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Fisiologia do Sistema Endócrino

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Beatriz Castro e Silva de Albergaria Barreto Medicina – UNIFACS Turma XV 
CONCEITOS GERAIS SOBRE OS HORMÔNIOS: 
DEFINIÇÃO 
Um hormônio é uma substância química produzida por 
uma célula ou um grupo de células e liberada no 
sangue para o seu transporte até um alvo distante, 
onde exerce seu efeito em concentrações muito 
baixas. 
Definição: Substâncias químicas, secretadas para o 
sangue por células especializadas, que regulam as 
funções metabólicas de outras células do organismo. 
Transporte: no sangue: livres ou ligados as proteínas 
plasmáticas. 
Produção: Glândulas endócrinas ou tecido 
neurossecretor. 
Atuação: nas células alvo (com receptor). 
Degradação: pelo fígado (fezes) e excreção renal. 
Composição química: derivados de Aminoácidos ou de 
colesterol. 
 
CLASSIFICAÇÃO DOS HORMÔNIOS 
Podem ser: 
Peptídeos (proteicos) – quando apresenta, pelo 
menos, 3 aminoácidos. Hidrofílicos. Síntese previa. 
Armazenado. Transportado de forma livre. Meia vida 
curta. Utiliza receptores de membrana. Ação por meio 
de segundos mensageiros. 
Esteroides – derivados do colesterol. Lipofílicos. 
Sintetizado de acordo com a demanda. Transportado 
com auxílio de proteína. Meia vida longa. Utiliza 
receptores intracelulares. Ação genica. 
Derivados de 1 aminoácido – Amínicos. Em especial, 
aqueles derivados de tirosina, são divididos em: 
Catecolaminas e hormônios da tireoide. 
➢ Catecolaminas – Anel de Catecolamina + 
Aminoácido. Livre. Meia vida curta. Utiliza 
Receptor de membrana. 
➢ Hormônios da tireoide – amina iodada. 
Quanto ao caráter, podem ser: 
• Hidrofílicos – sem ajuda de transportadores 
(receptores de superfície) 
• Lipofílicos – necessitam de transportadores, pelo 
seu caráter lipídico (anfipático) (receptores 
intracelulares) 
 
 
 FUNÇÕES 
Os hormônios são responsáveis por diversas funções 
corporais consideradas contínuas e de longo prazo. 
Processos principalmente sob controle hormonal: 
• Metabolismo 
• Regulação do meio interno (temperatura, balanço 
hídrico e de íons) 
• Reprodução 
• Crescimento 
• Desenvolvimento 
• Modulação do comportamento 
 SECREÇÃO 
Secreção é o movimento de uma substância de dentro 
das células para o líquido extracelular ou diretamente 
para o meio externo. De acordo com a definição 
tradicional de hormônio, hormônios são secretados no 
sangue. 
Obs. Hormônio não faz apenas sinalização endócrina, 
embora ela seja obrigatória para configurá-lo como 
hormônio. 
→ Ex: CCK (colecistocinina) faz sinalização endócrina 
e parácrina; 
→ Ex: somatostatina (GH) faz sinalização parácrina e 
endócrina; 
Obs. Nem toda substância que é lançada no sangue é 
um hormônio. 
 
DIFERENÇAS ENTRE AÇÕES DE SUBSTÂNCIAS 
ENDÓCRINAS, PARACRINAS E NEURÓCRINAS 
Beatriz Castro e Silva de Albergaria Barreto Medicina – UNIFACS Turma XV 
• Sinalização endócrina: 
as moléculas 
sinalizadoras 
(hormônios) são 
secretadas e, pela 
corrente sanguínea, 
chegam até sua célula-
alvo. 
• Sinalização parácrina: 
atua em curtas 
distâncias, alcançando 
as células-alvo pelo 
processo de difusão. 
• Sinalização neurócrina –ocorre entre células 
próximas. A diferença existe no tipo de ligação, 
tendo em vista que a comunicação neurócrina 
somente liga uma célula nervosa a outra, ou a uma 
célula muscular. O mecanismo básico é a sinapse 
(neuro-neuronal ou neuro-muscular). 
 CONCENTRAÇÃO 
Uma outra característica dos hormônios é que não são 
necessárias altas concentrações para fazer efeito. 
Eles possuem a habilidade de atuar em concentrações 
muito baixas, na faixa de nanomolar (10-9M) a 
picomolar (10-12M). 
Alguns sinalizadores químicos transportados no sangue 
para alvos distantes não são considerados hormônios, 
pois têm de estar presentes em concentrações 
relativamente altas antes que seu efeito possa ser 
observado. 
Ex. a Histamina liberada durante as reações alérgicas 
graves pode atuar em células em todo o corpo, mas sua 
concentração ultrapassa os níveis aceitos para um 
hormônio. 
 TRANSPORTE 
Todos os hormônios se ligam a receptores na célula-
alvo e iniciam respostas bioquímicas. Essas respostas 
são o mecanismo de ação celular do hormônio. 
Obs. um único hormônio pode atuar em múltiplos 
tecidos. 
Os efeitos podem variar em diferentes tecidos ou nos 
diferentes estágios de desenvolvimento, ou, ainda, um 
hormônio pode não ter efeito em uma célula em 
particular. 
Ex. A insulina. Nos tecidos adiposo e muscular, ela 
altera as proteínas transportadoras da glicose e as 
enzimas do metabolismo da glicose. No fígado, ela 
modula a atividade enzimática, mas não tem efeito 
direto nas proteínas transportadoras da glicose. No 
encéfalo e em alguns outros tecidos, o metabolismo da 
glicose é totalmente independente de insulina 
 LIGAÇÃO COM RECEPTORES 
A responsividade de uma célula a um hormônio 
depende principalmente dos receptores e das vias de 
transdução de sinal da célula. 
Se não há receptores hormonais em um tecido, as suas 
células não podem responder a este hormônio. 
Se os tecidos possuem diferentes receptores e vias 
associadas aos receptores para o mesmo hormônio, 
eles responderão de maneira diferente. 
 
 AÇÃO 
Os hormônios agem nas suas células-alvo de três 
maneiras básicas: 
1. controlando a taxa de reações enzimáticas, 
2. controlando o transporte de íons ou moléculas 
através de membranas celulares 
3. controlando a expressão gênica e a síntese proteica. 
A atividade sinalizadora dos hormônios e de outros 
sinais químicos deve ter duração limitada para o corpo 
poder responder às mudanças em seu estado interno. 
Por exemplo, a insulina é secretada quando as 
concentrações de glicose no sangue aumentam após 
uma refeição. Enquanto a insulina está presente, a 
glicose sai do sangue e entra nas células. Entretanto, se 
a atividade da insulina continuar por muito tempo, o 
nível de glicose do sangue pode cair a um nível tão 
baixo que o sistema nervoso se torna incapaz de 
funcionar apropriadamente – uma situação 
potencialmente fatal. Normalmente, o organismo evita 
essa situação de diversas maneiras: limitando a 
secreção de insulina, removendo ou inativando a 
Beatriz Castro e Silva de Albergaria Barreto Medicina – UNIFACS Turma XV 
insulina circulante e finalizando a atividade da insulina 
nas células-alvo 
 DEGRADAÇÃO 
Em geral, os hormônios circulantes são degradados em 
metabólitos inativos por enzimas encontradas 
principalmente no fígado e nos rins. Os metabólitos são 
então excretados pela bile ou na urina. A taxa de 
degradação hormonal é indicada pela meia-vida do 
hormônio na circulação, ou seja, o tempo necessário 
para reduzir a concentração do hormônio pela metade. 
Portanto, a meia-vida é um indicador de quanto tempo 
um hormônio fica ativo no corpo. 
Os hormônios ligados aos receptores de membrana da 
célula-alvo têm a sua atividade finalizada de diversas 
maneiras. Enzimas que estão sempre presentes no 
plasma podem degradar hormônios peptídicos ligados 
aos receptores da membrana celular. Em alguns casos, 
o complexo hormônio-receptor é levado para dentro 
da célula por endocitose e o hormônio é, então, 
digerido pelos lisossomos. As enzimas intracelulares 
metabolizam os hormônios que entram nas células. 
Obs. O tempo de degradação está associado com a 
forma com que o hormônio é transportado no sangue. 
 
SÍNTESE E PROCESSAMENTO DE HORMÔNIOS 
PEPTÍDICOS 
Hormônios peptídeos são produzidos como pré-pró-
hormônios grandes e inativos, que incluem uma 
sequência-sinal, uma ou mais cópias do hormônio e 
fragmentos peptídicos adicionais. 
 
1. O RNA mensageiro nos ribossomos une 
aminoácidos, formando uma cadeia peptídica, 
chamada de pré-pró-hormônio. A cadeia é 
direcionada para dentro do lúmen do Retículo 
Endoplasmático (RE) por uma sequência-sinal de 
aminoácidos. 
2. As enzimas no RE retiram a sequência-sinal, 
gerando um pró-hormônio inativo. 
3. O pró-hormônio passa do RE para o aparelho de 
Golgi. 
4. Vesículassecretoras contendo enzimas e o pró-
hormônio brotam do aparelho de Golgi. As enzimas 
clivam o pró-hormônio, formando um ou mais 
peptídeos ativos mais os fragmentos peptídicos 
adicionais. 
5. As vesículas secretoras liberam o seu conteúdo por 
exocitose no espaço extracelular. 
6. O hormônio entra na circulação para ser 
transportado até o seu alvo. 
 
 
 
 
 
MECANISMO CELULAR DE AÇÃO DOS 
HORMÔNIOS PEPTÍDICOS 
Como os hormônios peptídicos são lipofóbicos, eles 
geralmente não conseguem entrar na célula-alvo. Em 
vez disso, ligam-se a receptores presentes na superfície 
da membrana. 
O complexo hormônio-receptor inicia a resposta 
celular por meio de um sistema de transdução de sinal. 
Muitos hormônios peptídicos utilizam o sistema de 
segundo mensageiro do AMPc. Alguns receptores de 
hormônios peptídicos, como os da insulina, têm 
atividade tirosina-cinase ou utilizam outras vias de 
transdução de sinal. 
A resposta das células a hormônios peptídicos 
geralmente é rápida, uma vez que os sistemas de 
segundos mensageiros modificam proteínas existentes 
dentro das células-alvo. As mudanças desencadeadas 
por hormônios peptídicos incluem a abertura ou o 
fechamento de canais da membrana e a modulação de 
enzimas metabólicas ou de proteínas transportadoras. 
Obs. Os receptores podem estar localizados na 
superfície da membrana (receptores de membrana) ou 
no interior da célula (receptores intracelulares), sendo 
citoplasmático ou nuclear. 
Receptores de superfície – São acoplados à proteína G, 
libera segundo mensageiro que conduz ao núcleo por 
meio da abertura de canais, ativação de enzimas etc. 
Os receptores de superfície possuem uma resposta 
mais rápida. 
Beatriz Castro e Silva de Albergaria Barreto Medicina – UNIFACS Turma XV 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
MECANISMO CELULAR DE AÇÃO DE 
HORMÔNIOS ESTEROIDES 
 
Os receptores de hormônios esteroides mais bem 
estudados são os encontrados dentro das células, 
tanto no citoplasma quanto no núcleo. O último 
destino dos complexos receptor- -hormônio esteroide 
é o núcleo, onde o complexo atua como um fator de 
transcrição, ligando-se ao DNA e ativando ou 
reprimindo (desligando) um ou mais genes. Os genes 
ativados geram um novo RNAm, que determina a 
síntese de novas proteínas. Qualquer hormônio que 
altera a atividade gênica exerce efeito genômico sobre 
a célula-alvo 
1. A maioria dos esteroides hidrofóbicos está ligada a 
proteínas carreadoras plasmáticas. Somente 
hormônios não ligados podem se difundir para 
dentro das células-alvo 
2. Os receptores de hormônios esteroides estão no 
citoplasma ou no núcleo. 
3. 2ª Alguns hormônios esteroides também se ligam a 
receptores de membrana que usam sistemas de 
segundos mensageiros para criar respostas 
celulares rápidas. 
4. O complexo hormônio-receptor liga-se ao DNA e 
ativa ou inibe um ou mais genes. 
5. O complexo hormônio-receptor liga-se ao DNA e 
ativa ou inibe um ou mais genes. 
6. A tradução produz novas proteínas para os 
processos celulares. 
HORMÔNIOS SÃO DERIVADOS DE UM ÚNICO 
AMINOÁCIDO 
 
Hormônios derivados de aminoácidos, ou amínicos, 
são moléculas pequenas criadas a partir do triptofano 
ou da tirosina, ambos contendo anéis carbônicos em 
seus grupos R (radical). 
Ex. O hormônio da glândula pineal, melatonina, é 
derivado do triptofano, mas os outros hormônios 
derivados de aminoácidos (catecolaminas e hormônios 
tireoideanos) são sintetizados a partir da tirosina. 
• As catecolaminas são uma modificação de uma 
única molécula de tirosina. 
• Os hormônios tireoideanos são uma combinação de 
duas moléculas de tirosina com átomos de iodo. 
Apesar do precursor comum, os dois grupos de 
hormônios derivados da tirosina têm pouco em 
comum. As catecolaminas (adrenalina, noradrenalina e 
dopamina) são neuro-hormônios que se ligam a 
receptores na membrana das células, assim como 
ocorre com os hormônios peptídicos. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Referências: 
• SILVERTHORN, D. Fisiologia Humana: Uma Abordagem 
Integrada, 7ª Edição, Artmed, 2017. 
• GUYTON, A.C. e Hall J.E.– Tratado de Fisiologia Médica. Editora 
Elsevier. 13ª ed., 2017

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