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Referências: Autoral (Paulo Rezende), Prof. Lúcio Valente, Prof. Rogério Sanches, Prof. Cleber Masson, Prof. Nestor Távora, Qconcuros, Site Dizer o Direito, Site STJ e STF. Referências: Autoral (Paulo Rezende), Prof. Lúcio Valente, Prof. Rogério Sanches, Prof. Cleber Masson, Prof. Nestor Távora, Qconcuros, Site Dizer o Direito, Site STJ e STF. 1 - O princípio da alteridade é violado em caso de proibição de mulher transexual utilizar banheiro público feminino. 2 - Em relação à lei penal no tempo e à irretroatividade da lei penal, é correto afirmar que à lei penal mais benigna aplica-se o princípio da extra-atividade. 3 - Com relação a lugar do crime e territorialidade e extraterritorialidade da lei penal, conforme previstos no CP, julgue o item. Nos crimes conexos, não se aplica a teoria da ubiquidade, devendo cada crime ser julgado pela legislação penal do país em que for cometido. 4 - Nos termos do entendimento sumulado pelo STJ, não poderá o juiz usar inquéritos policiais ou ações penais em curso como maus antecedentes para fins de dosimetria da pena. 5 - Acerca do entendimento encampado pelo STF, julgue o item a seguir: No crime de estupro de vulnerável, é sempre necessário contato físico entre autor e a vítima para sua consumação. 6 - Segundo o STJ, o tempo de duração da medida de segurança não deve ultrapassar o limite máximo da pena abstratamente cominada ao delito. 7 - No que concerne a infração penal, fato típico e seus elementos, formas consumadas e tentadas do crime, culpabilidade, ilicitude e imputabilidade penal, julgue os itens que se seguem: Considere que um estuprador, no momento da consumação do delito, tenha sido agredido pela vítima que antes tentara subjugar. A vítima, então, de posse de uma faca, fere e imobiliza o agressor, mas, pensando ainda estar sob o influxo do ataque, prossegue na reação, infligindo-lhe graves ferimentos. Nessa situação, não é cabível ao estuprador invocar legítima defesa em relação à vítima da tentativa de estupro, porquanto aquele que deu causa aos acontecimentos não pode valer-se da excludente, mesmo contra o excesso. 8 - É correto afirmar que; o perdão do ofendido exige aceitação do querelado para produzir efeito. 9 - Segundo a doutrina majoritária, em apenas uma das causas de exclusão de ilicitude previstas no artigo 23 do Código Penal Brasileiro, a legítima defesa, pode ocorrer excesso doloso. 10 - Sobre as causas de exclusão de ilicitude, é correto afirmar que o direito penal reconhece a legítima defesa sucessiva e também a recíproca. 11 - Ainda sobre causas de exclusão de ilicitude, de isenção de pena e sobre o erro, é correto afirmar que a coação física irresistível é causa de isenção de pena. 12 - Sr. X é servidor público, responsável pela fiscalização aduaneira e, com infração de dever funcional, não reprime a conduta de Sr. W que traz de outro país, sem autorização administrativa, Referências: Autoral (Paulo Rezende), Prof. Lúcio Valente, Prof. Rogério Sanches, Prof. Cleber Masson, Prof. Nestor Távora, Qconcuros, Site Dizer o Direito, Site STJ e STF. combustível derivado do petróleo. Nesse caso, caracteriza-se o crime de facilitação de contrabando ou descaminho, previstos no artigo 318 do Código Penal. 13 - A inexigibilidade de conduta diversa e a inimputabilidade são causas excludentes de ilicitude. 14 - Sobre os crimes contra a família, é INCORRETO afirmar que o crime de entrega de filho menor a pessoa inidônea admite formas dolosa e culposa. 15 - De acordo com a teoria extremada da culpabilidade, o erro sobre os pressupostos fáticos das causas descriminantes consiste em erro de tipo permissivo. 16 - Tanto a conduta do agente que age imprudentemente, por desconhecimento invencível de algum elemento do tipo quanto a conduta do agente que age acreditando estar autorizado a fazê- lo ensejam como consequência a exclusão do dolo e, por conseguinte, a do próprio crime. 17 - Não existe impeditivo legal para que haja condenação consistente em prestação pecuniária substitutiva da pena privativa de liberdade cumulada com a pena de multa, determinada pelo tipo penal. 18 - Caso seja comprovada imperícia, negligência ou imprudência da tripulação, esta poderá responder judicialmente pelo crime de homicídio em relação às mortes ocorridas no naufrágio. 19 - Três criminosos interceptaram um carro forte e dominaram os seguranças, reduzindo-lhes por completo qualquer possibilidade de resistência, mediante grave ameaça e emprego de armamento de elevado calibre. O grupo, entretanto, encontrou vazio o cofre do veículo, pois, por erro de estratégia, efetuara a abordagem depois que os valores e documentos já haviam sido deixados na agência bancária. Por fim, os criminosos acabaram fugindo sem nada subtrair. Nessa situação, ante a inexistência de valores no veículo e ante a ausência de subtração de bens, elementos constitutivos dos delitos patrimoniais, ficou descaracterizado o delito de roubo, subsistindo apenas o crime de constrangimento ilegal qualificado pelo concurso de pessoas e emprego de armas. 20 - No que concerne aos elementos do crime, é correto afirmar que: o chamado princípio da insignificância exclui a tipicidade formal da conduta. 21 - No que concerne aos elementos do crime, é correto afirmar que: O consentimento do ofendido pode conduzir à exclusão da tipicidade. 22 - José, juiz de direito do Tribunal de Justiça de São Paulo, depara-se com um processo em que figura na condição de ré uma grande amiga de infância de sua filha. Não havendo causa de impedimento ou suspeição, separa o processo para proferir, com calma, na manhã seguinte, uma sentença condenatória bem fundamentada, pois sabe que sua filha ficaria chateada diante de sua Referências: Autoral (Paulo Rezende), Prof. Lúcio Valente, Prof. Rogério Sanches, Prof. Cleber Masson, Prof. Nestor Távora, Qconcuros, Site Dizer o Direito, Site STJ e STF. decisão. Ocorre que, por descuido, esqueceu o processo no armário de seu gabinete por 06 meses, causando a prescrição da pretensão punitiva. Considerando a hipótese narrada, é correto afirmar que a conduta de José é atípica, sob o ponto de vista do Direito Penal. 23 - Apesar de, no campo fático, ser possível ocorrer a tentativa de contravenção penal, esta, quando se desenvolve na forma tentada, não é penalmente alcançável. 24 - A multa aplicada cumulativamente com a pena de reclusão pode ser executada em face do espólio, quando o réu vem a óbito no curso da execução da pena, respeitando - se o limite das forças da herança. 25 - Se os crimes funcionais, previstos no art. 3.º da Lei n.º 8.137/1990, forem praticados por servidor contra a administração tributária, a pena imposta aumentará de um terço até a metade. 26 - A responsabilidade objetiva é aquela que necessita da comprovação da culpa para a imposição do dever de indenizar. 27 - No crime de descaminho, a mera reiteração criminosa nunca terá o condão de afastar a aplicação do princípio da insignificância. 28 - Em caso de concurso formal de crimes, o perdão judicial concedido para um deles não necessariamente deverá abranger o outro. 29 - Com relação à autoria delitiva, a teoria extensiva considera que todos os participantes do evento delituoso são autores, não admitindo a existência de causas de diminuição de pena nem de diferentes graus de autoria, compatibilizando-se, apenas, com a figura do cúmplice (autor menos relevante), que deve receber pena idêntica à dos demais agentes. 30 - Os indivíduos A e B planejaram subtrair aparelhos eletrodomésticos de uma residência.Para tanto, escolheram o período da manhã, pois estavam certos de que, nesse horário, não haveria ninguém no imóvel. Cabia a B apenas a função de vigiar o perímetro externo e dirigir o veículo usado na empreitada criminosa. Ao entrar na casa, A foi surpreendido pela presença da moradora e, então, após subjugá-la, matou-a, tendo, em seguida, fugido no veículo guiado por B, levando os eletrodomésticos subtraídos. Nessa situação, B não será responsabilizado pelo delito de homicídio. 31 - Julgue a assertiva. Configura-se tentativa incruenta no caso de o agente não consegui atingir a pessoa ou a coisa contra a qual deveria recair sua conduta. 32 - Com relação a aspectos diversos pertinentes ao crime, julgue a assertiva. Diz-se consumado o crime quando nele se reúnem, pelo menos, parte dos elementos de sua definição legal. Referências: Autoral (Paulo Rezende), Prof. Lúcio Valente, Prof. Rogério Sanches, Prof. Cleber Masson, Prof. Nestor Távora, Qconcuros, Site Dizer o Direito, Site STJ e STF. 33 - Julgue a assertiva. Se o agente oferece propina a um empregado de uma sociedade de economia mista, supondo ser funcionário de empresa privada com interesse exclusivamente particular, incide em erro de tipo. 34 - É correto afirmar que; o Erro de Tipo exclui o dolo, tendo em vista que o autor da conduta desconhece ou se engana em relação a um dos componentes da descrição legal do crime, seja ele descritivo ou normativo. 35 - Julgue a assertiva a seguir. A tentativa, salvo disposição legal em contrário, é punida com a pena correspondente à prevista para o crime na modalidade continuada, diminuída de um terço até a metade. 36 - Julgue a assertiva. O agente que, embora tenha iniciado a execução do crime, voluntariamente impeça o resultado danoso responderá somente pelos atos por ele já praticados. 37 - Ao peculato mediante erro de outrem se aplica, por expressa disposição legal, a causa extintiva da punibilidade da reparação do dano anterior à sentença irrecorrível. 38 - Com relação ao disposto na parte geral do Código Penal, é correto afirmar que; haverá isenção de pena se o agente praticar o fato em estrito cumprimento de dever legal. 39 - Considere que João, maior e capaz, após ser agredido fisicamente por um desconhecido, também maior e capaz, comece a bater, moderadamente, na cabeça do agressor com um guarda- chuva e continue desferindo nele vários golpes, mesmo estando o desconhecido desacordado. Nessa situação hipotética, João incorre em excesso intensivo. 40 - Julgue a assertiva a seguir - São elementos do fato típico: conduta, resultado, relação de causalidade e tipicidade. 41 - O sujeito ativo que pratica crime em face de embriaguez voluntária ou culposa responde pelo crime praticado. Adota-se, no caso, a teoria da conditio sine qua non para se imputar ao sujeito ativo a responsabilidade penal. 42 - Com relação à autoria delitiva, a teoria extensiva considera que todos os participantes do evento delituoso são autores, não admitindo a existência de causas de diminuição de pena nem de diferentes graus de autoria, compatibilizando-se, apenas, com a figura do cúmplice (autor menos relevante), que deve receber pena idêntica à dos demais agentes. 43 - Julgue a Assertiva. Configura-se a desistência voluntária ainda que não tenha partido espontaneamente do agente a ideia de abandonar o propósito criminoso, com o resultado de deixar de prosseguir na execução do crime. Referências: Autoral (Paulo Rezende), Prof. Lúcio Valente, Prof. Rogério Sanches, Prof. Cleber Masson, Prof. Nestor Távora, Qconcuros, Site Dizer o Direito, Site STJ e STF. 44 - O crime de corrupção passiva, para consumar-se, depende de que o agente retarde ou deixe de praticar o ato a que obrigado, ou que o pratique infringindo dever funcional. 45 - Em se tratando de legítima defesa, a agressão é injusta e a repulsa materializa-se em uma ação predominantemente defensiva, com aspectos agressivos, ao passo que, tratando-se de estado de necessidade, inexiste a agressão injusta, sendo a ação predominantemente agressiva, com aspectos defensivos. 46 - O comércio ilegal de drogas envolvendo mais de um estado faz surgir o tráfico interestadual de entorpecentes, deslocando-se a competência para apuração e atuação da Polícia Federal, todavia, a competência para processar e julgar o criminoso continua a ser da justiça estadual. 47 - É correto afirmar que: A tipicidade conglobante é um corretivo da tipicidade legal, posto que pode excluir do âmbito do típico aquelas condutas que apenas aparentemente estão proibidas. 48 - O delito de sequestro e cárcere privado, inserido entre os crimes contra a pessoa, constitui infração penal de ação múltipla, e a circunstância de ter sido praticado contra menor de dezoito anos de idade qualifica o crime. 49 - Segundo o critério objetivo-formal da teoria restritiva, somente é considerado autor aquele que pratica o núcleo do tipo; partícipe é aquele que, sem realizar a conduta principal, concorre para o resultado, auxiliando, induzindo ou instigando o autor. 50 - Julgue a assertiva. Mesmo quando o agente, de forma espontânea, desiste de prosseguir nos atos executórios ou impede a consumação do delito, devem ser a ele imputadas as penas da conduta típica dolosa inicialmente pretendida. 51 - O crime de abandono de função é próprio e material, exigindo, para sua consumação, a causação de prejuízo à Administração Pública. 52 - Julgue a assertiva a seguir - No ordenamento jurídico brasileiro, a imputabilidade penal é a capacidade de entender o caráter ilícito do fato ou de determinar-se de acordo com esse entendimento. 53 - - Na Lei de Drogas, é prevista como crime a conduta do agente que oferte drogas, eventualmente e sem objetivo de lucro, a pessoa do seu relacionamento, para juntos a consumirem, não sendo estabelecida distinção entre a oferta dirigida a pessoa imputável ou inimputável. 54 - José, réu primário, após subtrair para si, durante o repouso noturno, mediante rompimento de obstáculo, um botijão de gás avaliado em R$ 50,00 do interior de uma residência habitada, foi preso em flagrante delito. Tendo como referência essa situação hipotética, julgue o item Referências: Autoral (Paulo Rezende), Prof. Lúcio Valente, Prof. Rogério Sanches, Prof. Cleber Masson, Prof. Nestor Távora, Qconcuros, Site Dizer o Direito, Site STJ e STF. subsecutivo, com base na jurisprudência dominante dos tribunais superiores a respeito desse tema. O crime praticado por José é atípico em razão da incidência do princípio da insignificância. 55 - De acordo com a Lei Maria da Penha, nas ações penais públicas condicionadas à representação da vítima de violência doméstica, admite-se a possibilidade de renúncia da ação pela parte ofendida, em qualquer fase processual, sendo exigida, no entanto, a manifestação do Ministério Público (MP). 56 - Em relação à natureza jurídica do concurso de agentes, o CP adotou a teoria unitária ou monista, segundo a qual cada um dos agentes (autor e partícipe) responde por um delito próprio, havendo pluralidade de fatos típicos, de modo que cada agente deve responder por um crime diferente. 57 - O agente que tenha desistido voluntariamente de prosseguir na execução ou, mesmo depois de tê-la esgotado, atue no sentido de evitar a produção do resultado, não poderá ser beneficiado com os institutos da desistência voluntária e do arrependimento eficaz caso o resultado venha a ocorrer. 58 - Já decidiu o Supremo Tribunal Federal que ser o sujeito ativo policial, no crime de concussão, pode ser considerada circunstânciajudicial negativa, não obstante a condição de funcionário público ser elementar do tipo. 59 - Acerca do direito penal, julgue os itens subsecutivos. Considere a seguinte situação hipotética. Henrique é dono de um feroz cão de guarda, puro de origem e premiado em vários concursos, que vive trancado dentro de casa. Em determinado dia, esse cão escapou da coleira, pulou a cerca do jardim da casa de Henrique e atacou Lucas, um menino que brincava na calçada. Ato contínuo, José, tio de Lucas, como única forma de salvar a criança, matou o cão. Nessa situação hipotética, José agiu em legítima defesa de terceiro. 60 - Quando se tratar de crimes relativos ao tráfico de drogas, o prazo para a conclusão do inquérito policial é de 30 dias, se o indiciado estiver preso e de 90 dias, se estiver solto, podendo ser duplicados, mediante pedido justificado da autoridade de polícia judiciária. 61 - Segundo a teoria da tipicidade conglobante proposta por Eugenio Raúl Zaffaroni, quando um médico, em virtude de intervenção cirúrgica cardíaca por absoluta necessidade corta com bisturi a região torácica do paciente, é CORRETO afirmar que; não responde por nenhum crime, carecendo o fato de tipicidade, já que não podem ser consideradas típicas aquelas condutas toleradas ou mesmo incentivadas pelo ordenamento jurídico. 62 - Roberval foi definitivamente condenado pela prática de crime punido com reclusão de um a três anos. Após o cumprimento de metade da pena a ele aplicada, adveio nova lei, que passou a Referências: Autoral (Paulo Rezende), Prof. Lúcio Valente, Prof. Rogério Sanches, Prof. Cleber Masson, Prof. Nestor Távora, Qconcuros, Site Dizer o Direito, Site STJ e STF. punir o crime por ele praticado com detenção de dois a quatro anos. Nessa situação, a lei nova não se aplicará a Roberval, tendo em vista que sua condenação já havia transitado em julgado. 63 - Em se tratando da chamada comunicabilidade de circunstâncias, prevista no Código Penal brasileiro, as condições e circunstâncias pessoais que formam a elementar do injusto, tanto básico como qualificado, comunicam-se dos autores aos partícipes e, de igual modo, as condições e circunstâncias pessoais dos partícipes comunicam-se aos autores. 64 - É correto afirmar que admite-se a tentativa nos delitos de imprudência. 65 - Sobre o concurso de pessoas, é CORRETO afirmar que o Código Penal incorporou solução reclamada pela doutrina para o desvio subjetivo, que se aplica tanto a coautores, como a partícipes. 66 - Analise o caso que se segue - Ao passar próximo ao estoque de uma loja de roupas, um dos vendedores viu que havia ali um incêndio de grandes proporções. Naquela situação, correu em direção à porta do estabelecimento que, por ser estreita, estava totalmente obstruída por um cliente que entrava no local. Desconhecendo o incêndio e achando que estava sofrendo uma agressão, o cliente reagiu empurrando o vendedor, que lhe desferiu um soco. Os empurrões do cliente, assim como a agressão do vendedor produziram recíprocas lesões corporais de natureza leve. Na hipótese, é CORRETO afirmar que, o vendedor agiu em estado de necessidade e o cliente, em legítima defesa putativa. 67 - Um agente de polícia federal verificou que o adolescente Juliano havia acabado de adquirir 30 g de maconha para seu consumo pessoal e que ele trazia consigo a droga. Nessa situação, seria ilícito que o referido agente apreendesse Juliano em flagrante, porque adolescentes somente podem ser apreendidos em flagrante pela prática de atos infracionais que envolvam violência ou ameaça a terceiros. 68 - É correto afirmar que: A ideia de insignificância penal centra-se no conceito formal de crime. 69 - Pedro pediu em casamento Carolina, que tem 16 anos de idade, e ela aceitou. O pai de Carolina, porém, negou-se a autorizar o casamento da filha, pelo fato de o noivo ser negro. Todavia, para não ofender Pedro, solicitou a Carolina que lhe dissesse que o motivo da sua recusa era o fato de ele ser ateu. Nessa situação, o pai de Carolina cometeu infração penal. 70 - A teoria do domínio do fato, que rege o concurso de pessoas, não se aplica aos delitos omissivos, sejam estes próprios ou impróprios, e deve ser substituída pelo critério da infringência do dever de agir. 71 - Acerca da parte geral do direito penal e seus Institutos, julgue os itens seguintes, julgue a assertiva. Tanto a conduta do agente que age imprudentemente, por desconhecimento invencível Referências: Autoral (Paulo Rezende), Prof. Lúcio Valente, Prof. Rogério Sanches, Prof. Cleber Masson, Prof. Nestor Távora, Qconcuros, Site Dizer o Direito, Site STJ e STF. de algum elemento do tipo quanto a conduta do agente que age acreditando estar autorizado a fazê-lo ensejam como consequência a exclusão do dolo e, por conseguinte, a do próprio crime. 72 - Sobre o concurso de pessoas, é CORRETO afirmar que o Código Penal acolheu em relação aos concorrentes, mesmo por omissão, a teoria monista, sujeitando-os às sanções penais, inclusive no caso do concurso absolutamente negativo. 73 - Analise o caso a seguir - Para repelir a arremetida de um cão feroz, o agente usa uma arma de fogo matando o animal. O animal tinha sido instado ao ataque pelo seu dono, o que era do conhecimento do agente. No caso exposto, o agente praticou o fato em estado de necessidade. 74 - No concurso de pessoas, o partícipe terá obrigatoriamente reduzida a pena pelo crime em relação ao autor, porquanto a participação é considerada como forma de concorrência diferente da autoria ou coautoria. 75 - Julgue o item a seguir. - Cláudio, valendo-se de sua conta no Twitter, publicou declaração de natureza discriminatória em relação aos homossexuais, de forma genérica. Tal ação configura conduta atípica. 76 - Os delitos de inserção de dados falsos e de modificação ou alteração de dados não autorizada em sistema de informações só se configuram se praticados por funcionário público autorizado, com o fim específico de obter vantagem indevida para si ou para outrem, ou para causar dano, sendo as penas aumentadas de um terço até a metade se da modificação ou alteração resultar dano para a administração pública ou para o administrado. 77 - A respeito do inquérito policial, julgue a assertiva a seguir: Brenda, empregada doméstica, foi presa em flagrante pela prática de um crime de furto qualificado contra Joana, sua empregadora. O magistrado, após requerimento do Ministério Público, converteu a prisão em flagrante em preventiva. Nessa hipótese, de acordo com o Código de Processo Penal, o prazo para conclusão do inquérito policial será de 10 (dez) dias. 78 - Julgue a assertiva. Se o agente oferece propina a um empregado de uma sociedade de economia mista, supondo ser funcionário de empresa privada com interesse exclusivamente particular, incide em erro de tipo. 79 - Quanto à fixação da pena, é CORRETO afirmar que embora prepondere na doutrina o entendimento de que apenas a agravante genérica da reincidência se aplica aos crimes culposos, já admitiu o Supremo Tribunal Federal, como tal, em crime culposo, o motivo torpe. 80 - Com base no Direito Penal e na melhor doutrina, é correto afirmar que; o dever de enfrentar o perigo é norma que impede a exclusão da ilicitude por estado de necessidade. Referências: Autoral (Paulo Rezende), Prof. Lúcio Valente, Prof. Rogério Sanches, Prof. Cleber Masson, Prof. Nestor Távora, Qconcuros, Site Dizer o Direito, Site STJ e STF. 81 - Para a aplicação dos benefícios da lei dos juizados especiais no caso de crime continuado ou concurso formal de crimes, deve-se analisar a pena máxima com o aumentomáximo previsto para cada uma dessas formas de concurso. 82 - É correto afirmar que: Denomina-se tipicidade a adequação do fato concreto com a descrição do fato delituoso contida na lei penal. 83 - No que se refere à legitimidade para o polo passivo da ação penal por lavagem de capitais, é dispensável a participação do acusado do crime de lavagem de dinheiro nos delitos a ele antecedentes, sendo suficiente que ele tenha conhecimento da ilicitude dos valores, dos bens ou de direitos cuja origem, localização, disposição, movimentação ou propriedade tenha sido ocultada ou dissimulada. 84 - No que diz respeito às prisões e medidas cautelares no processo penal, é correto afirmar que; o juiz poderá substituir a prisão preventiva pela domiciliar quando o suposto autor do fato delituoso for maior de 70 (setenta) anos de idade ou estiver extremamente debilitado por motivo de doença grave. 85 - É correto afirmar que; o Erro de Tipo exclui o dolo, tendo em vista que o autor da conduta desconhece ou se engana em relação a um dos componentes da descrição legal do crime, seja ele descritivo ou normativo. 86 - Quanto à fixação da pena, é CORRETO afirmar que, no concurso de duas ou mais causas de aumento ou de diminuição, promoverá o juiz, em qualquer caso, a incidência de uma só, recaindo a escolha, que é da lei, sobre a que mais aumente ou mais diminua. 87 - Quanto ao estado de necessidade, é correto afirmar que; o direito penal brasileiro adota a teoria unitária do estado de necessidade, reconhecendo-o unicamente como causa de justificação. 88 - Considere que Joana, penalmente imputável, tenha determinado a Francisco, também imputável, que desse uma surra em Maria e que Francisco, por questões pessoais, tenha matado Maria. Nessa situação, Francisco e Joana deverão responder pela prática do delito de homicídio, podendo Joana beneficiar-se de causa de diminuição de pena. 89 - Julgue o item. - Em síntese, o tipo penal reproduz, de forma paradigmática, a ação tal como é na realidade, ou seja, caracterizada por um significado axiológico como menosprezo a um valor digno de tutela. Havendo plena congruência entre ação, nos seus elementos objetivos, subjetivos e valorativos, e o que se descreve no modo abstrato no tipo penal, dá-se a adequação típica. 90 - Considere que Pedro, penalmente imputável, pretendendo matar Rafael, seu desafeto, aponta em sua direção uma arma de fogo e aperta o gatilho por diversas vezes, não ocorrendo nenhum disparo em razão de defeito estrutural da arma que, de forma absoluta, impede o seu Referências: Autoral (Paulo Rezende), Prof. Lúcio Valente, Prof. Rogério Sanches, Prof. Cleber Masson, Prof. Nestor Távora, Qconcuros, Site Dizer o Direito, Site STJ e STF. funcionamento. Nessa situação, Pedro será punido pela tentativa delituosa, porquanto agiu com manifesta vontade de matar Rafael. 91 - No que se refere ao direito processual penal, segundo o entendimento dos tribunais superiores e da doutrina dominante; é admitida a decretação da prisão preventiva de indivíduo primário, civilmente identificado, pela prática de crime que envolve violência doméstica e familiar contra a mulher, criança, adolescente, idoso, enfermo ou pessoa com deficiência, para garantir a execução das medidas protetivas de urgência. 92 - No que se refere aos crimes contra a fé pública, é correto afirmar que; para caracterização do crime de uso de documento falso, é necessário que o documento falso seja efetivamente utilizado em sua destinação específica. 93 - No tocante ao crime de homicídio, é possível afirmar que a ausência de motivos e a embriaguez completa são incompatíveis com a qualificadora do motivo fútil, consoante entendimento jurisprudencial. 94 - No que se refere aos princípios do direito penal e às causas de exclusão da ilicitude, julgue o próximo item - No que diz respeito às causas de exclusão da ilicitude, é possível alegar legítima defesa contra quem pratica conduta acobertada por uma dirimente de culpabilidade, como, por exemplo, coação moral irresistível. 95 - Na hipótese de concurso de crimes, a extinção da punibilidade pela prescrição incidirá sobre a pena cominada por cada crime, isoladamente. 96 - Julgue a assertiva que se segue - O princípio da insignificância, decorrência do caráter fragmentário do Direito Penal, tem base em uma orientação utilitarista, tem origem controversa, encontrando, na atual jurisprudência do STF, os seguintes requisitos de configuração: a mínima ofensividade da conduta do agente; nenhuma periculosidade social da ação; o reduzidíssimo grau de reprovabilidade do comportamento; e a inexpressividade da lesão jurídica provocada. 97 - Suponha que determinada sentença condenatória, com pena de dez anos de reclusão, imposta ao réu, tenha sido recebida em termo próprio, em cartório, pelo escrivão, em 13/8/2011 e publicada no órgão oficial em 17/8/2011, e que tenha sido o réu intimado, pessoalmente, em 20/8/2011, e a defensoria pública e o MP intimados, pessoalmente, em 19/8/2011. Nessa situação hipotética, a interrupção do curso da prescrição ocorreu em 17/8/2011. 98 - No que se refere aos crimes contra a fé pública, julgue o item que se segue. A falsidade é material quando o vício incide sobre o aspecto físico do documento, a sua forma. 99 - Tício, maior de 18 anos, é portador de doença mental, necessitando de medicação diária. A doença, por si só, não prejudica a capacidade de compreensão. Todavia, a medicação, ingerida em Referências: Autoral (Paulo Rezende), Prof. Lúcio Valente, Prof. Rogério Sanches, Prof. Cleber Masson, Prof. Nestor Távora, Qconcuros, Site Dizer o Direito, Site STJ e STF. conjunto com bebida alcoólica em quantidade, provoca surtos psicóticos, com exclusão da capacidade de entendimento. Tício sabe dos efeitos do álcool, em excesso, em seu organismo, mas costuma beber, moderadamente, justamente para desfrutar dos efeitos que, segundo ele, “dá barato”. Em uma festa, Tício, sem saber que se tratava de uma garrafa de absinto (bebida de alto teor alcoólico), pensando ser gim, preparou um coquetel de frutas e ingeriu. Ao recobrar a consciência, soube que esfaqueou dois de seus melhores amigos, causando a morte de um e lesão de natureza grave em outro. A respeito da situação, é correto afirmar que Tício é inimputável, sendo isento de pena, pois praticou o crime em estado de completa embriaguez, decorrente de caso fortuito. 100 - Julgue os itens a seguir, acerca de crimes contra a administração pública - Considere que Pedro tenha oferecido e pagado quantia a determinado servidor público para que este praticasse ato de ofício contrário ao seu dever funcional. Nesse caso, evidencia-se a prática do delito de corrupção passiva por parte de Pedro. 101 - De acordo com o sistema adotado pelo Código Penal, é possível impor aos partícipes da mesma atividade delituosa penas de intensidades desiguais. 102 - Julgue a assertiva que se segue. Conforme expressamente determina a Lei n. 9.296/96, quando todos os fatos investigados constituem infração penal punida com pena de detenção, não será admitida a interceptação de comunicações telefônicas. 103 - Configura autoria por convicção o fato de uma mãe, por convicção religiosa, não permitir a realização de transfusão de sangue indicada por equipe médica para salvar a vida de sua filha, mesmo ciente da imprescindibilidade desse procedimento. 104 - Acerca da lei da interceptação telefônica, julgue o item a seguir. A realização de interceptação das comunicações telefônicas por policial militar, sob a coordenação de seus superiores hierárquicos e a direçãoe supervisão do órgão do Ministério Público, visando o monitoramento e combate ao crime organizado, mas sem autorização judicial, constitui crime de exercício funcional ilegalmente prolongado, previsto na lei de abuso de autoridade. 105 - No que se refere aos crimes contra a fé pública, julgue a assertiva. A denominada “cola eletrônica” consistente na utilização de conteúdo sigiloso em certames de interesse público não pode ser considerada crime. 106 - No que respeita aos crimes contra a Administração Pública, é CORRETO afirmar que já decidiu o Supremo Tribunal Federal que ser o sujeito ativo policial, no crime de concussão, pode ser considerada circunstância judicial negativa, não obstante a condição de funcionário público ser elementar do tipo. Referências: Autoral (Paulo Rezende), Prof. Lúcio Valente, Prof. Rogério Sanches, Prof. Cleber Masson, Prof. Nestor Távora, Qconcuros, Site Dizer o Direito, Site STJ e STF. 107 - Para que se caracterize o crime de violação de sigilo funcional, não é necessário que a conduta do agente resulte em dano à administração pública ou a outrem. 108 - O homicídio praticado mediante paga ou promessa de recompensa classifica-se doutrinariamente como crime bilateral. 109 - Acerca da legislação penal especial de interceptação telefônica, é correto afirmar que; os autos referentes à interceptação de comunicações telefônicas correrão em apenso aos autos do inquérito policial ou do processo criminal. 110 - Acerca da lei da interceptação telefônica, julgue o item a seguir. O presidente de uma comissão parlamentar mista de inquérito, após as devidas formalidades, ordenou, de forma sigilosa e reservada, a interceptação telefônica e a quebra do sigilo de dados telefônicos de testemunha que se reservara o direito de permanecer calada perante a comissão. Nessa situação, a primeira medida é ilegal, visto que a interceptação telefônica se restringe à chamada reserva jurisdicional, sendo permitida, por outro lado, a quebra do sigilo de dados telefônicos da testemunha, medida que não se submete ao mesmo rigor da primeira, consoante entendimento da doutrina majoritária. 111 - Para prenderem em flagrante pessoa acusada de homicídio, policiais invadiram uma residência em que entrara o acusado, danificando a porta de entrada e sem mandado de busca e apreensão. Nessa situação, os policiais não responderão pelo crime de dano, pois agiram em estrito cumprimento do dever legal, que é causa excludente da ilicitude. 112 - Com relação aos crimes previstos no CP, julgue o item que se segue. A falsa atribuição de identidade só é caracterizada como delito de falsa identidade se feita oralmente, com o poder de ludibriar; quando formulada por escrito, constitui crime de falsificação de documento público. 113 - O crime de abandono de função é próprio e material, exigindo, para sua consumação, a causação de prejuízo à Administração Pública. 114 - Julgue a assertiva a seguir - Em se tratando de crime de sonegação de contribuição previdenciária, comprovada a conduta típica, ilícita e culpável, deverá o juiz aplicar apenas a pena de multa ao agente, se este for primário e de bons antecedentes. 115 - A natureza jurídica do homicídio privilegiado é de circunstância atenuante especial. 116 - Um médico praticou aborto de gravidez decorrente de estupro, sem autorização judicial, mas com consentimento da gestante. Nessa situação, o médico deverá responder por crime, já que provocar aborto sem autorização judicial é sempre punível, segundo o CP. Referências: Autoral (Paulo Rezende), Prof. Lúcio Valente, Prof. Rogério Sanches, Prof. Cleber Masson, Prof. Nestor Távora, Qconcuros, Site Dizer o Direito, Site STJ e STF. 117 - Acerca da lei da interceptação telefônica, é correto afirmar que; a conversa telefônica gravada por um dos interlocutores não é considerada interceptação telefônica. 118 - Um cidadão Sueco tentou matar o presidente do Brasil, que se encontrava em visita oficial à Suécia. Nessa hipótese, o crime praticado não ficará sujeito à lei brasileira. 119 - Túlio constrangeu Wagner, mediante emprego de arma de fogo, a assinar e lhe entregar dois cheques seus, um no valor de R$ 1.000,00 e outro no valor de R$ 2.500,00. Nessa situação, Túlio praticou crime de roubo qualificado pelo emprego de arma de fogo. 120 - Situação hipotética: Com o intuito de viajar para o exterior, Pedro, que não possui passaporte, usou como seu o documento de Paulo, seu irmão — com quem se parece muito —, tendo-o apresentado, sem adulterações, para os agentes da companhia aérea e da Polícia Federal no aeroporto. Pedro e Paulo têm mais de dezoito anos de idade. Assertiva: Nessa situação, de acordo com o Código Penal, Pedro cometeu o crime de falsidade ideológica. 121 - Os crimes de mão própria possuem uma prévia limitação, de natureza normativa, quanto à possibilidade de autoria de indivíduos não contemplados pelo tipo penal. 122 - No que se refere aos crimes contra a fé-pública, julgue a assertiva. Cometerá o delito de falsidade ideológica o médico que emitir atestado declarando, falsamente, que determinado paciente está acometido por enfermidade. 123 - Quem constranger alguém, mediante violência ou grave ameaça, ou depois de lhe haver reduzido, por qualquer outro meio, a capacidade de resistência, a não fazer o que a lei permite, ou a fazer o que ela não manda incorrerá no crime de extorsão. 124 - Praticará o crime de falsidade ideológica aquele que, quando do preenchimento de cadastro público, nele inserir declaração diversa da que deveria, ainda que não tenha o fim de prejudicar direito, criar obrigação ou alterar a verdade sobre fato juridicamente relevante. 125 - No que se refere aos crimes contra a fé-pública, é correto afirmar que; aquele que adultera fotocópia não autenticada comete o crime de falsidade ideológica. 126 - A lei brasileira é aplicável, por força do princípio da justiça cosmopolita, ao crime contra a dignidade sexual de criança praticado no estrangeiro, quando o agente ou vítima for brasileiro ou pessoa domiciliada no Brasil, falando a doutrina, nesse caso, de aplicação extraterritorial incondicionada. 127 - Júlio, aprovado em concurso público e nomeado para ocupar, em uma prefeitura, cargo cuja responsabilidade seria a avaliação e liberação dos pedidos de construções em áreas urbanas, antes mesmo de tomar posse, exigiu 100 mil reais de João, agricultor local, para liberar a realização da Referências: Autoral (Paulo Rezende), Prof. Lúcio Valente, Prof. Rogério Sanches, Prof. Cleber Masson, Prof. Nestor Távora, Qconcuros, Site Dizer o Direito, Site STJ e STF. obra de construção de sua residência. João, convencido de que Júlio era funcionário público regular, pagou o valor exigido. Nessa situação hipotética, não se pode falar em crime de concussão, já que Júlio não tinha tomado posse no referido cargo. 128 - Acerca do homicídio privilegiado, estando o agente em uma das situações que ensejem o seu reconhecimento, o juiz é obrigado a reduzir a pena, mas a lei não determina o patamar de redução. 129 - Acerca da lei da interceptação telefônica, julgue o item a seguir. A interceptação telefônica ou interceptação em sentido estrito consiste na captação da comunicação telefônica por um terceiro, sem o conhecimento de nenhum dos comunicadores; enquanto a escuta telefônica reveste-se na captação da comunicação telefônica por terceiro, com o conhecimento de um dos comunicadores e desconhecimento do outro. 130 - Tratando - se de culpabilidade pelo fato individual, o juízo de culpabilidade se amplia à total personalidadedo autor e a seu desenvolvimento. 131 - Considere que determinado servidor público, prevalecendo-se de seu cargo, tenha falsificado o teor de um testamento particular. Nesse caso, o servidor praticou o delito de falsificação de documento particular, que não se equipara a documento público, e está sujeito ao aumento da pena prevista na lei penal. 132 - No que respeita aos crimes contra a Administração Pública, é CORRETO afirmar que ao peculato mediante erro de outrem se aplica, por expressa previsão legal, a causa extintiva da punibilidade da reparação do dano anterior à sentença irrecorrível. 133 - É correto afirmar que, caso o denunciado por peculato culposo opte, antes do pronunciamento da sentença, por reparar o dano a que deu causa, sua punibilidade será extinta. 134 - Getúlio, a fim de auferir o seguro de vida do qual era beneficiário, induziu Maria a cometer suicídio, e, ainda, emprestou-lhe um revólver para que consumasse o crime. Maria efetuou um disparo, com a arma de fogo emprestada, na região abdominal, mas não faleceu, tendo sofrido lesão corporal de natureza grave. Em relação a essa situação hipotética, Apesar de a conduta praticada por Getúlio ser típica, pois configura induzimento, instigação ou auxílio ao suicídio, ele é isento de pena, porque Maria não faleceu. 135 - Julgue o item a seguir. Em determinado processo judicial criminal, há, em decorrência de requerimento do Ministério Público, autorização para interceptação telefônica com o fito de angariar provas contra acusados de delitos considerados graves. Nos termos da legislação pertinente, o prazo para a interceptação deve, regra geral, corresponder a, no máximo, quinze dias, com renovação. Referências: Autoral (Paulo Rezende), Prof. Lúcio Valente, Prof. Rogério Sanches, Prof. Cleber Masson, Prof. Nestor Távora, Qconcuros, Site Dizer o Direito, Site STJ e STF. 136 - Julgue o item a seguir. Realizar interceptação de comunicações telefônicas sem autorização judicial constitui crime. De acordo com a legislação vigente, tal autorização judicial será possível se o pedido for feito verbalmente ao Juiz com os pressupostos que a autorizem. 137 - No arrependimento eficaz, é irrelevante que o agente proceda virtutis amore ou formidine poence, ou por motivos subalternos, egoísticos, desde que não tenha sido obstado por causas exteriores independentes de sua vontade. 138 - Considere que Paulo, servidor público lotado no INSS, tenha inserido nos bancos de dados dessa autarquia informações falsas a respeito de Carlos, o que possibilitou a este receber quantia indevida a título de aposentadoria. Nessa situação hipotética, Paulo cometeu o crime de falsidade ideológica. 139 - Nos casos em que somente se procede mediante queixa, NÃO considerar-se-á perempta a ação penal quando o autor der causa, por três vezes, a sentença fundada em abandono da causa ficando-lhe ressalvada, entretanto, a possibilidade de alegar em defesa o seu direito. 140 - No concerne a crimes, julgue o item a seguir - O agente de polícia que deixar de cumprir seu dever de vedar ao preso o acesso a telefone celular, permitindo que este mantenha contato com pessoas fora do estabelecimento prisional, cometerá o crime de condescendência criminosa. 141 - Acerca do homicídio privilegiado, a violenta emoção, para ensejar o privilégio, deve ser dominante da conduta do agente e ocorrer logo após injusta provocação da vítima. 142 - Com base na Lei de Interceptação Telefônica, é correto afirmar que; constitui crime realizar interceptação de comunicações, sejam elas telefônicas, informáticas, ou telemáticas, ou, ainda, quebrar segredo da justiça sem autorização judicial ou com objetivos não autorizados em lei. 143 - Considere que uma mulher, maior e capaz, chegue a casa, logo após ter sido demitida, e, nervosa, agrida, injustificada e intencionalmente, seu filho de dois anos de idade, causando - lhe lesões corporais de natureza leve. Nessa situação hipotética, caso essa mulher seja condenada pela referida agressão após o devido processo legal, não caberá, como efeito da condenação, a decretação de sua incapacidade para o exercício do poder familiar, nos termos do CP. 144 - Quanto à identificação criminal, é correto afirmar que; a identificação criminal dar-se-á por meio dos processos datiloscópico e fotográfico. 145 - Quanto à identificação criminal, é correto afirmar que; a carteira de identificação funcional e a carteira profissional não são documentos de identificação civil válidos para se excluir a necessidade de uma identificação criminal. Referências: Autoral (Paulo Rezende), Prof. Lúcio Valente, Prof. Rogério Sanches, Prof. Cleber Masson, Prof. Nestor Távora, Qconcuros, Site Dizer o Direito, Site STJ e STF. 146 - Será admitida a decretação da prisão preventiva desde presentes os requisitos, fundamentos e condições de admissibilidade. NÃO se refere a uma condição de admissibilidade para decretação da prisão preventiva que seja o crime doloso apenado com reclusão. 147 – Qualquer do povo pode ser punido por fato que lei posterior deixa de considerar crime, não cessando em virtude dela, a execução e os efeitos penais da sentença condenatória. 148 - Julgue os itens a seguir, acerca de crimes contra a administração pública, crimes hediondos e crimes contra a pessoa. Considere que os servidores públicos João e Ana, no exercício de suas funções, solicitaram para si vantagem indevida para retardar a prática de ato de ofício, mas somente João a recebeu. Nessa situação, ambos praticaram corrupção passiva. 149 - Julgue a assertiva a seguir - Para efeitos penais, equipara-se ao funcionário público quem trabalha para empresa prestadora de serviço contratada para a execução de atividade típica da administração pública. 150 - É inadmissível a ocorrência de homicídio privilegiado-qualificado, ainda que a qualificadora seja de natureza objetiva. 151 - A respeito de interceptação telefônica, julgue o seguinte item. O juiz da causa pode avaliar a necessidade de renovação das autorizações de interceptação telefônica, levando em conta a natureza dos fatos e dos crimes e as circunstâncias que envolvem o caso. Nesse sentido, os tribunais superiores vêm admitindo sucessivas prorrogações enquanto perdurar a necessidade da investigação, sem configurar ofensa à Lei n.º 9.296/1996 e à CF. 152 - A detração é considerada para efeito da prescrição da pretensão punitiva, não se estendendo aos cálculos relativos à prescrição da pretensão executória. 153 - Quanto à identificação criminal, é correto afirmar que; o civilmente identificado por meio de documento de identificação civil válido não será submetido à identificação criminal. 154 - Com base no Direito Penal e na melhor doutrina, é correto afirmar que; o dever de enfrentar o perigo é norma que impede a exclusão da ilicitude por estado de necessidade. 155 - Julgue a assertiva - Profissional nomeado pela assistência judiciária para atuar como defensor dativo ingressa com ação contra o INSS, em favor da parte para a qual foi constituído, e posteriormente faz o levantamento do valor devido. Contudo, não repassou o dinheiro à parte, cometendo o delito de apropriação indébita, uma vez que tinha a posse ou detenção do numerário. 156 - Marcelo, Rubens e Flávia planejaram praticar um crime de roubo. Marcelo forneceu a arma e Rubens ficou responsável por transportar em seu veículo os corréus ao local do crime e dar-lhes Referências: Autoral (Paulo Rezende), Prof. Lúcio Valente, Prof. Rogério Sanches, Prof. Cleber Masson, Prof. Nestor Távora, Qconcuros, Site Dizer o Direito, SiteSTJ e STF. fuga. A Flávia coube a tarefa de atrair e conduzir a vítima ao local ermo onde foi praticado o crime. Nessa situação hipotética, conforme entendimento do STJ, Rubens foi coautor funcional ou parcial do crime, não sendo a sua participação de menor importância. 157 - No que se refere ao instituto da Interceptação Telefônica, é correto afirmar que; não se admite a interceptação de comunicações telefônicas quando o fato investigado constitui infração penal punida, no máximo, com pena de detenção. 158 - A falsa atribuição de identidade só é caracterizada como delito de falsa identidade se feita oralmente, com o poder de ludibriar; quando formulada por escrito, constitui crime de falsificação de documento público. 159 - João, preso em flagrante pela prática do crime de roubo, foi encaminhado à delegacia de polícia, onde apresentou a carteira nacional de habilitação para identificar-se, visto que não portava sua carteira de identidade. Ainda assim, o delegado determinou que João fosse submetido à perícia dactiloscópica. Com base nessa situação hipotética, considerando o disposto na Lei n.º 12.037/2009, a conduta do delegado está correta. 160 - Conforme entendimento jurisprudencial, é suficiente para fundamentar a aplicação do princípio da insignificância a presença de um dos seguintes elementos: mínima ofensividade da conduta do agente, ínfima periculosidade da ação, ausência total de reprovabilidade do comportamento e mínima expressividade da lesão jurídica. 161 - O abolicionismo, ou minimalismo penal, propõe a eliminação total da pena de prisão como mecanismo de controle social e sua substituição por outro mecanismo de controle. 162 - No caso de Funcionário Público que faz uso pessoal de veículo pertencente à Administração Pública não cabe Peculato (Art. 312 do CP) com relação ao veículo. Entretanto, é admissível o crime em comento no que diz respeito ao combustível utilizado. 163 - Para que o crime de extorsão seja consumado é necessário que o autor do delito obtenha a vantagem indevida. 164 - A Constituição Federal de 1988 assegurou como direito fundamental a inviolabilidade do sigilo de comunicação como regra (art. 5º, XII) e, excepcionalmente, a interceptação da comunicação telefônica, regulamentada pela Lei n.º 9.296, de 1996. Nesse contexto, é correto afirmar que; o juiz de direito pode, excepcionalmente, admitir que o pedido de interceptação telefônica seja feito verbalmente. 165 - O presidente de uma comissão parlamentar mista de inquérito, após as devidas formalidades, ordenou, de forma sigilosa e reservada, a interceptação telefônica e a quebra do sigilo de dados telefônicos de testemunha que se reservara o direito de permanecer calada Referências: Autoral (Paulo Rezende), Prof. Lúcio Valente, Prof. Rogério Sanches, Prof. Cleber Masson, Prof. Nestor Távora, Qconcuros, Site Dizer o Direito, Site STJ e STF. perante a comissão. Nessa situação, a primeira medida é ilegal, visto que a interceptação telefônica se restringe à chamada reserva jurisdicional, sendo permitida, por outro lado, a quebra do sigilo de dados telefônicos da testemunha, medida que não se submete ao mesmo rigor da primeira, consoante entendimento da doutrina majoritária. 166 - Com base no Direito Processual Penal Brasileiro, é correto afirmar que: O princípio da identidade física do juiz não se aplica ao processo penal. 167 - Sobre a Prova, de acordo com o Código de Processo Penal, é correto afirmar que; São admissíveis as provas derivadas das ilícitas quando não evidenciado o nexo de causalidade entre umas e outras, ou quando as derivadas puderem ser obtidas por uma fonte dependente das primeiras. 168 - A teoria constitucionalista do delito preconiza que o direito penal somente poderá ser aplicado diante de condutas capazes de causar lesão (ou perigo de lesão) concreta e intolerável aos bens jurídicos com relevância penal. 169 - Segundo o Código de Processo Penal, será admitida a revisão criminal quando a sentença condenatória se fundar em depoimentos, exames ou documentos supostamente falsos. 170 - O indivíduo que fizer uso de violência após subtrair o veículo de outro cometerá o denominado roubo próprio. 171 - Acerca dos crimes contra a dignidade sexual, é correto afirmar que; o estupro qualificado se configura quando o agente, ao praticar a conduta dirigida à realização do estupro, causa lesão corporal de natureza grave ou morte da vítima. 172 - Responderá por crime contra a flora o indivíduo que cortar árvore em floresta considerada de preservação permanente, independentemente de ter permissão para cortá-la, e, caso a tenha, quem lhe concedeu a permissão também estará sujeito às penalidades do respectivo crime. 173 - Levando em consideração dominantes orientações doutrinárias e jurisprudenciais em relação aos crimes contra a dignidade sexual, é correto afirmar que; para caracterização do crime de estupro de vulnerável não se exige que o agente empregue violência, grave ameaça ou fraude, bastando que se consume um dos atos sexuais com a pessoa vulnerável. 174 - Sobre a Prova, de acordo com o Código de Processo Penal, é correto afirmar que; o juiz formará sua convicção pela livre apreciação da prova produzida em contraditório judicial, não podendo fundamentar sua decisão exclusivamente nos elementos informativos colhidos na investigação, ressalvadas as provas cautelares, não repetíveis e antecipadas. Referências: Autoral (Paulo Rezende), Prof. Lúcio Valente, Prof. Rogério Sanches, Prof. Cleber Masson, Prof. Nestor Távora, Qconcuros, Site Dizer o Direito, Site STJ e STF. 175 - Idealizado por Günter Jakobs, o direito penal do inimigo é considerado um direito penal de terceira velocidade, por utilizar a pena privativa de liberdade, mas, também, permitir a flexibilização de garantias materiais e processuais de todos integrantes da sociedade, podendo, inclusive, ser observado no direito brasileiro alguns institutos da lei que trata dos crimes hediondos. 176 - Acerca da Revisão Criminal, julgue o item a seguir - Conforme Súmula do Supremo Tribunal Federal, o réu não precisa se recolher à prisão para requerer a revisão criminal. 177 - O crime de dano não admite a tentativa. 178 - Levando em consideração dominantes orientações doutrinárias e jurisprudenciais em relação aos crimes contra a dignidade sexual, é correto afirmar que; o crime de corrupção de menores se tipifica quando praticado contra menor de 18 (dezoito) anos, desde que não experiente em questões sexuais e ainda não corrompido. 179 - Sobre a Prova, de acordo com o Código de Processo Penal, é correto afirmar que; considera- se fonte independente a prova que por si só seria incapaz de conduzir ao fato objeto da prova. 180 - Conforme entendimento jurisprudencial, é suficiente, para fundamentar a aplicação do direito penal mínimo, a presença de um dos seguintes elementos: mínima ofensividade da conduta do agente, ínfima periculosidade da ação, ausência total de reprovabilidade do comportamento e mínima expressividade da lesão jurídica ocasionada. 181 - No curso de ação penal, o Representante do Ministério Público requereu ao Juízo Federal pedido de diligência para que fossem obtidas judicialmente certidões de antecedentes criminais das Justiças Estadual e Federal dos locais do fato, do nascimento e residência de réu. O juiz indeferiu o pedido, sob argumento de que, no processo penal de modelo acusatório, o Ministério Público tem o ônus da prova criminal, daí seu dever de apresentar as respectivas certidões de antecedentes criminais. Contra esta decisão cabe Mandado de Segurança.181 - Diferenciam-se os crimes de extorsão e estelionato, entre outros aspectos, porque, no estelionato, a vítima quer entregar o objeto, pois foi induzida ou mantida em erro pelo agente mediante o emprego de fraude; enquanto, na extorsão, a vítima despoja-se de seu patrimônio contra a sua vontade, fazendo-o por ter sofrido violência ou grave ameaça. 182 - No que se refere aos crimes contra a dignidade sexual, julgue o item que se segue. Cometerá o crime de estupro a mulher que constranger homem, mediante grave ameaça, a com ela praticar conjunção carnal. Referências: Autoral (Paulo Rezende), Prof. Lúcio Valente, Prof. Rogério Sanches, Prof. Cleber Masson, Prof. Nestor Távora, Qconcuros, Site Dizer o Direito, Site STJ e STF. 183 - Sobre a Prova, de acordo com o Código de Processo Penal, é correto afirmar que; o juiz formará sua convicção pela livre apreciação da prova produzida em contraditório judicial, podendo fundamentar sua decisão exclusivamente nos elementos informativos colhidos na investigação, ressalvadas as provas cautelares, não repetíveis e antecipadas. 184 - Acerca do Direito Processual Penal Brasileiro, julgue a assertiva a seguir. São princípios constitucionais explícitos do processo penal: presunção de inocência e ampla defesa. 185 - A coculpabilidade, expressamente admitida na lei penal como uma das hipóteses de aplicação da atenuante genérica, consiste em reconhecer que o Estado também é responsável pelo cometimento de determinados delitos quando o agente possui menor autodeterminação diante das circunstâncias do caso concreto, especificamente no que se refere às condições sociais e econômicas. 186 - Julgue a assertiva a seguir - A suspensão condicional do processo (art. 89 da Lei 9.099/95) durará de 2 a 4 anos, exceto nos casos em que a pena máxima do crime for inferior a 4 anos, hipótese em que se aplica entendimento sumulado pelo Superior Tribunal de Justiça, no sentido de que a suspensão do processo é regulada pelo máximo da pena cominada. 187 - O crime de extorsão é consumado quando o agente, mediante violência ou grave ameaça, obtém, efetivamente, vantagem econômica indevida, constrangendo a vítima a fazer alguma coisa ou a tolerar que ela seja feita. 188 - É circunstância que qualifica o crime de furto a prática do delito mediante o concurso de duas ou mais pessoas. 189 - Analise a seguinte assertiva acerca dos crimes contra a dignidade sexual. O crime de estupro é um crime bipróprio e prevê aumento de pena se praticado contra pessoa do sexo masculino com idade de 15 (quinze) anos. 190 - Considere a seguinte situação hipotética. Armando, penalmente imputável, foi abordado pela polícia após furtar joias e valores do interior de uma residência, na qual adentrou mediante arrombamento de uma das janelas. Conduzido à presença da autoridade policial competente, Armando confessou a prática delituosa e foi autuado em flagrante por furto qualificado. Nessa situação hipotética, é dispensável o exame pericial em relação ao arrombamento, porquanto a confissão válida do indiciado supre o exame de corpo de delito. 191 - Julgue os itens seguintes, conforme o entendimento dominante dos tribunais superiores acerca da Lei Maria da Penha, dos princípios do processo penal, do inquérito, da ação penal, das nulidades e da prisão. O STF declarou a constitucionalidade da Lei Maria da Penha quanto à não aplicação dos institutos despenalizadores previstos na Lei n.º 9.099/1995 para os crimes praticados com violência doméstica e familiar contra a mulher. Referências: Autoral (Paulo Rezende), Prof. Lúcio Valente, Prof. Rogério Sanches, Prof. Cleber Masson, Prof. Nestor Távora, Qconcuros, Site Dizer o Direito, Site STJ e STF. 192 - Pratica crime de furto o agente que subtrai coisa alheia móvel, com animus furandi, depois de haver reduzido à impossibilidade de resistência da vítima, haja vista não ter empregado, para a subtração, violência ou grave ameaça, que são elementares do crime de roubo. 193 - Analise a seguinte assertiva acerca dos crimes contra a dignidade sexual. A consumação do crime de ato obsceno está caracterizada independentemente da presença de outras pessoas no local da prática do ato. 194 - A respeito dos Princípios do Direito Processual Penal, julgue o item. Em processo penal, ninguém pode ser forçado a produzir prova contra si mesmo. Por outro lado, a recusa em fazê-lo pode acarretar presunção de culpabilidade pelo crime. 195 - Com base no disposto no CPP e na jurisprudência do Superior Tribunal de Justiça, julgue os seguintes itens. A prova declarada inadmissível pela autoridade judicial por ter sido obtida por meios ilícitos deve ser juntada em autos apartados dos principais, não podendo servir de fundamento à condenação do réu. 196 - Analise os enunciados das questões abaixo e assinale se ele é Certo ou Errado. No âmbito dos Juizados Especiais Criminais, segundo dispõe a Lei n. 9.099/95, da decisão de rejeição da denúncia ou queixa e da sentença caberá apelação, que deverá ser interposta no prazo de 15 (quinze) dias, contados da ciência da sentença pelo Ministério Público, pelo réu e seu defensor, devendo ser aviada por petição escrita, da qual constarão as razões e o pedido do recorrente. 197 - Segundo a Lei n. 9.099/95, as suas disposições não se aplicam no âmbito da Justiça Militar. 198 - No crime de extorsão mediante sequestro, praticado em concurso de agentes, o concorrente que o denunciar à autoridade terá sua pena reduzida, ainda que a delação não facilite a libertação do sequestrado. 199 - Acerca dos crimes contra a dignidade sexual, é correto afirmar que; praticar, na presença de alguém menor de 18 (dezoito) anos, conjunção carnal ou outro ato libidinoso, a fim de satisfazer lascívia própria ou de outrem, tipifica o crime de satisfação de lascívia mediante presença de criança ou adolescente. 200 - Pedro, sem autorização judicial, interceptou uma ligação telefônica entre Marcelo e Ricardo. O conteúdo da conversa interceptada constitui prova de que Pedro é inocente do delito de latrocínio do qual está sendo processado. Nessa situação, embora a prova produzida seja manifestamente ilícita, em um juízo de proporcionalidade, destinando-se esta a absolver o réu, deve ser ela admitida, haja vista que o erro judiciário deve ser a todo custo evitado. Referências: Autoral (Paulo Rezende), Prof. Lúcio Valente, Prof. Rogério Sanches, Prof. Cleber Masson, Prof. Nestor Távora, Qconcuros, Site Dizer o Direito, Site STJ e STF. 201 - Considerando os princípios aplicáveis ao direito processual penal e a aplicação da lei processual, julgue os itens a seguir. A autodefesa, que, pelo princípio da ampla defesa, é imposta ao réu, é irrenunciável. 202 - No que se refere às condutas tipificadas como crimes em leis penais extravagantes, julgue os itens seguintes. Independentemente da pena prevista, aos crimes praticados contra a mulher em situação de violência doméstica não se aplica as disposições da Lei dos Juizados Especiais Criminais. 203 - - No crime de furto em residência, para efeitos de aplicação da pena, é irrelevante o horário em que o agente pratica a ação criminosa, se durante o dia ou à noite, pois a pena em qualquer situação será a mesma. 204 - Acerca dos crimes contra a dignidade sexual, julgue a assertiva a seguir. “X”, em um cinema, durante a exibição de um filme que continha cenas de sexo, é flagrado por policiais expondo e manipulando sua genitália. Tal conduta, em tese, tipifica o crime de mediação para satisfazer a lascívia de outrem. 205 - A sentença de transação penal, nostermos do artigo 76, parágrafo 5º, da Lei nº 9.099/95, tem as seguintes características tem natureza homologatória e não faz coisa julgada material. 206 - Parte da doutrina afirma que a transação penal mitigou o princípio da obrigatoriedade da ação penal pública. Sobre este instituto previsto na Lei nº 9.099/95, é correto afirmar que: não há vedação expressa à concessão do benefício ao autor condenado anteriormente exclusivamente à pena de multa. 207 - Parte da doutrina afirma que a transação penal mitigou o princípio da obrigatoriedade da ação penal pública. Sobre este instituto previsto na Lei nº 9.099/95, é correto afirmar que: será aplicada diretamente pelo magistrado, independentemente de proposta prévia do Ministério Público. 208 - Parte da doutrina afirma que a transação penal mitigou o princípio da obrigatoriedade da ação penal pública. Sobre este instituto previsto na Lei nº 9.099/95, é correto afirmar que: não poderá ser oferecido se o agente houver sido beneficiado por outra transação penal nos 07 (sete) anos anteriores. 209 - A autoridade policial poderá arquivar o inquérito policial se verificar que o fato criminoso não ocorreu. 210 - Durante o inquérito policial, é necessária a autorização judicial para que um agente policial se infiltre em organização criminosa com fins investigativos. Referências: Autoral (Paulo Rezende), Prof. Lúcio Valente, Prof. Rogério Sanches, Prof. Cleber Masson, Prof. Nestor Távora, Qconcuros, Site Dizer o Direito, Site STJ e STF. 211 - O inquérito policial independe da ação penal instaurada para o processo e julgamento do mesmo fato criminoso, razão pela qual, tratando-se de delito de ação penal pública condicionada à representação, o inquérito policial poderá ser instaurado independentemente de representação da pessoa ofendida. 212 - Julgue a assertiva que se segue. Madame Pink, recém-casada, procura o médico ginecologista para realizar exames preventivos de rotina. Antes de iniciar o exame, o médico pede que a paciente se dispa. Logo após ela se deitar na maca ginecológica, acaricia sua vagina e nela introduz seu dedo. Nesse caso, o médico responderá por violação sexual mediante fraude. 213 - No que se refere aos crimes hediondos (Lei n. 8.072/1990) e à violência doméstica e familiar sobre a mulher (Lei n. o 11.340/2006 – Lei Maria da Penha), julgue os itens seguintes. Se duas mulheres mantiverem uma relação homoafetiva há mais de dois anos, e uma delas praticar violência moral e psicológica contra a outra, tal conduta estará sujeita à incidência da Lei Maria da Penha, ainda que elas residam em lares diferentes. 214 - O valor probatório do inquérito policial, como regra, é considerado relativo, entretanto, nada obsta que o juiz absolva o réu por decisão fundamentada exclusivamente em elementos informativos colhidos na investigação. 215 - Acerca dos crimes contra a dignidade sexual, julgue a assertiva que se segue. Maria, a pedido de sua prima Joana, por concupiscência desta, convenceu sua vizinha Pauliana, de 12 anos de idade, a assistir Joana e seu namorado Paulo em intimidades sexuais. Assim, pode-se concluir que Maria obrou para o delito de satisfação de lascívia mediante presença de criança ou adolescente. 216 - Acerca da Lei Maria da Penha, é correto afirmar que: No atendimento à vítima de violência doméstica e familiar, a autoridade policial deverá encaminhar a ofendida ao hospital ou posto de saúde e ao Instituto Médico Legal. 217 - As diligências no âmbito do inquérito policial serão realizadas por requisição do membro do Ministério Público ou pela conveniência da autoridade policial, não existindo previsão legal para que o ofendido ou o indiciado requeiram diligências. 218 - No que se refere aos crimes contra a dignidade sexual, julgue o item que se segue. O assédio sexual se tipifica quando praticado por agente que, para alcançar seu intento, se prevalece de sua superioridade hierárquica tanto no serviço público, quanto no trabalho particular. 219 - Convencido de que havia sido traído, Pedro empurrou violentamente sua esposa contra a parede. Submetida a exame de corpo de delito, constatou- se a presença de lesões corporais de natureza leve praticada em contexto de violência doméstica. Considerando esse caso hipotético, é correto afirmar que; é possível a composição civil dos danos, com estipulação de danos morais em favor da vítima, para se evitar a persecução penal. Referências: Autoral (Paulo Rezende), Prof. Lúcio Valente, Prof. Rogério Sanches, Prof. Cleber Masson, Prof. Nestor Távora, Qconcuros, Site Dizer o Direito, Site STJ e STF. 220 - A prisão temporária constitui-se em uma espécie de prisão cautelar, admissível na fase das investigações do inquérito policial, mas será decretada pelo juiz, mediante representação da autoridade policial e ou a requerimento do Ministério Público. 221 - Com relação ao direito processual penal, julgue a assertiva que se segue. Da medida assecuratória de sequestro admite-se a impugnação por intermédio de embargos de terceiro, sendo vedada decisão neste, em qualquer caso, antes de passar em julgado a sentença condenatória. 222 - Segundo a Lei n. º 11.340/2006 (Lei Maria da Penha), é correto afirmar que: As medidas protetivas de urgência poderão ser concedidas de imediato pelo Juiz, desde que haja prévia manifestação do Ministério Público. 223 - O inquérito policial não é indispensável à propositura de ação penal, mas denúncia desacompanhada de um mínimo de prova do fato e da autoria é denúncia sem justa causa. 224 - O delegado de polícia não poderá instaurar inquérito policial para a apuração de crime de ação penal privada sem o requerimento de quem tenha legitimidade para intentá-la. 225 - De acordo com o direito processual penal e com o Código de Processo Penal (CPP), julgue os itens que se seguem. No processo penal, os bens móveis considerados adquiridos com o produto do crime podem ser sequestrados pelo juiz criminal. 226 - Sobre o sequestro de bens imóveis adquiridos pelo indiciado com proventos da infração, previsto no Código de Processo Penal, é correto afirmar que; o sequestro será possível se o bem ainda estiver na propriedade do indiciado, não cabendo se ele o tiver transferido para terceiros. 227 - Se o promotor de justiça, após analisar as conclusões do inquérito policial, não apresentar denúncia, mas, ao contrário, pedir o arquivamento do inquérito, o juiz, se entender improcedentes as razões do promotor, deverá indeferir o pedido e determinar o imediato início da ação penal. 228 - Sobre o sequestro de bens imóveis adquiridos pelo indiciado com proventos da infração, previsto no Código de Processo Penal, é correto afirmar que; para a decretação do sequestro bastará a existência de indícios veementes da proveniência ilícita dos bens. 229 - Acerca da aplicabilidade da lei processual penal no tempo e no espaço e dos princípios que regem o inquérito policial, julgue o item a seguir: Por força de mandamento constitucional, o exercício do contraditório deve ser garantido ainda no curso do inquérito policial, não obstante a sua natureza administrativa e pré- processual. Referências: Autoral (Paulo Rezende), Prof. Lúcio Valente, Prof. Rogério Sanches, Prof. Cleber Masson, Prof. Nestor Távora, Qconcuros, Site Dizer o Direito, Site STJ e STF. 230 - Quando se tratar de crimes relativos ao tráfico de drogas, o prazo para a conclusão do inquérito policial é de 30 dias, se o indiciado estiver preso e de 90 dias, se estiver solto, podendo ser duplicados, mediante pedido justificado da autoridade de polícia judiciária.231 - Durante operação policial na qual Cabelo de Anjo foi investigado e denunciado por crimes previstos no artigo 157, § 2º, do Código Penal, fora apreendido, em virtude de mandado de busca e apreensão e de sequestro de bens móveis, um veículo registrado em nome da empresa X, cujo representante legal é Tripa Seca, uma vez que existiam indícios veementes de que o objeto seria produto da atividade criminosa de Cabelo de Anjo e de que este seria o proprietário de fato do bem. Nesse caso, é correto afirmar que; o juiz poderá determinar, segundo o Código de Processo Penal, a alienação antecipada, para preservação de seu valor, ante a possibilidade de deterioração e consequente desvalorização do veículo, depositando o montante, até o final do processo, em conta vinculada ao juízo. 232 - Uma vez deferido o pedido de interceptação de comunicação telefônica pelo juiz, a autoridade policial que conduzir os procedimentos de interceptação deverá cientificar o Ministério Público, que poderá acompanhar a sua realização. 233 - A interceptação de comunicações telefônicas, considerada prova complementar, deve ser realizada ainda que se possa provar por outros meios disponíveis o fato investigado. 234 - Acerca das medidas assecuratórias previstas no Código de Processo Penal, é correto afirmar que; para a especialização da hipoteca legal se faz necessário comprovar que o bem imóvel tenha sido adquirido com proveito do crime. 235 - A respeito das provas e das normas procedimentais para os processos perante o Superior Tribunal de Justiça e o Supremo Tribunal Federal, julgue o item. O firme e coeso depoimento da vítima, corroborado por outra prova, é suficiente para comprovar o emprego de arma de fogo pelo réu no delito de roubo. 236 - O princípio da especialidade, aplicado na solução do conflito aparente de normas penais, tem a finalidade específica de evitar o bis in idem e determina a prevalência da norma especial em comparação com a geral, ocorrendo apenas no confronto in concreto das leis que definem o mesmo fato. 237 - Entre o tipo penal básico e os derivados, sejam eles qualificados ou privilegiados, não há relação de especialidade, o que afasta a aplicação do princípio da especialidade na solução de conflito aparente de normas penais. 238 - O método filológico, literal, ou gramatical, consiste na reconstrução do pensamento legislativo por meio das palavras da lei, em suas conexões linguísticas e estilísticas, e ignora, por completo, a ratio legis. Referências: Autoral (Paulo Rezende), Prof. Lúcio Valente, Prof. Rogério Sanches, Prof. Cleber Masson, Prof. Nestor Távora, Qconcuros, Site Dizer o Direito, Site STJ e STF. 239 - A interpretação teleológica busca a vontade do legislador, a chamada voluntas legislatoris, e não a vontade da lei, denominada voluntas legis. 240 - O fenômeno denominado de interpretação evolutiva ocorre quando a disposição legal ganha novo sentido, aplicando-se a situações imprevistas ou imprevisíveis ao legislador. 241 - O Estado, para garantir a segurança dos cidadãos, deve proibir ou restringir todas aquelas ações que se refiram, de maneira imediata, só a quem as realize, das quais derive lesão aos direitos dos outros, isto é, que atinjam sua liberdade e propriedade, sem o seu consentimento ou contra ele, ou das que haja de temê-las provavelmente; probabilidade na qual haverá de considerar a dimensão do dano que se quer causar e a importância da limitação da liberdade produzida por lei proibitiva. Wilhem Von Humboldt. Los límites de la acción del estado. 1792, p. 122 (com adaptações). Com relação ao fragmento de texto acima, aos princípios de direito penal e às teorias do bem jurídico, julgue o item a seguir. O fragmento em questão, seu autor, há já mais de duzentos anos, se referia ao que hoje se entende como princípios jurídico-penais da intranscendência e da fragmentariedade. 242 - Com referência a fundamentos e noções gerais aplicadas ao direito penal, julgue o próximo item. O princípio da reserva legal aplica-se, de forma absoluta, às normas penais incriminadoras, excluindo-se de sua incidência as normas penais não incriminadoras. 243 – O princípio da culpabilidade limita-se à impossibilidade de declaração de culpa sem o trânsito em julgado de sentença penal condenatória. 244 - O princípio da legalidade impede a aplicação de lei penal ao fato ocorrido antes do início de sua vigência. 245 - Integram o núcleo do princípio da estrita legalidade os seguintes postulados: reserva legal, proibição de aplicação de pena em hipótese de lesões irrelevantes, proibição de analogia in malam partem. 246 - A aplicação de pena aos inimputáveis, dada a sua incapacidade de sensibilização pela norma penal, viola o princípio da culpabilidade. 247 - Os princípios da insignificância penal e da adequação social se identificam, ambos caracterizados pela ausência de preenchimento formal do tipo penal. 248 – O erro de tipo essencial invencível exclui o dolo, mas permite a punição de crime culposo, se previsto em lei. Referências: Autoral (Paulo Rezende), Prof. Lúcio Valente, Prof. Rogério Sanches, Prof. Cleber Masson, Prof. Nestor Távora, Qconcuros, Site Dizer o Direito, Site STJ e STF. 249 - O estado de necessidade agressivo ocorre quando o ato necessário se dirige contra a coisa que promana o perigo para o bem jurídico defendido. 250 - No caso de excesso culposo da legítima defesa, embora o agente somente possa resultar punido com a pena do crime culposo, quando prevista em lei esta estrutura típica, a vontade deste é dirigida ao resultado, de modo que age, na realidade, dolosamente, mas, por erro vencível ou evitável, não sabe que transpôs os limites legais da causa de justificação e exercita defesa desnecessária. 251 - Nas discriminantes putativas, quando o erro recair sobre os limites ou o alcance da justificativa, estaremos diante do erro de tipo permissivo. 252 - Tanto a legítima defesa como o estado de necessidade possuem o caráter de agressão autorizada a bens jurídicos, com diferença, entretanto, de que no estado de necessidade ocorre uma ação predominantemente defensiva com aspectos agressivos, ao passo que na legítima defesa se dá uma ação predominantemente agressiva com aspectos defensivos. 253 - O erro quanto à pessoa contra a qual o crime é praticado determina que se considerem as condições ou qualidades da vítima da infração. 254 - As circunstâncias agravantes não são consideradas para o cálculo da prescrição da pretensão punitiva propriamente dita. 255 - Para o reconhecimento da causa legal de exclusão de ilicitude, identificada pelo estado de necessidade, deve existir uma situação de perigo atual que ameace direito próprio ou alheio, causado ou não voluntariamente pelo agente que não tem o dever de enfrentar o perigo. 256 - A prescrição retroativa antecipada ou em perspectiva tem previsão legal e serve de fundamento para a extinção da punibilidade. 257 - No concurso material de crimes, a extinção da punibilidade pela prescrição incidirá sobre a soma das penas dos delitos. 258 - A pena poderá ser agravada em razão de circunstância relevante, anterior ou posterior ao crime, ainda que tal possibilidade não seja prevista expressamente em lei. 259 – O desconhecimento da lei é circunstância que atenua a pena, conforme expressa previsão legal. 260 - Na hipótese de desistência voluntária, em que o agente, por vontade própria, desiste de prosseguir na execução do crime, a pena será reduzida na proporção prevista em lei. Referências: Autoral (Paulo Rezende),
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