 
desordens metabólicas.
O magnésio também atua no metabolismo dos carboidratos, das proteínas e das gorduras, além 
de ser fundamental na conversão de um aminoácido, o triptofano, em serotonina, evitando 
32
UNIDADE II │ SUPLEMENTAÇÃO NUTRICIONAL EM ESTÉTICA
compulsão alimentar. O consumo excessivo de açúcar branco tende a reduzir os níveis de magnésio 
no sangue. 
Cálcio
Quadro 3. Informações importantes para a suplementação de cálcio.
Formas ativas 
comuns
Interações nutriente/nutriente Interações droga/nutriente
Cálcio quelado, cálcio 
glicina, cálcio taste 
free, citrato de cálcio e 
aspartato de cálcio
Sódio: reduz a disponibilidade e aumenta sua excreção urinária;
Proteínas: metionina aumenta sua excreção urinária;
Gorduras: aumentam sua excreção;
Cafeína: aumenta sua excreção (menopausa);
Oligofrutose e vitaminas do complexo B aumentam a absorção de Ca;
Fósforo reduz sua excreção urinária. 
Diuréticos de alça e outros que causam 
depleção de Potássio; Aticonvulsivantes 
(barbitúricos e fenitoína); Corticosteróides; 
Isoniazida; neomicina; antagonista H2; 
digoxina; antiácidos à base de magnésio e 
alumínio; antibióticos de tetraciclina.
Fonte: Lavalle Metabolic Institute (2008); COUZY et al. (1993); PASCHOAL et al. (2009).
Quadro 4. Limites máximos e recomendação de ingestão diária para adultos
Limites máximos diários de segurança Recomendação de ingestão diária para adultos 
segundo a Adequate Intake (AI)
UL ANVISA RDA Homens Mulheres
2.500 mg 1.500 mg 1.000 mg
Fonte: Institute of Medicine (2011) e ANVISA (2008)
É possível potencializar a absorção de cálcio por meio de outros fatores, tais como: respeito ao 
sinergismo de todos os nutrientes, restauração da função digestiva, aumento da acidez gástrica 
e restauração de equilíbrio intestinal com pré e probióticos. Portanto, não são necessárias 
administrações de altas doses desse nutriente. Observou-se outro fator que pode interferir na 
absorção que é a presença ou não de alimentos. Um estudo mostrou que cerca de 20% do cálcio é 
absorvido quando o estômago está vazio e 30 a 35% do mesmo é absorvido quando ingerido com 
alimentos (SILVA; COZZOLINO, 2007), demonstrando que a absorção do cálcio é maior quando 
este é ingerido junto com os alimentos.
Existe uma combinação de fatores relacionados à deficiência de cálcio, que podem desencadear 
o ganho de peso e obesidade (ZEMEL, 2002). O déficit de cálcio está relacionado com o aumento 
do PTH e da dihidroxivitamina D, a qual, por sua vez, aumenta o cálcio intracelular. O aumento 
do cálcio intracelular eleva a produção de insulina, a qual, por sua vez, aumenta a lipogênese. 
Da mesma forma, o aporte adequado de cálcio está relacionado com a diminuição do PTH e da 
dihidroxivitamina D, que provoca aumento da lipólise e diminuição do cálcio intracelular (ZEMEL 
et al., 2000). Dietas pobres em cálcio estão associadas ao aumento da liberação de calcitriol, também 
relacionado com o aumento do cálcio intracelular nos adipócitos. 
Sabe-se que a obesidade é uma doença caracterizada pela inflamação crônica e resistência à 
insulina. O aumento do cálcio intracelular (ocasionado pela deficiência na ingestão de cálcio) leva 
33
SUPLEMENTAÇÃO NUTRICIONAL EM ESTÉTICA │ UNIDADE II
à deficiência de magnésio, ativação da fosfolipase A2 e aumento da produção dos eicosanoides pró-
inflamatórios que induzem a resistência à insulina (VALDÉS et al., 2007).
Em estudos com suplementação de cálcio em doses variando de 1.200 a 1.300 mg/dia, foi observado, 
como resultado, um aumento da perda de peso (ZEMEL, 2002; ZEMEL; MILLER, 2004). Diversos 
estudos epidemiológicos identificaram relação inversa entre o consumo de cálcio e o valor de IMC 
(PEREIRA et al., 2002; CARRUTH; SKINNER, 2001; GONZALEZ et al., 2006).
É importante ressaltar que, se cálcio e ferro estiverem na mesma fórmula, o cálcio será um quelante 
para o ferro, pois sabe-se que 300 mg de cálcio diminuem a absorção de ferro. Assim, a correta 
forma de administração, neste caso, será com um dos dois na forma de quelato, para que não haja 
comprometimento da absorção (SANDSTROM, 2001).
Zinco 
Quadro 5. Informações importantes para a suplementação de zinco.
Formas ativas 
comuns
Razão nutriente/
nutriente
Interações nutriente/nutriente
Interações droga/
nutriente
Zinco quelado, 
zinco arginina, 
zinco glicina, zinco 
histidina, zinco 
taste free.
Fe/ Zn < 20 (zinco 
dietético);
Fe/Zn < 3 (quando 
suplementação crônica de 
ferro);
Zn/Cu < 15;
Zn/Mn < 8;
Zn/F 75;
Mn/Zn < 8.
Cálcio diminui a biodisponibilidade de zinco (usar 
sempre um dos dois na forma de quelato);
30 mg de ferro diminui a absorção de zinco, pois 
ferro heme bloqueia sua captação;
suplementação de zinco exige sinergia com o 
cobre, na proporção 15 a 20:1, para que não 
ocorra queda na enzima superóxido dismutase;
o zinco apresenta interação sinérgica com a 
vitamina A.
Contraceptivos orais; diuréticos 
de alça, diuréticos de tiazida; 
antagonistas de receptores H2; 
zidovudina (AZT); D-penicilina; 
Etambutol.
Fonte: Lavalle Metabolic Institute (2008); COUZY et al. (1993); PASCHOAL et al. (2009).
Quadro 6. Limites máximos e recomendação de ingestão diária para adultos.
Limites máximos diários de segurança
Recomendação de ingestão diária para adultos 
segundo a Recommended Dietary Allowances (RDA)
UL ANVISA RDA Homens Mulheres
40 mg 30 mg 11 mg 8 mg
Fonte: Institute of Medicine (2001) e ANVISA (2008)
Zinco nas desordens estéticas
Na acne, o zinco promove a quimiotaxia, que consiste em impedir a ação das bactérias causadoras 
da acne (NITZAN; COHEN, 2006; DEGITZ; PLEWIG, 2005; VERMA et al., 1980).
A deficiência de zinco pode comprometer o processo de cicatrização. Estudos recentes mostram 
que a suplementação de zinco acelera a cura de feridas por aumentar a formação dos fibroblastos 
(NITZAN; COHEN, 2006; DEGITZ; PLEWIG).
34
UNIDADE II │ SUPLEMENTAÇÃO NUTRICIONAL EM ESTÉTICA
Unhas fracas, quebradiças, com manchas, cabelos secos e quebradiços, aumento da queda de cabelos 
e calvície, são sintomas que podem estar relacionados à deficiência de zinco, já que esse mineral é 
responsável pela formação de queratina (HEATH; SIDBURY, 2006).
Níveis de zinco têm um papel central na transudação do sinal de inflamação, pois age na supressão 
da fosforilação e degradação das proteínas inibitórias que normalmente sequestram NF-kappa B 
no citoplasma (VASTO et al., 2006). O zinco, também, desempenha papel regulador na ação da 
insulina, evitando o acúmulo de gordura abdominal. Ajuda a manter o equilíbrio na produção dos 
hormônios da tireoide e contribui para a digestão das gorduras, além de ser capaz de melhorar o 
paladar, reduzindo o consumo de alimentos muito doces ou salgados. 
O zinco está envolvido na estabilização de membranas estruturais e na proteção celular, prevenindo 
a peroxidação lipídica. Participa da estrutura da superóxido dismutase (SOD), inibe a 5-alfa redutase 
inibindo a conversão DHT, regula síntese proteica e divisão celular. Desse modo, a ingestão adequada 
de zinco, além de atuar no combate aos radicais livres, auxiliano suporte à função imunológica e 
combate ao envelhecimento do organismo. (FALCHUK, 1993; FAIRWEATHER-TAIT, 2008). 
Ferro 
Quadro 7. Informações importantes para a suplementação de ferro.
Formas ativas 
comuns
Razão nutriente/
nutriente
Interações nutriente/nutriente
Interações droga/
nutriente
ferro quelado, ferro 
glicina, ferro taste 
free.
Fe/ Zn < 20 (zinco 
dietético);
Fe/Zn < 3 (quando 
suplementação crônica de 
ferro);
Fe heme/Zn < 3;
Fe/Mn < 5;
Fe/F < 87;
Zn/Fe < 2.
Cálcio reduz a absorção de ferro não-heme;
Sulfato de zinco reduz biodisponibilidade de ferro;
Vitamina C aumenta a biodisponibilidade do ferro 
não-heme;
Fibras, fitatos e taninos em grande quantidade 
reduzem a absorção de ferro.
Colestiramina; Colestipol; 
Indometacina; Neomicina; 
Antagonistas de receptores 
H2; Antibióticos Quinolona; 
Tetraciclinas; Aspirina.
Fonte: Lavalle Metabolic Institute (2008); COUZY et al. (1993); HENRIQUES; COZZOLINO (2007); PASCHOAL et al. (2009).
Quadro 8. Limites máximos e recomendação de ingestão diária para adultos
Limites máximos diários de segurança
Recomendação de ingestão diária para adultos 
segundo a Recommended Dietary Allowances (RDA)
UL ANVISA RDA Homens Mulheres
45 mg 65 mg 8 mg 18 mg
Fonte: Institute of Medicine (2001) e ANVISA (2008)
O ferro é necessário para a síntese de carnitina, aminoácido que apresenta função importante para 
a oxidação de ácidos graxos. Na detoxificação hepática atua na citocromo P450, enzima hepática 
de detoxificação, auxiliando no tratamento de desordens estéticas, como, por exemplo, lipodistrofia 
35
SUPLEMENTAÇÃO NUTRICIONAL EM ESTÉTICA │ UNIDADE II
glinóide. No combate a flacidez dérmica e ao surgimento de rugas e linhas de expressão o ferro é 
fundamental, pois atua na síntese de colágeno e elastina requer ferro.
O ferro é um dos componentes mais importantes para saúde do cabelo, sendo que sua deficiência 
está associada à queda difusa de cabelos (WHITING, 1996).
Pacientes com alopecia areata e alopecia androgenética apresentam níveis significativamente 
menores de ferritina, quando comparadas com o grupo controle (KANTOR, 2003). 
Cobre
Quadro 9. Informações importantes para a suplementação de cobre.
Formas ativas 
comuns
Razão nutriente/
nutriente
Interações nutriente/nutriente
Interações droga/
nutriente
cobre quelado, 
cobre lisina, 
cobre tirosina.
Cu/Zn < 1;
Cu/Se < 3300;
Zn/Cu <15.
Zinco em excesso prejudica a absorção de cobre por competição pela 
mesma proteína ligadora na mucosa intestinal.
Suplementos de cálcio podem prejudicar a biodisponibilidade de cobre 
por tornar mais básico o pH intestinal, tornando o cobre menos solúvel;
Altas doses de vitamina C podem levar a depleção de cobre.
Colestiramina; Colestipol; 
Indometacina; Neomicina; 
Antagonistas de receptores 
H2; Antibióticos Quinolona; 
Tetraciclinas; Aspirina.
Fonte: Lavalle Metabolic Institute (2008); COUZY et al. (1993); PEDROSA; COZZOLINO (2007); PASCHOAL et al. (2009).
Quadro 10. Limites máximos e recomendação de ingestão diária para adultos.
Limites máximos diários de segurança Recomendação de ingestão diária para adultos segundo a 
Recommended Dietary Allowances (RDA)
UL ANVISA RDA Homens Mulheres
10.000 mcg 9 mg 900 mcg
Fonte: Institute of Medicine (2001) e ANVISA (2008)
A superóxido dismutase cobre e zinco dependentes (SOD – Cu/Zn), enzima antioxidante essencial 
para o organismo, contém cobre em sua estrutura; portanto, esse mineral auxilia na função 
antioxidante, protegendo o organismo contra o estresse oxidativo (JUAREZ et al., 2008). 
A formação de tecido conjuntivo e dependente de cobre, uma vez que a enzima lisil oxidase atua 
sobre as cadeias laterais da lisina e hidroxilisina do colágeno e da elastina, auxiliando, desta forma, 
na prevenção da flacidez e do envelhecimento precoce (RODRIGUES et al., 2008). 
Cromo
Quadro 11. Informações importantes para a suplementação de cromo.
Formas ativas 
comuns
Interações nutriente/nutriente Interações droga/nutriente
Cromo quelado, 
cromo glicina, 
picolinato de 
cromo e cromo 
GTF.
Sobrecarga de ferro impede a ligação 
do cromo à transferrina, pois competem 
pelo mesmo carreador e, portanto, pode 
se desencadear um processo de carência 
de cromo.
Cloreto de cromo e inibidores de prostaglandinas, como a aspirina, por 
aumentarem o pH estomacal, elevam as concentrações plasmáticas e urinárias 
de cromo.
Antiácidos e dimetilprostaglandinas E2 reduzem a absorção e retenção de cromo
Fonte: Lavalle Metabolic Institute (2008); COUZY et al. (1993); PASCHOAL et al. (2009).
36
UNIDADE II │ SUPLEMENTAÇÃO NUTRICIONAL EM ESTÉTICA
Quadro 12. Limites máximos e recomendação de ingestão diária para adultos.
Limites máximos diários de segurança Recomendação de ingestão diária para adultos 
segundo a Adequate Intake (AI)
UL ANVISA RDA Homens Mulheres
Não estabelecido 1.000 mcg 35 mcg 25 mcg
Fonte: Institute of Medicine (2001) e ANVISA (2008)
Pitter et al. (2003), em sua meta-análise, avaliaram a eficácia do picolinato de cromo (200 mcg a 
400 mcg) para redução do peso corporal, diminuição da glicemia e lipidemia. Para o peso corporal, 
um efeito significante diferencial foi encontrado em favor do picolinato de cromo. No entanto, 
não foram demonstrados efeitos em relação à massa muscular. Em conclusão, a discussão desta 
meta-análise sugere efeito do picolinato de cromo comparado com o placebo para redução do peso 
corporal. A relevância do efeito clínico é discutível e, por isso, o resultado deve ser interpretado com 
atenção. É importante ressaltar que a prescrição de picolinato de cromo, forma ativa do cromo, é 
restrita à prescrição médica. 
O cromo ajuda a reduzir a resistência periférica à insulina, por meio da ativação da tirosina quinase 
localizada nos receptores insulínicos, tornando-os mais ativos à ação da insulina; com isso, a 
insulina consegue penetrar nesse receptor e carrear com muito mais intensidade a glicose que está 
circulando no sangue (VIA et al., 2008). Um estudo de revisão bibliográfica sobre a suplementação 
de Cr3+ concluiu que há melhora da eficiência da insulina e do perfil lipídico em doze estudos dos 
quinze avaliados (MERTZ, 1993).
O consumo de açúcar aumenta a excreção de cromo, com isso, ao longo do tempo, pode ocorrer 
resistência periférica à insulina, que tem alta correlação com o desenvolvimento de obesidade e 
diabetes do tipo 2 (LAU et al., 2008). 
Alguns cuidados devem ser tomados na suplementação de cromo. A administração deve ser 
realizada exclusivamente com a ingestão de carboidratos e os horários de administração também 
são importantes. Considerando, por exemplo, que o paciente faça uso da suplementação no 
período da manhã, devido ao pico de insulina que ocorre nesse período, se o paciente não ingerir 
carboidratos junto com a suplementação, o cromo deixará a insulina mais sensível à entrada da 
glicose, e o paciente se sentirá indisposto, com tonturas apresentando sintomas de hipoglicemia 
(LEVINA; LAY, 2008; PASCHOAL et al., 2009). 
Selênio
Quadro 13. Informações importantes para a suplementação de selênio.
Formas ativas 
comuns
Razão nutriente/
nutriente
Interações nutriente/nutriente
Interações droga/
nutriente
Selênio (aa complex) Cu/Se < 3300 Desconhecido Corticoides
Fonte: Lavalle Metabolic Institute (2008); COUZY et al. (1993); PASCHOAL et al. (2009).
37
SUPLEMENTAÇÃO NUTRICIONAL EM ESTÉTICA │ UNIDADE II
Quadro 14. Limites máximos e recomendação de ingestão diária para adultos.
Limites máximos diários de segurança Recomendação de ingestão diária para adultos 
segundo a Recommended Dietary Allowances (RDA)
UL ANVISA RDA Homens Mulheres
400 mcg 150 mcg 55 mcg
Fonte: Institute of Medicine (2001) e ANVISA (2008)O selênio ajuda a reduzir a peroxidação lipídica e neutralizar os radicais livres peróxidos de 
hidrogênio, por ser essencial na síntese de enzima glutationa peroxidase; além disso, potencializa a 
atividade antioxidante da vitamina E. Outra função importante desse mineral é ajudar a detoxificar 
metais pesados, como mercúrio e cádmio.
O selênio é fundamental para a manutenção da integridade de unhas e cabelos. Sua falta causa perda 
de cabelo e deixa as unhas frágeis e sujeitas a fungos. Porém, seu excesso pode causar deformação 
em unhas e cabelos. Além disso, desempenha importante papel em vários processos antioxidantes, 
sua deficiência pode causar clareamento dos cabelos e miopatias (GEILEN et al, 2000). 
Manganês
Quadro 15. Informações importantes para a suplementação de manganês.
Formas ativas 
comuns
Razão nutriente/
nutriente
Interações nutriente/nutriente
Interações droga/
nutriente
Manganês quelado, 
manganês glicina e 
manganês arginina.
Fe/Mn < 5
Zn/Mn < 8
Mn/Zn < 8
Mn/Se < 3300
Cálcio, cobalto e ferro compete com o manganês 
pela absorção.
Manganês e ferro competem pela proteína 
transferrina para serem carreados no sangue.
Desconhecido
Fonte: Lavalle Metabolic Institute (2008); COUZY et al. (1993); SILVA; COZZOLINO (2007); PASCHOAL et al. (2009).
Quadro 16. Limites máximos e recomendação de ingestão diária para adultos.
Limites máximos diários de segurança Recomendação de ingestão diária para adultos 
segundo a Recommended Dietary Allowances (RDA)
UL ANVISA RDA Homens Mulheres
11 mg 10 mg 150 mcg
Fonte: Institute of Medicine (2001) e ANVISA (2008).
Enzimas contendo manganês influenciam muitas atividades biológicas, incluindo a síntese de 
colágeno, mucopolissacarídeos, colesterol e ácidos graxos. Manganês é um cofator da superóxido 
dismutase (SOD) mitocondrial, que propicia ótimo funcionamento a uma das enzimas antioxidantes 
mais importantes (LEE; HELMANN, 2007).
O estresse emocional provoca um estresse oxidativo, podendo desencadear despigmentação dos 
cabelos. O primeiro sistema antioxidante de defesa a ser acionado e o da enzima SOD que, além de 
38
UNIDADE II │ SUPLEMENTAÇÃO NUTRICIONAL EM ESTÉTICA
depender de zinco e cobre, também é dependente de manganês, o qual tem uma relação direta com 
a despigmentação capilar (DAVENPORT; REINHART, 2000).
Boro 
Quadro 17. Informações importantes para a suplementação de boro.
Formas ativas 
comuns
Razão nutriente/
nutriente
Interações nutriente/nutriente
Interações droga/
nutriente
Boro (aa complex) Desconhecido Desconhecido Desconhecido
Fonte: Lavalle Metabolic Institute (2008).
Quadro 18. Limites máximos e recomendação de ingestão diária para adultos.
Limites máximos diários de segurança Recomendação de ingestão diária para adultos 
segundo a Recommended Dietary Allowances (RDA)
UL ANVISA RDA Homens Mulheres
20 mg Não estabelecido Não estabelecido
Fonte: Institute of Medicine (2001) e ANVISA (2008)
São dosagens comuns de boro utilizadas na clínica 1 a 3 mg/dia (Lavalle Metabolic Institute, 
2008). 
Atua na manutenção do alinhamento das fibras elásticas, pois é substrato para formação dos 
glicosaminoglicanos, renovação celular, participa da regulação do metabolismo basal do tecido 
adiposo, diminui edema, infiltração no tecido celular subcutâneo e melhora a regulação dos 
hormônios sexuais (HUNT et al., 1998). Além disso, o boro exerce múltiplas funções metabólicas, 
modulando mecanismos biológicos distintos (interação com nutrientes envolvidos no metabolismo 
ósseo; regulação de hormônios esteroides; modulação imunoinflamatória; e, mais recentemente, 
controle do estresse oxidativo), sendo capaz de modificar o metabolismo mineral energético em 
humanos e animais, atuando na prevenção de doenças osteoarticulares, em especial na menopausa 
(DOVIRIAN; VOLPE, 2003).
Silício
Quadro 19. Informações importantes para a suplementação de silício.
Formas ativas 
comuns
Razão nutriente/
nutriente
Interações nutriente/nutriente
Interações droga/
nutriente
Silício quelado e silício 
orgânico
Desconhecido Desconhecido Desconhecido
Fonte: Lavalle Metabolic Institute (2008).
39
SUPLEMENTAÇÃO NUTRICIONAL EM ESTÉTICA │ UNIDADE II
Quadro 20. Limites máximos e recomendação de ingestão diária para adultos.
Limites máximos diários de segurança 
Recomendação de ingestão diária para adultos 
segundo a Recommended Dietary Allowances (RDA)
UL ANVISA RDA Homens Mulheres
Não estabelecido Não estabelecido Não estabelecido
Fonte: Institute of Medicine (2001) e ANVISA (2008)
São dosagens comuns de silício utilizadas na clínica 10 a 15 mg/dia (Lavalle Metabolic Institute, 
2008).
O silício é componente dos mucopolissacarídeos e do colágeno de tecidos conectivos, que dão força, 
rigidez e flexibilidade a ossos, dentes, ligamentos, parede celular e membranas, além de unhas e 
pele (Lavalle Metabolic Institute, 2008). Uma das principais funções do silício é a manutenção da 
estrutura do colágeno tipo I e aumento da expressão de atividade da enzima prolina hidroxilase 
(REFFIT et al., 2003).
Evidências científicas indicam que o silício ajuda na reorganização das glicoproteínas e proteoglicanos, 
modifica permeabilidade capilar venosa e linfática, além de estimular a síntese de AMPc e hidrólise 
de triglicerídeos no tecido adiposo (GUIRRO; GUIRRO, 2002; JAMES et al., 2008). 
Riboflavina (Vitamina B2)
Quadro 21. Informações importantes para a suplementação de riboflavina.
Formas ativas comuns Interações nutriente/nutriente Interações droga/nutriente
Riboflavina Não há relatos Anticoncepcionais, antidepressivos tricíclicos e fenotiazinas.
Fonte: Lavalle Metabolic Institute (2008); PASCHOAL et al. (2009).
Quadro 22. Limites máximos e recomendação de ingestão diária para adultos.
Limites máximos diários de segurança 
Recomendação de ingestão diária para adultos 
segundo a Recommended Dietary Allowances (RDA)
UL ANVISA RDA Homens Mulheres
Não estabelecido 200 mg 1,1 a 1,3 mg
Fonte: Institute of Medicine (1998) e ANVISA (2008).
O efeito antioxidante dessa vitamina se deve à dihidro-riboflavina, que é um eficiente agente redutor 
de proteínas-heme oxidadas, produzido a partir da riboflavina pela ação da NADPH redutase 
dependente de flavina (POWERS, 2003; YUVARAJ et al., 2008).
Evidências científicas mostram uma associação entre a deficiência dietética de riboflavina e a 
redução da atividade da glutationa redutase, já que a riboflavina faz parte dessa enzima. Assim, a 
deficiência de riboflavina pode levar ao aumento do estresse oxidativo (SHAW et al., 2007).
40
UNIDADE II │ SUPLEMENTAÇÃO NUTRICIONAL EM ESTÉTICA
Cobalamina (Vitamina B12)
Quadro 23. Informações importantes para a suplementação de cobalamina.
Formas ativas comuns
Interações nutriente/
nutriente
Interações droga/nutriente
Vitamina B12 e cianocobalamina Não há relato Contraceptivos orais, fenitoína, colchinina; tetraciclinas; biguanidas; 
antagonistas de receptor H2; inibidores de bomba de prótons; 
medicações de liberação lenta de potássio-cloreto.
Fonte: Lavalle Metabolic Institute (2008); PASCHOAL et al. (2009).
Quadro 24. Limites máximos e recomendação de ingestão diária para adultos.
Limites máximos diários de segurança 
Recomendação de ingestão diária para adultos 
segundo a Recommended Dietary Allowances (RDA)
UL ANVISA RDA Homens Mulheres
Não estabelecido 200 mg 2,4 mcg
Fonte: Institute of Medicine (1998) e ANVISA (2008)
Desempenha papel fundamental em várias sínteses, como, por exemplo, DNA e células vermelhas 
(metionina e mielina). É responsável pela ativação da síntese de queratina, promove a formação do 
caroteno que é encarregado do crescimento resistência e fortalecimento dos fios do cabelo e unhas 
(WATANABE, 2007).A deficiência de B12 gera quadros de alopecia, agrisalhamento precoce, ressecamento cutâneo e 
fragilidade das unhas. O baixo consumo de vegetais, excesso de álcool e café, laxantes e antibióticos 
contribuem para a sua deficiência, sendo que vitaminas do complexo B (ácido fólico e B6), vitamina 
C, ferro, potássio, sódios e cálcio, atuam sinergicamente (PANIZ, 2007).
Ácido pantotênico (Vitamina B5)
Quadro 25. Informações importantes para a suplementação de ácido pantotênico
Formas ativas 
comuns
Interações 
nutriente/nutriente
Interações droga/nutriente
Pantotenato de cálcio Não há relato Ocorre diminuição da acetilação do ácido p-aminobenzoico, sulfonamidas e outras 
drogas devido à diminuição da disponibilidade de acetil-coA para essas reações.
Fonte: Lavalle Metabolic Institute (2008); VANNUCHI; CHIARELLO (2005); PASCHOAL et al. (2009).
Quadro 26. Limites máximos e recomendação de ingestão diária para adultos.
Limites máximos diários de segurança 
Recomendação de ingestão diária para adultos 
segundo a Recommended Dietary Allowances (RDA)
UL ANVISA RDA Homens Mulheres
Não estabelecido 1.000 mg 5 mg
Fonte: Institute of Medicine (1998) e ANVISA (2008)
41
SUPLEMENTAÇÃO NUTRICIONAL EM ESTÉTICA │ UNIDADE II
Segundo Leung (1995) a patogênese da acne está relacionada com a deficiência de ácido pantotênico, 
sendo que o efeito dos fatores hormonais nessa doença torna-se secundário à biodisponibilidade do 
mesmo. De fato, essa vitamina é fundamental para a síntese dos hormônios sexuais e seu déficit 
pode promover o desequilíbrio do metabolismo dos ácidos graxos, aumentando a probabilidade de 
ocasionar acne.
Raczyñska et al. (2003), em seu estudo, evidencia que o ácido pantotênico é capaz de aumentar o 
número de fibroblastos da derme, contribuindo, dessa forma, no processo de cicatrização de feridas.
Outro estudo releva que o ácido pantotênico, o pantotenol e outros derivados, que são precursores 
da coenzima A, protegem as células e todos os órgãos contra o dano peroxidativo por meio do 
aumento do conteúdo da glutationa celular (SLYSHENKOV et al., 2004).
Vitamina C
Quadro 27. Informações importantes para a suplementação de vitamina C.
Formas ativas comuns Interações nutriente/nutriente Interações droga/nutriente
Vitamina C revestida, ascorbato, vitamina C 
bufferizada (protegida)*. 
*A vitamina C na forma bufferizada representa o 
sódio, cálcio, magnésio e sais de potássio ascorbato.
Ingestão elevada de vitamina C pode causar 
depleção de cobre por diminuir sua absorção 
intestinal, além de promover um aumento de 
absorção de ferro.
Contraceptivos orais, indometacina, antibióticos 
tetraciclina, aspirina e salicilatos.
Fonte: Lavalle Metabolic Institute (2008); PASCHOAL et al. (2009). 
São formas de vitamina C menos ácidas e, provavelmente, têm menor propensão para causar 
irritação gástrica quando tomadas em altas doses.
Quadro 28. Limites máximos e recomendação de ingestão diária para adultos.
Limites máximos diários de segurança 
Recomendação de ingestão diária para adultos 
segundo a Recommended Dietary Allowances (RDA)
UL ANVISA RDA Homens Mulheres
2.000 mg 1.000 mg 90 mg 75 mg
Fonte: Institute of Medicine (2000) e ANVISA (2008)
A vitamina C ainda atua na síntese de colágeno e elastina, as maiores estruturas componentes da 
pele, tendões, matriz óssea, esmalte dentário, vasos sanguíneos e tecidos conectivos entre células. 
Estudos mostram, também, que a vitamina C aumenta a cicatrização (MUSSELMANN et al., 2006). 
A vitamina C é um importante cofator em muitas fases da síntese de colágeno: hidroxilação de 
aminoácidos lisina e prolina, aumento de RNA mensageiro de pró-colágeno e excreção de pró-
colágeno ao espaço extracelular, entre outros. Estudos científicos confirmam que a exposição dos 
fibroblastos à vitamina C aumenta a síntese de colágeno em 8 vezes (SHARMA et al., 2008). 
Considerando sua ação antioxidante, a vitamina C é fundamental no processo de detoxificação 
hepática (processo que transforma as substâncias lipossolúveis em substâncias solúveis, para que 
42
UNIDADE II │ SUPLEMENTAÇÃO NUTRICIONAL EM ESTÉTICA
possam ser excretadas). Isso porque durante o processo de detoxificação, a conversão das toxinas 
em metabólitos intermediários gera espécies reativas de oxigênio intermediárias que precisam ser 
neutralizadas (LISKA, 1998). 
É importante ressaltar que, sob certas circunstâncias, a vitamina C pode ter um efeito pró-oxidante 
devido à formação do radical ascorbil e promoção da glicação proteica. O radical ascorbil, formado 
a partir do ascorbato, é extinto pela vitamina E para produzir o radical tocoferil que, por sua vez, 
é reduzido pela conversão da glutationa em glutationa oxidada. Altas doses de vitamina C podem 
aumentar a concentração de radical ascorbil que, se não for utilizado pela vitamina E, pode resultar 
em aumento da carga oxidante (BLAND, 1998).
Quando o objetivo do tratamento com vitamina C for garantir um efeito antioxidante, é necessário 
que se mantenham as dosagens plasmáticas adequadas ao longo do dia. Para que isto ocorra 
deve ser orientado o consumo de fontes de vitamina C, ou a suplementação caso necessário, em 
baixas dosagens fracionadas ao longo do dia, no mínimo de três vezes/dia (PASCHOAL et al., 
2009). 
Por outro lado, caso o foco seja a melhora da microbiota intestinal, por exemplo, tratando-se de 
uma alergia alimentar, pode-se utilizar uma dosagem maior, pois apesar de não ser totalmente 
absorvida, a vitamina C irá exercer uma função antioxidante local (PASCHOAL et al., 2009).
O intestino absorve até 3 gramas/dia sendo que dessa quantidade, 2 gramas são utilizadas pelo 
próprio intestino. Cerca de duas horas após a ingestão de 1 grama de vitamina C, ocorre a absorção 
de aproximadamente 180 mg. Há um mecanismo que regula a absorção e excreção de vitamina C no 
organismo, sendo que, conforme ocorre um aumento da ingestão diária desta vitamina, a excreção 
começa a reduzir. A dose média de saturação de absorção é de 180 mg a 200 mg/dia (PASCHOAL 
et al., 2009).
O ascorbil, a forma oxidada da vitamina C, é um radical livre. Nesse sentido, a vitamina C não 
deve ser suplementada isoladamente para atuar no processo de regeneração, devendo sempre estar 
associada a outros nutrientes antioxidantes.
Vitamina A
Quadro 29. Informações importantes para a suplementação de vitamina A.
Formas ativas comuns Interações nutriente/nutriente Interações droga/nutriente
Acetato de vitamina A e 
palmitato de vitamina A.
O zinco é necessário para a síntese proteica, 
incluindo a síntese hepática e a secreção da 
proteína transportadora de retinol (RBP) e da 
transtiretina; portanto, a deficiência de zinco 
influencia a mobilização da vitamina A do fígado e 
seu transporte pela circulação.
A deficiência de vitamina A prejudica a mobilização 
do ferro dos estoques, e a suplementação 
da vitamina A melhora as concentrações de 
hemoglobina.
Colestiramina e colestipol, neomicina e óleo mineral.
Doses maiores que 10.000 UI de vitamina A mostram 
aumento da efetividade dos anticoagulantes.
Fonte: Lavalle Metabolic Institute (2008); PASCHOAL et al. (2009). 
43
SUPLEMENTAÇÃO NUTRICIONAL EM ESTÉTICA │ UNIDADE II
Quadro 30. Limites máximos e recomendação de ingestão diária para adultos.
Limites máximos diários de segurança 
Recomendação de ingestão diária para adultos 
segundo a Recommended Dietary Allowances (RDA)
UL ANVISA RDA Homens Mulheres
2.800 a 3.000 mcg 10.000 UI 900 mcg 700 mcg
Fonte: Institute of Medicine (2001) e ANVISA (2008)
Nutriente envolvido com crescimento, diferenciação tissular, manutenção e desenvolvimento de 
tecidos epiteliais, a vitamina A também participa da síntese de glicoproteínas e proteoglicanos, que 
são considerados cofatores paraa síntese do colágeno e revertem alguns efeitos indesejados dos 
corticosteroides, por controle análogo do gene aos hormônios esteróis.
Além disso, a vitamina A modula a expressão de diversos genes, como por exemplo, os genes 
para queratina, colágeno e colagenase, importantes proteínas para o citoesqueleto e para a matriz 
extracelular (YUYAMA et al., 2005). Também são modulados por essa vitamina os genes para 
fosfatase alcalina, ativadores de plasminogênio e fator de crescimento da epiderme (YUYAMA et 
al., 2005). Assim, alterações nos resultados de avaliações laboratoriais de fosfatase alcalina (que 
avalia déficit de cálcio) podem estar relacionadas com déficit nutricional (incluindo a vitamina A), 
impedindo a adequada expressão gênica. 
Retinóides naturais e sintéticos influenciam na proliferação celular epitelial e na diferenciação 
epidermal, e têm sido cada vez mais utilizados como agentes sistêmicos e tópicos para o tratamento 
de doenças hiperqueratóticas, acne, envelhecimento e certos tipos de cânceres de pele (ROSS, 
2003). A deficiência de vitamina A leva ao aumento no número de macrófagos que, por sua vez, leva 
ao aumento da produção de IL-12 e TNF-alfa, potencializando o quadro inflamatório e prejudicando 
suas atividades fagocíticas. 
Em um estudo realizado com 173 indivíduos com acne, a maioria apresentou níveis séricos reduzidos 
da vitamina. Os efeitos da suplementação de vitamina A em megadoses de 300.000 UI por dia nas 
lesões da acne foram comparados nesse estudo ao grupo-placebo. Após quatro semanas, houve uma 
diminuição significativa nos grupos tratados com vitamina A (Michaëlsson et al.,1977).
A vitamina A tem se revelado uma grande aliada contra a acne, mas pode se tornar perigosa em 
doses elevadas em razão de sua toxicidade, sendo possível acarretar defeitos congênitos quando 
utilizada na gestação, dislipidemia, hepatotoxicidade e inflamação intestinal. 
Vitamina E
Quadro 31. Informações importantes para a suplementação de vitamina E.
Formas ativas comuns Interações nutriente/nutriente Interações droga/nutriente
Vitamina E natural (d-alfa 
tocoferol) e vitamina E sintética 
(dl-alfa tocoferol)
As necessidades de vitamina E podem aumentar 
quando há um aumento no consumo de ácidos 
graxos poli-insaturados (AGP).
Razão vitamina E (mg) / AGP(g) deve ser maior 
que 4.
Colestiramina, colestipol e óleo mineral.
A vitamina E, em doses acima de 400 UI/dia, pode 
potencializar o efeito anticoagulante da warfariana, 
aumentando o tempo de coagulação sanguínea.
Fonte: Lavalle Metabolic Institute (2008); Institute of medicine (1998); PASCHOAL et al. (2009). 
44
UNIDADE II │ SUPLEMENTAÇÃO NUTRICIONAL EM ESTÉTICA
Quadro 32. Limites máximos e recomendação de ingestão diária para adultos.
Limites máximos diários de segurança 
Recomendação de ingestão diária para adultos 
segundo a Recommended Dietary Allowances (RDA)
UL ANVISA RDA Homens Mulheres
1.000 mg 1.200 UI 15 mg
Fonte: Institute of Medicine (2000) e ANVISA (2008)
Dados indicam que a vitamina E natural tem uma biodisponibilidade maior que a forma sintética 
(FERSLEW et al., 1993). Em muitos casos, pode ser quelada a acetato ou a succinato para aumentar 
sua estabilidade. Não devem ser utilizados suplementos de vitamina E na forma de tocoferil, pois 
este é um radical livre.
Outra questão importante, considerando que a vitamina E é lipossolúvel, é a necessidade de uma 
fonte lipídica para aumentar a sua biodisponibilidade. Assim, a administração na forma oleosa é 
mais biodisponível do que a forma em pó. As cápsulas gelatinosas com óleo têm menor absorção que 
as fórmulas com surfactante com óleo.
A suplementação com vitamina E em humanos tem se mostrado eficaz no controle do estresse 
oxidativo, já que é capaz de reduzir a excreção urinária de F2-isoprostanos (produto da peroxidação 
lipídica) tanto em indivíduos sadios quanto em pacientes com diabetes ou hipercolesterolemia 
(MARANGON et al., 1999). Entretanto, um estudo indicou que, em fumantes com alto consumo 
de ácidos graxos poli-insaturados (20%), a suplementação de vitamina E teve um efeito 
pró-oxidante, considerando o aumento dos níveis de F2-isoprostanos (WEINBERG et al., 
2001).
Koyu et al. (2005) investigou o efeito protetor da vitamina E nas alterações oxidativas induzidas 
pelo ferro. Para isso, trinta coelhos foram divididos em três grupos: um grupo recebeu injeção 
intraperitoneal de 500 mg/kg de ferro-dextrano; o segundo grupo recebeu o ferro associado a 
100 mg/kg de vitamina E; e um grupo placebo recebeu solução salina. Após essas intervenções, 
os pesquisadores avaliaram as atividades das enzimas antioxidantes no eritrócito: superóxido 
dismutase (SOD); glutationa peroxidase (GPx); catalase (CAT); e os níveis de malondialdeído 
(MDA). Ao final do estudo, observou-se que a vitamina E foi capaz de prevenir os efeitos oxidativos 
tóxicos induzidos por uma sobrecarga de ferro, conforme indicado pela elevação dos níveis das 
enzimas antioxidantes e redução dos níveis de MDA.
Biotina
Quadro 33. Informações importantes para a suplementação de biotina.
Formas ativas comuns Interações nutriente/nutriente Interações droga/nutriente
Biotina Não há relato Carbamazepina; Primidona; Antibióticos;
Fonte: Lavalle Metabolic Institute (2008); PASCHOAL et al. (2009). 
45
SUPLEMENTAÇÃO NUTRICIONAL EM ESTÉTICA │ UNIDADE II
Quadro 34. Limites máximos e recomendação de ingestão diária para adultos.
Limites máximos diários de segurança Recomendação de ingestão diária para adultos 
segundo a Recommended Dietary Allowances (RDA)
UL ANVISA RDA Homens Mulheres
Não estabelecido 2,5 mg 30 mcg
Fonte: Institute of Medicine (1998) e ANVISA (2008)
A biotina é um nutriente importante para o desenvolvimento do folículo piloso. Sua deficiência causa 
alopecia difusa e despigmentação dos cabelos (GEILEN et al., 2000). Por isso, é conhecida como a 
vitamina que produz cabelos saudáveis e ajuda na prevenção do aparecimento de cabelos brancos 
(BAUMGARTE; SUORMALA, 1997). Os sinais clínicos da deficiência de biotina são: dermatite, 
conjuntivite, alopecia e anormalidades no sistema nervoso central. 
Floersheim (1989), em estudo realizado em 45 pacientes com unha quebradiça receberam 
suplementação oral de 2,5 mg de biotina diariamente por 1,5 a 7 meses. Destes, 95% demonstraram 
melhora definitiva, exibindo unhas mais fortes após uma média de dois meses de tratamento. Outro 
estudo realizado por Hochamn et al. (1993) relatou uma taxa de 63% de resposta com suplementação 
de biotina para unhas quebradiças. Em pesquisa controlada realizada por Colombo et al. (1990), 
mulheres com unhas quebradiças que consumiram 2,5 mg de biotina diariamente por 6 a 15 meses 
tiveram aumento de 25% na espessura da unha, além de ter sua fragilidade significativamente reduzida. 
46
CAPÍTULO 3
Substâncias bioativas e probióticos
Substâncias bioativas
Segundo a RDC no 2 de, 7 de janeiro de 2002, substâncias bioativas são aquelas que, além dos 
nutrientes, os não nutrientes que possuem ação metabólica ou fisiológica específica. A prescrição 
de substâncias bioativas isoladas é restrita ao médico, cabendo ao nutricionista a prescrição dessas 
substâncias por meio da alimentação ou de um fitoterápico que as contenha.
Resveratrol
O resveratrol é um composto fenólico encontrado, essencialmente, na casca da uva. Entre suas 
diversas propriedades, incluem-se a atividade anti-inflamatória, via inibição do TNF-alfa e do óxido 
nítrico, além de apresentar função antioxidante.
Apresenta potente ação antioxidante com propriedade anti-inflamatória e participar como protetor 
para flexibilidade dos vasos sanguíneos (FUKAO et al., 2004; BERNATCHEZ et al., 2001).
É um potente indutor de sirtuínas (SIRT-1 e AMPK), que são importantes moléculas anti-aginginduzidas pela restrição calórica, sendo o principal composto bioativo com atividade mimética da 
restrição calórica (BAUR et al., 2006).
Resveratrol tem sido relatado como um inibidor da NADPH e ADP Fe+, que induz a peroxidação 
lipídica e bloqueia ação dos raios UV, além de ser um eficiente scavenger de radicais peroxil 
2,2’-azobis- (2-amidinopropano)-dihidroclorido.
Resveratrol tem demonstrado agir sobre os mecanismos de sinalização celular relacionados ao 
fotoenvelhecimento mediado pelos raios UV, incluindo MAP quinases, fator nuclear NFκB e 
metaloproteinases da matriz (BAXTER, 2008).
Antocianinas e proantocianidinas
Apresentam alta capacidade antioxidante, principalmente para radicais superóxido e peroxil. Os 
compostos antioxidantes podem entrar nas células humanas de uma maneira funcional, agindo 
na extinção do oxigênio, mesmo em baixas doses. É um importante inibidor da COX-1 e COX-2 
(SCHAUSS et al., 2006). Exemplo: Açaí.
Atuam inibindo a produção dos radicais livres, especialmente as proantocianidinas exercem 
importante habilidade em quelar aos metais tóxicos (LALA et al., 2006).
A dosagem para a suplementação varia de 500 a 2000 mg dia (ROBERT et al., 1990; FITZPATRICK 
et al., 1998).
47
SUPLEMENTAÇÃO NUTRICIONAL EM ESTÉTICA │ UNIDADE II
Quercetina e rutina
Quercetina e rutina são flavonoides considerados excelentes anti-inflamatórios e antioxidantes, já 
que aumentam níveis de glutationa hepática. Apresentam ação sinérgica com vitamina C e vitamina 
E, para prevenir dano hepático por déficit de glutationa modulando diversas enzimas do citocromo 
P450 (JAMES et al., 2008).
A quercetina participa na redução de reações alérgicas e inflamatórias por estabilizar mastócitos e 
basófilos, diminuindo a liberação química.
A dosagem sugerida para suplementação é de 200 a 800 mg dia.(SAIJA et al., 1995)
Fitoestrógenos (lignanas e isoflavonas)
São considerados compostos anti-aging por apresentarem atividade estrogênio-símile (CORNWELL 
et al., 2004).
Possuem propriedades antioxidantes. A isoflavona é um composto da soja, também chamado de 
fitoestrogênio, sua estrutura química é semelhante ao estrógeno. Estudos revelam que a ingestão de 
isoflavonas aumenta a espessura do colágeno dérmico e induz produção de colágeno (GUARATINI 
et al., 2007; PODDA et al., 2001). São conhecidas como fitohormônios. 
Ácido lipóico
Funções (EVANS, 1999):
 » antioxidante;
 » controle da glicemia no diabético;
 » aumenta glutationa e coenzima Q10 dentro da célula; e
 » protege contra doenças neurodegenerativas.
Dose recomendada: 300 a 1000 mg/dia 
Carotenoides
Muitos estudos revelam a capacidade dos carotenoides de inibir a oxidação de compostos pelos 
peróxidos graças a seu caráter hidrofóbico, protegendo os sistemas biológicos contra os danos dos 
radicais livres (GUARATINI et al., 2007; PODDA et al., 2001).
Porém existem disparidades nos resultados dos estudos sobre a suplementação de carotenoides. 
Alguns estudos observaram alterações positivas na atividade enzimática, porém outros notaram 
redução da atividade antioxidante da superóxido dismutase e das concentrações séricas de glutationa 
peroxidase (McGILL et al., 2003). 
48
UNIDADE II │ SUPLEMENTAÇÃO NUTRICIONAL EM ESTÉTICA
Um estudo observou que os carotenoides não polares (licopeno e betacaroteno) desordenam 
a bicamada da membrana e estimulam a peroxidação lipídica (aumento de 85% nos níveis de 
hidroperóxidos lipídicos), enquanto que a astaxantina (carotenoide polar) preservou a estrutura 
da membrana e apresentou atividade antioxidante (redução de 40% dos níveis de hidroperóxidos 
lipídicos) (McNULTY et al., 2008). Esses resultados sugerem que o potencial antioxidante dos 
carotenoides e dependente das interações com os diferentes lipídios de membrana, fato que pode 
explicar as diferentes atividades biológicas observadas.
Probióticos e prebióticos
Por definição, probióticos são microrganismos viáveis que, quando administrados em dosagem 
adequada, conferem efeitos benéficos contra agressores, promovendo um balanço positivo com a 
produção microbiana autócrina do trato gastrintestinal (TGI). Não precisam ser microrganismos 
que habitam o TGI, mas precisam promover um status de saúde ao homem.
Temos mais bactérias em nosso intestino do que células no nosso corpo, e o metabolismo desses 
microrganismos envolve uma intensa atividade bioquímica, com repercussões sobre a saúde e 
doença. Seres humanos estão envolvidos em simbiose com aproximadamente 1014 microrganismos, 
de diferentes cepas. 
Prebióticos são substâncias não digeridas que promovem um efeito fisiológico benéfico contra um 
agressor, por estimularem o crescimento e atividade de um número limitado de bactérias nativas 
da flora normal. A propriedade mais importante para um alimento ser considerado prebiótico é 
o estímulo do crescimento dos gêneros Bifidobacterium e Lactobacillus, atuando como substrato 
para as bactérias probióticas, aumentando sua ação no organismo (VAN LOO et al., 2007).
Existe ainda o simbiótico, que é um produto que contém probióticos e prebióticos, no qual o 
prebiótico estaria garantindo a sobrevivência, o crescimento e o metabolismo do probiótico. 
A ANVISA, na “Lista de Alimentos com Alegações de Propriedade Funcional Aprovadas”, indica que 
a quantidade mínima viável para os probióticos deve estar situada na faixa de 108 a 109 Unidades 
Formadoras de Colônia (UFC) na recomendação diária do produto pronto para o consumo, conforme 
indicação do fabricante. Valores menores podem ser aceitos, desde que a empresa comprove sua 
eficácia. As cepas disponíveis nessa lista aprovada são:
 » Lactobacillus acidophilus;
 » Lactobacillus casei Shirota;
 » Lactobacillus casei variedade rhamnosus;
 » Lactobacillus casei variedade defensis;
 » Lactobacillus paracasei
 » Lactococcus lactis
 » Bifidobacterium bifidum
49
SUPLEMENTAÇÃO NUTRICIONAL EM ESTÉTICA │ UNIDADE II
 » Bifidobacterium animallis (incluindo a subespécie B. lactis)
 » Bifidobacterium longum
 » Enterococcus faecium
Diversas desordens estéticas, como acne e lipodistrofia ginoide, tem como característica 
fisiopatológica a disbiose e aumento da permeabilidade intestinal. O aumento da permeabilidade 
intestinal ocorre quando estruturas de adesão às células epiteliais (desmossomas) são destruídas, 
fazendo aumentar a permeabilidade de antígenos via paracelular e reduzir a absorção de nutrientes 
via transcelular. 
São consequências do aumento da permeabilidade intestinal: absorção de macromoléculas tóxicas; 
estado crônico de hipersensibilidade imunológica; diminuição da absorção de vitaminas e minerais; 
depósito de toxinas e complexos imunes em tecidos dificultando a drenagem; e retenção hídrica, 
devido resposta alérgica.
O tratamento da hiperpermeabilidade intestinal consiste na utilização de probióticos, prebióticos, 
fibras solúveis, insolúveis e glutamina. 
O uso de prebióticos, substâncias alimentares não digeríveis, é uma maneira de modificar 
favoravelmente a composição e/ou atividade da microbiota intestinal. Um tipo de prebióticos de 
cadeia curta, frutooligossacarídeos (FOS), é bem conhecido para o efeito de promoção de saúde, pois 
estimulam bifidobactérias colônicas, reduzindo o pH fecal e consistência das fezes, aumentando a 
resistência a infecções e modulando o sistema imunológico (GIBSON et al., 2004). 
Lactobacilos e bifidobactérias têm sido usados em produtos alimentícios e suplementos dietéticos 
por décadas, com quantidade consumida segura. A bactéria probiótica tem que tolerar o estresse 
ácido e sobreviver à passagem estomacal, para que chegue viva ao intestino e exerça uma função. 
Nesse ponto, o prebiótico exerce um papel fundamental, visto que não sofre digestão no estômago, 
mantendo-seíntegro e servindo de proteção para os probióticos.
Prescrição de probióticos
 » Listar os probióticos que devem compor a formulação na quantidade para 1 dose. Os 
probióticos devem ser prescritos na unidade UFC (Unidade Formadora de Colônia), 
porque, quando são pesados em gramas, pode variar a quantidade de probióticos 
eficazes. 
 » Indicar a quantidade de doses a serem manipuladas. Ex.: 30 doses ou 1 dose diária 
por 30 dias. 
 » Excipiente: deve-se usar excipiente q.s.p (quantidade suficiente para preencher) 
o FOS (frutooligossacarídeo) ou goma arábica para funcionar como protetor de 
bactérias na passagem do estômago. Se quiser um produto simbiótico, ou seja, que 
forneça prebiótico além do probiótico, acrescentar o FOS como matéria-prima e 
definir quantidade. 
50
UNIDADE II │ SUPLEMENTAÇÃO NUTRICIONAL EM ESTÉTICA
É interessante administrar o suplemento de probióticos no período noturno, pois em função da 
diminuição do metabolismo neste horário, temos uma diminuição na velocidade da motilidade 
intestinal. Portanto, apesar de ainda faltar estudos para definir o melhor horário, podemos 
raciocinar, baseando-se na fisiologia humana, que este horário de suplementação pode melhorar a 
fixação das cepas nas criptas intestinais. 
Considerando que a microbiota intestinal é reposta a cada 3 dias (29), não há necessidade de fazer 
a suplementação diária por longos períodos, assim, em casos mais agudos a suplementação diária 
pode ser indicada nos primeiros quinze dias e após o 16o dia pode ser feito em dias alternados. 
Prescrição de prebióticos
No caso dos prebióticos, os estudos recomendam que a suplementação diária de inulina e FOS deve 
ser de 3g a 6g/dia. Doses superiores podem promover efeito laxativo. 
É importante ressaltar que podem ser verificados alguns efeitos adversos com essa suplementação, 
como cólica e distensão abdominal, derivadas dos produtos de fermentação. Porém, esses efeitos 
duram em média de 2 a 4 dias após o inicio da suplementação e refletem a melhora da microbiota 
intestinal.
51
CAPÍTULO 4
Proteínas e aminoácidos
Creatina
A creatina é um aminoácido sintetizado a partir da arginina, glicina e metionina no fígado 
e nos rins. Ao ser sintetizada é transportada para as células do músculo esquelético, onde é 
fosforilada em fosfocreatina, uma importante reserva energética que promove a ressíntese rápida 
de ATP, principalmente em condições anaeróbicas. A fosfocreatina converte o ADP em ATP 
pela transferência de fosfato de alta energia via creatina quinase. Os carboidratos e a insulina 
aumentam o uso da creatina pelo músculo; em seguida, a creatina é convertida em creatinina e 
excretada via renal.
Muitos estudos mostram os efeitos da suplementação creatina, como, por exemplo:
 » aumento desse aminoácido no músculo esquelético (HULTMAN et al., 1996);
 » promoção da ressíntese da fosfocreatina usada para exercícios intensos 
(GREENHAFF et al., 1994);
 » manutenção de altos níveis de ATP durante certos tipos de exercícios, principalmente 
endurance (VOLEK, KRAEMER, 1996);
 » estímulo para síntese proteica (CANDOW; CHILIBECK, 2007).
Além disso, a creatina tem demonstrado efeito terapêutico em várias doenças associadas com o 
estresse oxidativo, exercendo importante efeito antioxidante. Estudos sugerem, por exemplo, 
que a suplementação com creatina protege a atividade do DNA mitocondrial prevenindo ou 
melhorando doenças relacionadas com mutações do DNA mitocondrial ou até mesmo retardando o 
envelhecimento (GUIDI et al., 2008).
São utilizadas, doses de 2 a 3 gramas por dia durante 20 a 30 dias (CANDOW et al., 2007). O uso 
de carboidratos junto com a creatina melhora a performance, em comparação ao uso isolado do 
aminoácido.
Cisteína
Aminoácido não essencial que possui um átomo de enxofre em sua cadeia lateral. Aminoácidos 
enxofrados funcionam como anti-inflamatórios e antioxidantes, sendo importantes no processo de 
detoxificação de xenobióticos. A cisteína doa um grupo metil em muitas vias bioquímicas, incluindo 
a conversão de homocisteína em metionina. Na fase II de detoxificação, está envolvida no processo 
de sulfatação dos metabólitos ativos formados na fase I. Além disso, por ser precursor de glutationa, 
tem papel de antioxidante.
52
UNIDADE II │ SUPLEMENTAÇÃO NUTRICIONAL EM ESTÉTICA
A cisteína deve ser sempre suplementada em associação com a metionina. Em excesso, a cisteína 
pode ser tóxica, e não há consenso quanto à quantidade ideal utilizada na suplementação. Para 
adultos, a dose diária recomendada é de 13 mg/kg/dia (JANSON, 2002).
Uma variação bioquímica da cisteína é a N-acetilcisteína (NAC). Sua suplementação oral tem 
mostrado efeitos no reparo dos danos oxidativos do tecido, principalmente em doenças intestinais. A 
NAC serve como precursor de glutationa: desta maneira, além de antioxidante, serve como inibidor 
de leucócitos pró-inflamatórios. As recomendações indicam um uso diário de NAC de 1.000 a 7.000 
mg ou 100 mg/kg de peso para garantir sua efetividade (FAINTUCH et al., 1999).
Lisina
Aminoácido essencial envolvido com a biossíntese de carnitina, colágeno e elastina, além de outras 
funções envolvendo a formação de receptores, o controle de proteases, a elasticidade muscular e a 
quelação de metais tóxicos. 
Evidências científicas revelam que a associação de L-lisina e L-arginina pode reduzir a ansiedade e 
diminuir o cortisol em pessoas saudáveis (SMRIGA et al., 2007). Jezova et al. (2005) observaram, 
em trabalho com 29 pessoas saudáveis que utilizaram 3 gramas de cada aminoácido por 10 dias, 
além da diminuição na ansiedade, proporcionou, a diminuição do hormônio adrenocorticotrópicos, 
do cortisol, da adrenalina e da noradrenalina. 
Taurina
Um dos aminoácidos livres mais abundantes em tecidos como músculos e sistema nervoso central, a 
L-taurina é um aminoácido enxofrado que não se incorpora a uma proteína, portanto tem um papel 
antioxidante importante, pelo simples fato de ser carregador de enxofre.
Este aminoácido pode ser sintetizado a partir da cisteína, a taurina nem sempre é produzida em 
quantidades ótimas para a demanda fisiológica, principalmente na deficiência de vitamina B6, 
metionina e cisteína.
A taurina desenvolve vários papéis importantes na saúde, entre eles estão (SZYMANSKI, 
WINIARSKA, 2008): 
 » antioxidação e detoxificação;
 » proliferação celular e apoptose;
 » melhora da sensibilidade à insulina;
 » estabilização de membranas; e
 » solubilidade da bile. 
A taurina tem afinidade pelo bulbo do cabelo (em especial pelo bulbo piloso) e exerce um efeito 
protetor, do mesmo modo que outros aminoácidos sulfurados, cujo efeito antioxidante é ocasionado 
53
SUPLEMENTAÇÃO NUTRICIONAL EM ESTÉTICA │ UNIDADE II
pela estabilização das membranas celulares em face das diversas agressões acumuladas nas células 
em situação de estresse oxidativo, denominado efeito citoprotetor (WAITZBERG, 2001).
São indicada doses seguras de 75 a 500 mg/dia de taurina. Doses de até 1.000 mg/dia podem ser 
indicadas em pacientes cardiopatas, sem apresentar efeitos colaterais adversos. Sempre que possível 
utilizar a taurina sublingual, já que dessa forma estaremos garantindo o máximo de sua absorção. 
Triptofano
Aminoácido essencial conhecido por ser precursor do neurotransmissor serotonina. Estudos 
científicos revelaram aumento dos níveis cerebrais de serotonina com suplementos de triptofano, 
aliviando os sintomas de depressão e insônia, além de auxiliar o tratamento da bulimia. 
Somente pequena parte do triptofano atravessa a barreira hematoencefálica, porém quando 
acompanhado de carboidratos, ocorre aumento na disponibilidade de triptofano cerebral (por 
diminuir os competidores) e, com isso, aumento de serotonina (LENARD; DUNN, 2005). Aconversão do triptofano em serotonina é dependente da presença de vitaminas B6, B12, ácido fólico 
e magnésio (PÓVOA et al., 2005).
A serotonina intensifica a saciedade, baixos níveis podem acarretar psicopatologias, depressão, 
suicídio, agressão, ansiedade e bulimia (BLUNDELL, 1992). Altos níveis de triptofano inibem a 
gliconeogênese, aumentam a glicemia e a liberação de glicose para o cérebro, diminuindo o apetite 
(FERNSTROM, 1994).
As evidências sugerem que sejam utilizadas doses de 250 a 1.000 mg/dia de triptofano, podendo 
ser indicados até 4.000 mg/dia em casos de depressão, sem efeitos adversos correlacionados. É 
interessante que uma das doses seja oferecida antes de dormir. 
Colágeno
A molécula de colágeno é formada quase inteiramente por glicina, que representa um terço da 
sequência, além de prolina e lisina. Os aminoácidos prolina e lisina são modificados a hidroxiprolina 
e hidroxilisina por meio de processos enzimáticos, que requerem oxigênio, ascorbato e ferro como 
cofatores para as enzimas. A prolina e hidroxiprolina são vitais para a biossíntese de colágeno, 
estrutura e força (BARBUL et al., 2008). O colágeno é uma proteína estrutural básica encontrada 
na matriz extracelular e nos tecidos conectivos, representando cerca de 30% do total de proteínas 
no corpo humano (VARGAS et al., 1997).
No estudo de Matsuda et al. (2006), que investigou o efeito da ingestão de colágeno hidrolisado na 
matriz extracelular da derme de suínos, administrou-se diariamente a um grupo, por via oral, 0,2g 
de colágeno hidrolisado por quilo de peso durante 62 dias e comparou-se esse grupo, a um grupo 
controle que recebeu água e lactoalbumina. Esta pesquisa encontrou como resultados, diâmetros e 
densidade de fibroblastos, bem como densidade das fibras de colágeno, significativamente maiores 
no grupo que recebeu colágeno hidrolisado, comparado ao grupo controle. Os autores consideram 
54
UNIDADE II │ SUPLEMENTAÇÃO NUTRICIONAL EM ESTÉTICA
que o efeito foi dependente de proteínas específicas e não apenas do aumento da ingestão de 
aminoácidos (MATSUDA et al., 2006).
Sumida et al. (2004) avaliaram o efeito da ingestão diária de 10g de colágeno hidrolisado sobre 
a hidratação da pele de 20 mulheres saudáveis de origem oriental, comparado ao grupo placebo. 
Foi observado uma melhora gradual, mas não significativa, na capacidade de absorção de água 
durante 60 dias, no grupo suplementado com colágeno hidrolisado. O estudo ressalta que ambos 
os suplementos continham adição de 0,4g de vitamina C, sugerindo que o colágeno tenha efeito 
quando associado ao ácido ascórbico.
Diversas evidências científicas apontam que o colágeno hidrolisado atravessa a barreira da mucosa 
do intestino delgado como um peptídeo completo que não está sujeito a clivagem enzimática, sendo 
difundido na corrente sanguínea, atingindo concentração máxima em 6h. Este peptídeo acumula-
se na cartilagem tecidual, estimulando a produção de colágeno tipo II e proteoglicanos na matriz 
extracelular da cartilagem (KRUG et al., 1999).
Clark et al. (2008) avaliaram o efeito de 10g de colágeno hidrolisado, diluídos em 5mL de líquido, 
durante 24 semanas, na atividade da articulação em atletas fisicamente ativos e sem evidência de 
doença articular. Os resultados do estudo apontaram que o uso de colágeno hidrolisado é seguro 
nos indivíduos com articulações saudáveis e que possivelmente este suplemento reduz o risco de 
deterioração das articulações em grupos de alto risco. 
A dose diária sugerida para suplementação de colágeno hidrolisado é de 2 a 10 gramas de colágeno 
hidrolisado ao dia.
55
CAPÍTULO 5
Ácidos graxos 
Ácidos graxos ômega 3
Os ácidos graxos de cadeia longa – linoleico (ômega-6) e alfa-linolênico (ômega-3) – e seus 
derivados, particularmente o ácido araquidônico (AA), ácido eicosapentaenoico (EPA) e ácido 
docosahexaenoico (DHA), têm importante papel na manutenção da fluidez e/ou do estado ótimo das 
membranas celulares e são componentes chave das membranas de células altamente especializadas, 
como neurônios, eritrócitos, cardiomiócitos, retinócitos, plaquetas, células imunológicas (neutrófilos 
e monócitos) e células hepáticas.
O processo inflamatório é iniciado pela produção de ácidos graxos biologicamente ativos, 
prostaglandinas e leucotrienos. Embora vários ácidos graxos poli-insaturados de 20 carbonos 
possam servir como precursor de eicosanoides, o principal substrato é o ácido araquidônico, visto 
que está presente em maiores quantidades nas membranas celulares. 
Dietas ricas em ômega-3 promovem a incorporação de EPA nos fosfolipídios de membranas, em 
substituição ao ácido araquidônico, diminuindo, portanto, a disponibilidade de ácido araquidônico 
para a síntese de eicosanoides, além disso, o EPA, por si só, inibe a oxidação do ácido araquidônico 
pela ação da enzima COX (ciclooxigenase). 
Tais nutrientes podem reduzir a expressão de genes inflamatórios como NF-kappa B e os PPARs 
(receptores ativados por proliferador de peroxissomos). O NF-kappa B está altamente expresso no 
tecido adiposo e inicia a expressão de genes que codificam proteínas inflamatórias (TNF-α e IL-6). 
Já os PPARs são fatores de transcrição ativados por lipídios que reduzem a resposta inflamatória 
por meio da estimulação da quebra dos eicosanoides inflamatórios ou por interferirem na ativação 
do NF-kappa B (ROBINSON et al., 2007).
Ácidos graxos ômega-3 em estética
Existe a hipótese de que os ácidos graxos ômega-3 apresentam um papel essencial na manutenção 
do balanço energético e no metabolismo da glicose. Esses compostos parecem ainda ter habilidade 
para aumentar a termogênese, e, assim, reduzir a eficiência da deposição de gordura corporal. Esses 
efeitos são exercidos por meio da regulação da transcrição da proteína-3 e indução dos genes das 
proteínas envolvidas na oxidação dos ácidos graxos, além da redução da transcrição dos genes 
envolvidos na síntese lipídica (CLARKE, 2000). 
Em indivíduos portadores de acne, são encontradas elevadas concentrações de leucotrienos 
B4 (compostos inflamatórios derivados das prostaglandinas 2). A suplementação da dieta com 
alimentos ricos em ômega-3, com óleo de peixe e semente de linhaça, pode atenuar a produção 
desses compostos inflamatórios (ZIBOH et al., 1986). 
56
UNIDADE II │ SUPLEMENTAÇÃO NUTRICIONAL EM ESTÉTICA
Estudos realizados por Vazquez e Sandoval (2008) averiguaram que houve uma significativa 
melhora no quadro clínico da acne em comunidades nas quais foram utilizadas proporções maiores 
do consumo de peixes e mariscos (grandes fontes de ômega-3). Uma das justificativas é a inibição 
do leucotrieno B4, que reduz a proliferação do sebo sobre a acne inflamatória. 
Os ácidos graxos essenciais podem, ainda, ter papel sobre outros tipos de lesões cutâneas. A 
suplementação com EPA pode aliviar os efeitos agudos da irradiação UV sobre a pele. Estudo de 
Rhodes et al. (2010) observou que, em indivíduos com tais lesões, a suplementação com EPA promove 
uma redução do eritema induzido por UV, exercendo, dessa forma, efeitos protetores na pele. 
A inflamação peribulbar é uma das características fisiopatológicas da alopecia areata. Na alopecia 
androgênica, sugere-se que a liberação de citocinas inflamatórias, como a interleucina I-α (IL-1α), 
possa contribuir para a queda de cabelos (BERGFELD, 1989). Citocinas levam à transformação de 
anágeno em telógeno e estão relacionadas com alopecia areata (HOFFMANN, 2000). 
Estudos sugerem que a interleucina-1-α (IL-1α) inibe o crescimento do cabelo e do folículo, mas 
apenas após dois ou quatro dias de latência. Além da participação de IL-1 α, tanto o fato de crescimento 
do fibroblasto (FCF) como o fato de crescimento epidérmico (FCE), inibem o crescimento do cabelo 
e dofolículo piloso. 
A dose diária recomendada para suplementação variam de 1 grama a 4 gramas de EPA + DHA, 
variando de acordo com a patologia em questão. 
57
CAPÍTULO 6
Nutricosméticos
Por definição, os nutricosméticos são “produtos para administração oral, formulados e 
comercializados especificamente para propósitos de beleza” (MELLAGE, 2008), podendo ser 
apresentados na forma de pílulas, alimentos, líquidos ou comprimidos. Também conhecidos pelo 
conceito de “beleza de dentro para fora”, eles são caracterizados pelo uso de dieta e de suplementos 
orais para produzir benefícios na aparência física (DRAELOS, 2010). 
Os nutricosméticos orais representam a última tendência no campo de cuidados da pele e isso 
pode ser explicado pela associação feita pelo consumidor entre pele saudável e saúde geral e 
como tal, pode ser influenciada pelo consumo oral de substâncias como vitaminas e antioxidantes 
(DRAELOS, 2010).
É notável o atual aumento de estudos clínicos envolvendo componentes nutracêuticos com o propósito 
de auxiliar na beleza, ou seja, da aparência física. Muitas empresas de alimentos e cosméticos estão 
estabelecendo seu comércio baseado no conceito de nutricosméticos, com sistemas para cuidados 
pessoais designados para tratar a pele de maneira tópica e sistêmica.
O mercado mundial de nutricosméticos foi avaliado em USD 4,1 bilhões em 2009, sendo USD 
2,7 bilhões em suplementos e USD 1,7 bilhões em alimentos e bebidas para o mercado da beleza 
(ALIEVA, 2010). Ao apontar os principais movimentos globais, o II Caderno de Tendências da 
ABIHPEC 2010/2011 destaca os nutricosméticos como um conceito que vem se fortalecendo a cada 
dia, principalmente nos Estados Unidos e na Europa, e que tais produtos têm sido muito relevantes 
para a indústria cosmética, embora a legislação determine que produtos cosméticos sejam de uso 
exclusivo externo. O documento ainda cita que os produtos nutricosméticos mais recentes têm sido 
desenvolvidos na forma de bebidas, balas e snacks (ABIHPEC, 2010).
Levando em consideração a individualidade bioquímica e a complexa fisiopatologia das diversas 
desordens estéticas, o uso de nutricosméticos deve ser cuidadosamente pensado e sempre 
acompanhado de uma dieta equilibrada. Alguns fatores devem ser levados em consideração, como:
 » Biodisponibilidade dos nutrientes ou outros ingredientes da fórmula para consumo 
oral, a partir de dados científicos publicados.
 » Possíveis conflitos de interesse por parte de alguns pesquisadores.
 » Destino metabólico posterior à origem e distribuição biológica. 
 » Quaisquer interações conhecidas da fórmula com outros componentes da dieta.
 » Impacto da mesma sobre o meio intestinal e na absorção de outros nutrientes.
 » Dados toxicológicos sobre a fórmula.
 » Megadoses e seus efeitos colaterais.
58
UNIDADE II │ SUPLEMENTAÇÃO NUTRICIONAL EM ESTÉTICA
Exemplos de nutricosméticos disponíveis no mercado:
Dermavite®: complexo de vitaminas, minerais e carotenoides (licopeno e betacaroteno) para 
combater a queda de cabelos, fortalecer unhas e prevenir o envelhecimento da pele. 
Imedeen Prime Renewal®: extrato de soja e polissacarídeos marinhos. Extrato de semente de uva e 
tomate, vitamina C, zinco e extrato de camomila. Alegação do fabricante: melhora das linhas faciais 
depois de dois meses de uso.
Oenobiol®: carotenoides, selênio e ômega 3. Alegação do fabricante: aumenta em 21% a síntese de 
melanina e reduz em 68% as sunburn cells.
Pantogar®: vitamina B1 60 mg, D-pantotenato de Cálcio 60 mg, Levedura 100 mg, Cisteína 20 
mg, Queratina 20 mg, ácido paraminobenzóico 20 mg. Melhorar a qualidade dos fios no eflúvio 
telógeno e distrofia das unhas.
Viviscal®: vitamina C, extrato de cartilagem peixe, extrato de acerola, compostos do silicone. 
Alegação do fabricante: redução da queda de cabelos.
59
UNIDADE III
INTRODUÇÃO 
À FITOTERAPIA 
E FORMAS DE 
APRESENTAÇÃO DOS 
FITOTERÁPICOS
CAPÍTULO 1
Fitoterapia básica
As antigas civilizações perceberam, instintiva ou empiricamente ou até mesmo por imitação dos 
animais, que a natureza lhe oferecia uma infinita gama de plantas utilizadas para prevenir, atenuar 
ou curar um estado patológico. Nas suas experiências com ervas, tiveram sucesso e fracasso, sendo 
que, muitas vezes essas tratavam e em outras matavam ou produziam efeitos colaterais severos. Nas 
referências históricas sobre plantas medicinais, podemos verificar que existem relatos de seu uso 
em praticamente todas as antigas civilizações (MARQUES, 2011). 
No Brasil, os escravos africanos trouxeram consigo plantas medicinais, que eram utilizadas em 
rituais religiosos e também no tratamento de doenças, por suas propriedades farmacológicas, 
empiricamente descobertas. Enquanto os índios que aqui viviam utilizavam grande quantidade de 
plantas medicinais locais e, por intermédio dos pajés, o conhecimento de seu uso foi transmitido 
e aprimorado de geração para geração, inclusive aos colonizadores europeus, que se interessaram 
pelo uso medicinal das plantas (MARQUES, 2011).
A Organização Mundial da Saúde (OMS) acredita que 85% das pessoas do mundo utilizam plantas 
medicinais para tratar da saúde, 80% das pessoas dos países em desenvolvimento dependem da 
Medicina Tradicional e/ou Complementar para suas necessidades básicas de saúde, e que 85% da 
Medicina Tradicional envolve o uso de extratos de plantas.
O aumento do uso de fitoterápicos pode ser associado ao fato de que a população está questionando 
os perigos do uso abusivo e irracional de produtos farmacêuticos e procura substituí-los por plantas 
medicinais. A comprovação da ação terapêutica também favorece essa dinâmica, além disso, 
registra-se a insatisfação da população perante o sistema de saúde oficial e também a necessidade 
de poder controlar seu próprio corpo e recuperar sua saúde, assumindo as práticas de saúde para si 
ou para sua família.
60
UNIDADE III │ INTRODUÇÃO À FITOTERAPIA E FORMAS DE APRESENTAÇÃO DOS FITOTERÁPICOS
Compostos ativos
Terpenos e saponinas
Constituem a maior classe de componentes químicos das plantas, havendo mais de 30.000 
substâncias descritas. 
Alguns terpenos, como o esqualeno e os carotenos, fazem parte do metabolismo primário das 
plantas e são encontrados em todas as espécies. No entanto, a maior parte dos terpenos constitui 
o metabolismo secundário, o qual está envolvido na adaptação das plantas ao seu nicho ecológico.
A via transdérmica é uma das principais vias de absorção dos terpenos, e por esse motivo, são muito 
utilizados para a fabricação de cosméticos e pela indústria farmacêutica, pela qual são utilizados 
como promotores de penetração de medicamentos (SAPRA et al., 2008). A via inalatória é outra 
rota de administração muito comum dos terpenos. Por isso são muito utilizados como base para 
óleos essenciais e perfumes (SAPRA et al., 2008).
Outra via de administração é a oral. Kohlert et al. (2000) concluíram que estes compostos são 
geralmente eliminados com uma meia-vida de aproximadamente 1 hora, demonstrando haver um 
baixo risco de acúmulo desses compostos no organismo.
Propriedades benéficas dos terpenos (MARQUES, 2011):
 » Ação antiagregação plaquetária (Exemplos: isopreno, prenol, ácido isovalérico, 
pubescenoides A e B).
 » Bactericida, fungicida, antiparasitário, acaricida, alívio de azia e refluxo, 
anticancerígeno (Exemplos: geraniol, limoneno, terpineol, timol, mentol, alfa e 
beta-pineno).
 » Anti-inflamatório, antialérgico, antifúngico, anticancerígeno (Exemplos: farneseno, 
farnesol, ferritinina, tenuferidina, ferolina).
 » Anti-inflamatório, antiviral (anti-HIV), hepatoprotetor, detoxificante, analgésico, 
imunomodulador (Exemplos: cafestol, kahweol, cembrene, taxadiene, forskolin);
 » Antimicrobiano e indutor de apoptose(Exemplo: geranil, farnesol);
 » Precursor de esteroides, anticancerígeno, anti-inflamatório e antiviral (anti-HIV) 
(Exemplos: esqualeno e saponinas);
 » Antioxidantes, antiproliferativos e anti-inflamatórios (Exemplos: Licopeno, ɣ, α e 
β-caroteno).
Saponinas
Seu nome provém da propriedade de formarem espuma quando agitadas em água.
61
INTRODUÇÃO À FITOTERAPIA E FORMAS DE APRESENTAÇÃO DOS FITOTERÁPICOS │ UNIDADE III
As saponinas são um grupo particular de heterosídeos derivados dos triterpenos tetracíclicos, 
derivadas do metabolismo secundário das plantas, ou seja, são substâncias produzidas como 
parte do seu sistema de defesa. O teor de saponinas do ginseng (Panax ginseng), por exemplo, é 
diretamente proporcional à sua idade, sendo que o pico é atingido por volta dos seis anos. 
Principais propriedades benéficas das saponinas (MARQUES, 2011):
 » antimicrobiana/antifúngica;
 » anti-inflamatória;
 » anticancerígena;
 » aumento da permeabilidade nas membranas celulares;
 » antioxidante;
 » anticonvulsivante;
 » imunoestimulante;
 » analgésica;
 » hiperglicêmica;
 » antiviral; e
 » hipocolesterolêmica;
Taninos
Princípios ativos vegetais pertencentes ao grupo de compostos fenólicos, que por sua vez, são 
originários do metabolismo secundário das plantas. 
Os taninos apresentam uma tendência a formar complexos com proteínas. Faz com que sejam 
os principais limitantes do valor nutricional em leguminosas, pois reduzem a digestibilidade 
das proteínas das mesmas. Adicionalmente, podem inibir enzimas (complexos com proteínas 
enzimáticas) e interferir na absorção de alguns minerais e vitaminas (DESHPANDE, 1992).
Os taninos apresentam baixa absorção pela pele e pelo trato gastrointestinal, seus efeitos 
farmacológicos são elucidados segundo seus efeitos locais nestes órgãos. Porém, essa característica 
é benéfica, uma vez que, se absorvidos em grandes quantidades, os taninos podem apresentar 
toxicidade.
Principais propriedades benéficas dos taninos (MARQUES, 2011):
 » Antioxidante: os taninos, por serem componentes fenólicos, possuem a capacidade 
de doar íons de hidrogênio às moléculas de radicais livres, impedindo a peroxidação 
lipídica e inibindo as enzimas envolvidas na produção desses radicais, tais como 
fosfolipase A2, ciclooxigenase e lipoxigenase. 
62
UNIDADE III │ INTRODUÇÃO À FITOTERAPIA E FORMAS DE APRESENTAÇÃO DOS FITOTERÁPICOS
 » Atividade hemostática e cicatrizante: graças à capacidade em se complexar com 
estruturas proteicas, os taninos podem precipitar proteínas do plasma, além de 
ativar os fatores de coagulação sanguínea. O efeito cicatrizante está relacionado 
com a propriedade adstringente atribuída aos taninos, pois agem formando uma 
película protetora na região lesionada.
 » Atividade bactericida e fungicida: sua capacidade de formar complexos com 
proteínas, exercendo efeito inibitório sobre enzimas bacterianas e fúngicas, 
podendo, ainda, formar complexos com os substratos destas enzimas.
 » Outras propriedade benéficas dos taninos são, ação antiviral, antidiarreica, redução 
da oxidação da lipoproteína LDL. 
Flavonoides 
Presentes em frutas, legumes, raízes, talos, flores, folhas, cascas de árvores, vinho, nozes, sementes, 
ervas e especiarias, os flavonoides representam o maior grupo da família dos compostos fenólicos, 
sendo uma classe de metabólitos secundários amplamente encontrados no reino vegetal. 
Os flavonoides são divididos em quatro grupos principais:
 » Flavonas. Componentes: apigenina, chrisina, kaempferol, luteolina, miricetina, 
rutina, sibelina e quercetina.
 » Flavononas. Componentes: fisetina, hesperetina, narigina, naringenina e 
taxifolina.
 » Catequinas. Componentes: catequina, epicatequina e epigalocatequina galate.
 » Antocianinas. Componentes: cianidina, delfinidina, malvidina, pelargonidina, 
peonidina e petunidina. 
Principais propriedades benéficas dos flavonoides (MARQUES, 2011):
 » ação antioxidante;
 » cardioprotetora;
 » anticarcinogênica;
 » anti-inflamatória;
 » antiviral; e
 » hepatoprotetora.
Alcaloides
Os alcaloides são compostos nitrogenados de reação básica, presentes em diversas partes do vegetal 
e geralmente combinados com ácidos orgânicos ou taninos. 
63
INTRODUÇÃO À FITOTERAPIA E FORMAS DE APRESENTAÇÃO DOS FITOTERÁPICOS │ UNIDADE III
Os alcaloides podem ser absorvidos através do trato gastrintestinal, a partir de todas as membranas 
e mucosas e são pouco absorvidos pela pele integra. Após a absorção a maioria dos alcaloides é 
metabolizada no fígado. 
Principais propriedades benéficas dos alcaloides (MARQUES, 2011):
 » atividade antioxidante;
 » anti-inflamatória; e
 » antimalárica.
Antraquinonas
Nas plantas, as antraquinonas, normalmente, apresentam-se como substâncias cristalinas de 
coloração amarela, laranja ou vermelha, e estão presentes em fungos, liquens e em plantas superiores. 
Os glicosídeos antraquinônicos, quando ingeridos, atingem o cólon, no qual sofrem a ação da 
microbiota intestinal, sendo hidrolisados e convertidos em agliconas. As agliconas são as moléculas 
ativas das antraquinonas, sendo facilmente absorvidas pelo organismo. 
O principal efeito das antraquinonas no organismo humano e o laxativo (MARQUES, 2011).
Exemplos: Rhammus purshiana DC. (Cáscara-sagrada), Cassia angustifólia e Cassia acutifólia 
(Espécies de sene). 
Ácidos orgânicos
As raízes liberam muitos ácidos orgânicos, que são de extrema importância, tanto, por atuação 
de forma direta, favorecendo a biodisponibilidade de nutrientes para as plantas pelo processo de 
quelação e troca de ligantes, quanto por forma indireta, pelo estímulo da atividade microbiana. O 
ácido cítrico, por exemplo, é considerado um dos componentes mais importantes envolvidos nos 
processos de liberação de fósforo, potássio, zinco e complexação de alumínio.
Principais propriedades benéficas dos ácidos orgânicos:
 » Auxiliam na diminuição do risco de doenças crônicas por seu papel antioxidante, 
atuando na redução do estresse oxidativo e na inibição da oxidação de macromoléculas.
 » O malato e o citrato exercem efeitos alcalinizantes após o metabolismo, com um 
potencial de prevenir baixo grau de acidose metabólica inerente ao consumo de 
dieta ocidental.
 » Ácido cítrico e tartárico aumentam a salivação e possuem atividade bacteriostática, 
o que contribui para manter os dentes em melhores condições, além de possuírem 
ação diurética e laxante suave. Por sua vez, o ácido málico da maçã tem ação 
adstringente e obstipante, o qual e útil em casos de colite ou diarreia. 
Porém, nem todos os ácidos orgânicos são benéficos. O ácido oxálico pode precipitar na urina 
quando em contato com o cálcio e colaborar na formação de cálculos.
64
CAPÍTULO 2
Métodos extrativos e formas de 
uso farmacêutico
Os processos extrativos visam à retirada dos princípios ativos de dentro de determinada droga 
vegetal, por meio de um solvente, obtendo-se, assim, formas terapêuticas mais convenientes ao 
manuseio e administração. Os principais métodos extrativos são: 
 » Maceração: consiste no simples contato da droga vegetal com o líquido extrator, por 
um determinado período. 
 » Infusão: água fervente é adicionada à planta.
 » Decocção: chega-se à fervura da água em contato com o vegetal.
 » Digestão: o contato droga-solvente PE mantido a uma temperatura de 40 a 60°C.
 » Percolação: sem dúvida nenhuma, é o processo que, pela dinâmica e artifícios 
possíveis, permite uma maior extração e mais eficiente. A passagem do líquido 
extrator através da droga moída em aparelhos conhecidos por percoladores, com o 
controle do fluxo e variação da mistura dos solventes extratores, otimiza o processo.
 » Destilação: processo em que a planta, em contato com a água ou álcool,é submetida 
à destilação. 
Extratos vegetais são preparações líquidas ou em pó, obtidas da retirada dos princípios ativos das 
drogas vegetais por diversas metodologias, representadas por manipulações farmacêuticas que 
tem o objetivo de concentrar as substâncias, aumentando o prazo de validade e conservação de 
algumas drogas ou voltadas à separação dos ativos efetivamente envolvidos nos efeitos terapêuticos, 
retirando-se ou minimizando-se a presença de compostos indesejáveis. 
A mistura da planta com substâncias solventes ocorre por métodos diversos, mas os principais são 
a maceração e a percolação (técnicas em que o solvente fica em contato estático ou dinâmico com 
a planta em recipientes adequados) e a turbólise (emprego de um equipamento específico, um 
liquidificador industrial, que pulveriza as partes vegetais e leva os conteúdos celulares, extraindo 
os princípios ativos). Ao final de tempos variáveis (desde 30 minutos até vários dias de extração), 
obtém-se o extrato líquido que pode ser o objetivo final da extração, geralmente chamado de 
tintura (concentração de 10% ou 20%), ou também extrato fluido (concentração de 100% 
ou 1:1). 
Caso o extrato líquido não seja o objetivo final do processo, ele é, então, filtrado e evaporado para 
eliminação do solvente, fornecendo o chamado extrato seco, isto é, os princípios ativos retirados 
das plantas e deixados na forma de pó, juntamente com quantidades variáveis de excipientes como 
amido, carboximetilcelulose e outros. Antes do extrato seco, podemos obter o extrato mole e o 
extrato duro, fases intermediárias em termos de umidade relativa. 
65
INTRODUÇÃO À FITOTERAPIA E FORMAS DE APRESENTAÇÃO DOS FITOTERÁPICOS │ UNIDADE III
Como as possibilidades de extração são diversas, resultam produtos igualmente distintos em 
quantidade e concentração de ativos, levando a diferentes preços finais, bem como a resultados 
terapêuticos consequentemente variáveis. Por isso, faz-se necessária a padronização e 
estandardização dos extratos, de modo a fornecer dados sobre ativos em miligramas e, dessa forma, 
orientar-se a prescrição e a utilização pelos pacientes. 
Processos de extração
Infusão
Popularmente os infusos são preparados por um meio de extração, que consiste em adicionar 
água fervente sobre as plantas da droga vegetal devidamente trituradas, mantidos num recipiente 
fechado, em repouso, geralmente de 5 a 10 minutos e depois filtrados. A proporção a ser utilizada 
para cada 150mL de água varia de acordo com a espécie; normalmente para droga seca de 4 a 5g 
enquanto para droga fresca 8 a 10 gramas. A infusão é aplicável, principalmente para folhas, flores, 
ou partes floridas, assim como para classe de substâncias voláteis, devido à uma maior facilidade de 
penetração e extração dos ativos (FERRO, 2008).
O chá é uma bebida muito popular, com uma tradição secular, preparado por meio da infusão de 
folhas da espécie Camellia sinensis (L.) Kuntze, vulgarmente conhecida pelas denominações: Chá 
branco, Chá verde, Chá preto, Chá Oolong e Chá Pu-Erh. Entretanto, no Brasil a palavra “chá” 
popularmente é utilizada para qualquer tipo de infusão que se utiliza de outras espécies (Camomila 
– Matricaria recutita L., Capim Cidreira – Cympopogon Citratus Stapf., Erva doce – Pimpinella 
anisum L., hortelã – Mentha piperita L., etc). 
De acordo com a ANVISA, Informe técnico no 45, de 28 de dezembro de 2012, chá é definido como 
sendo: “o produto constituído de uma ou mais partes de espécie(s) vegetal(is), fragmentada(s) ou 
moída(s); com ou sem fermentação, tostada ou não, constantes de Regulamento Técnico de Espécies 
Vegetais para o preparo de chás”. 
É importante ressaltar que o termo “chá” deve ser utilizado exclusivamente àqueles destinados 
para fins alimentícios, sem nenhuma finalidade terapêutica. Também não deve conter descrito na 
rotulagem nenhum tipo de indicação de uso ou posologia. 
Por sua vez, as drogas vegetais destinadas para finalidade terapêutica, administradas sob a forma 
de infusão, maceração, decocção ou inalação, apresentam uma legislação específica, as quais não 
devem ser denominadas de chás. Por outro lado, essas devem apresentar indicação de uso, posologia 
e efeitos adversos.
Decocção
A decocção é um processo extrativo. É obtido mantendo a droga vegetal, dividida grosseiramente, 
em contato em recipiente fechado com um solvente, geralmente a água, sob aquecimento até 
66
UNIDADE III │ INTRODUÇÃO À FITOTERAPIA E FORMAS DE APRESENTAÇÃO DOS FITOTERÁPICOS
ebulição. Trata-se de uma técnica de emprego a um número restrito de drogas vegetais, uma vez que 
muitos princípios ativos presentes podem ser alterados devido ao aquecimento sob alta temperatura 
durante um tempo prolongado. 
Geralmente são utilizadas em drogas de natureza lenhosa, cujos princípios são solúveis a quente e 
quimicamente estáveis, por exemplo: taninos, flavonoides e derivados terpênicos (MARQUES, 2011).
Após repouso de 15 minutos o decocto deve ser filtrado a quente, seguido de prensagem da matéria 
vegetal. O acondicionamento deverá ser realizado após o resfriamento e decantação do decocto. 
Deve ser evitado o uso de recipientes de ferro, alumínio e outros metais que possam prejudicar 
a extração e atividades dos princípios ativos. Industrialmente, aconselha-se o uso de recipientes 
em aço inox. Já em preparações caseiras, o uso de recipientes de vidro é o mais adequado para 
realização de tais procedimentos.
Maceração
Maceração consiste num tipo de extração em que a droga vegetal é submetida ao contato com 
um determinado solvente por vários dias, com eventuais agitações e à temperatura ambiente. 
Essa técnica, conhecida como maceração do tipo estática, trata-se de um processo lento quando 
comparado a outros métodos de extração. 
A maceração também pode ser do tipo dinâmica, a qual é realizada também à temperatura ambiente, 
tendo como principal diferença a agitação constante da matéria vegetal e do solvente, permitindo 
assim uma diminuição do tempo do processo extrativo (FERRO, 2008). 
Digestão
Trata-se de uma maceração a quente realizada, principalmente, com drogas cujos princípios ativos 
possuem caráter resinoso, a uma temperatura de 40 a 50°C (FERRO, 2008).
O processo de digestão pode ser realizado em solventes como água quente, álcool e óleo com tempos 
menores que a maceração a frio, especialmente para os casos de bebidas alcoólicas que podem ser 
feitas durante 2 a 6 horas, dependendo do caso. O extrato final, obtido a partir de uma digestão 
aquosa, deve ser preservado de contaminação bacteriana ou fúngica, sendo que para tanto, é 
recomendado o uso de adição de conservantes (MARQUES, 2011). 
Percolação
Trata-se da passagem do líquido extrator através da droga vegetal, pulverizada na granulometria 
adequada, até seu completo esgotamento. Na percolação simples a droga é acondicionada no interior 
de um recipiente cônico provido de uma placa perfurada e de torneira na parte inferior denominado 
de percolador (MARQUES, 2011). 
Após o acondicionamento da droga vegetal ao percolador, adiciona-se volume suficiente de solvente 
até cobri-la, e assim deverá ser mantida durante o processo, mesmo que haja nova adição de solvente, 
67
INTRODUÇÃO À FITOTERAPIA E FORMAS DE APRESENTAÇÃO DOS FITOTERÁPICOS │ UNIDADE III
se necessário. Após período determinado, que pode levar vários dias, o processo da percolação se 
inicia com a abertura da torneira do percolador, recolhendo-se o percolato em recipiente adequado. 
Tubo de extração
Esse processo utiliza um equipamento denominado turbolizador, onde a extração é realizada 
com simultânea redução do tamanho das partículas (moagem e extração). O turbolizador reduz 
drasticamente o tamanho das partículas e o consequente rompimento das células favorecendoa 
rápida dissolução das substancias ativas diante do solvente utilizado (FERRO, 2008).
Algumas desvantagens da turbólise apresentam-se quanto à geração de calor durante o processo, 
que pode ser minimizado se a cada 5 minutos a extração for interrompida, e se a dificuldade na 
separação da solução extrativa por filtração for diminuída.
Extração em contracorrentes
Nesse processo, o liquido extrator percorre o sentido contrario à droga vegetal. Existem três tipos de 
processos conhecidos (MARQUES, 2011):
1. Contínuo absoluto: tanto a droga quanto o solvente se movimentam em sentidos 
contrários em um único compartimento. 
2. Contínuo relativo: somente o solvente se movimenta, enquanto a droga permanece 
estática e acondicionada em vários compartimentos, dos quais é retirada somente 
após o seu esgotamento.
3. Descontínuo absoluto: tanto a droga vegetal quanto o solvente se movimentam, 
entretanto, a droga fica acondicionada em vários percoladores em séries.
A extração em contracorrente é comumente recomendada para extração de óleos graxos comestíveis 
a partir de sementes de soja, milho, girassol, entre outros. 
Tipos de extratos
Os tipos de extratos mais comuns que apresentam uma maior representatividade no mercado e 
nos vários segmentos das farmácias e indústrias são: extrato fluido, tintura, alcoolaturas, extrato 
glicólico, óleos essenciais, extrato seco, extrato padronizado.
Extrato fluido
São preparações líquidas obtidas pelo processo de percolação, nos quais, exceto quando especificado 
diferentemente, uma parte do extrato, em massa ou volume, corresponde a uma parte, em massa, 
da droga seca, ou seja, trata-se de uma preparação denominada 1:1 (100%), onde cada 1 mL de 
extrato corresponde a 1 grama da droga vegetal.
68
UNIDADE III │ INTRODUÇÃO À FITOTERAPIA E FORMAS DE APRESENTAÇÃO DOS FITOTERÁPICOS
Tintura
Trata-se de preparações líquidas alcoólicas ou hidroalcoólicas, obtidas normalmente de uma droga 
vegetal ou animal. As tinturas são geralmente obtidas utilizando 1 parte de droga vegetal e 10 partes 
de solvente de extração, conforme a Farmacopéia Brasileira (5ª Ed), ou ainda 1 parte de droga 
vegetal e 5 partes do solvente de extração. 
As “tinturas mães” também são consideradas preparações fitoterápicas líquidas obtidas por 
percolação (droga vegetal) ou maceração (planta fresca), resultantes da ação do solvente água/
etanol, nas suas diferentes concentrações, sobre uma droga vegetal. Entretanto, essas apresentam 
algumas particularidades e diferenças. As tinturas mães são destinadas para uso em homeopatia e 
na preparação de medicamentos homeopáticos, após diluição e sucussão. A concentração da droga 
vegetal/solvente oficialmente preconizada é na proporção 1:10.
Alcoolaturas
São preparações a base de plantas frescas, excepcionalmente de plantas secas ou de drogas, por 
maceração em temperatura ambiente com álcool etílico. Esse método geralmente é utilizado 
para matérias primas vegetais, em que os constituintes a serem extraídos podem ser perdidos ou 
degradados em operações de secagem ou concentração. 
Extrato glicólico
São preparações líquidas densas obtidas geralmente por processos de maceração da droga vegetal 
em um solvente hidroglicólico, do tipo propilenoglicol (mais utilizado) ou glicerina. A relação droga/
solvente utilizada varia muito, sendo que, geralmente, as concentrações indicadas são similares às 
tinturas, ou seja, 10% ou 20% (m/v). São solúveis em água produzindo uma solução transparente 
ou ligeiramente turva. 
Esses extratos são muito utilizados pela indústria de cosméticos de fitocosméticos devido a sua 
propriedade emoliente. O polipropileno em solução tem o caráter de extrair as frações aromáticas 
(óleos essenciais) e hidrossolúveis (taninos, flavonoides) intactas e de maneira perfeitamente 
assimilável. O uso desse tipo de extrato é recomendado somente para formulações de uso tópico, 
devido ser considerado irritante para mucosas e prejudicial se administrado por via oral.
Óleos essenciais
São caracterizados como compostos aromáticos normalmente voláteis, que são extraídos dos vegetais 
por meio de vários métodos, e obtidos sob a forma combinada ou pré-formados. Possui ampla 
aplicação na indústria cosmética (sabonetes, loções etc.), perfumaria, massagens, fitoterápicos, 
aromaterapia e alimentos (aromatizantes). 
Extrato seco
Os extratos secos são preparações sólidas obtidas por meio da vaporização do solvente utilizado 
na sua preparação, com teor de água de 5%. Oferecem como vantagem uma maior estabilidade 
69
INTRODUÇÃO À FITOTERAPIA E FORMAS DE APRESENTAÇÃO DOS FITOTERÁPICOS │ UNIDADE III
química e maior facilidade de armazenamento e transporte, sendo o tipo de extrato mais utilizado 
e indicado nas preparações dos mais diversos produtos, principalmente na área de medicamentos 
e alimentos.
Normalmente apresentam menor carga bacteriana quando comparados a outros tipos de estratos, 
podendo ainda ser esterilizados por radiação ɣ. No caso de extratos aquosos contendo substâncias 
termolábeis, sugere-se a liofilização como sendo o processo de melhor escolha, pois não submete os 
componentes ativos ao aquecimento. A liofilização praticamente não altera os constituintes ativos 
do extrato. 
Extratos padronizados
Extratos padronizados têm como características apresentar teores de seus constituintes ajustados 
pela adição de extratos obtidos com a mesma droga utilizada na preparação. A padronização é dada 
por meio de marcadores (exemplo: alcaloides, flavonoides, saponinas, etc.) por meio do emprego 
de técnicas analíticas com o objetivo de que seja garantido ao extrato, a mesma quantidade de 
substâncias ativas. 
A verificação dos fitomarcadores, quando conhecidos, pode ser confirmada por meio de análises 
qualitativas CCD (Cromatografia de Camada Delgada), análises quantitativas HPLC (Cromatografia 
Líquida de Alta Eficiência) e CG (Cromatografia Gasosa), espectrofotometria, etc., além das 
técnicas clássicas de controle, características físico-químicas, organolépticas e microbiológicas. 
Todos os procedimentos analíticos realizados permitem que a produção de cada lote, incluindo 
homogeneidade e reprodutibilidade, seja garantida. 
Prescrição em cada forma de apresentação
A prescrição fitoterápica deverá conter, obrigatoriamente: 
I. nomenclatura botânica (em itálico, negrito ou sublinhado), sendo opcional o nome 
popular; 
II. parte usada; 
III. forma farmacêutica/modo de preparo;
IV. tempo de utilização; 
V. dosagem; 
VI. frequência de uso; e
VII. horários. 
70
UNIDADE III │ INTRODUÇÃO À FITOTERAPIA E FORMAS DE APRESENTAÇÃO DOS FITOTERÁPICOS
Figura 1. Modelo para prescrição de infusões. 
Figura 2. Modelo para prescrição de tinturas.
Figura 3. Modelo para prescrição de extrato seco. 
71
UNIDADE IVFITOTERAPIA EM 
ESTÉTICA
CAPÍTULO 1
Fitoterapia em tratamentos estéticos 
faciais e corporais
É cada vez mais frequente a busca por informações a respeito dos efeitos dos fitoterápicos. Diversos 
estudos têm sido publicados utilizando teste para verificação da sua eficácia e segurança em 
diferentes formas farmacêuticas.
Um documento imprescindível àqueles que desejam adotar a fitoterapia em sua 
prática clínica é a leitura da RDC no 10/2010. Essa resolução trás em seu Anexo I uma 
lista com 54 drogas vegetais para uso interno, 21 para uso externo e uma de uso 
inalatório, com a respectiva alegação de propriedade além de posologia segura e 
modo de usar de cada espécie. 
Fitoterápicos podem ser xenobióticos que, dependendo da forma utilizada e da 
posologia adotada, podem apresentar potencial tóxico. Portanto, é importante que 
o profissional que deseje utilizar a fitoterapia em sua prática clínica deve buscar o 
aprimoramentona prescrição segura de plantas medicinais e fitoterápicos, por meio 
de cursos, congressos, leitura de artigos científicos e filiação a instituições de classe 
que estabeleçam, definam, reciclem e fortaleçam essas regulamentações.
O presente capítulo lista alguns dos principais fitoterápicos utilizados atualmente e que apresentam 
os efeitos relatados em estudos científicos. 
Envelhecimento
Silybum marianum L. (Silimarina) 
Funções (ASGHAR; MASSOD, 2008; RAMASAY; AGARWAL, 2008):
 » antioxidante;
 » auxilia o processo de detoxificação hepática;
72
UNIDADE IV │ FITOTERAPIA EM ESTÉTICA
 » administração de silimarina tem mostrado aumentar os níveis de glutationa e 
diminuir o estresse oxidativo;
 » estudos in vitro demonstraram que a silimarina exerce marcante inibição durante 
os estágios tardios da glicação e subsequente cross-linking;
 » decresce significativamente a produção de IL-18 e os níveis de COX-2, portanto, 
efeito anti-inflamatório;
 » reduz o acúmulo tecidual de AGEs, o cross-linking do colágeno;
 » reduz a fragilidade dos vasos capilares e o excesso de permeabilidade dos vasos 
sanguíneos;
 » aumento da sensibilidade dos receptores de insulina.
Curcuma longa (Açafrão da índia)
Efeitos (MARQUES, 2011):
 » inibição da peroxidação lipídica;
 » indução da regeneração de enzimas antioxidantes, tais como a glutationa-S-
trasnferase;
 » dissolução de cálculos biliares, anticoagulante e anti-hepatotóxico;
Vitis vinifera e Vitis labrusca (Videira)
Efeitos (BAXTER, 2008):
 » reduz a peroxidação lipídica e protege contra a oxidação proteica e lipídica induzida 
pelo peroxinitrato;
 » O Resveratrol tem demonstrado agir sobre os mecanismos de sinalização celular 
relacionados ao fotoenvelhecimento mediado pelos raios UV, incluindo MAP 
quinases, fator nuclear NF-Kappa B e metaloproteinases da matriz.
Vaccinium vitis idaea L (Lingonberry)
Efeitos (WANG et al., 2005):
 » ativo nutricosmético vegetal obtido do extrato de lingonberry (Vaccinium vitis 
idaea L.), um produto produzido e patenteado por Beijing Gingko Group (BGG). 
Contem uma serie de compostos antioxidantes, incluindo 10% de resveratrol, 35% 
de proantocianidinas e 10% de antocianinas;
 » proporciona clareamento da pele por inibir a ação da tirosinase e a síntese de melanina;
73
FITOTERAPIA EM ESTÉTICA │ UNIDADE IV
 » grande capacidade de absorção de radical oxigênio, sendo um potente antioxidante; e
 » proporciona redução das rugas, pois aumenta a elasticidade e a hidratação.
Camellia sinensis (Chá verde)
Efeitos (KATIYAR et al., 1999):
 » Os polifenóis presentes no chá verde, principalmente epigalocatequina-3-galato 
(EGCG) exerceu efeito protetor em edemas cutâneos resultantes da exposição aos 
raios UVB.
 » Estudos mostram que o chá verde (EGCG) tem a capacidade de bloquear a infiltração 
de leucócitos induzida por raios UVB em ratos, como também na pele humana, e 
assim, pode inibir a produção de radicais livres induzidos por UVB.
 » A epigalocatequina-3-galato inibe a expressão de metaloproteinases com potente 
efeito antienvelhecimento.
Panax ginseng (Ginseng asiático) 
Efeitos (HUONG et al., 1998; ZHING; JIANG, 1997):
 » diminui peroxidação lipídica, principalmente cardíaca; 
 » protege a pele contra radiação;
 » ação anti-inflamatória; e
 » reduz reações alérgicas.
Zingiber officinale (Gengibre)
Efeitos (MARQUES, 2011):
 » ação antioxidante;
 » diminuição da coagulação excessiva;
 » ação anti-inflamatória; e
 » reduz crescimento tumoral.
Illex paraguaiensis (Erva matte)
Efeitos (XU et al., 2009; GUGLIUCCI et al., 2010; BIXBY et al.,2005; DUDONNÉ et al., 2009):
 » O extrato metanólico de Illex paraguaiensis (flavonoides derivados do ácido cafeico 
e glicosídeos) foi capaz de inibir a elastase de neutrófilos humanos, sendo que os 
74
UNIDADE IV │ FITOTERAPIA EM ESTÉTICA
dicafeoilquínicos tiveram a maior atividade de forma dose dependente, sugerindo o 
seu uso como antienvelhecimento cosmético. Para uso oral ou tópico.
 » Capacidade de inibir a formação dos AGES, induzidas por metilglioxal, albumina 
e histonas. Isto ocorreu devido à ação do ácido cafeico e clorogênico presentes 
no extrato.
 » Illex paraguaiensis foi eficaz em neutralizar o efeito do peróxido nitrito no estresse 
nitrosativo, induzido em células epiteliais e macrófagos. Esse efeito se deve à alta 
presença de ácidos clorogênicos, outros derivados fenólicos, quercetina, rutina e 
canferol, nos extratos aquosos.
Punica granatum (Pomegranate)
Efeitos (ASLAM et al., 2005):
 » Indicado para manchas causadas pela exposição a luz solar, por inibir ação dos 
melanócitos. Potencializa níveis de glutationa (antioxidante).
 » O extrato de pomegranate apresenta efeito protetor contra a lesão celular UVA-
UVB-induzida e protege os fibroblastos humanos contra a morte celular UV-
induzida, reduzindo a ativação do fator de transcrição NF-kappa B e da caspase-3.
Rubus idaeus (óleo de framboesa)
Efeitos (PARRY et al., 2005):
 » possui propriedades anti-inflamatórias;
 » excelente emoliente;
 » mantém o equilíbrio da função de barreira da pele;
 » evita o ressecamento da pele sendo indicado para peles sensíveis e secas;
 » rico em ômega-3, -6 e -9;
 » baixa razão ômega-6/ ômega-3;
 » importante ação anti-inflamatória;
 » fonte de vitamina E e gama-tocoferol (ação antioxidante com função de reparar e 
condicionar a pele).
Pumkin seed oil (óleo de semente de abóbora)
Funções (STEVENSON et al., 2007; CAILI et al., 2006):
 » rico em ácidos linoleico, oleico, palmítico e esteárico;
75
FITOTERAPIA EM ESTÉTICA │ UNIDADE IV
 » fonte de vitamina E;
 » importante ação antioxidante e anti-inflamatória;
 » tem a capacidade de reter água, deixando a pele macia e hidratada; e
 » é ideal para peles secas, ásperas e danificadas. Ajuda a prevenir o surgimento de 
linhas finas de expressão e a atenuar as já existentes.
Olea europaea (folha de oliveira)
Possui alta concentração de:
 » ácidos graxos (ômega 3,6 e 9);
 » vitaminas A, E, B1, B2, B3 e B6;
 » cobre, potássio, magnésio, manganês, sódio, fósforo, zinco, selênio, cromo;
 » fibras alimentares;
 » proteínas;
 » fitoesteróis;
 » flavonoides (rutina, hesperidina, luteolina, apigenina, quercetina e canferol); e
 » estudos recentes apontam ainda quantidades significativas de ácido oleanólico, 
colina, apigenina, oleuropeína, ácido palmítico, alfa linolênico e oleico.
Funções (OLSZEWER, 2008): 
 » aumenta a sobrevida dos fibroblastos em 15%;
 » inibe os radicais de nitrogênio, responsáveis pelo câncer de pele e inflamação; e
 » reduz significativamente o eritema induzido por raios UVB.
Lipodistrofia ginoide e emagrecimento
Borago officinales (borragem)
Efeitos (SHULZ et al., 2002):
 » ação diurética (melhora filtração glomerular e excreção urinária); 
 » anti-inflamatório;
 » reduz o acúmulo de gordura corporal por meio do aumento da expressão gênica da 
proteína desacopladora 1 no tecido adiposo marrom.
76
UNIDADE IV │ FITOTERAPIA EM ESTÉTICA
Centella asiatica (centela) 
Efeitos (KALUF, 2008):
 » ação anti-inflamatória e melhora insuficiência venosa; e 
 » tem efeito benéfico no tropismo dos tecidos conjuntivos e favorece a cicatrização de 
feridas.
Ruscus aculeatus (gilbardeira)
Efeitos (SHULZ et al., 2002):
 » altera a permeabilidade vascular, melhorando edemas e incrementa a função renal 
e venosa.
Aesculus hippocastanum (castanha-da-Índia) 
Efeitos (SHULZ et al., 2002):
 » melhora edemas e microcirculação; e
 » reduz a fragilidade capilar e a insuficiência venosa (hemorroidas e varizes).
Melilotus officinalis (trevo cheiroso)
Efeitos (KALUF, 2008):
 » efeito linfogogo devido à sua ação cumarínica; e
 » aumenta a drenagem linfática,diminui a permeabilidade capilar e estimula os 
histiócitos do tecido conjuntivo.
Vaccinium myrtillus (mirtilo)
Efeitos (KALUF, 2008):
 » antioxidante e vasorregulador.
Camellia sinensis (chá Verde)
Efeitos (KALUF, 2008):
 » anti-inflamatório, hipoglicemiante, hipolipidêmico, antioxidante e termogênico;
 » inibe a NO-sintetase e formação de peroxinitrito e xantino oxidase.
77
FITOTERAPIA EM ESTÉTICA │ UNIDADE IV
Chlorella pyrenoidosa (chlorella)
Efeitos (KALUF, 2008):
 » detoxificante, imunoestimulante, recuperação de tecidos lesados, melhora processos 
digestivos e apresenta ação anti-inflamatória (inibe expressão de mediadores pró-
inflamatórios); e
 » ação antifúngica, antiaterogênica (reduz lipoperoxidação) e antioxidante.
Taraxacum officinale (dente-de-leão) 
Efeito (SHULZ et al., 2002):
 » ação anti-inflamatória, diurética (melhora a filtração glomerular e a excreção urinária), 
estimula metabolismo hepático e linfático, atua na produção de óxido nítrico.
Echinodorus macrophyllus (chapéu de couro)
Efeito (GILBERT et al., 2005):
 » redução de edemas por retenção de líquido e processos inflamatórios.
Equisetum arvense (cavalinha)
Efeito (ALONSO, 1998):
 » redução da retenção de líquidos.
Camellia sinensis (chá verde)
Efeitos (KAO et al., 2000):
 » inibição a enzima COMT, responsável pela degradação da norepinefrina, o que resultou 
em aumento do efeito ou prolongamento do efeito da norepinefrina na termogênese 
do metabolismo das gorduras, mediado pelo sistema nervos simpático; e
 » estimula a lipólise ao aumentar os níveis do AMPc de três formas específicas: 
inibição da catecol-metil transferase, que bloqueia a atividade hormonal lipolítica; 
estímulo dos receptores Beta-3; inibição da fosfodiesterase, enzima que degrada 
AMPc em uma forma inativa.
Cereus Sp (KOUBO®)
 » É um ativo natural com ação moderada do apetite, lipolítica, hipocolesterolênica, 
diurética e antioxidante (GUEDES et al., 2009).
78
UNIDADE IV │ FITOTERAPIA EM ESTÉTICA
 » Atribui-se seus efeitos a betaláina e indicaxantina presente no extrato de Cereus Sp 
ocasionando a perda de peso, devido a eliminação de líquidos em excesso e de toxinas, 
ao mesmo tempo em que preserva e repõe os minerais (DA SILVA et al., 2008).
 » O uso contínuo de KOUBO® contribui na redução de peso das dietas alimentares.
 » A tiramina e a N-metiltiramina são considerados marcadores da espécie que 
ao sofrerem hidroxilação, originam dopamina, neurotransmissor endógeno da 
noradrenalina e adrenalina (catecolaminas), que atuam como agonista de receptores 
b3, estimulando a liberação do glucagon, desencadeando o processo de quebra de 
gordura (lipólise).
Acne
Serenoa repens (Saw palmeto)
Efeito (ALONSO, 1998):
 » Ação antiandrogênica. Atenção: fitoterápico de prescrição médica.
Pós-operatório e ganho de massa muscular
Panax ginseng (Ginseng)
Efeitos (KIMURA et al., 2006):
 » Cicatrizante e regenerador baseado na estimulação do fator de crescimento vascular 
endotelial e IL-1 beta.
79
Para (não) Finalizar
A atuação do nutricionista na área estética exige desse profissional uma dedicação especial na busca 
de novos conhecimentos. Diariamente novas pesquisas se iniciam e novas descobertas surgem a 
respeito da influência dos nutrientes no desenvolvimento e tratamento de desordens estéticas. 
Os demais profissionais da equipe interdisciplinar em estética devem buscar, igualmente, 
informações a respeito da influência dos nutrientes e compostos bioativos, já que desequilíbrios 
nutricionais afetam diretamente o desenvolvimento das desordens estéticas e a grande maioria 
dos produtos utilizados nos mais diversos tratamentos estéticos contém nutrientes, compostos 
bioativos e fitoterápicos em sua composição e muitas vezes a utilização tópica desses nutrientes é 
fundamental para o tratamento.
A leitura de artigos científicos, o desenvolvimento de pesquisas e a observação clínica fazem parte 
do dia-a-dia desse profissional.
Realizar um curso de pós-graduação diferencia esse profissional no mercado de trabalho, mas a 
atualização das informações obtidas é uma obrigação dos profissionais da saúde, pois a matéria 
prima de seu trabalho é a vida humana. 
80
Referências
AGÊNCIA NACIONAL DE VIGILÂNCIA SANITÁRIA (ANVISA). Portaria no 222 de 24/3/1998. 
Aprova o regulamento técnico referente a alimentos para praticantes de atividade física, constante 
no Anexo desta Portaria. Disponível em: <http://portal.anvisa.gov.br/wps/portal/anvisa/home>. 
Acesso em 16/1/2013.
AGÊNCIA NACIONAL DE VIGILÂNCIA SANITÁRIA (ANVISA). Portaria no 32 de 13/1/1998. 
Aprova o regulamento técnico para suplementos vitamínicos e ou de minerais, constante no Anexo 
desta Portaria. Disponível em: <http://portal.anvisa.gov.br/wps/portal/anvisa/home>. Acesso em 
16/1/2013.
AGÊNCIA NACIONAL DE VIGILÂNCIA SANITÁRIA (ANVISA). Portaria no 40 de 13/1/1998. 
Aprova o regulamento técnico referente a alimentos para praticantes de atividade física, constante 
do anexo desta portaria. Disponível em: <http://portal.anvisa.gov.br/wps/portal/anvisa/home>. 
Acesso em 16/1/2013.
AGÊNCIA NACIONAL DE VIGILÂNCIA SANITÁRIA (ANVISA). Resolução RDC no 02 de 
7/1/2002. Aprova o regulamento técnico de substâncias bioativas e probióticos isolados, constante 
no Anexo desta Portaria. Disponível em: <http://portal.anvisa.gov.br/wps/portal/anvisa/home>. 
Acesso em 16/1/2013.
AGÊNCIA NACIONAL DE VIGILÂNCIA SANITÁRIA (ANVISA). Resolução RDC no 269 
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