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Questão 1/10 - Ética Atente para o excerto a seguir. “Tendo herdado [...] um passado histórico, o fenômeno dos direitos humanos participa também de um presente, cujos dados estão em evolução constante. A manifestação específica desses direitos nos obriga a considerá-los como objetos científicos com campo de estudo determinado, se se quiser que o respeito a eles não seja ditado pelos imperativos formais de uma dogmática, mas, ao contrário, se apoie em dados científicos”. Após esta avaliação, caso queira ler o texto integralmente, ele está disponível em: MBAYA, Etienne R. Gênese, evolução e universalidade dos direitos humanos frente às diversidades das culturas. Estudos Avançados. São Paulo, v. 11, n. 30, p.17-41, ago., 1997. p. 3. Conforme os conteúdos do livro-base Fundamentos da ética sobre os direitos humanos entendidos como uma construção histórica, enumere, na ordem sequencial, as explicações ou documentos que se relacionam a cada um dos elementos a seguir: 1. Democracia ateniense 2. Carta Magna 3. Direitos da primeira geração 4. Direitos da segunda geração 5. Direitos da terceira geração ( ) Constituição mexicana ( ) Declaração da Virgínia ( ) Limites ao poder do rei ( ) Declaração Universal dos Direitos Humanos ( ) Gênese do direito Agora, marque a alternativa que apresenta a sequência correta: Nota: 10.0 A 1 – 2 – 3 – 5 – 4 B 3 – 2 – 1 – 5 – 4 C 5 – 4 – 1 – 3 – 2 D 2 – 1 – 4 – 3 – 5 E 4 – 3 – 2 – 5 – 1 Você acertou! A sequência correta é 4 – 3 – 2 – 5 – 1. 1. Democracia ateniense: no início da democracia ateniense, o fundamento da legislação (da lei escrita) e a atividade cidadã em Atenas forneceram os meios para pensarmos a gênese do direito. 2. Carta Magna: evento histórico culminante dessa discussão sobre o poder régio, surgiu, não sem batalhas e vidas vencidas, o documento da Carta Magna. 3. Direitos da Virgínia: como documentos da primeira geração, a Declaração da Virgínia e a Declaração dos Direitos do homem e do Cidadão. 4. Direitos da segunda geração: são editados como constituições de uma nação, a exemplo da Constituição Mexicana. 5. Direitos da terceira geração: como documento exemplar desse período, temos a Declaração Universal dos Direitos Humanos (livro-base, p. 184-187). Questão 2/10 - Ética Leia o fragmento de texto a seguir: “[...] ouço clamarem de todos os lados: não raciocineis! O oficial diz: não raciocineis, mas exercitai! O conselheiro fiscal diz: não raciocineis, mas pagai! O sacerdote: não raciocineis, mas crede! (Somente um único senhor no mundo diz: raciocinai tanto quanto quiserdes, e sobre o que quiserdes; mas obedecei!) Por toda parte, o que se vê é limitação da liberdade. Porém, qual limitação à liberdade é contrária ao esclarecimento? Qual não o é, sendo-lhe, antes, favorável? – Respondo: o uso público de sua razão deve sempre ser livre, e ele apenas pode difundir o esclarecimento entre os homens; o uso privado da mesma pode, contudo, ser estreitamente limitado, sem, todavia, por isso, prejudicar sensivelmente o progresso do esclarecimento”. Após esta avaliação, caso queira ler o texto integralmente, ele está disponível em: KANT, Imannuel. Resposta à pergunta: O que é esclarecimento? Trad. de Vinicius B. F. In: MARÇAL, Jairo (Org.). Antologia de textos filosóficos. p. 406-415. Curitiba: SEED, 2009. p. 409. Immanuel Kant explicita em seu texto Resposta à pergunta: o que é esclarecimento? a problemática situação do homem que, submetido à tutela alheia, fica, todavia, impedido do exercício da liberdade que é a própria essência da moralidade. Considerando a citação apresentada e de acordo com os conteúdos do livro-base Fundamentos da ética sobre a ideia de uso público da razão para Kant, é correto afirmar que: Nota: 10.0 A Significa utilizar a razão publicamente, ou seja, qualquer homem pode expressar livremente e publicamente o que quiser. B O emprego dessa noção nos permite compreender a motivação kantiana em esperar que o convívio social conduza o homem para o estado moral. Você acertou! “É diante da ideia de uso público da razão que podemos compreender o motivo pelo qual Kant acredita que a sociedade deve conduzir o homem à moralidade” (livro-base, p. 131). Porém, nem todos detém o direito ou cumpre as condições para tal uso, pois, no exercício de um cargo ou profissão, por exemplo, o indivíduo em questão deve obedecer o que se lhe exige, não o livre pensar. Essa noção não visa distribuir regras, mas sim comunicar, por meio da liberdade de se expressar, a reflexão instruída diante de um público também instruído. Por fim, para Kant, uma vez empregado o uso público da razão, livremente, não há como retirar a palavra, mesmo que alguém se prejudique, pois significaria não querer assumir a responsabilidade do publicado, o que não se configuraria jamais como ação ética (livro-base, p. 132-137). C A utilidade desse conceito diz respeito ao fato de o sujeito poder falar o que quiser publicamente do alto de sua profissão ou cargo, perante um público com pouca ou nenhuma instrução e escolhido aleatoriamente. D É uma expressão formada para distribuir as regras sociais invioláveis aos sujeitos, e, por vezes, em troca da liberdade, essa noção garante a ação ética. E Responde pela habilidade em relatar o que se pretende fazer, porém, se e quando necessário, poder retirar, diante do público, o que foi dito para não prejudicar ninguém. Questão 3/10 - Ética Atente para a seguinte citação: “Para realizar seu ideal de vida, o homem deve fechar-se em si, e permanecer distante da multidão e dos encargos políticos, que só trazem perturbação e fastio. A única ligação com os outros a ser cultivada deve ser a amizade, que nasce certamente pela busca do útil ou para ter determinadas vantagens, mas, depois, uma vez nascida, torna-se ela própria fonte autônoma de prazer”. Após esta avaliação, caso queira ler o texto integralmente, ele está disponível em: REALE, G.; ANTISERI, D. História da Filosofia: Filosofia pagã antiga. Trad. Ivo Storniolo. 3ª ed. São Paulo: Paulus, 2003. p. 286. Tendo em vista essa citação, que faz alusão à tese epicurista acerca da busca e da vivência dos prazeres, e de acordo com os conteúdos do livro-base Fundamentos da ética sobre a virtude no epicurismo, analise as seguintes asserções: I. O prazer é a ausência da dor. PORQUE II. Na tranquilidade da alma, podemos gozar dos prazeres. A respeito dessas asserções, assinale a alternativa correta: Nota: 10.0 A As asserções I e II são proposições verdadeiras, e a II é uma justificativa correta da primeira. Você acertou! É importante entendermos que o prazer é definido pela negação de seu oposto, a dor. De modo que, somente quando estamos em estado completo de imperturbabilidade da alma (ataraxia), ou seja, quando nossa alma se encontra em tranquilidade é que se vive o prazer. “Na tranquilidade da alma da alma, podemos gozar dos prazeres, pois estaremos certos de que deles faremos bons usos. A justa fruição dos prazeres, que nos permite alcançar a ataraxia, conforme os epicuristas, decorre da postura de autocontrole que determinamos a nós mesmos diante da moderação. Para que a fruição de um prazer de fato não venha a ser causa de nossa dor, precisamos ter o autogoverno” (livro-base, p. 81) e isso impede que a dor se instale, isto é, ela fica ausente da alma (livro-base, p 79- 81). B As asserções I e II são proposições verdadeiras, mas a II não é uma justificativa correta da primeira. C A asserção I é uma proposição verdadeira, e a II é uma proposição falsa. D A asserção I é uma proposição falsa, e a II é uma proposição verdadeira. E As asserções I e II são proposições falsas. Questão 4/10 - Ética Leia o excerto de texto a seguir: “[...] se alguém me indagasse [...] [sobre o motivo pelo qual] a Igreja chegou a tamanho poder temporal, haja vista que antes de Alexandre VI os potentados italianos [...] pouco lhe davam importância nesse campo, sendo que agora o rei da França treme diante dela, que foi capaz de expulsá-lo da Itáliae de aniquilar os venezianos, eu diria que, apesar de tudo isso ser bastante conhecido, não me parece supérfluo repassar seus pontos cardeais”. Após esta avaliação, caso queira ler o texto integralmente, ele está disponível em: MAQUIAVEL, Nicolau. O Príncipe. Trad. de Mauricio Santana Dias. São Paulo: Companhia das letras, 2010. p. 47. Levando em consideração esse fragmento de texto e os conteúdos do livro-base Fundamentos da ética sobre Nicolau Maquiavel e em como sua concepção de ética auxilia na reformulação do pensamento político de seu tempo, analise as assertivas que seguem e marque V para as asserções verdadeiras, e F para as asserções falsas. I. ( ) Maquiavel escreveu O Príncipe, obra na qual evidenciou sua oposição à aliança entre a Igreja e o Estado. II. ( ) Para Maquiavel, o bom governante (o príncipe) é aquele indivíduo que apresenta virtudes cristãs e age somente de acordo com elas. III.( ) O filósofo em questão é um crítico do direito divino de governar. IV. ( ) Segundo Maquiavel, o bom governante é o sujeito que faz o que for preciso para alcançar e manter o poder, inclusive ações contrárias aos valores da cristandade. Agora, assinale a alternativa que apresenta a sequência correta: Nota: 10.0 A V – F – V – V Você acertou! A alternativa correta é a letra a). A afirmativa I é verdadeira, pois a aliança entre Igreja e Estado, relação esta que servia para consolidar a estrutura da ética medieval, sofrerá forte contraposição por parte de muitos pensadores, grupo que se incluirá Maquiavel. A alternativa II é falsa, pois, apesar de o período em questão sofrer influência cristã, o poder político representa (apenas uma face) do poder de Deus. Assim, “enquanto, para os cristão, o bom governante o bom governante era aquele indivíduo que apresentasse virtudes cristãs e agisse de acordo com elas, o bom governante (o príncipe) de Maquiavel é aquele que faz o que for necessário para chegar ao poder e nele se manter, incluindo, se for preciso, violar os valores cristãos em seu tempo“ (livro-base, p. 119). A alternativa III é verdadeira, pois Maquiavel defende que o direito de governar deveria provir de qualidades (virtú e capacidade de lidar com a fortuna), e não do direito divino de governar. A afirmativa IV é verdadeira, pois Maquiavel crítica as virtudes cristãs como exigência para o bom governante. Para esse filósofo, o bom governante faz o que for preciso para alcançar e manter o poder, inclusive ações contrárias aos valores da cristandade (livro-base, p. 118-119). B V – F – F – V C F – V – V – F D V – V – F – F E F – V – F – F Questão 5/10 - Ética Considere a seguinte informação: “É sabido que em ‘O Nascimento da Tragédia’, Nietzsche, por meio de uma análise do pensamento e da cultura grega, procurou desvendar o cerne de dois instintos estéticos da natureza, a saber, o apolíneo e o dionisíaco. Através desses instintos ‘o homem alcança em dois estados o sentimento de delícia em relação à existência’: no estado do sonho e no estado de embriaguez”. Após esta avaliação, caso queira ler o texto integralmente, ele está disponível em: TARZIA, Milena. Nietzsche e a crítica da lógica: Entre o sonho e a embriaguez. <http://www.theoria.com.br/edicao0711/nietzsche_e_a_critica_da_logica.pdf>. Acesso em 11 set. 2017. Considerando a dada citação e de acordo com os conteúdos do livro-base Fundamentos da ética sobre a ética em Nietzsche e a sua perspectiva acerca da concepção de arte, analise as seguintes asserções: I. A arte, para Nietzsche, é compreendida como um poder universal, que nega a verdade e nos permite aceitar a realidade. PORQUE II. Só é apropriado sonhar sabendo que se sonha. A respeito dessas asserções, assinale a alternativa correta: Nota: 10.0 A As asserções I e II são proposições verdadeiras, e a II é uma justificativa correta da primeira. Você acertou! É importante entendermos que, diferentemente de seus predecessores (Wagner e Schopenhauer), que viam na arte uma possibilidade de busca para a verdade, Nietzsche pretende, por meio da arte, expor a ilusão que é o mundo e a própria filosofia, bem como os outros modos de conhecimento. Para ele, a razão é um engodo, porém, a arte seria a única coisa que nos permitiria suportar a vida, porque o artista sabe que está representado e afirma isto com a vida (livro-base, p. 150,151). B As asserções I e II são proposições verdadeiras, mas a II não é uma justificativa correta da primeira. C A asserção I é uma proposição verdadeira, e a II é uma proposição falsa. D A asserção I é uma proposição falsa, e a II é uma proposição verdadeira. E As asserções I e II são proposições falsas. Questão 6/10 - Ética Atente para o trecho de texto a seguir: “Kant [...], em Resposta à pergunta: Que é Esclarecimento [Aufklärung]?, afirma que o homem é culpado pela própria menoridade se a causa dela não for a falta de entendimento, e sim, a falta de coragem, a preguiça, a covardia. Ele usa a expressão sapere aude, ouse saber, tenha a coragem de saber, a qual já havia sido usada por Horácio. Há nesse texto uma recusa ao conformismo, um clamor para que o homem abandone sua cômoda situação de menor, tenha coragem de se responsabilizar por sua própria história, o que é condição para o esclarecimento e para a maioridade”. Após esta avaliação, caso queira ler o texto integralmente, ele está disponível em: ZATTI, Vicente. Autonomia e educação em Immanuel Kant e Paulo Freire. Porto Alegre: EDIPUCRS, 2007. p. 69. Considerando o trecho do texto dado e os conteúdos do livro-base Fundamentos da ética sobre a noção de esclarecimento em Immanuel Kant, analise as asserções a seguir acerca das dificuldades apresentadas pelo homem em se livrar da sua menoridade e marque V para as asserções verdadeiras, e F para as asserções falsas. I. ( ) A dificuldade de se livrar da menoridade se dá pelo fato de o homem sempre tentar fazer uso de seu próprio entendimento sobre as coisas. II. ( ) É difícil de o homem se livrar da menoridade, porque ela já quase tornou-se parte de sua essência. III.( ) Poucos conseguem pelo exercício individual livrar-se da menoridade. IV. ( ) O fato de se afeiçoar à menoridade, torna o indivíduo incapaz de permanecer nela. Agora, assinale a alternativa que apresenta a sequência correta: Nota: 10.0 A V – F – V – F B V – F – V – V C F – V – V – F Você acertou! A alternativa correta é a letra c). A alternativa I é falsa, pois, tentar utilizar do próprio entendimento consiste no exercitar-se para sair da menoridade, não uma dificuldade para permanecer nesta. A alternativa II é verdadeira, pois esta condição de menoridade é tão habitual ao indivíduo que quase lhe torna natural. A alternativa III é verdadeira, pois o exercício individual do espírito é o meio pelo qual poucos conseguem, de modo seguro, livrarem-se da menoridade. A alternativa IV é falsa, pois a incapacidade de sair (não de permanecer) da menoridade dá-se pela afeição que o indivíduo termina por desenvolver por esta condição (livro-base, p. 130). D F – V – F – F E V – F – F – V Questão 7/10 - Ética Leia a seguinte citação: “A clonagem pode ser definida como a produção de indivíduos geneticamente idênticos derivados por multiplicação assexuada a partir de uma linhagem de células-mãe. A clonagem de embriões pode ser feita pela transferência nuclear utilizando-se células somáticas, permitindo a produção de elevado número de indivíduos idênticos”. Após esta avaliação, caso queira ler o texto integralmente, ele está disponível em: EMBRAPA. Clonagem. <http://www.agencia.cnptia.embrapa.br/Agencia45/AG01/arvore/AG01_8_1211200714127.html>. Acesso em 07 jul. 2017. De acordo com os conteúdos do livro-base Fundamentos da ética sobre a clonagem humana, relacione corretamente cada um dos itens listados a seguir às suas respectivas correspondências: 1. Clonagem 2. Original 3. Clone 4. Clonagem reprodutiva 5. Célula-tronco ( ) Tem a capacidade de se transformar em qualquer outra célula. ( ) Prática que recebeu parecerdesfavorável da Unesco. ( ) Uma prática de reprodução que utiliza células chamadas de somáticas. ( ) Indivíduo que possui o mesmo patrimônio genético. ( ) Indivíduo doador. Agora, marque a alternativa que apresenta a sequência correta: Nota: 10.0 A 1 – 2 – 3 – 5 – 4 B 3 – 2 – 1 – 5 – 4 C 5 – 4 – 1 – 3 – 2 Você acertou! A sequência correta é 5 – 4 – 1 – 3 – 2. 1. Clonagem: É considerada uma prática de reprodução que utiliza células chamadas de somáticas. 2. Original: Os indivíduos resultantes deste processo [a clonagem] terão as mesmas características genéticas cromossômicas do indivíduo doador, ou também denominado original. 3. Clone: A palavra clone é utilizada para identificar indivíduos que possuem o mesmo patrimônio genético (são geneticamente iguais). 4. Clonagem reprodutiva: A Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco), com a adoção, em 1997, da sua Declaração Universal sobre o Genoma Humano e os Direitos Humanos, apresentou um parecer desfavorável à prática, afirmando que ela fere a dignidade humana, pois pode servir a fins de uma eugenia racista. 5. Células-tronco: Podemos definir essas células como aquelas que têm a capacidade de se transformar em qualquer outra célula do corpo (livro-base, p. 216–219). D 2 – 1 – 4 – 3 – 5 E 4 – 3 – 2 – 5 – 1 Questão 8/10 - Ética Atente para a seguinte citação: “Poderia dizer-se que, como os filósofos não são cientistas empíricos, a discussão da ligação entre agir eticamente e viver uma vida feliz e preenchida deve deixar-se para os psicólogos, sociólogos e outros especialistas adequados. Contudo, nenhuma outra disciplina trata a questão, e a sua relevância para a ética prática constitui razão suficiente para a abordarmos”. Após esta avaliação, caso queira ler o texto integralmente, ele está disponível em: SINGER, Peter. Ética Prática. Trad. Álvaro Augusto Fernandes. Lisboa: Gradiva, 1993. p. 218. Considerando o dado fragmento de texto e de acordo com os conteúdos do livro-base Fundamentos da ética, é correto afirmar que a intencionalidade da bioética presente no campo de reflexão interdisciplinar filosófico... Nota: 10.0 A parte das propostas científicas para o amplo desenvolvimento das pesquisas genéticas. B surge de resultados científicos e tecnológicas elaborados pelo agir humano. Você acertou! “[...] todas as perguntas se fundamentam no campo da bioética justamente porque partem de resultados científicos e tecnológicos, produzidos pelas ações humanas” (livro-base, p. 206). A genética e suas pesquisas, configuram apenas umas dentre os várias disciplinas da bioética; o mesmo que vale para a genética, aplica-se à temática da eutanásia a questão do uso de pesticidas e a possibilidade de implicações na vida humana, o que, diga-se de passagem, não é um tema recorrente na bioética, a qual, como toda reflexão sobre os costumes, não determina o que deve ser feito (livro-base, p. 206-228). C postula uma ética filosófica voltada especificamente para as pessoas que precisam morrer sem dor. D inova na preocupação com o uso de agrotóxico nas lavouras. E determina que filosofar é o caminho para solucionar todos os problemas levantados pela bioética. Questão 9/10 - Ética Considere a seguinte informação: “Ambição, avareza, interesse próprio, vaidade, amizade, generosidade, espírito público, essas paixões, mescladas em graus variados e distribuídas por toda a sociedade, têm sido desde o início do mundo, e ainda são, a fonte de todas as ações e empreendimentos que já foram observados entre a humanidade. Quer conhecer os sentimentos, inclinações e modo de vida dos gregos e romanos? Estude bem o temperamento e as ações dos franceses e ingleses; você não pode estar muito enganado ao transferir para os primeiros a maioria das observações que fez sobre os segundos. A humanidade é tão semelhante em todas as épocas e lugares que a história não nos revela nada novo ou estranho nesse aspecto”. Após esta avaliação, caso queira ler o texto integralmente, ele está disponível em: HUME, David. Ensaio sobre o entendimento humano. Trad. José Oscar de Almeida Marques. In: MARÇAL, Jairo (Org.). Antologia de textos filosóficos. p. 376-397. Curitiba: SEED, 2009. p. 379. Levando em consideração essa citação e os conteúdos do livro-base Fundamentos da ética sobre os sentimentos como fundamento da moral na filosofia empirista de David Hume, podemos destacar a importante participação do que o filósofo nomeia como interesse público. A esse respeito, analise as assertivas que seguem e marque V para as asserções verdadeiras, e F para as asserções. I. ( ) O que nos permite perceber o interesse público é a razão humana. II. ( ) A utilidade pública é a expressão sinonímica para o que Hume entende por interesse público. III.( ) Buscar o prazer significa entrar em desacordo ou resistência com o interesse público. IV. ( ) As verdades descobertas pela razão provocam sentimentos no homem. Agora, assinale a alternativa que apresenta a sequência correta: Nota: 0.0 A V – F – V – F B V – F – V – V C F – V – V – F D V – V – F – F E F – V – F – F A alternativa correta é a letra e). A alternativa I é falsa, pois o que nos permite perceber o interesse público são os sentimentos de prazer e dor. A alternativa II é verdadeira, pois Hume chama de utilidade pública, ou melhor, interesse público a determinação que torna possível equilibrar sentimentos antagônicos. A alternativa IV é falsa, pois a razão é eficaz na busca da verdade no que condiz à ciência, mas tais verdades que a razão descobre não provocam sentimentos no homem. Na ética de Hume, a razão é apenas instrumento para os sentimentos (livro-base, p. 126,127). Questão 10/10 - Ética Atente para a seguinte citação: “Tive ao menos o gosto de lutar pela fraude contra a vossa lei, já que o não podia pela força, a fim de imitar, sendo cativo, uma falsa liberdade, praticando impunemente, por uma tenebrosa semelhança de onipotência, o que me não era lícito? Eis-me ‘aquele escravo que, fugindo a seu senhor, seguiu uma sombra!’. Ó podridão, ó monstro da vida e abismo da morte!”. Após esta avaliação, caso queira ler o texto integralmente, ele está disponível em: AGOSTINHO, S. Confissões. Trad. de J. Oliveira Santos e A. A. de Pina. In: AGOSTINHO, S. Os pensadores: Agostinho. 2ª ed. p. 33-348. São Paulo: Abril Cultural, 1980. p. 63. Considerando essa citação e de acordo com os conteúdos do livro-base Fundamentos da ética sobre a liberdade na ética agostiniana, é correto afirmar que: Nota: 10.0 A Ser livre, para Agostinho, é fazer o que se deseja segundo as verdadeiras emoções e vontade. B Para Agostinho, ser livre é servir a Deus de modo fiel, de forma incontestável. Você acertou! “Para Agostinho, [...] a liberdade do homem é o serviço fiel (fé incontestável) a Deus” (livro-base, p 103). Portanto, ser livre é servir a Deus de modo inconteste. Todavia, o dom da fé que permite a liberdade de seguir a vontade divina é um atributo concedido aos escolhidos, não é de livre escolha humana. Junto a isso, faz-se necessário compreender que a vontade humana que provém do corpo é rechaçada como produtora de más ações, não se serve a Deus por meio do corpo. “A noção agostiniana de corpo baseia-se na noção platônica, a saber, a de que o corpo é a fonte dos erros e se opõe à capacidade da alma de escolher por meio do livre-arbítrio. A vontade é corpórea. Em agostinho, trata-se de um impulso que nos inclina às paixões pecaminosas do corpo. Assim, a alma é o espaço em que habita a fé do homem, permitindo ao indivíduo a compreensão dos auspícios divinos e dando-lhe condição para agir segundo a virtude. Dessa forma, institui-se a hierarquia entre a fé e a razão, com parcialidade inconteste para a primeira, permitindo-nos a interpretação – quase unilateral – do lema agostiniano: ‘crer para compreender e compreender para crer’” (livro-base, p. 103). Em última instância, a fé que antecede a razão é condição do bom emprego do livre-arbítrio, mas ela só é concedidaaos escolhidos por Deus. “Agostinho, como numa espécie de catarse, entende que não é o homem que escolhe uma vivência de acordo com o que Deus quer, mas é Deus que concebe aos seus escolhidos (predestinados) o dom da fé e, com esse dom, os indivíduos podem escolher praticar atos que respondam adequadamente ao bem supremo (por serem livres para entender e agir)” (livro-base, p. 103,104). C Para Agostinho, o homem escolhe ter ou não o dom da fé, e, assim, é ele que escolhe viver de acordo com o que Deus quer. D O corpo é um meio de se colocar a serviço de Deus e, assim como a alma, tem a capacidade de escolher por meio do livre-arbítrio. E A razão que precede a fé, na ética de Agostinho, serve de apoio ao livre-arbítrio.
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