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NBR 11957

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Copyright © 1990,
ABNT–Associação Brasileira
de Normas Técnicas
Printed in Brazil/
Impresso no Brasil
Todos os direitos reservados
Sede:
Rio de Janeiro
Av. Treze de Maio, 13 - 28º andar
CEP 20003 - Caixa Postal 1680
Rio de Janeiro - RJ
Tel.: PABX (021) 210 -3122
Telex: (021) 34333 ABNT - BR
Endereço Telegráfico:
NORMATÉCNICA
ABNT-Associação
Brasileira de
Normas Técnicas
NOV./1988
Reverbera ção - Análise do tem po de
reverbera ção em auditórios
MB-2958
Palavras-chave: Acústica. Reverberação 3 páginas
1 Objetivo
Esta Norma prescreve o método de medição do tempo de
reverberação em auditório pela descrição da taxa de ocu-
pação, de método de medida, do equipamento necessário,
e do método de apresentação e avaliação dos dados ob-
tidos na presente análise.
2 Documentos com plementares
Na aplicação desta Norma é necessário consultar:
ISO 266 - Acoustics - Preferred frequencies for mea-
surements
ISO 354 - Acoustics - Measurement of sound absorp-
tion in a reverberation room
IEC 225 - Octave, half-octave and third-octave band
filters intended for the analysis of sounds and vibra-
tions
3 Defini ções
Para os efeitos desta Norma são adotadas as definições
de 3.1 e 3.2.
3.1 Tempo de reverbera ção
Tempo necessário para que o nível de pressão sonora caia
de 60 dB depois que a fonte cessou.
Nota: Esta definição é baseada na premissa de que, no caso ideal,
a dependência do nível de pressão sonora em função do
tempo é um relação linear e que o nível de ruído de fundo
é suficientemente baixo.
3.2 Condi ções de ocu pação
Existem pelo menos três valores importantes para o tempo
de reverberação em auditórios, que dependem das dife-
rentes condições de ocupação:
a) vazio:
- o auditório preparado para uma apresentação e
pronto para receber os artistas e público, mas
sem estas pessoas presentes;
b) condição de estúdio:
- o auditório ocupado somente pelos artistas (sem
público), por exemplo, em ensaios ou gravações.
O número de artistas e outras pessoas, como téc-
nicos, deve corresponder ao número usual;
c) ocupado:
- o auditório com os artistas e público. O número de
pessoas deve corresponder ao número usual.
Notas: a) Uma descrição correta das condições de ocupação do
auditório é de importância decisiva na avaliação dos re-
sultados obtidos.
b) O auditório pode ser considerado como ocupado quan-
do tiver de 80% a 100% de seus assentos ocupados. A
presença de coro deve ser considerada uma ocupação
Origem: Projeto 00:001.06-005/87
CENI - Comissão de Estudo Não-Integrada
CE-00:001.06 - Comissão de Estudo Não-Integrado de Acústica
GT-04 - Grupo de Trabalho de Acústica Arquitetônica
M B -2958 - A coustics - M easurem ent o f reverbera tion tim e in aud ito ria - M ethod o f test
Esta Norma foi baseada na ISO 3382
Método de ensaio
2 MB-2958/1988
extra, acima do valor normal. Além disso, o número de
membros da orquestra deve ser o usual.
c) Em teatros, deve-se fazer distinção entre cortinas levan-
tadas ou abaixadas, entre o fosso da orquestra aberto
ou fechado e também entre orquestra sentada no palco
com ou sem tapadeiras. Se a cortina estiver levantada,
a quantidade de mobília no palco é de muita importân-
cia e deve ser descrita.
4 Métodos de medi ção
4.1 Vazio
4.1.1 Fonte sonora
4.1.1.1 O som deve ser preferencialmente gerado por alto-
falantes o menos direcionais possíveis.
4.1.1.2 Como sinal sonoro deve-se usar preferencialmen-
te um ruído limitado por filtros com uma banda passante
que não seja maior que uma oitava nem menor que 1/3 de
oitava. A fonte sonora deve produzir um nível de pressão
sonora pelo menos 40 dB acima do nível de ruído de fundo
na banda correspondente. Ela deve ser colocada próxima
da fonte real (palco, pódio, púlpito, tela de projeção, etc.),
mas várias posições são permitidas, como fosso de or-
questra, palco ou coro.
Notas: a) Em igrejas e salas de concerto, pode-se usar um órgão
como fonte de som, de forma a excitar o máximo de mo-
dos oscilatórios (eingentones) possíveis, todos os se-
mitons em cada faixa de freqüência correspondente
deve ser tocados.
b) Em auditórios com grandes tempos de reverberação
(P.ex.: mais de 1,5 segundo abaixo de 1000 Hz), a me-
dição pode também ser feita por meio de impulsos, co-
mo tiras ou outras fontes sonoras que não sejam, por si
mesmas reverberantes. Utilizando-se um impulso, deve-
se cuidar para que se tenha um nível de pressão sono-
ra suficiente, tanto em baixas quanto em altas freqüên-
cias. Entretanto, é aconselhável que antes de se fazerem
as medições no auditório, se faça em laboratório por
exemplo, numa câmara de reverberação uma análise
em freqüência de impulso. Somente pode-se considerar
a fonte sonora como adequada, se em todas das bandas
tiver um nível de pressão sonora 40 dB acima do ruído
de fundo do auditório.
4.1.2 Medição e registro de reverbera ção
4.1.2.1 Equipamento
4.1.2.1.1 O equipamento de medição deve ser composto de um
microfone o menos direcional possível, um amplificador e
um sistema de registro.
4.1.2.1.2 O equipamento deve ter filtros de oitava ou 1/3 de
oitava. Os filtros passa-banda de oitava podem ser sufi-
cientes, se bandas de 1/3 de oitava de ruído forem geradas.
A especificação dos filtros é conforme a IEC 225.
4.1.2.1.3 O sistema de registro pode consistir em registrador
gráfico, um tubo de raios catódicos com amplificador lo-
garítmico ou outro equipamento adequado capaz de ve-
rificar a linearidade da curva (nível x tempo). O sistema de
registro deve ser capaz de trabalhar com taxas de decai-
mento de pelo menos 300 dB/s. A escala de tempo do sis-
tema de registro deve ser ajustada para curvas de decai-
mento com inclinação de aproximadamente 45°C.
4.1.2.1.4 Se inicialmente grava-se o decaimento do som
numa fita magnética, as características lineares de resposta
em freqüência do gravador devem ser superiores à faixa
de freqüência de interesse desta Norma, e sua resposta
dinâmica deve ser pelo menos 40 dB. Deve-se tomar cui-
dado para que o nível de gravação forneça uma relação
sinal/ruído adequada.
4.1.2.1.5 A velocidade da fita magnética e a do papel do re-
gistrador gráfico devem ser verificadas. A velocidade da
fita deve ser a mesma na gravação e na reprodução.
Notas: a) Não se deve permitir nenhuma saturação em qualquer
dos estágios do sistema de medição. Quando se usarem
fontes sonoras de características impulsivas de som,
são necessários indicadores de pico de saturação.
b) Quando de usarem gravadores de fita magnética, pode
ser útil fazer uma gravação relativamente longa, de for-
ma a se permitir uma clara percepção do ruído de fundo.
Quando estas gravações são reproduzidas, pode-se
obter registros mais satisfatórios se o sentido da fita for
invertido, principalmente se tiver sido utilizado um tiro
como fonte sonora.
4.1.2.2 Avalia ção
A gravação do decaimento deve ser avaliada numa faixa
de pelo menos 30 dB; no caso de campos sonoros contí-
nuos, esta faixa deve se estender de 5 dB a 35 dB abaixo
do nível inicial. Nesta faixa, deve-se ajustar uma linha re-
ta o mais próximo possível da curva de decaimento. A
inclinação desta reta fornece o tempo de reverberação.
Notas: a) Quando as características de decaimento têm a forma
de uma curva quebrada, formada por duas linhas retas,
cada uma se estendendo por pelo menos 20 dB, deve-
se especificar os tempos de reverberação correspon-
dentes aos limites inferior e superior.
b) Registros com curvatura muito acentuada devem ser
desconsiderados na avaliação.
4.1.2.3 Número de medi ções
O tempo de reverberação deve ser medido no mínimo em
três posições de microfone, com pelo menos duas me-
dições em cada posição. Em auditórios grandes (mais de
1000 m3), ou complexos (P.ex.: salas acopladas), mais me-
dições são necessárias. O microfone pode ocupar quaquer
posição conveniente no auditório, contudo, não se deve
posicioná-lo tão próximo da fonte a ponto de encontrar-se
no seu campo sonoro direto. Em grandes auditórios, o
microfone deve ficar aproximadamente a uma distância de
10 m a 15 m da fonte.
4.1.3 Faixade fre qüência das medi ções
O tempo de reverberação deve ser mantido pelo menos
numa faixa de 125 Hz a 4000 Hz em intervalos de 1/3 de
oitava, mesmo quando se alimenta a fonte com ruído em
faixas de 1/3 de oitava e se utilizam filtros de oitava no
equipamento de captação ou vice-versa.
MB-2958/1988 3
4.2 Condi ções de estúdio e ocu pado
4.2.1 Fonte de som
A fonte sonora deve ser de preferência a mesma de 4.1.1,
mas como nestas condições ninguém pode esperar que o
público suporte uma medição com ruído filtrado em 16 fre-
quências, pode-se usar ruído não filtrado; este ruído deve
estar 40 dB acima do ruído de fundo em todas as frequên-
cias. Um sinal de ruído com energia constante por oitava
(ruído rosa) é adequado. Além disso, a orquestra pode ser
usada como fonte sonora. Passagens musicais do tipo for-
tíssimo seguidas por pausas suficientemente longas são
adequadas. Deve-se cuidar para que instrumentos com
reverberação própria (P.ex.: tímpanos não amortecidos,
contrabaixos, especialmente com as cordas soltas, pratos,
pianos, etc.) ou aplausos não interfiram na medição.
Nota: É possível amortecer os instrumentos referidos imediata-
mente após a pausa, mas são preferidas as pausas de ins-
trumentos metálicos de sopro ou de madeira.
4.2.2 Medição e registro de reverbera ção
4.2.2.1 Equipamento
O equipamento necessário é o mesmo de 4.1.2.1. Para a
reprodução dos registros, deve-se analisar a reverbera-
ção com filtros de 1/3 de oitava.
4.2.2.2 Avalia ção
Proceder como em 4.1.2.2.
4.2.2.3 Número de medi ções
O microfone deve ser colocado em pelo menos duas po-
sições escolhidas de acordo com a utilização do auditório.
Por exemplo: na platéia ou balcão. O microfone deve ser
posicionado a pelo menos 1m acima das cabeças do pú-
blico e, em grandes auditórios, deve ficar a cerca de 10 m
a 15 m da fonte sonora ou da borda do palco ou do fosso
da orquestra. Se forem utilizadas fontes sonoras contínu-
as, pelo menos duas medições devem ser feitas em cada
posição; no caso de impulsos (tiros, etc.), pelo menos qua-
tro medições em cada posição; no caso de pausas musicais,
pelo menos seis medições em cada posição.
4.2.3 Faixa de fre qüência das medi ções
Proceder como em 4.1.3.
5 Resultados
5.1 Tabelas e curvas
5.1.1 A média dos tempos de reverberação para cada fre-
qüência medida deve ser plotada num gráfico em interva-
los de 1/3 de oitava. Além disso, deve-se construir uma
tabela com os tempos de reverberação, sublinhando os
resultados correspondentes a série de oitavas preferenciais
de 125, 250 ..., 4000 Hz (ver ISO 266).
5.1.1.1 Se, entretanto, houver diferenças maiores que 10%
entre os tempos de reverberação em várias posições do
auditório (por exemplo, embaixo de balcões), deve-se cal-
cular o valor médio para cada parte do auditório e apresen-
tá-los separadamente.
5.1.2 No caso de gráficos, os pontos devem ser unidos por
linhas retas. Deve-se colocar a freqüência no eixo das ab-
cissas, em escala logarítmica. No eixo das ordenadas, de-
ve-se colocar o tempo de reverberação numa escala lo-
garítmica em que o dobro do tempo de reverberação cor-
responda a duas oitavas na abcissa. Opcionalmente, or-
denadas de forma que um segundo corresponda a uma
década nas abcissas. O espaçamento de 5 cm por década
é preferido.
5.2 Relatório
O relatório deve indicar que as medições foram feitas de
acordo com esta Norma, e deve conter:
a) nome do auditório;
b) planta baixa e corte longitudinal em escala;
c) volume do auditório;
Nota: Se o auditório não for totalmente fechado, deve-se
 explicar como foi definido o volume citado.
d) quantidade e tipo dos assentos (estofados ou não);
se estofados: espessura e tipo de estofamento, tipo
do material de revestimento (poroso ou não); as-
sentos levantados ou abaixados;
e) descrição da forma geométrica e do material das
paredes e do teto;
f) condição de ocupação (vazio, estúdio, ocupado);
g) condição dos equipamentos móveis, tipo cortinas;
h) em teatros, se as cortinas do palco estavam levan-
tadas ou abaixadas;
i) descrição da mobília do palco, incluindo qualquer
tapadeira, etc.;
j) temperatura e umidade relativa no auditório;
k) tipo e posição das fontes sonoras empregadas;
l) descrição do tipo de sinal sonoro, particularmente
se contínuo ou impulsivo ( no caso de pausas musi-
cais, devem-se fornecer a composição e, se pos-
sível, os compassos);
m) posições do microfone, de preferência, assinala-
das na planta baixa e no corte longitudinal;
n) descrição do equipamento de medição, e, particu-
larmente, dos tipos de gravadores de fita magnéti-
ca que foram usados;
o) data da medição e nome da organização ou dos
responsáveis pela medição.
	licenca: Cópia não autorizada

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