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25/05/2017 1 A epidemiologia e os sistemas de Informação a Saúde Gustavo Costa Gustavo.oliveira@unifacs.br Introdução Epidemiologia “Estuda o processo saúde-doença em coletividades humanas, analisando a distribuição dos fatores de risco e determinantes das doenças, agravos e eventos em saúde coletiva, propondo medidas de prevenção, controle ou erradicação, e fornecendo informações que sirvam de suporte ao planejamento, administração e avaliação das ações de saúde” Rouquayrol, 1994 25/05/2017 2 Evolução da Sociedade 3 PRINCIPAIS USOS DA EPIDEMIOLOGIA - Análise da situação de saúde - Avaliação de programas, serviços ou tecnologias - Planejamento e organização de serviços Introdução 4 25/05/2017 3 "Um campo de rápido desenvolvimento científico que lida com armazenamento, recuperação e uso da informação, dados e conhecimento biomédicos para a resolução de problemas e tomada de decisão". Informação em Saúde Blois e Shortliffe (1990) 5 Sistema de processamento de dados baseado em cartões perfurados, criado por Herman Hollerith em 1890 Histórico da Informação em Saúde 6 25/05/2017 4 Histórico da Informação em Saúde Chegada ao Brasil com um certo atraso em relação aos EUA e Europa. No início da década de 70, teve início simultaneamente em alguns centros universitários Núcleo de Tecnologia de Educação em Saúde Luiz Carlos Lobo (UFRJ) Sabbatini, 1998 7 Sabbatini, 1998; Roqueyrol, 2003 1983 Criação de novos grupos especificamente dedicados à Informática Médica 1986 Sociedade Brasileira de Informática em Saúde Histórico da Informação em Saúde 1999 Criação do repositório de tabelas (portaria do MS) 8 25/05/2017 5 9 V ig il â n c ia P la n e ja m e n to A v a li a ç ã o C o n tr o le A u d it o ri a SIM Óbitos Declaração de Óbitos X X X SINASC Nascidos Vivos Declaração de Nascidos Vivos X X X SINAN Agravos Notificáveis Fichas de Notificação e Investigação X X X SISVAN Estado Nutricional Boletim de Produção da Assistência Nutricional X X X SI-API Vacinação Boletim de Produção X X X X SICLOM Assistência ao Portador de HIV Registro de Dispensação de Medicamentos X X X X X SIAB Atenção Básica Boletins de Produção X X X X X SIH Internação Hospitalar AIH - Autorização de Internação Hospitalar X X X X X SIA Atendimento Ambulatorial BPA - Boletim de Produção de Serviços Ambulatoriais X X X X APAC Atendimento Ambulatorial de Alta Complexidade APAC - Autorização de Procedimento de Alta Complexidade X X X X SIOPS Orçamento em Saúde Dados Orçamentário- Financeiros X X X X Aplicação Sistemas de Informação Referência Alimentação Principais Características dos Sistemas Nacionais de Informação em Saúde MOTA, E.; CARVALHO, D. Sistemas de Informação em Saúde. In:ROUQUAYROL, M. Z.; ALMEIDA FILHO, N. (Org.). Epidemiologia & Saúde. 6. ed. Rio de Janeiro, 2003, p. 605-628. 10 25/05/2017 6 Sistemas de Informação em Saúde DADOS EPIDEMIOLÓGICOS SIM SINASC SINAN SIH-SUS DADOS DEMOGRÁFICOS Censo-IBGE OUTROS DADOS DE INTERESSE SIAB/e-SUS 11 • Sistema de Informações sobre Mortalidade: • Desde1975 •Instrumento padronizado de coleta de dados: Declaração de Óbito (DO). - Preenchimento exclusivamente por médicos; - Obrigatoriedade para todo óbito ocorrido. 25/05/2017 7 Nome, Endereço, Causa básica, Causas associadas, Idade, Sexo, Hospital - Local de ocorrência • Categorias disponíveis: Perfil da “necessidade de saúde” de populações Não informa sobre problemas de saúde não fatais Indicadores: taxa de mortalidade, mortalidade proporcional Categorias de análise: região, tempo (série histórica), faixa etária e sexo •Características do sistema: 13 14 25/05/2017 8 Causa básica: doença ou lesão que iniciou a cadeia de acontecimentos patológicos que conduziram diretamente à morte, ou as circunstâncias do acidente ou violência que produziram a lesão fatal. 15 A última causa consequencial, registrada na linha a, é chamada causa terminal ou imediata 16 25/05/2017 9 1: 17 18 25/05/2017 10 3: 19 25/05/2017 11 Sistema de Informações sobre Mortalidade • Análise dos dados: construção de importantes indicadores para a descrição do perfil de saúde de uma região; • Pode-se obter a mortalidade proporcional por causas, faixa etária, sexo, local de ocorrência e residência e letalidade de agravos dos quais se conheça a incidência, taxas de mortalidade geral, infantil, materna; • Entretanto, o não preenchimento correto das DO prejudica o uso dessa fonte de dados para a construção de indicadores. Qualidade do SIM: Sistema de Informações sobre Mortalidade 25/05/2017 12 13,6 11,7 2,7 2,6 10,3 5,1 26,6 19,4 0,0 5,0 10,0 15,0 20,0 25,0 30,0 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 T M I (p o r 1 .0 0 0 N V ) FONTE: SESAB/SUVISA/DIS - SIM e SINASC < 1 ano 28 d a 11 meses < 7 dias 7 a 27 dias *Dados preliminares TAXA DE MORTALIDADE INFANTIL, SEGUNDO FAIXA ETÁRIA. BAHIA, 2000 – 2007* Sistema de Informações sobre Mortalidade 23 Comparação em regiões / áreas 25/05/2017 13 25 Mortalidade proporcional por doença diarréica aguda em menores de 5 anos – Brasil, 2000. 26 25/05/2017 14 Sistemas de Informação em Saúde DADOS EPIDEMIOLÓGICOS SIM SINASC SINAN SIH-SUS DADOS DEMOGRÁFICOS Censo-IBGE OUTROS DADOS DE INTERESSE SIAB/e-SUS 27 Sistema de Informações sobre Nascidos Vivos • Início implantação: 1990; • Instrumento padronizado de coleta de dados: Declaração de Nascido Vivo (DN); • Emissão da DN e registro: realizados no município de ocorrência do nascimento; • Preenchida nos hospitais e outras instituições de saúde que realizam partos, e nos Cartórios, na presença de duas testemunhas, quando o nascimento ocorre em domicílio; • Possibilita a constituição de indicadores voltados para a avaliação de riscos à saúde do segmento materno-infantil. 25/05/2017 15 • Categorias disponíveis: Sexo, peso ao nascer, APGAR, tipo de parto (normal, cesárea), Idade da mãe, Idade gestacional, No. consultas de prenatal, Endereço da mãe, No. Filhos, Parto gemelar 29 30 25/05/2017 16 Sistemas de Informação em Saúde DADOS EPIDEMIOLÓGICOS SIM SINASC SINAN SIH-SUS DADOS DEMOGRÁFICOS Censo-IBGE OUTROS DADOS DE INTERESSE SIAB/e-SUS 32 25/05/2017 17 Sistema de Informações de Agravos de Notificação • Alimentado pela notificação e investigação de casos de doenças e agravos que constam da lista nacional de doenças de notificação compulsória; • Objetivo: coletar, transmitir e disseminar dados gerados pelo Sistema de Vigilância Epidemiológica das três esferas de governo, para apoiar o processo de investigação e dar subsídios à análise das informações de vigilância epidemiológica das doenças de notificação compulsória. 25/05/2017 18 35 Fonte: Informe Epidemiológico do SUS 1999, 8(4):5-33. Fonte: Secretaria de Vigilância em Saúde, 2009 25/05/2017 19 Dificuldades • Sub-registro • Subnotificação • Supernotificação • Atraso – digitação, correção dos registros • Atraso no SINAN – demora no preenchimento, fluxo longo e complicado 37 Sistemas de Informação em Saúde DADOS EPIDEMIOLÓGICOS SIM SINASC SINAN SIH-SUS DADOS DEMOGRÁFICOS Censo-IBGE OUTROS DADOS DE INTERESSE SIAB/e-SUS 38 25/05/2017 20 • Categorias disponíveis: Hospital: Razão social, natureza jurídica, endereço Paciente: Nome, endereço, sexo, idade Internação: Diagnóstico principal e secundário Procedimento médico Duração Óbito Gasto 39 Localização das internações – Área de atendimento 40 25/05/2017 21 Limites • Sub-registro • Sub-registro de procedimentos especiais (UTI- caros). 41 Sistemas de Informação em Saúde DADOS EPIDEMIOLÓGICOS SIM SINASC SINAN SIH-SUS DADOS DEMOGRÁFICOS Censo-IBGE OUTROS DADOS DE INTERESSE SIAB/e-SUS 42 25/05/2017 22 10 anos Domicílio: localização, tamanho, água, luz, esgoto, lixo etc. Indivíduo:sexo, idade, religião, cor, raça Famílias: tamanho, relação parentesco Educação: alfabetização, escolaridade Mão-de-obra: ocupação, carteira de trabalho, desemprego, rendimento Fecundidade: no. filhos/mulher 43 Sistemas de Informação em Saúde DADOS EPIDEMIOLÓGICOS SIM SINASC SINAN SIH-SUS DADOS DEMOGRÁFICOS Censo-IBGE OUTROS DADOS DE INTERESSE SIAB/e-SUS 44 25/05/2017 23 Acompanhamento das atividades de Atenção Básica, em especial Programa agentes comunitários (PACS) e Programa de Saúde da Família (PSF) Cadastro das famílias - caracterização das pessoas, domicílio, saneamento etc. Indicadores de grupos de risco - crianças < 2 anos, gestantes, hipertensos, diabéticos, pessoas com tuberculose ou hanseníase. Indicadores produção - cobertura, notificação de agravos, óbitos, hospitalizações etc. 45 SIMSIH SINANSINASC 46 Resumindo... 25/05/2017 24 - Almeida Filho, Naomar de & Rouquayrol, Maria Zélia. Introdução à Epidemiologia moderna. 2ª ed. COOPMED/APCE/ABRASCO, Belo Horizonte - Salvador, 1992; - Rouquayrol, Zélia. Epidemiologia e saúde. 4ª ed. MEDSI, Rio de Janeiro, 1994; - Paim JS, Teixeira MGLC. Reorganização do sistema de vigilância epidemiológica na perspectiva do Sistema Único de Saúde (SUS). Inf Epidemiol SUS 1992; 5: 27-54; - Medronho R; Bloch KV; Luiz RR; Werneck GL (eds.). Epidemiologia. Atheneu, São Paulo, 2009, 2ª Edição. - Gordis L. Epidemiologia. Editora Revinter. 2004. 2ª Edição. / Gordis L. Epidemiology. Elsevier Science. 2004. Third Edition. - Rouquayrol ZM, Almeida-Filho N. Epidemiologia e Saúde. Guanabara Koogan. 2009. 6ª Edição. -Pereira MG 1995. Epidemiologia: teoria e prática. Guanabara Koogan, Brasília. -Rothman, Kenneth J.; Greenland, Sander; Lash, Timothy L. Modern Epidemiology. Ed.3 Lippincott Williams & Wilkins: cap. 22, p-474, 2008. REFERÊNCIAS 47
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