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FACSUSR DISCIPLINA: Doenças Infectocontagiosas e Parasitárias Professora: Enfermeira Ana Julia Lopes de Abreu Na Medicina, uma doença infecciosa ou doença transmissível, é uma doença ou distúrbio de funções orgânicas, causada por um agente infeccioso ou as suas toxinas através da transmissão desse agente ou seus produtos, do reservatório de uma pessoa ou animal infectado indiretamente, por meio de hospedeiro intermediário vegetal ou animal, por meio de um vetor, ou através do meio ambiente inanimado. Na década de 1930, as doenças transmissíveis foram a principal causa de morte nas capitais do Brasil. As melhorias sanitárias, o desenvolvimento de novas tecnologias, como as vacinas e os antibióticos, a ampliação do acesso aos serviços de saúde e as medidas de controle fizeram com que esse quadro se modificasse bastante até os dias de hoje. Porém, mesmo diante dos notórios avanços obtidos para controlar essas doenças, elas ainda se constituem como importante problema de saúde pública no país. Fatores de ordem biológica, geográfica, ecológica, social, cultural e econômica atuam simultaneamente na produção, distribuição e controle das doenças. O controle de doenças vetoriais, tais como: doença de Chagas, malária, leishmanioses, esquistossomose, febre amarela e dengue, depende de ações conjuntas de todos os níveis de atenção à saúde. Diante disso, este material foca em como a equipe de atenção à saúde. Diante disso, este material foca em como a equipe de atenção básica pode atuar no controle e combate dessas doenças. Métodos de Proteção Anti-Infecciosa ANVISA Historicamente, no Brasil, o Controle das Infecções Hospitalares teve seu marco referencial com a Portaria MS nº 196, de 24 de junho de 1993, que instituiu a implantação de Comissões de Controle de Infecções Hospitalares em todos os hospitais do país, independente de sua natureza jurídica. Na ocasião, o Ministério da Saúde optou por treinar os profissionais de saúde credenciando Centros de Treinamento (CTs) para ministrar o Curso de Introdução ao controle de Infecção Hospitalar. Atualmente, as diretrizes gerais para o Controle das Infecções em Serviços de Saúde são delineados pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA), na Gerência Geral de Tecnologia em Serviços de Saúde, através da Unidade de Controle de Infecções em Serviços de Saúde (UCISA), e novo impulso tem sido dado no sentido de enfrentar a problemática das infecções relacionadas à assistência. A biossegurança pode ser definida como um conjunto de medidas que busca minimizar os riscos inerentes a uma determinada atividade. Esses riscos não são apenas aqueles que afetam o profissional que desempenha uma função, e sim todos aqueles que podem causar danos ao meio ambiente e à saúde das pessoas. No que diz respeito aos profissionais de saúde, a biossegurança preocupa-se com as instalações laboratoriais, as boas práticas em laboratório, os agentes biológicos aos qual o profissional está exposto e até mesmo a qualificação da equipe de trabalho. Isso é importante porque, nesses locais, existe a frequente exposição a agentes patogênicos, além, é claro, de riscos físicos e químicos. Apesar de muitos profissionais considerarem a biossegurança como normas que dificultam a execução de seu trabalho, são essas regras que garantem a saúde do trabalhador e do restante da população. O não cumprimento das normas básicas de biossegurança pode acarretar problemas como transmissão de doenças e até mesmo epidemias. Uma das principais normas de biossegurança em hospitais, clínicas e laboratórios diz respeito à higienização das mãos. Elas sempre devem ser lavadas antes do preparo e da ministração de medicamentos e do manuseio do paciente. Apesar de simples, essa é uma das medidas que mais evitam a propagação de doenças. Os profissionais de saúde também devem ficar atentos aos seus equipamentos de proteção, tais como jalecos e aventais, que devem ser usados apenas no local de trabalho e nunca em áreas públicas ou mesmo refeitórios e copas no interior da unidade de saúde. Além disso, é importante não abraçar pessoas ou carregar bebês utilizando jalecos, uma vez que existe o risco de contaminá-los. Apesar de ser uma recomendação conhecida por todos os profissionais da saúde, é muito comum observar essas pessoas utilizando jalecos em áreas públicas e transportando-os de maneira inadequada. Isso pode ocasionar o transporte de agentes patogênicos para fora das unidades de saúde, causando doenças na população. Um ponto importante e que merece destaque é a propagação de bactérias resistentes, que normalmente são encontradas restritas ao ambiente hospitalar, porém podem ser facilmente levadas até a população em virtude da falta de conhecimento dessas normas de biossegurança. Controle de infecção hospitalar - Atendendo aos requisitos do Programa de Controle de Infecção Hospitalar (PCIH), do Ministério da Saúde, o INI e o IFF constituíram suas Comissões de Controle de Infecção Hospitalar (CCIH), visando à melhoria da qualidade da assistência e a biossegurança de clientes internos e externos. O PCIH é um conjunto de ações definidas anualmente e que sofrem avaliações constantes, com vistas à redução máxima possível da incidência e da gravidade das infecções hospitalares. As CCIH realizam atividades de vigilância epidemiológica e microbiológica, investigações e controle de surtos, monitoramento do uso de antimicrobianos e acompanhamento dos profissionais vítimas de acidentes com material biológico. Essas comissões também são responsáveis pela implementação das medidas de precaução, por promoverem a educação permanente dos profissionais de saúde e por fazerem recomendações para áreas afins como centrais de material, de higiene ambiental, de gerenciamento de resíduos, de controle de vetores e de controle de qualidade da água, entre outros. O controle de infecção hospitalar está diretamente ligado ao conceito de Biossegurança, que também é rigorosamente estudado e praticado na Fiocruz. Informações sobre o assunto estão no Sistema de Informações sobre Biossegurança, produzido pelo Núcleo de Biossegurança da Fiocruz (Nubio). Epidemiologia das Doenças Transmissíveis De modo geral as doenças infecciosas são facilmente prevenidas e tratadas, quando comparados com outros agravos, no entanto a mortalidade por elas é crescente mesmo em países desenvolvidos e com o uso de vacinas, antibióticos e inseticidas. O controle de doenças vetoriais, tais como: doença de Chagas, malária, leishmanioses, esquistossomose, febre amarela e dengue, depende de ações conjuntas de todos os níveis de atenção à saúde. Diante disso, este material foca em como a equipe de atenção básica pode atuar no controle e combate dessas doenças. Uma doença é uma condição particular anormal que afeta negativamente o organismo e a estrutura ou função de parte de ou de todo um organismo, e que não é causada por um trauma físico externo. Doenças são frequentemente interpretadas como condições médicas que são associadas a sintomas e sinais específicos. Uma doença pode ser causada por fatores externos tais como agentes patogénicos ou por disfunções internas. Pode se entender que doença é a apresentação de anormalidades na estrutura e no funcionamento de um organismo, afetando-o mesmo de forma negativa. Por exemplo, disfunções internas do sistema imunológico podem produzir uma variedade de diferentes doenças, inclusive várias formas de imunodeficiência, hipersensibilidade, alergias e desordens ou transtornos autoimunes. Prevenção Primária A prevenção primária inclui ações voltadas a impedir a ocorrência das doenças antes que elas se desenvolvam no organismo dos pacientes. Prevenção Secundária As ações de prevenção secundária ocorrem em situações nas quais o processo de doença já está instaurado. A intenção é propiciar uma melhor evoluçãoclínica para os indivíduos afetados, impedindo ou retardando a evolução das enfermidades através da execução de procedimentos diagnósticos e terapêuticos. Prevenção Terciária Nesta fase, as ações preventivas ocorrem quando o quadro patológico já evoluiu a ponto de se manifestar de uma forma estável em longo prazo (cura com seqüelas ou cronificação). Tais situações exigem cuidados preventivos específicos, para que as limitações impostas pela doença prejudiquem o mínimo possível à vida das pessoas, famílias e comunidades afetadas. Em relação às condições crônicas, uma questão particularmente complicada é a manutenção da adesão do paciente às ações de cuidado de longo prazo. As ações de vigilância epidemiológica de contatos visam identificar a fonte de contágio, detectar casos novos entre os contatos domiciliares do doente e implementar medidas preventivas, a fim de contribuir para o rompimento da cadeia de transmissão da doença. NR 32 – O que você precisa saber sobre a regulamentação Profissionais de enfermagem estão em contato direto com diversos pacientes, prestando os mais diferentes cuidados. O uso dos Equipamentos de Proteção Individual certos na área de enfermagem são tão importantes que constam na NR-32, específica para trabalhadores da área da saúde. Os EPIs de Enfermagem protegem o profissional dos riscos de contaminação e proporcionam ainda mais qualidade no atendimento. Além de proteger os pacientes com alguma sensibilidade que não podem contrair nenhum tipo de vírus com risco de ir a óbito. A norma regulamentadora 32 tem o objetivo de definir as diretrizes básicas para o trabalho na saúde, evitando acidentes com objetos perfurantes – como seringas – e até infecção por vírus ou bactérias, determinando os EPIs para Enfermagem que promovem a segurança do trabalhador. A NR 32 – Segurança e Saúde no Trabalho em Serviços de Saúde abrangem as situações de exposição aos diversos agentes de risco presentes no ambiente de trabalho, como os agentes de risco biológico; os agentes de risco químico; os agentes de risco físico com destaque para as radiações ionizantes; os agentes de risco ergonômico. O texto regulamentador ainda prevê que todos os trabalhadores sujeitos ao risco de exposição por agentes biológicos devem utilizar vestimenta adequada, incluindo o traje na lista de EPIs para enfermeiros e outros profissionais. Seguir o que diz as Normas Regulamentadoras é um dever de todas as empresas que admitem funcionários em regime CLT. Por este motivo, é fundamental que você conheça todas aquelas que possuam relação com as atividades desenvolvidas pela sua companhia para que possa seguir direitinho a legislação. Equipamentos de Proteção Individual Durante o trabalho em áreas laboratoriais é necessário que a equipe utilize roupas protetoras, tais como: aventais, uniformes ou jalecos próprios, para evitar a contaminação das roupas de uso próprio. As roupas protetoras não devem ser usadas em outros espaços que não sejam os do laboratório. Nestas áreas é necessário que haja um local, dentro do laboratório, próximo à porta de acesso do laboratório, para alocar jalecos e outros equipamentos de proteção individual (EPI). Não se permite calçados que deixem os dedos expostos. Óculos de segurança e protetores faciais ou visores (barreira de acrílico ou plástico rígido, que protege o terço médio e inferior da face) devem ser usados para a proteção de olhos e face na execução de procedimentos que produzam salpicos ou contra o impacto de objetos. O uso de gorros ou toucas descartáveis proporciona barreira efetiva para o profissional, contra gotículas ou aerossóis, ou ainda, queda de fios de cabelo sobre a superfície de trabalho. Observações básicas: - As luvas são equipamentos de proteção descartáveis, não devendo ser lavadas e reutilizadas. Não devem tocar superfícies “limpas” (teclados de computador, telefones, etc), e não devem ser usadas fora do laboratório; - As luvas esterilizadas são indicadas para procedimentos invasivos ou quando haja necessidade que sejam estéreis; - O tipo de luva deve ser determinado de acordo com o material a ser manipulado; - O avental ou o jaleco deve ser sempre usado, independente da utilização de roupa branca, pois o mesmo constitui uma barreira de proteção para as roupas pessoais; - O jaleco ou avental deve possuir mangas longas, com punho ajustável, podendo ser de tecido ou descartável (o tipo será determinado pelo material a ser manipulado); - Após o uso o jaleco ou avental deve ser acondicionado em sacos plásticos e somente retirado para lavagem; - A máscara é um equipamento de proteção das vias aéreas superiores e deve também ser escolhido de acordo com o material a ser manipulado, por exemplo, em atividades de manipulação de agentes biológicos patogênicos com alta probabilidade de geração de aerossóis pode ser necessária a utilização da máscara submicron, com 95% de eficiência; - As toucas com elástico são as mais indicadas, pois protegem os cabelos e as orelhas com conforto; - Os protetores oculares ou óculos de segurança mais indicados são aqueles que possuem vedação periférica; - Após o uso, os óculos de segurança e os visores devem ser desinfetados com substância desinfetante adequada, que não ataque o acrílico e, posteriormente, lavados com água e detergente neutro. Infecção A inflamação é a resposta do organismo a uma agressão, como cortes e batidas. Ela causa inchaço, vermelhidão e dor enquanto o corpo se esforça para reparar o local. No caso dos cortes, isso acontece com a formação da cicatriz. São causadas por agentes externos. O organismo reage à entrada de micro-organismos como vírus e bactérias, parasitas ou fungos. Nesse processo, as células de defesa tentam combater os micro-organismos, o que normalmente dá origem ao aparecimento de pus. Já as doenças crônicas transmissíveis são infecciosas e causadas por organismos invasores como vírus e parasitas. Exemplos deste tipo de doença: AIDS, hepatite B e C e tuberculose. Segundo a Agência Nacional de Saúde (ANS), existem, somente no Brasil, quase 53 milhões de pessoas com pelo menos uma doença crônica. Tipos: Doenças bacterianas. Existem diversas doenças bacterianas, algumas brandas e outras mais graves; Doenças genéticas; Doenças psicológicas; Doenças sexualmente transmissíveis; Micoses; Protozooses; Verminoses; Viroses. A notificação compulsória consiste em levar ao conhecimento das autoridades sanitárias a ocorrência de determinada doença, agravo ou evento de saúde pública. Essas medidas são importantes para nortear as políticas públicas que serão empregadas para conter a disseminação de doenças transmissíveis para a população, bem como eventos que requeiram uma intervenção mais próxima dos órgãos de saúde. Por isso, a gestão eficiente dessas informações é condição indispensável para que seja realizada uma avaliação precisa do cenário. A qualidade do processo requer um alinhamento metodológico entre profissionais da saúde, laboratórios de análises e poder público. Isto posto, acompanhe a leitura do texto na íntegra e conheça boas práticas para otimizar o fluxo dessas informações. A notificação compulsória é feita na situação em que a norma legal obriga aos profissionais de saúde e pessoas da comunidade a comunicar a autoridade sanitária a ocorrência de doença ou agravo que estão sob vigilância epidemiológica. Doenças e agravos de notificação imediata; Botulismo; Carbúnculo ou Antraz; Cólera; Febre amarela; Febre do Nilo Ocidental; Hantaviroses; Influenza Humana (Gripe) por novo subtipo (pandêmico); Poliomielite; Imunológico de infecção recente por COVID-19 Quem deve notificar? Profissionais e instituições de saúde do setor público ou privado, em todo o território nacional, segundo legislação nacional vigente. Quando notificar? Devem ser notificados dentro do prazo de 24 horas a partir da suspeita inicial do caso ou óbito. Onde notificar? Unidades públicas e privadas (unidades de atenção primária, consultórios, clínicas, centros de atendimento, pronto atendimento, Serviços Especializados em Engenharia de Segurança e em Medicina do Trabalho - SESMT): Casos de SG devem ser notificados por meio do sistema e-SUS. Avançando no tempo, as bases históricas para a formação da epidemiologia moderna são basicamente três eixos: a clínica, a estatística e a medicina social. Cadeia epidemiológica (ou Cadeia de Transmissão, ou Cadeia de infecção) representa um conjunto de elementos (fonte de infecção, via de eliminação, via de transmissão, porta de entrada, susceptível) relacionados, que demonstra o processo de propagação de doenças transmissíveis. São considerados agentes infecciosos microrganismos responsáveis por causar doenças infecciosas com potencial de transmissão para outros seres vivos, da mesma espécie ou não. Fonte de Infecção Pessoa, animal, objeto ou substância a partir do qual o agente é transmitido para o hospedeiro. FONTE PRIMÁRIA DE INFECÇÃO (reservatório): homem ou animal e, raramente, o solo ou vegetais, responsável pela sobrevivência de determinada espécie de agente etiológico na natureza. Muitas doenças são transmitidas pelo contato com a pessoa doente ou com suas secreções. Os tipos de transmissão por contato podem ser diretos ou indiretos: Contato direto: é a transmissão que ocorre com o contato da superfície corporal de uma pessoa infectada. São agentes infecciosos: bactérias, vírus, leveduras e fungos. As vias de eliminação ou portas de saída de infecção no organismo são: pele, membranas, secreções, fezes, urina, sangue e o aparelho reprodutor. A porta de entrada pode ser uma solução de continuidade na pele, trato urinário, membranas e mucosas. Doenças causadas por Vírus: a) Rubéola; b) Poliomielite; c) Sarampo; d) Dengue; e) Herpes; f) Raiva; g) Hepatite; h) Coqueluche; i) Parotidite; j) Febre amarela k) Varicela. Doenças causadas por Fungos: a) Micoses; b) Criptococose; c) Blastimicose Sul-americana; d) Histoplasmose. Patogenicidade: é capacidade de um agente biológico causar doença em um hospedeiro suscetível. Virulência: é o grau de patogenicidade de um agente infeccioso que se expressa pela gravidade da doença, especialmente pela letalidade e proporção de casos com sequelas. Imunidade são os mecanismos que nosso corpo apresenta para garantir proteção contra agentes que podem causar danos a ele. A imunidade é garantida graças ao nosso sistema imunológico ou imune, o qual é formado por moléculas, células, tecidos e órgãos que atuam de maneira conjunta para garantir nossa proteção. O que é portador de doença? Indivíduo (são ou doente) que transporta no seu corpo microrganismos causador de doença e, assim, atua como propagador dessa doença. As doenças causadas por bactérias, também chamadas de doenças bacterianas ou bacterioses, possuem os mais variados sintomas e formas de transmissão. A hanseníase, por exemplo, compromete nervos e pele e é transmitida pelas vias respiratórias. Chamamos de protozooses as doenças causadas por protozoários, organismos unicelulares, heterotróficos e microscópicos que, juntamente às algas, estão agrupados no Reino Protoctista. Dentre as principais protozooses, destacam-se a amebíase, doença de Chagas, malária, leishmaniose e toxoplasmose. As protozooses podem ser contraídas de diferentes formas. Dentre as principais vias de contaminação, podemos citar a fecal-oral, a contaminação por agentes hematófagos e a que ocorre através de relações sexuais. A amebíase, por exemplo, está relacionada com a ingestão de água ou alimentos contaminados por cistos de Entamoeba histolytica. Já a malária é transmitida pela picada do mosquito do gênero Anopheles. A tricomoníase, por sua vez, é transmitida via relação sexual com pessoa contaminada. Doenças Causadas Por Vírus Doenças causadas por vírus provocam, em geral, febre, dor de cabeça e no corpo, falta de apetite e indisposição. Não costumam possuir medicação específica para tratamento. As doenças causadas por vírus, também conhecidas como viroses, acometem várias pessoas todos os anos, e são bastante conhecidas pela população. Existem viroses que são relativamente simples, como os resfriados, e outras que desencadeiam quadros mais graves, existindo, até mesmo, doenças sem cura, como é o caso da AIDS. Os vírus são organismos que se caracterizam por se reproduzirem apenas no interior de células, sendo, por esse motivo, conhecidos como parasitas intracelulares obrigatórios. Ao parasitar as células, os vírus podem desencadear doenças, provocando diferentes sintomas. Os sintomas dessas doenças podem ser resultados de diferentes processos, como a liberação de enzimas dos lisossomos após a destruição de uma célula, ou ainda em decorrência de componentes tóxicos presentes no parasita. Tratamento de helmintíases O que é? Refere-se ao tratamento de várias doenças causadas por helmintos compreendidos entre Helmintos ou vermes são animais metazoários muitos dos quais parasitos que vivem em várias partes do corpo humano. Os helmintos podem-se classificar em três grandes grupos: nematódeos, ou vermes cilíndricos; cestoides, ou vermes chatos; e trematódeos providos de ventosas. Temos, então, os sanguíneos, os extra intestinais e os intestinais. Podemos encontrá-los em duas morfologias: Ovos: Essa é a morfologia de resistência dos helmintos, assim como os cistos, não se multiplicam e apresentam uma membrana, o que os diferenciam é que são maiores e mais resistentes que os cistos; Larvas: Morfologia de multiplicação, podemos encontrá-las no habitat e no hospedeiro definitivo. Helmintíases Doenças causadas por helmintos - redondo e achatado, raramente rodeado kolyuchegolovymi e vermes parasitas. Para as infecções de helmintos caracterizadas por efeito crónica sistémica e no corpo com o desenvolvimento de abdominal, síndromes alérgicos, anémicos, toxicidade crónica. Danos nos pulmões, fígado, trato biliar, o cérebro, o órgão de visão. No diagnóstico de laboratório helmintíases utilizado (gelmintoovoskopicheskie, gelmintolarvoskopicheskie, sorologia) e instrumental (raio-X, endoscopia, ultrassom, etc.). Infecções por Helmintos O tratamento depende do tipo de parasita e inclui específico (desparasitação) e terapia patogênico. As principais doenças causadas por helmintos, que afetam a saúde humana, entre as quais podemos citar: a) Esquistossomose; b) Ascaridíase; c) Teníase/Cisticercose; d) Ancilostomíase; e) Enterobíase. Os sintomas mais comuns são: Perda de apetite; Perda de peso; Dor estomacal; Diarreia e gases intestinais, com distensão abdominal; Prurido (comichão) agudo em redor do reto ou outras partes do corpo; Erupções cutâneas ou outras irritações da pele, essencialmente no ânus; Fadiga; Anemia por deficiência de ferro. Fungos Os representantes do Reino Fungi são muito importantes no meio ambiente, mas alguns deles podem causar doenças. Os fungos fazem parte do Reino Fungi, e são organismos eucariontes e heterotróficos por absorção. Eles podem ser unicelulares como as leveduras, ou pluricelulares como os cogumelos. Esses seres são importantes em diversos aspectos no meio ambiente, principalmente como decompositor, mas podem causar infecções e doenças quando agem sobre nós humanos. Essas doenças causadas por fungos são até comuns e geralmente não causam grandes problemas, porém em casos avançados podem ser bem graves ao organismo. É importante lembrar que para qualquer suspeita de doença, um profissional da área deve ser consultado. Diagnósticos incorretos podem fazer com que o tratamento não funcione,ou mesmo piore o quadro sintomático. Os fungos são bastante variados são muito importantes para o meio ambiente. O que é uma Micose? A micose é um nome genérico para uma infecção ou doença causada por um fungo. Os sintomas geralmente envolvem mudanças na cor da pele (vermelhidão, na maioria dos casos) e coceiras, com um tratamento que costuma ser simples e eficaz. A inalação de esporos dos fungos pode causar problemas no sistema respiratório e caso cheguem à corrente sanguínea podem atingir outros órgãos e desenvolver sintomas difíceis de serem tratados. Tinea, Caspa ou Dermatofitose Essa micose também é conhecida como tinea, e é causada por um grupo de fungos que consome queratina. Por conta disso, é encontrado normalmente no couro cabeludo, na pele e nas unhas. Pode ser bastante contagiosa e costuma deixar a região avermelhada e com coceira, alterando a textura no local da infecção. No couro cabeludo causa um tipo de caspa, e pode até provocar a queda do cabelo na região afetada. No corpo é conhecida como impingem, podendo aparecer em qualquer lugar na pele, deixando manchas vermelhas e um aspecto descamado da pele. Nos pés é conhecida como frieira ou pé de atleta, e ocorre entre os dedos dos pés. E nas unhas ficam mais espessas e sem brilho. O pé de atleta é uma micose causada pelo excesso de calor e umidade dentro de sapatos fechados. Candidíase A Cândida é normalmente encontrada no intestino e nas genitálias femininas em uma relação de mutualismo, formando a microbiota no local e ajudando a manter a região limpa. Porém a infecção por candidíase ocorre quando há um grande crescimento populacional desse fungo, seja por variação hormonal ou por variações ambientais (aumento da temperatura, da quantidade de açúcar no nosso corpo ou mesmo estresse). Quando a infecção por cândida ocorre na região da boca e lábios, comum também em recém- nascidos chamamos a micose de sapinho. Meningite Fúngica A meningite é uma inflamação das meninges (membranas que recobrem o sistema nervoso central), e uma das causas pode ser a presença de fungos. Na meningite fúngica, os esporos entram no organismo pelo ar e chegam até as meninges pela circulação. Diferença entre sinais e sintomas Percebe-se, portanto, que sinais e sintomas são conceitos distintos e estão muito relacionados com quem percebe a manifestação clínica. Os sinais são as manifestações percebidas por outra pessoa, e os sintomas são as queixas apresentadas pelo paciente em relação ao que está sentindo. Diferença entre surto, endemia, epidemia e pandemia Surto Um surto é quando acontece um repentino e inesperado aumento de casos de uma doença em uma determinada região, comunidade ou estação do ano. O número de casos pode variar de acordo com o agente que causa a doença e também é avaliado o tamanho e tipo de exposição anterior quando se trata de uma doença conhecida. Mas para ser classificada como um surto, esse número sempre será acima da expectativa normal e em uma área geográfica limitada. Geralmente os surtos são causados por infecções transmitidas de pessoa a pessoa, por animais ou ambientes ou até produtos químicos e materiais radioativos. Mas também ocorrem aqueles em que a causa não é clara ou conhecida – estes são chamados de surtos de doenças de etiologia desconhecida. É importante dizer que muitas vezes os comportamentos humanos contribuem para essa disseminação. Exemplo: Em determinadas cidades do Brasil, a Dengue é reconhecida como um surto, uma vez que são detectados casos em apenas um ou alguns bairros. Um aumento de casos de uma determinada doença dentro de uma casa de repouso, por exemplo, também pode ser visto como um surto. A COVID-19 também começou como um surto na cidade de Wuhan, na China. Epidemia Uma epidemia é quando ocorrem surtos em várias regiões. Ou seja, quando há ocorrência excedente de casos de uma doença em determinados locais geográficos ou comunidades, e que vão se espalhando para outros lugares além daquele em que foram inicialmente identificados. As epidemias podem ser em nível municipal, quando existem surtos em vários bairros. Em nível estadual, quando são registrados surtos em várias cidades e em nível nacional, quando ocorrem em várias regiões do país. Para definir quando uma doença pode ser classificada como uma epidemia é necessário avaliar o número de casos em relação à população em que há ocorrência – qual o tamanho dessa população? O quão suscetível à doença ela é? Outros critérios técnicos como detalhes da região em que os casos foram detectados e o período em que se iniciaram e estão ocorrendo são importantes tanto para a classificação quanto para a descrição da doença. É importante também especificar que doenças sazonais, em que os casos crescem todo ano em uma determinada época ou estação, não são consideradas epidemias. Exemplo: vamos supor que o mesmo exemplo de Dengue usado acima comece a se agravar, passando de um único bairro para vários bairros de uma cidade. Essa cidade, então, terá uma epidemia de Dengue e precisará intensificar os cuidados para controlar a doença e impedir a transmissão para os bairros ainda não contaminados. Endemia A endemia é uma doença de causa e atuação local. Ela se manifesta com frequência em determinada região, mas tem um número de casos esperado – um padrão relativamente estável que prevalece. Se houver alta incidência e persistência de doença, pode ainda ser chamada de hiperendêmica. As doenças endêmicas são consideradas um dos principais problemas de saúde do mundo e preocupam governantes, em especial os que lideram países tropicais de baixa renda. A malária, doença infecciosa causada por protozoário do gênero Plasmodium, é um exemplo de endemia presente em mais de 100 países, incluindo o Brasil. Outra questão importante sobre as doenças endêmicas é que elas podem se tornar epidêmicas se não controladas. Isto depende de vários fatores que vão desde mudanças no agente ou hospedeiro até transformações no ambiente. O contrário também pode acontecer, como é o caso do novo Coronavírus. Recentemente a OMS declarou que a COVID-19 pode nunca desaparecer, tornando-se uma endemia e podendo impactar regiões específicas do planeta para sempre. Exemplo: No Norte do Brasil, a Febre Amarela tem atuação frequente. Por isso, pode ser considerada uma doença endêmica. Pandemia Uma pandemia é a disseminação mundial de uma doença (epidemia). Ela pode surgir quando um agente infeccioso se espalha ao redor do mundo e a maior parte das pessoas não são imunes a ele. Em uma escala de gravidade, a pandemia é o pior dos cenários porque ela se estende a várias regiões do planeta. Mas quando uma doença é classificada como pandemia, não necessariamente significa que a situação é irreversível e nem que ela deva ser encarada pela população mundial como um “alerta de medo”. Também não quer dizer que o agente da doença, seja ele um vírus ou qualquer outro patógeno, tenha aumentado o seu poder de ameaça. O que muda são as medidas adotadas pelas autoridades no combate à doença. No caso de uma pandemia, o protocolo de ação é outro e deve ser respeitado não só pelos países afetados, mas também pelos que ainda não registraram casos do vírus. A abordagem em pandemias deve ser um conjunto de ações integradas, em que governo em parceria com a sociedade trabalham juntos na contenção da doença. Exemplo: A Gripe Suína (ou Gripe A) passou de epidemia para pandemia no ano de 2009, quando a OMS passou a registrar casos da doença em todos os continentes do planeta. A inflamação é a resposta do organismo a uma agressão, como cortes e batidas. Ela causa inchaço, vermelhidão e dor enquanto o corpo se esforça para reparar o local. No caso dos cortes, isso acontece com a formação da cicatriz. O isolamento em casa pede cuidados específicos, como a separação de objetos pessoais,limpeza imediata de banheiros após o uso e a separação de indivíduos em cômodos diferentes da casa. De acordo com a médica infectologista Roberta Schiavon, integrante da Sociedade Brasileira de Infectologia (SBI), a primeira orientação é destinar um quarto e um banheiro para uso exclusivo da pessoa infectada ou com suspeita de infecção. Quando o local não tem mais de um quarto e mais de um banheiro, a recomendação é deixar o quarto para a pessoa suspeita e, quem não apresenta sintomas, deve dormir na sala, por exemplo. O cômodo com o paciente isolado deve ficar todo o tempo com a porta fechada. Mas é necessário manter a janela aberta para ter ventilação e entrada de luz solar. A pessoa infectada ou com suspeita de infecção tem de trocar a própria roupa de cama. Se houver secreções na roupa de cama, ela deve embalar em um saco plástico antes de levar à máquina de lavar ou ao tanque. As principais medidas profiláticas, medidas tomadas para evitar a disseminação e contaminação, são muito semelhantes e baseiam-se, principalmente em tratamento da água, medidas de saneamento básico, educação sanitária, identificação e tratamento dos doentes assintomáticos, principalmente daqueles que são manipuladores.
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