Buscar

poster processos patologicos (2)

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

Histórico
M.S.L, feminino, 58 anos, empregada doméstica, natural e residente de
Floresta-PE. Dá entrada no Pronto Socorro do Hospital Municipal com
queixa de intensa dor torácica nas últimas 24 horas, associada a dispneia,
desconforto em região de dorso e membro superior esquerdo, cansaço,
tontura e palpitações. Possui como patologias pregressas obesidade,
hipertensão arterial sistêmica (HAS) e diabetes mellitus além de histórico
tabagista fumando um maço de cigarro por dia nos últimos 30 anos. Pai
faleceu de Infarto Agudo do Miocárdio (IAM) há 15 anos com 55 anos de
idade. Mãe apresenta histórico de hipertensão e diabetes. No exame físico
paciente estava descorado, com leve cianose em extremidades, sem sinais
de Trombose Venosa Profunda e apresentava taquicardia. Ausculta
pulmonar: murmúrio vesicular preservado, sem ruídos adventícios. Pressão
Arterial de 170x130 mmHg. Nos exames complementares o ECG revelou
alterações sugestivas de IAM, arritmia e hipertrofia ventricular esquerda. O
eletrocardiograma evidenciou supradesnivelamento do segmento ST. No
hemograma observou-se a elevação de troponinas indicando lesão do
miocárdio. Observou-se em análises histológicas bandas de
hipercontração, miocardiócitos com cariólise, alargamento das fibras
musculares cardíacas e hipertrofia dos miócitos. A paciente foi
diagnosticada com IAM realizando o cateterismo e a angioplastia durante a
internação, além do implante de uma prótese metálica expansível (STENT).
Hipertrofia é o aumento do tamanho das células de um órgão ou tecido.
Diferencia-se da hiperplasia, em que ocorre aumento no número de
células. A hipertrofia pode ser uma adaptação fisiológica benéfica ao
organismo ou pode estar associada a doenças e possui três etiologias
principais: aumento da demanda funcional, indução por fatores de
crescimento e estímulo hormonal. No caso em comento, por se tratar de
um paciente com Hipertensão Arterial Sistólica (HAS), houve um aumento
da carga de trabalho, o que ocasionou aumento do débito cardíaco.
Ademais, o uso incorreto de anti-hipertensivos, tabagismo e etilismo são
fatores para HAS e hipertrofia do miocárdio. Dessa forma, para aumentar
sua capacidade de contrair e bombear o sangue, ocorre a hipertrofia do
coração. Para atender à demanda aumentada, ocorre aumento fracional na
síntese de proteínas para incrementar a força contrátil do tecido. 
Hipertrofia
Ventricular
No caso clínico a paciente teve o que chamamos de infarto branco do
miocárdio, que teve origem na obstrução coronariana, ou seja, a placa de
ateroma se rompeu subitamente gerando no miocárdio da paciente o
trombo, com isso, teve a interrupção da circulação sanguínea e levando ao
infarto do miocárdio, o fato da paciente ter hipertensão arterial sistêmica,
diabetes, ser tabagista, contribuíram para a obstrução da artéria
coronária, ou seja, formação de placas de ateroma no endotélio das
artérias coronárias. No infarto branco os órgãos mais comumente lesados
são os rins, o baço, o coração e o cérebro, o infarto vai gerar oclusões
arteriais (tromboembólica, compressiva) em um órgão sólido, com
circulação arterial terminal como o coração. A área afetada é pálida e afeta
a parede anterior do ventrículo esquerdo e o septo interventricular. ela
também pode ser amarelada, e tem a forma de cunha, com o vaso ocluído
no ápice, e a periferia do órgão na base. Podendo haver também, um halo
de hiperemia.
Infarto
A isquemia consiste na redução ou no bloqueio do fluxo sanguíneo para um
órgão ou parte do organismo, ou seja, fornecimento insuficiente de sangue
para os tecidos. Nessa patologia ocorre hipóxia ou anóxia e pode ser
causada por obstrução arterial, venosa ou da microcirculação.
Isquemia
ALMEIDA, Rafael Moura de et al. Caso 5/2010: homem de 41 anos de
idade portador de hipertrofia miocárdica com evolução para
insuficiência cardíaca congestiva. Arquivos Brasileiros de Cardiologia,
v. 95, n. 5, p. e112-e121, 2010. Disponível em:
<https://www.scielo.br/j/abc/a/76m3fkdH4hF3thh5fPwXDMB/?
lang=pt>. Acesso em: 17 mar. 2022.
BRASILEIRO FILHO, Geraldo. Bogliolo patologia geral. In: Bogliolo
patologia geral. 1998.
Caso Clínico: Infarto Agudo do Miocárdio - Ligas. SANARMED, 2020.
Adaptado. Disponível em: <https://tinyurl.com/2fsh679v>. Acesso em:
17 mar. 2022.
KUMAR, Vinay; ABBAS, Abul K.; FAUSTO, Nelson (Ed.). Robbins &
Cotran-Patologia. 9. ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2016.
REISNER, Howard M. Patologia: uma abordagem por estudos de caso.
Porto Alegre: AMGH, 2016.
Referências
CASO CLÍNICO: INFARTO AGUDO DO MIOCÁRDIO 
Edla Mayara Fernandes Vaz – 212006488 | Lorrane da Silva Ferreira – 190126159 | Mariana Quirino de Sa - 202025739
Legenda: Fig.6 - Corte transversal dos ventrículos: hipertrofia miocárdica dos
ventrículos esquerdo e direito e fibrose acentuada no miocárdio do ventrículo esquertro
(entre setas).
Fonte: ALMEIDA, 2022.
Figura 2 
Legenda: Em(A)miócitos cardíacos 12h após o infarto. Apresenta-se necrose isquêmica.
As fibras sofreram estresse mecânico e, por isto,são onduladas. Apresentam fibras
eosinofílicas e outras estão sem núcleo. (B)miócitos cardíacos anucleados e com sinais
de necrose dois dias após o infarto. 
Fonte: REISNER, 2016.
Figura 1

Outros materiais