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Sistema Digestório Resumo

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todas as funções realizadas pelo 
sistema digestório estão direta ou 
indiretamente ligadas à digestão de 
alimentos, podendo ser citadas 
como: 
• apreensão dos alimentos; 
• mastigação; 
• ingestão; 
• digestão e absorção; 
• eliminação dos resíduos. 
O sistema digestório engloba 
todos os órgãos relacionados com 
a recepção até a eliminação de 
alimentos e líquidos, sendo eles: a 
boca, a faringe, o esôfago, o 
estômago, os intestinos delgado e 
grosso e as glândulas acessórias – 
glândulas salivares, pâncreas e 
fígado. 
 
Fonte: KÖNIG, 2016. 
Cavidade oral 
Consiste no conjunto de: 
cavidade bocal, estruturas 
acessórias (dentes, língua e lábios) 
e as glândulas salivares; 
Funções: 
apreensão, mastigação e a 
insalivação dos alimentos, podendo 
também desempenhar um papel 
na agressão e defesa do animal, 
além de servir como via aérea 
quando o fluxo pelo nariz está 
comprometido. 
 
Fonte: Slide share, 2020. 
A abertura da boca vai variar 
conforme a espécie, tudo 
dependerá dos hábitos 
alimentares. A abertura da 
cavidade oral dos herbívoros e 
roedores são menores, e são 
suficientes para capturar seus 
alimentos. Enquanto animais que 
utilizam os dentes para capturar 
suas presas, a boca se abre mais 
abertamente. 
Lábios 
São duas pregas músculos 
membranosas que circundam o 
orifício da boca. O lábio superior, 
@studymedvet.c 
denominado lábio maxilar, une-se 
com o lábio inferior, lábio 
mandibular nas comissuras labiais. 
Língua 
A língua é composta por músculo 
esquelético, se prolonga até a 
parte oral da faringe. Sensores 
voltados para a gustação e 
sensibilidade. 
O dorso da língua está 
coberto por projeções mucosas 
chamadas de papilas linguais, com 
funções: 
Gustativas: valadas, fungiformes, 
folheadas. 
Mecânicas: filiformes, lentiformes, 
cônicas. 
Caninos, suínos e equinos 
apresentam as papilas foliadas, 
que tem função gustativa. 
 
Fonte: KÖNIG, 2016. 
A língua possui uma inervação 
complexa, e envolvem os seguintes 
nervos cranianos: mandibular, 
intermediofacial, glossofaríngeo, 
vago, hipoglosso. 
 
 
Glândulas salivares 
Glândulas parótida, mandibular e 
sublingual. 
Saliva (mucina, amilase, sais): 
• Digestão e controle do pH do 
alimento ingerido; 
• Dissolve substâncias que 
provocam estímulos 
gustativos. 
Mantém a mucosa da boca 
úmida e se mistura ao alimento 
durante a mastigação para 
lubrificar a passagem do bolo 
alimentar durante a deglutição e 
iniciar a digestão química do 
alimento. 
Inervação autônoma 
Parassimpático: estimula secreção 
(aumenta quando alimento chega à 
boca ou o odor de substâncias é 
captado); 
Simpática: diminui secreção 
(estresse, excitação, medo). 
As glândulas salivares são 
mais desenvolvidas nos herbívoros 
e carnívoros. 
 
Fonte: KÖNIG, 2016. 
Aparelho mastigatório 
Esse aparelho inclui: Dentes e 
gengiva; Articulação 
temporomandibular; Músculos 
mastigatórios. 
Dentes: os dentes se desenvolvem 
de forma diferente em cada 
região da boca conforme seu uso 
e são divididos em incisivos, caninos, 
pré-molares e molares 
(característica dos heterodontes). 
Os dentes podem ser 
classificados em duas 
características: 
• Heterodonte: Animais que 
possuem dentes diferentes. 
• Homodonte: Animais que 
possuem dentes iguais ou 
semelhantes. 
 
Fonte: Anatomia Veterinária, 2013. 
A dentição dos animais 
domésticos ao nascer é 
classificada como decíduos, e após 
eles, estão a ‘’nascer’’ ou ‘’subir’’ os 
dentes permanentes, que ficam no 
animal fixamente e são mais 
resistentes. 
 
DYCE, 2010. 
Cada dente é dividido em três 
partes: 
Coroa do dente: Parte exposta do 
dente, fica além da gengiva, 
recoberta por esmalte. 
Colo do dente: linha da gengiva, onde 
termina o esmalte do dente. 
Raiz do dente: parte de baixo da 
gengiva, se encerra no alvéolo 
ósseo. 
Faringe 
Cavidade onde passam o ar e 
o material ingerido. A faringe 
conecta a cavidade oral ao 
esôfago, e a cavidade nasal a 
laringe. É dividida em três 
segmentos: 
Nasofaringe: Parte nasal, onde o ar 
passa. 
Orofaringe: Parte oral, onde passa 
o material ingerido. 
Laringofaringe: Escoamento para 
liquido. 
 
König, 2016. 
Esôfago 
O esôfago é o canal/tubo entre 
a faringe e o estomago e se 
encontra sempre fechado, abrindo 
apenas para a passagem de 
alimentos. Sua estrutura 
geralmente é igual nas espécies, o 
que difere é apenas o tamanho. 
• Sua camada externa é 
recoberta por tecido 
conjuntivo frouxo, chamado 
de adventícia. Internamente é 
recoberto por mucosa. 
• Inervado pelos nervos 
simpáticos, e vago. 
 
KÖNIG, 2016. 
Estômago 
Se situa entre o esôfago e o 
intestino delgado, representa um 
segmento dilatado do canal 
alimentar (este que vai da boca 
até o anus). É o local onde se inicia 
o processo de digestão dos 
alimentos. 
• A morfologia do estomago 
varia de acordo com a espécie 
e sua alimentação. 
Onde os alimentos são 
armazenados temporariamente e 
se inicia a digestão de proteínas e 
tem início a emulsificação de 
gorduras. 
Função 
• Reservatório de alimento 
(esfíncter pilórico); 
• Secreção de suco gástrico; 
• Bolsa digestiva; 
• Distensibilidade; 
• Impede o refluxo; 
• Absorção de água e alguns 
medicamentos. 
Dividido em: 
Face parietal: craniodorsalmente 
encostada na parede abdominal, 
em contato com o diafragma e o 
fígado; 
Face visceral: ventrocaudalmente 
em pleno contato com as vísceras 
(cólon, pâncreas, intestino delgado 
e omento); 
Apresenta dois orifícios: 
Cárdia (comunicação com o 
esôfago); 
Óstio pilórico (comunicação com 
duodeno). 
 
Fonte: KÖNIG, 2016. 
Classificação 
Pode ser classificado quanto 
ao número de cavidades 
(monocavitário) sendo um 
estomago simples. Ou composto 
(policavitário). Além disso, pode ser 
classificado quanto a presença de 
glândulas ou não, sendo aglandular 
os que não possuem, e glandular os 
que possuem. 
Nos monogástricos o 
estômago é um tubo levemente 
direcionado para a esquerda, e nos 
ruminantes completamente a 
esquerda. 
Mucosa gástrica 
- Aglandular – não possui. 
- Glândulas Cárdicas: secreção 
mucosa; 
- Glândulas Fúndicas (próprias): 
Células Acessórias: muco 
neutro e células de substituição; 
Células Principais: secretam 
pepsinogênio; 
Células Parietais: ácido 
clorídrico; 
- Glândulas Pilóricas: secreção 
mucosa. 
Classificações nos animais 
Cães e gatos: estomago simples e 
glandular; 
Suínos: simples com regiões 
glandulares e aglandulares; 
Equinos: simples com regiões 
glandulares e aglandulares; 
Ruminantes: composto, com 
regiões glandulares e aglandulares. 
4 compartimentos sendo 3 
aglandulares (rúmen, reticulo e 
omaso) e 1 glandular (abomaso). 
 
KÖNIG, 2016. 
 
Ciências resumos, 2018. 
 
 
Rúmen 
O rúmen é o maior 
compartimento do estômago 
ocupa quase completamente o 
antímero esquerdo da cavidade 
abdominal, exceto a porção 
ocupada pelo baço, estende-se 
desde o diafragma até a entrada 
da pelve. Sua forma geralmente é 
ovoide comprimida latero-
lateralmente. 
Apresenta 2 faces, a face parietal 
e a visceral. 
A face parietal é convexa e se 
relaciona com a parede costal do 
diafragma, baço e parede 
esquerda do abdome. 
Já a face visceral é voltada 
para a direita, possui contorno 
irregular devido as depressões dos 
outros compartimentos. Se 
relaciona com o reticulo, omaso, 
abomaso, intestinos e outras 
vísceras. (intestino, fígado, 
pâncreas, rim esquerdo e grandes 
vasos). 
A sua mucosa apresenta-se 
de cor marrom escuro e com 
numerosas papilas. De tamanho e 
forma variada. 
Reticulo 
É o segundo do estomago dos 
ruminantes, é mais cranial. Tem 
intima relação com o rúmen, tanto 
morfologicamente, quanto 
funcionalmente. Nos bovinos é o 
menor compartimento menor dos 
compartimentos e nos pequenos 
ruminantes é maior que o omaso. 
Possui uma forma de esfera. 
 
KÖNIG, 2016. 
A mucosa parece com favos 
de colmeia, ou pregas. 
• Responsável pela contração 
que leva a regurgitação. 
• Sua face parietalse relaciona 
com o diafragma, tem 
pequena expansão do lobo 
esquerdo do fígado. 
• A face visceral se relaciona 
com o rúmen, estão 
separados pelo sulco 
ruminorreticular. 
Constitui uma via pela qual os 
líquidos deglutidos possam passar 
diretamente do esôfago ao sulco 
do omaso e depois ao abomaso. 
Omaso 
É o terceiro compartimento 
do estomago dos bovinos, possui 
forma arredondada e é maior que 
o retículo. Nos pequenos 
ruminantes tem formato ovoide, e 
é mais achatado lateralmente, 
sendo o menor dos quatro 
compartimentos. 
• Absorve água, minerais. 
• As contrações do omaso 
trituram o alimento. 
• Lado direito do plano mediano. 
Face visceral: se relaciona com o 
reticulo e rúmen. 
Face parietal: se relaciona 
principalmente com o fígado e o 
diafragma. 
Sua mucosa, também 
chamada de lâminas do omaso, são 
pregas laminares, que são 
dispostas como folhas de um livro. 
O espaço entre elas são os 
recessos laminares, que é onde o 
bolo alimentar é desidratado e 
compactado. As faces das lâminas 
são cobertas por papilas córneas. 
Óstio omaso-abomásico: 
passagem do omaso para o 
abomaso. 
 
KÖNIG, 2016. 
Abomaso 
É o quarto e o ultimo 
compartimento. Possui mucosa 
glandular, que é homologa a dos 
unicavitários. Tem forma de saco 
alongado. É chamado de estomago 
‘’verdadeiro’’. 
• Secreção de HCL e pepsina. 
• Localiza-se sob o assoalho da 
cavidade abdominal, à direita 
do plano mediano. 
Face parietal: se relaciona com a 
parede ventral do abdômen. 
Face visceral: se relaciona com o 
omaso e o rúmen. 
Possui mucosa lisa, aveludada. 
Com pregas bem desenvolvidas e 
longitudinais às pregas espirais do 
abomaso. 
Seu óstio pilórico faz 
comunicação com o duodeno. E o 
toro pilórico, fica na parede do 
óstio pilórico com espessamento 
de musculatura lisa revestido por 
mucosa. 
 
KÖNIG, 2016. 
Omento 
Camada de tecido conjuntivo 
que forma um saco. 
Omentos são derivados do 
mesogástrio dorsal e do 
mesogástrio ventral. O rúmen, o 
retículo e a maior parte do 
abomaso se desenvolvem a partir 
da curvatura maior; o omaso e 
uma pequena parte do abomaso, 
da curvatura menor. 
 
KÖNIG, 2016. 
Intestino delgado 
O intestino delgado é 
composto por três partes: 
Duodeno; 
Jejuno; 
Íleo. 
O duodeno é curto e 
firmemente fixo ao teto 
abdominal. Ele começa a partir da 
parte pilórica do estômago e segue 
até a raiz do mesentério; 
O jejuno começa logo após o 
fim do duodeno, ele preenche as 
partes do abdome que não são 
ocupadas por outras vísceras e 
possui alças bastante móveis; 
O íleo não tem nenhum limite 
definido e é considerado uma parte 
final curta do intestino, 
relativamente mais muscular e 
mais firme que o jejuno, que realiza 
uma conexão peritoneal direta 
com o ceco. 
O comprimento total do intestino 
delgado é: 
Equino: 22 m, e quando distendido 
tem diâmetro de 7,5 a 10 cm; sua 
capacidade é de 40 – 50 litros. 
Nesta espécie o duodeno tem 1 m 
de comprimento. 
Ruminantes: aproximadamente 40 
m no bovino e 25 m nos caprinos e 
ovinos. O diâmetro médio é de 5 a 6 
cm nos bovinos e 2 a 3 cm nos 
pequenos ruminantes. Nestas 
espécies o duodeno corresponde 
ao primeiro metro. 
Suíno: tem 15 a 20 m de 
comprimento e o duodeno de 5 a 6 
cm. 
 
Equino. / Fonte: KÖNIG, 2016. 
O intestino delgado possui 
diversas vilosidades e 
microvilosidades que ajudam na 
absorção dos nutrientes que 
chegam até ele; 
Movimentos de segmentação 
e o peristaltismo ajudam no 
transporte do alimento até o 
intestino grosso; é nele que há a 
absorção do colostro 
(imunoglobulinas). 
Intestino grosso 
É um tubo curto e pouco mais 
largo que o intestino delgado que 
segue curso em direção ao ânus. 
Pode ser dividido em: 
Ceco: é a primeira parte do 
intestino grosso e consiste num 
segmento intestinal de fundo cego 
que se origina da junção do íleo e o 
cólon, sendo ligeiramente mais 
largo que o intestino delgado; 
Cólon: é uma estrutura lisa de 
calibre uniforme e maior que o do 
intestino delgado. Ele está suspenso 
em todo o seu comprimento por 
um mesocólon, o que o faz ser 
dividido em três partes: 
ascendente, transversa e 
descendente; 
Reto: consiste na parte do 
intestino grosso que passa 
através do limite abdominopélvico, 
situandose sobre os órgãos 
reprodutivos, a bexiga e a uretra. 
Ele tem um curso linear, mas pode 
ser desviado para os lados por 
conta da pressão exercida por 
outras vísceras; 
A mucosa do intestino grosso 
é geralmente lisa, por conta da 
ausência de vilosidades, porém, 
contém numerosos linfonodos 
dispersos por toda a mucosa. 
O suprimento sanguíneo do 
órgão é realizado pelas artérias 
mesentéricas cranial e caudal. 
Glândulas anexas 
• Fígado 
O fígado é a maior glândula do 
corpo, localizado caudalmente ao 
diafragma possuindo uma 
coloração avermelhada e uma 
consistência friável. 
Sua forma pode variar de 
acordo com a espécie e as 
necessidades fisiológicas do animal. 
Função: 
• Produção de Bile; 
• Metabolismo de proteínas, 
carboidratos e gorduras. 
Assegura que os produtos da 
digestão passem pelas células 
hepáticas antes de voltarem à 
circulação sanguínea. 
 
Ele é macroscopicamente 
dividido em lobos por uma série de 
fissuras que se estendem para o 
interior de sua margem ventral. O 
padrão de lobação muda de acordo 
com a espécie. 
Seu suprimento sanguíneo é 
fornecido pela artéria hepática e a 
veia porta e sua inervação é 
realizada pelos nervos simpáticos e 
parassimpáticos. 
Ducto biliar: responsável por levar 
a bile (que fica armazenada na 
vesícula biliar) até o intestino 
delgado do animal. 
- Os equinos não possuem vesícula 
biliar. 
• Pâncreas 
É uma glândula amarelada e 
macia, intimamente relacionada ao 
duodeno, que combina funções 
exócrinas e endócrinas. 
Seu componente exócrino é 
encontrado em maior abundancia, 
sendo ele o suco gástrico, que é 
descarregado no duodeno por meio 
de um ou dois ductos. 
• O suco gástrico contem 
enzimas que degradam 
proteínas, carboidratos e 
gorduras, o que o torna 
essencial para a digestão 
química. 
O componente endócrino da 
glândula são as ilhotas 
pancreáticas, que são 
aglomerados de células espalhadas 
entre os ácidos exócrinos e fontes 
de insulina, sendo então vitais para 
o metabolismo de carboidratos. 
 
• Gato: ducto pancreático 
grande; pequeno ducto 
pancreático acessório 
presente em alguns indivíduos. 
• Cão: ducto pancreático 
pequeno, ausente em alguns 
indivíduos, ducto pancreático 
acessório grande. 
• Suíno: ducto pancreático 
acessório. 
• Bovino: ducto pancreático 
extremamente raro, ducto 
pancreático acessório. 
• Pequenos ruminantes: ducto 
pancreático, alguns ovinos 
apresentam ducto 
pancreático acessório. 
• Equino: ducto pancreático 
grande, ducto pancreático 
acessório pequeno. 
Seu suprimento de sangue é 
oferecido pelas artérias 
pacreaticoduenais cranial e caudal 
e sua inervação é feita pelos 
nervos simpáticos e 
parassimpáticos.

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