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Pontifica Universidade Católica de Minas gerais – PUC Curso de Medicina Veterinária- 4º período Resumo produzido por Karoline Barboza Alves Contagem 1/2021 Resumo produzido por Karoline Barboza Alves – 1/2021 1 Princípio ativo conhecido (amargo). Capaz de atuar no organismo, seja em sentido benéfico ou maléfico. Substância química conhecida e de estrutura química definida. Sem o revestimento/capsula. Fármaco dentro de um recipiente. Princípio ativo conhecido revestido por uma capsula para retirar o sabor amargo. Forma farmacêutica que contém o fármaco geralmente em associação com adjuvantes. Excipientes: substancia inerte incorporada ao medicamento para protege-lo, facilitar a administração e o processo de fabricação desse medicamento. Princípio ativo não conhecido Não conhecemos quimicamente (plantas, chás), princípio ativo não conhecido. Qualquer substancia ou recurso utilizado para obter cura ou alívio. Diferentemente de fármaco, a substancia utilizada não necessita ser conhecida quimicamente. Termo errôneo Substancia natural ou sintética que ao ser introduzida no organismo modifica suas funções. Todo medicamento é uma droga, mas nem toda droga é um medicamento. O Canabis é um remédio se for usado como tal, se tiver outros usos é considerado droga. Estudo dos fármacos. Como as substancias químicas interagem com os sistemas biológicos. A toxicologia que tem como objetivo de estudo os efeitos adversos das substancias químicas sobre os organismos. A maioria dos fármacos por interagir com as nossas células tem reações adversas. Farmacocinética Será estudo como o fármaco ao entrar por via oral, por onde vai passar, como será absorvido. Farcodinâmica Mecanismo da ação desse fármaco no corpo. Farmacologia clínica Qual o motivo de uso do fármaco. c Resumo produzido por Karoline Barboza Alves – 1/2021 2 Quantidade do medicamento necessária para promover uma resposta terapêutica. A dose é benéfica ou maléfica. Relação entre a DL50 e a DE50 Vai estar presente na bula É a segurança do fármaco DE: dose eficaz DE -50 ou ED-50 Quantidade de droga que produz a metade da resposta relativa à eficácia dessa droga. Exemplo: 100 pessoas testadas para uma droga, na qual a dose foi de 5mg e 50 pessoas teve uma resposta boa, na qual não tem mais sinais clínicos da doença. Assim 5mg inicia uma dose efetiva para metade da população. Esse teste vai ser realizado até se ter uma dose letal, criando assim uma janela terapêutica (índice terapêutico). DL: dose letal (pode matar ou intoxicar) Dose letal mediana (DL50 OU LD50) Dose necessária de uma dada substância para matar 50% de uma população em teste. Exemplo: 100 pessoas testadas para uma droga, na qual a dose foi de 50mL e 50 pessoas morreram. Exemplos gerais: Benzodiazepínicos (aumenta o receptor gaba) DE50: Para causar efeito ansiolítico (benéfico), 50% da população precisa em média da administração de 100 mg/kilo. DL50: Para causar óbitos em 50% da população precisa em média da administração de 400 mg/kilo. 400/100: 4mg Portanto o índice terapêutico é de 4. Índice terapêutico menor que 5.0: pouco seguro. Exemplo: Metadona (analgésico). Índice terapêutico entre 5.0 e 10: média segurança. Exemplo: Digoxina. Índice terapêutico maior que 5.0: muito seguro. Paracetamol é seguro apenas para o ser humano. Anti-inflamatório: age inibindo a prostaglandina. Analisar a associação de fármacos e quantidade de doses no Vets mart. Dose que não causa efeito Dose muito baixa e sem efeito clínico para o paciente. Dose que causa efeito adverso. Dose excessiva. Resumo produzido por Karoline Barboza Alves – 1/2021 3 Deve ser seguro Deve ser de fácil administração Tem que ser efetivo (resposta clínica) Tem que ser reversível (se causar toxidade tem como reverter) Nem todo fármaco tem antídoto Tempo que o fármaco precisa para sua concentração diminuir 50% na corrente sanguínea. Tempo que vai demorar para ter seu sinal clínico, ou para ter o ápice do seu efeito (pico plasmático). Quando tem a maior concentração no corpo. Quando a concentração cai pela metade se dá o nome de meia vida biológica. Nenhum fármaco sai da mesma forma que entra Vai precisar de alguns órgãos para auxiliar a sair, como os rins, o pulmão, a vesícula biliar. Tempo que o fármaco leva para sair do seu organismo. Por exemplo, se a quantidade que encontramos de um certo fármaco no organismo é 100 mg e que seja, necessários 45 minutos para que essa quantidade chegue a 50 mg, temos que a sua meia- vida é de 45 minutos. Em 45 minutos o fármaco já está sendo eliminado no rim e os outros 50 mg continua fazendo efeito farmacológico. Daqui mais 45 minutos já não vai ter mais esse fármaco na corrente sanguínea. Medicamento simulado que não contém o princípio ativo. Produto nutricional com valor terapêutico, Atualmente muito estudado na prevenção do câncer. Exemplo; vitaminas, cálcio, magnésio, etc. Efeito Benéfico: desejável Efeitos Adversos: indesejáveis Efeitos Colaterais: indesejáveis, está em desuso Reação adversa ao medicamento (RAM) Qualquer resposta prejudicial ou indesejável, não intencional, a um medicamento, que ocorre nas doses usualmente empregadas. A RAM possui relação casual específica entre o medicamento e a ocorrência. Administração de um fármaco que teve sua ação desejável que além da sua ação teve outra ação que não desejada. Exemplo: Histamínicos, que combate a reação alérgica mas causa sonolência. Pode ter efeitos adversos que são benéficos para a gente, como o Viagra que pode ser utilizados para problemas cardiorrespiratórios. Resumo produzido por Karoline Barboza Alves – 1/2021 4 Efeito de um medicamento quando na presença de outra substância (outro medicamento ou alimentos). Agonista: age de forma a potencializar a reação. Antagonista: age de forma a inibir ou diminuir uma reação. Quando um medicamento é administrado a um indivíduo e produz lesão ou doença de forma não intencional. Prescreve um fármaco que o animal produz uma reação adversa grave. Reações particulares do organismo que faz que um indivíduo reaja de maneira pessoal à influência de agentes exteriores. São problemas genéticos: São nocivas, as vezes fatais e relacionadas a fatores individuais. Superdosagem Tentativas de autoextermínio Automedicação Erro de administração Prescrição médica inadequada Abuso (corticoide) 70% das consultas médicas geram prescrição. Metade dos medicamentos prescritos são dispensados ou errôneos. Maioria das prescrições com antibióticos são errôneas. Metade dos pacientes, recebem incorretamente seus medicamentos. Consumidores e tutores tem acesso a medicamentos. Conferência Mundial sobre Uso Racional de Medicamentos (Nairóbi, 1985). “Existe uso racional quando os pacientes recebem medicamentos apropriados a suas necessidades clínicas, em doses adequadas a suas particularidades individuais, por período de tempo necessário e com baixo custo para eles e sua comunidade. ” Todo medicamento vai ter uma taxa nesse medicamento É de venda livre, não precisa de prescrição, não é genérico. Exemplo: ENO, Novalgina Resumo produzido por Karoline Barboza Alves – 1/2021 5 Precisa de receita, mas a receita não precisa ficarretida Exemplo: traxonol, psicotrópicos e antibióticos. Hoje volta com a xerox da receita para antibióticos, por causa do uso abusivo, podendo comprar vários remédios sem necessidade. Restrição da ANVISA frente ao uso dos casos de automedicação humana. Medicamento que tem receituário especial (azul) ou um receituário especifico do MAPA. Para comprar anestésico ou psicotrópico tem que ter o receituário azul especifico ou entra no site do ministério da agricultura e faz o cadastro como médico veterinário, e ao solicitar a compra do medicamento para o doutor, você imprime a receita direta do site para ter o controle da prescrição da receita. O receituário fica retido na farmácia, volta apenas com a xerox para saber como fazer a administração. Exemplo comum na veterinária: O Nulli (não é genérico), é uma marca da ourofino que vende tramadol que é um opioide. Se colocar apenas Nulli, não pode comprar outras marcas que tem cloridato de tramadol dentro. Se colocar tramadol a pessoa pode comprar a marca que quiser. Tem a marca vermelha pode entra na exceção da ANVISA. Se é psicotrópico entra na restrição da ANVISA, sendo assim tem que ter restrição da receita. Nesse caso é colocado a faixa azul para que não haja a compra inadequada de tramadol pelos seres humanos. Sendo assim precisa da receita do mapa ou a receita azul especifica Taxa amarela: Genérico: não tem o princípio ativo conhecido de uma empresa comercial, ou seja, tem o princípio ativo, mas não é de uma empresa conhecida A qualidade pode não ser a mesma. O genérico pode ser inferior. Um exemplo é o tratamento da esporotricose, que é um fungo em forma de levedura e é uma zoonose, assim não pode entrar com fármaco genérico. Pois o princípio ativo pode não ser tão eficaz. Exemplo: Traconazol: antifúngico genérico que não é tão eficaz. MS, Sandos: boas empresas que fazem genérico de boa qualidade. Codeína em uso excessivo gera dependência e antes era vendido de forma livre, hoje é de forma retida. Se for um fármaco que precisa de uma receita especifica, o que muda é a cor da recita ou fazer o cadastro no MAPA. Se não for necessário o fármaco, é bom deixar orientações apenas para deixar o cliente tranquilo. Deixando informações para o tutor seguir. Pensar no fármaco melhor utilizado naquela situação. Pensar na forma de administração do fármaco e colocar no receituário a forma de administração. Resumo produzido por Karoline Barboza Alves – 1/2021 6 Esse fármaco pode ser utilizado com outros fármacos no mesmo receituário ou se faz uso crônico de outro e se pode fazer a administração juntos, pois as vezes são incompatíveis. Observar o fármaco vai trazer cura, vai trazer alivio. Se souber de efeito adverso colocar como observação no receituário (animal pode ficar sonolento, pode vomitar) Feita a prescrição, tem que explicar para o tutor como vai ser feita a terapêutica. Não pode pegar receita pronta e passar para outro paciente, mas existem diretrizes, que são pessoas que se reúnem, falam sobre a doença, e criar um protocolo terapêutico para ela. Exemplo: doença valvar de cães de raças pequenas, sabe-se que cães de raças shitzu, pinscher, poodle, entre outros, vão desenvolver um processo degenerativo da valva mitral, e vai desenvolver o sopro. Dessa forma, para não ter vários tratamentos diferentes, cardiologistas se reúnem, conversam e criam diretrizes para se seguir. Mas não precisa usar em todos os pacientes, mas tem que seguir as instruções. Na receita precisa identificar quem está prescrevendo, ou é a clínica veterinária ou é o veterinário autônomo. Tem que ter o nome da empresa, o endereço da empresa, o contato, e de preferência a data no final ou no início da receita. Isso também vale para médicos veterinários autônomos. Depois é colocado o nome do paciente, espécie, raça, nome do tutor, endereço, contato, peso do animal, fêmea/ macho, idade, se tem chip tem que colocar. Em seguida colocar se o fármaco vai ser de uso interno ou uso externo, ou dos dois usos. Vias de administração interna: Intravenosa = endovenosa Se for de uso externo, usar de uso tópico. Não colocar abreviação “Dar por via oral”, “aplicar por via retal” Se for na ficha de internação pode colocar abreviação, pois todo mundo é veterinário e conhece os termos técnicos abreviados. Iniciar por ordem de prioridade e sequenciamento da administração do fármaco. Mencionar se é veterinário ou humano. Mencionar a concentração (mg/% / ml) Mencionar a quantidade Mencionar a formulação Exemplo: Resumo produzido por Karoline Barboza Alves – 1/2021 7 Facilitar a administração de medicamentos de forma a permitir seu melhor aproveitamento Existe várias formas Se não tem no mercado pode mandar formular da forma que se quer (manipulação) Como exemplo: pode pegar o vetmedim e colocar em forma de capsula gelatinosa (remanipularão) Existe a manipulação e remanipularão Geralmente são substancias que tem dentro são bem amarga. Então essa capsula não deixa que o sabor amargo tem o contato com a cavidade oral do paciente. Vai levar o princípio ativo para o intestino sem deixar sabor amargo na cavidade oral para o paciente. Qualquer princípio ativo pode ser colocado em capsulas, tanto gelatinosas quanto firmes. Em manipulação é a mais difícil pedir para remanipular em capsulas de gelatina, por que nem sempre tem essa capsula. Princípio ativo que foi submetido a uma compreensão. Se tem uma marquinha / divisão é por que pode vim uma faquinha ou cortador para dividir. Esse comprimido foi feito de forma sucada, ou seja a medida que corta não esfarela. Se não for sucato/ não tiver o sulco pode esfarelar e perder o princípio ativo. Se partir o comprimido entérico perde componentes e se tem prejuízo Bissulcado: divido em 4 pedaços Sulcado: um corte só no meio Introduzidos embaixo da língua, e se dissolvem com auxílio da saliva e são absorvidos na cavidade oral. Evitar: ácido do estômago e para aqueles que são pouco absorvidos pelo intestino. Não vai ser absorvido no estomago É utilizado quando quer ação rápida A vascularidade da região sublingual degrada e absorve esse remédio. (Saliva) Quando é de absorção entérica só vai cortar se for Bissulcado e não pode tirar a compreensão do comprimido. Se for de absorção no estomago pode farelar. Não é utilizado na medicina veterinária pois as bolhas podem incomodar o animal. Resumo produzido por Karoline Barboza Alves – 1/2021 8 Não pode partir pois não está distribuído de forma igualitária. Então não garantiu de forma igualitária para todos os cães. São de ação lenta De ação ou absorção lenta de acordo com que precisa. Fármacos que abaixa glicose: são comprimidos de ação lenta que vão ser absorvidos ao longo dia para controlar a glicose do animal. Fármaco revestido por açúcar. Melhora a deglutição, aparência física e mascara o sabor amargo do medicamento. Dentro da drágea tem o princípio ativo, e além disso tem uma camada entérica (não é absorvido pelo ácido gástrico) pois precisa dele no intestino. Vem com revestimento entérico e por cima vem com uma camada de proteção adocicada. Não pode ser partido ao meio, pois não é sulcado e não é comprimido. Facilita para os médicos veterinários Tem animais que tem dificuldade de ingerir os comprimidos Exemplo: dipirona líquida. Pode colocar gosto palatável, como a Novalgina e amoxilina de criança Soluções em ampolas: utilizadas na rotina clínica, vem estéril e quando aberta pode se contaminar. Se for um frasco que apenas quebra não pode ser reutilizada tampando com esparadrapo, pois vai contaminar o medicamento. Ampolaé para abrir, utilizar e jogar fora. Soluções são substancias químicas dissolvidas em pequenas quantidades de solventes. Pode vim o solvente em um lugar e o pozinho em outro para ser misturado na hora da aplicação. Mascara o sabor amargo Preparação que tem o princípio ativo a base de água associada a glicose ou estruturas que tem sabor, podendo colocar o gosto que quiser. A base de água Resumo produzido por Karoline Barboza Alves – 1/2021 9 Semelhante a solução Tem o frasquinho contendo o pozinho e normalmente tem que colocar água dentro. Ao colocar água para gerar o meio líquido tem que movimentar o frasco pois o conteúdo sólido fica suspendido dentro do frasco. Remédios que não se conhece o princípio ativo da plante medicinal ou princípio ativo que vai ser extraído em uma substancia alcoólica, por meio de éter ou acetona. Colocando isso em um frasquinho para o paciente utilizar. Utilizado em homeopatias Líquido que vai extrair o princípio ativo sendo ele conhecido ou não. Pode ser remédio (princípio não conhecido) ou medicamento (princípio conhecido) É evitado pois é extraído a base de água. Já foi muito utilizado, mas atualmente é evitado pois é base alcoólica e tem cheiro muito forte, podendo causar problemas secundários. Só é utilizado quando a base de água A diferença da tintura para o elixir é que: A tintura pode ser amarga e o elixir vem com o gosto mais adocicado, sendo mais fácil de ser utilizado e os dois tem veículo alcoólico para poder fazer a extração dessa medicação. Pomada ou unguento; preparações semissólidas ao ser utilizada no paciente ele amolece em contato com a temperatura do corpo do animal. Pasta é mais solida, bem espessa e fica no local absorvendo a secreção do local em que foi colocada. Ao contrário da pomada ela é que absorve, e a pomada é que é absorvida. Furanil é uma pomada. Reduzir a secreção do curativo, usa pasta contendo antibiótico para absorver o exsudado e não deixar bactéria crescer. Queimadura: pasta Resumo produzido por Karoline Barboza Alves – 1/2021 10 Menos oleosas que a pasta e a pomada. Preparações com parte água e óleo Menos oleosas e se espalham facilmente Absorvidas rapidamente Pode ter a mesma substancia da pomada na emulsão ou creme Aplicadas para áreas extensas e em regiões com pelos Geralmente não precisa retirar o pelo do animal Raridade passamos pomada para tratar espinha, passamos gel Rapidamente absorvido por via sistêmica, não só local Exemplo clássico: DM- Gel Exala cheiro característico do dimesol Absorção local e sistêmica Não contem óleo Absorção bem mais rápida que os outros pois as partículas são menores Utilizada de forma tópica, mas tem em forma oral (cavalos) Pode ficar retido no local ou absorvido de forma sistêmica Utilizadas em regiões muito úmidas para reduzir a oleosidade da pele Eliminação via pulmonar Não tem óleo então não fica pregando A desvantagem é que não consegue tirar o exsudado da pele do animal, então não é utilizado em feridas contaminadas saindo secreção. Outra desvantagem é que por ser rapidamente absorvido ele pode ter uma absorção sistêmica dependendo do princípio ativo que está associado a formulação farmacêutica utilizada. Se não é muito oleoso pode usar em áreas oleosas para reutilizar esse gel. É mais fácil utilizar o gel contendo o protetor do sol, do que o creme com o protetor pois pode causar espinhas. Se tem edema pode fazer uma liga para reduzir o edema com o gel. Se não tiver edema não precisa usar a liga. A liga não melhora a absorção do óleo. Associadas a gases Não pode ser descartado em qualquer lugar Existe dois tipos de aerossol Um compactado que vem em micro gotas e outra em formato maior com cotículas maiores. O compactado vem gases associados e são inflamáveis e podem ser toxico, pois são em micro gotas e podem ter alguns veículos que vão facilitar a absorção. Se tiver substancias que são toxicas, podem ser absorvidas sistemicamente e o animal intoxicar. Exemplo: spray roxo, tem uma substancia que ao ser utilizado no gato, tem absorção e gera intoxicação no gato. Resumo produzido por Karoline Barboza Alves – 1/2021 11 Esse spray roxo tem uma substancia como repelente que pode ser toxica que quando o animal lamber pode absorver e intoxicar. O spray prata geralmente tem o repelente e tem uma substancia antibiótica antifúngica associada a ele. Esse spray tem que ser aplicado nas bordas da ferida e não no meio da ferida, caso seja extensa como forma repelente. Caso a ferida seja pequena e superficial pode ser aplicado em tudo, pois dificilmente vai ter uma irritação tão evidente. No machucado (dentro) é aplicado a pasta se tiver secreção e se não tiver é aplicado uma pomada com antibiótico e antibacteriano. Tem que tomar muito cuidado se tiver micro gotas pois o animal pode intoxicar se ocorrer absorção sistêmica. Normalmente os que possuem partículas maiores e não são comprimidos, não possuem hidrocarbonetos e nem CFC, vem apenas o princípio ativo em forma de spray. Pode ter ação local ou ação sistêmica. Pode colocar um supositório que tem um fármaco que ao entrar em contato com a mucosa do colón vai ser absorvido ou não. Pode ter supositórios que ao ser colocado vai aumentar a oleosidade, a hidratação que vai ajudar a saída das fezes naquele paciente tem retenção fecal. Ele tem o formato ogival para facilitar a entrada. É feita a administração com o próprio dedo ou com aplicador no reto. Indicar no receituário quantas vezes ao dia será feita a realização daquela administração. As abreviações são apenas para área de internação para pessoas já acostumadas. As siglas vieram do latim como mostrada acima. Tem que saber se a quantidade que precisamos cabe na capsula que pedíamos, por isso é importante sempre ligar para a farmácia para saber. Para caso de remanipulação o nome correto é reaviar. Aviar: manipular (fazer um remédio manipulado) Resumo produzido por Karoline Barboza Alves – 1/2021 12 Uso int.: uso interno Nesse receituário tem de errado: Não colocar uso interno de forma abreviada Colocar a miligramagem do fármaco para não gerar dúvida. Colocar se é veterinário ou humano, ou os dois. Cessarem os vômitos: tomar cuidado: pois o animal pode continuar vomitando por mais de uma semana e não voltar no veterinário. Não dá para entender nada, não pode ser feito assim. É bom ser digitalizado para não ocorrer erros. Se é aplicado de forma intramuscular não pode ser de uso externo, tem que ser de uso interno. Instilar: se for colírio (no olho) Instilar: aplicar O ideal é consultar a bula antes de qualquer prescrição, porém não fazemos isso sempre pois a partir de um certo momento começamos a conhecer os medicamentos. A bula veterinária é muito simplista, não traz as informações que estão na bula técnica. Estudar os princípios ativos do fármaco na bula da ANVISA, mas tomar cuidado pois a bula é destinada a humanos e não veterinários. Mostra o nome do medicamento Mostra se é genérico ou não Mostra o formato (comprimido) Mostra a via de administração Mostra a indicação de faixa etária Apresenta a composição, na qual em um comprimido tem 750 mg de paracetamol 1) Características farmacodinâmicas Como que o fármaco entra na célula que está doendo e vai tirar essa dor Mecanismo de ação desse fármaco 2) Mostra a propriedade farmacocinética Onde vai ser absorvido Como vai ser absorvido Vai ser metabolizado onde Resumo produzido por Karoline Barboza Alves – 1/2021 13 Como vai ser eliminado Caminho do fármaco dentro do corpo Pode colocar elejunto com alimento A distribuição dele pelo corpo até a parte que está doendo Farmacocinética significa o caminho do princípio ativo pelo corpo, onde e como vai ser absorvido, como vai ser distribuído para chegar no local que está com dor para realizar seu mecanismo de ação, vai ter que ser ativado ou inativado pelo fígado (metabolismo), e qual vai ser a via de saída desse fármaco. Como é armazenado, se tem que ficar refrigerado ou não qual temperatura Após a validade como descartar (não pode descartar no lixo, pois cai no solo e da chance da bactéria se tornar resistente) Não olhar na bula, pois é de humanos Olhar no Vets mart, bularios de mão, ou na bula de remédio veterinário Pode continuar a olhar na bula Pode ser que o nosso paciente tenha reações adversas bem piores, pois não são humanos Tem que olhar se tem telefone, se tem antídoto. Pode ligar no setor HPS de intoxicação pois eles que nos auxiliam, caso não tenha informação na bula. _________________________________________ _________________________________________ _________________________________________ _________________________________________ _________________________________________ _________________________________________ _________________________________________ _________________________________________ _________________________________________ _________________________________________ _________________________________________ _________________________________________ _________________________________________ _________________________________________ _________________________________________ _________________________________________ _________________________________________ _________________________________________ _________________________________________ _________________________________________ _________________________________________ _________________________________________ _________________________________________ _________________________________________ _________________________________________ _________________________________________ _________________________________________ _________________________________________ _________________________________________ _________________________________________ _________________________________________ _________________________________________ _________________________________________ _________________________________________ _________________________________________ _________________________________________ _________________________________________ _________________________________________ _________________________________________ _________________________________________ _________________________________________ _________________________________________ Resumo produzido por Karoline Barboza Alves 1/2021 14 Estudo do destino do fármaco no organismo após sua administração Caminho que o fármaco vai ter para percorrer no organismo Como ele entra e como ele sai Assistir vídeo de via de administração, pois não será falado todas aqui. Para saber como será a absorção, tem que saber que via será administração, se será via oral, sublingual, gel transdermico, via venosa, intramuscular, subcutânea, subconjuntival (colírio), otológica, nasal, por inalação, injetável no peritônio. Tem que saber a via para saber por onde esse fármaco vai passar para ser absorvido. Em uma via do TGI vai ter que entrar pela boca, passar pelo esôfago, estomago, intestino, e só depois cair na corrente sanguínea. Se fazer uma administração por via venosa não tem todo esse processo, ele já cai no sangue diretamente para fazer sua função, sendo assim não tem absorção, já vai estar pronta. É a única via que não precisa de absorção, pode ser chamada de endovenosa ou intravenosa. Se fizer por via subcutânea vai ter que ser absorvido pelos vasos do subcutâneo para chegar no sangue. Via transdermico: absorvido pelos capilares para chegar na corrente sanguínea. Se for por via muscular vai ter que ser absorvido pelos vasos do musculo até chegar na via completa de administração do sangue total. Quando tem um paciente que tem incapacidade para absorver algum fármaco no estomago ou na pele por exemplo, vai aplicar de forma intravenosa para que já caia na corrente sanguínea já tendo o efeito diretamente. Em via oral se perde mais do fármaco quando chegar ao sítio de ação. Se fosse intravenoso, a dosagem seria reduzida. A única via que há 100% de biodisponibilidade é a intravenosa pula-se a fase de absorção. O fármaco já começa com a atuação máxima quando intravenosa. Na via intramuscular há alguma perda. Na subcutânea e oral, consecutivamente, as perdas aumentam. Na via intravenosa, em geral, o medicamento fica menos tempo no organismo do animal. Quando a via é oral, o fármaco vai sendo absorvido progressivamente no animal. A biodisponibilidade, portanto, varia conforme a via de administração do fármaco. Exemplo: amoxilina por via oral, conforme espécie. Num equino (como para tratar uma pneumonia), apenas 5% de biodisponibilidade, comparado a um cão com 60-80%. Dependendo da forma farmacêutica, a biodisponibilidade em comprimido é Resumo produzido por Karoline Barboza Alves 1/2021 15 menor do que numa suspensão. (64% contra 77% da forma em suspensão). Qual via usar? A via oral, a via tópica, a via parenteral, a via subcutânea. Forma farmacêutica é como o fármaco vai ser apresentado. Tem o excipiente e o princípio ativo. De acordo com a forma farmacêutica, há a via de administração. Exemplo: não adianta o proprietário falar que quer insulina oral porque insulina só aceita a forma injetável. Quem manda na administração é a forma farmacêutica. São feitos testes e a química é determinante. Penicilina nenhuma pode ser administrada via oral, por isso somente injetável. O pH do estômago inativa a molécula da penicilina. São formas sólidas, semissólidas, pastosas, líquidas ou gasosas. Dentro das vias enterais há a via oral, a subretal e a sublingual. Na cavidade oral e no esôfago há pouca ou nenhuma absorção, pois o epitélio é queratinizado. O principal ponto de absorção do fármaco é o intestino delgado as vilosidades intestinais aumentam a superfície de contato, favorecendo a absorção. Vantagens de se fazer via oral É a via mais segura. Na forma intravenosa, por exemplo, não há volta. Na via oral, pode ser provocado um vômito. É uma via muito conveniente para ser trabalhada. É mais econômica, a distribuição do fármaco é lenta, havendo pH interferindo. Os fármacos de administração parenteral têm pico mais rápido, mas fica menos tempo no organismo. Pelas vias injetáveis o pico é mais rápido do que nas outras vias. Na via oral tem a possibilidade de lavagem gástrica em casos de intoxicações. A via oral é indolor. É fácil, dependendo do indivíduo. A contraindicação é em animal que esteja em anestesia geral, por risco de o medicamento parar em via respiratória (aspiração) e pelo risco de vômito. Não persistir com anti-hemético em animal que persiste no vômito. Há uma via de administração oral feita com a gavagem. Depende de contenção adequada. Em aves se utiliza muito a gavagem. Introduz-se até o papo. Alguns fármacos devem ser administrados com o alimento porque a presença do alimento favorece a absorção. Entretanto há fármacos que atrapalham a absorção do alimento. Alguns fármacos são indiferentes. Desvantagem da vida oral Veias lineal, mesentéricas cranial e caudal formam a veia hepática. O alimento absorvido vai para veia hepática, passa pelo fígado, veia hepática, veia cava caudal coração e depois da microcirculação (pulmonar) sai do coração pela aorta. Haveria muita facilidade de intoxicação se não houvesse esse caminho percorrido.Nos herbívoros, o fígado tende a ser em relação ao corpo muito mais desenvolvidos que nos carnívoros. Felinos têm dificuldade de metabolizar fármacos. Resumo produzido por Karoline Barboza Alves 1/2021 16 Os vegetais se protegem produzindo toxinas, e os herbívoros produzem enzimas para se proteger contra as toxinas da planta. Por isso o fígado de herbívoros tende a ser mais desenvolvido. Já nos carnívoros, a ausência de vegetais na alimentação faz não-necessária a metabolização das toxinas das plantas. Entretanto, isso é uma desvantagem na metabolização dos fármacos. Muitos fármacos são metabolizados antes de fazer o efeito. Uma das funções do fígado é modificar a molécula do fármaco para que, uma vez alterada, ela não produza o efeito tóxico no animal. Como na via oral há o efeito de primeira passagem, em geral, há prejuízo no momento de absorção, por alteração na química do fármaco. Em herbívoros, o metabolismo de primeira passagem é muito grande, sendo o maior fator de alteração de biodisponibilidade (percentual do que chega ao local de ação). O ruminante é pior do que o equino quanto a isso; Fármacos não serão absorvidos em lugar algum até o jejuno. Por isso as vias injetáveis são as mais utilizadas. O pH do rúmen sendo levemente ácido causa retenção do fármaco. Além disso, a microbiota do fármaco pode inativar o fármaco. Por isso é preferível o uso parenteral nesses animais. A cápsula foi feita para evitar o pH ácido do estômago. Por isso não é ideal a abertura da cápsula e a diluição, porque pode irritar a mucosa do estômago, provocar vômito e reduzir a absorção. Tem a possibilidade de quelar se o medicamento for administrado com outros componentes. O tempo de esvaziamento gástrico, fluxo sanguíneo mesentérico, interação com alimentos, tempo de trânsito intestinal, pH do meio, etc, interferem na absorção oral. Tem absorção rápida, sem o efeito de primeira passagem. O epitélio é estratificado, pavimentoso não-queratinizado, por isso há absorção. Os fármacos vão seguir até a jugular, depois à veia cava cranial, em seguida à aorta e corpo. Quando há necessidade de resposta muito rápida. Quando o fármaco é muito instável ou é rapidamente biotransformado pelo fígado. Tem absorção no final do intestino, porque cerca de 50% do que vai via retal tem um retorno venoso direto para a veia cava caudal. O Diazepam para convulsão é muito usado nesse caso. Intravenosa, intramuscular, subcutânea. Não passam pelo tubo digestivo (não há metabolização de primeira passagem). É a via mais rápida de administração. Útil em animais inconscientes e animal vomitando. Três indicações: difícil absorção (como penicilina), necessidade de rapidez (pacientes inconscientes, hipoglicemia, Diazepam), quando esta for a única forma farmacêutica disponível que terá o efeito desejado (ex. insulina). Desvantagens das vias parenterais Pode provocar dor, necessária assepsia, invasiva, com risco de infecção. Via Intravenosa tem a quantidade previsível, a biodisponibilidade é de 100%. Permite a administração de grandes volumes, mas tem risco Resumo produzido por Karoline Barboza Alves 1/2021 17 de septicemia e embolia. É impróprio para substâncias oleosas. A via intramuscular é usada para medicações de ação rápida, mas não imediata. Evita o efeito de primeira passagem, fácil administração, mas precisa de treinamento, via de escolha para substâncias irritantes e oleosas. Permite volumes moderados. Via subcutânea serve para administração lenta e constante. Pode formar abcesso e necrose, como na intramuscular. Epidural: é o fármaco injetado no espaço Epidural. É usado para bloquear. Tem uma ampla gama de indicações. Bloqueio ineficiente e retenção de urina são desvantagens. Anestésicos locais servem para bloqueios locais. A via intracardíaca é usada só em casos emergenciais, geralmente de paradas cardíacas. Aves têm a via intraóssea como opção, assim como répteis. Só que não deixa gotejando. Faz-se um cálculo e de tantos em tantos tempos, aplica-se uma certa quantia. Há a via peritoneal e a via celomática. Não pode se for medicação irritante e em geral a agulha é a de insulina. Há as vias tópicas ou dérmicas, utilizadas quando há necessidade de se fazer um efeito local. A maioria dos antifúngicos são hepatotóxicos, logo, é melhor em certas situações usar de forma tópica ou dérmica. Essa via evita o efeito de primeira passagem, sendo aplicada na pele ou/e mucosa. É, em geral, antifúngico, antibiótico ou anti-inflamatório. Fotossensibilidade é uma reação da substância com a luz, gerando lesões. A tetraciclina pode gerar fotossensibilidade em alguns animais. Há outras vias: ocular, nasal, mamária, auricular, vaginal e transdérmica (efeitos adesivos). A via inalatória é muito boa porque a superfície de contato dos alvéolos é muito grande. É uma via muito rápida. Em crises asmáticas de felinos, usa-se muito a via respiratória. Também não tem efeito de primeira passagem. Tem a desvantagem do custo. Absorção: é definido como a passagem de um fármaco do seu local de administração para a corrente sanguínea. Se colocar o fármaco em qualquer outra parte do corpo que não seja a corrente sanguínea, ele vai precisar de passar por vários lugares para ser absorvido e assim chegar na corrente sanguínea. Processo de administração do TGI Administrou um fármaco, como por exemplo o paracetamol, que passou pela cavidade oral, chegou no estômago e intestino para ser absorvido. Antes de chegar na corrente sanguínea, esse fármaco passa por um processo de filtragem no fígado. Para isso o fármaco vai precisar primeiro passar pela membrana plasmática das células do estômago e do intestino, tendo assim um desafio. O fármaco chegando na corrente sanguínea (plasma) a circulação é enterohepática, tendo que passar pelo fígado que vai desintoxicar o nosso organismo. Resumo produzido por Karoline Barboza Alves 1/2021 18 Para que esse fármaco chegue no fígado e consiga circular no sangue, vai precisar de uma proteína para se ligar, e levar até o fígado, no fígado ele pode ser inativado ou ativado. Ele então sai do fígado cai na corrente sanguínea e faz o mecanismo de ação, volta então para o fígado na circulação geral, sofre uma destruição e é eliminado. Para ele ser absorvido vai ter que passar pela membrana plasmática, tendo que ser um fármaco unido para conseguir passar. Equação de Henderson-Hasselbalch: equação que faz o pH ionizar ou não ionizar. Cada fármaco tem o pKa, que é o grau de ionização desse fármaco. Tendo fármaco base ou ácido, sendo todos fracos, ou seja, tem bases fracas e ácidos fracos. Se tem ácido fraco tem maior taxa de absorção no estômago que tem o pH de 1 até 6. Se tem um meio ácido vai facilitar a absorção do fármaco se ele também for ácido. Não precisa de revestimento. Sem tem base fraca tem maior absorção no intestino que tem o pH que chega até 8, na região do duodeno. Se tem um meio alcalino vai facilitar a absorção do fármaco se ele for uma base fraca. Para que esse fármaco base fraca não seja destruído no estomago tem que ter um revestimento entérico. Se retirar esse revestimento ele não será totalmente absorvido para a corrente sanguínea. Se tem um fármaco que chega no meio que o favorece, ou seja, um fármaco ácido fraco que chega no estômago que é ácido, vai manter esse fármaco integro e assim ele tem maior facilidade para passar na membrana. Esse processo é chamado de lipossolúveis. Grau de ionização: Quando o pKa desse fármaco se separa ou se mantem unido. Se tem um fármaco ácido e quer que ele chegue em um meio ácido, o pKa vai favorecer a sua união. Se estão unidos, não ionizados, vaipassar mais facilmente pala membrana. Quando o fármaco ácido chega no estomago não vai precisar doar nada dele para ninguém, mantendo se grudado e não ionizado. Não tem doação de íons pois no estomago todos são ácidos. Se chegar um remédio base no estomago, essa base vai ter que doar parte do seu íon para o meio com a finalidade de alcalinizar o meio, e assim ele vai perder sua composição e assim não vai conseguir passar pela membrana pois vai estar fraco. Isso ocorre também para o caso contrário do ácido no meio básico e da base no meio ácido. Base fraca doa OH- no estomago, por isso precisa de revestimento não deixa o ácido clorídrico dissolva aquele fármaco. Resumo produzido por Karoline Barboza Alves 1/2021 19 Se quer que seja absorvido no estomago tem que ser ácido fraco e se quer que seja absorvido no intestino tem que ser base fraco. Se vier escrito capsula entérica comprimidos revestidos é por que é base. Se não vier escrito nada e pode dissolver e partir, esse fármaco é ácido e pode ter contato com o estomago. Ácido fraco estomago não interage com o meio não ioniza todo grudado passa pela membrana integro cai na circulação enterohepática O pH do sangue é mais pra neutro (pH maior que do estomago), então começa a dor seus íons e começar a ficar fraco, se perdendo na circulação. Então se der 100 mg, não será absorvido 100 mg pois vai perder. Por isso tem alguns medicamentos que são maiores pois as concentrações são maiores, pois depois vai perder na corrente sanguínea. Se for intravenosa a dose é menor pois não vai passar por todo esse processo. O pKa é o pH do meio interagindo com o fármaco. Se o pKa for igual ao pH (pH do meio é 3 e o pKa do fármaco também for 3) automaticamente metade se separa (sofre ionização) e a outra metade se mantem unidas, facilitando a passagem na membrana. Quando mais baixo o pKa desse fármaco melhor a absorção desse fármaco. PKa pH metade ioniza e metade não ioniza Fármaco ácido favorece em pH ácido. Se forem iguais metade sofre ionização e metade não sofre ionização. Lidocaína: anestesio local ácido fármaco base fraco (pKa mais alto) quando chagar em um pH mais alto vai sofrer absorção pela pele pelo local que quer que absorva Lidocaína dente do cavalo inflamado o meio acidifica inflamação acidifica o meio não vai conseguir anestesiar Fármaco alcalino que precisaria de um meio mais alto para sofrer absorção e tirar a dor daquele ambiente, e agora está inflamado não vai conseguir anestesiar aquele local por que o fármaco vais sofrer interação com meio e ionizar, não conseguindo chegar no local de anestesiar. Paciente com dor de ouvido fármaco com lidocaína ouvido muito inflamado lidocaína não consegue tirar a dor lidocaína ioniza não passa pela membrana não age Para a lidocaína agir precisa tirar a inflamação primeiro. Se tem um fármaco que é absorvido no estomago ácido mas está medicamento com omeprazol inibe acidez estomacal pH aumenta fármaco ácido perde seus íons para o meio o fármaco ácido perde seu efeito total Se está tomando um omeprazol não pode estar tomando um remédio ácido, tem que mudar a via de administração ou a dose do remédio, dependendo da variação do pH. Pode também utilizar outro remédio que não faça a variação de pH. Acido fraco pKa 4,4 pKa baixo requer um pH baixo pois esse fármaco é acido Fármaco suco gástrico ambiente acido com fármaco acido não vai precisar doar vai continuar unido capacidade de passar na membrana Resumo produzido por Karoline Barboza Alves 1/2021 20 Membrana plasmática lipídica possui ácido graxo para ultrapassar essa membrana fármaco tem que ser lipídico então quando ele não se separa passa com facilidade pela membrana fármaco lipossolúvel capacidade de passar pela membrana lipídica Passou pela membrana chega na corrente sanguínea plasma básico sofre ionização doa íons perde um pouco da eficiência. Se não quer que o fármaco se perca muda a via de administração invés de passar pelo estomago coloca por via intramuscular que vai ser absorvido pelo sangue v vai chegar na circulação tem um pouco de perca porem a ação é melhor se for base fraca tem uma concentração maior pois não perde cai no meio favorável Fármaco HIDROSSOLÚVEIS venoso pH que favoreceu circula no sangue chega no local que está com dor faz o mecanismo de ação se solta da célula precisa de ser eliminado é eliminado mais rápido pelo rim Fármaco LIPOSSOLÚVEIS venoso pH que favoreceu circula no sangue chega no local que está com dor faz o mecanismo de ação se solta da célula precisa de ser eliminado vai em direção ao rim como passa facilmente membrana pode voltar novamente pela circulação renal chega na grande circulação de novo vai dar mais voltas no corpo para ser eliminado. Sendo assim a ação é mais duradora e não pode ter intervalo entre dose de 4 em 4 h pois pode ter acumulo desse medicamento no organismo do animal. Na bula técnica da ANVISA tem o pKa do fármaco. Fármaco hidrossolúvel não consegue passar barreira não é bom ser por via oral pode usar injetável, venosa, intramuscular. A barreira que talvez vai encontrar é do licor, da barreira do útero não passa para o bebe De fácil eliminação pois não fica circulando Fármaco lipossolúvel mais facilidade de passar na membrana se torna mais disponível tem facilidade em se grudar a albumina ou proteínas plasmáticas a albumina serve de proteína circulatória onde a albumina vai esse fármaco vai se desgruda da albumina apenas para realizar sua ação mais difícil de ser eliminado fica circulando no sangue por um longo tempo Fármaco ácido estomago 1º barreira membrana plasmática circulação enterohepática fígado grande circulação distribuição do fármaco através das proteínas Fármaco grudadinho a proteína circula mais Se não se grudar a proteína chega no local de ação realiza o mecanismo é eliminado Resumo produzido por Karoline Barboza Alves 1/2021 21 Todo fármaco que se gruda a proteína circula mais, podendo nesse caso dar a dose de 24 em 24h como é o caso dos anti-inflamatórios, tendo maior tempo de ação. Fármaco estomago/intestino 1º barreira membrana plasmática circulação enterohepática fígado grande circulação distribuição do fármaco ligado a proteína plasmática (albumina) fica bastante tempo no organismo Fármaco estomago/intestino 1º barreira membrana plasmática circulação enterohepática fígado grande circulação distribuição do fármaco não tem afinidade a proteína plasmática (albumina) pouco tempo no organismo tempo de dose menor Analgésico como que o fármaco vai saber o local que tem que? Sinais que o nosso corpo dá que tem afinidade pelo fármaco. Inflamação do dente vai ter prostaglandinas inflamatórias produzidas o fármaco então age inibindo essas prostaglandinas inflamatórias então deixa de sentir dor Fármacos ligados a proteínas servem para distribuir, circular pelo corpo. Fármacos não ligados a proteína vai para sua área de ação tirar dor. Antibiótico alta ligação a proteína plasmática vai ficar a cada 12h circulando e fazendo a ação lentamente matando bactérias Antibiótico animal está com hipoproteinemia baixa concentração de proteínas não tem proteína suficiente para fazer o fármaco circular por 12h no paciente pode ocorrer a diminuição do intervalo de doses reduzir a dose do antibiótico por que não vai ter proteína para se ligar a esse antibiótico e ele pode ficar livre ecausar uma intoxicação e reações adversas (reação exacerbada). Dependendo do local em que está doendo o fármaco não consegue alcançar, pois a albumina não passa por certas membranas. Nimesulida: alta afinidade por proteínas plasmáticas fica no corpo por mais tempo Quando comemos estimulamos a produção de HCl o estomago fica mais acido Comemos o transito do trato gastrointestinal diminui o remédio passa muito rápido Gato esporotricose fugo zoonose antifúngico ácido fraco não pode oferecer o antifúngico com leite, queijo ou iogurte vai diminuir a concentração do antifúngico fungo vai criar resistência farmacológica Não pode administrar com derivados do leite pois é quelante do fármaco. Com o patê pode ser oferecido o fármaco, pois esse fármaco é ácido. Locais que tem maior fluxo de sangue recebem o fármaco primeiro. Fármaco lipofílico maior afinidade pelo tecido adiposo lipídeos dura bastante tempo no corpo o fármaco Midazolan altamente lipofílico atraído pelo tecido adiposo fica com efeito por maior tempo por volta de 3 dias se o animal for gordinho Fármaco ligada a proteína tem função distribuidora na medida que vão se soltando (questão de tempo) vão fazendo a ação farmacológica Resumo produzido por Karoline Barboza Alves 1/2021 22 A maioria dos fármacos lipossolúveis adora a albumina, na qual temos que sempre analisar, já que vão passar por via oral, que vai ser mais sensível a passagem pelas membranas plasmáticas. Se tem fármacos que são lipossolúveis, tem que sempre analisar a concentração da albumina. A alfa glicoproteína ácida não consegue ver exatamente no exame. São poucos fármacos que são hidrossolúveis e são os que tem dificuldade de passar a membrana plasmática. Caso tenha uma intoxicação pode aumentar a diurese do paciente, já que passa com facilidade pelo rim e o efeito dele é curto, pode colocar fluido e fazer uma diurese e mandar embora o fármaco. Quando mais alta a ligação as proteínas plasmáticas, mais tempo vai demorar para que o fármaco faça efeito. Caso o animal chegue intoxicado com um fármaco que tem alta afinidade com proteínas plasmáticas (lipídico) e sem conversor, a chance de óbito é bem maior. O tratamento é apenas suporte, como manter o fluido para tentar fazer o fígado converter para conseguir eliminar mais rápido. Tem chances de sequelas. Prognostico reservado. Excesso de albumina é toxica para o organismo. Então não é vantajoso para ser reposto em caso de intoxicação por fármacos lipossolúveis. Hidrossolúvel: fluido, diurese, lavagem gástrica, colocar algo por via oral para quelar o fármaco (que é base fraco) – que vai ser o carvão ativado. Lipossolúvel: mais difícil de ser eliminado, pois não pode mexer no pH do sangue. Definição: transformação química do fármaco para torna-lo um metabolito e ser eliminado do organismo (excreção). Fármaco lipossolúvel: hidrossolúvel e polar O que o fígado faz com o fármaco? Exemplo indústria farmacêutica criar fármaco para covid por via oral para toda população ter acesso descobriu o princípio ativo característica acida absorvido no estomago sem revestimento toda a turma toma esse fármaco vai ser absorvido cai no fígado o fígado interage com ele o fígado elimina ou inativa corpos estranhos se reconhecer esse fármaco como corpo estranho o fígado inativa não serviu nada Para isso coloca o fármaco com uma composição diferente na hora que cai no fígado e ele interage com o fármaco coloca outros componentes para ele se tornar mais polar para ser eliminado Para que o fígado não interaja com ele e o elimine coloca componente X fígado interage com ele para inativa-lo e transforma o fármaco em Y na hora que ele se transforma invés de inativar, ele ativa o fármaco Fígado é responsável por biotransformar Pode pegar um fármaco que ele vai ter nome de pró- fármaco, ele não é o princípio ativo que vai matar o covid. Ele é mascarado. Pró-fármaco fígado fármaco ativo Resumo produzido por Karoline Barboza Alves 1/2021 23 Fármaco é diferente de metabólico. O fármaco passa duas vezes pelo fígado, uma para ativar e outra para inativar. A primeira fase o fígado coloca substancias no fármaco que o torna solúvel. A primeira vez que passa pelo fígado o fígado no citocromo P450 vai interagir com esse fármaco biotransformação vai pegar uma substancia e transformar em outra Para tornar esse fármaco fácil de ser eliminado, ele agrega grupos funcionais polares, como o OH- (hidroxila), o SH- (tiol) ou o NH2 (amina). Então esse fármaco vai sofrer uma mudança corporal para se tornar mais fácil na sua eliminação. Prednisona corticoide estomago fígado citocromo P450 junção de grupos nesses fármacos para se tornar mais polar para ser mais fácil de eliminação por que vão ficar mais águados. Fármaco via oral fígado grupos que torna mais polar faz isso oxidando, reduzindo ou hidrolisando de acordo com a função farmacológica. Na hora que adiciona o grupo polar que não estava na composição química principal, ele vai ao invés de inativar o fármaco, sofrer a ativação desse fármaco. O fígado está tentando torna-lo mais hidrossolúvel para sair mais facilmente. Pode inativar pela primeira passagem ou pela segunda passagem do fármaco. Na segunda vez é importante que ocorra a inativação para que o fármaco seja inativado com adição de enzimas. Na hora que o fígado reconheceu aquela substancia, se o fígado juntou componentes nele e transformou- o em lixo, vai ser um lixo ativo, então vai receber o nome de metabólito ativo. Ácido acetilsalicílico (substancia) fígado adiciona grupos polares se torna “lixo” metabolito ativo ácido salicílico Quando passar pelo fígado e se torna “lixo” é metabolito ativo, se apenas ativou alguma substancia no fármaco e o ativou é fármaco ativo. Prednisona pró- fármaco (fármaco inativo) fígado adiciona componentes fármaco ativo prednisolona Ácido acetilsalicílico (fármaco ativo) cai no fígado muda a composição transforma em ácido salicílico (metabolito ativo) que vai exercer a função farmacológica Prednisona (pró-fármaco) fármaco inativo fígado prednisolona (fármaco ativo) Resumo produzido por Karoline Barboza Alves 1/2021 24 Fármaco via oral pH adequado para se manter unido estomago/ intestino se mantem não ionizado passa pela membrana circulação enterohepática fígado 1º transformação facilitar a eliminação fármaco ativo / metabolito ativo distribuído pelo tecido realiza seu mecanismo de ação fígado 2º transformação eliminação. O fármaco quando passa pelo fígado na segunda fase, já cumpriu seu papel farmacológico, assim será adicionado enzimas para que esse fármaco seja inativado e eliminado. Fármaco via venosa não passa pela 1º fase no fígado vai direto fazer sua ação se liga e inibe a dor a substancia é reversível vai para o fígado adiciona enzimas inativa o fármaco eliminação. O que define o que passa pela fase de funcionalização e conjugação, são as características do fármaco e a via de administração. Cada fármaco tem uma velocidade para chegar na grande circulação. Para ele circular depende do volume sanguíneo, de hidratação do paciente. Quanto mais desidratadas menores concentrações de sangue tem e assim o fármaco circula menos, e ele é distribuído apenas para os órgãos principais. Espécies diferentes fígados diferentes vias de transformação diferente conjugação diferente enzimas diferentes fármacos diferentes Gatos UDP Glicuronosil transferese adicionar ácido glicurônio. Cães N- Acetiltransferase adicionar grupo acetila Se der fármaco de um cão para um gato as vias são diferentes o gato tem menores concentrações N- Acetiltransferase (presente em cães) a via maior é da UDP Glicuronosil transferese (felinos) o gato vai ficar então mais tempo processando o medicamento caso o gato não consiga processar pode causar Superdosagem intoxicação hepatopatia sobrecarregou o fígado do gato Felinos poucas enzimas inativadoras hepáticas dificuldade de metabolizar fármacos Cães e humanos maior via de inativação do fígado N- Acetiltransferase Bovino/ equino/ coelho maior via enzimas sulfotransferases Maquinário do cão é bem melhor que a via do felino. Paracetamol ocupa a via de transformação toda do felino, por isso causa intoxicação do animal. Felino das espécies, o felino é que mais tem chances de se intoxicar por não terem muitas enzimas. Se for um fármaco hidrossolúvel pode sair pela via respiratória, renal, suor, saliva. Se for um fármaco mais lipofílico, mais gorduroso, sai pela vesícula biliar, via fecal. Excreção biliar: fezes lipofílicas não convertidas em hidrofílicos Excreção pulmonar: fármacos voláteis Via glândulas: leite, suor, lágrima e saliva. Se sair no leite e estiver em fase de lactação, o feto pode ingerir esse fármaco. Caso tenha alguma parte do fármaco ativo, o neném terá que metabolizar. Resumo produzido por Karoline Barboza Alves 1/2021 25 Filtração glomerular: apenas pequenas moléculas, a albumina não é filtrada. Secreção tubular: eliminação dos que não foram filtrados, transporte ativo. Se o paciente tem uma doença renal que está perdendo albumina e ingeriu um fármaco que se liga a albumina, quando estiver eliminando a albumina ele estará eliminando também o fármaco. Então, alguns fármacos que foram distribuídos em 10 mg, serão absorvidos em menor quantidade, assim é preciso ajustar a dose desse fármaco para o paciente. Fármaco fígado biotranformações grande circulação afinidade pela albumina se liga circula pelo sangue sem fazer efeito se solta faz o efeito farmacológico grande circulação sem ligar a albumina fígado Tem fármacos que tem alta afinidade pela albumina, podendo ficar 24h se soltando dessa albumina de pouco em pouco até fazer total efeito e ser eliminado. Fármaco ligado a algo que é do corpo algo que o fígado produz albumina fígado não mexe com esse fármaco ligado Quando está solto fígado metaboliza faz mecanismo de ação Fármaco + albumina não passa no glomérulo albumina grande se tem problema renal albumina passa pelo glomérulo albumina leva o fármaco junto diminui a concentração do fármaco na corrente sanguínea Fígado transforma fármaco “água” sem albumina passa pelo glomérulo vai embora na urina se estiver bem polar Se não tiver muito polar não passa pelo glomérulo volta para a grande circulação fígado manda para vesícula biliar ducto biliar papila duodenal duodeno TGI eliminação nas fezes. Vesícula: apenas uma via de saída, não altera nada do fármaco. Paracetamol Paracetamol oral absorvido TGI ID afinidade pH intestinal transporte passivo não perde quase nada do que foi ingerido. Absorção um pouco mais rápida em jejum, mas não tem interferência se tiver alimentado ou não. Amplamente distribuído exceto no tecido adiposo não tem afinidade Proporção pequena 10 a 25% liga-se a proteína plasmática circula por curto período de tempo o intervalo de dose depende da metabolização do fígado Fármaco mecanismo de ação rápido pico de ação rápido pois não se liga a proteínas a dor passa rápido Metabolizado fígado 3 vias Via 1 conjugação com Glicuronosil felino tem pouco tomar cuidado Via 2 conjugação com sulfotransferases coelho pode tomar não tem um via tão significativa pode intoxicar Via 3 oxidação através de uma via enzimática do sistema citocromo P450 Paracetamol fígado 1º passagem oxidação 2º passagem conjugação com ácido Glicuronosil transferase e com a sulfotransferases O gato tem maiores chances de se intoxicar, pois o paracetamol não tem afinidade pelas proteínas plasmáticas e por ser conjugado por vias que os felinos não possuem em grandes quantidades. Intoxicação por volta de 1h após a medicação, se não tratar rápido o felino vem a óbito. Resumo produzido por Karoline Barboza Alves 1/2021 26 Paracetamol vai embora provavelmente via renal. Paracetamol na célula sanguínea mata hemácia sinal clinico cianose/ anemia intensa pensar em transfusão sanguínea Existe antídoto auxilia o fígado a inativar o paracetamol. Paciente cirrótico maquinário hepático prejudicado não ativa e nem inativa o fármaco extremante perigoso pode gerar intoxicação. Anotações _______________________________________________________________________________________ _______________________________________________________________________________________ _______________________________________________________________________________________ _______________________________________________________________________________________ _______________________________________________________________________________________ _______________________________________________________________________________________ _______________________________________________________________________________________ _______________________________________________________________________________________ _______________________________________________________________________________________ _______________________________________________________________________________________ _______________________________________________________________________________________ _______________________________________________________________________________________ _______________________________________________________________________________________ _______________________________________________________________________________________ _______________________________________________________________________________________ _______________________________________________________________________________________ _______________________________________________________________________________________ _______________________________________________________________________________________ _______________________________________________________________________________________ _______________________________________________________________________________________ _______________________________________________________________________________________ _______________________________________________________________________________________ _______________________________________________________________________________________ _______________________________________________________________________________________ _______________________________________________________________________________________ Resumo produzido por Karoline Barboza Alves 1/2021 27 É o estudo dos efeitos fisiológicos e bioquímicos dos fármacos e dos seus mecanismos de ação. O que será produzido no organismo. Está relacionado ao local de ação, ao mecanismo de ação e aos efeitos farmacológicos que vão ser produzidos. Fármacos não criam efeitos no organismo, eles modificam uma função já existente. Ou potencializa ou inibe. É onde o fármaco vai se ligar no seu local de ação. Estudo dos efeitos fisiológicos e bioquímicos das drogas e de como esses efeitos relacionam-se com um mecanismo de ação da droga. Pode ter um fármaco que vai chegar no receptor vai ativar esse receptor vai potencializar a ação.Então se a célula produz cálcio esse cálcio vai começar a aparecer na corrente sanguínea para exercer a ação. Pode bloquear a ação do cálcio não tem cálcio na corrente sanguínea célula não está mandando mais cálcio para corrente sanguínea fármaco desativou a função Fármaco se liga no receptor ativa a função da célula ou inativa a função da célula. Não precisam interagir com estruturas do organismo para exercer o efeito. Provocam alterações físico-químicas acarretando mudanças na função celular. Exemplos: Laxantes osmóticos- não são absorvidos. Atraem água para a luz intestinal. Interagir com uma estrutura do organismo bem definida (proteínas, enzimas, ácidos nucleicos) formando um complexo que leva a alteração na função celular. Alta seletividade Fármaco receptor Ação biológica depende essencialmente de sua estrutura química, de qual receptor vai se ligar e como isso vai acontecer na célula. Pequenas variações na estrutura química podem resultar em alterações na atividade farmacológica. Uma molécula X criada hoje pode ser alterada futuramente pela sua modificação, podendo ter uma ação pior ou melhor. O efeito não decorre da estrutura química do fármaco agindo em um determinado receptor, mas sim promovendo alterações físicos- químicas (grau de ionização, solubilidade). Resumo produzido por Karoline Barboza Alves 1/2021 28 Para falar da ação do fármaco no organismo tem que falar sobre os receptores Princípio ativo interage com o receptor gera a o mecanismo de ação. O fármaco vai precisar combinar com esse receptor para gerar resposta, podendo ser inibitória ou excitatória. Esses efeitos são quantitativos e não qualitativos. São macromoléculas que estão nos tecidos. Ligandos (ligantes) Receptores fechadura Interação fármaco + receptor = ação. Essa interação fármaco- receptor vai acontecer de acordo com o tipo de ligação que esse fármaco faz nesse receptor. Essa interação fármaco- receptor vai nos mostrar se a ligação é mais forte ou mais fraca, podendo entender se o fármaco vai permanecer mais tempo no corpo ou não e assim podemos entender se o fármaco é reversível ou não em caso de intoxicação. Receptores em vários locais: efeito difuso no organismo (generalizado). Receptores diferentes em cada parte do corpo: efeitos diversificados/diferentes para cada parte. Receptor especifico de um tipo celular diferenciado: efeito bem localizado Nenhum fármaco é totalmente especifico para um único receptor. Maior dose maior chance de interagir com outros receptores maiores efeitos colaterais Receptores de reserva: Em alguns tecidos, agonistas podem produzir efeito máximo mesmo que apenas uma fração dos receptores seja ocupada. Existem 4 tipos de receptores, que são proteínas, enzimas, ácidos nucleicos ou outros constituintes celulares. Existem 4 famílias principais de receptores, todas elas representadas por tipos diferentes de proteínas. 1. Canais iônicos dependentes de ligantes 2. Receptores acoplados a proteínas G. (RAPG ou GPCR) 3. Receptores ligados a enzimas (Receptores ligados a tirosinoquinase) 4. Receptores intracelulares Antigos “receptores nucleares” Regulam os poros que fluem os íons. Agonista: abre o canal por milissegundos São portões proteicos presentes na membrana celular que se abrem quando ativados por algum ligando, regulando o fluxo de íons através dessa membrana. Íons principais: Na+, K+, Cl- e Ca+² Resumo produzido por Karoline Barboza Alves 1/2021 29 Ligantes: neurotransmissores e fármacos. Fármacos que atuam nesses receptores vão bloquear ou diminuir a ação desses neurotransmissores. Os principais ligantes são: Acetilcolina (nAChR) Glutamato (não NMDA) GABA (GABAa) Serotonina A resposta desse tipo de receptor é imediata (milissegundos). Por serem rápidos, é importante na transferência de informações entre neurônios, nos mecanismos de neuroplasticidade (aprendizado e memória). Ligante agonista acopla no sítio de ligação canal iônico se abre fluxo de íons começa ligante se desprende fluxo para. Alguns desses receptores podem ser dependentes de voltagem, significando que além da presença de um ligante agonista é preciso ter uma corrente elétrica passando para que seu portão possa se abrir. Como exemplo tem os receptores NMDA de glutamato. Principal família de receptores explorado pelos fármacos. São amplamente usados por substancias endógenas do nosso corpo, como neurotransmissores, hormônios, citocinas, autacoides e fármacos. Ligantes são detectados por receptores da superfície celular que possuem sete hélices trasmembrana, e em uma dessas hélices tem acoplado a proteína G, que recebe esse nome por ser dependente de guanina. É dependente da guanina pois a fonte energética que a proteína G usa, é a quebra do GTP (trifosfato de guanosína) em GDP (difosfato de guanosína) por hidrolise. A proteína G fica ligada a uma molécula de GDP que vai ser transformada em GTP, quando o receptor da membrana for ativado por um ligante agonista, liberando assim energia no ambiente. A proteína G é composta por três subunidades: Subunidade alfa (se liga ao GDP) Subunidade beta Subunidade gama As subunidades beta e gama costumam ficar juntas, formando o chamado complexo beta-gama. Quando esse receptor é ativado pela presença do ligante agonista, tem a transformação de GDP em GTP e as subunidades se soltam e vão exercer algumas funções. Geralmente a subunidade alfa se divide para um lado e o complexo beta-gama para outro. Essas subunidades vão mudar diretamente a atividade de um elemento efetor, como um canal iônico presente na membrana configurando o que se chama de proteína G efetora. Podem também ativar uma enzima que vai modificar a ação de um segundo mensageiro intracelular, que Resumo produzido por Karoline Barboza Alves 1/2021 30 por sua vez é capaz de gerar resposta em diversos alvos celulares, chamada de proteína G transdutora de sinais, pois ativar uma via de segundos mensageiros significa dar início a uma cascata de reações celulares que podem resultar em efeitos diferentes. Essa potencialização da mensagem recebida é chamada de fenômeno da ampliação de sinais, isso significa que a potência do efeito não depende só da afinidade do ligante pelo receptor, mas depende também da duração da ligação do GTP a proteína G e da cascata enzimática que podem decorrer. Por isso, essa via é um pouco mais lentos que os canais iônicos. Podendo ser medidos em segundos, minutos ou até horas, além de demorarem tanto para começarem a agir como para terminar sua ação. Isso pode ser positivo ou negativo dependendo do que se espera. Mais na maioria dos casos é vantajoso por gerar uma resposta potente e mais duradora. Apenas um ligante pode desencadear diversas respostas no corpo, pois podem se ligar a mais de um receptor da proteína G (existem vários subtipos). Maioria são propensos a apresentar a dessensibilização. O que acontece é diante da estimulação prolongada de um agonista com afinidade muito alta pelo receptor ou pela presença de grandes quantidades de um agonista por um tempo prolongado, os RAPG tende a remover o agonista do seu sítio de ligação e passar por um processo de endocitose, eles se escondem dentro da célula. Quando isso acontece, o RAPG pode ser desfosforilado dentro do citoplasma e retornar logo em seguida a membrana plasmática, tendo passado nesse caso por um período curto de dessensibilização. Ou então ele pode ser capturado por lisossomos no interior da célula e degradado, que deprime por um bom tempo a resposta daquela célula aos ligantes, sendo assim uma dessensibilizaçãoprolongada. AMPc e IP3 tem ações antagônicas em determinado tipo celular. Na musculatura lisa vascular por exemplo, a mobilização de cálcio por ativação de IP3 causa vasoconstrição, enquanto a ativação do AMPc causa vasodilatação por relaxamento das fibras musculares. Em outros casos acontece o contrário, o IP3 tem uma ação inibitória e o AMPc gera resposta excitatória. Existem situações que os dois são sinérgicos, como estimular a liberação de glicose no fígado que é um efeito que pode ser potencializado pela ação conjunta dessas duas vias de sinalização. Aumentam a atividade enzimática Receptores ligados a uma proteína tirosinoquinase (tirosino-cinase, tirosina quinase), que é uma enzima no caso. Podem ser outras enzimas como a tirosinofosfatase, serinoquinase/treoninoquinase, guanililciclase. Esses receptores atravessam a membrana só uma vez, tendo um único domínio extracelular de reconhecimento do ligante, que geralmente é um hormônio, fator de crescimento ou fármaco. Possui também um domínio citoplasmático, onde fica a enzima. Resumo produzido por Karoline Barboza Alves 1/2021 31 Quando um hormônio ativa o receptor, ele se liga a uma outra molécula receptora próxima, em um processo chamado de dimerização (dímero: ligação de dois monômeros), pois os dois receptores juntos formam um dímero e isso faz com que os domínios enzimáticos de cada um se tornem ativos, usando energia da quebra do ATP em ADP. Esses domínios enzimáticos começam a catalisar a fosforilação um do outro (uma enzima degradando a outra). Isso vai resultar em vários fragmentos que vão atuar em diversos alvos celulares distintos, diretamente ou através da ativação de segundos mensageiros, exercendo seus efeitos principalmente na transcrição genica, atuando no núcleo da célula. É por isso que a resposta a estimulação desse receptor é mais lenta e a sua duração pode ser prolongada. Dessensibilização semelhante aos do RAGPs, passando por um processo de regulação para baixo (dessensibilização) quando continuamente estimulados, havendo endocitose por captação por lisossomos e subsequente proteólise, significando que a dessensibilização geralmente é prolongada. Famosa por ser usada pela insulina. Ligantes endógenos: insulina, EGF, PDGF, ANP, TGF- beta, diversos hormônios tróficos. Receptores que ficam inteiramente dentro da célula. Não apresenta nenhum domínio no meio extracelular. O receptor tem que ser extremamente lipossolúvel para que possa atravessar a membrana. Ligantes: corticosteroides, fármacos, vitamina D, hormônios tireoidianos. Chamados antigamente de nucleares, mas hoje em dia já se sabe que a grande maioria se situa no citoplasma da célula. Ao serem ativados, esses receptores entram no núcleo da célula e regulam as atividades de sequência alfa de DNA, sendo por isso chamada de receptores gene ativos. Por atuar através de alterações genicas, a ação de ligantes que os utilizam é bem mais lenta. Varia de minutos a horas. Um fármaco que vai estimular o efeito pré- determinado de um órgão. Como por exemplo, utilizar um fármaco agonista do sistema simpático para estimular o coração a aumentar a FC. O fármaco agonista pode ser dividido em agonista completo e parcial. Efeito chave fechadura: fármaco (chave) e fechadura (receptor), à chave entra a fechadura e faz seu papel de abrir o cadeado. Ativam os receptores produzem uma resposta celular função celular Cada receptor tem dois lados opostos Um estado ativo chamado Ra (R*) Um estado inativo chamado Ri (R) Resumo produzido por Karoline Barboza Alves 1/2021 32 Estado de repouso pode ser o estado inativo ou não, pois muitos receptores possuem atividade basal. O agonista dentro desse conceito é o ligando que gera no receptor uma preferência pelo estado ativo, ou seja, que desvia a alavanca para o estado de ativação máxima. Geram segundos mensageiros ou moléculas efetoras. Produzem resposta máxima por ocupar todos os receptores ou parte deles. Efeito de uma só vez, como se acendesse a luz. máximo efeito que a célula pode desencadear irá ativar uma “família” de receptores gera 100% de resposta biológica Estabiliza o receptor em R* Gera uma resposta discreta Não desencadeiam resposta máxima mesmo quando ocupam todos os receptores. Como se fosse ligar o motor, gradativamente. irá ativar um tipo de receptor a resposta é submáxima resposta menor não ocorre o efeito máximo. Se o animal se intoxicou com esse fármaco para desativar esse fármaco pode dar um antagonista que vai se ligar ao receptor por competição expulsa o antagonista do receptor interação farmacológica Parada cardíaca fármaco que vai se ligar aos receptores das células do coração adrenalina aumentar o batimento cardíaco Fármaco agonista ligou- se ao receptor da célula cardíaca batimento cardíaco aumentou Batimento cardíaco aumentou muito FC alta fármaco antagonista do agonista que foi feito diminui a FC diminui o batimento cardíaco Pode ter fármaco que estimula parcialmente, não tendo risco de ter taquicardia, ou pode ter um fármaco que age em outro receptor, que muda a conformação que vai agir no coração, que chama de receptor guiado por proteína G. Podem atuar como antagonista do agonista total. É o que se aplica para o caso de um receptor Inativa o receptor presente em uma atividade fisiológica. Nesse caso o ligante vai reduzir a atividade basal desse receptor gerando um efeito inverso/oposto ao agonista. Fármaco receptor afinidade agonista se liga no mesmo receptor inibe a ação agonista inverso tem a mesma afinidade pelo receptor mas induz uma resposta farmacológica oposta Entra no receptor e neutraliza a ação Antagonista entra já com a ação de inibir Entra no receptor se liga no mesmo receptor e desliga a ação do receptor Briga pelo receptor o que está fazendo ação continua e o que não está desliga o receptor Antagonista se liga no mesmo receptor do agonista reverter a ação do agonista ação farmacológica Agonista inverso não é usado em caso de intoxicação Ocorre quando é administrado dois fármacos que competem pelo mesmo receptor, tendo um que é Resumo produzido por Karoline Barboza Alves 1/2021 33 mais forte, que prevalece sobre os outros e inibe a ação dos outros. Estabiliza a forma R (inativa) e convertem R* em R Há então menos receptores ativados do que na ausência do fármaco. Inativa o receptor Ligando que trava o receptor sem alterar seu estado funcional de base, caso tenha um. inativam os receptores desativa a função da célula Fármacos que atuam de forma contraria ao que é pré-determinado do órgão e daquele receptor. Podem ser divididos em antagonista competitivo e antagonista não competitivo/ irreversível Chave que entra na fechadura e não consegue girar a chave. Mais comum dos antagonistas É como se fosse uma chave que cabe na fechadura e garra nela, mas sem poder ligar e toma o lugar de uma chave (agonista) que pode ligar. Um antagonista competitivo liga-se reversivelmente ao sítio de um receptor. Atua no mesmo receptor do que o agonista, impedindo-o de se encaixar. Agonista e antagonista se liga ao mesmo sítio de reconhecimento (receptor). Conhecidos como moduladores alostérico É como se fosse um lacre que envolve a caixa, e mesmo que um agonista tente abrir a fechadura não consegue. Não bloqueia diretamente o sítio de ligação do agonista, mas de certa forma bloqueia a ativação desse sítio. Descreve a situação em que o antagonista bloqueia, em algum ponto, a cadeia de eventos que leva à produção de uma resposta pelo agonista. O
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