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Camila Shelly de V. Ramos AUTOIMUNIDADE • FUNÇÃO PRIMÁRIA DO SISTEMA IMUNE -Distinguir o antígeno próprio (autoantígeno) do antígeno estranho ↳Tolerar o autoantígeno #tolerância imunológica *infecção pode quebrar a capacidade de tolerância ↳Destruir o antígeno estranho • TIPOS DE ANTÍGENOS →ANTÍGENO IMUNOGÊNICO -Qualquer proteína (microorganismos) que tenha capacidade de desencadear resposta imune no corpo humano -Qual ação sobre o linfócito T virgem? ↳Ativação →ANTÍGENO TOLEROGÊNICO -Antígeno próprio ↳Não desencadeia resposta imune -Qual ação sobre o linfócito T virgem? ↳Não ativação →ANTÍGENO SEQUESTRADO -São antígenos que o sistema imunológico nunca teve acesso ↳Ignorância imunológica -Qual ação sobre o linfócito T virgem? ↳Não reagem, ou seja, ignoram o antígeno • TOLERÂNCIA IMUNOLÓGICA -É uma ausência de resposta a antígenos induzida pela exposição dos linfócitos a estes antígenos ↳Células dendríticas podem apresentar MHC com peptídeos (antígenos próprios ou antígenos estranhos) OBS:TOLERÂNCIA X AUTOIMUNIDADE -Auto tolerância = tolerância aos antígenos próprios ↳A perda da capacidade de auto tolerância -> responsividade ao antígeno próprio -> autoimunidade *autoimunidade contra células beta -> destruição das células beta -> diabetes →IMPORTÂNCIA -Possibilidade de induzir uma tolerância específica ↳Prevenir ou controlar reações imunes indesejadas Camila Shelly de V. Ramos →MECANISMOS ✓ TOLERÂNCIA CENTRAL -Desenvolvida nos órgãos linfoides geradores (timo, medula óssea) -Se os linfócitos desenvolverem a capacidade de reconhecimento de autoantígeno nos órgãos linfoides geradores -> como o sistema imune reagirá promovendo tolerância central ↳Linfócitos T (no timo) *apoptose *transformados em T regulador (TREGs) -> circula no organismo e regula o potencial de células auto reativas (resposta imune) ↳Linfócito B (medula óssea) *mudança do receptor (edição) -De que outras formas o organismo pode exercer tolerância central? ↳Gene AIRE (no timo) -> codifica proteínas periféricas que não estão representados no timo - > expressão tímica de antígenos teciduais periféricos (TRAs) -> estimulam reconhecimento desses antígenos pelos linfócitos T, os quais sofreram ação da tolerância central ↳Se houver mutação nesse gene -> não haverá geração de peptídeos (de órgãos fora do timo) -> não ocorre deleção ou desenvolvimento de TREG para esses antígenos -> circulação de linfócitos autorreativos OBS:MUTAÇÃO DO GENE AIRE X DIABETES TIPO I -A mutação do gene AIRE pode ser uma das causas de diabetes tipo I OBS:TOLERÂNCIA CENTRAL NÃO É PERFEITA -Todos nós temos linfócitos T auto-reativos circulantes ↳Pois nem todas as proteínas presentes no nosso corpo estão presentes no timo para o desenvolvimento da tolerância central contra elas ↳Os autoantígenos podem ser apresentados e vitos pelos linfócitos T auto-reativos -> possível desenvolvimento de autoimunidade (se a tolerância periférica também não for eficaz) ✓ TOLERÂNCIA PERIFÉRICA -Previne a ativação de linfócitos auto-reativos que escapam da tolerância central Camila Shelly de V. Ramos MECANISMOS 1)Anergia = não responsividade funcional induzida aos linfócitos quando reconhecem autoantígenos ↳´´apagar´´ molécula B7 *Ausência do 2° sinal -> repercute em não ativação do determinado linfócito (no caso autorreativo) -> tolerância/não atividade ↳Receptor inibitório (CTLA-4) -> bloqueia ativação da molécula B7 *Se liga de forma mais eficiente a molécula B7 do que o CD28 -> impede ativação do linfócito (já que esse terá sua molécula B7 ocupada pelo CTLA-4) *Ausência do 2° sinal OBS:LINFÓCITOS TREGS X RECEPTOR INIBITÓRIO -Na membrana dos linfócitos TREGS há presença de grande quantidade de receptores inibitórios (CTLA-4) ↳Impedindo com que esses linfócitos (TREGS) sejam ativados e desenvolvam uma resposta autoimune OBS:O QUE PODE QUEBRAR O ESTADO DE ANERGIA (QUEBRA DE TOLERÂNCIA PERIFÉRICA)? -Infecções ↳Micróbio induz expressão de molécula B7 ↳Quebra da anergia -> autoimunidade 2)Supressão pelos linfócitos T REGs ↳T REGs = inibição das respostas de células T e inibição de outras células *secreção de citocinas imunossupressoras (IL10 e TFG-beta) -> inativam resposta imune (inibem ativação de linfócitos, células dendríticas e macrófagos) *expressam CTLA-4 (receptores inibidores) -> inibição molécula B7 *consomem muita IL-2 por meio de receptor de alto nível (interleucina essencial para a expansão Camila Shelly de V. Ramos clonal dos linfócitos TCD4, TCD8 -> não sofreram ativação) OBS:TREGS X IL2 -A sobrevivência e a função dos T REGs são dependentes de IL-2 ↳Possível razão para o consumo ↳A ausência de IL-2 -> menor sobrevivência e função dos T REGs -> autoimunidade OBS:ANTICORPO MONOCLONAL IPILIMUMABE -Atua como anti-CTLA-4 ↳Bloquear o receptor inibidor CTLA-4 para aumentar as respostas imunes contra células tumorais 3)Deleção clonal induzida pela ativação ↳Linfócitos auto-reativos que reconhecem autoantígenos ´´sem inflamação´´ são deletados ↳Linfócitos auto-reativos estimulados repetidamente por autoantígenos morrem por apoptose #graças a expressão de fas e fasL 4)Sequestro de antígenos próprios em sítios privilegiados -> ignorância imunológica ↳Antígenos próprios localizados em sítios privilegiados (cérebro, câmara anterior do olho, testículos, útero/feto) aonde o sistema imunológico não chega (barreira de proteção) -> não induzem ataque imune OBS:UVEÍTE PÓS-TRAUMÁTICA X QUEBRA DA BARREIRA DE PROTEÇÃO DO TECIDO IMUNOPRIVILEGIADO OBS:ORQUITE PÓS VASECTOMIA X QUEBRA DA BARREIRA DE PROTEÇÃO DO TECIDO IMUNOPRIVILEGIADO -Quebra da ignorância imunológica -> autoantígenos atacando espermatozoides →QUAL A CONSEQUÊNCIA DA PERDA DA AUTOTOLERÂNCIA? -Ataque dos linfócitos auto-reativos aos auto antígenos • FATORES ENVOLVIDOS NA AUTOIMUNIDADE Camila Shelly de V. Ramos →GENÉTICA*** -Heranças de genes de suscetibilidade ao desenvolvimento da autoimunidade →SEXO -Feminino ↳Maior prevalência de doenças autoimunes →IDADE -Acima de 40 anos →GATILHOS AMBIENTAIS*** -Infecções, inflamação -EBV, CMV, HIV -SARS-CoV-2 -Vacina →HORMONAL -Estrógeno -Prolactina -Progesterona OBS:AUTOIMUNIDADE PREJUDICANDO O CURSO CLÍNICO DA COVID-19 -Pacientes com covid mais grave ↳Tinham auto anticorpos contra interferon alfa -> não havia impedimento da replicação do vírus nas células vizinhas -> desencadeia covid grave -> prejuízo da resposta imune inata do paciente *interferon alfa = inibe a replicação do vírus nas células vizinhas OBS:PRINCIPAL MECANISMO QUE DESENCANDEIAM A AUTOIMUNIDADE -Infecções ´´o início de doenças autoimunes é frequentemente associado a/ precedido de infecções´´ ↳Sars-CoV-2 *quebra da anergia *liberação de autoantígenos sequestrados -> proveniente das NETS (liberam proteínas de dentro do neutrófilo para o ambiente extracelular) -> neutrófilos #depósito de imunocomplexos -> lúpus, artrite reumatóide Camila Shelly de V. Ramos *mimetismo molecular (semelhança entre os antígenos próprios do hospedeiro e do vírus) -> reação cruzada ↳Streptococcus pyogenes -> febre reumática *mimetismo molecular OBS:CASO CLÍNICO X PÚRPURA TROMBOCITOPÊNICA IDIOPÁTICA -Plaquetopenia + infecção viral prévia (parvovírus) ↳Purpura trombocitopênica idioática *IgG anti-parvovírus reagiu cruzadamente com antígenos plaquetários -> mimetismo molecular OBS:ARTRITE REUMATÓIDE -Como ocorre? ↳Predisposição genética + fatores ambientais -> estimulam citrulinação -> mudança da sequência deaminoácidos arginina para citrulina -> levando a produção de anticorpos contra a citrulina (substância que não é comum no corpo) = anticorpos anti-CCP *anti-CCP = diagnóstico de ar *fator reumatóide (anticorpo IgM contra região Fc das IgGs) = não necessariamente dá diagnóstico, pois há indivíduos saudáveis que possuem esse autoanticorpo OBS:LÚPUS -Como ocorre? OBS:SD DO INTESTINO PERMEÁVEL -Sinal de perigo para doenças autoimunes ↳Quebra de barreira intestinal -> translocação microbiana -> distúrbios autoimunes Camila Shelly de V. Ramos
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