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RESUMO DE HISTÓRIA DA EDUCAÇÃO - PROFESSORA FER MENDES

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Pedagoga Fer Mendes Whatsapp: 62 99342 0331 @pedagogiatiraduvidas 
 
1 
HISTÓRIA DA EDUCAÇÃO 
 
 
KROTON - PEDAGOGIA 
 
 
 
Pedagoga Fernanda Mendes 
Assessoria Acadêmica 
WhatsApp: 62 99342 0331 
YouTube: Pedagogia Tira Dúvidas 
Instagram: @pedagogiatiraduvidas 
Blog: https://pedagogiatiraduvidas.blogspot.com/ 
 
Resumo da disciplina História da Educação 
https://pedagogiatiraduvidas.blogspot.com/
 
 
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2 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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3 
HISTÓRIA DA EDUCAÇÃO 
 
UNIDADE I – História, Sociedade e Educação 
Seção 1.1: A educação como fator histórico, político, social e cultural 
 
 O dualismo escolar é a expressão das desigualdades sociais e educacionais: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
CLASSE A
•As classes sociais dominantes têm acesso a uma educação
ampla e universal, com condições estruturais e pedagógicas
mais adequadas.
CLASSE B
•As classes dominadas estão privadas dessas condições,
restando a elas, muitas vezes, uma educação parcial,
fragmentada e voltada à formação de uma força de trabalho
precarizada.
 Georg Wilhelm Friedrich Hegel (1770-
1830) foi um filósofo alemão idealista que abriu 
novos campos de estudo na História, Direito, Arte, 
entre outros, através dos seus postulamentos e da 
lógica dialética. 
 O pensamento de Hegel influenciou 
pensadores como Ludwig Feuerbach, Bruno 
Bauer, Friedrich Engels e Karl Marx. 
 
HEGEL (1770-1831) 
 
 Afirmou que na 
relação entre homem e 
natureza quem comanda é 
a humanidade, produtora 
de sua própria história. 
 O homem produz sua 
própria história mediante o 
trabalho, resultante do 
espírito, das ideias, ou seja, 
a produção de riquezas é 
uma ação humana. 
 
 
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4 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
MARX (1818-1883) e 
ENGELS (1820-1895) 
 
 A essência humana 
nada mais é do que as 
relações sociais entre os 
homens, ou seja, não 
existe uma essência 
humana imutável, ela é 
construída historicamente 
e, portanto, é mutável. 
 Karl Marx (1818-1883) foi um 
filósofo, ativista político alemão, um dos 
fundadores do socialismo científico e da 
Sociologia. 
A obra de Marx influenciou a Sociologia, a 
Economia, a História e a até a Pedagogia. 
 
 Friedrich Engels foi um teórico, 
filósofo, político e revolucionário alemão. Ao 
lado de seu amigo Karl Marx (1818-1883), 
Engels colaborou com a teoria marxista. 
AS DUAS DIMENSÕES 
DO TRABALHO 
 
 POSITIVA: Constitui o 
ser social; 
 
 NEGATIVA: Transforma 
o trabalho em um fardo, 
em uma alienação, em 
um sacrifício diário. 
 
 
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5 
ALIENAÇÃO DO TRABALHO 
 
 A alienação do trabalho ocorre quando o trabalho é tão fragmentado em vários momentos que o 
trabalhador conhece apenas um destes, fazendo com que ele seja alheio ao que produz. 
 Marx, em sua obra principal, O Capital, argumenta sobre a construção da humanidade ao longo da 
história. Através da história compreende-se que o desenvolvimento do ser humano, desde seu início até os dias 
atuais, ocorreu por meio da luta de classes. 
 Deste modo, o trabalho quando não dedicado ao interesse da humanidade, e sim de um grupo 
específico, torna-se trabalho alienado. O indivíduo perde sua liberdade e humanidade, torna-se apenas força 
de trabalho e é transformado em coisa. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 O trabalho é uma ação humana e produz riquezas; 
 
 O trabalho é elemento fundante do ser humano. 
 
 
O conceito de mais-valia é uma das ideias centrais dos trabalhos de Karl Marx que 
tratam das formas de organização social sob a perspectiva do “materialismo histórico”, isto 
é, diante da noção de que a realidade material do indivíduo é a maior responsável pela 
forma como ele se desenvolve. 
No materialismo histórico, as respostas para os fenômenos sociais estão inseridas nos 
meios materiais dos sujeitos. Isso quer dizer que diferentes situações materiais, o que, em 
uma sociedade capitalista, traduz-se em situação econômica, moldam diferentes sujeitos. 
Essa diferença é, para Marx, vetor de conflitos entre grupos de indivíduos submetidos a 
realidades materiais diferentes. 
O conceito de mais-valia insere-se na relação entre produção de mercadoria, valor de uso, 
valor de troca e o valor do trabalho aplicado na produção. Para exemplificar, suponhamos 
que um trabalhador trabalhe 10 dias para produzir 10 quilos de tecido. Cada quilo de tecido 
custa para o capitalista 10 reais, e cada dia de trabalho do trabalhador é remunerado com 
20 reais. Ao final dos 10 dias, os custos de produção de 10 quilos de tecidos somados ao 
custo do tempo do trabalho aplicado em sua produção serão de 300 reais, e esse é o valor 
de troca justo do produto final. Sendo assim, Marx mostra que os 10 dias de trabalho 
produzem riquezas suficientes para pagar pela força de trabalho utilizada no processo de 
produção. No entanto, nesse processo, o capitalista, que é dono dos meios de produção 
(o maquinário), não consegue transformar seu investimento em capital, uma vez que o 
custo de produção é exatamente o mesmo do valor de troca. 
https://brasilescola.uol.com.br/sociologia/materialismo-historico.htm
 
 
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6 
 A educação e o aprendizado assumem funções importantes no processo de produção da vida material 
e espiritual, impulsionando o desenvolvimento cultural humano. 
 
DUALISMO EDUCACIONAL E DUALISMO DE CLASSES 
 
 PERÍODO PRIMITIVO: Explicações sobre o mundo fundamentadas na religião (anímicas ou 
politeístas); 
 
 GRÉCIA ANTIGA E ROMA: Escravos e senhores nasciam com seus destinos traçados (naturalização 
das relações sociais); 
 
 CRISE DO IMPÉRIO ROMANO: Dominação do mundo pela elite e o fortalecimento do cristianismo 
(sofrimento dos escravos); 
 
 AGOSTINHO: Sofrimento faria chegar-se a Deus (servidão); 
 
 PERÍODO MODERNO: Hegel desnaturaliza a história, porque o homem a constrói (Renascimento e 
Humanismo). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
IMPORTANTE 
 
Taylorismo, Fordismo e Toyotismo: São três modos de organização da produção industrial utilizadas pelas 
indústrias durante a Segunda Revolução Industrial. 
 Apesar do objetivo ser o mesmo - fabricar ao menor custo - eles têm diferenças quanto ao 
processo de produção, ritmo de trabalho, papel do funcionário, objetivos, entre outros. 
 O Taylorismo e o Fordismo enfatizaram basicamente os princípios de fabricação. O primeiro iniciou 
o estudo da mão de obra na produção industrial, organizando o trabalho de modo a obter grande 
produtividade com menor custo. 
 Por sua parte, o Fordismo manteve o mecanismo de produção e organização semelhante ao 
taylorismo, porém adicionou a esteira rolante, ditando um novo ritmo de trabalho. 
 O Toyotismo, por sua vez, se concentrou no aspecto da cultura organizacional e de sua importância 
para a competitividade de uma empresa. 
 Estes modelos organizacionais influenciaram uma educação mecanizada e que objetivava a 
produção de mão de obra para o mercado de trabalho. 
 
Materiais complementares: 
 
Filme: Tempos modernos 
Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=fCkFjlR7-JQ 
Artigo: EDUCAÇÃO E CONCEPÇÕES DE SOCIEDADE, Ivo Tonet 
Disponível em: https://drive.google.com/file/d/18C9xB8BA8IZhaPz6LHgaFGzIOcngRDZz/view?usp=sharing 
 
 
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7 
Faça valer a pena 
 
1. Desde o surgimento da vida em sociedade,a humanidade produziu transformações na natureza para sua 
própria sobrevivência. Na medida em que transformam a natureza, os homens transformam a si próprios. Esse 
processo de transformação é constituinte do ser social, sendo correto afirmar que: 
a) O pensamento filosófico é o elemento fundante do ser humano. 
b) O pensamento científico é o elemento fundante do ser humano. 
c) O trabalho é o elemento fundante do ser humano. 
d) O pensamento mitológico é o elemento fundante do ser humano. 
e) O instinto é o elemento fundante do ser humano. 
 
2. Desde as sociedades primitivas até o Período Moderno, a humanidade explicava sua existência com base 
em elementos anímicos, míticos, religiosos, ou seja, seu destino era traçado por forças que escapavam de seu 
controle. Somente no Período Moderno um importante filósofo desnaturalizou a história, afirmando que na 
relação entre homem e natureza quem comanda é a humanidade, que produz sua própria história. 
Assinale a alternativa que apresenta o autor dessa reflexão: 
a) Francis Bacon. 
b) Nicolau Maquiavel. 
c) Thomas Hobbes. 
d) René Descartes. 
e) Hegel. 
 
3. Karl Marx também produziu uma ruptura no campo do conhecimento na medida em que questionou a 
possibilidade de uma essência humana inalterável, afirmando que cada momento histórico produz um ser 
humano com uma determinada consciência social. Nesse sentido, correto afirmar que, para Marx: 
a) A forma como os homens produzem, distribuem e consomem o produto da riqueza produzida por eles é que 
determina sua consciência ou sua essência. O trabalho é a categoria chave da compreensão do ser social. 
b) A forma como os homens pensam e explicam a si próprios é que determina sua consciência social. As ideias 
são os elementos fundantes do ser social. 
c) A forma como os homens organizam sua vida religiosa é que determina sua consciência social. A moral e os 
valores são os elementos fundantes do ser social. 
d) A forma como os homens organizam suas regras e leis é que determina sua consciência social. O Estado é 
o fundamento do ser social. 
e) A forma como os homens organizam sua educação é que determina sua consciência social. A escola é o 
fundamento do ser social. 
 
 
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8 
HISTÓRIA DA EDUCAÇÃO 
 
UNIDADE I – História, Sociedade e Educação 
Seção 1.2: A educação na antiguidade: Grécia e Roma 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
PERÍODOS HISTÓRICOS DA GRÉCIA ANTIGA 
 
 CIVILIZAÇÃO MICÊNICA → Séculos XX a XII a.C. 
 
Ocupação inicial da Grécia; início da mitologia grega; formação de pequenos estados 
tributários. 
 
 TEMPOS HOMÉRICOS → Séculos XII a VIII a.C. 
 
Homero, nas obras Ilíada e Odisséia, relata a epopeia dos gregos na Guerra de Tróia. 
 
 PERÍODO ARCAICO → Séculos VIII a V a.C. 
 
Período de intenso desenvolvimento comercial e expansão territorial; surgimento da 
filosofia; Esparta e Atenas como principais cidades-estados; período pré-socrático. 
 
SOCIEDADE 
ESCRAVAGISTA
DUALISMO 
EDUCACIONAL
PAIDEIA 
GREGA
HUMANITAS 
ROMANA
 
 Nas sociedades escravistas 
de Roma e Grécia o trabalho 
manual é desvalorizado, 
enquanto o intelectual constitui 
privilégio da aristocracia. 
Assim: os educadores buscam 
formar o homem racional, 
capaz de pensar corretamente 
e se expressar de forma 
convincente. 
 
 
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9 
 PERÍODO CLÁSSICO → Séculos V a IV a.C. 
 
Auge da civilização grega; surgimento da democracia; guerras externas e internas; 
desenvolvimento da filosofia: Sócrates, Platão e Aristóteles; período socrático. 
 
 PERÍODO HELENÍSTICO → 338 a.C. a 146 a.C. 
 
Enfraquecimento de Esparta e Atenas; ocupação macedônica; difusão da cultura 
helenística; avanço das ciências; período pós-socrático. 
 
MODELOS EDUCACIONAIS DA GRÉCIA ANTIGA 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
ESPARTA: A educação era severa e 
disciplinadora. Direcionava-se para a 
formação do guerreiro. 
ATENAS: A educação direcionava-se para a 
formação do cidadão para o exercício da 
política na pólis (cidade). 
A Paideia era a principal 
expressão do ideal grego de 
educação, que significava a 
formação integral do ser 
humano, o igual cuidado com 
o corpo e com o intelecto. 
 
 
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10 
A PAIDEIA GREGA 
 
 A Paideia (παιδεία) é um termo do grego antigo, empregado para sintetizar a noção de educação na 
sociedade grega clássica. Inicialmente, a palavra (derivada de paidos [pedós] - criança) significava 
simplesmente "criação dos meninos", ou seja, referia-se à educação familiar, os bons modos e princípios 
morais. Será na mesma Grécia que se inicia um modelo de educação com um sentido relativamente semelhante 
ao que se utiliza hoje. 
 Na verdade, os ideais educativos da paideia se baseiam em práticas muito anteriores. Os gregos serão 
os primeiros a colocar a educação como problema: na literatura grega surgem sinais de questionamento do 
conceito, seja na poesia, tragédia ou na comédia. Os Sofistas e depois Sócrates, Platão, Isócrates e 
finalmente Aristóteles elevarão o debate ao estatuto de uma importante questão filosófica. 
 Assim, em meio à sociedade ateniense, "paideia" passa a se referir a um processo de educação no 
qual os estudantes eram submetidos a um programa que procurava atender a todos os aspectos da vida do 
homem. Entre as matérias abordadas estavam a geografia, história natural, gramática, matemática, retórica, 
filosofia, música e ginástica. 
 Antes disso, o conceito que originalmente exprimia o ideal de formação social grego estava contido em 
outro termo, "aretê" (em grego, adaptação perfeita, excelência, virtude). Formulado e explicitado nos poemas 
homéricos, a aretê era entendida como um conjunto de qualidades físicas, espirituais e morais, atributo próprio 
da natureza (como por exemplo, a bravura, coragem, força, destreza, eloquência, capacidade de persuasão, 
enfim a heroicidade). O alargamento do ideal educativo da aretê surgiu ao fim da época arcaica grega (por volta 
dos séculos VIII e VII a.C.), traduzindo-se na expressão "kalos kagathos" (kalos = bom; kagathos = belo, ou o 
bom e belo, em grego) da qual deriva o termo kaloskagathia, ou, a grosso modo, o cultivo do bondade ou 
virtuosismo e da beleza, onde o homem era estimulado a alcançar a excelência física e moral além da honra e 
da glória. 
 A partir do século V a. C., o conceito de aperfeiçoamento do ser humano para o bem da sociedade 
como um todo segue em plena evolução. A noção agora vigente é que, para além de formar o homem, a 
educação deve ainda formar o cidadão, deixando de ser suficiente a simples e antiga educação baseada na 
ginástica, música e gramática. 
 O conceito acabado da paideia torna-se o ideal educativo da Grécia clássica. Com o tempo, passou 
designar o resultado do processo educativo que se prolonga por toda vida, muito para além da escola. Até os 
dias de hoje seus ideais são imitados em praticamente todo o mundo, como um perfeito entendimento de 
formação social do ser humano. 
 A rotina de um aluno, respeitando os preceitos da paideia era basicamente este: 
• Acordar logo ao amanhecer, e com a ajuda do pedagogo, o jovem lavava-se e vestia-se; 
• Refeição matinal e logo após, ida à palestra, para as aulas de música e ginástica; 
• Banho e regresso à casa para o almoço; 
• Retorno à palestra à tarde, para lições de leitura e escrita; 
• Ida para casa, sempre na companhia do pedagogo; estudo das lições, trabalhos de casa, jantar e enfim 
repouso. 
• Não haviam finais de semana ou férias, exceto pelos festivais religiosos ou cívicos; 
https://www.infoescola.com/filosofia/sofistas/
https://www.infoescola.com/filosofia/socrates/
https://www.infoescola.com/filosofos/platao/
https://www.infoescola.com/filosofia/aristoteles/
 
 
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11 
PERÍODOS HISTÓRICOS DA ROMA ANTIGA 
 
 MONARQUIA → 753 a.C. até 509 a.C. 
 
Formação das comunidades patrícias (proprietários de terras); desenvolvimento da 
agricultura; educação familiar. 
 
 REPÚBLICA → 509 a.C. até 27 a.C. 
 
Os patrícios exerciam o poder no Senado; expansão territorial; aumento da escravização 
e das desigualdades sociais; guerras e revoltas internas. 
 
 IMPÉRIO → 27 a.C. até 476 d.C. 
 
Auge da civilização romana; expansão territorial; crises internas; política do pão e circo; 
invasões bárbaras. 
 
ROMA: EDUCAÇÃO E PEDAGOGIA 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Educação heroico-patrícia: O poder estava na mão 
do patriarca. As meninas aprendiam os afazeres 
domésticos e os meninos eram educados 
diretamente pelo pai, aprendendo: história, 
patriotismo, ler e escrever, contar, cuidar da 
terra, exercícios físicos e militares. 
Educação helenística ou cosmopolita: Durante a 
República surgiram as escolas elementares particulares 
de alfabetização e matemática para crianças de 7 a 12 
anos. Os mestres eram desvalorizados e a educação era 
marcada por castigos físicos. Com a assimilação da 
cultura grega, o ensino bilíngue foi introduzido. A 
escola de gramática introduziu o ensino de cultura 
geral, ampliando os conhecimentos da elite romana, 
surgimento da escola do retor (professor de retórica), 
mais valorizada e respeitada. Estudaram política, direito 
e filosofia com a perspectiva de virarem grandes 
oradores. 
 
 
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12 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Educação no Império: Momento de fusão da cultura 
grega e latina (humanitas). Houve uma crescente 
intervenção do Estado nos assuntos educacionais para a 
formação de funcionários estatais e na inspeção escolar. 
Havia uma legislação e execução de políticas 
educacionais escolares, além da definição dos salários 
dos mestres. Ocorreu um intenso desenvolvimento no 
campo jurídico e a constituição do direito romano. 
A Humanitas romana é uma cultura 
universalizada. Equivale à Paidéia, 
porém, distingue-se dela por se 
tratar de uma cultura 
predominantemente humanística e, 
sobretudo cosmopolita e universal, 
buscando aquilo que caracteriza o 
homem, em todos os tempos e 
lugares. Essa é uma concepção que 
não se restringe ao ideal de homem 
sábio, mas se estende à formação 
do homem virtuoso, como ser 
moral, político e literário. 
 
 
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13 
A HUMANITAS ROMANA 
 
 A pedagogia em Roma está voltada para questões práticas. Surge por volta do século I a.C. com 
Cícero, Sêneca e Quintiliano. 
 Catão, o antigo (234-149 a.C.): defende a tradição contra o início da influência helênica e o retorno às 
raízes romanas. 
 Varrão (116-27 a.C.): representa a transição pela qual os romanos terminam por aceitar a contribuição 
grega. Seu trabalho é prático. Escreveu uma enciclopédia didática, em que discute o ensino de gramática e que 
serve de base para trabalhos posteriores. Compôs sátiras, que orientam o jovem na virtude, com máximas 
edificantes. 
 
 Cícero (106-43 a.C.): ampliou o vocabulário latino, apoiado na experiência com o grego e na erudição. 
Valorizou a fundamentação filosófica do discurso, o que o diferencia de seus conterrâneos, tornando-o um dos 
mais claros representantes da humanitas romana. Compreendia que a educação integral do orador requer 
cultura geral, formação jurídica, aprendizagem da argumentação filosófica, bem como o desenvolvimento de 
habilidades literárias e até teatrais, igualmente importantes para o exercício da persuasão. Cícero chegou a ser 
um dos principais modelos dos pedagogos renascentistas. 
 Sêneca (4 a.C.–65): Vê a filosofia como um instrumento capaz de orientar o homem para o bem viver. 
A filosofia teria a função de ensinar a verdadeira vida humana, que não se confunde com o gozo dos prazeres, 
voltada para o domínio das paixões, já que a felicidade consiste na tranquilidade da alma. Por isso a educação 
deve ser prática e vivificada pelo exemplo. Sêneca compreende que a educação prepara o homem para o ideal 
de vida estóico: o domínio dos apetites pessoais. Enfatiza a formação moral e dá menos importância à retórica. 
Ocupa-se da psicologia como instrumento para a preservação da individualidade. 
 Plutarco (45 – 125): Reconhece a importância da música e da beleza na educação, bem como a 
formação do caráter. 
 Quintiliano (35-95): Foi um dos mais respeitados pedagogos romanos. Lecionou durante 20 anos na 
escola de retórica, fundada em Roma. Distancia-se da filosofia, preferindo os aspectos técnicos da educação, 
sobretudo da formação do orador. Valoriza a psicologia como instrumento para conhecer a individualidade do 
aluno. Não se prende a discussões teóricas, mas procura fazer observações técnicas e indicações práticas. 
 
PONTOS IMPORTANTES: 
 
 Grécia Antiga: Educação era o instrumento do exercício da participação democrática por parte dos 
homens livres; 
 
 Roma Antiga: Educação para a formação básica de funcionários da máquina estatal e da elite 
governante; 
 
 Período-feudal: Escolas monacais para formação de religiosos; 
 
 Crise do sistema feudal: O Renascimento, o Humanismo e a Reforma Protestante ampliam o acesso 
à escola, mas permanece o dualismo escolar. 
 
 
 
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IMPORTANTE 
 
ESTOICISMO: Baseado numa ética rigorosa de acordo com a leis da natureza, assegurava que o universo era 
governado por uma razão universal divina (Logos Divino). Dessa forma, para os estoicos, a felicidade era encontrada 
na dominação do homem ante suas paixões (considerada um vício da alma) em detrimento da razão. O indivíduo 
estóico é alguém que demonstra resignação diante de alguma situação trágica ou à frente de um grande sofrimento. 
EPICURISMO: O epicurismo é o sistema filosófico que prega a procura dos prazeres moderados para atingir um estado 
de tranquilidade e de libertação do medo, com a ausência de sofrimento corporal pelo conhecimento do 
funcionamento do mundo e da limitação dos desejos. Para ter prazer e ser feliz o homem precisa, em primeiro lugar, 
dominar a lógica. Somente ela lhe dá os recursos necessários para fazer a distinção entre verdade e falsidade. Usando 
a lógica, qualquer pessoa pode obter o conhecimento verdadeiro sobre o que é a realidade e qual seu papel nela. 
SOFISTAS: Os sofistas (sábios) defendiam que a verdade não existia, que o mais importante era o convencimento. Por 
isso, especializaram-se na Retórica, a arte de falar bem. Foram os primeiros filósofos a cobrarem por suas aulas, o que 
provocou indignação de Sócrates, que defendia uma educação desinteressada. 
 
 
Material complementar: 
 
BLOG Ateliê de Educadores - Educação Romana: A humanitas 
Disponível em: http://atelierdeducadores.blogspot.com/2010/10/educacao-romana-humanitas.html 
 
 
http://atelierdeducadores.blogspot.com/2010/10/educacao-romana-humanitas.html
 
 
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15 
Faça valer a pena 
 
1. A Paideia foi concebida como a formação integral do homem, agregando dois aspectos. São eles: 
 
a) Trabalho manual e intelectual. 
b) Mito e Filosofia. 
c) Religião e razão. 
d) Ideia e realidade. 
e) Corpo e espírito. 
 
2. Nos Tempos Homéricos, duas importantes obras serviram de referência para a educação dos gregos. São 
elas: 
 
a) Ilíada e Odisseia, de Homero. 
b) 1984, de George Orwel, e O Capital, de Karl Marx. 
c) O novo testamento e o velho testamento. 
d) A República e O Banquete, de Platão. 
e) A Política e A Poética, de Aristóteles. 
 
3. Na Grécia Antiga, o ócio era considerado uma função dignapara as elites, sendo que o significado de “escola” 
era “local do ócio”. Indique qual alternativa apresenta as funções que a elite grega desempenhava: 
 
a) Trabalho manual. 
b) Trabalhar, rezar e guerrear. 
c) Governar, guerrear e pensar. 
d) Filosofar, trabalhar e obedecer. 
e) Trabalhar, governar e pensar. 
 
 
 
 
 
 
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HISTÓRIA DA EDUCAÇÃO 
 
UNIDADE I – História, Sociedade e Educação 
Seção 1.3: A educação na Idade Média 
 
Referência de educação na Idade Média 
 
 Paideia cristianizada → Durante os primeiros séculos, a teologia foi se utilizando das teorias de Platão 
e outros filósofos, o que ocasiona a conversão da paideia grega em uma paideia cristã, que tem em Jesus 
Cristo o grande mestre e modelo em quem se encarnara o Logus Divino. 
 
 Renascimento Carolíngio →No final do século VIII, Carlos Magno conseguira reunir grande parte da 
Europa sob seu domínio. Para unificar e fortalecer o seu império, decidiu executar uma reforma na educação. 
O monge beneditino Alcuíno de Iorque criou um projeto de desenvolvimento escolar que buscou reviver o saber 
clássico estabelecendo os programas de estudo a partir das sete artes liberais: o trivium, ou ensino literário 
(gramática, retórica e dialética) e o quadrivium, ou ensino científico (aritmética, geometria, astronomia e 
música). A partir do ano 77, foram emanados decretos que recomendavam, em todo o Império, a restauração 
de antigas escolas e a fundação de novas. Institucionalmente, essas novas escolas podiam ser monacais, sob 
a responsabilidade de mosteiros, catedrais, junto à sede dos bispados e palatinas, junto às cortes. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Desafio do Lobo, a Cabra e o Repolho 
 Este é um dos desafios criados pelo monge Alcuíno de York, 
onde um fazendeiro tem que cruzar o rio com um lobo, uma cabra 
e um repolho. Ele só consegue levar um por vez em seu bote. Se 
levar o lobo, a cabra comerá o repolho. Se levar o repolho, o lobo 
comerá a cabra. Como fazer essa travessia? 
Resposta: Neste caso, perceba que a cabra é a chave para a 
solução por ser a personagem mais crítica: tanto pode ser comida 
(pelo lobo) quanto pode comer (o repolho). Uma possível solução 
então seria: (1) leve a cabra para a outra margem; (2) volte com o 
barco vazio, peque o repolho e leve-o para a outra margem; (3) 
deixe o repolho, mas traga a cabra de volta no barco; (4) troque a 
cabra pelo lobo e cruze o rio com o lobo; (5) volte para pegar a 
cabra. Note que uma existe uma outra solução: no passo (2) 
podemos levar o lobo ao invés do repolho. 
 
 
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FÉ E RAZÃO NA CONSTRUÇÃO DO CONHECIMENTO 
 
Agostinho de Hipona: Conhecido universalmente 
como Santo Agostinho, ele foi um dos mais importantes 
teólogos e filósofos dos primeiros anos do cristianismo. 
Suas obras foram muito influentes no desenvolvimento 
do cristianismo e da filosofia ocidental. 
 Há semelhanças entre Platão e Agostinho, mas 
também diferenças. Santo Agostinho aproveitou a 
filosofia platônica dentro da fé cristã. 
 Platão defendia que as almas aprendiam por 
meio de reminiscência. Isso quer dizer que todos já 
sabiam tudo o que precisavam, pois antes de 
encarnarem, contemplavam a forma perfeita de todas as coisas, no mundo das ideias. As 
almas, quando faziam filosofia aqui na terra, apenas iam relembrando o que já tinham visto. 
 Porém, apesar de estar entre as principais ideias de santo Agostinho defender a forma 
perfeita de todas as coisas, ele não concordou com a reminiscência. Sua filosofia era a de que, 
sim, há uma forma perfeita de tudo o que existe, mas na mente de Deus. Não são as almas que 
vão se lembrando. Na verdade, elas vão aprendendo quando vão sendo iluminadas por Deus. 
 Ele entendeu que a razão natural é um meio que Deus deu ao homem para que este 
conheça a verdade. Outro meio, mais elevado e que alcança o que a razão não dá conta, é a 
Revelação, ao qual se assente por fé. Logo, para ele a fé e a razão não se contradizem, sempre 
se ajudam e apontam para a mesma verdade. 
 
CARACTERÍSTICAS HISTÓRICAS DA EUROPA MEDIEVAL 
 
 ALTA IDADE MÉDIA (DO SÉCULO V AO X) 
 
◊ Europa ocupada por povos “bárbaros”, em seguida por árabes e muçulmanos; 
◊ Formação do feudalismo; 
◊ Decadência do comércio; 
◊ Economia rural; 
◊ Fortalecimento do poder local exercido pelos senhores feudais; 
◊ Ascensão da Igreja e da cultura teocêntrica. 
 
 
 
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 BAIXA IDADE MÉDIA (DO SÉULO X AO XVI) 
 
◊ Renascimento comercial e urbano a partir das Cruzadas; 
◊ Europa invasora, conquistadora, com as Cruzadas e outras investidas; 
◊ Decadência do poder local e fortalecimento do poder nacional representado pelo 
rei; 
◊ Efervescência cultural urbana; 
◊ Desenvolvimento mercantil, novas formas de produção da riqueza; 
◊ Decadência do feudalismo. 
 
CARACERÍSTICAS DA EDUCAÇÃO MEDIEVAL 
 
 Substituição do ensino clássico pela escola cristã, baseado na filosofia patrística e com 
uma rígida disciplina; 
 
 Somente uma parte da elite medieval tinha acesso à educação, sendo que o 
analfabetismo predominava em quase todos os setores sociais; 
 
 Importantes teóricos buscaram aliar a fé e a razão nesse período como por exemplo, 
Agostinho, Boécio, Cassiodoro, Isidoro de Servilha, Beda, Tomás de Aquino entre 
outros; 
 
 O renascimento carolíngio, com Carlos Magno, produziu importantes avanços na 
educação medieval, principalmente pela consideração da cristandade como cultura que 
unificou a Europa; 
 
 Com o renascimento comercial, urbano e cultural, tendo a burguesia como classe em 
ascensão, novas formas de educação laica aparecem, produzindo conflitos com a 
educação religiosa; 
 
 Tomás de Aquino, com a sua educação escolástica, procura aliar fé e razão, adaptando 
a Igreja aos novos tempos. 
 
 
 
 
 
 
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FÉ E RAZÃO 
 
 Igreja Católica: presa às antigas formas de produção, combate 
valores e práticas da nova sociedade; 
 
 Reforma Protestante: a Igreja Católica perdeu seu reinado; 
 
 Contrarreforma: expansão da fé católica (companhia de 
Jesus). 
IMPORTANTE 
 
AS CRUZADAS: As cruzadas foram expedições militares organizadas por católicos da Europa Ocidental, com o objetivo 
inicial de reconquistar para o mundo cristão lugares sagrados, como o Santo Sepulcro, em Jerusalém, na Palestina. A 
região era local de peregrinação para católicos europeus. Entretanto, as peregrinações foram dificultadas após a 
conquista da região pelos turcos seljúcidas, que professavam a fé no islamismo. As cruzadas foram também uma luta 
de cristãos contra muçulmanos. Foram organizadas doze expedições cruzadistas. O movimento das cruzadas iniciou-se 
em 1095, após o Concílio de Clermont, onde o papa Urbano II conclamou os cristãos a aderirem às cruzadas. Havia 
outros objetivos além da conquista dos lugares sagrados aos muçulmanos. Os bizantinos há tempos pediam o apoio 
dos cristãos do Ocidente para conter o avanço dos muçulmanos turcos seljúcidas sobre seus territórios. Com esse 
apoio, a Igreja Católica poderia se reafirmar novamente no Oriente, buscando a unificação das duas igrejas cristãs após 
o Grande Cisma do Oriente, de 1054. 
 
Material complementar: 
 
Texto → Consentimento e uso em São Tomás de Aquino: dois preceitos educativos no século XIII 
Disponível em: https://drive.google.com/file/d/1LogVOFIEltqeKfcSOfTFD44ZWdh1ZEku/view?usp=sharing 
 
 
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Faça valer a pena 
 
1. No final da ImpérioRomano e início do período feudal, a Filosofia Patrística surgiu e exerceu importante 
influência sobre o nascente pensamento medieval, caracterizando-se: 
a) Por uma forte função apologética de defesa de dogmas, de conversão dos não cristãos, pela valorização de 
uma moral rigorosa e pelo controle das paixões e sensibilidades humanas. 
b) Pela defesa da democracia como valor universal. 
c) Por uma forte função racional na defesa da Teologia como serva da Filosofia. 
d) Pela defesa da mitologia grega, do politeísmo, pela valorização de uma moral mais flexível e pela valorização 
das paixões e sensibilidades humanas. 
e) Pelas formulações de São Tomás de Aquino, que buscou unir fé e razão para adaptar a Igreja aos novos 
tempos. 
 
2. O ensino clássico foi substituído, no início do Período Medieval, por outra escola, que é: 
a) A Escola Nova, com base em John Dewey. 
b) A escola jesuítica, que funcionava ao lado dos centros religiosos (monastérios, abadias etc.) e preocupava-
se fundamentalmente com a formação de funcionários do estado, quase todos religiosos, por serem quase os 
únicos alfabetizados. 
c) A escola cristã, que funcionava ao lado dos centros religiosos (monastérios, abadias etc.) e preocupava-se 
fundamentalmente com a formação de funcionários do estado, quase todos religiosos, por serem quase os 
únicos alfabetizados. 
d) A escola libertária, sob influência dos anarquistas. 
e) A escola pública, gratuita, universal e laica. 
 
3. No período de Carlos Magno (742 – 814), rei dos francos e imperador de uma vasta região (Império 
Carolíngio), houve o denominado Renascimento Carolíngio, caracterizado por: 
a) Reorganizar as sete artes liberais pela expansão das escolas monacais, pela reintrodução da escrita na 
administração do Estado, pela educação voltada para a formação de funcionários do Estado, pela introdução 
da minúscula carolíngia e pelo desenvolvimento da arquitetura religiosa. 
b) Reorganizar o ensino jesuítico, com base no Ratio Studiorum, plano educacional da Companhia de Jesus. 
c) Reorganizar o ensino clássico greco-romano, abolindo a educação cristã e resgatando a Paideia e a 
Humanitas das antigas civilizações clássicas. 
d) Reorganizar as sete artes liberais pela limitação das escolas monacais, pela proibição da escrita na 
administração do Estado, pela educação voltada para a educação popular, pela introdução do pensamento 
racional e laico. 
e) Introduzir a educação profissional para servos e camponeses. 
 
 
 
 
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HISTÓRIA DA EDUCAÇÃO 
 
UNIDADE I – História, Sociedade e Educação 
Seção 1.4: A educação na Idade Moderna 
 
Transição do feudalismo para o capitalismo 
 
FEUDALISMO → Alta Idade Média: sistema econômico, político e social que se fundamenta especialmente 
sobre a propriedade da terra, cedida pelo senhor feudal ao vassalo em troca de serviços mútuos e que 
caracteriza a sociedade feudal. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
CRUZADAS → 1095 d.C. – 1492 d.C.: As Cruzadas foram movimentos militares de inspiração cristã que 
partiram da Europa Ocidental em direção à Terra Santa e à cidade de Jerusalém com o intuito de conquistá-
las, ocupá-las e mantê-las sob domínio cristão. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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MONARQUIAS NACIONAIS → Séculos XII e XV: O processo de formação das monarquias nacionais 
europeias remonta uma série de mudanças que se iniciaram durante a Baixa Idade Média. Os principais 
exemplos de monarquias nacionais são a portuguesa, espanhola, francesa e inglesa. As monarquias nacionais 
podem ser chamadas de Estado Absolutista, Monarquias Absolutistas ou ainda Estado Moderno. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
HUMANISMO → Séculos XIV e XV: O Humanismo foi um movimento literário e filosófico de transição entre a 
Idade Média e o Renascimento. O Humanismo buscava na razão a explicação para os fenômenos do mundo. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Teocentrismo x Antropocentrismo;
Separação entre a música e a poesia;
Cientificismo.
 
 
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REFORMA PROTESTANTE → A Reforma Protestante foi um movimento religioso que aconteceu na Europa, 
século XVI, fomentado por razões políticas e religiosas. O movimento teve como principal líder Martinho Lutero, 
um monge alemão, que por meio de 95 teses fez várias críticas à Igreja Católica e ao Papa. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
CONTRARREFORMA → Foi uma reação da Igreja Católica ao avanço das igrejas protestantes durante o 
século XVI, reafirmando os dogmas católicos e o poder do Papa. A Reforma Protestante começou logo após 
Martinho Lutero afixar suas 95 teses na porta da Catedral de Wittenberg, na Alemanha. 
RENASCIMENTO (URBANO, CULTURAL, COMERCIAL...) → O renascimento surgiu na Europa entre os 
séculos XV e XVI e teve seu desenvolvimento ligado a uma série de mudanças sociais, políticas e econômicas 
que ocorreram no final da História Medieval. O Renascimento pode ser dividido em três etapas conhecidas 
como Trecento, Quattrocento e Cinquecento, com algumas pequenas variações. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
LUTERANISMO;
CALVINISMO;
ANGLICANISMO;
 
 
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GRANDES NAVEGAÇÕES → Também conhecidas como Expansão Marítima, foram o processo de 
exploração e navegação do Oceano Atlântico que se iniciou no século XV e estendeu-se até o século XVI. 
Nesse período, os europeus descobriram novos caminhos marítimos para alcançar a Ásia. Além disso, 
chegaram pela primeira vez a terras até então desconhecidas por eles, como o continente americano, local ao 
qual chegaram em 1492. 
PRINCIPAIS DESCOBERTAS 
• 1415: conquista de Ceuta, no norte da África; 
• 1418: chegada à Ilha da Madeira; 
• 1427: chegada a Açores; 
• 1434: travessia do Cabo Bojador; 
• 1488: travessia do Cabo da Boa Esperança; 
• 1499: descobrimento de um novo caminho para a Índia; 
• 1500: chegada ao Brasil. 
 
REVOLUÇÕES BURGUESAS → As revoluções burguesas são movimentos sociopolíticos ocorridos entre 
1640 e 1850 nos quais a sociedade aristocrática, caracterizada pela monarquia absoluta e pelos títulos de 
nobreza, foi transformada em uma sociedade capitalista dominada pela produção mercantil liberal. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
CAPITALISMO → O sistema capitalista começa a surgir com a decadência do sistema de produção vigente 
até então: o feudalismo. O feudalismo teve início no século V e durou até o século XV, quando o capitalismo 
começou a tomar forma. 
MAIS VALIA → A mais-valia consiste na interpretação marxista de lucro, e é a base de como essa corrente 
entende o funcionamento do sistema capitalista. É a partir da ideia de mais-valia que surge o argumento da luta 
de classes, que está na raiz dos ideais socialistas. Essa corrente de pensamento político-econômico entende 
que a sociedade é marcada por um antagonismo decorrente do processo de produção capitalista. Esse 
antagonismo resulta do fato de que existem dois grupos dentro da sociedade: aqueles que possuem os meios 
de produção (capitalistas), e aqueles que não os possuem (proletários). Meios de produção são, por exemplo, 
o capital (dinheiro para gerar investimentos na produção) e a propriedade física (como a fábrica e seu 
INGLESA (1642-1688);
FRANCESA (1789);
EUA (1776-1865).
 
 
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25 
maquinário). De acordo com a teoria marxista, por não deter os meios de produção, o proletário é levado a 
vender sua força de trabalho ao capitalista, para poder garantir sua subsistência. Dessa maneira, a própria 
força de trabalho/mão de obra torna-se uma mercadoria, à medida que será vendida em troca de dinheiro 
(salário). Se antes do sistema capitalista cada pessoa produzia para suprir suas próprias necessidades,com a 
implementação desse sistema a produção passa a ser voltada para a lógica do lucro. 
Esse processo é descrito por Marx por meio da equação D – M – D’ (Dinheiro [D] é utilizado para 
produzir uma mercadoria [M], que será vendida em troca de mais dinheiro [D’]). Essa equação representa a 
lógica capitalista de produção para acumulação de capital. 
Outro aspecto importante do sistema capitalista, de acordo com a teoria marxista, é a alienação. Por 
alienação, Marx refere-se ao afastamento do trabalhador do produto final de seu trabalho. Antes do sistema 
capitalista, as pessoas produziam para si mesmas, não para um patrão, e eram responsáveis pela produção 
integral do bem (um artesão, por exemplo, era responsável pela produção de um móvel inteiro). No sistema 
capitalista, no entanto, o trabalho é dividido ao longo de uma cadeia de produção e os proletários participam 
apenas de uma parte da construção ou montagem, sem ter conhecimento do produto completo. Esse 
afastamento do trabalhador do produto final é essencial para a exploração de mais-valia. 
A mais valia representa a disparidade entre o salário pago e o valor produzido pelo trabalho. Dessa 
maneira, ela pode ser entendida como o trabalho não pago, ou seja, são horas que o trabalhador cumpre/valor 
que ele gera pelos quais ele não é remunerado. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
MAIS VALIA ABSOLUTA → A mais valia representa parte 
do valor gerado pelo trabalhador pelo qual ele não é 
remunerado. Para a teoria marxista, há duas maneiras de 
extrair mais valia. Uma das formas é por meio do 
prolongamento da jornada de trabalho, para além do tempo 
necessário para que o trabalhador produza as condições de 
sua subsistência, e da apropriação desse trabalho 
excedente pelo capitalista. Ou seja, aumenta-se a jornada 
de trabalho sem que o salário tenha um aumento 
proporcional. Essa forma de extração de mais valia é 
chamada de mais valia absoluta. 
 
MAIS VALIA RELATIVA → São feitas melhorias nos 
processos técnicos de trabalho, que aumentam a 
produtividade. Adquirir máquinas que tornem o trabalho 
mais rápido ou organizar a disposição dos trabalhadores 
nas fábricas de modo mais eficiente, por exemplo. Com 
essas mudanças aumenta-se a produtividade do 
trabalhador, fazendo com que ele produza mais em menos 
tempo. Dessa forma, o trabalhador realizará o trabalho 
necessário (aquele que corresponde a seu salário e suas 
condições de subsistência) em um tempo mais curto. 
Consequentemente, o trabalho excedente é prolongado, 
logo a extração de mais-valia aumenta. 
 
 
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1ª REVOLUÇÃO INDUSTRIAL → 1760-1850: A Primeira Revolução Industrial corresponde à primeira fase da 
Revolução Industrial, período caracterizado pelo grande desenvolvimento tecnológico iniciado na Europa e que, 
posteriormente, espalhou-se pelo mundo, provocando inúmeras e profundas transformações econômicas e 
sociais. A Primeira Revolução Industrial iniciou-se por volta de 1760, marcando a transição de um sistema 
feudal para o sistema capitalista, e durou até meados de 1850, quando, então, iniciou-se a segunda fase da 
Revolução Industrial. 
2ª REVOLUÇÃO INDUSTRIAL → A Segunda Revolução Industrial iniciou-se na segunda metade do século 
XIX, entre 1850 e 1870, e finalizou-se no fim do Segunda Guerra Mundial, entre 1939 e 1945. Essa fase da 
Revolução Industrial representa o início de um novo período da industrialização, vivida inicialmente na 
Inglaterra, mas que se expandiu para outros países. Corresponde à continuidade do processo de revolução na 
indústria. O aprimoramento de técnicas, o surgimento de máquinas e a introdução de novos meios de produção 
deram início a um novo momento. A industrialização que, antes, limitava-se à Inglaterra, expandiu-se para 
outros países, como Estados Unidos, França, Rússia, Japão e Alemanha. O ferro, o carvão e a energia a vapor, 
característicos da primeira fase da Revolução Industrial, agora dão lugar aos representantes da segunda fase: 
o aço, a eletricidade e o petróleo. 
COMUNA DE PARIS → 1871: A Comuna de Paris foi o primeiro governo popular da história, formado 
principalmente por operários. A derrota dos franceses para os prussianos e a prisão do imperador Napoleão III 
abriram espaço para a formação da Segunda República na França. Em 1871, foi organizado um governo 
provisório que buscou apaziguar os ânimos após a guerra propondo uma aproximação com a Prússia. 
A população não aprovou, pois desejava uma retaliação. Com o apoio da Guarda Nacional, os operários 
revoltaram-se e tomaram o poder em Paris, obrigando o governo provisório a instalar-se em Versalhes. Os 
integrantes da comuna eram escolhidos por sufrágio universal e tentaram realizar reformas no intuito de reduzir 
as desigualdades sociais. 
Em maio de 1871, as tropas fiéis ao governo provisório invadiram Paris e destituíram a comuna. O 
confronto entre essas duas forças deixou milhares de mortos. Os movimentos operários de outros países 
enxergaram a Comuna de Paris como modelo e uma possibilidade real de conquistar-se o poder. 
PÂNICO DE 1873 → Foi uma grave depressão econômica de âmbito nacional que afetou os Estados Unidos 
da América até 1877. Foi desencadeada pela falência de uma financeira de Filadélfia, a Jay Cooke and 
Company, em 18 de setembro de 1873, em conjunto com a dissolução, em 9 de maio do mesmo ano, da Bolsa 
de Valores de Viena de Áustria. Foi uma de uma série de crises económicas do século XIX e início do século 
XX. A Grande Depressão também causou o estabelecimento de uma série de impostos ao redor do mundo, 
mesmo em período posterior, de prosperidade econômica (a partir de 1896). 
PARTILHA DA ÁFRICA → A Partilha da África é o nome pelo qual ficou conhecida a divisão do continente 
africano durante o século XIX e que finalizou com a Conferência de Berlim (1884-1885). Com o crescimento 
econômico de Inglaterra, França, Reino da Itália e Império Alemão, esses países quiseram avançar sobre a 
África em busca de matérias-primas para suas indústrias. 
CONFERÊNCIA DE BERLIM → 1884-1885: A Conferência de Berlim aconteceu entre novembro de 1884 e 
fevereiro de 1885 e delimitou regras e acordos durante a ocupação do continente africano pelas potências 
europeias. Conhecido também como partilha da África, esse evento oficializou o neocolonialismo que resultou 
na extensa exploração econômica de colônias africanas pelos países europeus. 
CRISE DE 1929 → A Grande Depressão, também conhecida como Crise de 1929, foi a maior crise financeira 
da história dos Estados Unidos, que teve início em 1929 e persistiu ao longo da década de 1930, terminando 
 
 
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apenas com a Segunda Guerra Mundial. A Grande Depressão é considerada o pior e o mais longo período de 
recessão econômica do sistema capitalista do século XX. Este período de depressão econômica causou altas 
taxas de desemprego, quedas drásticas do produto interno bruto de diversos países, bem como quedas 
drásticas na produção industrial, preços de ações, e em praticamente todo o medidor de atividade econômica, 
em diversos países no mundo. 
1ª GUERRA MUNDIAL → 1914-1918: As causas da Primeira Guerra Mundial são extremamente complexas e 
envolvem uma série de acontecimentos não resolvidos que se arrastavam desde o século XIX: rivalidades 
econômicas, tensões nacionalistas, alianças militares etc. De maneira geral, os principais fatores que 
contribuíram para o início da Primeira Guerra Mundial foram: 
✓ DISPUTAS IMPERIALISTAS; 
✓ NACIONALISMOS; 
✓ ALIANÇAS MILITARES; 
✓ CORRIDA ARMAMENTISTA. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
REVOLUÇÃO RUSSA → 1917: A Revolução Russa de 1917 foram dois levantes populares: o primeiro 
ocorrido em fevereiro, contra o governo do czar Nicolau II, e o segundo, em outubro. Na Revolução de Fevereiro,os revolucionários aboliram a monarquia e, na Revolução de Outubro, começaram a implantar um regime de 
governo baseado em ideias socialistas. 
 
 
 
 
IMPORTANTE 
 
PARA PESQUISAR - Origem do capitalismo e fim do feudalismo: A origem do capitalismo está relacionada com 
a formação, ainda na sociedade feudal, do trabalho assalariado e das grandes rotas comerciais. 
Disponível em: https://mundoeducacao.uol.com.br/historiageral/origem-capitalismo-fim-feudalismo.htm 
 
https://mundoeducacao.uol.com.br/historiageral/origem-capitalismo-fim-feudalismo.htm
 
 
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Faça valer a pena 
 
1. Entre os séculos XI e XV, fundamentalmente a partir das Cruzadas, iniciou-se um processo que provocou 
profundas mudanças econômicas, políticas e sociais na Europa: o ressurgimento do comércio e das cidades. 
Nesse contexto, os humanistas defenderam uma nova visão de mundo, produzindo mudanças na educação, 
sendo correto afirmar que: 
a) Os humanistas valorizavam a educação medieval, fundamentalmente os ensinamentos das escolas 
monacais. 
b) Os humanistas defendiam um pensamento voltado para as explicações míticas, valorizando elementos 
religiosos em detrimento dos racionais. 
c) Os humanistas defendiam uma educação tradicional, valorizando o refúgio espiritual nos internatos. 
d) Surgiram novos colégios, marcados por uma educação leiga, com novas perspectivas metodológicas e de 
novos conteúdos que atendessem aos interesses de uma nova classe social que surgia, a burguesia. 
e) Surgiram novos colégios, marcados por uma educação leiga, com novas perspectivas metodológicas e de 
novos conteúdos que atendessem aos interesses de uma nova classe social que surgia, a aristocracia. 
 
2. Com a Reforma Protestante, a Igreja Católica reagiu à expansão do protestantismo. Sua principal iniciativa 
no campo educacional foi a criação de uma ordem religiosa jesuítica que se dedicou à moralização da Igreja e 
às construções de colégios pelo mundo afora, sendo correto afirmar que: 
a) A ordem jesuítica foi a principal representante da Contrarreforma Católica no campo educacional, fundando 
as bases do ensino tradicional europeu, difundindo-se também por outras partes do mundo. 
b) Os jesuítas ficaram conhecidos por sua disciplina flexível. 
c) Os jesuítas ficaram conhecidos por defenderem uma metodologia lúdica, em que a busca do conhecimento 
tinha como ponto de partida o interesse dos alunos. 
d) Os jesuítas, diante da intolerância das crianças, perceberam que seria mais fácil a conquista de almas 
adultas. Por isso, fundaram as escolas para essa faixa etária. 
e) Santo Agostinho, militar espanhol, fundou a Companhia de Jesus, surgindo daí a denominação de jesuítas 
aos seus seguidores. 
 
3. Os jesuítas despertaram as mais diversas opiniões sobre os seus métodos educacionais, sendo criticados 
dentro e fora da Igreja, principalmente pelos humanistas. As razões dessas críticas estão corretas nas seguintes 
afirmativas: 
I. O isolamento social que os internatos provocavam, ou seja, havia uma separação entre a vida e a escola. 
II. Pelas inovações modernas que implantaram nas escolas, com respeito às fases de desenvolvimento das 
crianças e os conteúdos adequados para cada momento. 
 
 
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29 
III. Os jesuítas desprezavam o espírito crítico, a pesquisa e a experimentação, não levando em conta as 
mudanças no campo científico e filosófico que estavam em curso. 
IV. Os jesuítas eram considerados excessivamente dogmáticos, autoritários e comprometidos com a Inquisição. 
V. Os jesuítas aboliram a Inquisição, defendendo uma nova cultura humanística no interior da Igreja e a 
construção de escolas laicas. 
a) Estão corretas as afirmativas I, II, III e IV. 
b) Estão corretas as afirmativas II e V. 
c) Está correta a afirmativa I. 
d) Estão corretas as afirmativas I, III e IV. 
e) Estão corretas as afirmativas I, III e V. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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HISTÓRIA DA EDUCAÇÃO 
 
UNIDADE II – História, Sociedade e Educação no Brasil I 
Seção 2.1: A educação na Colônia: o Período Jesuítico e a Reforma Pombalina 
 
JESUÍTAS → Os jesuítas eram padres que pertenciam a Companhia de Jesus, uma ordem religiosa vinculada 
à Igreja Católica que tinha como objetivo a pregação do evangelho pelo mundo. Essa ordem religiosa foi criada 
em 1534 pelo padre Inácio de Loyola e foi oficialmente reconhecida pela Igreja Católica a partir do papa Paulo 
III em 1540. Este movimento surgiu como uma resposta às reformas protestantes, com a intenção de aumentar 
os domínios da Igreja Católica. 
RATIO STUDIORUM → Foi um conjunto de normas usado pelos jesuítas e criado para regulamentar o ensino 
nos colégios jesuíticos. Sua primeira edição, de 1599, além de sustentar a educação jesuítica ganhou status 
de norma para toda a Companhia de Jesus. Tinha por finalidade ordenar as atividades, funções e os métodos 
de avaliação nas escolas jesuíticas. Não estava explicito no texto o desejo de se tornar um método inovador, 
que influenciasse a educação moderna, mesmo assim, foi ponte entre o ensino medieval e o moderno. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Fonte: https://historiandoeducacao.wordpress.com/2018/11/03/ratio-studiorum/ (2018) 
O Ratio Studiorum não era um tratado sistematizado de pedagogia, mas sim uma coletânea de regras 
e prescrições práticas e minuciosas a serem seguidas pelos padres jesuítas em suas aulas. Portanto, era um 
manual prático e sistematizado que apresentava ao professor a metodologia de ensino a ser utilizada em suas 
aulas. 
https://historiandoeducacao.wordpress.com/2018/11/03/ratio-studiorum/
 
 
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ENSINO JESUÍTA NO BRASIL 
 
➢ MARÇO DE 1549 → Chegada dos primeiros jesuítas, na Bahia; 
➢ OBJETIVOS → Catequizar e instruir; garantir a formação dos futuros sacerdotes; atuar controlando 
fazendas, imóveis e escravos; 
➢ EDUCAÇÃO → O intuito era combater a Reforma Protestante na Europa (Contrarreforma) e ampliar 
o poder do catolicismo nas novas regiões colonizadas. A educação jesuítica dividiu-se em duas 
fases: 
 
1ª FASE: adaptação e construção do trabalho de catequese e conversão do índio aos costumes 
dos brancos; 
2ª FASE: consolidação do projeto educacional. 
 
➢ EDUCAÇÃO DOS NEGROS – PEDAGOGIA DA ESCRAVIDÃO x PEDAGOGIA DA 
RESISTÊNCIA → Na Pedagogia da Escravidão o objetivo era aculturar e converter, dominar pela 
fé, naturalizar o processo de opressão, submissão e desigualdade; a Pedagogia da Resistência 
existiu por meio da rebeldia da população escravizada que reconstruía suas relações comunitárias 
e identitárias nos quilombos e fora deles, resistindo à opressão em seus locais de trabalho e buscava 
o direito à liberdade; 
 
➢ ALDEAMENTO INDÍGENA NO BRASIL → Aldeamento é o nome dado ao processo de reunião de 
índios em aldeias que geralmente ficavam próximas a povoações coloniais, incentivando o contato 
com os portugueses. Nos aldeamentos jesuíticos os índios eram educados para viver como cristãos. Essa 
educação significava uma imposição forçada de outra cultura, a cristã. Os jesuítas valiam-se de aspectos da 
cultura nativa, especialmente a língua, para se fazerem compreender e se aproximarem mais dos indígens. 
Esta ação incrementava a destribalização e violentava aspectos fundamentais da vida e da mentalidade 
dos nativos, como o trabalho na lavoura, atividade que consideravam exclusivamente feminina. Do ponto de 
vista dos jesuítas, a destruição da cultura indígena simbolizava o sucesso dos aldeamentos e da política 
metropolitana inspirada por eles. Os religiosos argumentavam que as aldeias não só protegiam os nativos 
da escravidão e facilitavamsua conversão, mas também forneciam uma força militar auxiliar para ser usada 
contra tribos hostis, intrusos estrangeiros e escravos bêbados. Entretanto, os efeitos dessa política eram tão 
agressivos e aniquiladores da identidade nativa que, não raro, os índios preferiam trabalhar com os colonos, 
apesar de serem atividades mais rigorosas, pois estes pouco se envolviam com seus valores, deixando-os 
mais livres; 
 
➢ SISTEMA DE ENSINO JESUÍTA PARA OS NOBRES → A metodologia era baseada em uma 
educação conservadora, destinada à pequena parcela de sujeitos que não realizavam o trabalho 
braçal (ocupavam cargos de negócios e na administração pública). O Ensino Superior era 
disponibilizado somente em Portugal. 
 
➢ EXPULSÃO DOS JESUÍTAS DO BRASIL → 1759: As Reformas Pombalinas ocorreram entre os 
anos de 1750 a 1777, período no qual o Marquês de Pombal exerceu o cargo de primeiro de Portugal 
durante o reinado de D. José I. Como tal, ele buscou empreender reformas em todas as áreas da 
sociedade portuguesa, limitando assim o poderio da Igreja Católica. No Brasil, ocorreu a expulsão 
dos jesuítas no ano de 1759, instaurando assim as Aulas Régias. 
 
 
http://www.multirio.rj.gov.br/historia/modulo01/imaginario_port.html
http://www.multirio.rj.gov.br/historia/modulo01/acao_jesuitas.html#nativo
http://www.multirio.rj.gov.br/historia/modulo01/esc_indigena.html
 
 
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32 
PRINCIPAIS PONTOS DA REFORMA POMBALINA NA EDUCAÇÃO 
 
 Escolas menores, oficiais e gratuitas; 
 Aulas régias; 
 Colégios dos nobres; 
 Aula do comércio; 
 Reformou a Universidade de Coimbra; 
 Iniciou a laicização do ensino. 
O GOVERNO DE POMBAL 
O Marquês de Pombal foi o primeiro ministro de D. José I e ganhou notoriedade ao administrar a crise 
causada pelo grande terremoto de Lisboa, em 1755. Conquistou a confiança do rei que autorizou seus projetos 
de modernização de Portugal. Realizou diversas reformas administrativas em Portugal e suas colônias. 
 
 
 
 
 
 
 
 
Fonte: https://www.ebiografia.com/marques_de_pombal/ (2021) 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
IMPORTANTE 
 
AULAS RÉGIAS: As aulas régias compreendiam o estudo das humanidades, sendo pertencentes ao estado e não mais 
restritas à Igreja – foi a primeira forma do sistema de ensino público no Brasil. Cada aula régia era autônoma e isolada, 
com professor único na qual uma não se articulava com as outras. A qualidade do ensino ministrado pelas Aulas Régias 
era comprometida, pois os professores eram mal preparados e mal pagos. O resultado da reforma: as aulas régias 
pouco alteraram a realidade educacional no Brasil, tampouco se constituem numa oferta de educação popular, ficando 
restrita às elites locais. 
 
https://www.ebiografia.com/marques_de_pombal/
 
 
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33 
Faça valer a pena 
 
1. Sobre o ensino jesuítico no Brasil, podemos afirmar: 
a) Era baseado nas ideias renascentistas do século XVI que viabilizaram as grandes navegações. 
b) Pretendia a educação dos índios e colonos, de acordo com as ideias iluministas do século XVIII. 
c) Era uma ação acessória, já que a catequese era o principal objetivo dos jesuítas. 
d) Era contraditório às ideias renascentistas em vigor na época, mas adequadas à mentalidade medieval ainda 
predominante em Portugal. 
e) Pretendia evitar o avanço protestante defendido por Inácio de Loyola. 
 
2. Sobre os jesuítas, a população negra escravizada e a educação, podemos dizer: 
a) Os jesuítas apoiavam a luta dos negros contra a escravidão, assim como a liberdade dos índios. 
b) Os jesuítas eram contra a escravidão, mas o acordo entre a Coroa Portuguesa e a Companhia de Jesus 
impedia que eles agissem. 
c) Os jesuítas se beneficiavam da escravidão, possuindo, inclusive, fazendas com mão de obra escrava. 
d) Os jesuítas, apesar da orientação contrária da Companhia de Jesus, desenvolviam programas de educação 
da população escravizada. 
e) Após o início do tráfico negreiro, negros e índios passaram a estudar juntos em quilombos. 
 
3. A Lei portuguesa de 6 de novembro de 1772 alterou a educação no país e em suas colônias. Em relação às 
ideias de Ribeiro Sanches, autor iluminista, sobre a educação, podemos dizer que: 
a) A educação era um direito universal, que deveria ser estendido a todos. 
b) Suas ideias, contrárias ao ideal jesuíta, previam o acesso à educação a todos os cidadãos, exceto aos 
escravos. 
c) Considerava que o estudo poderia ser danoso à sociedade se fosse disponibilizado igualmente a todos. 
d) Defendia a separação entre educação e religião. 
e) Defendia que a religião deveria guiar a educação nas colônias. 
 
 
 
 
 
 
 
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HISTÓRIA DA EDUCAÇÃO 
 
UNIDADE II – História, Sociedade e Educação no Brasil I 
Seção 2.2: A educação na Período Joanino e Imperial 
 
LINHA DO TEMPO 
1808 Corte portuguesa se muda para o Brasil; 
1815 Elevação da colônia para o Reino Unido; 
1821 D. João retorna a Portugal; 
1822 Independência do Brasil; 
1824 Primeira Constituição Federal; 
1827 1ª Lei específica sobre a educação 
1831 Abdicaçaõ de D. Pedro I; 
1834 Ato Adicional; 
1840 Maioridade de D. Pedro II; 
1847 Parlamentarismo; 
1850 Fim do trpafico negreiro; 
1854 Reforma Couto Ferraz; 
1870 Fim da Guerra do Paraguai; 
1879 Reforma Leôncio de Carvalho; 
1888 Abolição da escravatura; 
1889 Proclamação da República. 
BRASIL COLÔNIA (1500-1822) 
O PROCESSO DE INDEPENDÊNCIA 
1. PERÍODO JOANINO (1808-1821) 
 
Período em que a família real portuguesa se instalou no Brasil O Período Joanino começou em 1808 e se 
estendeu até 1821. Esse é um período importante na História do Brasil. Foi marcado pela transferência da corte 
portuguesa para a colônia, com a vinda do regente Dom João, sua família e um contingente de quase 15 mil 
pessoas, entre funcionários e pessoas ligadas à corte. A principal causa destes acontecimentos foi a eminente 
chegada das tropas napoleônicas em Portugal devido a não adesão ao Bloqueio Continental. Portugal assim 
aliou-se a Inglaterra. Com a chegada da família real no Brasil o Pacto Colonial teve seu fim com a abertura dos 
portos. 
 
 
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FONTE: https://brainly.com.br/tarefa/23849051 (2021) 
 
PRINCIPAIS MEDIDAS ADOTADAS NO PERÍODO JOANINO 
CRIAÇÕES: 
 Banco do Brasil; 
 Casa da Moeda; 
 Conselho da Fazenda; 
 Conselho do Estado; 
 Corpo da Guarda Real de Polícia da Corte; 
 Intendência Geral de Polícia; 
 Junta Geral do Comércio. 
 
 
“Pacto Colonial”, ou “Exclusivo 
Metropolitano”, foi uma das medidas 
administrativas aplicadas pelo 
Mercantilismo, isto é, o sistema 
econômico adotado pelos modernos 
Estados Europeus, entre os séculos 
XVI e XVIII. Esse “pacto” instituiu a 
exclusividade do comércio externo da 
colônia em favor da metrópole que a 
colonizou. 
https://brainly.com.br/tarefa/23849051
 
 
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36 
INOVAÇÕES: 
 Academia de Artes; 
 Academia Real Militar; 
 Imprensa régia; 
 Jardim Botânico; 
 Jornal Gazeta do Rio de Janeiro; 
 Museu Nacional; 
 Real Biblioteca; 
 Real Hospital Militar; 
 Teatro Real de São João. 
 
EDUCAÇÃO: 
 Academia da Marinha e da Escola Médico-Cirúrgica; 
 Contratação de professores de Latim, Inglês e Francês; 
 Criação da Escola Superior de Matemática, Ciências, Física e Engenharia; 
 Escola da Agricultura e Botânica; 
 Escola de Comércio no Rio de Janeiro, na Bahia e Pernambuco; 
 Escola de Educação do Rio de Janeiro e outras. 
 
FIM DO PERÍODO JOANINO 
O retorno da Corte portuguesa a Portugal decorreu das pressões que D. João VI passou a sofrer da 
burguesia portuguesa a partir de 1820. Nessemomento, era iniciada a Revolução Liberal do Porto. D. João VI 
retornou a Portugal em 1821, deixando seu filho D. Pedro I como regente do Brasil. 
 
2. IMPÉRIO (1822-1889) 
O Brasil Império compreende o período de 1822 a 1889 quando o país foi governado por uma monarquia 
constitucional. Esta época teve início com a aclamação do Imperador D. Pedro I, em 1822, e se prolongou até 
a Proclamação da República, em 1889. 
 
AS TRÊS CORRENTES DE PENSAMENTO/PARTIDOS POLÍTICOS NO BRASIL IMPÉRIO 
 PARTIDO PORTUGUÊS: Defendia a monarquia absolutista e o retorno do Pacto Colonial. Tinha apoio 
entre militares e comerciantes portugueses que se beneficiavam das ideias mercantilistas; 
 PARTIDO RADICAL: Defendia reformas mais democráticas, como reforma agrária, voto universal, 
abolição da escravatura, descentralização e política-administrativa. Tinha apoio em pequenos 
comerciantes, funcionários públicos, padres, advogados e jornalistas; 
 PARTIDO BRASILEIRO: Mais conservador, defendia a monarquia constitucional, independência da 
Colônia, manutenção do escravismo e do latifúndio e a Igreja Católica como religião oficial. Tinha apoio 
nos grandes proprietários rurais, comerciantes ingleses e portugueses. 
 
 
 
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O Partido Brasileiro que se sobrepôs neste momento, e que impôs a independência do Brasil. Assim, 
D. Pedro I proclamou a independência em 7 de setembro de 1822. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
FONTE: https://pt.wikipedia.org/wiki/Independ%C3%AAncia_do_Brasil (2021) 
 
O PRIMEIRO REINADO (1822-1831) 
 
 
 
 
Primeiro projeto de Constituição Federal 
 
SOCIEDADE 
HIERÁRQUICA: a 
independência se 
constituiu num 
arranjo político 
que favorecia os 
interesses da 
camada senhorial 
brasileira e os 
interesses do 
novo capitalismo 
europeu. 
 
“HAVERÁ NO IMPÉRIO ESCOLAS PRIMÁRIAS EM CADA 
TERMO, GINÁSIO EM CADA COMARCA E UNIVERSIDADE 
NOS MAIS APROPRIADOS LOCAIS.” 
https://pt.wikipedia.org/wiki/Independ%C3%AAncia_do_Brasil
 
 
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A Constituição Federal de 1824 trazia em seu texto a garantia da “instrução primária gratuita a todos 
os cidadãos” e “criação de Colégios e Universidades, onde serão ensinados os elementos das ciências, belas 
artes e artes.” Em 1828 surgiu a lei que criou as Câmaras Municipais sobre as quais coube-lhes a atribuição de 
inspeção sobre as escolas de primeiras letras, bem como pela educação e destino dos órfãos. Em 1831 D. 
Pedro I renunciou. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
FONTE: https://descomplica.com.br/artigo/mapa-mental-primeiro-reinado-1822-and8211-1831/4yj/ (2021) 
 
 
O PERÍODO REGENCIAL (1831-1840) 
O Período Regencial foi o momento da História do Brasil entre o Primeiro e o Segundo Reinado. Teve 
início depois que Dom Pedro I abdicou ao trono (1831) e se entendeu até o denominado Golpe da Maioridade, 
quando D. Pedro II passou a governar o império. O período é marcado por intensos conflitos político-sociais 
realizados em todo país e é dividido em: 
◊ Regência Trina Provisória; 
◊ Trina Permanente; 
◊ Una do Padre Feijó; 
◊ Una de Araújo Lima. 
https://descomplica.com.br/artigo/mapa-mental-primeiro-reinado-1822-and8211-1831/4yj/
 
 
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FONTE: https://slidetodoc.com/regncias-1831-1840-regncias-caractersticas-gerais-n-experincia/ (2021) 
https://slidetodoc.com/regncias-1831-1840-regncias-caractersticas-gerais-n-experincia/
 
 
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O SEGUNDO REINADO (1840-1889) 
O Segundo Reinado é o período da história brasileira em que o país foi governado por D. Pedro II. Esse 
período estendeu-se de 1840, quando D. Pedro II foi coroado imperador após o Golpe da Maioridade, e 
encerrou-se em 1889, quando a Proclamação da República colocou fim na monarquia do Brasil. Foi um período 
de grandes transformações no país e marcado por importantes conflitos, como a Guerra do Paraguai. 
PRINCIPAIS MEDIDAS DO SEGUNDO REINADO 
◊ Volta dos jesuítas – 1842; 
◊ Criação da Inspetoria Geral da Instrução Primária e Secundária do município da Corte – 1854; 
◊ Estabelecimento de normas para o exercício da liberdade de ensino e de um sistema de preparação 
do professor primário – 1854; 
◊ Criação do ensino para cegos e surdos-mudos – 1854 e 1856 respectivamente; 
◊ Criação do Liceu de Artes e Ofícios – 1856 (por iniciativa privada); 
◊ Escolas Normais trouxeram uma pequena melhora no ensino – instabilidade educacional. 
REFORMAS EDUCACIONAIS 
REFORMA COUTO FERRAZ → 1854: Tinha como objetivo estender o ensino público, além de organizar os 
magistérios fazendo com que no presente os alunos tivessem segurança e no futuro, pudessem alcançar 
melhores resultados diante do ensino. Estabeleceu a obrigatoriedade do ensino elementar para crianças 
maiores de 7 anos e filhos de brancos; 
REFORMA LUÍS PEDREIRA → 1854: Implementação de Cursos Jurídicos e dos Cursos de Medicina; 
REFORMA LEÔNCIO DE CARVALHO → 1879: Obrigatoriedade do ensino (7 aos 14 anos). Assistência com 
uniformes, livros e materiais básicos para alunos pobres. Regulamenta as Escolas Normais. Criou jardins de 
infância para crianças de 3 a 7 anos. Subsidiou o ensino particular. Equiparou as Escolas Normais particulares 
às oficiais e as Escolas Secundárias privadas ao Colégio Pedro II. Acabou com a proibição de matrículas dos 
escravos. 
LEI SARAIVA → 1881: Proibiu a participação política de analfabetos no processo eleitoral, seja como eleitores 
ou como candidatos, aqueles que não dominassem a leitura e a escrita estavam de fora do rito. Essa talvez 
tenha sido a mais impactante marca da Lei Saraiva na história política brasileira, afinal, os analfabetos só se 
tornaram partícipes dos processos eleitorais a partir da aprovação da Constituição Cidadã, datada de 1988, ou 
seja, mais de um século após a aprovação da Lei Saraiva no senado. 
 
 
 
IMPORTANTE 
ATO ADICIONAL DE 1834: O Ato Adicional de 1834 foi um conjunto de alterações introduzidas na Constituição de 
1824. O Brasil vivia um momento conturbado. Com a abdicação de Dom Pedro I, o país passava por um vazio de poder, 
pois o herdeiro do trono só tinha cinco anos. Para governar o país se instalou uma Regência Trina e este período ficou 
conhecido como Período Regencial. No entanto, existiam várias correntes ideológicas que disputavam espaço no 
cenário político. O Ato Adicional foi uma emenda constitucional, resultado de um acordo entre os liberais e 
conservadores. Algumas instituições da Carta Magna de 1824 foram mantidas como o Senado vitalício e o voto 
censitário, mas houve mudanças de caráter liberal significativas. 
 
Igualmente, rebeliões separatistas eclodiam no país. No sul, a Guerra dos Farrapos se fortalecia e ameaçava com a 
secessão das províncias de São Pedro do Rio Grande e de Santa Catarina. Ao norte, a Cabanagem ameaçava os 
proprietários de terra e comerciantes com suas renvindicações populares.. 
 
 
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Faça valer a pena 
1. “É preciso considerar, antes de mais nada, o caráter meramente formal da Independência. Ela se constituiu, 
de fato, num arranjo político que favorecia os interesses da camada senhorial brasileira, grande empresária da 
emancipação política, assim como os interesses do novo capitalismo europeu” (XAVIER, 1994, p. 62). 
De acordo com o texto acima, seus conhecimentos sobre a independência e as transformações na educação 
brasileira, podemos afirmar que: 
a) A independência significou uma mudança política notável que repercutiu em amplatransformação do sistema 
de ensino brasileiro. 
b) A independência significou pequenas mudanças políticas, mas enorme modificação em nossa estrutura 
educacional, fruto das transformações econômicas mundiais. 
c) Além dos interesses dos empresários citados no texto, os trabalhadores também foram beneficiados, exceto 
os escravos. 
d) Segundo a autora, a independência não significou grandes mudanças na estrutura brasileira e, devido a isso, 
podemos concluir que a educação também pouco mudou. 
e) Interessava ao capitalismo europeu a independência das colônias e a criação de mercados consumidores, 
daí a abolição da escravatura logo em seguida da independência. 
 
2. Shigunov Neto (2015) aponta algumas mudanças realizadas no Brasil no Período Joanino, entre elas: a 
criação do Conselho de Estado, Conselho da Fazenda, Banco do Brasil e da Casa da Moeda. 
Essas mudanças expressam: 
a) Interesse inglês na modernização brasileira visando aumento de suas exportações. 
b) Modernizações promovidas por D. João, a fim de criar condições de gerenciamento da metrópole em nosso 
território e atender às necessidades da corte. 
c) Reflexos da Revolução Francesa na criação de nossas estruturas republicanas. 
d) Interesses ingleses e francesas na modernização brasileira visando sua independência. 
e) Modernização da colônia, importante no período, mas que não influenciaram nossa independência anos mais 
tarde. 
 
3. Em 1854 temos uma nova reforma educacional por meio do Decreto de 17 de fevereiro. Sobre esse Decreto, 
podemos dizer: 
a) Ampliava a educação nacional, incluindo os negros, já que o tráfico havia sido proibido em 1850. 
 
 
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b) A chamada Reforma Couto Ferraz criou o ensino primário e secundário vigentes até a Lei de Diretrizes e 
Bases (LDB) de 1996. 
c) Previa o ensino de Gramática e Aritmética, mas não o de história nem de geografia. 
d) Estimulava o ensino e criava bolsas de estudo para estudantes carentes. 
e) Tornava o ensino primário obrigatório, sujeitando os pais a multas, caso não o oferecessem aos seus filhos, 
no entanto, excluía explicitamente a educação aos escravos. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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HISTÓRIA DA EDUCAÇÃO 
 
UNIDADE II – História, Sociedade e Educação no Brasil I 
Seção 2.3: A educação na Período Contemporâneo e sua influência sobre a educação 
brasileira 
 
 
 
 
 
 
REVOLUÇÃO INGLESA (1642-1651): Movimento político, militar e religioso que destruiu o absolutismo na 
Inglaterra instalando naquele país a primeira monarquia parlamentar da história.; 
REVOLUÇÃO INDUSTRIAL (1760-1860): Foi um período de grande desenvolvimento tecnológico que teve 
início na Inglaterra e que se espalhou pelo mundo causando grandes transformações. A Revolução Industrial 
garantiu o surgimento da indústria e consolidou o processo de formação do capitalismo; 
REVOLUÇÃO FRANCESA (1789-1799): Foi um ciclo revolucionário que aconteceu na França e que teve como 
resultado prático o fim do absolutismo no país. 
 
NOVO MUNDO, NOVAS IDEIAS 
 Passagem do século XVIII para o XIX; 
 Revolução Inglesa no final do século XVII e Francesa no século XVIII, acabaram com as monarquias 
absolutistas e criaram uma sociedade com a divisão de poderes que conhecemos hoje; 
 Ideias iluministas ganharam força; 
 A ciência explica os fenômenos naturais; 
 Revolução Industrial (Inglaterra) molda o mundo (capitalismo); 
 Com a crescente urbanização e industrialização, aumentou a necessidade de alfabetização e 
escolarização. 
 
 
 
MUDANÇAS NA 
EUROPA 
ILUMINISMO 
# Revolução Inglesa; 
# Criticismo kantiano. # Revolução Industrial; 
# Revolução Francesa. 
 
 
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MÉTODO LANCASTER 
O método Lancaster é um método pedagógico desenvolvido pelo inglês Joseph Lancaster (1778-1838) 
no final do século XVIII na Europa. Conhecido também por método monitoral ou mútuo. Difere dos métodos 
que o antecederam por utilizar alunos que se destacam dos demais como alunos monitores, responsáveis por 
contribuir para o ensino do restante do grupo. 
Ao fundar uma escola para atender crianças carentes na periferia de Londres (1798), Lancaster se 
deparou com a problemática que daria origem ao método: como instruir um número grande de alunos sem 
professores. A saída encontrada foi agrupar os alunos de acordo graus de conhecimento semelhantes e, 
paralelamente, selecionar alunos em níveis mais avançados e colocá-los como monitores em cada um desses 
grupos. 
O papel do professor tornou-se então o de instruir os monitores antes do início das aulas com ordens 
precisas e direcionadas para que eles fossem capazes retransmitir os conhecimentos dados pelo professor. No 
restante de seu tempo, o professor dirigia a escola: observa o desempenho dos monitores, controla o 
movimento de entrada e saída de alunos, mudanças de exercícios, etc. 
Para cada um dos agrupamentos havia um programa a ser desenvolvido em leitura, escrita e cálculo. 
Ao monitor cabia fazer o controle da classe e classificar os alunos em suas turmas de acordo com os saberes; 
portanto, cada aluno poderia participar de até três grupos diferentes de acordo com seu desenvolvimento em 
cada disciplina. 
ESCOLA 
A escola passou a ser uma obrigação do Estado. O ensino era excessivamente literário e pouco 
científico, as escolas insuficientes, os mestres sem qualificação adequada. A formação era nacionalista. 
Professores mal pagos e castigos físicos como prática frequente. Era visível a dualidade na educação – 
EDUCAÇÃO RELIGIOSA (ELITE) x ESCOLAS PPÚBLICAS (POVO). 
KANT E A EDUCAÇÃO NA FORMAÇÃO ÉTICA E MORAL DO INDIVÍDUO 
 CONHECIMENTO: Fruto da interação entre sujeito e objeto; 
 PAPEL DA EDUCAÇÃO: Desenvolvimento ético e moral nos indivíduos; 
 Agir moralmente é agir de uma determinada maneira simplesmente porque é o certo a fazer, não por 
causa de castigos ou recompensas; 
 A opção por agir desta e não daquela maneira não é inata nem natural, mas decorre da formação do 
indivíduo por meio da educação, de forma a torná-lo capaz de escolher com autonomia. 
 
 
 
 
 
IMPORTANTE 
COMÊNIO, O PAI DA DIDÁTICA MODERNA: O filósofo tcheco combateu o sistema medieval, defendeu o ensino 
de "tudo para todos" e foi o primeiro teórico a respeitar a inteligência e os sentimentos da criança. 
 
 
Pedagoga Fer Mendes Whatsapp: 62 99342 0331 @pedagogiatiraduvidas 
 
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Faça valer a pena 
1. Sobre a expansão do ensino público no século XIX, podemos afirmar: 
a) Ocorreu na maioria dos países da Europa, ao mesmo tempo e sem contradições. 
b) Ocorreu no Brasil e na Europa, com o objetivo de democratizar o acesso ao ensino. 
c) Foi mais evidente no Brasil por ser mais atrasado do que as metrópoles europeias. 
d) Foi diferente e atrasada no Brasil, que ainda possuía uma economia baseada no escravismo. 
e) Não teve relação com a Revolução Industrial. 
2. Considere as afirmações a seguir: 
I. O conhecimento depende principalmente da observação, da análise correta de dados empíricos. 
II. O conhecimento depende da observação e da interpretação correta por meio da razão, da inteligência. 
III. O conhecimento depende da inteligência, pois a realidade é impossível de ser compreendida corretamente pela observação pura. 
IV. Os sentidos podem levar ao erro, enquanto que a razão permite chegar à verdade pura. 
Assinale a alternativa correta. 
a) A afirmação II está mais próxima do criticismo kantiano. 
b) Kant defende o que se afirma em I e II como forma de chegar à verdade. 
c) Os empiristas estão representados na afirmação IV. 
d) A afirmação IV representa o modo como os idealistas, entre eles Kant, compreendem o conhecimento. 
e) Os empiristas, como Kant, concordariam com a afirmação III. 
3. Considere as seguintes

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