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Metodologias ativas para uma aprendizagem significativa (1)

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Brazilian Journal of Development 
ISSN: 2525-8761 
51280 
 
 
Brazilian Journal of Development, Curitiba, v.7, n.5, p. 51280-51291 may. 2021 
 
Metodologias ativas para uma aprendizagem significativa 
 
Ative methodologies for meaningfur learning 
 
DOI:10.34117/bjdv7n5-496 
 
Recebimento dos originais: 21/04/2021 
Aceitação para publicação: 21/05/2021 
 
Maria Lúcia Castro da Silva 
Mestranda em Educação e Ensino de Ciências na Amazônia pela Universidade do Estado do 
Amazonas-UEA; 
Rua Misushiro, 5 – Parque 10, Manaus, Amazonas, Brasil 
E-mail: lucciacastro@hotmail.com 
 
Josefina Diosdada Barrera Kalhil 
Doutora em Ciências Pedagógicas ( Educação) pela Universidade da Havana, Cuba (2003); 
Professora na Universidade do Estado do Amazonas (UEA), Manaus-Amazonas-Brasil; 
Av. Djalma Batista, 2470 - Chapada, Manaus - AM, Brasil 
E-mail josefinabk@gmail.com 
 
Maud Rejane de Castro e Souza 
Doutora em Educação pela Universidade Federal de Mato Grosso; Professora do Mestrado 
em Ensino de Ciências da Universidade do Estado do Amazonas-UEA, Manaus, Amazonas - 
Brasil; 
Av. Djalma Batista, 2470 - Chapada, Manaus - AM, Brasil; 
E-mail: maudsouza1@gmail.com 
 
RESUMO 
Este artigo tem por objetivo discorrer sobre as contribuições das metodologias ativas para 
uma aprendizagem significativa. Como metodologia, foi realizada uma revisão bibliográfica 
das principais abordagens teóricas sobre o tema, embasadas nos estudos de Valente, Lima, 
Ausubel e demais teóricos que tratam da temática. Apresentamos algumas reflexões acerca 
das metodologias ativas da aprendizagem e aprendizagem significativa, com o intuito de 
aprofundar os debates sobre o processo de ensino aprendizagem no contexto atual. 
Concluímos que são necessários mais estudos sobre a temática Metodologias Ativas e 
Aprendizagem significativa, para que se possa vislumbrar um ensino mais condizente com a 
atualidade, onde todos estejam preparados para essa nova realidade, aptos a desempenhar 
suas funções alinhados ao novo perfil de aluno e às novas exigências para uma educação 
integral. 
 
Palavras-chave: Metodologias, Ensino, Aprendizagem, Educação, Significativa 
 
ABSTRACT 
This article aims to discuss the contributions of active methodologies to meaningful learning. 
As a methodology, a bibliographic review of the main theoretical approaches on the subject 
was carried out, based on the studies of Valente, Lima, Ausubel and other theorists dealing 
with the theme. We present some reflections about the active methodologies of learning and 
meaningful learning, in order to deepen the debates about the learning teaching process in the 
current context. We conclude that further studies on the theme Active Methodologies and 
Brazilian Journal of Development 
ISSN: 2525-8761 
51281 
 
 
Brazilian Journal of Development, Curitiba, v.7, n.5, p. 51280-51291 may. 2021 
 
Meaningful Learning are needed, so that we can envision a teaching more consistent with the 
current, where everyone is prepared for this new reality, schools, technical staff and teachers 
able to perform their functions aligned with the new profile of student and the new 
requirements for an integral education. 
 
Keyswords: Methodologies, Teaching, Learning, Education, Significant 
 
 
1 INTRODUÇÃO 
Ao longo dos tempos a sociedade vem passando por grandes transformações 
tecnológicas e, nesta perspectiva, o processo de ensino aprendizagem também se modifica a 
partir das influências que sofre de acordo com o contexto histórico. Para Yu et al (2019), as 
transformações tendem a ser mais rápidas daqui para frente. 
 
(...) a educação é fundamentalmente sobre a preparação de jovens gerações que vão 
criar um futuro mais positivo para todos os seres humanos. Dada a rapidez das 
mudanças sociais, a educação deve mudar rapidamente, a fim de ajudar a 
humanidade a enfrentar os desafios destes Alterações. A urgência da mudança não 
pode esperar muito tempo para o futuro. (YU et al, 2019, pg. 16, tradução livre). 
 
Tendo em vista tais mudanças, as metodologias tradicionais de transmissão de 
informações vêm sendo frequentemente questionadas por não serem mais satisfatórias para a 
realidade tecnológica que se apresenta, e assim a sociedade passou a buscar novas 
metodologias de ensino e aprendizagem. Para Almeida (2010), o modelo tradicional atendia 
às demandas quando a comunicação e a informação ocorriam de forma precária, sendo a escola 
o único espaço de produção de conhecimento. Na visão de Demo (2003, p.7) “a aula que 
apenas repassa conhecimento, ou a escola que somente se define como socializadora de 
conhecimento, não sai do ponto de partida, e, na prática, atrapalha o aluno, porque o deixa 
como objeto de ensino e instrução”. 
Na busca por novos caminhos para a formação dos sujeitos desta nova era, surgem as 
metodologias ativas de aprendizagem, visando atender as demandas de ensino que 
possibilitem maior interação com a realidade dos alunos e a construção de uma aprendizagem 
significativa. No entanto, planejar uma aula a partir de novas perspectivas exige do professor 
uma prática diferenciada que alcance uma geração de estudantes conectados, proativos, 
distintos daquele aluno passivo que espera somente o repasse de informações de seu professor. 
Com base em tais considerações, este artigo tem por objetivo discorrer sobre as 
contribuições das metodologias ativas para uma aprendizagem significativa. Como 
metodologia, foi realizada uma revisão bibliográfica das principais abordagens teóricas sobre 
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o tema, embasadas nos estudos de Gadotti (1998), Valente (2018), Lima (2017), Flavin (2017, 
Ausubel (2003), Christensen (2013) e demais teóricos que abordam tal temática. 
 
2 REFERÊNCIAL TEÓRICO 
2.1 METODOLOGIAS ATIVAS DA APRENDIZAGEM 
O mundo ocidental viu a trajetória empírica que a prática pedagógica percorreu até o 
aparecimento da pedagogia enquanto área de conhecimento, a partir do século XVII. No 
entanto, o processo de ensino continuou o mesmo desde a antiguidade, num modelo baseado 
na repetição e transmissão de valores e informações do interesse das classes dominantes. Com 
a ascensão da burguesia às estruturas de poder, o feudalismo foi substituído pelo capitalismo, 
levando as escolas a transmitir os valores do Estado em formação. (GAUTHIER; TARDIF; 
2010). 
A partir da Idade Moderna, a educação tradicional começou a ser questionada por 
diversos pensadores renascentistas e iluministas. Entretanto, apesar do conhecimento partir 
dos ideais humanistas, agora voltados para o homem ao invés do sagrado, a prática docente 
continuou do mesmo jeito até o século XIX (SALVADOR, 2000). 
No século XIX, Jean-Jacques Rousseau (1712-1778) acenou com inovações na prática 
pedagógica tirando o professor e os conteúdos do centro do processo de ensino aprendizagem, 
conduzindo-os para o aluno, suas necessidades e interesses (GADOTTI, 1998). Para 
Claparède (1973), tais mudanças podem ser comparadas a uma revolução pedagógica, como a 
que Nicolau Copérnico (1473-1543) realizou no âmbito da astronomia. Contudo, apesar de 
toda essa importância, somente com o surgimento do movimento escolanovista no final do 
século XIX e início do século XX, a educação começou a ser renovada com a criação de novas 
escolas e métodos baseados na aprendizagem ativa. “Em vez de ser educada, a criança estará 
colocada em condições tais que se eduque, ela mesma, o mais possível” (CLAPARÈDE, 1973, 
p. 195). 
A partir daí, plantou-se as raízes das metodologias ativas na educação, que podem ser 
consideradas tecnologias que possibilitam maior engajamento dos alunos no processo ensino 
aprendizagem, propiciando o desenvolvimento de sua capacidade de reflexão e criticidade. 
(LIMA, 2017). 
As metodologias ativas, enquantopotencializadoras da aprendizagem significativa, 
estão embasadas no princípio da autonomia do estudante. Dessa forma, este precisa ser 
respeitado e valorizado em seus saberes, sua vida, devendo seu aprendizado voltar-se para os 
problemas e situações reais, pois serão estes que ocorrerão na carreira profissional e pessoal. 
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São muitas as formas de metodologias ativas desenvolvidas principalmente por meio 
da Aprendizagem Baseada em Problemas – ABPro ou problem-based learning, em inglês, que 
busca desenvolver a aprendizagem a partir das diversas causas possíveis para um problema, e 
 
Propõe uma matriz não disciplinar ou transdisciplinar, organizada por temas, 
competências e problemas diferentes, em níveis de complexidade crescentes, que 
os alunos deverão compreender e equacionar com atividades individuais e em 
grupo. Cada um dos temas de estudo é transformado em um problema a ser 
discutido em um grupo tutorial que funciona como apoio para os estudos 
(VIGNOCHI; et al, 2009). 
 
Outro formato, a Aprendizagem baseada em Projetos - ABP, ou project-based 
learning, exige que o estudante se esforce para usar sua criatividade, faça explorações, teste 
hipóteses, isso tudo por meio de recursos diversificados, não somente do livro didático. Tanto 
a ABProb e a ABP se trabalhadas em conjunto pelo princípio da aprendizagem colaborativa 
e da atividade coletiva, possibilitam a resolução de problemas da realidade em que estão 
inseridos. Para Bender (2014), essas tendências passarão a ser bastante corriqueiras neste 
século, pois o desenvolvimento de projetos possibilita ao aluno demonstrar seus 
conhecimentos e comunicar-se a partir da resolução de problemas. 
Na Aprendizagem Entre Pares, Peer Instruction, outro tipo de Metodologia Ativa, as 
atividades acontecem em duplas com as tecnologias mediando a aprendizagem colaborativa, 
possibilitando a formação do pensamento crítico e levando os alunos a respeitarem opiniões 
divergentes. Além disso, mantêm os alunos atentos para o que está sendo trabalhado durante 
a aula, pois exige de cada um a aplicação de conceitos fundamentais por meio da explicação 
desses conceitos aos seus colegas (PINTO, 2012). 
A Aprendizagem baseada em Games e Gamificação, Game Based Learning 
- GBL, outro exemplo de Metodologia Ativa, pode ser uma alternativa muito atual 
pelo fato de a maioria dos alunos ter acesso a jogos, ou games, e as aulas a partir desses 
recursos podem se tornar bastante atrativas, pois a gamificação “tem como base a ação de se 
pensar como em um jogo, utilizando as sistemáticas e mecânicas do ato de jogar em um 
contexto fora de jogo” (BUSARELLO, ULBRICHT e FADEL, 2014, p. 15). 
Temos ainda a Sala de Aula Invertida, ou flipped classroom, que veio do chamado 
ensino híbrido, caracterizado por mesclar ensino presencial e online, onde o aluno estuda 
sozinho em casa por meio das tecnologias digitais e na escola, em grupos, com o professor, 
e que tem por objetivo, inicialmente, adaptar o processo de ensino aprendizagem a esse novo 
aluno, que por ser mais autônomo, pode ser responsável em parte pelo seu processo de 
aprendizado. Para Valente (2018, p. 27,), “A sala de aula torna-se o lugar de trabalhar os 
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conteúdos já estudados, realizando atividades práticas como resolução de problemas e 
projetos, discussão em grupo e laboratórios. [...] Essa abordagem permite um passo além em 
termos de estratégias de ensino, possibilitando a implantação de uma proposta de 
aprendizagem mais personalizada”. 
 
Esse conceito começou a ser desenvolvido já na década de 90, com autores como 
Eric Mazur, em “Peer instruction: User’s manual” e Gregor Novak em “Just-
in-time Teaching”. Eles pregam que o aluno já deva vir estudado para aula, tendo 
o primeiro contato com o tema em casa. Aproveitando o tempo de aula com o 
objetivo de potencializar seu aprendizado. (SÁ, 2019, s/p) 
 
As Metodologias Ativas também abrem possibilidades para variadas abordagens 
como os chatbots, que podem ser usados de forma que o professor e a escola estejam em 
contato com o aluno, tirando suas dúvidas, realizando avaliações online, interagindo junto à 
família e à turma como um todo; a Realidade Virtual, com a utilização de óculos 3D, a lousa 
interativa, os tabletes, o Google Expeditions e outros objetos virtuais, com a vantagem de que 
os alunos poderiam visualizar os conteúdos, principalmente de História, Geografia, 
alcançando lugares ou épocas somente possíveis com a ajuda da tecnologia. A disciplina de 
Ciências seria uma das que mais ganhariam com a realidade virtual, pois as aulas poderiam 
ser enriquecidas com a ajuda de imagens e vídeos dos mais completos laboratórios, dos 
experimentos científicos e de estudos explicados pelos próprios cientistas. 
É interessante mencionar também a utilização de recursos tecnológicos disponíveis 
nos dias de hoje, que se configuram como peças importantes no processo ensino 
aprendizagem, principalmente por meio das tecnologias disruptivas. O termo "tecnologia 
disruptiva" foi criado por Clayton Christensen (1997), que fala sobre sua Teoria no livro 
The Innovator’s Dilema. Segundo o autor, as inovações disruptivas são identificadas por 
quatro critérios-chave que as denominam como as mais baratas, mais simples, menores e 
mais convenientes do que as tecnologias concorrentes que frequentemente torna obsoleto 
quem antes era líder de mercado. (FLAVIN, 2017, p. 5). 
A inovação disruptiva possui a lógica startup, onde se estabelece uma equipe de 
inovadores, com um quadro branco ao ar livre, sem dizer a eles o que fazer, deixando-os 
livres para criar as melhores, mais inteligentes, criativas e importantes ideias. Como 
exemplo, o autor refere-se a Amazon, uma empresa inovadora em modelos de negócios, que 
redefiniu o serviço da venda de livros, mesmo não tendo inventado a venda de livros. Sem 
contar o caso dos celulares no lugar dos telefones fixos, da Wikipedia, que deixou na mão 
centenas de vendedores de enciclopédia, o Google que enterrou as listas telefônicas, a Netflix 
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que acabou com as locadoras de vídeos; além de muitos outros serviços dos quais nos 
apropriamos sem nos dar conta de que estão no lugar dos que se tornaram ultrapassados. 
(FLAVIN, 2017). 
Christensen (apud Flavin, 2017), coloca que as tecnologias disruptivas são populares, 
gratuitas, convenientes e fáceis de usar, tipo as mídias sociais do tipo Facebook e Twitter; o 
BYOD (Bring Your Own Device - traga seu próprio dispositivo), em que os alunos usam 
seus próprios dispositivos (normalmente smartphones ou tablets) para apoiar o aprendizado; 
o YouTube, o Google e a Wikipédia que também se configuram como tecnologias 
disruptivas, pois a partir delas pode-se acessar uma variedade de recursos. 
Evidentemente, existe um leque de metodologias atuais e interessantes a serem 
utilizadas pelo docente nos dias atuais. Contudo, é preciso que se busque, pesquise, atualize, 
haja interesse em atender realmente os alunos, trazendo para a realidade da sala de aula o 
que se apresenta atualmente. No entanto, qualquer que seja a estratégia utilizada, todas 
devem ser bem analisadas, estudadas, testadas e acompanhadas de perto pelo professor para 
que não ocorra o resultado inverso daquele almejado, uma vez que os recursos tecnológicos 
são de fácil acesso e permeiam um universo bem amplo, que é a internet. 
Acima de tudo, cremos que é importante ter uma visão crítica acerca dos recursos 
tecnológicos para que se faça uso destes de forma pedagógicae intencional, visando melhorias 
no processo ensino aprendizagem, pois o fato de docentes e alunos serem de gerações 
diferentes não invalida o diálogo entre as partes, mesmo porque a educação se configura 
como uma prática que exige reflexão e compartilhamento, e assim sendo, essa distância entre 
as gerações será tomado pelo novo, favorecendo aos sujeitos envolvidos a compreensão de 
que sempre há espaço para o novo, o atual, onde alunos e professores escolham aprender uns 
com os outros, abrindo suas existências para a oportunidade de saberes e práticas inovadoras. 
 
2.2 APRENDIZAGEM SIGNIFICATIVA 
A Aprendizagem Significativa é a parte mais importante no processo ensino 
aprendizagem, e para que ela ocorra torna-se necessário cumprir requisitos básicos, sendo 
que um desses diz respeito ao conteúdo a ser ensinado que deve estar relacionado à estrutura 
cognitiva do aluno. Então, o material instrucional precisa ser extremamente significativo, 
organizado de forma lógica de modo a possibilitar ao aluno a interação com conceitos 
relevantes na estrutura cognitiva do aluno (Ausubel,2003 ). 
 
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A Aprendizagem Significativa é um processo através do qual uma nova informação 
interage com as informações já existentes na estrutura de conhecimento do aluno, 
ou seja, com a sua estrutura cognitiva específica e individual, previamente 
adquirida, conhecida como “subsunçor”, facilitando a aprendizagem subsequente 
(ANDRADE, 2009, p. 5). 
 
Segundo Souza (2011), a teoria da aprendizagem significativa está diretamente 
relacionada com a estrutura de conhecimento que o indivíduo já possuía antes de receber o 
novo conceito, isso explica a possibilidade dessa nova ideia ser aprendida pela mente do 
estudante. Mas, para que torne significativa a aprendizagem, é preciso transpor alguns 
estágios do conhecimento, que pressupõe a combinação do aprendizado por instrução com a 
vontade estimulada de aprender do indivíduo. 
Assim, quando a nova ideia interagir e assimilar os conceitos importantes já 
disponíveis na estrutura cognitiva do sujeito, ocorrerá de fato a aprendizagem. E para que isso 
ocorra efetivamente, os conteúdos apresentados devem fazer sentido para o aluno, que fará a 
ancoragem aos seus conceitos preexistentes. Dessa forma, a assimilação ou ancoragem 
facilitam a aquisição e retenção do conhecimento. 
Nessa perspectiva, a atitude do aluno é de extrema importância para o sucesso do 
processo de aprendizagem significativa, pois este precisa manifestar esforço e disposição 
para relacionar o novo conteúdo à sua estrutura cognitiva. Sem isso, o estudante apenas fará 
a chamada “decoreba” da nova informação, não havendo, portanto, aprendizagem 
significativa. Ausubel (2003), coloca que quando não existirem subsunçores adequados para 
apreensão de conhecimentos, deve-se utilizar a aprendizagem mecânica, a partir do conteúdo, 
para que seja possível “ancorar” as novas informações estruturadas no conhecimento 
aprendido anteriormente. Tais conhecimentos prévios devem “(…) salvar o abismo que há 
entre o que o aluno já sabe e o que necessita saber antes que aprenda com bons resultados a 
tarefa imediata” (AUSUBEL apud SALVADOR, 2000, p.236). 
Levar em consideração o conhecimento prévio do aluno é peça–chave para o sucesso 
de sua aprendizagem, pois este conseguirá relacionar, de forma não-arbitrária, o assunto a 
ser aprendido com aquilo que ele já sabe, generalizando e expressando tal conteúdo a partir 
de sua própria linguagem (MOREIRA, 2011). Dessa forma, o professor deve ter a consciência 
de que o processo ensino aprendizagem não pode ocorrer de forma mecanizada, mas sim que 
ele precisa ser significativo para o aluno e ter relação com seus conhecimentos vivenciados 
no cotidiano. 
Sendo assim, professor e escola devem buscar alternativas visando ressignificar a 
prática pedagógica, possibilitando ao aluno também modificar sua postura, tornando-o mais 
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ativo e responsável pelo seu aprendizado. Nesse contexto, as metodologias ativas podem se 
tornar ferramentas pedagógicas importantes para esta ressignificação, pois nestas o docente 
é um mediador/facilitador da aprendizagem, visto que o ensino não é a finalidade do processo 
educativo, mas sim, o meio que favorece a aprendizagem do aluno (FREIRE, 2009). 
E, visando atender à demanda do contexto atual, o processo de ensino aprendizagem 
deve voltar-se para a organização pautada na possibilidade de formação de um cidadão 
crítico, capaz de lidar conscientemente com o contexto cientifico e tecnológico no qual está 
inserido (POZO e POSTIGO, 2000), pois as tecnologias digitais, atualmente, não se 
configuram apenas como apoio educacional, mas principalmente, se tornaram eixos 
estruturantes para uma aprendizagem significativa (MOREIRA, 2011). 
 
3 METODOLOGIA 
Para a construção deste artigo utilizamos como metodologia o estudo bibliográfico, 
referenciando-o a partir dos autores Gadotti (1998), Valente (2018), Lima (2017), Flavin 
(2017, Ausubel (2003), Christensen (2013) dentre outros. 
A base utilizada para a coleta de dados foi a realização de análise de conteúdo dos 
estudos já realizados, composto principalmente de livros e artigos científicos, possibilitando 
uma reflexão sobre as metodologias ativas enquanto potencializadoras da aprendizagem 
significativa num contexto totalmente tecnológico que ora vivenciamos. 
A análise de conteúdo, conforme Bardin (2009), se configura em 
 
“Um conjunto de técnicas de análise das comunicações visando obter, por 
procedimentos sistemáticos e objetivos de descrição do conteúdo das mensagens, 
indicadores (quantitativos ou não) que permitam a inferência de conhecimentos 
relativos às condições de produção /recepção (variáveis inferidas) destas mensagens 
(BARDIN, 2009, p.44). 
 
Dessa forma, buscamos possíveis respostas a algumas indagações, como: se os tempos 
mudaram, e com isso as pessoas, as coisas e o mundo mudaram, consequentemente, os 
estudantes já não possuem o mesmo perfil dos de antes, então por que a escola permanece 
utilizando métodos tradicionais de ensino, as mesmas abordagens, os mesmos recursos 
didáticos? Por que a prática ainda está voltada para os tempos remotos sendo que a realidade 
atual é totalmente tecnológica? Por que a resistência em se utilizar metodologias ativas para 
formar o cidadão desta nova era? 
Nesse sentido, elaboramos nossa análise a partir do embasamento teórico de produções 
científicas referentes às metodologias ativas para uma aprendizagem significativa. 
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4 ANÁLISE E RESULTADOS 
Este estudo demonstrou que existe um leque de opções em relação às metodologias 
ativas. Os autores discorrem acerca da importância da adoção de estratégias mais atualizadas 
para a educação das novas gerações que lidam com os mais diversos tipos de tecnologia digital 
e se relacionam por meio destas, demonstrando que o processo educativo passa a configurar-
se como algo extremamente desafiador. 
É notável que a aprendizagem a partir de uma abordagem ativa vem recebendo 
relevante atenção, visto que tal fato poderá resultar em uma mudança do modelo tradicional 
para as metodologias ativas, motivo de muita preocupação para muitos professores céticos em 
relação às inovações educacionais, embora já tenha atraído aqueles profissionais preocupados 
em buscar alternativas aos métodos de ensino tradicionais. 
Por isso, entendemos que, se a escola assim como o professor, não reconhecerem que 
as mudanças no mundo são um processo irreversível e que,dessa forma, necessitam buscar 
novas abordagens metodológicas, ressignificar a prática pedagógica, tornar o processo 
educativo motivador, atrativo e prazeroso, permitindo ao aluno participar ativamente de seu 
aprendizado, não ocorrerá a superação do modelo de ensino tradicional e a possibilidade de 
abertura para novas práticas que propiciem a aprendizagem verdadeiramente significativa. 
Isso tudo, no entanto, exige a necessidade de mudança de postura, formação docente 
em relação aos recursos tecnológicos e metodologias ativas, e políticas públicas educacionais 
voltadas para a efetiva inserção das tecnologias na educação. “(...) muitos docentes não se 
sentem à vontade com a tecnologia, pois não tiveram acesso a ela em sua geração, e as 
inúmeras inovações e ferramentas educacionais soam, portanto, como obstáculos” 
(CAVALCANTE et al, 2021). 
Além disso, a infraestrutura das escolas deve comportar rede de internet, computadores 
e demais recursos tecnológicos funcionando para que as atividades escolares dentro desse 
novo parâmetro possam ser colocadas em prática. Enfim, deve haver mudança na escola, 
vontade política e interesse de todas as partes para que o novo, o atual e o futuro possam 
adentrar os muros das instituições escolares. 
 
5 CONSIDERAÇÕES 
Diante de todo o exposto, vislumbramos a necessidade de mais estudos sobre a 
temática Metodologias Ativas e Aprendizagem significativa, pois este momento de 
Pandemia de covid-19 nos mostrou que devemos estar sempre preparados para trabalhar com 
as tecnologias digitais, com o novo, enfim, com todos os aparatos que a ciência e a tecnologia 
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proporcionam, buscando construir conhecimento baseado na necessidade da pesquisa, do 
contexto, do espírito científico, utilizando-se de tais recursos como aliados, demonstrando 
ao aluno que a escola também faz parte de seu mundo. 
Necessário se faz, no entanto, que os professores busquem ressignificar sua prática, 
tendo em vista que o uso das metodologias ativas propicia o protagonismo do aluno tomando-
o também responsável pela sua aprendizagem. E hoje em dia isso se torna muito mais 
próximo da realidade devido ao fácil acesso aos recursos tecnológicos como celular, internet, 
computador, trazendo para a sala de aula metodologias atuais e alternativas pedagógicas 
motivadoras e inovadoras. 
Apesar de todos os problemas que as tecnologias digitais possam trazer, 
principalmente em relação à falta de estrutura e de conhecimento e habilidade do professor 
para fazer uso das mesmas, a escola não pode mais ficar alheia a todas as transformações que 
estão ocorrendo, ignorando esse mundo digital e altamente tecnológico, e continuar com os 
pés fincados no passado. 
Entretanto, apesar de todos os meios disponíveis hoje em dia para inovarmos a sala de 
aula e no processo ensino aprendizagem, a aprendizagem só se tornará realmente 
significativa se nós, enquanto professores, motivarmos nossos alunos valorizando seus 
conhecimentos prévios, colocarmos sentido nas atividades escolares, nos preocuparmos com 
o emocional e o psicológico de cada um, olharmos para seus rostinhos e nos perguntarmos se 
tiveram alimentação em casa, atenção, carinho, se não são vítimas de abuso. 
A aprendizagem também só se tornará significativa para os alunos se houver diálogo 
com eles, se ouvirmos suas vozes, mesmo em silêncio, e perceberem que estamos ali para 
ensinar e aprender com eles. Então, mais do que aprender a usar meios tecnológicos, 
precisamos conhecer os estudantes sob nossa responsabilidade, instigá-los, motivá-los, 
buscar seu crescimento intelectual, social e moral, interagir com eles, fazer parte de seu 
mundo e enxergá-los enquanto indivíduos de direito. 
Brazilian Journal of Development 
ISSN: 2525-8761 
51290 
 
 
Brazilian Journal of Development, Curitiba, v.7, n.5, p. 51280-51291 may. 2021 
 
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