Buscar

tireoide e paratireoide apg 18

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 8 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 8 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

FV 
 
➢ A glândula tireoide é a primeira glândula endócrina a 
se desenvolver. 
➢ Começa a se formar com aproximadamente 24 dias 
a partir de um espessamento endodérmico mediano 
no assoalho da faringe primitiva. Esse espessamento 
logo forma uma pequena saliência – o primórdio da 
tireoide. 
➢ Com o crescimento do embrião e da língua, a 
tireoide em desenvolvimento desce pelo pescoço, 
passando ventralmente ao osso hioide e às 
cartilagens laríngeas em desenvolvimento. Por um 
curto período, a tireoide fica conectada à língua pelo 
ducto tireoglosso. 
➢ Como resultado da rápida proliferação celular, o 
lúmen do divertículo da tireoide logo oblitera e se 
divide em lobos direito e esquerdo, que são 
conectados pelo istmo da tireoide da glândula tireoide. 
➢ Na sétima semana, a glândula tireoide assume sua 
forma definitiva e, em geral, já atingiu sua localização 
final no pescoço. 
➢ Nessa ocasião, geralmente o ducto tireoglosso já 
degenerou e desapareceu. A abertura proximal do 
ducto tireoglosso persiste como uma pequena 
fosseta – o forame cego no dorso da língua. 
➢ Um lobo piramidal da glândula tireoide se estende 
superiormente a partir do istmo em 
aproximadamente 50% das pessoas. Esse lobo pode 
estar preso ao osso hioide por tecido fibroso, 
músculo liso ou ambos. 
 
➢ A Síndrome de DiGeorge (SDG) ou velocardiofacial 
é um distúrbio congênito resultante de defeito 
embrionário das células da crista neural das terceira 
e quarta bolsas faríngeas, que vão dar origem ao 
timo, glândulas paratireoides e parte do arco aórtico, 
levando a hipoplasia ou aplasia do timo, defeitos da 
paratireoide e arco aórtico, causando principalmente 
imunodeficiência de células T e hipoparatireoidismo. 
(DA SILVA, 2019) 
 
 
 
➢ A glândula tireoide, em formato de borboleta, está 
localizada logo abaixo da laringe. 
➢ Possui peso de cerca de 30g e é irrigada de forma 
abundante, recebendo de 80ml a 120ml de sangue 
por minuto. 
➢ É composta pelos lobos direito e esquerdo, um em 
cada lado da traqueia, conectados por um istmo, 
anteriormente à traqueia. Cerca de 50% das 
glândulas tireoides apresentam um pequeno terceiro 
lobo, chamado de lobo piramidal, que se estende 
superiormente a partir do istmo. 
 
➢ A tireoide é composta de milhares de folículos 
tireoidianos, que são pequenas esferas de 0,2 a 0,9 
mm de diâmetro.. 
➢ A parede dos folículos é um epitélio simples cujas 
células são também denominadas tireócitos. A 
cavidade dos folículos contém uma substância 
gelatinosa chamada coloide. 
➢ A glândula é revestida por uma cápsula de tecido 
conjuntivo frouxo que envia septos para o 
parênquima. Os septos se tornam gradualmente mais 
delgados ao alcançar os folículos, que são separados 
entre si principalmente por fibras reticulares. 
➢ A tireoide é um órgão extremamente vascularizado 
por uma extensa rede capilar sanguínea e linfática 
que envolve os folículos. As células endoteliais dos 
capilares sanguíneos são fenestradas, como é 
comum também em outras glândulas endócrinas. 
GLÂNDULA TIREOIDE 
Anatomia 
Histologia 
Embriologia 
TUTORIA 18 
Julia Menezes de Souza Soares – 2º período de Medicina 
Essa configuração facilita o transporte de substâncias 
entre as células endócrinas e o sangue. 
➢ Em cortes, o aspecto dos folículos tireoidianos é 
muito variado, o que é consequência de: (1) diferentes 
maneiras em que foram seccionados os folículos; (2) 
diversos níveis de atividade funcional exercidos pelos 
vários folículos. 
➢ Alguns folículos são grandes, cheios de coloide e 
revestidos por epitélio cúbico ou pavimentoso, e 
outros são menores, com epitélio colunar. De 
maneira geral, quando a altura média do epitélio de 
um número grande de folículos é baixa, a glândula é 
considerada hipoativa. Em contrapartida, o aumento 
acentuado na altura epitélio folicular acompanhado 
por diminuição da quantidade de coloide e do 
diâmetro dos folículos costuma indicar hiperatividade 
da glândula. 
➢ Entre os folículos, podem ser encontradas algumas 
➢ células chamadas de células parafoliculares ou células, 
que produzem o hormônio calcitonina (CT), que 
ajuda a regular a homeostasia do cálcio. 
 
 
 
 
 
 
➢ A glândula tireoide é a única glândula endócrina que 
armazena seu produto secretório em grandes 
quantidades – normalmente o suficiente para cerca 
de 100 dias. 
➢ A síntese e a secreção de T3 e T4 ocorrem da 
seguinte forma: 
1. Retenção de iodeto. As células foliculares da 
tireoide retêm íons iodeto (I–), transportando-os 
ativamente do sangue para o citosol. Por conta 
disso, em geral, a glândula tireoide contém a 
maioria do iodeto corporal. 
2. Síntese de tireoglobulina. Ao mesmo tempo 
que retêm I–, as células foliculares também 
sintetizam tireoglobulina (TGB), uma grande 
glicoproteína produzida no retículo 
endoplasmático rugoso, modificada no 
complexo de Golgi e armazenada em vesículas 
secretoras. As vesículas sofrem exocitose, o 
que libera TGB para o lúmen do folículo. 
3. Oxidação de iodeto. Parte dos aminoácidos na 
TGB consiste em tirosinas que se tornarão 
iodadas. Entretanto, íons iodeto com carga 
elétrica negativa não conseguem se ligar à 
tirosina até que sofram oxidação (remoção de 
elétrons) para iodeto: 2 I- → I2. Na medida em 
que os íons iodeto são oxidados, eles 
atravessam a membrana para o lúmen do 
folículo. 
4. Iodação da tirosina. Conforme moléculas de 
iodo (I2) se formam, elas reagem com as 
tirosinas integrantes das moléculas de 
tireoglobulina. A ligação de um átomo de iodo 
produz monoiodotirosina (T1) e a de dois produz 
di-iodotirosina (T2). A TGB com átomos de iodo 
fixados é um material viscoso que se acumula e 
é armazenado no lúmen do folículo da tireoide, 
chamado de coloide 
 
 
Formação, armazenamento e liberação dos 
hormônios da tireoide 
Julia Menezes de Souza Soares – 2º período de Medicina 
5. Acoplamento de T1 e T2. Durante a última etapa 
da síntese dos hormônios da tireoide, duas 
moléculas de T2 se juntam para formar T4 ou 
uma de T1 com uma de T2 se unem para 
formar T3. 
6. Pinocitose e digestão de coloide. Gotículas de 
coloide penetram de novo nas células foliculares 
por pinocitose e se juntam aos lisossomos. 
Enzimas digestivas nos lisossomos degradam a 
TGB, separando moléculas de T3 e T4. 
7. Secreção de hormônios da tireoide. Como são 
lipossolúveis, T3 e T4 se difundem através da 
membrana plasmática para o líquido intersticial 
e, em seguida, para o sangue. Em geral, T4 é 
secretada em maior quantidade que T3, mas 
T3 é muitas vezes mais potente. Além disso, 
depois que a T4 entra no corpo celular, a 
maioria dela é convertida a T3 por remoção de 
um iodo. 
8. Transporte no sangue. Mais de 99% de T3 e 
T4 se combinam a proteínas transportadoras 
no sangue, principalmente à globulina 
transportadora de tiroxina (TBG). 
 
➢ Os hormônios da tireoide são a Tiroxina ou 
Tetraiodotironina (T4) e o Tri-iodotironina (T3). 
1. Os hormônios da tireoide aumentam a taxa 
metabólica basal (TMB), que consiste no 
consumo de oxigênio em condições basais ou 
padrão (acordado, em repouso e jejum) por 
meio da estimulação do uso de oxigênio celular 
na produção de ATP. Quando a taxa metabólica 
basal aumenta, o metabolismo celular dos 
carboidratos, lipídios e proteínas se torna mais 
intenso. 
2. Estimulam a síntese de bombas adicionais de 
sódio e potássio (Na+-K+ ATPase), o que utiliza 
grandes quantidades de ATP para 
continuamente ejetar íons sódio (Na+) do citosol 
no líquido extracelular e íons potássio (K+) do 
líquido extracelular no citosol. Com a produção 
e a utilização de mais ATP pelas células, mais 
calor é liberado e a temperatura corporal sobe. 
Esse fenômeno é chamado de efeito 
calorigênico. Dessa maneira, os hormônios da 
tireoide têm participação importante na 
manutenção da temperatura corporal normal. 
Mamíferos normais são capazes de sobreviver 
a temperaturas muito baixas,mas aqueles cuja 
glândula tireoide foi removida não conseguem. 
3. Na regulação do metabolismo, os hormônios da 
tireoide estimulam a síntese de proteína e 
aumentam o uso de glicose e ácidos graxos 
para a produção de ATP. Além disso, 
intensificam a lipólise e a excreção de colesterol, 
reduzindo, desse modo, o nível de colesterol 
sanguíneo. 
4. Intensificam algumas ações das catecolaminas 
(norepinefrina e epinefrina), pois promovem a 
suprarregulação dos receptores beta (β). Por 
essa razão, os sinais/sintomas do 
hipertireoidismo incluem frequência cardíaca 
aumentada, batimentos cardíacos mais fortes e 
pressão arterial elevada. 
5. Junto com o hormônio do crescimento e com 
a insulina, os hormônios da tireoide aceleram o 
crescimento corporal, sobretudo o 
crescimento dos sistemas nervoso e 
esquelético. A deficiência de hormônios da 
tireoide durante o desenvolvimento fetal ou 
infância causa grave retardo mental e restrição 
do crescimento ósseo. 
 
 
➢ O hormônio liberador de tireotrofina (TRH) do 
hipotálamo e o hormônio tireoestimulante (TSH) da 
adeno-hipófise estimulam a síntese e a liberação dos 
hormônios da tireoide. 
1. Níveis reduzidos de T3 e T4 ou taxa metabólica 
baixa estimulam o hipotálamo a secretar TRH. 
2. O TRH entra nas veias porto-hipofisárias e flui para 
a adeno-hipófise, onde estimula os tireotrofos a 
secretar TSH. 
3. O TSH estimula praticamente todos os aspectos 
da atividade celular dos folículos da tireoide, 
inclusive captação de iodeto, síntese e secreção 
de hormônio e crescimento das células foliculares. 
4. As células foliculares da tireoide liberam T3 e T4 
no sangue até que a taxa metabólica volte ao 
normal. 
5. O nível elevado de T3 inibe a liberação de TRH e 
TSH (inibição por feedback negativo). 
Ações dos Hormônios da Tireoide Controle da secreção de hormônio da 
tireoide 
Julia Menezes de Souza Soares – 2º período de Medicina 
 
 
 
 
 
➢ O hormônio produzido pelas células parafoliculares da 
glândula tireoide é a calcitonina (CT). 
➢ A CT diminui o nível sanguíneo de cálcio por meio 
da inibição da ação dos osteoclastos, células que 
degradam a matriz celular óssea. A secreção de CT 
é controlada por um sistema de feedback negativo. 
➢ Quando o nível sanguíneo de calcitonina está 
elevado, ocorre queda da concentração sanguínea 
de cálcio e fosfatos, com inibição da reabsorção 
óssea (degradação da matriz óssea extracelular) 
pelos osteoclastos e aceleração da captação de 
cálcio e fosfatos na matriz óssea extracelular. 
➢ A miacalcina, um extrato da calcitonina derivado do 
salmão que é 10 vezes mais potente que a calcitonina 
humana, é prescrita no tratamento da osteoporose. 
 
 
 
➢ As glândulas paratireoides são derivadas de bolsas 
faríngeas. Lembrando que as bolsas faríngeas 
possuem um revestimento epitelial endodérmico e 
formam importantes órgãos na cabeça e no 
pescoço. 
Terceira bolsa faríngea 
➢ A expansão da terceira bolsa faríngea faz com que 
ela possua uma parte bulbar dorsal sólida e uma 
porção ventral oca alongada. A partir da parte bulbar 
dorsal sólida da bolsa, por volta da sexta semana de 
desenvolvimento, que se desenvolverão as glândulas 
paratireóides inferiores. 
➢ As glândulas paratireóides se desenvolvem 
juntamente com o timo. Esses órgãos perdem a 
conexão com a faringe quando o encéfalo e as 
estruturas associadas expandem-se rostralmente, e 
a faringe e as estruturas cardíacas expandem-se 
caudalmente. Mais tarde, há a separação entre as 
glândulas paratireoides e o timo, e assim, as 
paratiroides se situam na correta posição, na 
superfície dorsal da glândula tireoide. 
Quarta bolsa faríngea 
➢ A quarta bolsa faríngea também se expande em 
uma porção bulbar dorsal e uma porção ventral 
alongada. As glândulas paratireóides superiores irão 
se originar da porção dorsal da bolsa faríngea, que 
estarão localizadas na superfície dorsal da bolsa 
faríngea. 
 
➢ As glândulas paratireoides são 4 glândulas pequenas 
de coloração castanho-amarelada e se localizam na 
região posterior da glândula tireoide. 
Calcitonina 
GLÂNDULA PARATIREOIDE 
Anatomia 
Embriologia 
Julia Menezes de Souza Soares – 2º período de Medicina 
➢ Elas possuem cerca de 40mg e, habitualmente, uma 
glândula paratireoide superior e uma inferior ficam 
presas a cada lobo da glândula tireoide. 
➢ Mais raramente, podem situar-se no interior da 
tireoide ou no mediastino, próximo ao timo, isso se 
deve ao fato de as paratireoides e o timo se 
originarem de esboços embrionários muito próximos 
entre si. 
 
➢ Cada paratireoide é envolvida por uma cápsula de 
tecido conjuntivo. Dessa cápsula partem trabéculas 
para o interior da glândula, que são contínuas com 
as fibras reticulares que sustentam os grupos de 
células secretoras 
➢ O parênquima da paratireoide é formado por células 
epiteliais dispostas em cordões separados por 
capilares sanguíneos.. Há dois tipos de células na 
paratireoide: as principais e as oxífilas. 
➢ As células principais predominam amplamente sobre 
as outras, têm forma poligonal, núcleo vesicular e 
citoplasma fracamente acidófilo; essas células são 
secretoras do hormônio das paratireoides, o 
paratormônio. 
➢ Na espécie humana, as células oxífilas aparecem por 
volta dos 7 anos de idade e a partir daí aumentam 
progressivamente de número. São poligonais, 
maiores e mais claras que as células principais. A 
função dessas células é desconhecida. 
 
 
 
 
 
➢ O paratormônio é o principal regulador dos níveis 
de cálcio (Ca2+), magnésio (Mg2+) e fosfato 
(HPO42–) no sangue. 
➢ A ação específica do PTH é aumentar a quantidade 
e a atividade dos osteoclastos. 
➢ O resultado é reabsorção óssea acentuada, o que 
libera cálcio (Ca2+) e fosfatos (HPO42–) no sangue. 
➢ O PTH também atua nos rins. Primeiro, retarda a 
perda de Ca2+ e Mg2+ do sangue para a urina. Em 
segundo lugar, acentua a perda de HPO42– do 
sangue para a urina. Uma vez que mais HPO42– é 
perdido na urina do que ganho dos ossos, o PTH 
diminui o nível sanguíneo de HPO42– e eleva os 
níveis sanguíneos de Ca2+ e Mg2+. Um terceiro 
efeito do PTH sobre os rins é a promoção da 
formação do hormônio calcitriol, que consiste na 
forma ativa da vitamina D. 
➢ O calcitriol, também conhecido como 1,25-di-
hidroxivitamina D3, aumenta a taxa de absorção 
sanguínea de Ca2+, HPO42– e Mg2+ no sistema 
digestório. 
 
 
➢ O nível sanguíneo de cálcio controla diretamente a 
secreção de calcitonina e paratormônio por meio de 
alças de feedback negativo que não envolvem a 
glândula hipófise. 
1. O nível sanguíneo de íons cálcio (Ca2+) acima 
do normal estimula as células parafoliculares da 
glândula tireoide a liberarem mais calcitonina. 
2. A calcitonina inibe a atividade dos osteoclastos, 
diminuindo, dessa forma, o nível sanguíneo de 
Ca2+. 
3. O nível sanguíneo de íons cálcio (Ca2+) abaixo 
do normal estimula as células principais da 
glândula paratireoide a liberarem mais PTH. 
4. O PTH promove a reabsorção de matriz óssea 
extracelular, o que libera Ca2+ no sangue e 
retarda a perda de Ca2+ na urina, elevando o 
nível de Ca2+ no sangue. 
 
➢ O cálcio é uma molécula de sinalização muito 
importante. Seu movimento de um compartimento 
corporal para outro cria sinais de cálcio. 
➢ O cálcio que entra no citoplasma inicia a exocitose 
de vesículas sinápticas e secretoras, a contração de 
Histologia 
Paratormônio 
Controle da secreção da calcitonina e do 
paratormônio 
Equilíbrio do Cálcio 
Julia Menezes de Souza Soares – 2º período de Medicina 
fibras musculares ou altera a atividade de enzimas e 
transportadores, e a remoção desse cálcio do 
citoplasma requer transporte ativo. 
➢ Ele é parte do cimento intercelular que mantém 
unidas as junções apertadas, além de ser um cofator 
na cascata de coagulação. 
➢ Embora o cálcio seja essencial para a coagulação 
sanguínea, as concentrações corporais de cálcio 
nunca diminuem a pontode a coagulação ser inibida. 
➢ As concentrações plasmáticas de cálcio afetam a 
excitabilidade dos neurônios. 
➢ Se a concentração plasmática de Ca2 diminui, 
hipocalcemia, a permeabilidade neuronal ao Na 
aumenta, os neurônios despolarizam, e o sistema 
nervoso torna-se hiperexcitável. 
➢ Na sua forma mais extrema, a hipocalcemia causa 
contração sustentada (tetania) dos músculos 
respiratórios, resultando em asfixia. 
➢ Já a hipercalcemia tem o efeito oposto, causando 
uma diminuição da atividade neuromuscular. 
➢ Devido à importância do cálcio para diversas funções 
no organismo, a sua concentração plasmática é 
estreitamente regulada. 
➢ Cálcio corporal total é todo o cálcio presente no 
corpo, distribuído ao longo dos três compartimentos: 
(a) líquido extracelular. 
o O cálcio ionizado é concentrado no Líquido 
Extracelular. No plasma, cerca da metade do 
Ca2 está ligado a proteínas plasmáticas e a 
outras moléculas. O Cálcio não ligado é livre para 
se difundir através das membranas pelos canais 
de Ca2 abertos. 
o O cálcio intracelular está concentrado no 
interior da mitocôndria e do retículo 
sarcoplasmático. Os gradientes eletroquímicos 
favorecem o movimento de cálcio para o citosol 
(livre) quando os canais de cálcio se abrem. 
o O cálcio da matriz extracelular está no osso, que 
é o maior reservatório de Ca2 no corpo, com 
grande parte em forma de cristais de 
hidroxiapatita. O Ca2 ósseo forma um 
reservatório que pode ser aproveitado para 
manter a homeostasia plasmática do Ca2. 
➢ Somente cerca de um terço do cálcio ingerido é 
absorvido, e, diferentemente de outros nutrientes, a 
absorção de cálcio é regulada hormonalmente. 
➢ Muitas pessoas não ingerem quantidades suficientes 
de alimentos que contêm cálcio, no entanto, a 
entrada pode não coincidir com a saída. 
➢ A absorção intestinal de cálcio é aparentemente 
transcelular e paracelular (entre as células). 
➢ A saída ou perda de cálcio pelo corpo ocorre 
principalmente pelos rins, com uma pequena 
quantidade excretada pelas fezes. 
➢ O cálcio ionizado é livremente filtrado no glomérulo 
e então reabsorvido ao longo do comprimento do 
néfron. 
➢ A reabsorção hormonalmente regulada ocorre 
somente no néfron distal e utiliza transportadores 
similares àqueles encontrados no intestino, não 
havendo transporte paracelular nos rins. 
 
 
➢ Os hormônios que regulam o movimento de cálcio 
entre osso, rim e intestino são 3: o hormônio da 
paratireoide, o calcitriol (vitamina D3) e a calcitonina. 
➢ Destes 3, o hormônio da paratireoide e o calcitriol 
são os mais importantes em adultos. 
Paratormônio e o controle do cálcio 
➢ O PTH atua nos ossos, nos rins e no intestino para 
aumentar as concentrações plasmáticas de cálcio. 
➢ O cálcio plasmático elevado atua como 
retroalimentação negativa e desliga a secreção de 
PTH. 
➢ O hormônio da paratireoide aumenta o cálcio 
plasmático de três formas: 
o Mobilizando o cálcio dos ossos: o aumento da 
reabsorção óssea pelos osteoclastos leva 
aproximadamente 12 horas para se tornar 
mensurável. Embora os osteoclastos sejam 
responsáveis por dissolver a matriz calcificada e 
serem um alvo lógico para o PTH, eles não 
possuem receptores para PTH. Em vez disso, 
os efeitos do PTH são mediados por um 
conjunto de moléculas parácrinas, incluindo a 
osteoprotegerina (OPG) e um fator de 
diferenciação de osteoclastos, chamado de 
RANKL. 
o Aumentando a reabsorção renal de cálcio: a 
reabsorção regulada de cálcio ocorre no néfron 
distal. O PTH aumenta simultaneamente a 
excreção renal do fosfato, reduzindo sua 
reabsorção. Os efeitos opostos do PTH sobre 
o cálcio e o fosfato são necessários para 
manter suas concentrações combinadas abaixo 
de um nível crítico. Se as concentrações 
excedem tal nível, formam-se cristais de fosfato 
de cálcio que precipitam fora da solução. 
Hormônios que controlam o equilíbrio do 
cálcio 
Julia Menezes de Souza Soares – 2º período de Medicina 
Elevadas concentrações de fosfato de cálcio na urina 
são algumas das causas da formação de cálculos renais. 
o Aumentando indiretamente a absorção 
intestinal de cálcio pela sua influência na vitamina 
D3. 
Calcitriol e o Controle de Cálcio 
➢ A absorção intestinal de cálcio é estimulada pela ação 
de um hormônio chamado calcitriol ou vitamina D3. 
➢ O corpo forma calcitriol a partir da vitamina D que é 
obtida pela dieta ou sintetizada na pele. 
➢ A vitamina D é modificada em dois passos: primeiro 
no fígado e depois nos rins, para formar a vitamina 
D3 ou calcitriol. 
➢ O calcitriol é o principal hormônio responsável por 
aumentar a absorção de cálcio a partir do intestino 
delgado. Além disso, ele também facilita a reabsorção 
renal de cálcio e ajuda a mobilizá-lo para fora do osso. 
➢ A produção de calcitriol é regulada no rim por ação 
do PTH. 
➢ Concentrações plasmáticas diminuídas de Ca2 
estimulam a secreção de PTH, que estimula a síntese 
de calcitriol. 
➢ A absorção renal e intestinal de Ca2 aumenta o Ca2 
sanguíneo, desligando o PTH em uma alça de 
retroalimentação negativa, que diminui a síntese de 
calcitriol. 
➢ A prolactina, o hormônio responsável pela produção 
do leite em mulheres que estão amamentando 
(lactantes), também estimula a síntese de calcitriol. 
Essa ação assegura a absorção máxima de Ca2 a 
partir da dieta em um momento em que a demanda 
metabólica para Ca2 está alta. 
Calcitonina e o controle do cálcio 
➢ A calcitonina é um peptídeo produzido pelas células 
C da tireoide. 
➢ Suas ações são opostas às do hormônio da 
paratireoide, pois ela é liberada quando as 
concentrações plasmáticas de Ca2 aumentam, ao 
contrário do PTH. 
➢ A calcitonina aparentemente desempenha um papel 
secundário no equilíbrio diário do cálcio em adultos. 
➢ Acredita-se nisso pois os pacientes cujas glândulas 
tireoides foram removidas não mostram nenhum 
distúrbio no equilíbrio do cálcio, e pessoas com 
tumores na tireoide que secretam grandes 
quantidades de calcitonina também não apresentam 
efeitos nocivos 
 
➢ Erro médico é a conduta (omissiva ou comissiva) 
profissional atípica, irregular ou inadequada, contra o 
paciente durante ou em face de exercício médico 
que pode ser caracterizada como imperícia, 
imprudência ou negligência, mas nunca como dolo. 
 
 
➢ A negligência, forma mais frequente de erro médico 
no serviço público, decorre do tratamento com 
descaso, do pouco interesse para com os deveres e 
compromissos éticos para com o paciente e a 
instituição. 
➢ É a ausência de precaução ou a indiferença em 
relação ao ato realizado. 
➢ O abandono ao doente, o abandono de plantão, o 
diagnóstico sem o exame cuidadoso do paciente, a 
medicação por telefone e o esquecimento de 
corpos estranhos (gases, compressas e pinças) no 
corpo do paciente são exemplos relacionados com 
esta falha. 
➢ É negligente o anestesiologista que não indica uma 
traqueostomia, quando de um edema de glote 
importante, com asfixia do paciente. Aquele que não 
prescreve uma transfusão de sangue total, após 
constatar uma hemorragia intra-operatória de monta. 
O especialista que, no pós-operatório imediato, 
abandona o paciente deprimido, indefeso ou 
hipoventilado, que ainda necessita de seus cuidados. 
''O abandono ao doente é o tipo mais clássico de 
negligência médica”. 
 
➢ A imprudência aparece quando o médico, por ação 
ou omissão, assume procedimento de risco para o 
paciente, sem respaldo científico ou esclarecimento 
à parte interessada. 
➢ Anestesiar sem cânula para intubação e/ou máscara, 
realizar cirurgia em paciente com discrasia sanguínea 
ou aguardar parto normal com feto em sofrimento 
são exemplos de atitudes imprudentes. 
➢ É igualmente imprudente o profissional que utiliza 
técnica cirúrgica ainda não aceita pela comunidade 
médica, medicamentos sem a necessária 
comprovação científica dos resultados ou técnicas de 
cunho charlatanesco. 
➢ Pode ser definida comoa inobservância de atitudes 
acautelatórias, que possam evitar tudo que leve a 
erro ou a dano. E agir sem as precauçoes 
necessárias. É ser precipitado nos seus julgamentos 
ERROS MÉDICOS 
Negligência 
Imprudência 
Julia Menezes de Souza Soares – 2º período de Medicina 
e nos seus atos. ''Imprudente, definiu o jurista ilustre, 
é aquele que julga, com exagero, os seus 
conhecimentos'''. É o auto-suficiente. 
 
➢ A imperícia decorre da falta de observação das 
normas técnicas, despreparo prático ou insuficiência 
de conhecimentos. 
➢ Portanto, será imperito o médico que utilizar meio de 
tratamento já abandonado, por inócuo; o obstetra 
que, na cesariana, lesa a bexiga da paciente; ou 
aquele que, utilizando o fórceps, provoca 
traumatismo cranioencefálico, provocando a morte 
do concepto. 
Na prática, há dificuldade em se distinguir a imperícia da 
imprudência e, algumas vezes, existe a conjugação das 
três modalidades de erro médico. 
Legislação (GUIMARÃES, 2020) 
➢ O Código Penal brasileiro classifica como crime 
culposo todo aquele que ''o agente deu causa ao 
resultado por imprudência, negligência ou imperícia'' 
(Artigo 15, lII). 
➢ E a alínea ''h'' do item li do artigo 44 rotula como 
circunstância agravante da pena ou qualificadora do 
crime se o agente cometeu ''com abuso de poder 
ou violação de dever inerente à profissão''. 
➢ A pena para o homicídio culposo é de detenção de 
um a três anos, podendo ser aumentada de um 
terço se o crime resulta de inobservância de regra 
técnica de profissão (Artigo 121, parágrafos 3) 
➢ Nos casos de lesões corporais culposas, a pena é de 
detenção de dois meses a um ano, podendo ser 
aumentada da mesma forma que no homicídio 
culposo (Artigo 129, parágrafos 6° e 7°). 
➢ Já o Código Civil preceitua que nos casos de 
imprudência, negligência e imperícia o agente fica 
obrigado a reparar o dano (Artigo 159) e a 
responsabilidade civil não exclui a criminal (Artigo 
1.525). E vai mais além, no artigo 1.545, quando diz, 
textualmente: ''Os médicos, cirurgiões, farmacêuticos, 
parteiras e dentistas são obrigados a satisfazer o 
dano, sempre. que a imprudência, negligência ou 
imperícia, em atos profissionais, resultar morte, 
inabilitação de servir, ou ferimento”. 
➢ E, evidentemente, as ações movidas na Justiça 
comum não impedem, nem excluem os 
procedimentos éticos no âmbito dos Conselhos 
Regionais de Medicina, já que vem se tornando 
habitual os representantes do Ministério Público 
encaminharem os processos instaurados àqueles 
órgãos de fiscalização médica, independentemente 
do desejo expresso da parte, que se julga lesada.. 
Referências: 
Tortora, 14º edição. 
Junqueira e Carneiro, 13º edição. 
Silverthorn, 7º edição. 
Moore, 9º edição. 
Livro ERRO MÉDICO E RESPONSABILIDADE CIVIL, 
Fernando Gomes Correia-Lima da UFRJ, 2012. Conselho 
Federal de Medicina / Conselho Regional de Medicina do 
Estado do Piauí. 
 
 
 
 
Imperícia 
Julia Menezes de Souza Soares – 2º período de Medicina

Continue navegando

Outros materiais