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D. F. Shriver Xlomson Professor of Chemistry Northwestern University. Evanston, Illinois P. W. Atkins Professor of Chemistry, University of Oxford and Fellow of Lincoln College 3 "Edição 200501 1570 546 SHR Iqui 3.ed Tradução: Maria Aparecida B. Gomes Doutorado em Ciência (Química) pela IJFSCar Professora Adjunta do Departamento d: Química da Universidade Federal do Parsná Consultoria, supervisão e revisão técnica desta edição: Fábio Souza S u n e s Pós-Doutorado em Química Inorgânica pelo Department of Chemistry da Stanford University (EUA) Doutorado em Química Inorgânica pelo Lnstituto de Química da USP Professor Adjunto do Departamento de Química da Universidade Federal do Paraná Obrri «ri_cinalmèiite publicada sob o título Inor~riiiic Chemisrr!. 3rh Editioii O D. F. Shriver arid P. W. Atkiiis 1999 Pririieisri e seguiidn ediçóes óes D. F. Shriver. P. \V. Atkiiis and C. H. Langford 1990. 1994 Inoyriiiic Cheniiarr! 3/e foi origirialmente publicado eni língua iriglesa ein 1999. Tr:idu;ão autonzcida por acordo com a Osford Universit!. Press. ISBN O-19-879293.'; Capa: illrírio Rohii~~lr Preparaqão de Original: Darliel Gmssi e Wnlsoii Poiires Carpes Supcr\.isào editorial: A~ysiill~ri Jricqlres Affoi~so Editoraçào eletrônica: h s e r - Hoilse ' Resenados todos os direitos de publicação, em língua portuguesa! à ART~,ED@ EDITOIL4 S.A. (BOO&I,W@ COXIPmHIA EDITORA é uma divisão da ART>ED@ EDITORA S.A.) Av. Jerônimo de Ornelas, 670 - Santana 90030-340 - Porto .Alegre - RS Fone: (51) 3 3 3 0 - 3 M Fax: (51) 3330-2378 É proibida a duplicação ou reprodução deste volume, no todo ou em parte, sob quaisquer formas ou por quaisquer meios (eletrônico, mecânico, gravação. fotocópia, distribuição na WTeb e outros)? sem permissão expressa da Editora. S Ã 0 PAULO Av. Rebouças, 1.073 -Jardins 05401-150 -São Paulo - SP Fone: (1 1) 3062-3757'5 Fax: (1 1) 3062-2487 SAC 0800 703-3444 LIPRESSO XO BRASIL PRINTED IN BRAZIL Resumo dos conteúdos Parte 1 Fundamentos 19 1 Estrutura atômica 21 2 As estruturas dos sólidos simplas 55 3 Estrutura molecular e ligação 87 4 Simetria molecular 141 5 Ácidos e bases 167 6 Oxidação e redução 203 7 Complexos de metais do bloco d 239 Parte 2 A química sistemática dos elementos 281 8 Hidrogênio 283 9 Os metais 313 10 Os grupos do boro e do ca rbc~o 361 11 Os grupos do nitrogênio e do oxigênio 405 12 Halogênios e gases nobres i 3 9 Parte 3 Tópicos avançados 471 13 O espectro eletrônico dos cor;iplexos 473 14 Mecanismos de reação de co-plexos de meiais do bloco d 503 15 Compostos organometálicos co grupo principal 537 16 Compostos organometálicos 00s blocos d e f 575 17 Catálise 619 18 Estruturas e propriedades dor sólidos 653 19 Química bioinorgânica 683 Informação complementar 71 3 Apêndices 733 Respostas dos exercícios 775 Direitos autorais cedidos por rrrceiros 787 índice de fórmulas 789 Indice de assunto 795 Parte 1 Fundamentos 19 Estrutura atômica 21 A origem dos elementos 22 Nucleossíntese dos elementos leves 23 Nucleossíntese dos elementos pesados 25 A classificação dos elementos 26 A estrutura dos átomos hidrogenóides 28 Alguns princípios da mecânica quântica 29 Orbitais atômicos 30 Átomos multieletrônicos 35 Penetração e blindagem 35 O princípio da construção 39 Parâmetros atômicos 424, 'Leitura complementar 52 Exercícios 52 Problemas 53 2 As estruturas dos sólidos simples 55 O empacotamento de esferas 56 2.1 Células unitárias e a descrição da estrutura cristalina 56 2.2 O empacotamento compacto de esferas 57 2.3 Buracos nas estruturas de empacotamento compacto 58 As estruturas dos metais 59 2.4 Politipismo 60 2.5 Estruturas que não apresentam empacotamento compacto 60 2.6 Polimorfismo de metais 62 2.7 Raios atômicos de metais 63 2.8 Ligas 63 Sólidos iônicos 65 2.9 características das estruturas dos sólidos iônicos 66 2 10 A racionalização de estruturas 70 2.11 A energética da ligação iônica 74 2.1 2 Conseqüências das entalpias de rede 80 Leitura complementar 85 Exercícios 85 Problemas 86 3 Estrutura molecular e ligação 87 Estruturas de Lewis: uma revisão 87 3.1 A regra do octeto 88 3.2 Estrutura e propriedades de ligação 93 3.3 O modelo RPECV 97 A teoria da ligação de valência 99 -+ 3.4 A molécula de hidrogênio 99 3.5 Moléculas diatômicas homonucleares 100 3.6 Moléculas poliatômicas 101 \Teoria do orbital molecular 104 L&- 3.7 Uma introdução a teoria 104 3.8 Moléculas diatômicas homonucleares 107 3.9 Moléculas diatômicas heteronucleares 1 12 3.10 Propriedades de ligação segundo a teoria do orbital molecular 115 Orbitais moleculares de moléculas poliatômicas 117 3.1 1 A construção de orbitais moleculares 11 8 3.12 Moléculas poliatômicas em geral 120 3.13 Forma molecular em termos de orbitais moleculares 126 A teoria do orbital molecular de sólidos 128 3.14 Bandas de orbitais moleculares 129 3.15 Seniicondução 134 3.16 Supercondução 136 Leitura complementar 137 Exercícios 137 Problemas 138 5.9 Ácidos dos grupos do nitrogênio e do oxigênio 187 5.10 Ácidos de halogênio 189 Sistemáticas de ácidos e bases de Lewis 189 5.1 1 Os tipos fundamentais de reação 190 5.12 Ácidos e bases "duros" e "moles" 192 5.13 Parãmetros termodinâmicos de acidez 194 5.14 sol'ventes como ácidos e bases 196 Reações heterogêneas ácido-base 196 4 Simetria molecular 141 Leitura complementar 199 Introdução a análise de simetria 141 4.1 Operações e elementos de simetria 141 4.2 O grupo de ponto de moléculas 145 Aplicações de simetria 148 4.3 Moléculas polares 148 4.4 Ihloléculas quirais 149 As simetrias dos orbitais 150 4.5 Tabela de caracteres e legendas de Exercícios 199 Problemas 201 6 Oxidação e redução 203 Extração de elementos 203 6.1 Elementos extraídos por redução 204 6.2 Elementos extraídos por oxidação 210 - simetria 150 Potenciais de redução 21 1 4.6 A interpretação das tabelas de 6.3 Semi-reações redox 21 1 caracteres 152 6.4 Fatores cinéticos 215 4.7 A construção de orbitais moleculares 154 As simetrias das vibrações moleculares 156 4.8 Moléculas vibrando: os modos de vibração 156 Estabilidade redox em água 220 6.5 Reações com água 220 6.6 Desproporcionamento 222 6.7 Oxidação por oxigênio atmosférico 223 4.9 Considerações sobre simetria 158 Apresentação diagramática de dados Leitura complementar 170 potenciais 224 6.8 Diagramas de Latimer 224 Exercícios 171 6.9 Diagramas de Frost 227 6.10 Dependência do pH 230 Problemas 171 O efeito da formação de complexo nos potenciais 234 5 Ácidos e bases 167 , Acidez de Bronsted 167 5.1 Equilíbrio de transferência de próton em água 168 5.2 Nivelamento de solvente 172 Leitura complementar 235 Exercícios 235 Problemas 237 Tendências periódicas em acidez de Br~ns ted 174 5.3 Tendências periódicas na força de aquo- ácidos 175 5.4 0x0-ácidos simples 176 5.5 Óxidos anidros 179 5.6 Formação de compostos polioxo 1 80 7 Complexos de metais do bloco d 239 Estruturas e simetrias 240 7.1 Constituição 240 7.2 Ligantes representativos e nomenclatura 248 7.3 Isomeria e quiralidade 251 Acidez de Lewis 184 Ligação e estrutura eletrônica 255 5.7 Exemplos de ácidos e de bases de 7.4 Teoria do campo cristalino 255 Lewis 184 5.a Ácidos do grupo do boro e do carbono 186 , -. . -. 7.5 As estruturas eletrônicas de complexos 9 Os metais 313 tetracoordenados 262 7.6 Teoria do campo ligante 265 Propriedades gerais dos metais 313 Reações de complexos 270 0 s metais do bloco s 31 6 7.7 Equilíbrio de coordenação 270 9.1 Ocorrência e obtenção 31 6 7.8 Velocidades e mecanismos de substituição 9.2 Raações redox 31 7 de ligante 274 9.3 Compostos binários 317 9.G Formação de complexos 31 8 Leitura complementar 277 9.5 Oxidos ricos em metais, eletretos e Exercícios 277 olcaletos 320 Problemas 278 0 s metais do bloco d 321 . . 9.6 Ocorrência e obtenção322 9.7 Estados de oxidação elevados 323 Parte 2 A química sistemática dos 9.6 Estados de oxidação intermediários 330 elementos 281 9.9 Compostos dos metais d com ligação metal-metal 333 8 Hidrogênio 283 O elemento 283 Propriedades nucleares 284 Átomos de hidrogênio e íons 285 Propriedades e reações do di-hidrogênio A classificação de compostos de hidrogênio 289 Compostos moleculares 289 Hidretos salinos 292 Hidretos metálicos 294 Síntese e reações dos compostos de hidrogênio 295 Estabilidade e síntese 295 Padrões de reação de compostos de hidrogênio 297 Hidretos deficientes em elétrons do grupo do boro 299 8.9 Diborano 299 8.10 O íon tetrahidroborato 303 9.1 0 Caráter nobre 338 9.1 1 Sulfetos metálicos e sulfeto-complexos 340 0 s elementos do Grupo 12 343 9.12 Ocorrência e obtenção 343 9.13 Reações redox 343 286 9.14 Química de coordenação 344 Os metais do bloco p 345 9.15 Ocorrência e obtenção 346 9.16 Grupo l31III 346 9.17 Estanho e chumbo 349 9.18 Bismuto 350 0 s metais do bloco f 351 9.13 Ocorrência e obtenção 351 9.20 Lantanídeos 352 9.21 Actinídeos 355 Leitura complementar 358 Exercícios 358 Problemas 360 8.1 1 Os hidretos de alumínio e de gálio 304 Hidretos com número de elétrons exatos do 10 Os grupos do boro e do grupo do carbono 305 carbono 361 8.12 Silanos 305 8.13 Germanos, estananos e plumbanos 307 Compostos ricos em elétrons dos Grupos 1 5 N ao 17Nll 307 8.14 Amônia 307 8.15 Fosfina, arsina e estibina 308 8.16 Água 309 8.1 7 Sulfeto de hidrogênio, seleneto e telureto 309 8.18 Haletos de hidrogênio 310 Leitura complementar 31 0 Os elementos 361 O grupo do boro (Grupo 13A11) 362 10.1 Ocorrência e obtenção 363 10.2 Compostos de boro com os elementos ektronegativos 364 10.3 Agregados de boro 370 10.4 Síntese de boranos superiores e de boro-hidretos 375 10.5 h.letaloboranos 379 ,I 10.6 Carboranos 379 Exercícios 31 0 Problemas 31 1 O grupo do carbono (Grupo 14lIV) 381 Ocorrência e obtenção 381 Diamante e grafite 382 Compostos de carbono com os elementos eletronegativos 387 Carbetos 392 Silicio e germânio 394 Compostos de silício com elementos eletronegativos 394 Compostos de silício-oxigênio estendidos 395 Aluminossilicatos 397 Silicetos 400 Leitura complementar 401 Exercícios 401 Problemas 402 11 Os grupos do nitrogênio e do oxigênio 405 Os elementos 405 O grupo do nitrogênio 406 11 . I Ocorrência e obtenção dos elementos 406 1 1.2 Ativação do nitrogênio 409 11.3 Haletos 410 . 11.4 Óxidos e a química redox aquosa 412 11.5 Compostos de nitrogênio com fósforo 421 O grupo do oxigênio 422 1 1.6 Ocorrência e obtenção dos elementos 422 11.7 Haletos 426 11.8 Oxigênio e os óxidos do bloco p 426 11.9 Óxidos metálicos 431 1 1.10 Sulfeios selenetos e teluretos, metálicos 432 1 1.1 1 Compostos de anéis e agregados do bloco p 432 I Leitura complementar 435 I Exercícios 436 I Problemas 437 - --- - 12 Halogênios e gases nobres 439 0 s elementos 439 Halogênios (Grupo 17Nll) 441 12.1 Ocorrência e obtenção 441 12.2 Tendências nas propriedades 442 12.3 Pseudo-halogênios 445 12.4 . Inter-halogênios 446 12.5 Complexos de halogênios e polialetos 449 12.6 Compostos dos halogênios com o oxigênio 451 12.7 Fluorocarbonos 462 Gases nobres (Grupo 18NIll) 463 12.8 Ocorrência e obtenção 464 12.9 Compostos 465 Leitura complementar 468 Exercícios 468 Problemas 469 Parte 3 Tópicos avançados 471 13 O espectro eletrônico dos complexos 473 O espectro eletrônico dos átomos 474 13.1 Termos espectroscópicos 474 13.2 Termos de uma configuração d 476 O espectro eletrônico dos complexos 480 13.3 Transições de campo ligante 480 13.4 Bandas de transferência de carga 484 13.5 Regras de seleção e intensidades 486 13.6 Luminescência 490 13.7 Espectro dos complexos do bloco f 491 13.8 Dicroísmo circular 492 13.9 Ressonância paramagnética eletrônica 493 Ligação e espectro dos compostos com ligação M-M 495 13.10 O fragmento VIL, 495 13.1 1 Complexos binucleares 496 Leitura complementar 499 Exercícios 499 Problemas 500 14 Mecanismos de reação de cornplexos de metais do bloco d 503 Reações de substituição do ligante 503 14.1 Padrões de reatividade 504 14.2 Classificação de mecanismos 505 Substituição em complexos quadrado- planares 507 14.3 A nucleofilicidade do grupo de entrada 508 14.4 A forma do complexo ativado 51 0 14.5 O caminho k, 512 Substituição em complexos octaédricos 513 14.6 Leis de velocidade e sua interpretação 513 14.7 A ativação de complexos octaédricos 514 14.8 Estereoquímica 51 8 14.9 Hidrólise básica 51 8 14.10 Reações de isomerização 520 14.1 1 Envolvimento do ligante: migração de alquila e inserção de C 0 521 Reações redox 522 14.12 A classificação das reações redox 522 14.13 A teoria de reações redox 523 14.14 Adição oxidativa 528 Reações fotoquímicas 529 14.15 Reações imediatas e retardadas 530 14.16 Reações de transferência de carga e d-d 530 14.17 Transições em sistemas com ligação metal-metal 531 Leitura complementar 532 Exercícios 532 Problemas 533 15 Compostos organometálicos do grupo principal 537 Classificação, nomenclatura e estrutura 538 15.1 Nomenclatura 538 15.2 Comparação com compostos de hidrogênio 539 15.3 Estrutura e ligação 539 15.4 Estabilidade 541 15.5 Síntese 542 15.6 Padrões de reação 544 Compostos iônicos e elétron-deficientes dos Grupos 1,2 e 12 549 15.7 Metais alcalinos 549 15.8 Metais alcalinos terrosos 551 15.9 O grupo do zinco 553 Compostos elétron-deficientes do grupo do boro 554 15.10 Compostos organoboro 554 15.1 1 Compostos organoalumínio 556 15.12 Compostos organornetálicos de gálio, índio e tálio 558 , . Compostos com número exato de elétrons do grupo do carbono 559 15.13 Compostos organossilício 559 15.14 Compostos organometálicos de germânio, estanho e chumbo 567 Compostos ricos em elétrons do grupo do nitrogênio 568 15.15 Compostos organometálicos de arsênio, antimônio e bismuto 568 15.16 Compostos catenados e com ligações múltiplas 571 Leitura complementar 572 Exercícios 572 Problemas 573 16 Compostos organometálicos dos blocos d e f 575 Ligação 577 16.1 Contagem de elétrons de valencia 577 16.2 Números de oxidação e cargas formais do ligante 581 Complexos carbonílicos do bloco d 582 16.3 Monóxido de carbono como ligante 582 16.4 Síntese de complexos carbonílicos 584 16.5 Estrutura 585 16.6 Propriedades e reações 588 Outros compostos organometálicos 595 16.7 Hidrogênio e ligantes de hidrocarboneto de cadeia aberta 595 16.8 Complexos de polieno cíclico 601 16.9 Reatividade dos compostos organometálicos do início dos blocos d e f 607 Ligação metal-metal e agregados metalico~ 609 16.10 Estrutura 609 16.1 1 Síntese 61 1 16.12 Reações 613 19 Química bioinorgânica 683 Os elementos dos sistemas vivos 684 19.1 As funções biológicas dos íons metálicos 684 Leitura complementar 61 6 19.2 A bioquímica do cálcio 687 19.3 Transporte e armazenamento de Exercícios 61 6 Problemas 617 oxigênio 687 Enzimas que participam de catálise ácida 693 19.4 Anidrase carbônica 694 19.5 Carboxipeptidases 695 17 Catálise 619 Princípios gerais 620 17.1 Descrição dos catalisadores 623 17.2 Propriedades dos catalisadores 623 Catálise redox 697 19.6 Proteínas ferro-enxofre e ferro não-heme 698 19.7 Citocromos da cadeia de transporte de elétron 700 Catálise homogênea 623 17.3 Etapas catalíticas 624 17.4 Exemplos 627 19.8 Enzimas do citocromo P-450 703 19.9 Coenzima B,, 705 19.10 Fixação de nitrogênio 707 19.1 1 Fotossíntese 708 Catálise heterogênea 637 17.5 A natureza dos catalisadores heterogêneos 637 17.6 Etapas catalíticas 641 17.7 Exemplos 643 Metais na medicina 710 Leitura complementar 71 1 Exercícios 71 1 Leitura complementar 649 Problemas 712 Exercícios 650 Problemas 651 Informação complementar 715 1 Nomenclatura717 2 Ressonância magnética nuclear 723 3 Teoria de grupo 727 18 Estruturas e propriedades dos sólidos 653 Apêndices i Alguns princípios gerais 653 Defeitos 654 Compostos não-estequiométricos 627 Diiusão de átomo e íon 659 1 Propriedades eletrônicas dos elementos 733 2 Potenciais-padrão 735 3 Tabelas de caracteres 757 4 Orbitais de simetria adaptada 765 5 Diagramas de Tanabe-Sugano 771 Óxidos e fluoretos modelares 662 Monóxidos dos metais 3 d 662 Óxidos superiores 664 Vidros 672 Respostas aos exercícios 775 Direitos autorais cedidos por terceiros Sulfetos modelares e compostos relacionados 674 Compostos MS, em camadas e intercalação 674 Fases de Chevrel 678 índice de fórmulas 789 índice de assunto 795 Leitura complementar 680 Exercícios 680 Problemas 681 Os sere capítlrlos desta parre do lii91.o aborrla17i osfroicla~rier~tos da qlrNnica iiiorgcirzica. Ospi.ir~i~iros qiratro capít~rlos trnta~rl do eirteridirr~e~~to das estr.~ltlrr-as dos Ntorrios. das rrloiéc~llris e c1o.r só- lidos, em termos da teoria qlrântica. Pelo fato de qire todos os rnode/os de ligação estão baseados rzas propriedades atô~r~icas, a estrlrturzl atômica está descrita no Capítlrlo 1. O capítiilo se- glrirlre oferece wnci clescrição do rnodelo de ligação ~na i s sirn- ples, a ligação iônica, em tennos rins estrrltliras e pl-opriedades dos sólidos iônicos. Iglinirrierlte, o Capítiilo 3fa: urna descrição das propriedades da ligação covalerlte. aprese~ztarido a estnitu- ,n rrloleclilar em tennos de teorias sojsticaticis de modo crescen- te. O Capítrrlo 4 mostra c o ~ ~ i o idéias i~ltiiitivas sobre a sinietria podem se]- tmnsfor-madas em argumentos precisos, e então usa- das para discutir a ligação, as proprierkldesfísicas e as vibra- ções de ~noléclrlas. Os dois capítulos segiiintes introduzem dois tipos de reações' jirildamentais. O Capítrilo 5 descreve as reações de ácidos e ba- ses resliltarites da tmilsferência de um próto11 ou do co~npartilha- rnento depares de elétrons. Militas reações podem ser e-rpressas COIIIO um tipo orr como o outro, e a introdlição desses tipos de reações ajiida a sistemati:ar a química i~iorgânica. O Capítiilo 6 apresenta olttra categoria principal de reação qlrímica, aquela que ocorre pela oxidação e pela rediição, e mostra como os da- dos eletroquímicospodenl ser ~rsados paro sistemnti:ar lima lar- ga espécie de reações. O Capítirlo 7 tmz essesprincípios jiintos, tratando os coni- postos de cool-denaçiio formados pelos metais do bloco d. Aqui observarnos ajiinção da simetria na determinação das estr~it~r- m s eletrônicas de moléculas e encontraiizox alglrmas idéias ele- mentares sobre como as reações acontecem. A origem dos elementos I . 1 Nucleossíntese dos elementos leves 1.2 Nucleossíntese dos elementos pesados 1.3 A classificação dos elementos A estrutura dos átomos hidrogenóides 1.4 Alguns princípios da mecânica quântica 1.5 Orbitais atômicos Átomos multieletrônicos 1.6 Penetração e blindagem 1.7 O princípio da construção 1.8 Parâmetros atômicos Leitura complementar Exercícios Problemas Estrutura Este capírirlo iiitiodrc: O coirceiro atira1 clií origeiii e iiariire:ci da matéria eiii iiosso sisfeiiia solai: As propric~clri~l~~.~ circiiiiicas dos elenteiiros seino discirridas e i-esiri~iireiiios coiiio ( i esri.irrirra arô- mica está oqaiii:arlri eiii 1-elaçâo ao co~ii~ortrii~i~!iiro (10s elérroiis nos átoiiios. Rei,isaPeinos a teildêircia lios pnrLinerros atôi~iicos, como o raio e a difereiiça eirrre os rzíirefs rIe eiic~igia, e explicare- mos estas te~idêiicias qiraiiro aos resirltrrr1o.r ~ici reoii~i qirliiiíica. Os coriceiros da teoria qlrân'tica'seriío iii:rodii:idos q~in1itarii.w- mente, coiii êiifcise eiiz represeiztações iliistlntir~as. ein do ri- gor niareiiiárico. Alguns dos parciineti-os arôniicos eircotitrndos nos ciirsos iniciais, tais coino inios atôinico e i&iico, eiiergia de ionizaçáo, aj ir ihde elerrôiiica e elerroiiegatir~idade, serão revi- sados. iVos cqítulos posteriotzs, \!ei.eiiios qirNo iíreis siío esses par&inetros para organizar as retidêiicias iiirs piopriedadesfísi- cas e qzcílnicas e as esrrirt~rras dos coinpostos iilorgâiiicos. A observacão de que o universo está em expans5o conduziu à vi-' são atual de que a cerca de 15 billiões de anos atrás ele estava concentrado em uma região semelhante a uni ponto que explo- diu. Um evento chamado Big Bang. Com temperaturas iniciais imediatamente após o Big Bang de cerca de 10' K, as partículas fundamentais produzidas na explosão tinham muita energia ciné- tica para se unirem nas formas que conhecemos hoje. Entretanto, o universo resfriou à medida que expandiu, as partículas move- ram-se mais lentamente, e, então logo começaram a aderirem umas às outras sob a influência de uma variedade de forças. Em particular, a força forte, uma força atrativa poderosa, mas de curto alcance, entre núcleons (prótons e nêutrons), uniu essas partículas dentro do núcleo. A niedida que a temperatura decres- ceu, a força eletromagnética, uma força relativamente fraca, mas de longo alcance, entre cargas elétricas, ligaram elétrons ao núcleo para formar átomos. As propriedades das partículas subatômicas que necessita- mos considerar na química estão resumidas na Tabela 1.1. Os 1 10 elementos formados a partir dessas partículas subatômicas são di- ferenciados por seu núniero atômico, z, o número de prótons no núcleo de um átomo do elemento. Muitos elementos apresentam vános isótopos, OS quaiS Sã0 átomos com o mesmo númyo atô- mico, mas com massas atômicas diferentes. Esses isótopos se di- ferenciam pelo número de massa, A, o número total de prótons e nêutrons no núcleo; A é também algumas vezes denominado mais apropriadamente "número de núcleons". O hidrogênio, por exem- plo, possui três isótopos. Em cada caso, Z = 1, indicando que o Tabela 1.1 Partículas subatõmicas de relevância a química Número Partícula Símbolo Masslu' de massa Carga16 Spin Elétron e- 5,486 x 1 O-" O -1 - I 2 Próton P 1,0073 1 +1 - I Nêutron n 1,0087 1 O - I Fóton Y O O O 1 1' o Neutrino c. O O - I Partícula a u [ núcleo j ,~e'* l 4 +2 O Partícula p P [ e- expulso O -1 - I do núcleo] Fóton y Y [radiação O O 1 eletromagnética do núcleo] ' Massas expressas em unidades de massa atomica, u, com i u = 1,6605 x 10.'' Kg t A caga elementar e e 1,602 x 10-'' C. núcleo contém um próton. O isótopo mais abundante tem A = 1, simbolizado por 'H: seu núcleo consiste de somente um próton. Menos abundante é o deutério (somtnrs 1 átomo em 6000 átomos), com A = 2. Esse número de massa indica que. além ds iim pró- ton, o núcleo contém um nêutron. A designação formal do deutério é 'H, mas els í nor- malmente simbolizado por D. O terceiro é o isótopo radioativo do hidrogênio. ds \ida curta, o tritio ( 3 ~ , OU T). Seu núcleo consiste de um próton e dois nêutrons. Em certos casos é útil mostrar o número atômico do elemento corno um sufixo à esquerda: asjiin os três isótopos do hidrogênio seriam simbolizados por :H, ;H e :H. A origem dos elementos Se as visões atuais estão corretas, cerca de 2 horas após o início d o universo a tsmpt- ratura havia caído tanto que a maioria da matéria estava na forma ds átomos ds hidro- gênio (89%) e de átomos de hélio (1 1%). Por um lado, quase nada tinha acontecido desde então, como mostra a Figura 1 . l ; os átomos de hidrogênio e de hélio psrmans- ceram os dois elementos mais abundantes no universo. Entretanto, as reações nuslea- res formaram uma grande coleção dt= outros elementos e têm imensamente enriqueci- do a vaiiedade de matéria no universo. Número atômico Figura 1.1 Abundâncias dos elementos no universo. Elementos com Zímpar são menos está- veis do que seus vizinhos com Zpar. As abundâncias referem-se ao número de átomos de cada elemento em relação ao Si, considerado 10'. i .i Nucleossíntese dos elementos leves As primeiras estrelasresultaram da condensação de nuvens de átomos de H e ds He. A compressão dessas nuvens sob influência da gravidade aumentou a tempsranira e a densidade, e reações de fusão iniciaram à medida que os núcleos se uniram. As prin~si- ras reações nucleares estão estreitamente relacionadas iquelas que vêm sendo sstuda- das com relação ao desenvolvimento de fusão nuclear controlada. Energia é liberada quando núcleos leves fundem-se para originar elemsntos ds nú- niero atômico mais elevados. Por exen~plo, a reação nuclear na qual uma partícula cx (um núcleo ' ~ e , consistindo de dois prótons e dois iiêutrons) se funde com um núcleo de carbono 12 para originar um núcleo de oxigênio 16 e um fóton de raios y (y) i: Esta reação libera 7,2 M ~ v . ] As reações nucleares são muito mais energéticas do que as reações químicas normais, porque a forca de ligação é muito mais forte do que a for- ça eletromagnética que liga os elétrons aos átomos. Enquanto que uma reaqão quími- ca típica pode liberar cerca de 10' kJ mol-I, uma reação nuclear libera normalmsnte um milhão de vezes mais energia, cerca de 10' kJ mol-I. Nessa equaqão nuclsar. o nu- clídeo, um núcleo de número atômico Z e número de massa A, é designado ;E. on- de E é o símbolo químico do elemento. Note que, numa equação nuclear balanceada, o valor da soma do número de massa dos reagentes é igual à do número de massa dos produtos (12 + 4 = 16). A soma dos números atômicos também é igual (6 + 2 = S) da- . . do que um elétron, e-, quando aparece como uma partícula p, é simbolizado por -;e e um pósitron, e', é simbolizado por :e. Um pósitron é uma versão carregada positiva- mente de um elétron: possui número de massa zero e uma única carga positiva. Quan- do ele é emitido, o número de massa do nuclídeo permanece constante, mas o número atôinico diminui em 1 porque o núcleo perdeu uma carga positiva. Sua emissão s' squi- valente à conversão de um próton a um nêutron no núcleo: ip -ti n + e' i . Um neutrino, v, é eletricamente neutro e possui uma massa muito pequena (provavelmsn- te zero). Elementos de números atômicos superiores a 26 foram formados no interior das es- trelas. Tais elementos são os produtos das reações de fusão nuclear conhecidas como "queima nuclear". As reações de queima, que não devem ser confundidas com reacões químicas de combustão, envolveram núcleos de H e de He e um ciclo de fusão compli- cado catalisado por núcleos de C. (As estrelas que se formaram nos primeiros está3os da evolução do cosmos ~ i ã o possuiam núcleos de C e usaram reações de queima de H não-catalisadas). Algumas das mais importantes reacões nucleares no ciclo são: Captura do próton (p) por carbono 12: ~ N + Y Decaimento do pósitron acompanhado 13 por emissão de neutnno (v): N d f ~ + e ' + v 13 Captura de próton por carbono 13: C+:P* ~ N + Y Captura de próton por nitrogênio 14: 13 N+tp-:0+y Decaimento de pósitron acompanhada por emissão de neutrino: : O ~ ? N + ~ + + V Captura de próton por nitrogênio 15: O resultado líquido dessa seqüência de reações nucleares é a conversão de quatro pró- tons (quatro núcleos de 'H) em uma partícula a (um núcleo de ' ~ e ) : ' Um elétron-volt (1 eV) é a energia necessária para movimentar um elétron quando submetido a uma me- rença de potencial de l V. Segue que l eV = 1,602 x Io-"J, equivalente a 96,48 kJ mol-'; l MeV = 10' eV. As reações em cadeia são rápidas a temperaturas entre 5 e 10 MK (onde 1 '.[I; = 106 K). Aqui temos outro contraste entre reações químicas e nuclearzs, porque 23 re,ições químicas oconem a temperaturas cem mil vezes nienores. Colisões m~dercd~iriisiite enzrgéticas entre espécies podem resultar em mudaiiçn química, mas sonienr: colisões altamente vigorosas podem sobrepor a barreira de ativação típica da maiori.1 d ~ x pro- cessos nucleares. Elen~entos mais pesados são produzidos em quantidades significativas quando a quei- ma de hidrogênio é completa e o colapso no centro da estrela aumenta a densid~ds pa- ra 1 0 % ~ m-' (cerca de lo5 vezes a densidade da água) e a temperatura para 100 hIK. Sob estas condições extremas, a queinia do hélio toma-se viávzl. A baixa abundincia do benlio no universo, atualmente, é compatível com a observação de que o :Bs for- mado por colisões entre partículas, a continuam a reagir com mais partícul~s a para produzir o nuclídeo de carbono mais estável, I,? C : Então, o estágio de queima do hélio da evolução estelar não resulta na forniaç3o de be- nlio como um produto final estável, por razões similares, também resulta zni concen- trações baixas de lítio e de boro. As reações nuclearzs que conduzem a estes tr@s ele- mentos ainda são incertas, mas eles podem resultar da fragmentação de nú:leos de C, N e O por meio de colisões com partículas de alta energia. i Os elementos também podem ser produzidos por reações nucleares. r i s como captura de nêutrons (n) acompanhadas de emissão de próton. : Esta reação continua ainda na atmosfera como resultado do impacto de raio; cósmicos e contribui para a concentração de estado estacionário o carbono 14 reativo na Tzrra. I A abundância de ferro e de níquel no universo é consistente com o fato ds 212s pos- . suírem os núcleos mais estáveis. Esta estabilidade é expressa em termos dz energia de ligação, a qual representa a diferença em energia entre o próprio núcleo e o mesmo nú- mero de prótons e nêutrons. Esta energia de ligação é frequentemente apresr;ltada co- L mo uma diferença em massa entre o núcleo e seus prótons e nêutrons, pois de acordo com a teoria da relatividade de Einstein, massa e energia estão relacionad& por E = rnc', onde c é a velocidade da luz. Deste modo, se a massa do núcleo difere da massa to- tal de seus componentes por Am = m,, ,,,,,, - m,, ,,,,, então sua energia de ligzção é: t 1 1 o Eligag" = ((bmc2 (1) Uma energia de ligação positiva corresponde a um núcleo que tem uma energia menor (e massa menor), mais favorável, do que seus núcleons constituintes. A en:r,oia de li- gação do 5 6 ~ e , por exemplo, é a diferença em energia entre o núcleo 5 6 ~ e e 26 prótons e 30 nêutrons. A Figura 1.2 mostra a energia de ligação (expressa como uma energia por núcleon, O 40 80 120 160 200 240 dividindo a energia de ligação total pelo número de núcleons) para todos os elementos, Número de massa e podemos ver que o ferro (e níquel) localizados no máximo da curva, mostra que seus núcleons estão ligados mais fortemente do que em qualquer outro nuclídeo. \Iais difí- ~i~~~~ Energias de nucleares, cil de discernir nesta cunra é a alternância das energias de ligação à medidz que o nú- Quanto maior a Energia de ligação, mais es- mero atômico v&a de ímpar a par; há uma alternância correspondente nas abundân- tável é o núcleo. O nuclídeo mais estável é cias cósmicas, com nuclídeos de número atômico par sendo ligeiramentz mais abun- $Fe . dantes do que aqueles de número atômico ímpar. O iiiílirero rle rilasscr rir~clerrr e ( I crirga rotrrl sáo coiiseí-iiados eiii rençdes ii~~cIr.circ*~: riiirn grcirirle ei~ergiri de ligriçfio sigrlificr~ r1111 izlícleo esrríi3eI. Os eleitieilros iiiiiis 1ri.L.s ~)riyiiia- rciiii-se de reações tiirclerrres nas estwlas, fori~inrfas de Iridrogêriio e Iie'lio pririiirii~~~.z. 1.2 Nucleossíntese dos elementos pesados Pelo fato de os núcleos próximos ao ferro serem os mais estáveis, os elementos mais pesados são produzidos por uma variedade de processos que consomsin energia. Es- ses processos incluem a captura de nêutrons livres, os quais não estão presentes nos primeiros estágios da evolução estelar, mas são'broduzidos mais tarde em reaq6es tais como: Sob condições de intenso fluxo de nêutrons, como em uma supemova (a esplosao de uma estrela), um dado núcleo pode capturar uma sucessão de nêutrons e tomar-se pro- gressivamente um isótopo mais pesado. Entretanto, chegará um momento no qual o núcleo expulsará um elétron de um núcleo como uma partícula /3 (um elétron aveloci- dade alta, e-). Devido ao decaimento p não alterar o número de massa do nuclídeo. mas aumentar seu número atômico por 1 (a carga nuclear aumenta em 1 unidade quando um elétron é expelido), um novo elemento é formado. Um exemplo é: 98 95 Captura de nêutrons: 42Mo +O n + ~ ? hio + y Seguida por decaimento P 99 acompanhado por emissão de neutrino: : : ~ o d ~ ; ~ c + e - + v O nuclídeo filho, o produto de uma reação nuclear ( :!TC , um isótopo de tecnscio, neste exemplo), pode absorver outro nêutron, e o processo pode continuar gradual- mente formando os elementos mais pesados. N~rclídeos mais pesados são formados em processos q:re incluem a captura de 11ê:rrroiis se- guida por decaiinento P. .................................................................................................................. Exemplo 1 .I Balanceamento de equações para reações nucleares A síntese de elementos pesados ocorre em reações de captura de nêutrons e acredita- va-se que ocoma no interior de estrelas frias "vermelhas gigantes". Uma das reações é a conversão de 3;zn a :;Ga por captura de nêutron para formar : i ~ n , o qual então sofre decaimento p. Escreva as equações nucleares balanceadas para este processo. Resposta: A captura de nêutrons aumenta o número de massa de um nuclídeo em 1, mas deixa o número atômico (e, portanto, a identidade do elemento) inalterado: O excesso de energia é eliminado como um fóton. No decaimento P, a,perda de um elétron do núcleo deixa o número de massa inalterado, mas aumenta o número atôrni- co em 1. Devido ao zinco ter um número atômico 30, o nuclídeo filho tem Z = 31. cor- respondendo ao gálio. Deste modo, a reação nuclear é: De fato, um neutrino tarnbim é emitido. mas isto 1150 pode ser iilferido dos dados, pois um neutrino não possui re;iln~ente iniissii e é eletriciiiuente neutro. .................................................................................................................. Teste seus conhecimentos 1 .I Escreva a equaçáo nuclear balanceada para a captura de nêutron por ::6r. .................................................................................................................. 1.3 A classificação dos elementos Algumas substâncias que agora recoiihecem~os como elementos quíiiucos j i eram co- nhecidas desde a antiguidade, como carbono, enxofre, ferro, cobre. prata, ouro e mer- cúrio. Os alquimistas e seus sucessores imediatos, os primeiros quíniicos, adicionaram cerca de 18 elementos ein 1800. Naquele tempo, o precursor do conceito moderno de um elemento tinha sido formulado como uma substfincia formada por um único tipo de átomo (hoje. naturalniente, por "tipo" de átomo. entendemos um Lítomo com uin nú- mero atômico particular). Em 1800, um grande núiiiero de técnicas experimentais es- tavam disponíveis para a conversão de óxidos e outros compostos e111 elementos. Es- sas técnicas foram intensificadas consideravelmente pela introduqao da eletrólise. A lista de elementos cresceu rapidamente no final do siculo 19. Em parte. como resulta- do do desenvolvimento da espectroscopia atômica, na qual átomos de um elemento particular excitados termicamente emitiam radiação eletromagnética com um único padrão de freqüências. Essas observações espectroscópicas tomaram muito mais fácil detectar elementos desconhecidos previamente. (a) Padrão e periodicidade Uma útil divisão ampla dos elementos é classificá-los como metais e não-metais. 0 s elementos metálicos (tais como ferro e cobre) são tipicamente lusirosos, maleáveis, dúcteis e sólidos eletricamente condutores em temperatura ambiente. Os não-metais são frequentemente gases (oxigênio). líquidos (bromo) ou sólidos (enxofre) que não conduzem eletricidade apreciavelmente. As implicacões químicas desta classificação são devidamente esclarecidas no curso introdutório de química: 1 Elementos metálicos combinam-se com elementos não-metálicos para dai com- postos tipicamente duros, sólidos não-voláteis (por exemplo, cloreto de sódio). 2 Os não-metais, quando combina uns com os outros, formam frequentemente com- postos moleculares voláteis (tais como tricloreto de fósforo). \ 3 Quando metais se combinam (ou simplesmente se misturam). produzem ligas que possuem a maioria das características físicas dos metais. Uma classificaqão mais detalhada dos elementos foi proposta por D. I. Mendeleev em 1869, tomaildo-se conhecida dos químicos como tabela periódica. Mendekev orde- nou os elementos conhecidos e m ordem crescente de peso atômico (massa molar). Es- sa organização resultou em famílias de elementos com propriedades químicas simila- res, as quais ele distribuiu em grupos na tabela periódica. Por exemplo, as fórmulas se- guintes, para os compostos de alguns elementos com hidrogênio, indicam que os ele- mentos pertencem a dois grupos diferentes: C H, NH, SiH, PH3 GeH, AsH, S nH, SbH, O~itros coiiipostns destes elsmsntos mostrar11 similaridiidss na famíl i~. coiiio nas fór- ili~i]as CF, e SiF, rio prinisiro grupo, e NF, e PF, no sspuiido. Mendcleev concentroti-se nas propriedades quíniicas dos elenisiiros. Ao nissmo [clnpo, Lottiar Meyer, na Alemanha, estava investigando ns propriediidcs físicas e des- cobriu que stalores similares repetiam-se periodicaments com o a~iiii?iii~ iio peso ato- iiiico. Um exernplo clássico í niostrado na Figura 1.3, na qiial o volunic molar do els- niento (ssu volume por iiiol de átomos) eiii sua forma noi-mal é reprss,-iitado gsafica- iiisiitz em funçáo do número atômico. Mendeleev demonstrar com grande êxito a utilidads d;i tabela psri6Jica. predizsri- do corretalliente as propriedades químicas gerais, tal coiiio o número J s lisações que os elementos formam e tanibéni previu lacunas em sua tabela periódica original para ssrem ocupadas por elementos desconhecidos. O mesmo processo conclusivo das tsii- dincias periódicas é utilizado ainda por q uíniicos inorgânicos para racionalizar as ten- dèiicias nas propriedades físicas e químicas dos compostoj e sugerir ii síiirsss de com- postos previamente dssconhecidos. Por exemplo' reconhscendo qus c. carbono e o si- lício são da mesma família, a existência de alceiios (R,C=CRI) indica qus R2Si=SiR, pode existir também. Compostos com duplas ligações silício-silício (disi- lilalcenos) existem de fato, mas foi somente eni 1981 qus químicos inorghicos tivs- i-am êxito no isolamento de um composto estável desta família. Os elerizeiitos sCo ni~zplaiiieiite divididos eiiz iirernis e tz~io-iiietais, de ncoi;!o c0111 s~raspro- priedadesfísiccis e quíri~icas: a oi~aiii:açGo doos eleriieiitos lia foi7iza sei1:siiiarrte ci iiioder- i10 da tabela periódica deveu-se a Merideleel: (b) A tabela periódica moderna A estrutura geral da tabela periódica moderna se mostra familiar aos pnnisiros cursos de química (Figura 1 .?), e o que segue é uma revisão. Os elementos - - .>tio . ordenados em relação ao número atôniico, e não ao peso atômico. O número atõxico nos indica o número de elétrons presentes no átomo e deste modo P um valor mris fundamental. As linhas horizontais da tabela são denominadas períodos e as colunas c50 denoniina- -0 10 20 30 40 50 60 70 80 CC 100 Número atômico, Z Figura 1.3 A periodicidade do volume molar em funçáo do número atômico. VIII I II - li1 IV v VI Vil 2 bloco f Figura 1.4 A estrutura geral da tabela periódica. As áreas pintadas indicam os elementos do grupo principal. Compare este modelo com a tabela completa no verso da capa para as identida- des dos elementos que pertencem a cada bloco. - das grupos.' Frequentemente usamos o número do gmpo para designar a posição geral de um elemento, como por exemplo "gálio está no gmpo 13"; alternativamente, o ele- mento mais leve do gmpo é usado para designar o grupo, como em "gálio é um mem- bro do gmpo do boro". Os membros do mesmo grupo de um dado elemento são deno- minados congêneres daquele elemento. Então, sódio e potássio sãocongêneres do iítio. A tabela periódica é dividida em quatro blocos, indicados na Figura 1.4. Os ele- mentos dos blocos s e p são coletivamente denominados elementos do grupo princi- pal e, os elementos do bloco d (frequentemente com exceção do Gmpo 12, zinco, cád- mio e mercúrio) são coletivamente citados como elementos de transicáo. Os elemen- tos do bloco f são divididos na série mais leve (números atômicos de 57 a 71) denomi- nados lantanídeos e, na série mais pesada (números atômicos de 89 a 103) denomina- * dos actinídeos. Os elementos representativos fazem parte dos primeiros três perio- dos dos elementos do grupo principal (do hidrogênio ao argônio). O sistema de enumeração dos gmpos ainda está em discussão. Na ilustração. ve- mos tanto a enumeração tradicional dos grupos principais (com numeral romano de I a VIII) quanto a atual, recomendada pela IUPAC, na qual os grupos dos blocos s, d e p são enumerados de 1 a 18. Os gmpos do bloco f não são enumerados porque há pouca similaridade entre os lantanídeos e os correspondentes actinídeos no penodo abaixo. A tabela periódica é dividida ein períodos e grupos; os grupos perreilcein aos qllarro 610- cos maiores; os eleinenros do grupo priilcipal sáo os dos blocos s e p. A estrutura dos átomos hidrogenóides A organização da tabela periódica é uma conseqüência direta das variações periódicas na estrutura eletrônica dos átomos. Inicialmente, consideraremos os átomos hidroge- nóides, os quais possuem somente um elétron e assim estão livres de efeitos comple- xos como repulsão elétron-elétron. Os átomos hidrogenóides incluem íons tais como .................................................................................................................. O sistema de enumeraçáo usado para os grupos na Figura 1.4 segue a recomendação da IUPAC (IUPAC é a Uniáo Internacional de Quimica Pura e Aplicada, a qual recomenda nomenclatura, simbolos, unidades e con- venções de sinal). A obra que resume as convenções para a tabela periódica e substincias inorgânicas e No- menclature of inorganic chernistry, Blackwell Scientific, Oxford (1990), e e conhecida como o "livro vermelho", referência a sua capa vermelha característica. He- e c5' (encontrados no interior das estrelas), assim conio o prhprio átoiiio de hidro- Densdzdede gknio. Assim, utilizaremos O ~ 0 i l ~ e i t 0 que estes átomos introdiizeni para constniir uma probabilidade, iy2 descrição aproximada das estruturas dos átomos multieletrônicos. que são átomos com mais de um e l é t r ~ n . ~ 1.4 Alguns princípios de mecânica quântica Funçáo de onda, V - Como estrutura eletrônica dos átomos deve ser expressa eni ternios da mecânica quân- tica, necessitamos revisar alguns conceitos e terminologia. Ciii conceito fundariiental da mecânica quântica é que n mntéria p o ~ s ~ l i p i ~ p r i e d n d e s igirais às de Llrria orida. Es- te atributo não é normalmente evidente em objetos macroscópicos, mas ele doniina a natureza das partículas subatômicas, como o elétron. Um elétron é descrito por uma função d e onda, v , que é uma função niatemáti- ca das coordenadas de posição a-, J e z e do tempo r. Interpretamos a função de onda usando a interpretação de Bom, na qual a probabilidade de encontrar a partícula nu- ma região infinitesimal do espaço é proporcional ao quadrado da função de ondaJ, $. De acordo com essa interpretação, há uma alta possibilidade de encontrar uma partí- cula onde $ é grande, e a partícula não será encontrada onde é zero (Figura 1.5). A quantidade $ é denominada densidade de probabilidade da partícula. Esta densida- de significa que o produto de $ e o elemento de volume infinitssimal dz = dvdydz é proporcional à probabilidade de encontrar o elétron naquele elemento de volume. A probabilidade é igual a $dz se a função de onda é normalizada. ou seja: . onde a integração é sobre todo o espaço acessível ao elétron. Esta expressão simples- mente exprime que a probabilidade total de encontrar o elétron em algum lugar deve ser 1. Qualquer função de onda pode ser formulada para satisfazsr essa condição pela multiplicação por uma constante de normalizacão, N, uma constante numérica que assegura que a integral na Equação 2 é igual a 1, realmente. A implicação importante da interpretação de Bom é que. com sua ênfase na pro- babilidade de encontrar as partículas em várias regiões em vez da predição precisa de sua localização, a mecânica quântica se distancia do conceito clássico de uma órbita. Igual a outras ondas, as funções de onda em geral possuem regiões de amplitude positiva e negativa. Entretanto, este sinal não tem nenhum significado físico direto. Quando desejamos interpretar uma função de onda, devemos enfocar sua magnitude, e não se ela é positiva ou negativa. O sinal da função de onda. entretanto, é de impor- tância cmcial quando duas funções de onda propagam na mesma região do espaço; então, uma região positiva de uma função de onda pode se juntar a uma região posi- tiva de outra função de onda para originar uma região de amplitude acentuada. Esta intensificação é chamada interferência construtiva (Figura 1.6a). Isto significa que, onde duas funções de onda propagam na mesma região do espaqo, tal como ocorre quando dois átomos estão próximos o suficiente para formar uma ligação, pode haver um significativo aumento da probabilidade de encontrar as partículas naquela região. Reciprocamente, uma região positiva de uma função de onda pode ser cancelada por uma região negativa de uma segunda função de onda (Figura 1.6b). A interferência destrut iva entre funções de onda reduz muito a probabilidade de uma partícula ser encontrada naquela região. Como veremos, a interferência de funções de onda é de grande importância na explicação da ligação química. Para a localizar os sinais rela- tivos a diferentes regiões de uma função de onda, marcaremos nas ilustrações as re- Densidade de probabilidade Figura 1.5 A interpretaçáo de Born da função de onda e que seu quadra80 é uma densidade de probabilidade. PA densidade de probabilidade zero no njdulo. Na parte inferior da ilustração, a densidade de proba- bilidade é indicada pela densidade da som- bra. Onda 1 Resultante Onda 2 Figura 1.6 As funções de onda interferem onde elas se propagam na mesma região da espaço. (a) Se elas possuem o mesmo sinal na região, elas interferem construtivamente e a função de onda total tem uma amplitude intensificada na região. (b) Se as funções de onda possuem sinais opostos, entso elas in- terferem destrutivamente, e a superposição resultante tem uma amplitude reduzida. A IUPAC permite o nome "átomos polieletrõnicos". Se a função de onda é complexa, no sentido de possuir as partes real e imzsiniria, a probabilidade é Pro- porcional ao quadrado do módulo, y'y, onde y' é o complexo conjugado de v. Pzra simplificar, normalmente consideraremos que y e real e escreveremos todas as fórmulas adequadamenti. giões de sinal oposto coin soinbrenclo escuro e claro (algiiiii>~ vezes branco iio lugar do sombreado claro). A função de onda para Lima partíc~ila é encontradii i-zsol\.eiitio-se a equncáo d e Schrodinger, unia ecliiação difzrenciiil parcial proposta por Er\.in Schr6diriL7. O L I em 1926. Quando esta equação é resolvida para unia partículri li\-re. descobre-se que 1150 há res\rição em energia, assim, ela pode existir com todiis a r energias possí\,eis. Em contraste, quando a equaçáo é resolvida para uina partíciilr: que sst5 confinad~i a Lima r e ~ i ã o pequena do espaqo ou está lisada a Lim centro atrati\.o (igual um elétron eni ~ i n ~ átomo). soluções aceitá\.eis.-podem ser obtidas somente p ~ í . 1 detein~iiiadas eiiergias. Falamos de energia como sendo quantizada, significando que está confinadii n \,alo- res discretos. iMais tarde \leremos que outras propriedades (por esernplo, momento an- gular) são também quaiitizadus. Esta quaiitização é da ni~.ior iniportincia eniqiiíinica no que se refere a átomos e moléculas, e determina as ligiigdzs que podein formar. A probabilidade de er~coiitreir ~ r r r ~ eiétroii e111 itrrr detei.ririirl;:io Ioci~l ('pi.opor.cioiir:l no qirn- dr-rido rlnfirrição de orirln. Asfiirições de oilcia ser-nlrr~c.rii~. ~ i v s ! r r r i ~ i.egi5e.s de fliiij~/itirde positiila e i~egariin, e ~>odeiri s0fi.c.i irireifefei~2r1cic1 cor~sti.ii;ii.;: <>:i destr.ictii~cr. iririas piii re1~1- ção NS OIIII.CIS. A eilergin de urrln ligação ou par-tícrila cor!p:r:<:':C: é qiiaiiti:nn'a. 1.5 Orbitais atômicos As funções de onda de um elétron em u111 átomo hidro,oeni'ide s5o chamadas de orbi- tais atômicos. 0 s orbitais atômicos hidrogenóides são fundanlentais para a maioria - das interpretações da química inorgânica e vamos nos dster na descrição de suas for- mas e significados. (a) Níveis de energia hidrogenóide As funções de onda obtidas pela resolução da equação de Schrodinger para átomos hi- i drogenóides são especificadas por \lalores de três números. denominados números i quânticos. Estes números quânticos são designados por ii. 1 e ru,: i1 é chamado de nú- i mero quântico principal, 1 é o número quântico momento angular orbital (ou "nú- mero quântico azimutal") e in, é chamado número quântico magnético. Cada núme- . ro quântico indica uma propriedade física quantizada do eltiron: i1 indica a quantida- de de energia, 1 indica o momento angular orbital quantizailo e 111, indica a orientação I quantizada do momento angular. " As energias permitidas são determinadas somente pelo número quântico principal, 1 1 , e para um átoino hidrogenóide de número atômico Z são dadas por: 1 r A energia igual a zero corresponde à situação onde o elétrcn e o núcleo estão bastante , separados e fixos; as energias dadas por esta expressão são todas negativas, sipnifican- ; do que os átomos têm uma energia menor do que o elétron e o núcleo, bastante sepa- i rados um do outro. A constante ?&é uma das constantes fundamentais, denominada I constante d e ~ ~ d b e r ~ . ~ I t Seu \,alar numérico é 1,097 x 10' cm-', correspondendo a 13.6 eV. A dependência da energia com 1/17' conduz a uma rápida convergência dos ní\eis de energia para os va- P " lores de energia mais altos (menos negativos) (Figura 1.7). O zero de energia, que i , i .................................................................................................................. AS constantes fundamentais nesta expressáo estão na guarda do livro k "r L ESTRUTURA AT~MICA ~ J F -- - ocorre quando i7 = m, cosresponde 2 separação de um núcleo fixo e uni elitron, e por- tanto, à ioiiização de 11111 átomo. Acima deste zero de enerzia, o eliti~iii nio está ligado z= 2 e pode viajar a qiialquer velocidade e deste modo possui qualquer sriergi,~. o A jir i@o de orirlli de itin elérrori 2111 iiin Útoirio Iridrogerióide é íieJirri<ili por rr?s riiíirieros qlrririiicos 11, 1 e r r ~ , . A erlergia dr ligaçáo do elérroii é riererirriria<ia sorrirr:rc2 pelo r~iírrlei.<i qlrriritico priricipnl e é dada pela e.i-pressüo 11n eqltaçáo 3: ol>ser~.e a iz7riii<cio da erleigia corrr Z' c ~ h ? . (b) Camadas, subcamadas e orbitais I Em átomos hidrogenóides, todos os orbitais com o mesnio valor de 11 possuem a mes- ma energia e por isso são degenerados. O número quântico principal. deste niodo, de- - R fine uma série de camadas do átomo, ou conjunto de orbitais com o iiiesnio valor de I I e, por esta razão, têm a mesma energia (num átomo hidrogenóide). Os orbitais pertencentes a cada camada são classificados em subcaniadas, dife- renciadas pelo número quântico I. Este número quântico deterniina a magnitude do i m .- momento angular orbital do elétron ao redor do núcleo por meio da fórmula {l(l + $' C 1))"' f i , onde f2 = 1 ~ 1 3 ~ ~ . Para um dado número quântico principiil ti. o número w quântico 1 pode ter os valores 1 = 0.1, ..., 12 - 1 , originando 11 valores diferentes em to- dos os casos. Então, a camada com n = 2 consiste de duas subcainiidas de orbitais, uma com I = O e a outra com 1 = 1 : a primeira corresponde ao niomento angular or- bital zero ao redor do núcleo e a última a 2"' h. É comum identificar cada subcama- da por uma letra: I: o 1 2 3 4 ... s p d f g . . . Então, há somente uma subcamada na camada com n = 1 (uma subcamada s), duas subcamadas na camada com iz = 2 (subcamadas s ep ) , três na camada com n = 3 (sub- camadas s, p e 4, quatro quando r1 = 4 (subcamadas s, p , d ej) , e assim por diante. O momento angular orbital de um elitron em uma destas subcamadas aumenta junta- mente com as séries de s af. Para a maioria dos propósitos em química. necessitamos considerar somente as subcamadas s, p, d ef. Uma subcamada com número quântico 1 consiste de 21 + 1 orbitais individuais. Estes orbitais são diferenciados pelo número quântico magnético, m,. o qual pode apre- sentar os valores 21 + 1, sendo m , = I, 1 - 1 , l - 2, ..., -1. O número quântico »I, especifi- 1 ca o componente do momento angular orbital num eixo arbitrário (normalmente desig- nado z ) passando pelo núcleo, e limita seus valores a in, f 2 . Assim, 171, denota a orienta- Figura 1.7 Níveis de energia quantizaa ção da órbita ocupada pelo elétron, com m, = +1 correspondendo à rotação no sentido de um átomo de H (Z= 1) e um íon He- (Z= contrário ao dos ponteiros do relógio no plano q1 (visto de cima), 171, = -1 correspon- 2). OS níveis de energia de um átomo h'dr'- genóide são proporcionais a z'. dendo à rotacão no sentido do movimento dos ponteiros do relógio no mesmo plano, e nz, = O correspondendo à órbita mais "polar". Então, a subcamada d de um átomo con- siste de cinco orbitais atômicos individuais que são diferenciados pelos valores rn, = +2, +1, o, -1, -2. A conclusão prática destas observações para a química é que há somente um orbi- tal na subcamada s ( I = O), aquele com m, = 0: este orbital é denominado orbital S. Há três orbitais na subcamadap (1 = l ) , com número quântico nl, = +1,0. -1: eles são cha- mados orbi taisp. Os cinco orbitais da subcamada d ( I = 2) são chamados orbitais d, e assim por diante. O s orbirais peiterlcern n slrbcnrriadns gire por sua vezperteiicern 2s carriadas; rodos os or- bitnis da Iizesina carnada possuern o niesrno valor de 11; aqueles que fa:ern parte de ~rrria da- da sltbccir7lodo rornbérn possuem o rnesrrro i1alor de 1 e süo drfereilciadospelo ialol- de 111, Tabela 1.2 Orbitais hidrogenoides (a) Funçóes de onda radial R,,, ( r ) = f ( r ) (~la,)"' e?" onde a, é o raio de Bohr (0,53 A) e p = 2 Z rlt lno n i f(r) 1 o 2 7 - o (1/2d?)(?-p) 7 - 1 (1 /2d6>~ 3 O (1/9d3)(&6~+~') 3 1 (1 /9d6)( tp)p 3 2 (1/9\'30)~' (b) Funções de onda angular Figura 1.8 Coordenadas polares esféri- cas: r é raio, O (theta) a co-latitude, e 9 (phi) o azimute. (c) Spin do elétron Além dos três núnieros quânticos requeridos parri especificar a distribuição espa- cial de um elétron em um átomo hidrogenóide. iiiais dois núiiicros q~i~5nticos s5o ne- cessários para definir conipletaniente o estado de uni elitron. Estes núnieros qu5iiticos adicionais relacionam-se a um momento angular intrínseco do elitron, seu spiii*. Es- te nome sugere que um elétron pode ser considerado como tendo um momento angu- lar que surge do moviniento de rotação, semelhante ao nioviniento de rotação diário de um planeta que viaja em sua órbita anual ao redor do Sol. Entretanto. o spin é Lima pro- priedade específica da mecânica quântica e difere consideravelmente de seu clássico homônimo. O spin é descrito por dois números quânticos, s e rtl,. O primeiro é o análogo ao I para o movimento orbital, mas está restrito a um único e invariável valor igual a ;. A magnitude do momento angular spin é dada pela expressão (s(s + 1)) ' "h ; assim. - para um elétron, esta magnitude é fixa em t3'"ti para qualquer elétron. O segundo nú- mero quântico, o número quântico despin magnético, nzY, pode assumir somente dois valores, +; (giro no sentido contrário ao dos ponteiros do relógio) e -4 (giro no mesmo sentidodo movimento dos ponteiros do relógio). Estes números quânticos es- pecificam a orientação do spin com respeito ao eixo escolhido, e o componente do mo- mento angular de spin ao redor de um eixo é limitado aos valores & ifi. Classican~en- te, podemos caracterizar estes dois estados de spin como a rotação de um elétron em seu próprio eixo no sentido do movimento dos ponteiros do relógio ou no sentido con- trário ao dos ponteiros do relógio. Os dois estados são frequentemente representados por duas setas T ("spin para cima", m , = + f ) e ("spin para baixo", t t ~ , = -+) ou pe- las letras gregas a e P, respectivamente. Porque o estado do spin de um elétron deve ser especificado. se o estado do átomo precisa ser totalmente especificado, é comum dizer que o estado de um elétron em uni átomo hidrogenóide é caracterizado por quatro números quânticos, nominalmente, n, I, m, e m, (o quinto número quântico, s, é fixo em f ). O inotnetrto angular de spin iiltrítlseco a rrnl elérrorl é defiilidopor dois tiríineros qriiinticos s e vis; o iíltimo pode ter um dos dois valores. Qriatro tlrítlielas qirâliticos são tzecessários. para definir o estado de um elétron nrrin átoilio hidrogetlóide. (d) A forma radial dos orbitais hidrogenóides As expressões para alguns dos orbitais hidrogenóides são mostradas na Tabela 1.2. Pe- lo fato de o potencial Coulômbico do núcleo apresentar simetria esférica (proporcio- nal a Z/i- e independe da orientação relativa ao núcleo), os orbitais são melhores ex- pressos em termos das coordenadas esféricas polares definidas na Figura 1.8. Nessas coordenadas, todos os orbitais têm a forma: Tanto esta fórmula quanto os valores na tabela podem parecer complicados, mas eles expressam a idéia simples de que o orbital hidrogenóide pode ser escrito como o pro- duto de uma função R do raio e a função Y das coordenadas angulares. A função de onda radial, R, determina a variação do orbital com a distância do núcleo. A funçáo de onda angular, Y, expressa a forma angular do orbital. Na maioria das vezes usare- mos representações ilustradas e não expressões. As regiões onde a função de onda ra- dial passa pelo zero são chamadas de nódulos radiais6 Os planos nos quais a função de .................................................................................................................. Todos os orbitais aproximam-se exponencialmente do zero a grandes distânciis do núcleo mas, como eles náo passam pelo zero no infinito, estes zeros não sáo nodulos. N. de T. Do inglês to spin. que significa girar. Figura 1.9 Funçóeç de onda radial dos Or- bitais hidrogenó~de~ ls , 2s e 3s. Observe que o número de nódulos radiais é 0, 1, e 2, respectivamente. Cada orbital tem uma am- plitude não-nula no núcleo (para r = O); as - r amplitudes foram ajustadas para igualarem- se em r = O. Figura 1.10 Funçóes de onda radial dos orbitais hidrogenóides 2p e 3p. Observe que O número de nódulos radiais é O e 1, respectivamente. Cada orbital tem amplitu- de nula no núcleo (par i r = O). onda passa pelo zero são chamados nódulos angulares ou planos nodais. Veremos exemplos logo adiante. As variações da funcão de onda com o raio são mostradas nas Figuras 1.9 e 1.10. Para o orbital l s , a funcão de onda com n = 2 ,1= O e m, = O decai esponencialmente com a distância a partir do núcleo e nunca passa pelo zero. Todos os orbitais decaem exponencialmente para distâncias suficientemente grandes do núcleo. mas alguns os- cilam passando pelo zero próximo ao núcleo, e assim possuem um ou mais nódulos ra- diais antes de iniciar seu decaimento exponencial. Um orbital com números quânticos n e I em geral tem rz - i - 1 nódulos radiais independentemente do valor de m,. Esta os- cilação é evidente no orbital 2s, o orbital com r2 = 2, 1 = O e 171, = O, o qual passa uma vez pelo zero e deste modo possui um nódulo radial. Um orbital 3s passa duas vezes pelo zero e possui então dois nódulos radiais. Um orbital2p (um dos três orbitais com 11 = 2 e I = 1) não tem nódulos radiais porque sua função de onda radial não passa pe- lo zero em nenhum lugar. Entretanto, um orbital2p, como todos os outros orbitais (ex- ceto o orbital s), é nulo no núcleo.' Embora em elétron em um orbital s possa ser en- contrado no núcleo, um elétron em qualquer outro tipo de orbital não será encontrado lá. Veremos logo que este detalhe aparentemente pequeno, uma conseqüência da au- sência do momento angular orbital quando I = 0, é um dos conceitos-chave para o en- tendimento da tabela periódica. Urrt orbitnl s te111 Luna airzplitrlde não-nula no núcleo, rodos os outros orbitais (agireles corn 1 > 0) te~ldeiir a zero i10 nrícleo. .................................................................................................................. ' O valor zero no núcleo não é um nódulo radial porque a função de onda não passa pelo zero. A função de onda parece ter estabilidade ao passar pelo zero em r = 0; entretanto, somente valores positivos de raios p0s- suem significado físico. (e) A função distribuição radial A força Coulômbica que liga o elPtron está loc.ilizad,i no núcleo; assim, é interessante conhecer a probabilidade de eiicoritrar o elr'troii .i uiil~i dncln distfincia do núcleo, iilde- pendentemente de sua direçáo. Estn informaçào perniite-nos concluir quão firmemen- te o elétron está 11,oado. A probabilidade total de encontrar o elétron e111 uma camada esférica de raio r e espessura c// . é a integral de u'dr dt em todos os ângulos. Este re- sultado é escrito normalmente como Pdl- e, para uma função de onda esférica (aquela que é independente do ângu10)~. A função P é chamada de função de distribuição radial. Se conhecemos o valor de P em algum raio i- (o qual pode ser encontrado se sonhecenios v), então podemos espri- mir a probabilidade de encontrar o elétron em alpuiil luzar, numa camada de espessu- / 4x172 ra d r naquele raio. sin~plesmente i~iultiplicando P por d/.. Em geral, o fator de distribui- I \ / ção radial para um orbital numa camada de número quântico principal 11 tem ii - 1 pi- 1 \ 1 cos, sendo o pico mais externo o mais alto. Pelo fato de um orbital 1s decrescer exponencialmente com a distância do núcleo, e r' aumentar, a função de distribuição radial de um orbital 1s atinge um máximo (Fi- gura 1.11). Deste modo, há uma distância na qual o elétron pode ser mais facilmente encontrado. Em geral, esta distância decresce à medida que a carga nuclear aumenta (porque o elétron é atraído mais fortemente para o núcleo). Esta distância mais prová- vel aumenta com o aumento em iz porque, sendo a energia maior, mais facilmente o elétron será encontrado longe do núcleo. A distãncia mais provável de um elétron es- tar do núcleo no estado de menor energia de um átomo hidrogenóide é no ponto onde r P é mínimo. Para um elétron 1s. num átomo hidrogenóide de número atômico Z, este máximo ocorre em: Figura 1.1 1 Função de distribuição radial de um orbital hidrogenóide 1s. O produto de rm, - - - "o 4;cP (o qual aumenta com o aumento de rj e z (7 ) $ (o qual decresce exponencialmente) pas- sa pelo máximo em r= adZ. Percebemos que a distância mais provável de um elétron 1s decresce com o aumento . do número atômico. Figura 1.1 2 Funções de distribuição radial de orbitais hidrogenóides. Embora o orbital 2 p esteja em média mais próximo ao núcleo (observe onde seu máximo se encontra). o orbital do 2s tem uma probabilidade alta de estar próximo ao núcleo por causa do máxi- mo interno. A frrilçn'o de d~stribirição radral fornece a pi-obabrlidade de irin elétroil ser eilcontrado nir- ina dads distâiicia do iilícleo, ii~depeildeiltei?rei!te da direçüo. $ i. ................................................................................................................... Exemplo1.2 Interpretando a função de distribuição radial : k A Figura 1.12 mostra as funções de distnbuicãu radial para os orbitais hidrogenóides - 2s e 2p. Qual orbital permite ao elétron ter a maior probabilidade de se aproximar do núcleo? Resposta: A função distribuição radial do orbital 3p aproxima-se de zero no núcleo mais rapidamente do que a de um elétron 2s. Esta diferença é conseqüência do fato que o orbital 3p possui amplitude zero no núcleo em razão de seu momento angular orbi- tal. Assim. o elétron 2s tem a maior probabilidade de aproximar-se do núcleo. .................................................................................................................. Teste seus conhecimentos 1.2 Qual dos orbitais, 3p ou 3d, permite ao elétron a maior probabilidade de se encontrar mais próximo do núcleo? .................................................................................................................. 7: .................................................................................................................. e, A expressão correspondente para um orbital não-esférico. com I > 0, é P= ?R?. onde R é a funçZio de on- .g da radial para o orbital. ,$, (f) As fórmulas angulares dos orbitais atômicos (jm orbital s poss~ii a mesina amplitude a unia dada distância do núcleo independen- temente das coordeiiadas angulares do ponto de interesse, isto é, um orbiral s tem si- metria esfkrica. O orbital é representado norninlmente por uma superfície esférica com o níicleo no seu centro. A superfície é denominada superfície-limite do orbital e defiiie a região do espaço dentro da qual há uma probabilidade alta de encontrar-se o elitron (normalmente de 739). A superfície liniite de qualquer orbital ns é esférica (Figura 1.13). Todos os orbitais com 1 > O têm amplitudes que variam com o ângulo. Na maioria das representações gráficas comuns, as superfícies limite dos três orbitais p de uma da- da camada são idênticas, a não ser pelo fato que seus eixos alinham-se paralelamente a cada um dos três eixos cartesianos centrados no núcleo, e cada um possui um nódu- lo angular passando pelo núcleo (Figura 1.14). Esta representação é a origem das indi- cações p,,, p,. ep,, as quais são alternativas para os valores de m,como indicado para or- bitais ind iv id~ais .~ Como na Figura 1.14, representamos as amplitudes positivas e negativas da fun- ção de onda sombreando de maneira diferente: amplitude positiva será mostrada como cinza-claro ou branca e a negativa como cinza-escuro. Cada orbital p possui um único plano nodal. Um orbital p:, por exemplo, é proporcional a cos 8 (ver Tabela 1.2), des- te modo, sua função de onda vai a zero em qualquer lugar do plano correspondente a 8 = 90" (plano ay). Um elétron não será encontrado em nenhum lugar no plano nodal. Um plano nodal corta o núcleo e separa as regiões da função de onda de sinais positi- vo e negativo. A superfície-limite e as indicações que usamos para os orbitais d e f estão repre- sentadas nas Figuras 1.15 e 1.16, respectivamente. Observe que um orbital típico d tem dois planos nodais que interceptam no núcleo. e um típico orbital f possui três planos nodais. A sirpe>7ície-lirniie de urn orbital indica a r-egião delitro da qual o elétroiz é maisfacilmeiz- te encontrado; orbitais corn o iiiínzero qlcâiirico 1 posslcem 1 plarios nodais. Figura 1.13 Superfície-limite esférica d e um orbital S. Átomos multieletrônicos Como observado no início do capítulo, um "átomo multieletrônico" é um átomo com mais de um elétron, como o He, com dois elétrons, é tecnicamente um átomo multie- Figura 1-14 Su~erf icies-l imite dos orbitais letrônico. A solução exata da equação de Schrodinger para um átomo com N elétrons P. Cada Orbita' tem plano 'Oda' cortando o núcleo. Por exemplo, o plano nodal d o orbi- deveria ser uma funqão das 3N coordenadas de todos os elétrons. Não há esperança de tal p, é o plano xy. O claro tem uma encontrar as fórmulas exatas para tais funções complicadas; entretanto, pelo fato de a amplitude positiva; o mais escuro é negativo. potência dos computadores ter aumentado, tomou-se possível executar cálculos numé- ricos que sempre fornecem energias mais precisas e dznsidades de probabilidade. En- tretanto, o preço da precisão numérica é a perda da habilidade de calcular as soluções. Para a maior parte da química inorgânica contamos com a aproximação orbital, na qual cada elétron ocupa um orbital atômico que assemelha-se àqueles encontrados pa- ra os átomos h i d r ~ ~ e n ó i d e s . ' ~ 1.6 Penetração e blindagem É muito fácil descrever a estrutura eletrônica do átomo de hélio em seu estado funda- mental, seu estado de menor energia. De acordo com a aproximação orbital, supomos Especificamente, os orbitais p, p, e p, são combinações lineares dos orbitais denominados por m;p, 6 idêntico a p:. p, é (p., - p~,) /2'". e p,é i (p- , - p , , )12 '~ . ' O Quando afirmamos que um elétron ocupa um ohital atômico, queremos dizer que ele é descrito pela fun- ção de onda correspondente. Figura 1.15 Uma representação das superfí- Figura 1.16 Uma representação das super- zies-limite dos orbitais d Quatro dos orbitais fícies-limite dos orbitais f. Outras representa- têm dois planos nodais perpendiculares que ções (com formas diferentes) também são en- cruzam a linha que passa pelo núcleo. No orbi- contradas. tal d , ~ , a superfície nodal forma dois cones que encontram-se no núcleo. que ambos os elétrons ocupem um mesmo orbital atômico que possui a mesma forma esférica de um orbital hidrogenóide Is, mas com uma forma radial mais compacta: co- mo a carga nuclear do hélio é maior do que a do hidrogênio, os elétrons são atraídos para mais próximo do núcleo do que do átomo de hidrogênio. A configuração do es- tado fundamental de um átomo é uma relação dos orbitais-que seus elétrons ocupam em seu estado fundamental. Para o hélio, com dois elétrons no orbital Is, a configura- ção do estado fundamental é simbolizada por 1s'. Para o próximo átomo na tabela periódica. o lítio (Z = 3), encontramos novas ca- racterísticas. A configuração do estado fundamental não é ls3. Esta configuração é proibida pelo aspecto fundamental da natureza conhecido como o princípio da exclu- são de Pauli: T $ f $ B H 4 d a I 'E- & Solliente dois elétrons podem ocupar uni Único orbital e, se dois ocupam um úni- co orbital, então seus spins devem estar emparelhados. '.Ernparelhadon significa que O spin de um eletron deve ser ? e o do outro L; o par é simbolizado por ?L. Outra forma de expressar o princípio é observar que, pelo fato de Liin elétron num átomo ser descrito por quatro ntírneros quânticos variáveis, ci0i.s e/&- troizs niíopodrin ter os irlesnzos quatro i~lírrieros qlrfiizricos. O princípio de Pauli foi o*- ginalmente introduzido para esclarecer a ausência de certas transições no espectro ate- mico do hélio. A configuração proposta para o estado fundamental do hélio é 1s' (com os dois elétrons eniparelhados). Entretanto, a configuração do Li não pode ser 1s3, porque re- quereria que todos os três elétrons ocupassem o mesmo orbital, o que é proibido. Des- te modo, o terceiro elétron deve ocupar um orbital da camada superior mais próxima, a camada com n = 2. A questão que surge agora é se o terceiro elétron deve ocupar um orbital2s ou um dos três orbitais 2p. Para responder a esta questão, necessitamos exa- minar as energias destas duas subcamadas e também o efeito dos outros elétrons no átomo. Embora os orbitais 2s e 2p possuam a mesma energia num átomo hidrogenói- de, os dados espectroscópicos e cálculos detalhados mostram que este não é o caso em átomos multieletrônicos. Na aproximação orbital tratamos a repulsão entre elétrons de forma aproximada, supondo que a carga eletrônica está distribuída em simetria esférica ao redor do nú- cleo. Assim, cada elétron se move em um campo atrativo do núcleo acrescido desta distribuiçãode carga repulsiva média. De acordo com a eletrostática clássica, o cam- po que surge da distribuição de carga esférica é equivalente ao campo gerado por uma carga pontual única no centro da distribuição. A magnitude da carga pontual é igual à carga total dentro da esfera com um raio igual à distância de interesse até o centro da distribuição (Figura 1.17). Nesta aproximação, considera-se que um elétron experi- menta uma carga nuclear efetiva," Z,p, determinada pela carga eletrônica total da es- fera de raio igual à distância média do elétron até o núcleo. Esta carga nuclear efetiva depende dos valores de n e de I do elétron de interesse, porque elétrons em diferentes camadas e subcamadas possuem funções de distribuição radial diferentes. A diferença Tabela 1.3 Cargas nucleares efetivas, i',, Na Mg AI Si P S CI Ar Z 11 12 13 14 15 16 17 18 1 s 10,63 11,61 12,59 13,57 14,56 15,54 16.52 17,51 2 s 6,517 7,39 8,21 9,02 9,82 10,63 11,43 12,23 2~ 6,80 7,83 8,96 9,94 10,96 11,98 12,99 14,Ol 3 s 2,51 3,31 4,12 4,90 5,64 6,37 7,07 7,76 3P 4,07 4,29 4,89 5,48 6,12 6,76 Fonte: E. Clementi e D.L. Raimondi. Atomic screening consfanls from SCFfunctions, IBM Research Note NJ- 27 (1 963). r Ca,a r,, ccr:,b~i para a r~;.,isi: L_- Carga sem e!ei:3 Figura 1.17 O elétron indicado pelo ponto no raio rexperimenta uma repulsão da carga total no interior da esfera de raio r : a carga externa ao raio náo tem efeito l i~u ido. .................................................................................................................. " Comumente, Z,, 6 chamada de carga nuclear efetiva. Figura 1.18 A penetração de um elétron 2s no caroço interno é maior do que a de um elétron 2p porque o Último cai a zero no nú- cleo. Deste modo, elétrons 2s são menos blindados do que elétrons 2p. Figura 1.19 Diagrama esquemático dos niveis de energia de átomos multieletrônicos crn Z c 21 (até o cálcio). Há uma mudança na ordem para Z 2 21 (do escândio para diante). Este e o diagrama que justifica o princípio da construção (Seção 1.7). sendo permitido ate dois elétrons ocupar cada orbi- tal. entre a carga nuclear total (ou verdadeira) e a ciirsa efetiva 6 chamada de blindageni. A carga nuclear efetiva é algumas vezes expresz.i eiii terilios da carga nuclear verda- deira, Ze, e um parâmetro d e blindagem empíriio. o, escrevendo Z,, = Z - o. Quanto mais próximo do núcleo o elétron peiietrar, mais pr3simo ser6 o valor de Zc, em relação a Z, porque o elétron está menos repelido pelos ouuos elétrons presentes no átomo. Com isto em mente, consideremos uni elitron 2.7 no 6tom0 de lítio. Há urna pro- babilidade não-nula de que este elétron penetre, isto é, de que seja encontrado dentro da camada 1s e experimente a carga nuclear total. U~i i elétron 7 p niio penetra no caroço tão efetivamente porque ele possui um plano nodal no núcleo; dsate modo, esta mais blin- dado a partir do núcleo pelos elétrons mais internos (Figura 1.18). Podemos concluir que um elétron 2s tem uma energia nienor (está ligado mais i-irniemente) do que um elé- tron 2p, e deste modo a configuração eletrônica do estado fundamental do Li é 1s' 2s'. A configuração eletrônica do estado fundamental do Li é norn~aimente simbolizada por [ ~ e ] 2 s ' , onde [He] simboliza um caroço 1s' igual ao do átomo de hélio. O padrão de energia no lítio, com 2s menor do que 2p, ci' uma característica geral de átomos multieletrônicos. Este padrão pode ser visto a partir da Tabela 1.3, a qual fornece os valores de Z,, para alguns orbitais atônlicos da caniada de valêiicia na con- figuração eletrônica do estado fundamental dos átomos. A tendência típica na carga nuclear efetiva é apresentar um aumento ao longo do penodo, já que para a maioria dos casos, o aumento na carga nuclear em gnipoj sucessivos não é cancelado pelo elé- tron adicional. 0 s valores na tabela também confirmam qus um elétron s na camada mais externa do átomo está normalmente menos blindado do que um elétronp na mes- ma camada. Assim, por exemplo, Z,, = 5,13 para um elétron 2s no átomo de F, enquan- to que para um elétron 2p Z,, = 5,10. Similarmente, a carga nuclear efetiva é maior pa- ra um elétron num orbital np do que em um orbital nd. Como resultado da penetração e blindagem. a ordem de energia em átomos mul- tieletrônicos é normalmente: Isto ocorre porque, em uma determinada camada. os orbitais s são os mais penetran- tes e os orbitais f são os menos penetrantes. O efeito total de penetração e blindagem é demonstrado no diagrama de níveis de energia para um átomo neutro, mostrado na Figura 1.19. A Figura 1.20 resume as energias dos orbitais da tabela periódica completa. Os efeitos são totalmente discretos, e a ordem dos orbitais depende fortemente do núme- ro de elétrons presentes no átomo. Por exemplo. os efeitos de penetração são muito pronunciados para os elitrons 4s no K e no Ca. e nesses átomos os orbitais 4s encon- tram-se com menor energia do que nos orbitais 3d. Entretanto. do Sc ao Zn, os orbitais 3d no átomo neutro apresentam energias próximas mas inferiores às do orbital4s. Do Ga (Z= 31) em diante, os orbitais 3d apresentam energia bem abaixo daquela do orbi- tal 4s, e os elétrons mais externos são sem dúvida aqueles das camadas 4s e 4p. Uma vez que conhecemos a carga nuclear efetiva, podemos escrever formas apro- ximadas dos orbitais atômicos e começar a fazer estimativa de suas existências e outras propriedades. Isto foi primeiramente feito por J.C. Slater, que inventou uma série de regras para estimar os valores de Z,, para um elitron em qualquer átomo, e usando o valor para escrever uma função de onda apropriada para qualquer orbital atômico. As regras de Slater foram substituídas por valores mais exatos (os dados na Tabela 1.3). Podemos observar, a partir dos valores mostrados na tabela, que para os elétrons mais externos ao longo de cada período Z,, aumenta de acordo com o número atômico. En- tretanto, o valor de Z,, para um elétron em um orbital s é maior do que para o orbitalp correspondente do mesmo átomo. Outro aspecto a considerar é que Z,, para os elétrons da camada mais externa dos elementos do pzríodo 3 são levemente superiores àqueles dos elementos do período 2, embora a carga nuclear seja consideravelmente maior. Figura 1.20 Uma representação mais detalhada dos níveis de energia de átomos multieletrôni- cos na tabela periódica. A inserção mostra uma vista arrpliada próximo a Z= 20, onde os elemen- tos 3d iniciam. Para ltin &do n~íiiiero qllâiirico principal, e1étroi:s apro.~iiiiaii~-se ineilos do nrícleo à iiiedi- da que 1 auinenta e, corno resrrlrado dos efeitos coi~ibiiiados de penetraçcio e de blindagein. a ordein dos níveis de eilergia ein átomos iii~tltielr.~rÔi~icos é s p < d <j! 1.7 O princípio da constru@io As configurações eletrônicas no estado fundamsntal de átomos multieletrônicos são determinadas experimentalmente por espectroscopia e estão resumidas no Apêndice 1. Para considerá-las, necessitamos levar em conta os efeitos de penetração e de blinda- gem nas energias dos orbitais e o papel do princípio de exclusão de Pauli. O principio da constniçáo (o qual é chamado também por seu nome Germânico, o princípio Ar$- ban, descrito a seguir) é um procedimento que dá acesso às configurações do estado fundamental. Não é infalível, mas é um excelente ponto de partida para a discussão. Entretanto, como veremos, ele fornece uma base teórica para o entendimento da estru- tura e implicações da tabela periódica. (a) Configurações eletrônicas do estado fundamental No princípio da construção, os orbitais de átomos neutros são tratados como sendo ocupados na ordem determinada em parte pelo número quântico principal e em parte pela penetração e blindagem: Ordem de ocupação: 1s 3s 2p 3s 3p 4s 3d 4p . Cada orbital pode acomodar até dois elétrons. Então, os três orbitais da subcamada p podem acomodar um total de seis elétrons e os cinco orbitais
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