Buscar

APG 14 Tireóide

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 6 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 6 páginas

Prévia do material em texto

↠Primeira glândula endócrina a se desenvolver. 
↠Começa a se formar em 24 dias a partir de um 
espessamento endodérmico mediano no assoalho da 
faringe primitiva. Esse espessamento logo forma uma 
pequena bolsa externa – o primórdio da tireoide 
 
↠Dois primórdios laterais provenientes da quarta bolsa 
(eminência hipobranquial) se fusionam com a bolsa 
mediana, sendo que a mediana contribui com a maioria 
das células foliculares e a lateral com as células 
parafoliculares (células C). 
↠À medida que o embrião e a língua crescem, a glândula 
tireoide em desenvolvimento desce no pescoço, 
passando ventralmente ao osso hioide em 
desenvolvimento e às cartilagens laríngeas. Por um curto 
período, é conectada à língua pelo ducto tireoglosso 
 
↠Como resultado da rápida proliferação celular, o 
lúmen do divertículo da tireoide logo oblitera e se divide 
nos lobos direito e esquerdo, que são conectados pelo 
istmo tireoidiano da glândula tireoide. 
↠Em 7 semanas, a glândula tireoide assumiu sua forma 
definitiva e geralmente alcançou seu local final no 
pescoço 
 
↠O ducto tireoglosso geralmente degenerou e 
desapareceu. A abertura proximal do ducto tireoglosso 
persiste como uma pequena cavidade – o forame ceco 
no dorso da língua. 
↠Um lobo piramidal da glândula tireoide se estende 
superiormente a partir do istmo em aproximadamente 
50% das pessoas. Esse lobo pode estar ligado ao osso 
hioide por tecido fibroso, músculo liso ou ambos. 
↠Durante a 11a semana, o coloide começa a aparecer 
nos folículos tireoidianos; posteriormente, a 
concentração de iodo e a síntese dos hormônios 
tireoidianos podem ser demonstradas. 
↠Em 20 semanas, os níveis de hormônio estimulador da 
tireoide e de tiroxina fetais começam a aumentar, 
atingindo os níveis adultos em 35 semanas. O hormônio 
tireoidiano (TH) é necessário para o desenvolvimento do 
cérebro e é fornecido pela mãe antes que o tecido 
tireoidiano fetal esteja funcionando. 
↠Situada na parte anterior do pescoço, em formato de 
borboleta, sobre a parte superior da traqueia, possui 
dois lobos laterais conectados por uma ponte mediana 
chamada istmo. 
↠Cerca de 50% das glândulas tireoides apresentam um 
pequeno terceiro lobo, chamado de lobo piramidal, que 
se estende superiormente a partir do istmo. 
↠A glândula tireoide é a maior glândula puramente 
endócrina do corpo 
 
 
↠Bastante vascularizada, é suprida pelas artérias 
tireóideas superior e inferior. Os primeiros ramos das 
artérias carótidas externas, as artérias tireóideas 
superiores, descem até os polos superiores da glândula, 
perfuram a lâmina pré-traqueal da fáscia cervical e 
dividem-se em ramos anterior e posterior que suprem 
principalmente a face anterossuperior da glândula. 
↠As artérias tireóideas inferiores, os maiores ramos dos 
troncos tireocervicais que se originam das artérias 
subclávias, seguem em sentido superomedial 
posteriormente às bainhas caróticas até chegarem à face 
posterior da glândula tireoide. Elas se dividem em vários 
ramos que perfuram a lâmina pré-traqueal da fáscia 
cervical e suprem a face posteroinferior, inclusive os 
polos inferiores da glândula. As artérias tireóideas 
superiores e inferiores direita e esquerda fazem extensas 
anastomoses dentro da glândula, assegurando sua 
vascularização enquanto proporcionam potencial 
circulação colateral entre as artérias subclávia e carótida 
externa. 
↠Três pares de veias tireóideas formam um plexo 
venoso tireóideo na face anterior da glândula tireoide e 
anterior à traqueia. As veias tireóideas superiores 
acompanham as artérias tireóideas superiores; elas 
drenam os polos superiores da glândula tireoide; as veias 
tireóideas médias não acompanham, mas seguem 
trajetos praticamente paralelos às artérias tireóideas 
inferiores; drenam a região intermédia dos lobos. As 
veias tireóideas inferiores geralmente independentes 
drenam os polos inferiores. 
 
↠A tireoide é composta de milhares de folículos 
tireoidianos, que são pequenas esferas. A parede dos 
folículos é um epitélio simples cujas células são também 
denominadas tireócitos. A cavidade dos folículos contém 
uma substância gelatinosa chamada coloide 
 
↠A glândula é revestida por uma cápsula de tecido 
conjuntivo frouxo que envia septos para o parênquima. 
Os septos se tornam gradualmente mais delgados ao 
alcançar os folículos, que são separados entre si 
principalmente por fibras reticulares. 
↠As células endoteliais dos capilares sanguíneos são 
fenestradas, como é comum também em outras 
glândulas endócrinas. Essa configuração facilita o 
transporte de substâncias entre as células endócrinas e 
o sangue. 
↠Alguns folículos são grandes, cheios de coloide e 
revestidos por epitélio cúbico ou pavimentoso, e outros 
são menores, com epitélio colunar. De maneira geral, 
quando a altura média do epitélio de um número grande 
de folículos é baixa, a glândula é considerada hipoativa. 
Em contrapartida, o aumento acentuado na altura do 
epitélio folicular acompanhado por diminuição da 
quantidade de coloide e do diâmetro dos folículos 
costuma indicar hiperatividade da glândula. 
↠Célula parafolicular ou célula C pode fazer parte do 
epitélio folicular ou, mais comumente, formar 
agrupamentos isolados entre os folículos tireoidianos 
 
Ultraestrutura das células foliculares da tireoide 
Ao microscópio eletrônico de transmissão, as células 
epiteliais dos folículos tireoidianos são vistas apoiadas 
sobre uma lâmina basal e exibem todas as 
características de células que simultaneamente 
sintetizam, secretam, absorvem e digerem proteínas. A 
porção basal das células é rica em retículo 
endoplasmático granuloso e contém quantidade 
moderada de mitocôndrias. O núcleo é geralmente 
esférico e situado no centro da célula. Na porção 
supranuclear, há um complexo de Golgi e grânulos de 
secreção cujo conteúdo é similar ao coloide folicular. 
Nessa região há também lisossomos e vacúolos de 
conteúdo claro. A membrana da região apical das 
células contém um número moderado de microvilos. 
↠As células parafoliculares produzem um hormônio 
chamado calcitonina, também denominado 
tirocalcitonina, cujo efeito principal é inibir a reabsorção 
de tecido ósseo e, em consequência, diminuir o nível de 
cálcio no plasma. A secreção de calcitonina é ativada por 
aumento da concentração de cálcio do plasma 
Ultraestrutura das células parafoliculares da tireoide 
Ao microscópio eletrônico de transmissão, as células 
parafoliculares mostram uma pequena quantidade de 
retículo endoplasmático granuloso, mitocôndrias 
alongadas e um grande complexo de Golgi. A 
característica mais notável dessas células são os 
numerosos grânulos que medem de 100 a 180 nm de 
diâmetro 
 
↠As células foliculares produzem dois hormônios: 
tiroxina, também chamada de tetraiodotironina (T4), 
pois contém quatro átomos de iodo, e tri-iodotironina 
(T3), que contém três átomos de iodo. T3 e T4 juntas 
também são chamadas de hormônios da tireoide. 
↠Entre os folículos, podem ser encontradas algumas 
células chamadas de células parafoliculares ou células C. 
Elas produzem o hormônio calcitonina (CT), que ajuda a 
regular a homeostasia do cálcio. 
↠A produção dos hormônios tireoidianos passa por 
quatro etapas principais: 
•Captação do iodo 
•Oxidação do iodo 
•Organificação 
•Acoplamento. 
Captação do iodo 
↠A captação do iodo é realizada pelo cotransportador 
sódio/iodeto (NIS) presente na porção basal das células 
foliculares. Esse transportador é uma proteína de 
membrana que capta o iodo da circulação e leva-o para 
o interior da célula junto com dois íons sódio. Existe uma 
bomba de sódio-potássio na membrana que mantém o 
gradiente favorável para a entrada do sódio juntamente 
com a entrada do iodo. 
↠Em uma situação de suficiência em iodo, a tireoide 
capta cerca de 10% do iodo circulante, enquanto nos 
estados de deficiênciade iodo, a captação tireoidiana 
atinge valores de até 80% de todo o iodo sérico que 
passa pela glândula. 
Oxidação do iodo 
↠Após ser captado, o iodo é transportado da membrana 
basal até a membrana apical da célula por uma proteína, 
conhecida como pendrina. Chegando à membrana 
apical, será então transportado para dentro do líquido 
coloide, que fica dentro do folículo. 
↠No coloide, é oxidado pela enzima tireoperoxidase 
(TPO), em uma reação dependente de cálcio, 
nicotinamida adenina dinucleotídio fosfato reduzida 
(NADPH) e peróxido de hidrogênio (H2O2). O H2O2 é 
formado pelas enzimas ThOX 1 e 2, que também estão 
presentes na membrana apical das células foliculares. 
Organificação 
↠A organificação do iodo é um processo também 
mediado pela TPO, no qual o iodo oxidado é ligado a 
carbonos presentes em resíduos de tirosina da 
tireoglobulina (Tg), uma glicoproteína produzida pelas 
próprias células foliculares da tireoide. Dependendo da 
quantidade de iodo ligado nas moléculas de 
tireoglobulina, podem ser formados dois tipos de 
moléculas: as MIT (monoiodotirosinas) e as DIT (di-
iodotirosinas). 
Acoplamento 
↠Sob ação da TPO, moléculas de MIT e DIT são 
agrupadas formando os hormônios tireoidianos finais. A 
tetraiodotironina (T4 ou tiroxina) é formada pela junção 
de duas DIT, enquanto a tri-iodotironina (T3) é formada 
pela junção de uma MIT com uma DIT. 
↠Os hormônios tireoidianos ficam armazenados dentro 
do coloide dos folículos e, quando necessário, ocorre 
endocitose do coloide pela membrana apical com 
liberação de tireoglobulina, T3 e T4 para circulação pela 
membrana basal da célula folicular. 
↠A T4 é o principal hormônio liberado pela tireoide 
(85% do hormônio total liberado) e tem meia-vida de 4 a 
7 dias, porém tem menor afinidade pelo receptor dos 
hormônios tireoidianos. Já a T3 corresponde a 15% do 
hormônio liberado pela tireoide, tem meia-vida mais 
curta (1 dia) e maior afinidade pelo receptor (4 a 10 vezes 
maior). A maior parte da T3 circulante (80%) provém da 
conversão periférica de T4 em T3, que ocorre pela ação 
das enzimas chamadas deiodinases 
 
↠Pinocitose e digestão de coloide- Gotículas de coloide 
penetram de novo nas células foliculares por pinocitose 
e se juntam aos lisossomos. Enzimas digestivas nos 
lisossomos degradam a TGB, separando moléculas de T3 
e T4. 
↠Secreção de hormônios da tireoide- Como são 
lipossolúveis, T3 e T4 se difundem através da membrana 
plasmática para o líquido intersticial e, em seguida, para 
o sangue. Em geral, T4 é secretada em maior quantidade 
que T3, mas T3 é muitas vezes mais potente. Além disso, 
depois que a T4 entra no corpo celular, a maioria dela é 
convertida a T3 por remoção de um iodo. 
↠Transporte no sangue- Mais de 99% de T3 e T4 se 
combinam a proteínas transportadoras no sangue, 
principalmente à globulina transportadora de tiroxina 
(TBG). 
Regulação 
↠O hipotálamo produz hormônio liberador de 
tireotrofina (TRH), que, via circulação porta hipofisária, 
chega à adeno-hipófise e estimula a secreção de 
hormônio tireoestimulante (TSH) pelos tireotrofos. O 
TSH é um hormônio glicopeptídio formado por duas 
subunidades: subunidade alfa, responsável pela 
afinidade ao receptor e subunidade beta, responsável 
pela especificidade e atividade biológica. 
↠O TSH age em seu receptor acoplado à proteína G nas 
células foliculares da tireoide, nas quais aumenta a 
produção de adenosina monofosfato cíclico (cAMP) 
intracelular e estimula todas as etapas de síntese dos 
hormônios tireoidianos: desde a captação do iodo pelo 
NIS, o transporte pela pendrina, a oxidação pela TPO e 
DUOX, a organificação, a síntese e liberação dos 
hormônios tireoidianos para o sangue e a conversão 
periférica de T4 para T3 pelas deiodinases. Também é 
capaz de aumentar a vascularização da glândula e 
promover mitogênese. 
↠A T3 exerce feedback negativo sobre a produção de 
TSH e TRH, caracterizando uma alça de retroalimentação 
negativa, mantendo assim o equilíbrio e a homeostase. 
No hipotálamo e na hipófise, existe a deiodinase tipo 2, 
uma enzima que converte T4 em T3 localmente, de 
modo a manter esse feedback negativo. 
↠Além da regulação externa pelo TSH, a tireoide 
também apresenta um mecanismo de autorregulação. 
Na presença de níveis elevados de iodeto, ocorre o 
bloqueio da captação e organificação do iodo, fenômeno 
conhecido como Wolff-Chaikoff. O mecanismo para esse 
bloqueio ainda não é totalmente definido, mas pode 
estar relacionado com a supressão do gene do NIS e da 
TPO. O efeito Wolff-Chaikoff é transitório e, após alguns 
dias de excesso de iodo, pode ocorrer escape com 
retorno à síntese dos hormônios tireoidianos. 
↠Níveis reduzidos de T3 e T4 ou taxa metabólica baixa 
estimulam o hipotálamo a secretar TRH. 
 
↠O TRH entra nas veias porto-hipofisárias e flui para a 
adeno-hipófise, onde estimula os tireotrofos a secretar 
TSH. 
↠O TSH estimula praticamente todos os aspectos da 
atividade celular dos folículos da tireoide, inclusive 
captação de iodeto, síntese e secreção de hormônio e 
crescimento das células foliculares. 
↠As células foliculares da tireoide liberam T3 e T4 no 
sangue até que a taxa metabólica volte ao normal. 
↠O nível elevado de T3 inibe a liberação de TRH e TSH 
(inibição por feedback negativo). 
↠Condições que aumentam a demanda de ATP – 
ambiente frio, hipoglicemia, altitude elevada e gravidez 
– também intensificam a secreção dos hormônios da 
tireoide. 
 
Transporte 
↠Na circulação sistêmica, os hormônios tireoidianos se 
ligam em grande parte às suas proteínas 
transportadoras, que podem ser a globulina ligadora de 
tiroxina (TBG – principal proteína de ligação e de 
transporte dos hormônios tireoidianos), a transtirretina 
(pré-albumina), a albumina e algumas lipoproteínas. A 
maior parte dos hormônios fica ligada a proteínas (> 
99,5%), e a menor parte fica livre na circulação. Apenas 
0,5% de T3 e 0,03% de T4 ficam na circulação sob a forma 
livre, que é a fração ativa destes hormônios. 
↠Algumas situações podem cursar com aumento das 
proteínas transportadoras (principalmente da TBG) e, 
com isso, aumentar os valores de T3 e T4 totais, mas sem 
interferir nos níveis séricos das frações livres, que são as 
biologicamente ativas. 
↠Causas de aumento de TBG: Estrógenos 
(anticoncepcionais, terapia de reposição hormonal 
estrogênica, tamoxifeno, gestação), hepatite aguda, 
doenças agudas graves, porfiria intermitente aguda, 
doença hereditária (herança ligada ao X que pode causar 
excesso de TBG), fármacos (narcóticos, 5-fluoracil) e 
hipotireoidismo. 
↠Causas de redução de TBG: Desnutrição, doenças 
sistêmicas, cirrose, síndrome nefrótica, andrógenos 
(síndrome dos ovários policísticos, síndrome de 
Cushing), uso de corticoides, deficiência genética de TBG 
(ligada ao X) e hipertireoidismo. 
↠Ocasionalmente, a quantidade de proteínas 
transportadoras pode até estar normal, mas pode haver 
maior afinidade dos hormônios tireoidianos pelas suas 
proteínas transportadoras, aumentando também a 
dosagem de T3 e T4 totais e falsamente elevando a T4l. 
Ação 
↠A fração livre de T3, que corresponde a 
aproximadamente 0,5% do total de T3 sérica, é a forma 
de hormônio tireoidiano que realmente entra nas células 
e se liga aos receptores nucleares para exercer seus 
efeitos. Existem três tipos de receptores nucleares de 
hormônios tireoidianos, que variam conforme o tecido 
em que estão presentes. Há dois genes codificadores das 
subunidades destes receptores: THRA e THRB. Estes dois 
genes vão codificar três tipos de receptores nucleares: 
•TR alfa1: presente nos sistemas nervoso, cardiovascular 
e musculoesquelético. Responsável pelos efeitos 
cardiovasculares dos hormônios tireoidianos (aumento 
do inotropismo e cronotropismo, aumento de 
receptores beta-adrenérgicos, redução dos receptores 
alfa-adrenérgicos) e da regulaçãodo metabolismo 
energético 
•TR beta1: presente em fígado e rim 
•TR beta2: presente em hipófise e hipotálamo 
1.Os hormônios da tireoide aumentam a taxa metabólica 
basal (TMB), que consiste no consumo de oxigênio em 
condições basais ou padrão (acordado, em repouso e 
jejum) por meio da estimulação do uso de oxigênio 
celular na produção de ATP. Quando a taxa metabólica 
basal aumenta, o metabolismo celular dos carboidratos, 
lipídios e proteínas se torna mais intenso. 
2.Outro efeito importante dos hormônios da tireoide é o 
de estimular a síntese de bombas adicionais de sódio e 
potássio (Na+-K+ ATPase), o que utiliza grandes 
quantidades de ATP para continuamente ejetar íons 
sódio (Na+) do citosol no líquido extracelular e íons 
potássio (K+) do líquido extracelular no citosol. Com a 
produção e a utilização de mais ATP pelas células, mais 
calor é liberado e a temperatura corporal sobe. Esse 
fenômeno é chamado de efeito calorigênico. Dessa 
maneira, os hormônios da tireoide têm participação 
importante na manutenção da temperatura corporal 
normal. Mamíferos normais são capazes de sobreviver a 
temperaturas muito baixas, mas aqueles cuja glândula 
tireoide foi removida não conseguem. 
3.Na regulação do metabolismo, os hormônios da 
tireoide estimulam a síntese de proteína e aumentam o 
uso de glicose e ácidos graxos para a produção de ATP. 
Além disso, intensificam a lipólise e a excreção de 
colesterol, reduzindo, desse modo, o nível de colesterol 
sanguíneo. 
4.Os hormônios da tireoide intensificam algumas ações 
das catecolaminas (norepinefrina e epinefrina), pois 
promovem a suprarregulação dos receptores beta (β). 
Por essa razão, os sinais/sintomas do hipertireoidismo 
incluem frequência cardíaca aumentada, batimentos 
cardíacos mais fortes e pressão arterial elevada. 
5.Junto com o hormônio do crescimento e com a 
insulina, os hormônios da tireoide aceleram o 
crescimento corporal, sobretudo o crescimento dos 
sistemas nervoso e esquelético. A deficiência de 
hormônios da tireoide durante o desenvolvimento fetal 
ou infância causa grave retardo mental e restrição do 
crescimento ósseo. 
Calcitonina 
O hormônio produzido pelas células parafoliculares da 
glândula tireoide é a calcitonina (CT). A CT diminui o nível 
sanguíneo de cálcio por meio da inibição da ação dos 
osteoclastos, células que degradam a matriz celular 
óssea. A secreção de CT é controlada por um sistema de 
feedback negativo 
Quando o nível sanguíneo de calcitonina está elevado, 
ocorre queda da concentração sanguínea de cálcio e 
fosfatos, com inibição da reabsorção óssea (degradação 
da matriz óssea extracelular) pelos osteoclastos e 
aceleração da captação de cálcio e fosfatos na matriz 
óssea extracelular. A miacalcina, um extrato da 
calcitonina derivado do salmão que é 10 vezes mais 
potente que a calcitonina humana, é prescrita no 
tratamento da osteoporose. 
 
HORMÔNIO E 
FONTE 
CONTROLE DA SECREÇÃO 
 
PRINCIPAIS AÇÕES 
T3(triiodotironina) 
e T4 (tiroxina) ou 
hormônios da 
tireoide das 
células foliculares. 
A secreção é 
intensificada pelo 
hormônio liberador de 
tireotrofina (TRH), que 
estimula a liberação de 
hormônio 
tireoestimulante (TSH) 
em resposta aos níveis 
reduzidos de 
hormônio da tireoide, 
taxa metabólica baixa, 
frio, gravidez e 
altitudes elevadas; as 
secreções de TRH e 
TSH são inibidas frente 
a níveis elevados de 
hormônios da tireoide; 
níveis altos de iodo 
suprimem a secreção 
de T3/T4 
Aumentam a taxa 
metabólica basal; 
estimulam a 
síntese de 
proteínas; 
acentuam o uso 
de glicose e 
ácidos graxos 
para a produção 
de ATP; 
intensificam a 
lipólise; 
aumentam a 
excreção de 
colesterol; 
aceleram o 
crescimento 
corporal; 
contribuem para 
o 
desenvolvimento 
do sistema 
nervoso 
Calcitonina (CT) 
das células 
parafoliculares 
Níveis sanguíneos 
elevados de Ca2+ 
estimulam a secreção; 
níveis sanguíneos 
baixos de Ca2+ inibem 
a secreção 
Reduz os níveis 
sanguíneos de 
Ca2+ e HPO42– 
inibindo a 
reabsorção óssea 
pelos 
osteoclastos e 
acelerando a 
captação de 
cálcio e fosfatos 
na matriz celular 
óssea

Outros materiais