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E.E. ELISABETH SILVA DE ARAÚJO LIBERDADE E LIVRE ARBÍTRIO ORIENTADO PELO PROFESSOR ALEXSANDRO DA DISCIPLINA DE FILOSOFIA DURANTE O QUARTO BIMESTRE DE 2014 NOME: EMERSON PEREIRA DE SOUSA N° 14 SÉRIE: 3º B CARAPICUÍBA, 03/11/2014 LIBERDADE E LIVRE ARBÍTRIO 2 E.E. ELISABETH SILVA DE ARAÚJO LIBERDADE E LIVRE ARBÍTRIO NOME: EMERSON PEREIRA DE SOUSA N° 14 SÉRIE: 3º B PROFESSOR: ALEXSANDRO DISCIPLINA: FILOSOFIA CARAPICUÍBA, 03/11/2014 LIBERDADE E LIVRE ARBÍTRIO 3 “Nós somos aquilo que fazemos repetidamente. Excelência, então, não é um modo de agir, mas um hábito.” -Aristóteles LIBERDADE E LIVRE ARBÍTRIO 4 Sumário Introdução ................................................................................................................... 5 A Liberdade Segundo Aristóteles ............................................................................... 5 O Conceito de Livre Arbítrio para Santo Agostinho ................................................. 6 Conclusão .................................................................................................................... 7 Referências Bibliográficas .......................................................................................... 8 LIBERDADE E LIVRE ARBÍTRIO 5 Introdução Nessa pesquisa teremos duas teorias que tentam explicar dois conceitos que de relance, parecem ter o mesmo significado: a liberdade e o livre arbítrio. Suas diferenças são perceptíveis a partir do aprofundamento no tema. Como base para o “confronto”, serão utilizadas concepções de épocas diferentes, além de serem escritas por filósofos com linhas de pensamentos que diferem entre si: Aristóteles e Agostinho de Hipona (vulgo Santo Agostinho), respectivamente, autores de Ética a Nicômaco e De Libero Arbitrio. De um lado, temos um filósofo grego e de outro, um teólogo e filósofo cristão. O que torna toda a análise interessante, além do fato de serem teorias de épocas diferentes, como já dito anteriormente, é entender a importância que a liberdade tem sobre o livre arbítrio e vice-versa. A Liberdade Segundo Aristóteles Aristóteles constrói a primeira grande teoria filosófica sobre a liberdade na obra Ética a Nicômaco. Nela, o filósofo elabora uma concepção de liberdade que integra o que é condicionado externamente (necessidade, evento necessário) ao que acontece sem escolha deliberada (contingência, que não é do mesmo modo). Para Aristóteles, é livre aquele que tem em si mesmo o princípio para agir ou não agir, isto é, aquele que é causa interna de sua ação ou da decisão de não agir. A liberdade é, pois, concebida como o poder pleno e incondicional da vontade para determinar a si mesma ou para ser autodeterminada. "Nas coisas de fato, nas quais o agir depende de nós; e onde estamos em condições de dizer não, podemos também dizer sim. De forma que se cumprir uma boa ação depende de nós, dependerá também de nós não cumprir uma ação má" (Ética a Nicômaco, III). A liberdade é pensada, também, como ausência de constrangimentos externos e internos. Isto é, como uma capacidade que não supera obstáculos para se realizar. Trata- se da espontaneidade possível do agente, que dá a si mesmo os motivos e os fins de sua ação, enfrentando constrangimentos possíveis de serem superados. Assim, na concepção aristotélica, a liberdade é o “princípio para escolher entre alternativas possíveis, realizando-se como decisão e ato voluntário”. Contrariamente ao necessário ou à necessidade, sob a qual o agente sofre a ação de uma causa externa que o obriga a agir sempre de uma determinada maneira, no ato LIBERDADE E LIVRE ARBÍTRIO 6 voluntário livre o agente é causa de si, isto é, causa integral de sua ação. A vontade livre é determinada pela razão ou pela inteligência. A liberdade será ética quando o exercício da vontade estiver em harmonia com a direção apontada pela razão, tendo como critério racional o Justo Valor (O meio é o justo valor entre as vivências radicalmente opostas. Ex: Sentimento primitivo: medo/ Excesso: covardia/Virtude: coragem/Carência: indiferença). O Conceito de Livre Arbítrio para Santo Agostinho Na concepção agostiniana, "O Livre - arbítrio" é um Dom de Deus, concedido às criaturas racionais que as permite agir livremente de acordo com a sua vontade. É o uso consciente da liberdade. Esse Dom de Deus é guiado pela vontade destas criaturas, que pela razão o usarão, devidamente, proporcionando o bem e pela paixão o tornarão causador do mal, pois estarão privando-o e sua privação consiste no mal; já que ele é o bem. Mas como pode um bem concedido por Deus, que por sua vez é o Bem Supremo e criador de tudo o que existe no mundo, ser causa do mal? O livre arbítrio torna-se causa do mal, por meio daqueles que o receberam, pois estes não o usaram devidamente, ou seja, privaram-no. Logo, se o mal é a privação do bem, e o livre arbítrio sendo um bem, sua privação é causa do mal; é o mal. Surge, então, uma outra questão, se a existência do pecado deve-se ao livre arbítrio. Então, Deus, dando-nos o livre - arbítrio, concedeu-nos a possibilidade de pecar? A respeito desta problemática, Santo Agostinho diz-nos que: "Se o homem carecesse de livre- arbítrio da vontade, como poderia existir esse bem, que consiste em manifestar a justiça, condenando os pecados e premiando as boas ações? Visto que a conduta desse homem não seria pecado nem boa ação, caso não fosse voluntária. Igualmente o castigo, como a recompensa, seria injusto, se o homem não fosse dotado de vontade livre. Ora, era preciso que a justiça estivesse presente no castigo e na recompensa, porque aí está um dos bens cuja a fonte é Deus. Conclusão, era necessário que Deus desse ao homem vontade livre" (SANTO; Agostinho, O livre arbítrio, p. II, 1, 3) Concluímos, portanto, que o livre - arbítrio, Dom de Deus concedido às criaturas racionais, é um bem, pois Deus é o Bem Supremo e do Bem Supremo só deve originar- se o bem. O Bem gera o bem e jamais o mal. E uso do bem regido pela razão continua sendo bem, quando privado desta torna-se mal. Assim sendo, "O livre - arbítrio" é a possibilidade que o homem, por intermédio da graça divina, que faz com que o livre - arbítrio queira e realize o bem, possui de escolher de acordo com a sua vontade como viver, que caminho seguir: o da retidão ou o do pecado. LIBERDADE E LIVRE ARBÍTRIO 7 Conclusão LIBERDADE E LIVRE ARBÍTRIO 8 Referências Bibliográficas ARISTÓTELES. Ética a Nicômaco. Coleção Os Pensadores, São Paulo: Abril Cultural, 1997. BURDZINSKI, J.C. Má-Fé e Autencidade. Ijuí: Unijuí, 1999. MUÑOZ, A. A Liberdade e Causalidade. São Paulo: Discurso, 2002. ROHDEN, V. Interesse da Razão e Liberdade. São Paulo: Ática, 1991. HANSEL, André. A Liberdade como fundamento da ética aristotélica e do pensamento existencialista sartreano. __$_RockSofia. Disponível em: <http://rock- sofia.blogspot.com.br/2011/09/liberdade-como-fundamento-da-etica.html>. Acesso em 01 de Novembro de 2014. Universidade Anhembi Morumbi. A Liberdade. Disponível em: <http://www2.anhembi.br/html/ead01/filosofia/lu12/lo2/biblio.htm>. Acesso em 01 de Novembro de 2014. GILDERLANE, Luiz. O Conceito de Livre Arbítrio para Santo Agostinho. Luiz Gilderlane. Disponível em: <http://luizgilderlane.blogspot.com.br/2011/12/o-conceito- de-livre-arbitrio-para-santo.html>. Acesso em 01 de Novembro de 2014. Yahoo Respostas. Qual a diferença entre Liberdade e Livre Arbítrio? Disponível em: <http://luizgilderlane.blogspot.com.br/2011/12/o-conceito-de-livre-arbitrio-para-santo.html>. Acesso em 01 de Novembro de 2014. Wikipedia, a Enciclopédia Livre. Agostinho de Hipona. Disponível em: <http://pt.wikipedia.org/wiki/Agostinho_de_Hipona>. Acesso em 01 de Novembro de 2014. Wikipedia, a Enciclopédia Livre. Ética a Nicômaco. Disponível em: <http://pt.wikipedia.org/wiki/%C3%89tica_a_Nic%C3%B4maco>. Acesso em 01 de Novembro de 2014. Wikipedia, L’enciclopedia libera. De Libero Arbitrio. Disponível em: <http://it.wikipedia.org/wiki/De_libero_arbitrio>. Acesso em 01 de Novembro de 2014.
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