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j 1 SUMÁRIO 1 INTRODUÇÃO ............................................................................................ 4 2 DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL ..................................................... 5 2.1 Alternativas e impasses ........................................................................ 8 3 INDICE DE DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL .................................. 9 4 NEGÓCIOS SUSTENTÁVEIS E SEUS INDICADORES........................... 11 5 INDICADORES DE SUSTENTABILIDADE ............................................... 14 6 COMPORTAMENTO HUMANO VOLTADO AO MEIO AMBIENTE .......... 15 7 ECOSSISTEMA E BIODIVERSIDADE, OS PRINCIPAIS ECOSSISTEMAS BRASILEIROS .......................................................................................................... 18 7.1 Floresta Amazônica ............................................................................ 19 8 PANTANAL MATO-GROSSENSE ............................................................ 22 9 CAMPOS SULINOS .................................................................................. 24 9.1 Fauna deste bioma ............................................................................. 24 10 CAATINGA ............................................................................................ 25 10.1 Vegetação .......................................................................................... 26 10.2 Fauna ................................................................................................. 26 10.3 Restinga ............................................................................................. 27 11 MANGUEZAL ........................................................................................ 29 12 CERRADO ............................................................................................. 30 13 CERRADO (STRICTU SENSU) ............................................................. 32 14 FLORESTA MESOFÍTICA DE INTERFLÚVIO (CERRADÃO) ............... 32 14.1 Campo rupestre .................................................................................. 32 14.2 Campos litossólicos miscelâneos: ...................................................... 33 14.3 Vegetação de afloramento de rocha maciça ...................................... 33 15 MATA ATLÂNTICA ................................................................................ 33 2 16 MATA DE ARAUCÁRIA ......................................................................... 34 17 GERENCIAMENTO DE RESÍDUOS SÓLIDOS E RECURSOS HÍDRICOS, CLASSIFICAÇÃO DOS RESÍDUOS SÓLIDOS ..................................... 35 17.1 Resíduos perigosos ............................................................................ 37 18 LIXO: PROBLEMA DE TODOS ............................................................. 39 18.1 Reciclagem: a indústria do presente .................................................. 40 18.2 Destino do lixo .................................................................................... 41 18.3 Embalagem: quanto mais simples, melhor ......................................... 45 18.4 A responsabilidade é de quem produz ............................................... 46 18.5 O lixo e o consumo ............................................................................. 46 19 POLÍTICA NACIONAL DE RESÍDUOS – LEI 12.305/2010 ................... 47 19.1 Quem obedece deve obedecer à nova Lei ......................................... 48 19.2 A Lei obriga à logística reversa .......................................................... 49 19.3 Responsabilidade da coleta ............................................................... 49 19.4 Descumprimento da Lei ...................................................................... 51 19.5 Resultados e consequências .............................................................. 52 20 RECURSOS HÍDRICOS ........................................................................ 53 20.1 Ciclo hidrológico ................................................................................. 54 20.2 Precipitação ........................................................................................ 54 20.3 Evaporação e evapotranspiração ....................................................... 55 20.4 Água subterrânea ............................................................................... 55 20.5 Escoamento superficial ...................................................................... 56 20.6 Hidrografia .......................................................................................... 57 20.7 Processos erosivos ............................................................................ 57 20.8 Assoreamento de corpos d’água ........................................................ 58 20.9 Gestão de bacias urbanas .................................................................. 59 20.10 Cobrança pelo uso da água ............................................................... 60 3 21 CONTROLE DE ENCHENTES .............................................................. 61 21.1 Medidas para controle de inundações ................................................ 62 21.2 Zoneamento de áreas de inundações ................................................ 62 22 USO RACIONAL DOS RECURSOS HÍDRICOS ................................... 63 22.1 Navegação e aproveitamento hidrelétrico .......................................... 63 22.2 Abastecimento .................................................................................... 64 22.3 Irrigação e vazão ecológica ................................................................ 64 22.4 Transposição de corpos d’água ......................................................... 65 23 LEGISLAÇÃO AMBIENTAL ................................................................... 65 23.1 Outras importantes leis a serem citadas ............................................ 66 24 POLÍTICA AMBIENTAL ......................................................................... 68 24.1 Ações práticas de uma política ambiental (exemplos) ....................... 68 25 DIREITO AMBIENTAL, PRINCÍPIOS PRÓPRIOS DO DIREITO AMBIENTAL .............................................................................................................. 69 25.1 Lei de Política Nacional do Meio Ambiente ........................................ 70 25.2 Licenciamento ambiental .................................................................... 71 26 DIREITO AMBIENTAL NO BRASIL ....................................................... 72 26.1 Princípios fundamentais do direito ambiental brasileiro...................... 76 27 RECUPERAÇÃO DE ÁREAS DEGRADADAS ...................................... 77 27.1 Áreas degradadas: formas e exemplos de degradação ..................... 78 27.2 Planejamento Urbano Influindo na degradação ambiental ................. 80 28 A IMPORTÂNCIA DA MATA CILIAR ..................................................... 82 28.1 Formas de recuperação da mata ciliar ............................................... 83 29 PROCEDIMENTOS BÁSICOS PARA O SUCESSO DO REFLORESTAMENTO, SELEÇÃO DE ESPÉCIES. ................................................. 84 30 CONCLUSÃO ........................................................................................ 85 31 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ...................................................... 86 4 32 BIBLIOGRAFIAS SUGERIDAS ............................................................. 94 1 INTRODUÇÃO Prezado aluno! O Grupo Educacional FAVENI, esclarece que o material virtual é semelhante ao da sala de aula presencial. Em uma sala de aula, é raro – quase improvável - um aluno se levantar,interromper a exposição, dirigir-se ao professor e fazer uma pergunta , para que seja esclarecida uma dúvida sobre o tema tratado. O comum é que esse aluno faça a pergunta em voz alta para todos ouvirem e todos ouvirão a resposta. No espaço virtual, é a mesma coisa. Não hesite em perguntar, as perguntas poderão ser direcionadas ao protocolo de atendimento que serão respondidas em tempo hábil. 5 Os cursos à distância exigem do aluno tempo e organização. No caso da nossa disciplina é preciso ter um horário destinado à leitura do texto base e à execução das avaliações propostas. A vantagem é que poderá reservar o dia da semana e a hora que lhe convier para isso. A organização é o quesito indispensável, porque há uma sequência a ser seguida e prazos definidos para as atividades. Bons estudos! 2 DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL Fonte: jornaloliberal.net Conceito: A definição mais aceita para desenvolvimento sustentável é o desenvolvimento capaz de suprir as necessidades da geração atual, sem 6 comprometer a capacidade de atender as necessidades das futuras gerações. É o desenvolvimento que não esgota os recursos para o futuro. Essa definição surgiu na Comissão Mundial sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento, criada pelas Nações Unidas para discutir e propor meios de harmonizar dois objetivos: o desenvolvimento econômico e a conservação ambiental. (NAÇÕES UNIDAS, 2019). Para ser sustentável, o desenvolvimento deve ser economicamente sustentado (ou eficiente), socialmente desejável (ou includente) e ecologicamente prudente (ou equilibrado). Os dois primeiros critérios estavam presentes no debate sobre desenvolvimento econômico que se abre no pós-guerra. O terceiro é novo. As expressões "crescimento econômico sustentado" e "crescimento econômico excludente" opunham a corrente "mainstream" neoclássica às correntes heterodoxas, marxistas e estruturalistas. Para a primeira, o crescimento econômico sustentado estava aberto como possibilidade a todos os países, sendo uma condição necessária e suficiente para a inclusão social. Para a segunda, ao contrário, o crescimento econômico e seus benefícios eram para poucos, os países capitalistas centrais. Marxistas e estruturalistas discordavam entre si, entretanto, em relação às causas do fato. (VEIGA, 2005, apud ROMEIRO, 2012). O Desenvolvimento Sustentável pode ser caracterizado como o desenvolvimento que procura satisfazer as necessidades da geração atual, sem comprometer a capacidade das gerações futuras de satisfazerem as suas próprias necessidades. Ela implica possibilitar às pessoas, agora e no futuro, atingir um nível satisfatório de desenvolvimento social e econômico e de realização humana e cultural, fazendo, ao mesmo tempo, um uso razoável dos recursos da terra e preservando as espécies e os habitats naturais. Em resumo, é o desenvolvimento que não esgota os recursos para o futuro. A aplicação prática de princípios e estratégias do desenvolvimento sustentável apresenta-se mais complexa e difícil que a simples incorporação de uma dimensão ambiental dentro dos paradigmas econômicos, dos instrumentos do planejamento e das estruturas institucionais que sustentam a racionalidade produtiva prevalecente (LEFF, 2002, apud HANAI, 2012). Um desenvolvimento sustentável requer planejamento e o reconhecimento de que os recursos são finitos. Ele não deve ser confundido com crescimento econômico, pois este, em princípio, depende do consumo crescente de energia e recursos naturais. O desenvolvimento nestas bases é insustentável, pois leva ao esgotamento dos recursos naturais dos quais a humanidade depende. 7 O conceito de desenvolvimento sustentável foi reconhecido internacionalmente em 1972, na Conferência das Nações Unidas sobre o Meio Ambiente Humano, realizada em Estocolmo, Suécia. A comunidade internacional adotou a ideia de que o desenvolvimento socioeconômico e o meio ambiente, até então tratados como questões separadas, podem ser geridos de uma forma mutuamente benéfica. Em 1983, é estabelecida a Comissão Mundial das Nações Unidas sobre o Meio Ambiente e Desenvolvimento. Esta comissão foi incumbida de investigar as preocupações levantadas nas décadas anteriores acerca dos graves e negativos impactos das atividades humanas sobre o planeta, e como os padrões de crescimento e desenvolvimento poderiam se tornar insustentáveis caso os limites dos recursos naturais não fossem respeitados. O resultado desta investigação foi o Relatório "Nosso Futuro Comum" publicado em abril de 1987. O documento ficou conhecido como Relatório Brundtland, em referência à Gro Harlem Brundtland, ex- primeira ministra norueguesa e médica que chefiou a comissão da ONU responsável pelo trabalho. O Relatório Brundtland formalizou o conceito de desenvolvimento sustentável e o tornou conhecido do público. E acordo com o Relatório Brundtland (COMISSÃO MUNDIAL SOBRE MEIO AMBIENTE E DESENVOLVIMENTO, 1988, p. 49), o desenvolvimento sustentável deve ser entendido como: [...] um processo de transformação no qual a exploração dos recursos, a direção dos investimentos, a orientação do desenvolvimento tecnológico e a mudança institucional se harmonizam e reforçam o potencial presente e futuro, a fim de atender as necessidades e aspirações humanas. (COMISSÃO MUNDIAL SOBRE MEIO AMBIENTE E DESENVOLVIMENTO, 1988, apud IPIRANGA, 2011). "Satisfazer as necessidades presentes, sem comprometer a capacidade das gerações futuras de suprir suas próprias necessidades ", cerne do conceito de desenvolvimento sustentável se tornou o fundamento da Conferência das Nações Unidas sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento (ECO-92), realizada no Rio de Janeiro em 1992. O encontro foi um marco internacional, que reconheceu o desenvolvimento sustentável como o grande desafio dos nossos dias, e também assinalou a primeira tentativa internacional de elaborar planos de ação e estratégias neste sentido. A percepção das pessoas sobre a escassez dos recursos naturais e sobre os danos ambientais de suas ações pode influenciá-las a adotar comportamentos mais ecológicos (PATO, 2004, apud CAIXETA, 2010). http://pt.wikipedia.org/wiki/Comiss%C3%A3o_Mundial_sobre_Meio_Ambiente_e_Desenvolvimento http://pt.wikipedia.org/wiki/Comiss%C3%A3o_Mundial_sobre_Meio_Ambiente_e_Desenvolvimento http://pt.wikipedia.org/wiki/Relat%C3%B3rio_Brundtland http://pt.wikipedia.org/wiki/Gro_Harlem_Brundtland http://pt.wikipedia.org/wiki/Gro_Harlem_Brundtland http://pt.wikipedia.org/wiki/Eco-92 http://pt.wikipedia.org/wiki/Eco-92 8 O campo do desenvolvimento sustentável pode ser dividido em quatro componentes: a sustentabilidade ambiental, a sustentabilidade econômica, a sustentabilidade sociopolítica e a sustentabilidade cultural. Sustentabilidade ambiental: consiste na manutenção das funções e componentes dos ecossistemas para assegurar que continuem viáveis – capazes de se auto reproduzir e se adaptar a alterações, para manter a sua variedade biológica. É também a capacidade que o ambiente natural tem de manter as condições de vida para as pessoas e para os outros seres vivos, tendo em conta a habitabilidade, a beleza do ambiente e a sua função como fonte de energias renováveis. Sustentabilidade econômica: é um conjunto de medidas e políticas que visam a incorporação de preocupações e conceitos ambientais e sociais. O lucro passa a ser também medido através da perspectiva social e ambiental, o que leva à otimização do uso de recursos limitados e à gestão de tecnologias de poupança de materiais e energia. A exploração sustentável dos recursos evita o seu esgotamento. Sustentabilidade sociopolítica: é orientada para o desenvolvimento humano, a estabilidade das instituições públicas e culturais, bem como a redução de conflitos sociais. É um veículo de humanização da economia, e, ao mesmo tempo, pretendedesenvolver o tecido social nos seus componentes humanos e culturais. Vê o ser humano não como objeto, mas sim como objetivo do desenvolvimento. Ele participa na formação de políticas que o afetam, decide, controla e executa decisões. Sustentabilidade cultural: leva em consideração como os povos encaram os seus recursos naturais, e sobretudo como são construídas e tratadas as relações com outros povos a curto e longo prazo, com vista à criação de um mundo mais sustentável a todos os níveis sociais. A integração das especificidades culturais na concepção, medição e prática do desenvolvimento sustentável é fundamental, uma vez que assegura a participação da população local nos esforços de desenvolvimento. 2.1 Alternativas e impasses Antes mesmo que a ideia de desenvolvimento humano começasse a ser assimilada, também ganhava força uma expressão: desenvolvimento sustentável http://pt.wikipedia.org/wiki/Sustentabilidade_ambiental http://pt.wikipedia.org/wiki/Sustentabilidade_econ%C3%B4mica http://pt.wikipedia.org/wiki/Desenvolvimento_sustent%C3%A1vel#Sustentabilidade_s.C3.B3cio-politica http://pt.wikipedia.org/wiki/Sustentabilidade_Cultural 9 (DS). A partir do ano de 1992, um movimento internacional foi lançado pela Comissão para o Desenvolvimento Sustentável (CSD) das Nações Unidas com o objetivo de construir indicadores de sustentabilidade. Reunindo governos nacionais, instituições acadêmicas, ONG’s, organizações do sistema das Nações Unidas e especialistas de todo o mundo, esse movimento pretende colocar em prática, alguns capítulos da “Agenda 21” firmada na Eco- 92, referentes à necessidade de informações para a tomada de decisões. (VEIGA, 2015, apud ASSUNÇÃO,2015, p. 17). Em 1996, a CSD publicou o documento “Indicadores de desarollo sostenible: marco y metodologías”, que ficou conhecido como “Livro Azul”. Continha um conjunto de 143 indicadores, que foram quatro anos depois reduzidos a uma lista mais curta, com apenas 57, mas acompanhados de fichas metodológicas e diretrizes de utilização. Foram cruciais para que o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) viesse a publicar em 2002 e 2004, os primeiros indicadores brasileiros de desenvolvimento sustentável. A importância desses dois pioneiros trabalhos do IBGE não deve ser subestimada pelo fato da maioria de suas estatísticas e indicadores se referir mais ao tema do desenvolvimento do que ao tema da sustentabilidade. Foi a primeira vez que uma publicação dessa natureza incluiu explicitamente a dimensão ambiental ao lado da social, da econômica e da institucional. 3 INDICE DE DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL Fonte: jornalggn.com.br 10 Todavia, uma rápida consulta aos resultados desses dois primeiros esforços certamente provocará a seguinte indagação: poderá surgir daí um índice sintético de desenvolvimento sustentável? A resposta mais sensata parece ser negativa, porque índices compostos por várias dimensões (que, por sua vez, resultam de diversas variáveis) costumam ser contraproducentes, para não dizer enganosos ou traiçoeiros. Por outro lado, sem um bom termômetro de sustentabilidade, o mais provável é que todo mundo continue a usar apenas índices de desenvolvimento (quando não de crescimento), deixando de lado a dimensão ambiental. Tanto quanto um piloto precisa estar permanentemente monitorando os diversos indicadores que compõem seu painel, qualquer observador do desenvolvimento sustentável será necessariamente obrigado a consultar dezenas de estatísticas, sem que seja possível amalgamá-las em um único índice. Talvez seja essa a razão que faz o Pnuma (Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente) não ter se lançado na construção de um índice de desenvolvimento sustentável equivalente ao IDH. Isto não impede, contudo, que se procure elaborar um índice de sustentabilidade ambiental, em vez de desenvolvimento sustentável, para que possa ser comparado com outros índices de desenvolvimento, como os que foram mencionados no início deste livro. Ou ainda, que se prefira representações gráficas multifacetadas, em vez de um número índice. A ideia foi apresentada em 2002 ao Fórum Econômico Mundial por um grupo de trabalho formado por pesquisadores de duas universidades americanas. Indicadores de Desenvolvimento Sustentável: Primeira geração: nesta fase, os indicadores eram os ambientais clássicos que não incorporavam interrelações entre os componentes de um sistema, como por exemplo: emissões de CO2, desmatamento, erosão, qualidade das águas, entre outros; segunda geração: os indicadores são compostos por quatro dimensões: econômica, social, institucional e ambiental, mas não estabelecem vinculações entre os temas. O maior exemplo desse tipo de iniciativa seria o Livro Azul da CSD (1996); terceira geração: Correspondem aos indicadores vinculantes, sinérgicos e transversais, que incorporam simultaneamente vários atributos ou dimensões do Desenvolvimento Sustentável. Não se tratam mais de listas de indicadores como os de segunda geração. As variáveis escolhidas têm que possuir correlação muito clara com os demais, pois fazem parte de um mesmo sistema. (QUIROGA- MARTINEZ, 2003, apud TAYRA, 2006) Com 68 variáveis referentes a 20 indicadores essenciais, o índice de sustentabilidade ambiental elaborado por pesquisadores de Yale e Columbia pôde 11 ser calculado para 142 países. Esse índice considera cinco dimensões: sistemas ambientais, estresses, vulnerabilidade humana, capacidade social e institucional, e responsabilidade global. O primeiro envolve quatro sistemas ambientais: ar, água, solo e ecossistemas. O segundo considera estresse algum tipo muito crítico de poluição, ou qualquer nível exorbitante de exploração de recurso natural. No terceiro, a situação nutricional e as doenças relacionadas ao ambiente são entendidas como vulnerabilidades humanas. A quarta dimensão se refere à existência de capacidade sócio institucional para lidar com os problemas e desafios ambientais. E na quinta entram os esforços e esquemas de cooperação internacional representativos da responsabilidade global. As premissas básicas que norteiam essas cinco dimensões foram bem explicitadas pelos pesquisadores. Em primeiro lugar, é necessário que os sistemas ambientais vitais sejam saudáveis e não entrem em deterioração. Também é essencial que os estresses antrópicos sejam baixos e não causem danos aos sistemas ambientais. Em terceiro, a alimentação e a saúde não devem ser comprometidas por distúrbios ambientais. Em quarto, é preciso que existam instituições, padrões sociais, habilidades, atitudes e redes que fomentem efetivas respostas aos desafios ambientais. E, em quinto, há que cooperar para o manejo dos problemas ambientais comuns a dois ou mais países, além de reduzir os “transbordamentos” de problemas ambientais de um país para outro. 4 NEGÓCIOS SUSTENTÁVEIS E SEUS INDICADORES 12 Fonte: geranegocios.com Retornos sustentados sobre o capital investido no longo prazo e, em certa medida, o crescimento dos negócios requerem, cada vez mais, o enfrentamento das questões de desenvolvimento social e de sustentabilidade que influenciam e são influenciadas pelas ações das empresas no mercado, por interesses setoriais, por demandas das comunidades do entorno e pelo próprio sistema capitalista em sua versão neoliberal local. Na prática, a sustentação de resultados acima da média em prazos mais elásticos parece exigir formulações estratégicas e direcionamentos operacionais que conjuguem, em uma mesma unidade de performance, retornos econômicos, sociais, ambientais e culturais diferenciados. Assim como parece induzir a composição, com outros atores, de arranjos produtivos que potencializem ou ampliem, por um lado, escala e participação de mercado; por outro, infraestrutura, recursos, tecnologia apropriada, competências, sensibilidadesocial e capacidade de inovar. A maximização das condições de produzir, comercializar, comunicar, oferecer produtos e serviços inovadores, promover desenvolvimento, valorizar direitos humanos, dar conta dos impactos no entorno inerentes ao negócio, lidar com a concorrência, abrir novos mercados e estar próximo aos clientes onde quer que eles estejam neste mundo globalizado parece tender a se viabilizar, cada vez mais, a partir de arranjos produtivos capazes de conjugar investidores, especialistas, empresas, financiadores, organizações da sociedade civil, instituições de pesquisa e desenvolvimento e organismos de governo. Entretanto, é preciso resolver antes e sempre, o curto prazo. Sem atingir o resultado do dia, da semana, da quinzena, do mês, do semestre e do ano não haverá argumento válido para transformações a longo prazo, menos ainda para a inclusão da perspectiva socioambiental no ambiente de negócios. Até porque é difícil distinguir entre dispersão de recursos e investimentos em iniciativas voltadas a resultados de longo prazo; assim como é difícil decidir se a melhor alternativa está mesmo no horizonte do tempo. Os resultados imediatos, portanto, precisam ser obtidos enquanto se constroem as plataformas do futuro. Presente e futuro são pensados e articulados juntos, no presente; e essa é uma tarefa que, em certa medida, pode envolver diferentes atores. 13 Explorar sinergias e complementaridades é, portanto, fator de competitividade, de promoção do desenvolvimento e de enfrentamento de questões de sustentabilidade. A melhor performance depende, entretanto, da qualidade intrínseca dos arranjos produtivos. Em outras palavras, depende da natureza do engajamento (legitimidade, motivação, visão de futuro e compartilhamento de crenças, significados e valores dos diferentes atores), da capacidade de construírem, consolidarem e manterem em permanente desenvolvimento um ambiente capaz de gerar resultados (econômicos, sociais, ambientais e culturais) sustentados a longo prazo, da qualidade dos vínculos (transparência, confiança e proximidade entre os atores), da eficácia dos mecanismos de interação e cooperação e da capacidade de reconhecimento sincero dos interesses legítimos dos atores envolvidos. No plano operacional, depende do empenho em se encontrar uma fórmula aceita para a responsabilização, o acompanhamento, controle e auditoria dos processos e a apropriação dos resultados e dos impactos decorrentes da ação conjunta, tanto os de natureza econômico-financeira como os sociais, ambientais e culturais; tanto os tangíveis quanto os intangíveis. KEINERT , 2007, apud DANDAL, 2014, p. 29 Trata-se de um desafio enorme para a gestão contemporânea por conta, principalmente, de alguns fatores: da baixa competência das organizações para se integrarem à lógica e às dinâmicas sociais típicas de ambientes multi- stakeholders, naturalmente inclusivas e, portanto, complexas; da prevalência do individualismo, mesmo quando há valorização do teamwork; das dificuldades de formulação e legitimação de decisões complexas em ambientes organizacionais que supervalorizam a lógica exclusiva e direta do capital, as relações de poder, o imediatismo, o autoritarismo e o pragmatismo, que são aspectos culturais cultuados no neoliberalismo. Soma-se a isso, a existência de interesses imbricados de diferentes arranjos produtivos com que os mesmos atores, ou parte deles, possam estar envolvidos, e que são cada vez mais prováveis pela necessidade de ampliação das fontes de geração de riqueza e minimização dos riscos além das incertezas impostas tanto pelo ambiente competitivo como pelo ambiente social. Uma estratégia corporativa ampla e de longo-prazo, integrada com os objetivos centrais do negócio e com as suas competências essenciais atuando para criar mudança social positiva e valor para o negócio e que está inserida nas operações negociais do dia a dia é o que se pode chamar de CSR Estratégica ou ainda Sustentabilidade Estratégica. 14 5 INDICADORES DE SUSTENTABILIDADE As análises realizadas através do uso de indicadores vêm ganhando peso nas metodologias utilizadas para resumir a informação de caráter técnico e científico, permitindo sua transmissão de forma sintética, desde que preservada a essência da informação e utilizadas apenas as variáveis que melhor servem os objetivos e não todas as que podem ser medidas ou analisadas. A informação é assim mais facilmente utilizável por tomadores de decisão, gestores, políticos, grupos de interesse ou pelo público em geral. A formulação de indicadores pressupõe a disponibilidade de informações e dados confiáveis e comparáveis num determinado período de tempo. Esse é o principal desafio que se apresenta, ou seja, apontar caminhos para a identificação de parâmetros confiáveis e comparáveis no tempo para a averiguação do cumprimento e do progresso das práticas de gestão sustentável de maneira custo- efetiva. Há grande variabilidade de tipos e qualidade de informações que podem impedir sua comparação, daí ser necessário identificar alguns parâmetros comparáveis, legitimados pelas partes interessadas e convenientes para o sistema em questão. Indicadores de sustentabilidade tem como objetivo auxiliar empresas e instituições a avaliarem se estão caminhando rumo à sustentabilidade. Os indicadores usualmente abrangem procedimentos empresariais, desde seus conceitos estratégicos até suas relações com fornecedores e consumidores, considerando as questões fundamentais da sustentabilidade, social, ambiental e econômico (LOUETTE, 2007, apud PENTEADO, 2014, p. 2). Não se pode deixar de mencionar que a utilização de indicadores e índices não é uma abordagem pacífica. Sempre se recobre de alguma controvérsia, em face das simplificações que são efetuadas na aplicação destas metodologias. As eventuais perdas (ou descontinuidade) de informação têm constituído um entrave à adoção de forma generalizada e consensual dos sistemas de indicadores e índices. Indicadores: parâmetros selecionados e considerados isoladamente ou combinados entre si, sendo de especial pertinência para refletir determinadas condições dos sistemas em análise (normalmente são utilizados com pré-tratamento, isto é, são efetuados tratamentos aos dados originais, tais como médias aritméticas simples, percentuais, medianas, entre outros). Definidos, aceitos e inseridos nos 15 processos de gestão de uma instituição (governos, empresas ou outras organizações da sociedade civil) um dado conjunto de indicadores pode revelar a situação atual dessa instituição (e daí permitir compará-la com outras de mesma natureza) ou indicar sua evolução em relação a sua própria situação em algum momento anterior. 6 COMPORTAMENTO HUMANO VOLTADO AO MEIO AMBIENTE A sede econômico-financeira do homem aliada à hiperexpansão populacional vem, nesta Era da Globalização, provocando desenfreada e desrespeitosa exploração de recursos naturais sem nenhuma consideração a normas de proteção ao meio ambiente levando, consequentemente, à degradação do mesmo. Em meio ao desenvolvimento tecnológico está a natureza, não sabemos se acuada ou esquecida, deixada de lado pelo homem no que tange aos cuidados relativos à preservação. Esta, no entanto, é a única contribuição que nos é cobrada em troca do fornecimento de frutos, ar respirável, a biodiversidade de nossos ecossistemas, da flora, terras férteis e belíssimas paisagens. Esta é uma luta Global e Humanitária onde, independente de campanhas como a Rio + 10, dentre muitas outras, o homem deveria conscientizar-se e contribuir individual e coletivamente na busca do equilíbrio ecológico do meio. A lógica do crescimento econômico presente na maioria dos países, somado ao avanço tecnológico, entre outros, faz com que as pessoas desejem e adquiram uma maior quantidade de bens de consumo e de serviços.Isto resultou em uma sociedade atual marcada por um consumismo crescente que tem como consequência maior degradação da natureza, com implicações inclusive à sobrevivência do ser humano (FERREIRA, 2004, apud CAIXETA, 2010). Os brasileiros possuem o direito ao meio ambiente garantido constitucionalmente. A Carta Magna vigente, em seu art. 225, nos garante o direito de usufruir o meio ambiente e o dever de defendê-lo e preservá-lo para as presentes e futuras gerações. Ocorre que, a maioria das pessoas, sendo raríssimas as exceções, tanto naturais como jurídicas, vêm se interessando somente em exercer o direito, mas não cumprir o dever. 16 O Estudo Prévio de Impacto Ambiental previsto no inciso III do artigo 9º da Lei n.º 6.938/81 e no art. 225, § 1º da Constituição Federal, dispõe a respeito da obrigatoriedade e importância deste estudo, que é tratado constitucionalmente como poder-dever do Poder Público. O Estudo prévio de Impacto Ambiental é uma manifestação significativa do princípio da prevenção e constitui um dos instrumentos básicos da Política Nacional do Meio Ambiente. Tem a função de apontar os possíveis riscos que um projeto pode oferecer à natureza e indicar uma solução para a implantação do projeto de forma a combater e prevenir um possível dano ambiental. São merecedoras de gratificações as grandes empresas de elevada produção que, em meio a este escopo, preocupam-se não só com o lucro, mas também com a preservação da natureza. Tais empresas são dotadas de certificados como a ISO 14001, comprovadores e reconhecedores de tal mérito e passam a valorizar cada particularidade do sistema natural, ou seja, comprometem-se com a coleta seletiva do lixo e a reciclagem do mesmo, gerando economia de energia e proteção sistemática do Meio Ambiente. Trabalham intensamente no combate ao desperdício de todo gênero natural, como a água, o solo e a energia. Apesar de campanhas mundiais e divulgação de estatísticas, a sede humana de exploração, consumo e lucro é cada vez maior, aumentando assim as consequências do efeito estufa. Podemos citar a título de ilustração, o derretimento de geleiras nos polos e degradação da camada de ozônio. Na “Guerra Econômica” travada entre Nações, o homem vem destruindo algo que lhe pertence e, tal situação, aliada ao hiper crescimento populacional traz como consequências o aumento do consumo, a exploração do solo em larga escala, descarga de dejetos e emissão de CO2, contribuindo para um meio desequilibrado. Populações sofrem com catástrofes meteorológicas, como enchentes, passam fome devido à ausência de solos férteis devido à seca, escassez de água potável além de problemas respiratórios causados pelo ar impuro impregnado de agentes fruto do efeito estufa. Este, um dos maiores demonstradores do descaso ambiental, que vem sendo contribuído pela queima de combustíveis fósseis como a gasolina e também pelas queimadas de florestas. Depois da 2ª Conferência das Nações Unidas sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento (ECO92) foi reconhecido que o crescimento e 17 desenvolvimento econômicos alteram os sistemas naturais, embora não se possam pôr em risco os sistemas naturais mais importantes como atmosfera, água, solos e seres vivos (HANSEN, 2001, apud COSTA, 2014). Desastres ecológicos ocorrem e a não reparação destes pelos seus agressores é, muitas vezes, acobertada pela impunidade. Infelizmente, temos que acreditar que são necessárias normas impositivas de sanção para que o homem se eduque em relação aos cuidados com algo que é seu por direito. Foi preciso a criação de legislações de Direito Ambiental com normas coercitivas, onde o homem vê-se obrigado a preservar seu ambiente e sobrepujar seu eterno animus lucrandi. Foi preciso impor sanções como multas pecuniárias e até mesmo penas restritivas de liberdade dentre outras para o homem respeitar seu direito. As civilizações estão sendo dominadas pelo consumismo e, em contrapartida, pelo desejo desenfreado de poder econômico-financeiro, não tendo a preocupação adequada com a preservação de um bem que, se utilizado racionalmente, seria contribuindo para a manutenção dessas vontades eternamente, de modo que, como vem sendo utilizado está a ponto de desencadear, a níveis mundiais, uma enorme catástrofe ambiental e, consequentemente, econômica, política e financeira, trazendo uma infinidade de prejuízos para a humanidade, principalmente para as gerações futuras. A sustentabilidade do Meio Ambiente depende exclusivamente de uma consciência universal e respeito os Paradigmas da Ecologia e dos processos naturais para a evolução da Humanidade. 18 7 ECOSSISTEMA E BIODIVERSIDADE, OS PRINCIPAIS ECOSSISTEMAS BRASILEIROS Fonte: catracalivre.com.br O Brasil possui uma grande diversidade de ecossistemas. Quase todo o seu território está situado na zona tropical. Por isso, nosso país recebe grande quantidade de calor durante todo o ano, o que favorece essa grande diversidade. Veja, no mapa a seguir, exemplos dos principais ecossistemas encontrados no Brasil. 19 Fonte da imagem: sobiologia.com. br 7.1 Floresta Amazônica Estende-se além do território nacional, com chuvas frequentes e abundantes. Apresenta flora exuberante, com espécies, como a seringueira, o guaraná, a vitória- régia, e é habitada por inúmeras espécies de animais, como o peixe-boi, o boto, o pirarucu, a arara. Para termos uma ideia da riqueza da biodiversidade desses ecossistemas, ele apresenta, até o momento, 1,5 milhão de espécies de vegetais identificadas por cientistas. Com uma área de aproximadamente 5,5 milhões de km², a Floresta Amazônica é a principal cobertura vegetal do Brasil, ocupando 45% do nosso território, além de espaços de mais nove países, sendo também a maior floresta tropical do mundo. É chamada de Floresta latifoliada equatorial. Mas o futuro da Amazônia não será definido apenas por sua importância socioambiental e por seus potenciais. As ameaças de degradação avançam em ritmo acelerado. Os dados oficiais elaborados pelo INPE sobre o desmatamento na região mostram que ele é extremamente alto e está 20 crescendo. Já foram eliminados cerca de 570 mil quilômetros quadrados de florestas na região, uma área equivalente à superfície da França, e a média anual dos últimos sete anos é da ordem de 17,6 mil quilômetros quadrados (INPE, 2001, apud MINISTÉRIO DO MEIO AMBIENTE SECRETARIA DE BIODIVERSIDADE E FLORESTAS, 2002, p. 21). A Floresta Amazônica caracteriza-se por ser heterogênea, havendo um elevado quantitativo de espécies, com cerca de 2500 tipos de árvores e mais de 30 mil tipos de plantas. Além disso, ela é perene, ou seja, permanece verde durante todo o ano, não perdendo as suas folhas no outono. Apresenta uma densidade elevada, o que é propício ao grande número de árvores por m². Costuma-se classificar essa floresta conforme a proximidade dos cursos d’água. Dessa forma, existem três subtipos principais: mata de igapó, mata de várzea e mata de terra firme. Mata de igapó: também chamada de floresta alagada, a mata de igapó caracteriza-se por se localizar muito próxima aos rios, estando permanentemente inundada. Apresenta plantas de pequeno porte em comparação ao restante da vegetação da Amazônia e que costumam ser hidrófilas, ou seja, adaptadas à umidade. Possui, em geral, raízes elevadas que acompanham os troncos. Mata de várzea: assim como a mata de igapó, a várzea também sofre com as inundações, porém apenas no período das cheias dos grandes rios, por se encontrar em áreas um pouco mais elevadas. É uma mata muito fechada, com elevada densidade, árvores altas (em média 20m de altura) e, em geral, com galhos espinhosos, o que dificulta o seu acesso. As espécies mais conhecidas são o Jatobá e a Seringueira, essa última muito usada na extração de látex, a matéria-prima da borracha. Matade terra firme: também chamada de caetê, a mata de terra firme caracteriza-se por se encontrar relativamente distante dos grandes cursos d’água, localizando-se em planaltos sedimentares. Em razão disso, não costuma ser alvo de inundações, recobrindo a maior parte da floresta e apresentando as maiores médias de altura (algumas árvores chegam a alcançar os 60m). A importância da Floresta Amazônica reside, principalmente, em sua função ambiental. No entanto, ao contrário do que muitos pensam, ela não é o “pulmão do mundo”, pois o oxigênio por ela produzido é consumido pela própria floresta. Sua importância ambiental reside no controle das temperaturas, graças ao aumento da 21 umidade, que é resultado da constante evapotranspiração da floresta, produzindo massas de ar úmido para todo o continente sul-americano, os chamados Rios Voadores. É importante não confundir o Bioma Amazônia com a Floresta Amazônica. O primeiro termo refere-se às características gerais que envolvem a mata, os animais, os rios, os solos e a flora, o segundo limita-se às características da floresta. Mata de cocais: A mata de cocais situa-se entre a floresta amazônica e a caatinga. São matas de carnaúba, babaçu, buriti e outras palmeiras. Vários tipos de animais habitam esse ecossistema, como a arara canga e o macaco cuxiú. É um tipo de cobertura vegetal situada entre as florestas úmidas da região Norte e as terras semiáridas do Nordeste do Brasil, sendo uma zona de transição entre os biomas Caatinga, Floresta Amazônica e Cerrado. Abrange predominantemente o Meio-Norte (sub-região formada pelos estados do Maranhão e Piauí), mas também se estende pelos estados do Ceará, Rio Grande do Norte e Tocantins. Influenciado pela sua localização, esse bioma possui três tipos de climas: equatorial úmido - quente e chuvoso, predominando em menos de 20% do bioma; tropical semiúmido - predomina em mais de 65%, com estações secas e úmidas bem definidas e temperaturas médias elevadas; tropical semiárido – quente e seco, com chuvas escassas e irregulares, predomina em 15% do bioma. A Mata dos Cocais se formou ocupando lacunas de outras formações vegetais (cerrados e florestas amazonenses), que foram desmatadas para criação de pasto e exploração de madeira. Seu solo é rico em minérios como: ferro, ouro, diamante, bauxita, alumínio e níquel. Uma característica interessante é que o solo, na região dos cocais, possui um lençol freático pouco profundo, permanecendo úmido o ano inteiro. A vegetação da Mata dos Cocais é dominada pela palmeira babaçu (sendo a mais importante a Orbignya speciosa), que predomina nos locais mais úmidos como o Maranhão, norte do Tocantins e oeste do Piauí. Na área menos úmida, que abrange o leste do Piauí e litorais do Ceará e Rio Grande do Norte, predomina a palmeira carnaúba (Copernicia cerifera). As outras principais palmeiras são o buriti (Mauritia flexuosa) e a oiticica (Licania rígida). Uma grande quantidade de arbustos e vegetações de pequeno porte também são encontradas nos locais de menores altitudes. http://brasilescola.uol.com.br/brasil/rios-voadores-amazonia.htm http://brasilescola.uol.com.br/brasil/rios-voadores-amazonia.htm http://www.infoescola.com/geografia/regiao-norte/ http://www.infoescola.com/geografia/regiao-nordeste/ http://www.infoescola.com/biomas/caatinga/ http://www.infoescola.com/biomas/floresta-amazonica/ http://www.infoescola.com/geografia/cerrados/ http://www.infoescola.com/geografia/clima-equatorial/ http://www.infoescola.com/geografia/bioma/ http://www.infoescola.com/compostos-quimicos/minerios-de-ferro/ http://www.infoescola.com/rochas-e-minerais/bauxita/ http://www.infoescola.com/elementos-quimicos/aluminio/ http://www.infoescola.com/hidrografia/lencol-freatico/ 22 O babaçu chega a atingir 20 metros de altura e uma árvore pode produzir até 2.000 frutos (cocos) por ano. Dentro dos frutos existem as amêndoas, das quais é extraído um óleo muito utilizado em diversas indústrias (alimentícias, farmacêuticas, químicas, etc.). Outras partes do coco também são aproveitadas, como o epicarpo (camada externa), que é utilizado na produção de estofados, embalagens, vasos, placas, entre outros. (SANTOS, 2013, apud SUÇUARANA, 2015). A carnaúba também é utilizada de várias formas. O uso mais importante é a extração da cera de suas folhas, que é utilizada na fabricação de diversos produtos. Assim, a Mata dos Cocais representa uma importante fonte de renda para a população local. A fauna nesse bioma é muito diversa, destacando-se a arara- vermelha, gavião-real, jaguatirica, lobo-guará, macaco cuxiú (endêmico do Brasil) e outras muitas espécies de mamíferos, aves, répteis e anfíbios. Nos rios vivem a ariranha, o boto, o acará-bandeira (peixe), entre outros. A Mata dos Cocais está sendo prejudicada pelo desmatamento desordenado para desenvolvimento da pecuária e cultura de soja. Além disso, a extração de minerais que ocorre nesse ambiente acaba por fragilizá-lo ainda mais. 8 PANTANAL MATO-GROSSENSE No início da colonização do Brasil, a região pantaneira era ocupada índios. Acredita-se que espanhóis vindos pela Bolívia iniciaram a colonização da área, por volta de 1.550, antes dos portugueses. O Pantanal é uma planície sedimentar, com área de 138.183 km2, preenchida com depósitos aluviais dos rios da bacia do Alto Paraguai, com 65% de seu território no estado de Mato Grosso do Sul e 35% no Mato Grosso. A região é uma planície aluvial influenciada por rios que drenam a bacia do Alto Paraguai, influenciada por quatro grandes biomas: Amazônia, Cerrado, Chaco e Mata Atlântica (PRANCE et al.). A partir da segunda metade do século XVI, os bandeirantes paulistas alcançaram a região, em busca de pedras preciosas e índios como mão-de-obra escrava. A hostilidade da região deu origem a muitas lendas e histórias contadas até hoje pelos caboclos chamados pantaneiros. Entre elas, há a história do Minhocão, uma poderosa cobra, provavelmente identificada como uma sucuri, que derrubava barrancos e gritava. Outros contos envolvem onças e seres sobrenaturais. http://www.infoescola.com/aves/arara-vermelha/ http://www.infoescola.com/aves/arara-vermelha/ http://www.infoescola.com/aves/gaviao-harpia/ 23 Uma das últimas regiões a ser ocupada e desenvolvida no Brasil, o Pantanal abriga hoje um Parque Nacional, além de muitas fazendas, principalmente de gado. O Pantanal Mato-grossense é uma das mais exuberantes e diversificadas reservas naturais do Planeta integrando-o ao acervo dos patrimônios da humanidade. É a maior extensão úmida contínua do planeta. Hidrograficamente, todo o Pantanal faz parte da bacia do rio Paraguai constituindo-se em uma imensa planície de áreas alagáveis. Quando do período das cheias justifica a lenda sobre sua origem, que seria um imenso mar interior - o mar de Xaraés. O clima é tipo quente no verão, com temperatura média em torno de 32°C e frio e seco no inverno, com média em torno de 21°C, ocorrendo ocasionalmente, geadas nos meses de julho e agosto. A união de fatores tais como o relevo, o clima e o regime hidrográfico da região favoreceram o desenvolvimento de numerosas espécies animais e vegetais que povoam abundantemente toda sua extensão. Existem dez tipos de pantanal na região com características diferentes de solo, vegetação e drenagem, são eles: Nabileque - 9,4 %; Miranda, 4,6%; Aquidauana, 4,9 %; Abobral - 1,6 %; Nhecolândia - 17,8 %; Paiaguás - 18,3 %; Paraguai - 5,3 %; Barão de Melgaço - 13,3 %; Poconé - 12,9 %; Cáceres - 11,9 %. A beleza proporcionada pela paisagem pantaneira fascina pessoas de todo o mundo fazendo com que o turismo se desenvolva em vários municípios da região. O desenvolvimento de um pensamento ambientalista e social para o pantanal mato- grossense tem levado vários pesquisadores a discutirem o impacto da ocupação humana neste ecossistema. Dentre os principais problemasambientais destaca-se: A pesca predatória; a caça de jacarés; a poluição dos rios da bacia do Paraguai; os garimpos do Estado de Mato Grosso; a poluição das águas pelo mercúrio; a hidrovia Paraguai-Paraná. Tais questões tem sido alvo de uma extensa discussão e algumas ações ambientais por parte dos órgãos ambientais e da comunidade tem coibido tais agressões. 24 9 CAMPOS SULINOS No Brasil, o bioma Campos Sulinos abrange parte do território do Rio Grande do Sul. São cerca de 170 mil Km2. Além das fronteiras do país, ele se estende por terras do Uruguai e da Argentina. Os campos sulinos são também conhecidos como pampas, palavra de origem indígena que quer dizer “região plana”. Na verdade, os pampas são apenas um pedaço das terras dos campos sulinos. O bioma engloba também campos mais altos e algumas áreas semelhantes a savanas. Nos campos do Sul já foram encontradas 102 espécies de mamíferos, 476 de aves e 50 de peixes. 9.1 Fauna deste bioma Mamíferos: tatu, o guaxinim, o zorrilho, o graxaim (Pseudalopex gymnocercus) e outras duas espécies em risco de extinção: o gato-dos-pampas ou gato palheiro (Leopardus pajeros) e a preguiça-de-coleira. Aves mais comuns: Cisne-de-pescoço-preto, o marreco, a perdiz, o quero- quero, o pica-pau do campo e a coruja-buraqueira (que ganhou este nome por fazer seus ninhos em buracos cavados no solo). Fazem parte das 50 espécies de peixes catalogadas o lambari-listrado, o lambari-azul, o tamboatá, o surubim e o cação- anjo. Répteis: tartaruga-verde-e-amarela, a jararaca-do-banhado, a cobra-cipó e o cágado-de-barbicha. Insetos: vespa da madeira e o conhecido bicho-da-maçã, também chamado traça-das-frutas. Nos pampas a vegetação pode ser considerada rala e pobre em espécies, porém o solo é fértil. Ainda mais férteis são as áreas com solo do tipo "terra roxa", (batizado assim devido ao nome que receberam dos italianos que vieram para o Brasil trabalhar na lavoura. Por causa de sua cor avermelhada, eles chamavam o solo de terra rossa, pois em italiano, rosso é vermelho). Ela vai se tornando mais rica nas proximidades de áreas mais altas. Nas encostas de planaltos, existem matas com grandes pinheiros e outras árvores, como 25 a cabreúva, a grápia, a caroba, o angico-vermelho e o cedro. Nestas regiões, chamadas de campos altos, é encontrada a Mata de Araucária, onde a espécie vegetal predominante é o pinheiro-do-paraná. Próximo ao litoral, a paisagem é marcada pela presença de banhados, ambientes alagados onde aparecem juncos, gravatás e aguapés. O mais conhecido banhado é o de Taim, onde foi criada, em 1998, uma estação ecológica administrada pelo Ibama (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis) para preservação de tão importante ecossistema. Destacam-se como rios importantes deste bioma o Santa Maria, o Uruguai, o Jacuí, o Ibicuí e o Vacacaí. Estes e outros da região se dividem em duas bacias hidrográficas: a Costeira do Sul e a do rio da Prata. Tratam-se de rios que apresentam boas condições para navegação, constituindo verdadeiras hidrovias na região. Próximo ao litoral existem muitos lagos e lagoas. A Lagoa dos Patos, localizada no município de São Lourenço do Sul, é a maior laguna do Brasil e a segunda maior da América Latina, com 265 km de comprimento. O clima da região é o subtropical úmido. O que isso significa? Bom, isso quer dizer que, nos campos sulinos, os verões são quentes, os invernos são frios e chove regularmente durante todo o ano. 10 CAATINGA A caatinga, palavra originária do tupi-guarani, que significa “mata branca”, é o único sistema ambiental exclusivamente brasileiro. Possui extensão territorial de 734.478 km², correspondendo a cerca de 10% do território nacional. Ela está presente nos estados do Ceará, Rio Grande do Norte, Paraíba, Pernambuco, Sergipe, Alagoas, Bahia, Piauí e norte de Minas Gerais. As temperaturas médias anuais são elevadas, oscilam entre 25°C e 29°C. O clima é semiárido; e o solo, raso e pedregoso, é composto por vários tipos diferentes de rochas. A ação do homem já alterou 80% da cobertura original da caatinga, que atualmente tem menos de 1% de sua área protegida em 36 unidades de conservação, que não permitem a exploração de recursos naturais. As secas são cíclicas e prolongadas, interferindo de maneira direta na vida de uma população de, 26 aproximadamente, 25 milhões de habitantes. As chuvas ocorrem no início do ano e o poder de recuperação do bioma é muito rápido, surgem pequenas plantas e as árvores ficam cobertas de folhas. A região enfrenta também graves problemas sociais, entre eles os baixos níveis de renda e de escolaridade, a falta de saneamento ambiental e os altos índices de mortalidade infantil. Desde o período imperial, tenta-se promover o desenvolvimento econômico na caatinga, porém, a dificuldade é imensa em razão da aridez da terra e da instabilidade das precipitações pluviométricas. A principal atividade econômica desenvolvida na caatinga é a agropecuária. A agricultura destaca-se na região através da irrigação artificial, possibilitada pela construção de canais e açudes. Alguns projetos de irrigação para a agricultura comercial são desenvolvidos no médio vale do São Francisco, o principal rio da região, juntamente ao Parnaíba. 10.1 Vegetação As plantas da caatinga são xerófilas, ou seja, adaptadas ao clima seco e à pouca quantidade de água. Algumas armazenam água, outras possuem raízes superficiais para captar o máximo de água da chuva. E há as que contam com recursos pra diminuir a transpiração, como espinhos e poucas folhas. A vegetação é formada por três estratos: o arbóreo, com árvores de 8 a 12 metros de altura; o arbustivo, com vegetação de 2 a 5 metros; e o herbáceo, abaixo de 2 metros. Entre as espécies mais comuns estão a amburana, o umbuzeiro e o mandacaru. Algumas dessas plantas podem produzir cera, fibra, óleo vegetal e, principalmente, frutas. 10.2 Fauna A fauna é bem diversificada, composta por répteis (principalmente lagartos e cobras), roedores, insetos, aracnídeos, cachorro-do-mato, arara-azul (ameaçada de extinção), sapo-cururu, asa- branca, cutia, gambá, preá, veado-catingueiro, tatupeba, sagui-do-nordeste, entre outros animais. 27 10.3 Restinga A restinga é uma planície arenosa costeira, de origem marinha, incluindo a praia, cordões arenosos, depressões entre cordões, dunas e margem de lagunas, com vegetação adaptada às condições ambientais. Sobre a restinga é possível se encontrar a vegetação de restinga, que é um conjunto das comunidades vegetais, fisionomicamente distintas, sob influência marinha e Fúlvio-marinha, que ocorrem distribuídas em mosaico e em áreas de grande diversidade ecológica, sendo consideradas comunidades edáficas, por dependerem mais da natureza do substrato que do clima. A cobertura vegetal nas restingas pode ser encontrada em praias e dunas, sobre cordões arenosos, e associadas a depressões. Na restinga os estágios sucessionais diferem das formações ombrófilas e estacionais, ocorrendo notadamente de forma mais lenta, em função do substrato que não favorece o estabelecimento inicial da vegetação, principalmente por dissecação e ausência de nutrientes. O corte da vegetação ocasiona uma reposição lenta, geralmente de porte e diversidade menores, onde algumas espécies passam a predominar. Os diferentes tipos de vegetação ocorrentes nas restingas brasileiras variam desde formações herbáceas, passando por formações arbustivas, abertas ou fechadas, chegando a florestas cujo dossel varia em altura, geralmente não ultrapassando os 20m. São em geral caracterizada por comunidade com pouca riqueza, quando comparada a outras comunidades vegetais, sendo protegidas por lei devido à sua fragilidade. Em muitas áreas de restinga no Brasil, especialmente no sul e sudeste, ocorremperíodos mais ou menos prolongados de inundação do solo, fator que tem grande influência na distribuição de algumas formações vegetacionais. A periodicidade com que ocorre o encharcamento e a sua respectiva duração são decorrentes principalmente da topografia do terreno, da profundidade do lençol freático e da proximidade de corpos d’água (rios ou lagoas), produzindo em muitos casos um mosaico de formações inundáveis e não inundáveis, com fisionomias variadas, o que até certo ponto justifica o nome de “complexo” que é empregado para designar as restingas. As formações herbáceas ocorrem principalmente nas faixas de praia e ante- dunas, em locais que eventualmente podem ser atingidos pelas marés mais altas, ou 28 então em depressões alagáveis. Nas zonas de praia, dunas frontais e dunas mais próximas ao mar, predominam espécies herbáceas, em alguns casos com pequenos arbustos e árvores, que ocorrem tanto de forma isolada e pouco expressiva, como formando agrupamentos mais densos, com variações nas suas respectivas fisionomias, composições e graus de cobertura. A vegetação das praias e dunas tem ocorrência praticamente ao longo de toda a costa brasileira, mas a sua exata circunscrição e os termos empregados para designá-la variam muito. As pressões antrópicas no sentido de ocupação e urbanização da zona costeira já suprimiram muitas áreas representativas desta formação em vários pontos no litoral brasileiro. As formações arbustivas das planícies litorâneas, que para muitos autores constituem a restinga propriamente dita são os tipos vegetacionais que mais chamam a atenção no litoral brasileiro, tanto pelo seu aspecto peculiar, com fisionomia variando desde densos emaranhados de arbustos junto a trepadeiras, bromélias terrícolas e cactáceas, até moitas com extensão e altura variáveis, intercaladas por áreas abertas que em muitas locais expõem diretamente a areia, principal constituinte do substrato nestas formações. Os termos “scrub”, “thicket”, “escrube” e “fruticeto” já foram empregados para designar comunidades e/ou formações desta natureza, notadamente na região litorânea. As formações florestais que ocorrem na planície litorânea brasileira variam bastante ao longo da costa, sendo essas variações geralmente atribuídas às influências das formações vegetacionais adjacentes e às características do substrato, principalmente sua origem, composição e condições de drenagem. Estas florestas variam desde formações com altura do estrato superior a partir de 5m, em geral livres de inundações periódicas decorrentes da ascensão do lençol freático durante os períodos mais chuvosos, até formações mais desenvolvidas, com alturas em torno de 15 a 20m, muitas vezes associadas a solos hidro mórficos e/ou orgânicos. Estes dois tipos de florestas em geral acompanham as variações topográficas decorrentes da justaposição dos cordões litorâneos, ao menos onde tais feições são bem definidas. Em locais situados mais para o interior da planície costeira, geralmente em terrenos mais deprimidos onde tais alinhamentos não são claramente definidos e os solos são saturados hidricamente e têm uma espessa 29 camada orgânica superficial, ocorrem florestas mais desenvolvidas semelhantes florística e estruturalmente àquelas situadas nas depressões entre os cordões. A fauna ocorrente nas restingas brasileiras está relativamente menos estudada quando comparada com os conhecimentos que já se acumulam sobre a composição e estrutura dos seus diferentes tipos vegetacionais. Dentre os estudos tratando de grupos de animais invertebrados, podem ser mencionados os realizados com os artrópodes, notadamente com diferentes grupos de insetos, estes constituindo a maioria dos relatos encontrados. A fauna de vertebrados ocorrente nas restingas brasileiras também é relativamente pouco pesquisada, com destaque para os trabalhos realizados no litoral do Rio de Janeiro, principalmente com pequenos mamíferos e répteis. 11 MANGUEZAL Os mangues ou manguezais são um ecossistema típico de áreas litorâneas, alagadas, onde há o encontro da água do mar com a dos rios dando um aspecto salobro à água dessas regiões. É de sua característica a transição entre aspectos marinhos e terrestres e sua presença em locais com clima tropical ou subtropical. Sua vegetação é composta por três tipos de árvores que podem atingir até 20 metros de altura em certos pontos do país: Rhizophora mangle (mangue-bravo ou vermelho), Laguncularia racemosa (mangue-branco) Schaueriana (mangue-seriba ou seriúba). Os manguezais são ecossistemas costeiros que se originaram nas regiões dos oceanos Índico e Pacífico e que distribuíram suas espécies pelo mundo com auxílio das correntes marinhas durante o processo da separação dos continentes (HERZ, 1987, apud SEMADS, 2001). Os mangues estão presentes em diversas partes do mundo como Oceania, África, Ásia, alguns países da América e Brasil. No Brasil esse ecossistema pode ser encontrado no nordeste do país em Cabo Orange no estado do Amapá até a região sul em Laguna em Santa Catarina compreendendo um total de 20 mil quilômetros quadrados, 15 % do total em todo o mundo. Este é um ecossistema rico em diversas espécies de animais como peixe-boi- marinho, caranguejo, lontra, jacaré, cobras, mexilhão, aranhas, craca, lagartos, http://www.estudopratico.com.br/clima-tropical/ 30 tartaruga, crocodilos entre outros. Possui o solo extremamente rico em nutrientes e matéria orgânica, raízes e material vegetal em decomposição. Suas raízes aéreas são uma de suas características mais marcantes, e têm como principal função proporcionar a respiração das plantas já que o solo é pobre em oxigênio e elas obtêm o mesmo fora dele. O cheiro dos mangues também é um aspecto bem característico, isso ocorre devido à presença de água salobra e matérias vegetais em estado de decomposição. Uma das principais ameaças a esse ecossistema é a exploração, (como a caça do caranguejo) que teve início com fins comerciais em países da Ásia ganhando expansão rápida para demais países detentores de mangues. O uso desordenado e de maneira não sustentável de seus recursos causa uma depredação quase que irrefreável, em países como Tailândia e Filipinas a área de manguezal teve grande parte dizimada por conta da super- exploração, chegando a ser reduzida em 110.000 hectares da área original de 448.000 nas Filipinas. No Brasil não é diferente, porém algumas leis foram estabelecidas com o intuito de promover a preservação dos manguezais. A lei de número 4.771 de 15 de setembro de 1965 define os mangues como APPs (Área de Preservação Permanente), e a Resolução do CONAMA de número 369 de março de 2006 estabelece a proibição da supressão de vegetação ou qualquer outro tipo de intervenção, salvo apenas em casos de utilidade pública para as áreas de mangues. Ainda assim esse ecossistema é o mais ameaçado dentre todos nos Brasil. A poluição também é outra grande inimiga dos manguezais. A poluição proveniente das cidades costeiras e de indústrias instaladas na região como o depósito de lixo nos mares e rios, derramamentos de petróleo, são fatores que contribuem para a degradação do ecossistema. 12 CERRADO É a segunda maior formação vegetal brasileira. Estendia-se originalmente por uma área de 2 milhões de km², abrangendo dez estados do Brasil Central. Hoje, restam apenas 20% desse total. Típico de regiões tropicais, o cerrado apresenta duas estações bem marcadas: inverno seco e verão chuvoso. Com solo de savana http://www.estudopratico.com.br/o-solo-partes-composicao-e-tipos-de-solo/ http://www.estudopratico.com.br/a-decomposicao/ 31 tropical, deficiente em nutrientes e rico em ferro e alumínio, abriga plantas de aparência seca, entre arbustos esparsos e gramíneas, e o cerradão, um tipo mais denso de vegetação, de formação florestal. A presença detrês das maiores bacias hidrográficas da América do Sul (Tocantins-Araguaia, São Francisco e Prata) na região favorece sua biodiversidade. Estima-se que 10 mil espécies de vegetais, 837 de aves e 161 de mamíferos vivam ali. Essa riqueza biológica, porém, é seriamente afetada pela caça e pelo comércio ilegal. O cerrado é o sistema ambiental brasileiro que mais sofreu alteração com a ocupação humana. Atualmente, vivem ali cerca de 20 milhões de pessoas. Essa população é majoritariamente urbana e enfrenta problemas como desemprego, falta de habitação e poluição, entre outros. A atividade garimpeira, por exemplo, intensa na região, contaminou os rios de mercúrio e contribuiu para seu assoreamento. A mineração favoreceu o desgaste e a erosão dos solos. Na economia, também se destaca a agricultura mecanizada de soja, milho e algodão, que começa a se expandir principalmente a partir da década de 80. Nos últimos 30 anos, a pecuária extensiva, as monoculturas e a abertura de estradas destruíram boa parte do cerrado. Hoje, menos de 2% está protegido em parques ou reservas. Pequenas árvores de troncos torcidos e recurvados e de folhas grossas, esparsas em meio a uma vegetação rala e rasteira, misturando-se, às vezes, com campos limpos ou matas de árvores não muito altas – esses são os Cerrados, uma extensa área de cerca de 200 milhões de hectares, equivalente, em tamanho, a toda a Europa Ocidental. A paisagem é agressiva, e por isso, durante muito tempo, foi considerada uma área perdida para a economia do país. Os Cerrados apresentam relevos variados, embora predominem os amplos planaltos. Metade do Cerrado situa-se entre 300 e 600m acima do nível do mar, e apenas 5,5% atingem uma altitude acima de 900m. Em pelo menos 2/3 da região o inverno é demarcado por um período de seca que se prolonga por cinco a seis meses. Seu solo esconde um grande manancial de água, que alimenta seus rios. Entre as espécies vegetais que caracterizam o Cerrado estão o barbatimão, o pau-santo, a gabiroba, o pequizeiro, o araçá, a sucupira, o pau-terra, a catuaba e o indaiá. Debaixo dessas árvores crescem diferentes tipos de capim, como o capim- flecha, que pode atingir uma altura de 2,5m. Onde corre um rio ou córrego, encontram-se as matas ciliares, ou matas de galeria, que são densas florestas 32 estreitas, de árvores maiores, que margeiam os cursos d’água. Nos brejos, próximos às nascentes de água, o buriti domina a paisagem e forma as veredas de buriti. A presença humana na região data de pelo menos 12 mil anos, com o aparecimento de grupos de caçadores e coletores de frutos e outros alimentos naturais. Só recentemente, há cerca de 40 anos, é que começou a ser mais densamente povoada. Os tipos fisionômicos do cerrado (latu sensu) se distribuem de acordo com três aspectos do substrato onde se desenvolvem: a fertilidade e o teor de alumínio disponível; a profundidade; e o grau de saturação hídrica da camada superficial e subsuperficial. Os principais tipos de vegetação são: 13 CERRADO (STRICTU SENSU) É a vegetação característica do cerrado, composta por exemplares arbustivo- arbóreos, de caules e galhos grossos e retorcidos, distribuídos de forma ligeiramente esparsa, intercalados por uma cobertura de ervas, gramíneas e espécies semiarbustivas. 14 FLORESTA MESOFÍTICA DE INTERFLÚVIO (CERRADÃO) Este tipo de vegetação cresce sob solos bem drenados e relativamente ricos em nutrientes, as copas das árvores, que medem em média de 8-10 metros de altura, tocam-se o que denota um aspecto fechado a esta vegetação. 14.1 Campo rupestre Encontrado em áreas de contato do cerrado com o caatinga e floresta atlântica, os solos deste tipo fisionômico são quase sempre rasos e sofrem bruscas variações em relação a profundidade, drenagem e conteúdo nutricional. É caracteristicamente, composto por uma vegetação arbustiva de distribuição aberta ou fechada. 33 14.2 Campos litossólicos miscelâneos: É caracterizada pela presença de um substrato duro, rocha mãe, e a quase inexistência de solo macio, este quando presente não ocupa mais que poucos centímetros de profundidade até se depararem com a camada rochosa pela qual não passam nem umidade nem raízes. Sua flora é caracterizada por um tapete de ervas latifoliadas ou de gramíneas curtas, havendo em geral a ausências de exemplares arbustivos, ou a presença de raríssimos espécimes lenhosos, neste caso enraizados em frestas da camada rochosa. 14.3 Vegetação de afloramento de rocha maciça Representada por cactos, liquens, musgos, bromélias, ervas e raríssimas árvores e arbustos, cresce sob penhascos e morros rochosos. 15 MATA ATLÂNTICA A Mata Atlântica é formada por um conjunto de formações florestais (Florestas: Ombrófila Densa, Ombrófila Mista, Estacional Semidecidual, Estacional Decidual e Ombrófila Aberta) e ecossistemas associados como as restingas, manguezais e campos de altitude, que se estendiam originalmente por aproximadamente 1.300.000 km2 em 17 estados do território brasileiro. Hoje os remanescentes de vegetação nativa estão reduzidos a cerca de 22% de sua cobertura original e encontram-se em diferentes estágios de regeneração. Apenas cerca de 7% estão bem conservados em fragmentos acima de 100 hectares. Mesmo reduzida e muito fragmentada, estima-se que na Mata Atlântica existam cerca de 20.000 espécies vegetais (cerca de 35% das espécies existentes no Brasil), incluindo diversas espécies endêmicas e ameaçadas de extinção. Essa riqueza é maior que a de alguns continentes (17.000 espécies na América do Norte e 12.500 na Europa) e por isso a região da Mata Atlântica é altamente prioritária para a conservação da biodiversidade mundial. Em relação à fauna, os levantamentos já realizados indicam que a Mata Atlântica abriga 849 espécies de aves, 370 espécies 34 de anfíbios, 200 espécies de répteis, 270 de mamíferos e cerca de 350 espécies de peixes. Além de ser uma das regiões mais ricas do mundo em biodiversidade, tem importância vital para aproximadamente 120 milhões de brasileiros que vivem em seu domínio, onde são gerados aproximadamente 70% do PIB brasileiro, prestando importantíssimos serviços ambientais. Regula o fluxo dos mananciais hídricos, assegura a fertilidade do solo, suas paisagens oferecem belezas cênicas, controla o equilíbrio climático e protege escarpas e encostas das serras, além de preservar um patrimônio histórico e cultural imenso. Neste contexto, as áreas protegidas, como as Unidades de Conservação e as Terras Indígenas, são fundamentais para a manutenção de amostras representativas e viáveis da diversidade biológica e cultural da Mata Atlântica. A cobertura de áreas protegidas na Mata Atlântica avançou expressivamente ao longo dos últimos anos, com a contribuição dos governos federais, estaduais e mais recentemente dos governos municipais e iniciativa privada. No entanto, a maior parte dos remanescentes de vegetação nativa ainda permanece sem proteção. Assim, além do investimento na ampliação e consolidação da rede de áreas protegidas, as estratégias para a conservação da biodiversidade visam contemplar também formas inovadoras de incentivos para a conservação e uso sustentável da biodiversidade, tais como a promoção da recuperação de áreas degradadas e do uso sustentável da vegetação nativa, bem como o incentivo ao pagamento pelos serviços ambientais prestados pela Mata Atlântica. Cabe enfatizar que um importante instrumento para a conservação e recuperação ambiental na Mata Atlântica, foi a aprovação da Lei 11.428, de 2006 e o Decreto 6.660/2008, que regulamentou a referida lei. 16 MATA DE ARAUCÁRIA A mata de araucária situa-se na região subtropical, no sul do Brasil, de temperaturas mais baixas. Entre outros tipos de árvores abriga o pinheiro-do-paraná, também conhecido como araucária. Da sua fauna destacamos, alémda ema, a maior ave das Américas, a gralha-azul, o tatu, o quati e o gato-do-mato. http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2004-2006/2006/lei/l11428.htm http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2007-2010/2008/decreto/d6660.htm 35 17 GERENCIAMENTO DE RESÍDUOS SÓLIDOS E RECURSOS HÍDRICOS, CLASSIFICAÇÃO DOS RESÍDUOS SÓLIDOS Lixo: Em geral, as pessoas consideram lixo tudo aquilo que se joga fora e que não tem mais utilidade. Mas, se olharmos com cuidado, veremos que o lixo não é uma massa indiscriminada de materiais. Ele é composto de vários tipos de resíduos, que precisam de manejo diferenciado. Assim, pode ser classificado de várias maneiras. Classificação: Pode ser classificado como seco ou úmido. O lixo seco é composto por materiais potencialmente recicláveis (papel, vidro, lata, plástico entre outros). Entretanto, alguns materiais não são reciclados por falta de mercado, como é o caso de vidros planos, entre outros materiais. O lixo úmido corresponde à parte orgânica dos resíduos, como as sobras de alimentos, cascas de frutas, restos de poda etc., que pode ser usada para compostagem. Essa classificação é muito usada nos programas de coleta seletiva, por ser facilmente compreendida pela população. O lixo também pode ser classificado de acordo com seus riscos potenciais. De acordo com a NBR/ABNT 10.004 (2004), os resíduos dividem-se em Classe I, que são os perigosos, e Classe II, que são os não perigosos. Estes ainda são divididos em resíduos Classe IIA, os não inertes (que apresentam características como biodegradabilidade, solubilidade ou combustibilidade, como os restos de alimentos e o papel) e Classe IIB, os inertes (que não são decompostos facilmente, como plásticos e borrachas). Quaisquer materiais resultantes de atividades que contenham radionuclídeos e para os quais a reutilização é imprópria são considerados rejeitos radioativos e devem obedecer às exigências definidas pela Comissão Nacional de Energia Nuclear – CNEN. No entanto, a compostagem é o apodrecimento controlado dos materiais orgânicos descartados. Além disso, a compostagem tem sua aplicação em: “horticultura; fruticultura; produção de grãos; jardinagem; projetos paisagísticos; reflorestamento; produção de mudas; recuperação de solos esgotados; controle de erosão; cobertura de aterros; etc.” (CARVALHO, et al, 2000, apud BEZERRA, 2019). Existe ainda outra forma de classificação, baseada na origem dos resíduos sólidos. Nesse caso, o lixo pode ser, por exemplo, domiciliar ou doméstico, público, de serviços de saúde, industrial, agrícola, de construção civil e outros. Essa é a 36 forma de classificação usada nos cálculos de geração de lixo. Principais características dessas categorias: Domiciliar: são os resíduos provenientes das residências. É muito diversificado, mas contém principalmente restos de alimentos, produtos deteriorados, embalagens em geral, retalhos, jornais e revistas, papel higiênico, fraldas descartáveis entre outros. Comercial: são os resíduos originados nos diversos estabelecimentos comerciais e de serviços, tais como supermercados, bancos, lojas, bares, restaurantes, entre outros. Público: são aqueles originados nos serviços de limpeza urbana, como restos de poda e produtos da varrição das áreas públicas, limpeza de praias e galerias pluviais, resíduos das feiras livres e outros. De serviços de saúde: resíduos provenientes de hospitais, clínicas médicas ou odontológicas, laboratórios, farmácias etc. É potencialmente perigoso, pois pode conter materiais contaminados com agentes biológicos ou perigosos, produtos químicos e quimioterápicos, agulhas, seringas, lâminas, ampolas de vidro, brocas entre outros. Industrial: são os resíduos resultantes dos processos industriais. O tipo de lixo varia de acordo com o ramo de atividade da indústria. Nessa categoria está a maior parte dos materiais considerados perigosos ou tóxicos. Agrícola: resulta das atividades de agricultura e pecuária. É constituído por embalagens de agrotóxicos, rações, adubos, restos de colheita, dejetos da criação de animais entre outros. Entulho: restos da construção civil, reformas, demolições, solos de escavações entre outros. No Brasil, a geração de lixo per capita varia de acordo com o porte populacional do município. Segundo dados da Pesquisa Nacional de Saneamento Básico (PNSB), elaborada pelo IBGE em 2000, a geração per capita de resíduos no Brasil varia entre 450 e 700 gramas para os municípios com população inferior a 200 mil habitantes e entre 700 e 1.200 gramas em municípios com população superior a 200 mil habitantes. 37 17.1 Resíduos perigosos Os resíduos industriais e alguns domésticos, como restos de tintas, solventes, aerossóis, produtos de limpeza, lâmpadas fluorescentes, medicamentos vencidos, pilhas e outros, contêm significativa quantidade de substâncias químicas nocivas ao meio ambiente. Estima-se que existam de 70 a 100 mil produtos químicos sintéticos, utilizados de forma comercial na agricultura, na indústria e em produtos domésticos. Infelizmente, as suas consequências são percebidas apenas depois de muito tempo de uso. Foi o que aconteceu com o clorofluorcarbono, conhecido como CFC, que há bem pouco tempo era amplamente usado em aerossóis, isopor, espumas, sistemas de ar condicionado, refrigeradores e outros produtos, até descobrir-se que sua liberação na atmosfera vinha causando a destruição da camada de ozônio. Muitos desses produtos contêm metais pesados, como mercúrio, chumbo, cádmio e níquel, que podem se acumular nos tecidos vivos, até atingir níveis perigosos para a saúde. Os efeitos da exposição prolongada do homem a essas substâncias ainda não são totalmente conhecidos. No entanto, testes em animais mostraram que os metais pesados provocam sérias alterações no organismo, como o aparecimento de câncer, deficiência do sistema nervoso e imunológico, distúrbios genéticos etc. Quando não são adequadamente manejados, os resíduos perigosos contaminam o solo, as águas e o ar. Veja a seguir alguns exemplos de resíduos perigosos, que devem ser dispostos adequadamente para evitar riscos ao homem e ao meio ambiente: Pilhas: algumas pilhas de uso doméstico ainda possuem elevadas concentrações de metais pesados. Porém, como o processo de reciclagem é complicado e caro, não é realizado na maioria dos países. Por isso, o consumo de pilhas que contêm altas concentrações de metais pesados e de pilhas de origem incerta deve ser evitado. A Legislação Brasileira (Resolução CONAMA 257/99) estabelece que as pilhas alcalinas do tipo manganês e zinco-manganês, com elevados teores de chumbo, mercúrio e cádmio, devem ser recolhidas pelo importador ou revendedor. Para melhor informar o consumidor, esta Resolução estabelece que as cartelas das pilhas contenham informações sobre o seu descarte. 38 Assim, ao comprar pilhas, verifique na embalagem as informações sobre os metais que a compõem e como descartá-las. Baterias: as baterias de automóveis, industriais, de telefones celulares (entre outras) contêm metais pesados em concentração elevada. Por isso, devem ser descartadas de acordo com as normas estabelecidas para proteção do meio ambiente e da saúde. O descarte das baterias de carro, que contêm chumbo, e de telefones celulares, que contêm cádmio, chumbo, mercúrio e outros metais pesados, deve ser feito somente nos postos de coleta mantidos por revendedores, assistências técnicas, fabricantes e importadores (pois é deles a responsabilidade de recolher e encaminhar esses produtos para destinação final ambientalmente adequada). O mesmo vale para qualquer outro tipo de bateria, devendo o usuário criar o hábito de ler as instruções de descarte presente nos rótulos ou embalagem dos produtos. Lâmpadas fluorescentes: mais econômicas, as lâmpadas fluorescentes se tornaram muito populares
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