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Beast 1 - Vende-se Virgem - Thais B. Zanin

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VENDE-SE VIRGEM 
Thais B. Zanin 
 
 
 
 
 
 
 
 Um homem frio e calculista. Uma mulher tímida e inteligente. Juntos por um 
propósito, Uma venda. Sebastian Beast é um milionário que tem tudo o que 
quer, mas está cansando dessa vida de cafajeste quer parar e se casar e ter 
herdeiros. O único problema é que ele não acredita no amor, por isso compra 
a virgem Mia Amorim em um leilão. Mia Amorim precisa urgente de dinheiro 
para pagar um tratamento para sua mãe, nem que para isso tenha que 
vender sua própria virgindade em um leilão. Duas pessoas diferentes, um 
contrato e um possível amor. 
 
 Prólogo 
Mia Amorim 
Passo pelos corredores brancos acompanhada de uma enfermeira negra, 
muito bonita e alta. O cheiro parecido com o de hospital enche minhas 
narinas; eu não gosto de estar aqui, menos ainda quando se trata de uma 
casa de repouso. 
— Este é o quarto da senhora Amorim — ela me mostra a porta e segue pelo 
corredor me deixando sozinha. 
Eu não quero entrar e ver minha mãe me confundido com a minha irmã 
gêmea que morreu em um acidente de carro; o único membro que restou da 
minha família foi ela, pois nunca conheci meu pai. 
Preciso ser forte e lutar, antes de vir vê-la fui à procura trabalho, mas quem 
daria emprego para uma menina de 21 anos e sem experiência? Ninguém. 
Abro a porta devagar e a vejo deitada imóvel na cama olhando para o teto. 
— Mamãe? — digo fazendo com que ela me olha e abra os braços. 
— Minha filha querida! Entre Alice, não fique na porta. 
—Mamãe é a Mia, Alice morreu, não lembra? — arregala os olhos. 
— Se você não é Alice, então é uma impostora —grita — Usurpadora, saia do 
meu quarto. 
Coisas começam a voar em minha direção, rapidamente duas enfermeiras 
chegam para acalmá-la e me tirar daqui, lágrimas passam a molhar meu rosto 
deixando minha visão borrada. 
— Não fique assim, outro dia ela me perguntou de você. — fala uma 
enfermeira que está comigo no corredor. 
— Sério? 
— Claro, meu anjo! Mesmo estando com Alzheimer, ela tem seus momentos 
lúcidos e sempre chama o seu nome. 
— Obrigada! Semana que vez eu volto para vê-la. — sorrio e a abraço. 
— Não se esqueça de pegar uma carta que está direcionada a você na 
recepção. 
Aceno e vou em direção ao balcão enquanto limpo minhas lágrimas. 
— Oi, meu nome é Mia Amorim e disseram que tem uma carta para mim — 
digo à recepcionista. 
—Senhorita Amorim, certo... — A moça vestida de branco mexe em uma pilha 
de papel e tira duas cartas me entregando. 
— Obrigada. 
Sorrio e saio da casa de repouso. Ando até a parada pegando o primeiro 
ônibus que vai em direção à minha casa, assim que sento abro as cartas e 
percebo que são contas do tratamento da minha mãe. Faz três meses que não 
pago minha parte do aluguel a minha melhor amiga e colega de quarto, além 
das contas de água, luz e alimento que, também, estão atrasadas. Estou 
fodida e mal paga. 
Logo que chego em casa, jogo minha bolsa para o lado e deito no sofá-cama 
onde durmo. São tantas contas, não sei o que fazer. Amarro meu cabelo, troco 
de roupa e começo a arrumar tudo ao meu redor como fosse a dona Maria, 
quando fico nervosa ou chateada ajeito toda a casa com um robô. Ligo o som 
começando a dançar e a limpar; ouço um barulho me fazendo pular quando 
a porta abre. 
— Calma, dona Maria. 
Olho espantada dando de cara com Cassie, minha melhor amiga e colega de 
apartamento. Seus longos cabelos negros estão soltos formando uma cascata 
em suas costas, seus olhos castanhos parecem cansados; ela tira seu salto e 
joga o sapato do outro lado da pequena sala. 
— Cassie, pensei que você chegaria à noite, como foi o trabalho? — ela 
suspira e senta no sofá. 
— É, foi legal. Conseguiu um emprego? 
—Não, quem vai dar um emprego para uma garota de 21 anos que não tem 
experiência e só terminou o colegial? Ninguém — enfatizo a última palavra 
indo me deitar em seu colo, logo sinto suas mãos delicadas fazendo carinho 
em meu cabelo. 
—Relaxa! Você arrumará um emprego logo. 
—Eu não preciso de logo, preciso para agora; tipo, já. Eu já não pago o 
aluguel, quase não ajudo com as contas e ainda tem o tratamento da minha 
mãe que está atrasado há quase 3 meses. Qualquer hora irão expulsá-la de lá 
—suspiro — Como é que eu vou fazer? 
— Você poderia vir trabalhar comigo. — levanto de seu colo em um pulo e 
sento olhando sério para ela. 
— Lá no hotel estão precisando de alguém? 
— Hum... Acho que não. — me desanimo. –Desculpa, queria mesmo poder 
ajudá-la. 
— Você já faz muito por mim, relaxa — me levanto —Bem, vou terminar de 
arrumar a casa e fazer o jantar. Você pode não bagunçar o que eu arrumei? 
—Claro, dona Maria. 
Ela sai do sofá indo em direção ao único quarto do apartamento. Cassie é 
muito bonita e gostosa, não que eu goste de mulher, mas não tem como não 
reparar em seu corpo bronzeado. Por ser brasileira, possui bunda grande, 
cintura fina e seios medianos. O que é totalmente ao contrário de mim, que sou 
pálida igual a um leite, olhos cinzas maiores que o normal - algumas vezes 
ficam castanhos – e um nariz pequeno e arrebitado igual da minha mãe, que 
até acho bonito. Meus cabelos são ruivos na altura do meu ombro – apesar de 
chamá-los de cor de merda, eu não pinto de jeito nenhum -, meus seios são 
grande, até demais, e minha bunda é... Vamos dizer que é média e minha 
cintura é fina. Você deve estar me achando linda, mas, porra, eu não sou. 
Minha mãe me diz desde pequena que sou a gêmea feia, apesar de sermos 
quase idênticas, nossos cabelos, olhos e gênios saíram completamente 
diferentes. Alice era mais bonita, carinhosa, engraçada e preferida da minha 
mãe. 
Quando término de arrumar tudo vou fazer o jantar, não termos muitas coisas 
no armário e geladeira, mas é o suficiente para comer por hoje e amanhã. Eu 
adoro cozinhar, sempre foi meu sonho fazer culinária, mas foi deixado para trás 
junto com a esperança de me casar com o meu príncipe encantado. Coloco 
a janta na pequena mesa e chamo Cassie. 
— Que cheiro bom, Mi! —exclama animada. 
-Obrigada. 
Nos sentamos à mesa e começamos a fofocar sobre o trabalho dela, ela conta 
como as arrumadeiras pegaram um casal no flagra quando foram arrumar um 
quarto. 
—Você lembra da recepcionista que era quietinha e que não ligava para o 
que os outros falavam? — fala com a boca cheia de comida, sem educação. 
—Sei, acho que o nome dela era Ani... Ana, o que aconteceu? 
— Então, ela se demitiu depois que a gerente a humilhou na frente de todos. 
Logo após, começou a correr um boato que ela tinha vendido sua virgindade 
em um leilão naquela famosa boate que tem acompanhantes de luxos, ou 
melhor, putas e muito mais. 
Arregalo os olhos sem acreditar que uma pessoa é capaz de vender a 
virgindade só para ter dinheiro, esse povo de hoje em dia está cada vez pior. 
— Nossa! E a gente pensando que ela era uma santa. 
— Tem mais, dizem que pagaram 600 mil por sua virgindade e para que ela 
ficasse com seu "dono" por um ano. 
— Porra! Isso é muito dinheiro, mas não vale a pena você estourar a cereja por 
dinheiro... — pego o copo de água e bebo. 
— Se eu fosse virgem até que pensaria no caso. 
Caímos na gargalhada e voltamos a comer, mas sem conversa dessa vez. 600 
mil para perder a virgindade e ficar com o seu "dono" por um ano... nada mal, 
penso. É isso, já descobri como irei pagar minhas dívidas. 
— Já sei como pagarei minhas dívidas! —exclamo entusiasmada. 
—Como? —pergunta Cassie interessada. 
— Vou vender minha virgindade. — ela arregala os olhos castanhos e engasga 
com a comida. 
Venderei minha virgindade, fim dos problemas. Ficarei sem dívidas e depois de 
um ano estarei livre para voar. 
 
 
 
 
 
 
 Capítulo 1 
Mia Amorim 
 
Aqui estou esperando por minha sentença, hoje irá ser o pior dia da minha 
vida. Muitas pessoas acham o que estou fazendo horrível, que eu sou uma 
prostituta entre muitas outras coisas; e é verdade, é tudo verdade.Acho que os 
sonhos que almejo desde os nove anos de me apaixonar, namorar, casar e ter 
filhos vão ficar apenas nos sonhos. Agora eu sei que todos os planos que fiz 
com minha irmã estão se desfazendo. Estou decidida a me vender da forma 
mais cruel e horripilante; estava me resguardando para uma pessoa que eu 
fosse amar, mas, agora, vou ser vendida e ficarei com cicatrizes na minha 
alma. Cassie que me falou isso. 
— Como assim vai vender a sua virgindade? — sua boca caiu aberta de 
surpresa e ficou alguns segundos me olhando assustada. Aposto que ela nunca 
imaginou que eu, a irmã boazinha, pensaria em me vender por dinheiro. Só 
espero não ser julgada; qualquer uma poderia, mas ela partiria meu coração 
tendo em vista que a amo como se fosse uma irmã. 
Desde que Alice morreu eu vinha me sentido sozinha, mas tudo mudou quando 
encontrei Cassie. Como? Bom... Esta história é a melhor das melhores. 
Aqui estou eu em um carro com três patetas e uma menina louca, Cassie. Luke, 
que está dirigindo, tenta há mais de um ano me namorar ou ficar, seja lá como 
as pessoas de hoje em dia dizem, mas eu, como sempre, não estou 
interessada. 
Os meninos da minha escola montaram um livro em que as meninas estavam 
dividas por cartões e estrelas. Eu – a recatada, virgem e que nunca tinha saído 
com qualquer garoto do colégio – possuía o cartão de ouro e 5 estrelas 
douradas, era o bilhete premiado. Meu valor não se devia a minha beleza, pois 
não era a mais bonita, mas devia ao fato de ser a única virgem por ali. Cassie, 
que era uma das que menos valiam, possuía apenas 2 estrelas e o cartão 
vermelho; acho que por isso recebia sua raiva, visto que sempre quando nos 
encontrávamos fazia questão de me ignorar. Por quê? Eu não faço a fodida 
ideia. 
Agora, eu estou do lado dela e enquanto uso um jeans desbotado, ela está 
com uma microssaia que mostra sua calcinha fio dental vermelha de renda. 
Enquanto minha camiseta é fechada na frente e atrás, a dela é 
completamente aberta na frente e atrás, sei que não está usando sutiã porque 
seus seios estão quase para fora. Sua maquiagem é forte, enquanto eu só 
passei um gloss porque minha mãe me obrigou, também foi ela que me 
arrastou para fora de casa quando os meninos chegaram. Segundo ela, eu 
preciso ter amigos e me diverti um pouco. Eu sei que tenho um sério problema, 
ele não é depressão, nem solidão e nem carência, meu grave problema, 
segundo a minha mãe, é meu vício por livros, muitos livros por sinal. Não sei o 
porque ela acha isso tão errado, enquanto eu estou em casa lendo e 
sonhando com o meu próprio CEO, outras estão iguais à Cassi: transando, 
engravidando, bebendo , fumando e muito mais. Mas ela acha que eu deveria 
me misturar, pois sou bonita e tenho que arranjar um namorado em vez de me 
culpar pelo que aconteceu com a minha irmã há muito tempo. 
O carro para em frente a uma grande casa no bairro nobre de Manhattan, 
completamente ao contrário de onde eu moro. A música alta já está afetando 
os meus ouvidos e, olha, que eu nem entrei. Estou com vontade de ir embora e 
terminar o livro que eu estou me coçando de curiosidade, mas não, talvez 
esteja na hora de perde minha virgindade com a pessoa certa, desde que não 
seja com qualquer bêbado em uma festa de colegial. 
Cassie abre a porta do carro e sai com sua mini saia mostrando a calcinha 
vermelha para um grupo de meninos que estão do lado do carro, eles 
assobiam e a chamam de gostosa pela ótima apresentação "da melhor 
calcinha aparecendo". Ela sorri e acena para os caras que acabaram de tratá-
la como um belo pedaço de carne. Saio logo em seguida e, ao contrario dela, 
os meninos me cumprimentam pelo meu nome e eu apenas sorrio. Escuto ela 
bufar. Luke sai do carro e vem para meu lado tentando colocar a mão na 
minha cintura, dispenso dando um tapa leve fazendo com que os meninos da 
frente riam da sua cara. 
Ando em direção à casa que exala barulho, será que os vizinhos não 
reclamam? Bom, perto da minha casa às vezes têm barulho, mas os vizinhos 
não gostam e logo tem um ultimato de 'desliga essa porra ou eu ligo para 
polícia'. Não que eu já tenha feito festa, afinal, com um quarto e cozinha não 
caberiam muitas pessoas. 
Entro na casa e todos me cumprimentam como se me conhecessem, mas eu 
não os conheço. Avisto Cassie agarrada com um dos caras do time de futebol 
americano, passo por um grupo de meninas que estão dançando 
provavelmente bêbadas e logo grávidas. Gravidez é como uma epidemia na 
minha escola; apesar dela ser particular, as meninas ricas estão sempre 
bêbadas e depois falam que nós, os bolsistas, que entramos nessas escolas de 
gente rica para engravidar os meninos de pais ricos. 
Entro na cozinha passando por um par de casais que se beijam; abro a 
geladeira e só avisto cerveja, mas que caralho, isso é mal de achar que em 
festa todo mundo só bebe. Afasto algumas latas de cerveja percebendo, em 
vão, que só fazem aparecer novas latas. Suspiro frustrada sentindo uma mão 
em meu ombro, me viro assustada dando de cara com um menino lindo: ele é 
alto e sua pele morena realça os olhos cor de mel. Ele usa a jaqueta do time 
de futebol da escola, mas nunca o vi jogar, deve ser novo. Eu o examino de 
cima a baixo, quando encontro seus lindos olhos ele dá um sorriso branco estilo 
Colgate. 
—Vejo que não encontrou o que queria. — sua mão permanece no meu 
ombro, mas ele logo a tira enfiando dentro do bolso da jaqueta —Talvez eu 
possa te ajudar. 
— Eu estava procurando um refrigerante, mas só tem cerveja. — sorrio 
agradável. Ele limpa a garganta. 
— Os refrigerantes estão no outro freezer, se quiser eu posso te mostrar onde 
está, é logo ali. — aponta para uma escada que deve levar para o porão. Eu 
sempre quis ter um, mas como minha casa é digna de um rato.... 
— Não precisa! Eu não quero te incomodar, posso ir sozinha. — não espero 
uma resposta, saio em direção a porta onde ele apontou. 
— Não é incomodo, eu adoraria te acompanhar. — ele está do meu lado indo 
comigo para porão – Olha, eu nem perguntei qual é seu nome. 
—Mia... Mia Amorim e o seu? — ofereço minha mão e ele aperta forte, mas 
não o suficiente para machucar. 
—Prazer, Kaio Forty — descemos a escada que dá para o porão mal iluminado, 
tropeço nos meus próprios pés sentindo as mãos de Kaio se enrolarem em volta 
da minha fina cintura. Eu sempre tropeço, não como a Anastácia Steele, ela 
faz isso porque é uma burra e toda inocente, não que eu não seja, mas o nível 
dela é de um fator assim... Que nem tem explicação. Para variar minhas pernas 
sempre estão cheia de hematomas. —Cuidado, gracinha. 
— Eu acho que aqui não tem nenhuma geladeira. — quando chego ao último 
degrau, o som alto da casa diminui, com a pouca luz eu vejo uma geladeira e 
percebo que não tem mais ninguém em volta. Ando até ela e a abro 
percebendo que está vazia e desligada. Viro para falar com Kaio que está 
bem perto, perto o suficiente para sentir sua respiração pesada sobre mim — 
Kaio, acho que é melhor nós subirmos de volta, aqui não tem refrigerante e 
nem pessoas. 
— Calma, Mia. Eu sei que você não estava querendo vir aqui no porão aonde 
ninguém vem só para pegar um refrigerante, sei que você gostou de mim tanto 
quanto eu gostei de você. Que tal nós brincarmos? Pelo que eu ouvi você é a 
garota de ouro, a mais querida que ninguém nunca fodeu, adoraria ser seu 
primeiro. — tento sair do seu aperto, mas ele pressiona seu corpo sobre o meu. 
— Kaio, eu realmente não quero. Por favor, saia de perto de mim. — em vez de 
fazer o que eu peço, ele chega ainda mais perto, o que é quase impossível. 
Sua boca está a poucos centímetros da minha, tento empurrar minha cabeça 
para longe da dele, mas só acabo fazendo com que ela bata na geladeira. 
Minhas mãos ficam duras e quando estou pronta para acertá-lo no meio das 
pernas ele cai duro no chão, a primeira pessoa que vejo é Cassie com um taco 
na mão, ela sorri e me oferecea mão para passar sobre o corpo caído. Saímos 
da casa correndo e dando risada. 
Talvez ela não me odeie tanto assim. 
E foi assim que Cassie e eu nos conhecemos, não me lembro de ficarmos 
separadas depois disso. 
—Cassie, você sabe que eu te amo como uma fodida irmã, mas eu já tomei 
minha decisão, mamãe precisa de cuidados médicos pelos quais eu não posso 
pagar. Depois de anos me guardando para a verdadeira pessoa talvez eu 
esteja enganada, talvez meu futuro seja esse. — seus olhos se encheram de 
água, ela segurou minha mão acariciando com o polegar. 
—Você não precisa se vender desse jeito. Podemos conseguir o dinheiro de 
outro jeito, talvez eu consiga um emprego na empresa para você e eu 
procuraria um segundo emprego. —sei que estava tentando me ajudar, mas 
precisava que ela ficasse ao meu lado me incentivando. 
— Não posso fazer isso contigo. Eu sei como é difícil trabalhar no ICE, ele toma 
muito do seu tempo e mais um emprego seria muita carga. Você não 
agüentaria, eu não agüentaria e nós sofreríamos. — disse nervosa. Eu queria 
me vender, não era? —Afinal, eu posso me dar bem e me casar com um belo 
bonitão cheio da grana. 
Aquele lindo rosto preocupado logo se transformou em um lindo sorriso. 
— Ou pode ser um velho banguela e impotente. — caímos na gargalhada, 
mas logo vi quando uma lágrima solitária caiu dos seus lindos olhos. 
Uma lágrima por mim, pelo que eu estava prestes a fazer e pela minha 
inocência. Mas quem disse que sou tão inocente assim? 
Bom, depois que falei com a amiga de Cassie que vendeu a virgindade, 
descobri que foi em uma boate super balada. Ela disse que vivia uma vida de 
cheia de luxo e que seu "dono" era mandão, mas tinha um coração mole. 
Fui até a tal boate conversar com o dono, um cara nos seus 40 anos que só 
pensava no dinheiro, ele disse que minha parte seria de 35% do total, mas não 
aceitei, afinal, quem daria a virgindade? Acabamos concordando que eu 
ficaria com 50%. Depois, ele me pediu para fazer teste de virgindade, gravidez 
e outras doenças venéreas. Como tudo deu negativo, disse que logo estaria no 
leilão me vendendo, não que isso seja uma coisa boa, muito pelo contrário, é 
ruim e nunca faça isso caso seja virgem, pois nenhum dinheiro paga pela sua 
primeira vez. Eu nunca tive namorado, na verdade nunca fui beijada, ai você 
pergunta como uma mulher de 21 anos é virgem até de boca? Simples, meu 
pai abandonou minha mãe grávida e ela me criou sozinha sempre falando 
para não seguir seu exemplo de ser mãe tão cedo, com tantas coisas na 
minha cabeça, eu achava que todo cara com quem fosse foder me deixaria 
grávida e sozinha, esse sempre foi meu maior medo. Desde então, evito fazer 
amor ou até mesmo beijar, por esse motivo sou virgem. 
Neste momento, estou em uma sala rodeada de espelhos vestindo apenas um 
biquíni. Ouço algumas vozes dando lances pela minha virgindade, não consigo 
ver quem fala. Nunca pensei que poderia me assustar mais do que estou 
agora. 
Um cara com voz fina e arrastando as palavras, que mais parece com a de um 
senhor de idade, fala seu lance pelo meu lindo corpo, ou melhor, minha 
virgindade, minha pureza. Você a guarda por 21 anos para um velho 
caquético vir e tomá-la com seu pequeno e impotente... 
Com lances que variam de 100 mil a 800 mil, logo uma voz feminina encheu 
meus ouvidos. Será que eles vendem para mulheres também? Não quero ser 
comprada por uma mulher, nada contra os homossexuais, apesar de achar um 
tamanho desperdício, mas cada um com a sua escolha. 
—Um milhão de dólares. 
—Eu ouvi um milhão e quinhentos mil dólares? 
—3 milhões de dólares! Também cubro qualquer outro valor. — fala uma voz 
grossa que envia arrepios pelo meu corpo. Puta merda, três milhões de dólares 
é dinheiro pra caralho, isso resolveria meus problemas e ainda pagaria o 
tratamento da minha mãe pelo resto da sua vida. 
— Mais alguém? — o locutor exclama pelo alto-falante — Vendida por três 
milhões de dólares. 
Eu fui vendida, acabo de vender minha virgindade. Agora terei um "dono", um 
homem que poderá fazer o que quiser comigo. Aí meu deus! E se ele me 
matar? Quem vai pagar as conta da mamãe? Calma, ele não vai te matar. E 
se ele for velho rabugento? Caramba, não que esteja imaginando um homem 
de 30 anos, maravilhosamente bonito, que me trate bem e no fim nós nos 
apaixonássemos; mas se for velho, que seja pelo menos gentil. Imagina que ele 
deve ter bolas velhas, nada contra senhores de idade transar ou comprar 
“escravas sexuais virgens”, mas vamos combinar, ele deveria estar preocupado 
com um jogo de damas ou qualquer outra coisa que velhos fazem. 
Tenho que para de pensar negativo, talvez seja um... 
— Vamos! — o segurança grosso que me trouxe para essa sala me puxa 
caminhando para outro quarto, percebo que tem somente uma cama com 
duas peças de roupa em cima — Se troque; estarei lá fora, quando terminar 
me chame que irei levá-la até seu dono. 
Ele sai batendo a porta e eu digo para ninguém. 
— Eu não tenho dono! —me sento na cama e permito que as lágrimas venham 
à tona, isso parecia uma ótima ideia, mas não é. Levanto tirando os pedaços 
de pano do meu corpo, pego as roupas e percebo que só tem uma calça 
jeans, uma regata e roupas íntimas. Suspiro colocando as peças de roupa e 
calçando a sapatilha que está no chão, que por acaso é tudo do meu 
número. 
Assim que saio do quarto, avisto o brutamonte parado como uma estátua a 
minha espera, ele me puxa pelo braço passando pelo longo corredor cercado 
de mulheres com biquínis parecidos com o eu usei, algumas não estão vestindo 
nada; além disso, vejo também homens de terno, eles exalam dinheiro. 
O brutamonte para me virando de costa para ele, não me atrevo a perguntar 
por que está fazendo isso e, muito menos, o motivo de ser vendada. Logo tudo 
fica escuro, logo estou sendo arrastada novamente. Ouço o som de uma porta 
se abrindo quando sou jogada para dentro bruscamente e logo o som da 
porta se fechando. Meu corpo começa a tremer e a suar frio, e se ele for um 
cara que tem muitas garotas iguais a mim? Se me matarem e depois me 
enterrarem no quintal? Se for velho gaga? Eca, ele podia bonitinho e, pelo 
menos, saber fazer sexo. Não esperei quase 22 anos para perder a virgindade 
sem ao menos gozar! 
Caralho, calma, tudo no seu tempo, talvez ele seja gentil e carinhoso; talvez 
tenha uma esposa troféu e me pegue para ser seu brinquedinho extraconjugal; 
talvez seja sádico e me bata até que eu tenha que passar dias na cama me 
recuperando; talvez ele queira filhos... 
Ouço o som de sapatos baterem contra o piso de porcelana, minha respiração 
fica mais pesada conforme a pessoa chega mais perto. Sinto uma respiração 
contra meu pescoço fazendo com que eu pule para frente assustada, ouço 
uma clara risada sem muita graça, o que eu tenho certeza é que ele gosta de 
me manter assustada. 
 
 
 
 
 
 
 
 
8. 
 Capítulo 2 
Sebastian Beast 
SUA RESPIRAÇÃO ESTA ofegante; 
As pernas longas tremem; 
Ela possui um perfume doce que reconheci assim que entrei na sala. 
Meu sapato de couro feito sob medida na Itália faz barulho conforme 
ando em sua volta, seu cabelo ruivo natural cai como cascata por suas costas. 
Ela parece muito bonita para uma virgem, provavelmente está mentido. 
Abro o arquivo em minhas mãos tirando os testes de doenças venéreas, 
gravidez e virgindade; pelos o papel consta que ela realmente é virgem, mas 
melhor perguntar o por que... 
O “por que” ronda a minha volta, todos quando me vêem só pensam 
em uma coisa: Por que ele é tão frio? Porque ele tem sempre que pisar em 
cima das pessoas a sua volta? Várias perguntas, mas só uma resposta: eu gosto 
de ter o controle de tudo e de todos, eu sou assim. Quem não gosta de mim: 
bom, porque eu também não gosto de ninguém. Porque eu sou assim, fácil. 
Como toda manhã, eu acordo, saio da cama, vou para ao banheiro 
fazer minha higiene pessoal emijar, é claro. Sabe como é difícil mirar com o 
pau duro? Bom, é assim para mim também, mas tenho uma ótima apontaria. 
Vou até meu closet passando a mão por meus ternos feitos sob medida - 
meu pai sempre diz que um bom chefe deve se vestir com perfeição, pois 
somos os espelhos dos empregados - e logo escolho um terno e uma gravata 
roxa. Me visto e calço um dos meus sapatos brilhantes, também feitos sob 
medida. Olho no espelho e vejo um belo jovem aprendiz que sabe o que quer 
e como vai chegar lá. 
A porta do meu quarto abre, e minha mãe entra com seu perfeito 
cabelo loiro em um apertado coque, ela também se veste com perfeição. Um 
belo vestido vinho que faz contraste com sua pele branca de porcelana. Sorri 
para mim com dentes perfeitos, um sorriso de orelha a orelha. Seus olhos são 
verde claro. Ela está sempre feliz, arrumada e, claro, com uma taça de vinho 
de décadas na mão. Papai sempre sabe com mantê-la feliz: um vinho novo e 
jóias de diferentes pedras - diamantes, rubis, esmeraldas e muito mais -, tipos, 
tamanhos e cores. 
Ela anda até mim com confiança, seus saltos batem contra o piso de 
porcelana. 
— Querido, como você está bonito! — suas delicadas mãos vão para 
minha gravata desfeita e começa a fazer o nó - Tão parecido com o seu pai 
na sua idade. Aí, o meu bebê está crescendo. 
Os olhos verdes dela brilham com as lágrimas não derramadas. Mamãe 
é gentil e doce. Ela termina de fazer o nó e olha para o espelho que nos reflete. 
— Venha querido, seu pai deve já ter cabelos brancos com a demora. -
passa a mão ajeitando meu cabelo, mas ele volta novamente. 
—Vamos, mãe. — digo simplesmente. Saímos do meu quarto e entramos 
em um enorme corredor com milhares de portas. 
Passamos pelo corredor enorme e descemos as escadas, papai já me 
espera na porta impaciente; com seu terno parecido com o meu. Eu sou como 
seu espelho, só que mais novo. 
— Que demora Sebastian, demora tanto quanto uma mulher para se 
arrumar. — com um copo de Jake na mão e o charuto cubano na outra. 
—Já estou aqui, não? Vamos pai, cuidado com o charuto isso ainda vai 
te matar. 
— Bom, ouvi dizer que mata aos poucos e não tenho pressa de morrer, 
então? Foda-se. — rio, papai sempre diz a mesma coisa todas as vezes que eu 
falo o quanto isso pode prejudicá-lo. 
— Querido, olhe os palavrões perto do meu garotinho. V mamãe tapa 
meus ouvidos com certa dificuldade, pois minha altura não se compara com a 
dela. Mesmo nos saltos e nas pontas dos pés ainda sou mais alto. 
— Querida, ele não é mais um menino, já até fode. —sorrio com essa 
declaração. Bom, desde os 14 anos eu venho tendo sexo, sexo selvagem, com 
prostitutas, amigas da minha mãe e as filhas delas também. 
— Não quero ouvir! Isso é uma coisa pessoal, mas já que tocamos no 
assunto... — vira para mim e coloca as mãos no meu ombro me forçando a 
olhá-la. — Use camisinha, as mulheres estão sempre querendo fisgar um cara 
rico como você. 
Meu pai já havia me alertado das vadias caçadoras de fortuna, elas 
querem sempre uma coisa: dinheiro. E eu nunca vou dar esse gostinho a 
nenhuma vadia. 
— Pai, estamos atrasados, vamos. — passo por minha mãe e vou em 
direção à porta. Meu pai me segue, estamos atrasados para a reunião com um 
empresário do ramo alimentício. Minha família é dona de uma cadeia mundial 
de restaurantes 5 estrelas, para conseguir uma mesa tem que ter meses de 
reserva. Os maiores e melhores famosos já foram lá, desde o presidente dos 
EUA até a Rainha da Inglaterra. A família BEATS tem muita influência. 
Saímos da mansão e um carro com motorista já espera por nós. John, o 
motorista, abre a porta para meu pai entrar e eu entro logo atrás. A mansão 
tem uma enorme piscina bem na frente da entrada. Logo passamos pelo 
portão indo em direção a Applestorende, um famoso restaurante que é muito 
bom, apesar de não ser da cadeia dos Beats. 
— Seja educado e não fale nada, só quando eu disser. Vou lhe 
apresentar como meu herdeiro, você precisa se mostrar inteligente ficando 
atento. - meu pai sempre me instruí que devo ficar quieto, mas prestando 
atenção em tudo o que ele fala. 
Aceno concordado. Logo estamos em frente a um belo restaurante, o 
motorista abre a porta e eu e meu papai saímos. Assim que entramos avistamos 
os empresários, com passos logos e confiantes andamos até eles. 
— Senhores, gostaria de apresentar meus sócios. — o mais alto em torno 
de 50 anos levanta e me estende a mão, aperto com firmeza. — Sr. Dostokss e 
Sr. Aloskey. 
— Prazer, Sebastian Beast ΙΙΙ — digo com confiança. “Sebastian Beast” 
são antigos, todos os filhos homens têm. Eu sou o terceiro, meu filho herdeiro 
será o quarto e o filho do meu filho será o quinto, assim por diante. 
- Então você deve ser o segundo? Já que seu filho é o terceiro. - 
pergunta Aloskey fazendo todos rirem. 
—Sim, mas pode me chamar de Sebastian e meu filho de Beast. 
Assim a conversa flui. Meu pai quer comprar a cadeia de restaurantes 
deles e fazê-las uma só, mas os empresários estão com receio de vender - eles 
querem entrar em outro ramo e nós queremos monopolizar os restaurantes 5 
estrelas. Vendo que a conversa vai longe, peço o cardápio de bebidas ao 
garçom, todos pedem um Jack duplo. Perguntam minha opinião poucas vezes 
e eu fico na minha avaliando a conversa. 
— Não sei se quero vender nossa cadeia, sei que a família Beast vem há 
muito tempo querendo monopolizar o ramo alimentício. Pensando bem, acho 
que isso não fluirá. — comenta um dos empresários, mesmo sabendo que não 
deveria me meter eu me intrometo. 
— Se o senhor não quer mais permanecer no ramo alimentício, nós 
somos sua melhor escolha. Poucos estão no nosso nível, vamos fazer seus 
restaurantes um dos melhores do mundo. Nossa família possui todo um mérito 
depois de todos esses anos comprando restaurantes quebrados e 
transformando-os em melhores do mundo pela marca Beast, o que os senhores 
têm medo? Se desconfiam da nossa empresa é melhor não vender, não estão 
preparados para mudar de ramo. - dito as palavras finais, observo que todos 
estão me olhando com boca aberta e olhos arregalados de surpresa. Meu pai 
não gostou nada do que eu disse, mas já saiu e agora já era. 
Querendo acabar com a conversa de vez, tomo o último gole do meu 
Jake duplo e me levanto da mesa. Meu pai me acompanha demonstrando 
que vai sobrar nas minhas costas, mas esses caras estavam fazendo cu doce. 
Tiro minha carteira jogando 4 notas de cem, não deve nem ter dado isso tudo, 
mas deixo mesmo assim. Nos despedimos deles e andamos em direção a saída 
do restaurante. 
— Mas que merda Sebastian, não falei para ficar com a boca fechada e 
só falar quando pedisse sua opinião? — repreende meu pai que está vermelho 
de raiva, sorrio em relação a isso. Assim que passamos pela porta de entrada e 
saída, avistamos o nosso motorista descendo a rua do restaurante em nossa 
direção. Odeio ter que pedir as coisas para as pessoas, porra. Quando eu sei, 
eu faço, e esteja atento porque não tolero atrasos e muito menos mimimi. 
— Eles estavam fazendo cu doce e você caindo na deles, queriam 
valorizar o restaurante que vale menos que a contraproposta que fizemos. – 
rebato verificando as horas no meu relógio. 
O nosso carro para, e o motorista, apressado para abrir a porta, tropeça 
nos próprios pés. Levanta rapidamente com a calça social rasgada nos joelhos 
e suja do chão da rua. As pessoas boas sabem simplesmente caminhar 
rapidamente sem tropeçar nos próprios pés, idiota. Não espero ele vir até mim 
sujo, vou em sua direção abaixando a cabeça para olhar em seus olhos 
castanhos, nossa diferença é enorme. 
-Se você pensa que vai entrar no carro sujo que nem a ralé, está 
enganado. Burro, tropeçou nos próprios pés. Está demitido, agora saia da 
minha frente. -ele fica imóvel olhando para a minha cara, abre a boca, mas 
logo fecha. Ótimo, por um momento pensei que iria fazer igual ao último que 
começou a gritaro quanto eu era intolerante. Caminho em direção ao carro 
no lugar do motorista, mas, antes, acabo ouvindo a sua revolta. 
— Você é um monstro, pior que seu pai; sem coração e, se tiver, é de 
gelo. Ninguém nunca vai conseguir amar alguém igual a você. Nem mesmo 
sua mãe consegue te amar, vai morrer sozinho e no final vamos ter o mesmo 
fim, não importa se é rico, pobre, branco ou preto, pois no final somos iguais. 
— Como você mesmo diz: monstro, fera ou o que você quiser nomear, 
mas até o final chegar vou viver otimamente enquanto você terá que 
agüentar outras pessoas iguais a mim. — sem mais nada a dizer entro no carro 
e papai senta ao meu lado, dou partida e logo estamos indo em direção a 
casa. 
— Ainda estou bravo por você melar meu negócio, mas… 
— Já falei que não melei nada, eles ainda vão te ligar. — o corto. Odeio 
quando ele acha que estou errado, mas ao contrário do que pensa, eu sei 
muito bem o que fiz. Tenho todos os passos planejados e não preciso de um 
plano B, pois sei que nada sairá do controle. 
— Mas para governar nossa empresa e as filiais de restaurantes têm que 
ter mão de ferro. Igual ao que você fez com o motorista idiota, você sempre é 
meu orgulho. Meu filho e herdeiro. 
Apenas aceno com a cabeça concordando e fixo meu olhar na 
estrada, pelo retrovisor avisto uma ambulância correndo pela pista molhada, 
ela me corta e vira na rua que sobe para a minha casa, que é única residência 
que tem ali. Viro para o meu pai e trocamos olhares confusos, meu 
pensamento vai para a mamãe e parece que ele também pensa o mesmo, 
pois rapidamente pega o celular fazendo ligações lá para casa. Acelero o 
carro e passo pelo portão da nossa casa vendo a ambulância parar ali ao lado 
de vários carros de polícia. Estaciono de qualquer jeito e pulo fora correndo em 
direção à porta de entrada, a sala está repleta de homens fardados que 
tentam me parar. 
— Senhor não entre aí, aqui é uma cena de um crime. — diz um dos 
policiais, o empurro e atravesso a sala como um raio. 
Tem um corpo esticado no chão repleto de sangue com várias 
plaquinhas com números e uma faixa amarela ao redor dizendo '‘cena de 
crime’'. Que crime? Passo pela faixa e ando até o corpo coberto por um pano 
preto, por favor, que não seja minha mamãe. 
Por favor! 
Puxo o pano relevando longos cabelos manchados de sangue 
espelhados pelo chão. O rosto angelical de minha mãe está pálido; os olhos 
estão abertos com um lindo verde iguais aos meus, mas sem brilho e sem vida. 
As lágrimas ardem meus olhos. Sinto uma mão no meu ombro e viro vendo 
lágrimas escorrerem pela bochecha do meu pai, ele cai de joelhos e toca o 
rosto da minha mãe. 
O amor deles era como um conto de fadas que qualquer um podia 
perceber. O amor nos deixa vulnerável. A dor no peito é tão grande que não 
desejo ao meu pior inimigo. Não quero, nem pretendo sentir isso de novo. 
Beijo a testa da minha mãe fechando seus olhos, suas mãos estão 
fechadas segurando algo, abro e vejo um pingente com um pequeno ponto 
de esmeralda: o colar que papai deu a ela quando estava grávida de mim, a 
esmeralda representava seus olhos verdes. Puxo a corrente de sua mão junto 
com o anel de casamento, um lindo diamante. Papai olha para mim, sabe o 
porque estou pegando. A dor em seus olhos é evidente, explodindo em soluços 
ele deita sobre o corpo de minha mãe e chora. 
Olho para ruiva na minha frente e saio pela porta sem fazer barulho. 
 
 
 
 
 
 
 
9. 
 Capítulo 3 
Mia Amorim 
 
 
 
O clique da porta se fechando me tira do meu transe , o som do seu sapato 
batendo contra o chão e sua respiração contra meu pescoço me arrepiou 
inteira. Sinto meu corpo tremer , a porta se abre novamente e sou arrancada 
dos meus pés e arrastada. O aperto sobre o meu braço me irrita, tento me 
soltar mais não consigo. Bufo irritada, a mão grande em torno do meu braço 
me puxa e me aperta mais, tenho certeza que ficará a marca. Sempre odiei o 
meu tom de pele. 
Nós paramos, sinto o vento gelar minha pele, presumo que estamos fora da 
"Boate". Ouso o som de um carro parando e de dois caras conversando 
baixinho. 
Sou arrastada de novo , talvez para a minha morte iminente. Tenho tanto a 
viver, mas, não estou fazendo isso por mim. Sim, pela minha querida mãe. 
Depois do que eu fiz para ela tudo que posso é recompensa—lá. Ouço a porta 
do carro se abrir. 
—Vamos logo, Carl. Não tenho a noite toda. -— uma voz grossa, 
provavelmente a mesma voz que falou no leilão. A voz da pessoa que me 
comprou como sua escrava sexual. A pessoa que agora eu pertenço, como 
um animal, como uma joia que foi leiloada. Arrastadas em poucos passos sou 
jogada dentro do carro, apesar de não poder ver, sinto o cheio de um perfume 
caro, banco de couro macio, o carro parecia grande. A porta fecha logo 
depois de eu entrar, o carro logo está em movimento, sinto que a pessoa ao 
meu lado esta olhando para mim, o que é muito esquisito, Uma mão com 
dedos grossos passa pelo meu braço imitindo arrepios por todo meu corpo, 
estremeço e ele percebe mas não se afasta pelo contrário, sua mão sobe ate 
meu pescoço, passar por meus cabelos, enfia seus dedos pelos meus fios ruivos 
e agarra puxando para trás deixando meu pescoço livre, sinto quando ele 
muda para mais perto de mim, seu hálito é quente contra o meu ouvido 
quando ele fala: 
— Não tenha medo, querida. Não agora pelo menos, — ele aperta sua mão 
mais em torno do meu cabelo, estremeço com a dor. Ele parece gostar, 
porque ele dá uma pequena risada. — Guarde seu medo para mais tarde, 
quando eu estiver sozinho com você, não irá ter ninguém para ouvir seus gritos 
de medo... E mesmo que alguém ouça, você é minha, minha propriedade. 
Tenho um papel para comprovar isso, eu paguei por você, como uma 
mercadoria, ou melhor, minha escrava sexual virgem. 
Ele me libera do seu aperto, e se moveu ate seu lugar. Acho que eu estou 
fudida, ele provavelmente vai transar comigo e depois me matar ou pior ele 
vai me deixar presa sem comida e sem aguá me usando só para se esvaziar. 
A viajem de carro não demora muito, e logo a porta é aberta e como sempre 
sou arrastada para fora do carro, assim que estabilizo meus pés no chão eu 
puxo meu braço do seu aperto. 
—Eu sei andar muito bem sozinha, não preciso ser arrastada Ogro. — Ouço um 
fundo suspiro, a pessoa pega meu braço novamente, ainda mais apertado do 
que antes, sendo impossível tirar meu braço. Com um suspiro de derrota sou 
arrastada novamente. Tropeço em meus chinelos, pois o cara está andando 
rápido demais, apesar de ser um pouco alta, ele provavelmente deveria ter o 
dobro do meu tamanho e largura. 
— Escadas. — É só isso que ele fala, antes de me arrastar para cima, mesmo 
tropeçando em alguns degraus subo tranquilamente, assim que chego ao topo 
sinto o ar gelado do ar-condicionado, isso é um avião? 
— É um avião? — O cara não responte então fixo os meus pés no chão, ele me 
puxa mais fixo minhas mãos na lateral de uma porta, a porta de um avião. Vão 
me levar para um país desconhecido onde vão me abrir e tirar todos os meus 
órgãos para vender. Agora que não vou mesmo. — Não vou . 
—Anda logo moça, se ele vir aqui será pior eu não quero te machucar, mas 
ele? É o que ele mais gosta, de machucar qualquer pessoa. Vamos, até onde 
eu posso estar com você, estará segura. — Fala rapidamente. 
Esse tal cara seria o meu '''dono'''? Puta merda se eu estava com medo antes, 
agora estou a terrorizada, quem esse homem pode ser? 
— Só me diga para onde estamos indo? — Suplico a ele, mantendo a mão em 
meu braço só que menos forte, ele suspira. 
—Eu não sei, tivemos uma mudança de última hora. 
— Mas... mas... não será uma viajem para fora do país? Certo? — Pergunto, 
minha garganta trava na maioria das palavras mais creio que ele me 
entendeu. 
— Eu realmente não sei, espero que não. — Sei que eu fiz uma merda, mas, 
preciso ser a porra de uma mulher e encarar os fatos.Eu fui vendida, eu não 
era de mim mesmo mais, eu tinha um dono, um chefe que tinha tudo de mim. 
Meu corpo, minha alma , mas, não tinha a única coisas que ele nunca poderá 
tirar e nem comprar de mim. Esperança. -Se a senhora não me seguir ele ficará 
bravo terei que punir você, mas você parece tão inocente não sabe na merda 
do caralho que você se meteu. Ele é o gelo puro, ele odeia pessoas. 
Relutantemente eu deixo ele me guiar para dentro do avião, as palavras deles 
passam como reprises das novelas mexicanas. 
Ele é o gelo puro 
Ele odeia pessoas 
Ele poderia ser tão ruim assim? Ninguém é para ser assim. Frio tenho certeza 
que no fundo ele tem coração, talvez bem lá no fundo, mas pelo pouco que 
fiquei na sua presença senti o frio na sua voz, frieza dos seus dedos contra a 
minha pele. Logo chegamos na minha poltrona, e sou sentada nela, o moço 
fecha o sinto de segurança e regula na minha fina cintura. 
— Será que rola uma água? To morta de sede. 
— Irei ver o que posso fazer. 
Antes que ele possar tirar sua mão do cinto eu a agarro e digo: 
—Obrigada. — Solto a mão dele, e ouço seus passos se distanciando para 
longe, me deixando sozinha e logo mais com a companhia do meu 'dono' 
Meu corpo está tenso debaixo da poltrona macia de couro, era diferente de 
qualquer couro que eu já tenha sentido. Era macio, minhas mãos deslizavam 
facilmente sobre a superfície de couro de verdade. Nada como aqueles que 
compramos na loja, ou aquelas roupas que compramos na feira da 
madrugada. Aquele ambiente parecia exalar riqueza, mesmo não podendo 
ver como realmente era o avião, eu sabia que tudo era de última geração. 
Ouço os passos e logo alguém passa por mim e se senta ao meu lado, eu 
espero que seja aquele guarda que me arrastou para cá, mas parte de mim 
sabia que não era ele é sim o terrível homem que o guarda descreveu. 
—Não fique preocupada, pequena violeta. Logo estaremos em casa, onde 
você adorará querer sair. — Uma pequena risada que me arrepia Inteira. — A 
viajem não será longa. 
Ele não diz mais nada, uma aeromoça chega perto e nos perguntas se 
queremos alguma coisa, o meu "dono" simplesmente manda ela sumir da 
frente dele. Tão mal educado, eu falo que gostaria de uma água. Mas, o 
homem ao meu lado manda ela não trazer nada. Suspiro derrotada, agora ele 
vai controlar até o que eu bebo ou deixo de beber. 
—Tudo bem, senhor Beast. 
Então o sobrenome dele é Beast. Esse nome não me é estranho. Ele 
provavelmente é uma figura pública, imagina o quanto séria escandaloso se 
souberem que ele comprou uma escrava sexual. Deve ser por isso que assinei 
um contrato de confiabilidade. 
(...) 
A viajem realmente não foi longa, apesar do frio na barriga pela minha 
primeira viajem de avião, foi tranquila. Mas, na hora de levantar voou e na 
hora do pouso, eu quase vomitei, meus dedos ficaram fixo nos braços da 
poltrona. Sou arrancada da minha poltrona só que dessa vez pelo meu "dono". 
Ele tinha o domínio sobre mim, tudo que eu fazia era seguir ou tentar, pois ele 
andava rápido. Tanto que era difícil seguir seus passos. 
—Vamos, não tenho tempo a perde com a sua estupidez. — Gritou ele para 
mim me fazendo pular. 
Descemos a escada do avião, um carro para em nossa frente. Ele me joga 
dentro e bate a porta com força. 
A viagem de carro não demora muito, antes de descermos eu pergunto. 
—Posso tirar a venda? 
—Não. - simplesmente responde. 
—Por que não? 
—Porque eu disse que não. 
—Mas tá me incomodando, tá apertada fazendo minha cabeça doer. — 
Insisto, ela me machuca e estou tão curiosa para ver onde estou, olhar para 
fora da janela e ver o que se esconde por trás do vidro e também quero muito 
olhar para ele, ver quem me comprou, meu dono. O cara que eu passarei um 
bom tempo, ele será o meu primeiro tudo, mas, não vou deixar ser meu 
primeiro beijo. Depois de anos cuidado da minha mãe e me corroendo pela 
culpa, meu tempo para namorar era zero, nenhum cara de escola me fez 
querer transar. Já fui convidada para sair, a única vez que quase deu um passo 
adiante foi no dia em que conheci Cassie. O dia que ela bateu nele e meu 
salvo dele, o dia em que nos tornamos grandes amigas. Faz pouco tempo que 
estou longe da minha amiga e já estou com saudades, saudades das suas 
risadas, suas brincadeiras. E de como ela fala mal das "inimigas". Sinto falta de 
tudo e nem fiquei muito tempo longe, a saudade da minha mãe também é 
grande. 
—Você não pode tirar e acabou. Faz o que eu mando e você por enquanto 
terá sua linda bunda a salva do meu chicote. — Ele disse chicote? 
—Tipo 50 tons de cinza? — Pergunto virando o rosto para o lado enquanto 
encararia seus olhos, mas como os olhos vendado não dá para focar nele. 
—Há? 50 tons de que? — Ele pergunta meio confuso. Serio que ele disse que ia 
me chicotear e não sabe o que é 50 tons de cinza? 
— Christian Grey? Anastásia? Você sabe qual é! Bem resumirei a você. Menina 
inocente. Cara rico. Sadomasoquismo. 
-— Ah, sei o que está falando. Aquele filme não é nada comparado o que 
realmente é o sadomasoquismo, mas, logo você saberá, tenho certeza que 
adorará. Pois o que ele fala não é nem a metade do que farei você sentir seja 
dor ou prazer. — Sua mão agarra o meu cabelo me puxando contra ele. — É 
você não terá o que fazer a não ser, me agradar, pois eu te darei um aviso. 
Faça o que mando, do jeito que eu gosto, por que se não as coisas ficaram 
ruim para você. Não pense que tenho bom coração, ou que alguém possa 
derreter o que não tem. Eu sou a sim, a muitos anos. Jogue com as minhas 
regras, mas, não jogue com meu jogo. 
Assim que o carro para completamente logo sou arrastada como sempre para 
fora do carro. Meu braço já está doendo de tanto ser puxada com uma 
marionete. Para lá... E para cá... Uma merda. 
Subimos alguns degraus, sinto o cheiro de árvores, e um som de cascata 
provavelmente de uma piscina. Ouço uma porta se abrir. 
—Boa noite senhor Beast. 
—Boa. - simplesmente responde 
—Oi, boa noite. Meu nome é... 
—Quieta matraca. Max arrumou tudo que te pedi? 
—Sim senhor. 
—Ótimo, leve essa moça para o salão principal. Logo estarei lá. 
O moço que eu acho que deve ser o mordomo ou algo do tipo, me conduz e 
logo chegamos em uma sala onde ele me manda sentar, pergunto se posso ter 
um copo e água. 
—Claro, senhorita. 
Logo o som de seus passos desaparecem, e são substituídos por outro, o som 
vem acho que de trás de mim, viro minha cabeça na intenção de ver quem 
está vindo, mas, com essa venda tudo que vejo é o maldito escuro. 
Alguém puxa o laço da minha venda, que cai do meu rosto imediatamente, 
eu estava prepara para tudo, menos para o que estava vendo agora. 
 
 
 
 
 
 
 
 
10. 
 Capítulo 4 
Sebastian Beast 
 
 Estou olhando fixamente para a garota ruiva a minha frente, ela possui um 
olhar de surpresa e sua boca está aberta mostrando os lindos dentes brancos. 
Eu sei o por que desse olhar surpreso e de sua boca aberta; não é por mal , 
mas eu tenho conhecimento da minha beleza. Eu me olho todos os dias de 
manhã no espelho e vejo um cara em ótimo estado em plenos seus 33 anos. 
Meus olhos verdes que nem esmeralda deixam às mulheres enlouquecidas, 
meu cabelo preto é levemente ondulado, tenho um sorriso confiante e, claro, 
me visto como ninguém; as únicas pessoas que me viram sem terno são as 
mulheres que eu fodo. Sou uma figura pública, sou apresentador de um 
programa e dono de uma grande franquia de restaurantes. Dinheiro e mulheres 
não me faltam, mas, recentemente, me dei conta que nunca tive uma virgem. 
Já tive todos os tipos de mulheres, em todas as fantasias sexuais que são 
possíveis, menos uma virgem, quero estourar a cereja e é o motivo que nos traz 
aqui. 
Estou de frente para essa linda mulher, aquela que eu irei me acabar de 
tanto foder. Quando for a hora dela ir embora tenho certeza que irá me 
agradecer, pois sairá como uma atriz pornô e uma legítima submissa.Tudo o que eu quero é poder, dinheiro e mulher. Posso ser igual ao dono 
da Playboy daqui a uns 40 anos: velho e cheio de coelhinhas ao meus redor. 
Não existe amor em mim, tudo o que eu sei é sexo de todas as formas e jeitos 
possíveis. Se você me observar fodendo alguém, irá querer ser aproxima e 
voltar mais vezes. 
Dou passos para frente chegando mais perto da bela ruiva, pego seu 
cabelo e o puxo para trás a fazendo olhar fixamente em meus olhos. Seu 
cabelo ruivo é o que mais gostei nela e depois vêm os olhos cinza, mas que às 
vezes parecem ser castanhos. O que eu mais quero ver é seu corpo nu debaixo 
de mim, amarrado em minha cama. 
Pego seu queixo com força a puxando para cima; apesar de ser alta, 
sua cabeça bate em meu peito. Examino seu rosto angelical e então a 
empurro de volta para o sofá. Ando até a outra extremidade da sala e pego 
um copo enchendo com um bom Jack. Sento-me em minha cadeira de couro 
– tudo ainda permanece exatamente como minha mamãe deixou, nunca 
mudei nada, gosto de pensar que foi ela que arrumou tudo. 
— Venha até mim, pequena violeta. — chamo a ruiva que parece 
desconfortável, ela levanta do sofá e caminha calmamente até mim. — Tire 
sua roupa, eu quero ver a mercadoria que eu comprei. 
Ela me olha com os grandes olhos arregalados, eu apenas bebo meu 
bom Jack. 
— Não acho que devo simplesmente tirar minhas roupas no meio da 
sala... 
— Cala a maldita boca matraca e tira a porra da roupa. Eu te comprei, 
você é minha mercadoria, minha... Se eu mandar você tirar a porra da roupa, 
você tira. Não reclame. 
Vejo que até ela saber seu lugar e se tornar a submissa perfeita irá 
demorar um pouco. A ruiva tira timidamente as poucas peças e as deixa no 
chão. 
— Dobre suas roupas, não gosto de bagunça. — ela rapidamente se 
abaixa, pegas as roupas e as dobra colocando perto da mesinha mais próxima 
—Tire a calcinha e o sutiã. 
Sua calcinha escorrega pelas longas pernas pálidas, seu sutiã sai 
mostrando os seios fartos. 
—São de verdade? 
— O que é de verdade? — pergunta respondendo minha pergunta. 
— Suas tetas são grandes. São de verdades ou são aquelas coisas falsas 
de silicone? 
— São meus. — Seus braços correm para cobri-los, eu a impeço de fazer 
essa atrocidade e tirar minha bela paisagem. 
— Deixe-me verificar. Chegue mais perto. 
— Que? — suspiro e olho bem em seus olhos demonstrando que estou 
para poucos amigos; na verdade, eu não tenho nenhum. Não confio em 
ninguém e, muito menos, em mim mesmo. 
Ela chega mais perto e cai de joelhos em minha frente. Bom, parece que 
ela aos poucos vai a prendendo como funciona. Eu tenho o pau aqui, eu 
mando nela. Minha propriedade. Minhas mãos vão até seus seios os apertando 
levemente. É, são de verdades, aperto um pouco mais forte a fazendo 
estremecer, sorrio. 
— Levantasse, puxe aquele puff e sente-se em minha frente com as 
pernas abertas. — ela rapidamente sai de seus joelhos e vai atrás do puff o 
deixando em minha frente. Ela senta e abre as pernas, mas não o suficiente 
para poder ver sua boceta aparada. — Mais. 
Ela abre mais e assim posso vê-la, é uma porra toda fechadinha, pronta 
para ser aberta. O pensamento que mais nenhum homem já esteve entre 
aquelas pernas me deixa malditamente feliz. Passo a mão pela sua coxa macia 
a fazendo se arrepiar com meu toque. Traço meus dedos mais para cima, 
onde está seu monte, ela arregala os olhos e parece querer me parar, mas não 
faz nenhum movimento. 
Bom. 
Meus dedos tocam seu clitóris e ela suspira, dou uma pequena risada, 
mal a toquei e já está suspirando. Separo seus grandes lábios deixando a visão 
do seu canal vaginal. Intacta. Tão gostosa. 
O suficiente por hoje. Já tenho minha confirmação e o que resta é ir para 
cama, meu dia foi cansativo. Meu corpo doe, eu odeio viajar, mas valeu a 
pena por causa dessa aquisição. Ela é toda tímida e delicada, mal posso 
esperar para amarrá-la em minha cama com a bunda no ar e usar meu 
chicote para deixar marcas em sua linda pele. Apesar do meu pau pressionar o 
tecido da calça social, me levanto e acabo assustando-a , ela cair para trás 
com as pernas abertas. Minha visão daqui de cima é show. Quero tanto come-
la, mas me seguro. Chegará o dia em que vou estourar sua cereja, não hoje, 
não agora, mas logo. Enquanto isso, posso me contentar com sexo anal. Outro 
buraco nela virgem e intocado. Você não sabe o tamanho da minha vontade 
de fode-la agora mesmo, só abrir minha braguilha e enfiar meu pau; mas eu 
quero que seja diferente. Quero que doa mais do que uma simples foda no 
chão. 
— Levanta logo, pequena Violeta. Não tenho a noite inteira para ficar 
esperando você reagir. — ela levanta rapidamente pegando suas roupas em 
cima da mesinha, eu balanço minha cabeça e começo a andar de volta para 
a entrada principal. Vejo que ela não está me seguindo. 
— O que é que você está fazendo, pequena violeta? 
— Estou colocando minha roupa. — responde tão baixo que mal ouço. 
Me viro vendo-a colocar o sutiã com a calcinha já em seu devido lugar. 
Volto para trás segurando seu braço. 
— Agora você é minha, quando eu estiver em casa não use roupas. — 
traço meu dedo entre seus seios e vou descendo. — Na minha ausência pode 
se vestir, mas só vestidos. Nada de calça jeans e esse tipo de blusa. Me dê suas 
roupas que irei mandar queimá-las. 
Não espero ela reagir, pego as roupas da sua mão e saio a arrastando 
comigo até a entrada principal. 
—Max! - grito o nome do meu mordomo, ele logo aparece. 
—Sim, senhor. 
—Quero que queime essas roupas e dispense todos os que estão 
trabalhando hoje na casa, mas antes peça que cozinhe e deixe a mesa do 
jantar arrumada. 
— Claro, senhor. Gostaria que eu o chamasse quando tudo estiver 
pronto? 
—Sim. — me viro arrastando minha propriedade até a escada. La é cima 
ficam os quartos, os banheiros, 3 salas, uma grande biblioteca, entre outras 
coisas. Assim que subimos, a seguro mais forte caminhando pela esquerda, 
meu quarto é o único do corredor. Ninguém nunca foi lá, minhas submissas são 
sempre levadas para um hotel — no qual eu tenho um quarto de Rei. 
O motivo pelo qual estou a levando para o quarto que poucos entraram 
é bem simples: eu a quero perto de mim, totalmente acessível para abusar 
daquele lindo corpo. O corpo dela é só meu, ela é minha. É tudo meu, caralho! 
Eu adoro o poder. Quando você apenas tem um gostinho já fica obcecado. 
Abro a porta do quarto a arrastando até minha enorme cama, ela foi 
feita sob medida pelo ortopedista mais conceituado em sua área de trabalho. 
Valeu milhões. 
— Tire minha roupa. — cuspo as palavras fazendo com que me olha 
assustada. Gosto do medo em seu olhar. 
— Como? — Odeio quando a pequena violeta responde minha 
pergunta com outra pergunta. 
— Quando eu mandar algo: faça. Eu mando e você obedece. Tire. 
Minhas. Roupas. Agora. 
Rapidamente fica de joelhos na beirada da cama começando a tirar 
meu paletó. Ele escorrega de meus ombros e ela o pega colocando 
cuidadosamente ao meu lado. Depois volta sua atenção para a minha 
gravata, ela desfaz o nó e a coloca junto com meu paletó. Depois vem a 
camisa, abre um por um dos botões. Termina de me despir da cintura para 
cima passando a blusa por meus ombros e colocando junto com as outras 
peças. Meu corpo é todo tatuado, não tem um lugar livre em todo meu peito e 
costas. Tudo coberto por tatuagem. Ela me olha chocada, a maioria das 
pessoas também olham assim. Quem desconfiaria que eu fosse coberto de 
tatuagens? Ninguém. 
Suas mãos trêmulas vão para o meu cinto, ela rapidamente o tira e abre 
a braguilha da minha calça com certa dificuldade. O tecido escorrega e meu 
pau salta em vida depois de ter ficado horas dentro de uma calça. Ela olha 
para baixo assustada. 
— Ah meu Deus, isso são piercings? 
— São. — não é a primeira a me perguntar isso. 
— Mais isso não dói? 
— Dói, mas eu gosto da dor. 
— Você tira para fazer sexo? — pergunta timidamente,vejo sua mão 
tremer em antecipação de me tocar. 
— Não, pequena violeta. Eu fodo com todos os piercings. 
— Posso tocar? Nunca tinha visto com piercing antes. 
— Pode tocar e, se quiser, colocar na boca. Você já tinha visto um pau 
antes? — não deixo de perguntar, a minha curiosidade é grande em saber até 
onde é virginal. 
—Já tinha visto em filme. 
Pego sua mão e coloco no meu pau, ela me olha com os olhos 
arregalados e então começa a examiná-lo. Passa as pontas dos dedos em 
meus piercings e olha para mim. 
— Chega por hoje — digo. 
Saio de perto da cama e vou em direção ao meu closet, pego duas 
tolhas e volto para o quarto. A ruiva ainda esta na beira da cama olhando 
fixamente para mim. Jogo uma toalha nela. 
— Vamos tomar banho. — Ela pula da cama sem questionar e no 
caminho até o banheiro tira o sutiã e a calcinha. 
Ligo a banheira e pego no armário uma escova de dente nova. Depois 
que assinei o cheque que pagava minha mercadoria, liguei para meu 
mordomo e pedi que arranjasse escova de dente, shampoo, condicionador, 
escova de cabelo, vestido e outras coisas de mulher. Entrego a escova para a 
pequena violeta e ela rapidamente a pega usando a pia do meu lado 
enquanto eu uso a outra. As duas pias foi ideia da minha mãe, ela dizia que 
uma mulher precisava de seu espaço e o homem também. 
— Amanhã iremos comprar tudo que você precisa: sapatos, roupas, 
cosméticos e outras merda que quiser. 
— Obrigada. 
-— Obrigada pelo o que? 
— Por comprar essas coisas, mas não irei precisar de muito, só roupa e 
absorventes já está ótimo. — coloca a pasta de dente nas cerdas e me 
entrega o tubo. Começa a escovar enquanto faço a mesma coisa. Eu sou 
meio “maníaco por limpeza” e por isso eu escovo meus dentes sempre que 
posso, tenho mais empregadas do que dedos. Eu limpo meu quarto, não gosto 
que invadam meu espaço pessoal, tudo é esterilizado com álcool. Termino de 
escovar os dentes limpando os respingos de pasta e guardando a escova. 
Quando a ruiva termina faz a mesma coisa; ótimo,ela aprende rápido. 
O bico do seu peito está ereto fazendo meu pau se contrair. Ela olha 
para baixo fixando no meu volume, morde o lábio inferior mostrando que 
apesar de virgem, está longe de ser inocente. Passo minha mão em sua nuca e 
a pego pelo cabelo fazendo com que se ajoelhe na minha frente com meu 
pau na sua cara. 
— Me chupe. 
 
 
 
 
 
 
 
11. 
 Capítulo 5 
Mia Amorim 
 
 Estou de joelhos na frente do cara mais lindo de todos. Lembra quando eu 
disse que já tinha ouvido falar no sobrenome Beast? Lembrei agora, ele é o 
dono de uma das maiores cadeias de restaurante e apresentador do 
programa de desafios culinários Hells Chef. Eu adorava assistir junto com Cassie, 
se ela soubesse que estou prestes a chupar o pau do grande Sebastian Beast 
teria um troço. Seu pau é tão lindo quanto ele, além de ser grande e grosso. 
Isso não vai caber na minha boca, apesar de ter visto pornográfica o pau do 
cara não era nem a metade do tamanho e grossura do que está na minha 
cara. 
— Você irá ficar me olhando ou vai fazer o que te mandei? 
— É que eu... Eu... Não sei o que fazer- digo as últimas palavras baixinho, 
ele suspira. 
— Dá sua mão. — Beast estende a mão envolvendo a minha com a sua. 
Ele guia nossas mãos até seu pau, quase que não consigo o envolver todo. 
Porra, imagina quando formos transar, se sou fechada, depois do sexo vou ficar 
arrombada. -Passe sua mão para cima e para baixo. 
Faço o que diz olhando para seu rosto, nenhuma expressão. Acho que 
estou fazendo errado. Passo minha mão de novo um pouco mais rápida e mais 
forte, mas tudo que ganho é um pequeno suspiro. Me arrisco passando a 
ponta da língua no seu pau - sempre mantendo meus olhos atentos nos deles – 
e constato que tem um gosto salgado e não muito agradável, na aula que 
Cassie me deu sobre sexo ela não ensinou a fazer um boquete, nem punheta. 
Ele tira minha mão e me empurra, minha bunda nua bate no chão 
gelado. Ele nem ao menos olha para mim, caminha até a banheira e desliga a 
torneira. 
—Nem para fazer um boquete você serve matraca. 
— Você não queria uma virgem? Então tem uma, me desculpa se eu 
não sou uma boqueteira profissional. Talvez você devesse me devolver, o que 
você não quer outros podem querer, e depois comprar uma prostituta de luxo 
que já tenha dado e chupado meio mundo. — me levanto do chão sentindo 
meus olhos arderem, acho tão injusto o que fez. Ele não queria uma virgem? O 
que esperava? Que eu fosse algum tipo de aspirador de pó ou que batesse 
uma como um garoto adolescente? 
Beast como um raio me agarra pelo cabelo — acho que tem uma tara 
por cabelo, daqui a pouco vai sair me arrastando como um maldito homem 
das cavernas —, me vira de costas fazendo com que bata em seu peito duro, 
seu pau ereto pressiona minha bunda fazendo com que meu corpo estremeça. 
— Não existe devolução, você é MINHA e acabou. Se eu quisesse um 
prostituta não precisaria gastar três bilhões de dólares, eu tenho várias a minha 
disposição, até porque como diz o ditado " Para que comprar a vaca, se tenho 
o leite de graça?". Não pense que irá se livrar de mim, por que não vai. Vamos 
passar os próximos meses juntos, então não fique nervosinha. 
Ele esfrega seu pau na minha bunda me fazendo gemer baixinho, com 
poucos toques já estou excitada. Nunca fiquei assim por algum homem, mas 
como poderia? Nunca deixei um cara falar mais do que cinco palavras 
comigo. 
— Que tal me ensinar o básico para chupar direito? Mas já vou logo 
avisando: se não couber na minha boca não é minha culpa. — viro de frente 
para ele segurando seus ombros, o empurro até a beirada da banheira o 
fazendo sentar, me joelho a sua frente armando um coque eu meu cabelo - 
Instrua-me, querido. 
— Pegue meu pau com pegada; passe a mão para cima e para baixo e 
acaricie a ponta levemente. Agora faça isso mais rápido e continuamente. — 
faço exatamente como ele diz e dessa vez eu consigo algo mais do que suspiro 
e uma cara sem expressão. Sua mão solta meu coque e seu punho enrola no 
meu cabelo me trazendo de cara com seu pau. — Cuidado com os dentes, 
não morda em hipótese alguma. Cubra-os com os lábios, leve meu pau em sua 
garganta até onde conseguir. 
Levo a ponta à boca colocando até o fundo da garganta. Minha boca 
relaxa sobre seu pau grosso, mas ainda falta bastante para entrar, não cabe 
mais nada. 
— O que não cabe na boca você acaricia com a mão, no vai e vem. 
Enquanto chupo a cabeça do seu pau e passo minha mão como 
mandou, mantenho meu olhar fixo no seu. Sebastian abre a boca soltando 
pequenos gemidos. Continuo a chupar, sua mão aperta mais meu cabelo e 
trás seu pau mais fundo na minha garganta; eu engasgo, mas ele não se 
afasta, continua a empurrar cada vez mais minha cabeça. 
— Ah...hum... -tento falar, mas não tem muito espaço com um cogumelo 
gigante dentro da minha boca. 
— Os dentes, caralho. — ele empurra minha cabeça para trás. — Não 
fale com meu pau na sua boca ou juro que se me morder não irá sentar 
amanhã. Vou bater tanto nessa bunda que nunca mais fará um boquete sem 
lembrar do que aconteceu quando fez pela primeira vez. 
— Eu agradeceria se você for com calma e não tentar atravessar o seu 
pau em minha boca. — agarro minha garganta que está doendo e suspiro. 
Faço careta para ele que sorri. 
—Venha pequena violeta, volte a me chupar para podermos tomar 
banho e ir jantar. — ele puxa meu cabelo em um rabo de cavalo e eu pego 
seu pau novamente, lambo como um pirulito. Boto em minha boca de novo e 
pego suas bolas com uma mão enquanto a outra acaricia a extensão do seu 
membro. Aperto levemente sua bola sem desviar nosso olhar, eu largo seu pau 
e sugo seu saco enquanto mantenho minha mão trabalhando no seu pau. 
Dessa vez foi mais do que pequenos gemidos, seu punho aperta meu cabelo e 
ele morde o lábio inferior carnudo. 
— Senhor, o jantar já esta pronto. -ouço batidas naporta acompanhada 
pela voz do mordomo; assustada, eu fecho minha boca na sua bola. Beast da 
um pequeno grito e me empurra para longe pela segunda vez. Minha bunda 
bate contra o material frio, olho em seus olhos que estão brilhando... Brilhando 
de raiva, como um furacão levanta da beirada da banheira e agarra meus 
cabelos com força me fazendo dar um pequeno grito. Ele me levanta do chão 
arrastando brutalmente de volta para o quarto, meu corpo bate no parapeito 
da porta fazendo nascer uma pontada grande de dor na minha costela, sinto 
as lágrimas arderem em meus olhos. -Senhor... 
— Já iremos descer, peça que todos saiam em 10 minutos e se eu 
encontrar alguém na casa depois desse tempo será demitido. - grita para o 
mordomo atrás da porta. — Você... Você me mordeu, porra! Pagará por seus 
atos. 
Ele senta na cama e me joga sobre suas pernas, minha bunda fica para 
o alto e minha cara enfiada no cremoso cobertor. Beast massageia minha 
nádega direita e quando eu menos espero. 
Plaft... 
Eu grito. 
— Foi sem querer. -me contorço em seu colo tentando sair, mas sou 
presa pelo seu braço forte. 
Plaft... E mais outro e mais outro, já perdi a conta de quantos tapas 
foram. 
Minha bunda lateja, as lágrimas que antes estavam ameaçando cair já 
estão por todo meu rosto. Ele me levanta do seu colo segurando meu queixo 
até ficar perto do seu rosto, entre os dentes cerrados fala: 
— Nunca... Nunca mais me morda. Quem pode morde aqui só eu, não 
reclame por simples tapinhas na bunda por que isso não é nada do que irei 
fazer contigo. — levanta da cama me deixando com a bunda quente. — 
Limpe essas lágrimas, não gosto de mulheres fracas. Você se vendeu, é uma 
mercadoria, apenas isso e nunca será mais que isso. Vou tomar banho, use um 
dos quartos do corredor oposto para fazer o mesmo, no meu closet tem a 
roupa que deve se vestir. - com isso ele entra no banheiro e fecha a porta com 
um baque. 
Se arrependimento matasse eu estaria mortinha e enterrada. A grande 
pergunta é: onde fui amarrar meu burro? Realmente não sei, só sei que minha 
bunda está palpitando. Calmamente me levanto da cama pulando para fora, 
sigo para o closet onde encontro um lugar imenso, maior do que meu 
apartamento. Milhares de ternos negros e sapatos pretos brilhantes estão 
dispostos no lado esquerdo, o lado direito está vazio com apenas um vestido 
vermelho sangue, simplesmente lindo. O modelo é tomara que caia com 
trançados no peito, é longo e sua saia é toda em camadas. Olho para baixo 
vendo um sapato alto de cor presta fosca, sua sola é vermelha dando 
destaque ao salto. Saio do closet com as roupas e no caminho pego uma 
toalha. 
Vou para o outro corredor entrando no quarto mais longe de Beast, 
tranco a porta corretamente caso o estaleiro venha dar a minha segunda 
lição. Deixo o vestido e o salto em cima da cama seguindo para o banheiro, 
tranco a porta também por precaução. Um grande espelho bem à frente 
reflete todo meu cabelo bagunçado, minha costela no lado em que bati na 
porta está vermelha e provavelmente ficará roxa amanhã. 
Viro de costas olhando para a minha bunda vermelha, as marcas dos 
dedos de Beast estão por todos os lados. Cansada de olhar minha desgraça, 
entro no box sentindo minha pele arder quando entra em contato com a água 
quente, mesmo com dor decido acabar o banho e ir me arrumar no quarto. 
Quando está faltando apenas botar os saltos, ouço a maçaneta da porta 
torcer seguida de pequenos murros na madeira. Coloco rapidamente os 
sapatos e corro para abrir a porta. 
— Ótimo, já está pronta. 
— Claro. 
— Maravilhoso, só mais uma coisa: nunca tranque qualquer porta, minha 
casa, minhas regras... Entendeu? — apenas balanço a cabeça concordando, 
ele estende a mão e eu a pego dando a ele tudo que eu tenho: liberdade, 
alma, corpo... Tudo de mim está em suas mãos, inclusive meu futuro. Eu sou sua 
propriedade, eu me vendi. Não sou mais minha, sou dele e está na hora de eu 
aceitar isso. 
 
 
 
 
 
 
12. 
 
 Capítulo 6 
Sebastian Beast 
Assim que bato à porta do banheiro, dou um suspiro profundo. Meu saco 
estava doendo, minha cabeça também. Ainda não acredito que ela me 
mordeu, nunca na porra da minha vida alguma mulher me mordeu, agora não 
me pergunte quantas eu já mordi, pois ai não sei o número exato. Me olho no 
espelho e vejo meu pau ainda duro, mesmo depois da mordida ele ainda 
queria foder ela. Aquela bunda gostosa, toda marca dos meus dedos, ela 
chorou, mas não é nada. Ela vai aprender a gostar, todas são iguais. No 
começo age como uma freira, e depois de algum tempo vai até pedir para 
‘apanhar’. Você pode achar que isso não é prazeroso, mas tenho certeza que 
você nunca experimentou e se experimentou deve ter sido com seu marido. Se 
você acha que uns tapas na bunda enquanto você é fodida por trás é 
realmente ser a “submissa” e seu Marido o “dominador” vai muito mais além 
disso. A primeira coisa que tem que ter é a confiança. E o resto… Bom, 
acompanhe. 
Caminho até a banheira e verifico a temperatura da água, ainda está 
morna. Entro, meu corpo relaxa. Meu dia hoje foi estressante, compras, viagens 
entre outras coisas. 
Termino meu banho, assim que saio do banheiro vou até meu closet e 
pego um terno preto carvão, junto com um belo par de sapatos da mesma 
cor. Volto para o quarto e me visto deixando a gravata de lado e abro dois 
botões que deixa visível a minha tatuagem de dragões. Depois de calçar os 
sapatos e passar os dedos entre meus fios, saio a procura da minha bela 
Violeta, quando tinha entrado no quarto vi que ela pegou a roupa certa, 
apesar de ter dado às medidas que estava no cadastro dela do leilão não 
tenho certeza se servirá. 
Passo por todos os 7 quartos de hóspedes e nenhum ela estava, minha 
paciência está se esgotando, quando vou para a última porta e tento abrir e 
não abre. Já estou a ponto de explodir, dou pequenos murros na porta. Alguns 
segundos depois a porta se abre e mostras aquilo que eu comprei hoje, sabe 
todo aquele cansaço do corpo de dia exaustivo? Sumiu ao botar os olhas 
naquela linda moça. 
— Ótimo, já esta pronta? — eu resmungo, fazendo de tudo para minha 
boca não ficar aberta. 
— Claro. 
— Maravilhoso, só mais uma coisa. Nunca tranque qualquer porta, minha 
casa, minhas regras. Entendeu? — Ao trancar à porta me fez perceber que 
talvez ela tenha ficado com medo de mim, não sei bem o porquê, mas aquilo 
tinha uma reação em mim, que eu não tinha como explicar, uma reação que 
eu nunca havia sentido até então. 
Ela balança a cabeça, e eu estendo a mão, ela rapidamente pega. 
Violeta estava linda, aquele vestido vermelho caiu como uma luva em seu 
corpo, abraçando todas as suas curvas. Seu cabelo estava molha e 
bagunçado, não devo ter dado tempo suficiente para ela terminar de se 
arrumar. 
— Seu cabelo, não penteará? — Ela passa os dedos entre os seus fios 
ruivos na tentativa de arrumar. 
— É... É que não tem pende neste quarto. — mas é claro, havia me 
esquecido desse detalhe. Quando mandei tomar banho em outro quarto eu 
estava tão irritado e com as bolas doendo, que ignorei o desejo de tela 
tomando banho comigo. Talvez seja melhor assim, quanto mais perto ela fica, 
mais é minha vontade de joga-lá em minha cama, e a foder tão duro que ela 
passará dias me sentido dentro dela. 
— Venha, no meu quarto a um pende. — A puxo pela mão em todo o 
corredor até meu quarto entramos e vamos direto para o banheiro. 
Eu a empurro para o sofá de dois lugares do lado esquerdo, enquanto 
vou até seu lado da pia e abro a gaveta, entre presilhas para prender o 
cabelo, cremes eu acho uma escova raquete. Caminho até ela com a escova 
e uma presilha na mão, sento ao lado dela. Ela estende a mão para pegar a 
escova, mas retiro do seu alcance. 
— Vire-se. — ordeno 
— Mas... 
—Mandei virar, não me irrite e faça o que eu mando. — Ela se vira. Pego 
todos seus fios soltos na frente e puxo para trás,penteio os fios longos e grossos. 
O cheiro do seu cabelo invade minhas narinas, tenho certeza que não é do 
condicionador, pois todos aqui em casa são neutros. É o cheiro dela, depois de 
deixar seus fios desembaraçados, puxo a parte da frente e prendo com a 
presilha. 
Deixo as mechas sedosas passar entre meus dedos. 
— Pronto, acho que podemos descer para jantar. — Ela se levanta vai 
até o meu lado da pia, depois de olhar seu cabelo frente e atrás. 
— É tá bom... 
— Não está bom, querida, esta espetacular! Porquê tudo que eu faço, 
eu faço bem feito. — Levanto também. 
— Você é muito cheio de si. Talvez seja melhor você ser mais humilde — 
Humilde? Mais do que eu já sou, não tem como. 
— Eu sou humilde, eu faço parte de uma ONG. — Bom isso não é 
completamente verdade. Jodi disse que isso melhoraria a minha imagem na 
TV, então eu lhe dei um cheque bem gordo e no dia seguinte estava em todas 
os jornais e revistas que o Sebastian Beast estava sendo solidário com uma ONG 
que não me lembro o nome. 
— Ah que legal, qual é o nome? — Ela me encara com um leve sorriso no 
rosto. 
— É… É… Bom, eu não preciso saber mais do que meu nome para poder 
assinar um cheque. 
— Você doa dinheiros para ONG e nem sabe para onde vai seu 
dinheiro? E se essa ONG for falsa e pegar seu dinheiro e não ajudar quem 
precisa ? — Isso é algo que eu nunca tinha pensado. Não importa o que foi 
doado ou não, o importante mesmo é o que saiu nas revista. A aparência é 
tudo, e eu faço de tudo para que pareça o quanto sou solidário. 
— Como eu disse, o povo não precisa saber a verdade, só as falsas 
verdades. Como eu sou um magnata que é solidário e doa dinheiro. 
— Você é tão ingrato, só porque você nasceu em berço de ouro não 
quer dizer que todas nasceram. Você nunca foi em uma ONG, você não sabe 
como é ver aquelas pessoas sem roupa para vestir, sem comida, sem água, as 
pessoas sujas. Nada disso é por opção. Alguns não é como você, outros se 
preocupa com os outros. — Essa menina tem o dom de me deixar louco de 
luxúria em um minuto e no outro me deixa extremamente irritado. — Conheço 
você apenas apenas algumas horas e já sei como você é, como se sente e 
trata os outros ao seu redor. 
-Ah é… Já que me conhece tão bem, me defina. 
— Com apenas 3 palavras posso definir você, e nenhuma delas são uma 
qualidade. — Dou passo em sua direção, ela recua até seu corpo ficar contra 
a pia. Coloco minha mãos em cada lado do seu corpo. 
—Então fale meus defeitos. 
—Você… Você… É… -Ela gagueja 
—Eu sou... — Ela abaixa a cabeça para desviar do meu olhar, pego seu 
queixo. - Nunca desvie o olhar quando eu estiver falando com você. 
— Quer saber mesmo? Você é um grosso, ignorante, babaca que só 
pensa em si mesmo. Eu poderia ficar a noite toda dizendo seus defeitos, mas 
não gostaria de te magoar. 
— Você poderia passar a noite toda classificando “meus defeitos”, mas 
antes que você comece quero que saiba que nada do que você dizer , hoje 
ou depois, não mudará nada na minha vida e nem deixará "chateado". Sabe 
por que? Porque não me importo com a sua opinião e nem a de ninguém. 
— Você é tão insensível… — Empurro seu cabelo ruivo para trás e pego 
empurrando a cabeça dela trás deixando sua garganta visível. Dou algumas 
mordidas fracas na garganta até chegar em seu ouvido . 
-Você ainda não viu nada. -Solto ela é me afasto. -Vamos, temos um 
jantar agora. 
Não espero uma resposta desta menina petulante, simplesmente saio do 
banheiro e pego um envelope branco em cima da mesa. Ela segue atrás de 
mim, descemos as escadas e vamos na direção da sala de jantar. Nos 
sentamos, como sempre eu estou na ponta e ela ao meu lado. Mia olha com 
os olhos arregalados para a variedade de pratos. 
— Alguém mais vai jantar conosco? — Seus olhos correm por todo o 
ambiente. 
— Não... 
— Por que tanta comida então? Com toda essa comida da para 
alimentar um pequeno exército. — Essa menina fala de mais para o meu gosto, 
foi sobre a ONG e agora a comida. 
— Eu gosto ter fartura e variedade. — Todos os jantares que já teve nesta 
mesa, sempre foi repleto de fartura. Eu admiro muito a comida, claro eu sou 
dono de uma cadeia de restaurantes 5 estrelas, crítico gastronômico e 
também sou jurado em um programa de TV chamado Hells Chef. Você já deve 
ter me visto na TV , sou aquele cara maravilhoso. Você pode achar que sou 
convencido ou coisa do tipo, mais na verdade isso se chama amor próprio, o 
único amor que sou capaz de senti. 
— Mais o que acontece com o que sobra? 
— Algum empregado leva para casa, ou no caso de hoje que não tem 
nenhum empregado, vai tudo para o lixo. 
— Você não guarda? 
— Pra que? Comida velha é horrível. Bom, pare de ficar perguntado e 
coma — Acena. com a cabeça. 
— Dá sua mão. -Ela toma a minha mão na sua e eu puxo fora. 
— Não gosto que me toque sem a minha permissão. 
— Me dê sua mão, você não vai agradecer? -Ela tenta pegar minha 
mão novamente mais eu a afasto. 
— Agradecer a quem? — Ela só pode estar de brincadeira com a minha 
cara, eu aqui morrendo de fome e ela querendo agradecer para o cozinheiro? 
— A Deus por termos o que comer. 
— Mas, não foi Deus que fez a comida. Foi o cozinheiro. 
— Você não sabe o que é não ter comida, nos agradecemos a Deus, 
por essa abundância de comida. — Desde quando ela é religiosa? Não estava 
escrito isso no seu contrato. 
— Tudo bem. — pego a mão dela e fecho os olhos enquanto ela fala 
baixinho, eu abro meus olhos e fico olhando para ela até acabar de orar. — 
Pronto. 
Ela larga a minha mão. 
— Agora que você terminou, coloque comida para mim. — Entrego meu 
prato a ela, que fica me olhando meio confusa. — Eu não coloco minha 
própria comida, sempre tem um garçom, mas, como eu dispensei todos os 
empregados o mínimo que você pode fazer é colocar a comida no meu prato. 
Não leve isso como um pedido, sim como um ordem. — Ela toma o prato da 
minha mão. Ela murmura algo tão baixo que não consigo escutar. — Como? 
Fale mais alto. 
-Claro, Vossa Graça. 
(…) 
Depois de jantarmos, eu bebo um pouco do meu vinho. Pego o 
envelope que tinha deixado em cima da cadeira ao meu lado. 
— Eu trouxe algo para você. — Ela vira para mim em surpresa e sorri. Eu 
pego o envelope e o entrego em suas mãos. — Leia atentamente e me diga o 
que acha. Ela abre o envelope, seus olhos passam pelo documente lendo 
rapidamente, ela volta seus olhos nos meus, ela parece chocada. 
Mia Amorim 
Assim que ele me entrega o envelope, eu sabia que vinha bomba, mas, 
não esperava isso. 
Cronograma de Mia. 
Responsabilidade das semanas: 
 1-Se Manter sempre limpa. 
 
 2-Fazer o jantar todos os dias (menos nos dias que forem jantar fora.) O jantar 
deve estar pronto as 7 (sete) horas. 
3-5 (cinco) minutos antes de Sebastian Beast chegar, você deve estar em 
frente a porta principal nua. 
4-Limpar sempre com álcool o quarto que a senhora Amorim e o senhor 
Beast dividir. 
 
 5-Ir toda semana no salão de beleza. 
Responsabilidade desta semana 
1-Ir às compras para comprar tudo que a senhora Amorim precisar. 
 2-Ir a depilação. 
 3-Ir ao médico de confiança do Senhor Beast, para obter o seu controle de 
natalidade. 
 4-Comprar um vestido de gala. 
 5-Ir ao Spa. 
PROIBIDO: 
-CONTATAR OUTRAS PESSOAS SEM A PERMISSÃO DO SR. BEAST. 
 -NUNCA SAIR FORA DA PROPRIEDADE SEM ESTAR ACOMPANHADA. 
 -VESTIR ROUPAS APENAS QUANDO O SR. BEAST APROVAR. 
P.S: Caso a senhora Amorim desrespeitar qualquer uma das regras de 
toda semana. Terá punição conforme o senhor Beast desejar. 
Eu_____________concordo plenamente com o cronograma, estou ciente 
da punição. 
 Data: _/_/__ 
Eu não acredito em que meus olhos leram, eu tenho obrigações 
semanais. Esse homem é completamente louco. 
 
 
 
 
13. 
 Capítulo 7 
Mia Amorim 
Eu não acredito em que meus olhos leram, eu tenho obrigações 
semanais. Esse Homem é completamente louco. Eu vou ser basicamente uma 
prisioneira dentro dessa enorme

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