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RCMOS – Revista Científica Multidisciplinar O Saber. ISSN: 2675-9128. São Paulo, v. 02, p. 01-18, 
nov. 2020. 
Óleo de Palma (Dênde): o grande crescimento comercial da oleaginosa no 
Brasil 
Palm Oil (Dênde): the great commercial growth of oleaginous in Brazil 
Christian José Shidoshi1 
Resumo 
A Palma de Óleo ou dendezeiro como é conhecido no Brasil tem sua origem na África, 
desenvolvendo-se em climas tropicais. A palmeira produz dois tipos de óleos com 
características químicas diferentes, que podem ser utilizados tanto na indústria alimentícia 
quanto na obtenção de biocombustíveis, sendo responsável por 37% de todo óleo vegetal 
produzido no mundo, apresentando grande importância no crescimento da demanda por óleos 
vegetais. A Palma de Óleo se destaca entre as leguminosas, principalmente por apresentar 
menor custo produtivo em comparação as outras fontes de óleos vegetais. No Brasil, o estado 
do Pará apresenta o clima ideal para cultivo da palmeira, além de apresentar áreas disponíveis. 
Apesar disso, a produção nacional não é suficiente para atender a demanda interna, abrindo 
possibilidades para crescimento do cultivo no país, que apresenta as condições edofoclimáticas 
ideais para o cultivo, extensas áreas degradadas que são autorizadas ambientalmente para a 
produção. Neste cenário positivo, os produtores brasileiros poderiam estar em grande vantagem 
frente aos outros produtores mundiais, tornando a produção brasileira de óleo de Palma cada 
vez mais atraente no mercado mundial, que tem associado a cultura da Palma à destruição 
ambiental. 
Palavras-chave: Palma de óleo. Óleo vegetal. Demanda. Possibilidade. Mercado 
Abstract 
The Palm Oil or oil palm as it is known in Brazil has its origin in Africa, developing in tropical 
climates. The palm tree produces two types of oils with different chemical characteristics, which 
can be used both in the food industry and in the production of biofuels, accounting for 37% of 
all vegetable oil produced in the world, showing great importance in the growing demand for 
vegetable oils. The oil palm stands out among the legumes, mainly because it presents a lower 
production cost compared to other sources of vegetable oils. In Brazil, the state of Pará 
presents the ideal climate for palm cultivation, in addition to presenting available areas. 
Despite this, domestic production is not enough to meet domestic demand, opening possibilities 
for growing the country, which presents the ideal edofoclimatic conditions for cultivation, 
extensive degraded areas that are environmentally authorized for production. In this positive 
scenario, Brazilian producers could be in great advantage over other world producers, making 
the Brazilian oil palm production increasingly attractive in the world market, which has 
associated Palma's culture with environmental destruction 
1 Pós-graduado no curso de Engenharia de Produção na Faculdade Alfamerica. Email: polo_chris@yahoo.com.br 
Óleo de Palma (Dênde): o grande crescimento comercial da oleaginosa no Brasil
RCMOS – Revista Científica Multidisciplinar O Saber. ISSN: 2675-9128. São Paulo, v. 02, p. 01-18, 
nov. 2020. 
Keywords: Oil palm. Vegetable oil. Demand. Possibility. Marketplace. 
1 Introdução 
A Palma de óleo (Elaeis guineensis) é uma palmeira de origem africana, tem uma vida 
econômica em média de 25 anos, com auge de produção após 8 anos. É uma espécie que se 
desenvolve em clima tropical e sofre grandes influências do clima (VERHEYE, 2010; 
BARCELOS et al., 2015). 
Dentre os óleos vegetais, o extraído da Palma (Elaeis guineenses) ou dendezeiro, com é 
conhecido no Brasil, vem se destacando no comércio do produto mundialmente. Atualmente, 
a produção do óleo de palma tem passado por um grande progresso, deixando de ser uma 
produção focada na demanda local, nos anos 70, para um dos cultivos que mais crescem no 
mundo. O óleo de palma é utilizado como matéria-prima para a indústria e fonte de divisas, 
respondendo por 37% da produção global total de oleaginosas, ultrapassando o óleo de soja 
como principal óleo vegetal (LEVERMANN & SOUZA, 2014; BUDO & SARPONG, 2013). 
Os óleos vegetais constituem um dos mais importantes produtos extraídos de plantas. 
Do total produzido, cerca de 2/3 são utilizados em alimentação da dieta humana. Os óleos são 
insolúveis em água (hidrofóbicas), formados por ésteres de triacilgliceróis, apresentam uma 
consistência de líquido para sólido em água e a temperatura ambiente, sendo chamados de 
gorduras no estado sólido e óleo quando estão sob forma líquida. Os óleos são formados por 
diversos componentes em menor proporção, como mono e diglicerídeos, ácidos graxos livres, 
tocoferol (importante antioxidante), proteínas, esteróis e vitaminas (FOOD INGREDIENTS 
BRASIL, 2014, LAMMER-ZARAWSKA et al., 2012). 
De acordo com a Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação a 
demanda mundial por óleos vegetais cresce a uma taxa anual em torno de 2.5%, contando com 
a contribuição importante do óleo de palma o abastecimento global de óleos comestíveis. É um 
óleo sem OGM (Organismos Geneticamente Modificados), produzindo até 10 vezes mais óleo 
por unidade de área quando comparado com outras culturas oleaginosas (FAO, 2015; MBA et. 
al., 2015). 
Por se um óleo sem modificações genéticas, o óleo de palma serve como matéria-prima 
para a indústria e fonte de divisas. De acordo com o Departamento de Agricultura dos EUA, a 
Palma de Óleo é líder mundial na fonte de óleos vegetais, representando 35% da produção 
mundial de 176,25 milhões de toneladas das principais oleaginosas, com produção de 61,432 
milhões de toneladas na safra 2014/2015 (USDA, 2017). 
Óleo de Palma (Dênde): o grande crescimento comercial da oleaginosa no Brasil
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nov. 2020. 
O grande crescimento populacional nos países em desenvolvimento e populosos como 
Índia, Brasil e China, Indonésia, dentre outros, tem sido apontado como fator colaborador para 
a crescente demanda por óleos vegetais nas últimas décadas, consumindo aproximadamente 
75% de todo óleo de Palma produzido no mundo (LEVERMANN; SOUZA, 2014).
De acordo com USDA (2015) a queda na produção de Óleo de Palma na Indonésia e 
Malásia, somado à perspectiva de menor produção e a maior demanda na Índia são fatores que 
contribuíram para queda nos estoques finais globais em 19%, que apresenta declínio a 5 anos, 
com baixa nos estoques mundiais na ordem de 6,7 milhões de toneladas (USDA, 2015). 
Atualmente no Brasil, 97% da produção de óleo de Palma são utilizados na indústria 
alimentícia. O mercado nacional conta com um déficit de aproximadamente 270.000 t/ano. 
Considerando um consumo de aproximadamente 8 milhões de toneladas ano, a demanda no 
país pelo óleo de Palma pode ser estimada em pelo menos 1 milhão de toneladas por ano. Para 
suprimir esta demanda é necessário o plantio de 117 mil hectares de palma de óleo no Brasil 
(ANDRADE, 2015; LEVERMANN & SOUZA, 2014). 
Neste contexto, considerando a grande importância do óleo de Palma para a indústria 
alimentícia; a queda de produção em países importantes no cenário produtivo, com diminuição 
dos estoques globais; e o déficit na demanda/oferta no Brasil, torna-se pertinente o estudo do 
cenário nacional da produção de Palma de Óleo e as possibilidades de crescimento do cultivo 
da planta em solo nacional. 
O objetivo do estudo é contextualizar o crescimento do cultivo da Palma de Óleo para 
produção de óleo no Brasil, suas possibilidades e desafio. 
2 A Palma de Óleo 
A Palma de Óleo tem sua origem na África Ocidental, tendo como centro de sua origem 
o cinturão costeiro da África Ocidental e Central entre a Guiné e o norte de Angola. A palmeira
é encontrada desde o Norte de Senegal até o Sul da Angola, e para leste até Zanzibar e 
Madagascar. Sua existência é mencionada por exploradoresportugueses da costa da Guiné em 
1434. Há registro do comércio do óleo de Palma em 1508, próximo ao rio Forcados na Nigéria 
e referências à Palmeira na Libéria no mesmo ano. Alguns anos depois, viajantes portugueses, 
holandeses e ingleses fazem menção ao vinho e ao óleo da palma na região (VERHEYE, 2010). 
O dendezeiro, conhecido como Elaeis guineensis, passou a ter o seu nome definitivo 
quando foi introduzido na Martinica. Em 1793, ocorreu a classificação da palma africana, como 
Óleo de Palma (Dênde): o grande crescimento comercial da oleaginosa no Brasil
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pertencente ao gênero Elaeis, do grego “Elaion”, que significa óleo, e com o nome específico 
de E. Guineensis devido à sua decorrência da costa da Nova Guiné (HOMMA, 2010). 
Figura 1 − Elaeis guineensis - a árvore de palmeira e seus frutos 
Fonte: Soissons (2012) 
“O gênero Elaeis, pertence à classe Liliopsida (Monocotiledônea), ordem Arecales 
(Palmales) família Arecaceae (Palmaceae), subfamília Arecoideae, tribo Cocoseae 
(Cocoinaea), subtribo Elaeidinae. Este gênero é composto por três espécies: Elaeis guineenses 
(palma de óleo), Elaeis oleífera (caiaué) e Elaeis odora”. As espécies que mais despertam 
interesse econômico dentre as Elaeis são a Palma de Óleo e o Caiaué, devido as características 
da espessura do fruto (RIOS, et al., 2012, p. 11). 
 Segundo Favaro (2011), a primeira vez que a espécie Elaeis guineensis é citada no 
Brasil ocorreu nos primórdios do século XVII, no litoral do Estado da Bahia, tendo em vista 
que, esta cultura de planta foi trazida nas embarcações de comércio de escravos originários da 
África, e sua produção remonta a subsistência de famílias de baixa renda da região. Entretanto, 
é importante sublinhar que não foi apenas na Região Nordeste que encontramos a expansão do 
dendê nos estados da Bahia e Pernambuco, mas inclusive, na Região Norte no estado do Pará. 
 Em 1942, na região Amazônica iniciou as primeiras importações de mudas de 
dendezais da Bahia, trazidas por Francisco Coutinho de Oliveira, chefe do Campo Agrícola Lira 
Castro, responsável pela Seção de Fomento Agrícola do Estado do Pará, vinculado ao 
Ministério da Agricultura (SILVA et al, 2014). 
O planejamento no plantio da Palma de Óleo no país iniciou-se somente na década de 
1960, no Estado do Pará, impulsionada pela ação da Superintendência de Desenvolvimento da 
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Amazônia – SUDAM, com apoio do Institut de Recherches pous les Huils et Oleagineus 
(IRHO) (FAVARRO, 2011). 
Atualmente no Brasil, a região noroeste do estado do Pará conta com grandes áreas de 
plantio da palma de óleo e consequentemente muitas agroindústrias de processamento do cacho 
para suprir a demanda agroindustrial da palma de óleo (RAMALHO FILHO; MOTTA, 2010). 
Na década de 1980, visando ao desenvolvimento de híbridos interespecíficos (HIE) 
entre o caiaué e o dendezeiro, a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária - EMBRAPA 
deu início um programa de melhoramento. Foram realizados ainda experimentos para avaliar a 
capacidade de combinação entre diferentes origens de caiaué e de dendezeiro africano e avaliar 
também a produção e o crescimento das plantas, utilizando as combinações interespecíficas de 
melhor desempenho (CUNHA et al., 2010). 
Os programas de melhoramento genético possuem bancos de germoplasma bem amplos, 
porém a base genética da planta é pequena, onde predomina como genitor feminino a origem 
Dura Deli, com ótimo desempenho. Já como genitores masculinos destacam as origens La Mé 
e Yangambi. Para ampliação da base genética e diversificação das origens empregadas no 
desenvolvimento de novos cultivares, são realizadas coleta, caracterização e avaliação do 
germoplasma de E. guinneensis e E. oleífera (RIOS, et al., 2012). 
De acordo com Costa (2007), o dendezeiro, como é conhecido no Brasil, nasce em 
palmeiras e tem uma vida útil que gira em torno de 20 a 30 anos. Após o plantio, a partir do 
terceiro ano surgem os primeiros cachos, dos seus frutos podem ser extraídos dois tipos de 
óleos. Através da polpa, ou seja, do mesocarpo, pode-se obter o óleo de dendê ou também como 
é chamado, óleo de palma, e da amêndoa pode-se extrair o óleo de palmiste. 
Figura 2 – Frutos e Cachos da palma óleo 
Fonte: FOOD INGREDIENTS BRASIL (2014) 
O fruto da palma é formado por duas partes, a polpa vermelha, que fornece o óleo de 
palma e a noz que se extrai a amêndoa que fornece o óleo de palmiste, após a prensagem. Desse 
Óleo de Palma (Dênde): o grande crescimento comercial da oleaginosa no Brasil
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fruto pode ser atraído ainda produtos como: Óleo de palma bruto 20%; Óleo de palmiste 1,5%; 
Torta de palmiste 3,5%; Cachos vazios 22%; Fibras 12%; Cascas 5%; Efluentes líquidos 50% 
(FOOD INGREDIENTS BRASIL, 2014). 
2.1 Exigências edofotoclimáticas da planta 
 A Palma de óleo é uma espécie tropical, que cresce em uma faixa intertropical do globo, 
nas regiões quentes e úmidas de vastas florestas tropicais da Ásia, África e América do Sul, 10 
graus ao sul e norte da linha do equador, onde predomina uma grande variedade de fatores 
edáficos e climáticos (GREEN PALM, 2016; CARVALHO, 2000). 
Quatro fatores climáticos são essenciais para o cultivo da palma de óleo: a temperatura 
média anual, a temperatura média do mês mais frio do ano, a precipitação anual e o número de 
meses que recebem menos de 100 mm de precipitação (CORLEY E TINKER, 2008). 
O cultivo da palma de óleo é totalmente dependente de uma temperatura média anual 
em torno de 24°C a 28 °C, sem temperaturas mínimas menos de 15°C por períodos longos. A 
temperatura influência diretamente na emissão de folhas, influenciando também o número de 
cachos por unidade reprodutiva e no teor de óleo dos frutos. A umidade relativa deve ser a 
média anual entre 75% a 90%. (BASTOS et al 2001; CORLEY E TINKER, 2008). 
A precipitação hídrica é um dos fatores principais para a produtividade em diferentes 
regiões onde se cultiva a palma de óleo, podendo influenciar a sexualização das inflorescências, 
na produção dos cachos, na emissão foliar, no número e o peso médio dos cachos, redução de 
produtividade em torno de 10% a 20% a cada 100 mm de ocorrência de déficit hídrico 
(GONÇALVES, 2001; BASTOS, 2000; GOMES JUNIOR & BARRA, 2010). 
De acordo com Nachtergaele e colaboradores (2012) as condições hídricas ideais para 
o cultivo da palmeira de óleo é entre 2000-2500 mm de precipitação por ano com um mínimo
de 100 mm por mês. A precipitação anual de até 4000 mm é bem suportada pela cultura e 5000 
mm é considerado o limite máximo tolerável, em solos bem drenados. 
Para produção em alta escala o óleo de dendê, é preciso minimante 1.500 horas de 
exposição ao sol de maneira regular ao longo do ano, no mínimo cinco horas de luz por dia, 
pois o baixo nível de insolação pode influenciar o padrão uniforme e a maturidade dos cachos, 
propiciando efeitos negativos para a quantidade de flores, bem como para a qualidade do óleo 
produzido (VIANA, 2006). 
A Palma de Óleo pode ser cultivada em diferentes tipos de solos das regiões tropicais, 
com destaques para aos solos profundos, bem drenados e planos. Já os solos muito arenosos ou 
Óleo de Palma (Dênde): o grande crescimento comercial da oleaginosa no Brasil
muito argilosos devem ser evitados. (MACEDO & RODRIGUES, 2000; NACHTERGAELE 
et al., 2012). 
No Brasil as condições de solo são adequadas para o cultivo da palmácea na Região 
Amazônica, considerando a predominância de áreas com “terra firme” (em torno de 80%), além 
dos chamados solos do tipo vermelho e solosdo tipo amarelo apresentando as 
características necessárias para o cultivo da palmácea (FAVARRO, 2011). 
As exigências edafoclimáticas para cultivo da Palma de Óleo apontam a possibilidade 
de cultivo em grandes áreas da Amazônia brasileira e outros biomas que possuem características 
semelhantes ao do ambiente Amazônico (CUNHA et al., 2015). 
2.2 Óleo de Palma 
O óleo de palma é derivado da polpa carnuda do fruto da palmeira de óleo, Elaeis 
guineenses, possui uma coloração vermelho escuro. Com aproximadamente 50% dos ácidos 
graxos saturados e 50% dos ácidos insaturados, esses óleos podem ser fracionados em 
subprodutos com diferentes pontos de fusão, o que implica na variedade de aplicações como 
indústria alimentícia, química, cosmética e de combustível (SOISSONS, 2012; BORGES et 
al., 2016). 
A composição do óleo de palma é de proporções iguais de ácidos graxos saturados 
(palmítico 44% e esteárico 4%) e não saturados (oleico 40% e linoleico 10%). É um óleo rico 
em betacaroteno, fonte de vitamina A, vitamina E, tocoferóis e tocotrienóis, conhecidos 
antioxidantes. Seu componente principal é o triglicerídeo, substância composta de uma 
molécula de glicerina e três moléculas de ácidos graxos (FOOD INGREDIENTS BRASIL, 
2014; OLIVEIRA, 2003; GUNSTONE, 2005). 
De acordo com Favaro (2011), a produção de óleo de Palma e de palmiste, ocorre em 
duas etapas: fase agrícola, onde o processo se inicial na produção de semente, pré-viveiro, 
viveiro, plantio definitivo, tratos de manutenção e colheita; fase industrial: extração do óleo de 
Palma, beneficiamento e refinamento. 
Na produção do óleo de Palma, a disponibilidade de matéria-prima é um fator primordial 
e deve estar preferencialmente próximo ao local da extração, fator que interfere positivamente 
na conservação da qualidade do óleo e manutenção da acidez do óleo o mais baixo possível, 
considerando a alta umidade do fruto (ANTONIASSI; FREITAS, 2011). 
RCMOS – Revista Científica Multidisciplinar O Saber. ISSN: 2675-9128. São Paulo, v. 02, p. 01-18, 
nov. 2020. 
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nov. 2020. 
Para extrair o óleo de Palma, os métodos mais utilizados são: prensagem, hidráulica 
mecânica a frio, artesanal; por solvente, por fluídos supercríticos, por ultrassom, entre outros 
(BORGES et.al., 2015; HAO et al., 2015). 
Dois tipos de óleos podem ser extraídos da palma de óleo: o óleo de palma ou azeite 
de dendê, proveniente do mesocarpo do fruto, rico em vitamina E, ácidos graxos insaturados e 
poli-insaturados; e o óleo de palmiste, da amêndoa do fruto, composto de palmitina, oleína, 
linolina, estearina e ácido palmítico, é de cor avermelhada, aroma característico, denso, devido 
à presença de ácidos graxos, saturados em sua composição (KOK et al., 2011; SEPTEVANI et 
al., 2015). 
A oleína de palma é muito usada na Ásia para fritura por possuir excelente estabilidade 
oxidativa, já a estearina de palma utilizada para blends de gorduras e margarinas. O palmiste é 
mais utilizado para fabricação de coberturas de sorvetes, chocolates, chantilly, fritura, podendo 
ser fracionado, dando origem a oleína de palmiste utilizado na fabricação de chocolates ou para 
indústria de sabões e a estearina de palmiste que empregada na fabricação das gorduras 
especiais como CBS, Cocoa Butter Substitute, exclusivamente para o mercado de chocolates 
(FOOD INGREDIENTS BRASIL, 2014; OWOLARAFE et al., 2007). 
2.3 A Produtividade da Palma de Óleo 
A diversificação da matriz energética tem sido muito discutida por motivos como 
segurança na oferta, sustentabilidade no fornecimento de energia e impactos ambientais, 
principalmente no que diz respeito mudanças climáticas (VILELA, 2014). 
Diversas espécies de plantas oleaginosas têm se apresentado com potencial no 
fornecimento de matéria-prima, para a extração de óleo e obtenção de biodiesel para suprir o 
aumento na demanda por biocombustíveis, impulsionando o crescimento do cultivo dessas 
espécies, sendo as principais culturas produzidas: a palma de óleo, soja, amendoim, canola, 
algodão, girassol e mamona (BRASIL, 2013; (BALOTA et al., 2010). 
De acordo com a European Palm Alience (2016), a palmeira é a cultura de óleo mais 
eficiente em termos de uso da terra, apresentando o maior e mais elevado rendimento 
comparado às outras colheitas do óleo por o hectare da terra. 
Fatores como a busca por alternativas de novas matrizes energéticas e o aumento 
mundial no consumo de óleos vegetais, tem levado o aumento do cultivo da Palma de Óleo no 
Brasil. De acordo Alana (2013), nos últimos cinco anos, “o volume de óleo de palma importado 
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pelo Brasil subiu de 95.000 toneladas para 250.000 toneladas ao ano e o de palmiste de 70.000 
para 175.000 toneladas”, transformando a Palma de Óleo na grande aposta para suprir a 
demanda do setor. 
Nesse contexto, a Palma de Óleo se destaca entre as leguminosas, principalmente por 
apresentar menor custo produtivo em comparação as outras fontes de óleos vegetais, por 
derivar dois tipos de óleos com características visuais e químicas diferentes, elevado potencial 
produtivo, podendo ser responsável por suprir a demanda mundial no futuro 
(SAMBANTHAMURTHI et. al., 2000; CORLEY, 2009; ZIMMER, 2010). 
De acordo com Favaro (2011), outro fator relevante no processo de extração dos óleos 
de palma e de palmiste é o grande aproveitamento de todas as partes da planta, a chamada 
“perda zero”, com o aproveitamento de toda biomassa residual produzida pela parte agrícola e 
a indústria de extração dos óleos – que envolve folhas, troncos, cachos de frutas vazios, fibras, 
cascas – sendo utilizados como combustível em caldeiras de cogeração. 
A FAO (2015) aponta quatro importantes fatores para a expansão do óleo de palma nas 
últimas décadas. Primeiro, vem a produtividade versus hectare por ano, bem superior à soja, 
seu principal concorrente; os custos de produção do óleo de palma, que são baixos em relação 
aos demais; o crescimento da cultura da palma nas últimas décadas, principalmente o 
investimento em políticas públicas e fatores econômicos de incentivo à indústria de óleo de 
palma, como no caso dos maiores produtores; o fortalecimento da estrutura das indústrias, 
principalmente nos países que lideram o mercado mundial. 
O surgimento e a concentração de grandes empresas beneficiou o controle, o 
aperfeiçoamento contínuo, a modernização da produção, o investimento tecnológico, 
comercialização, etc (FAO, 2015). 
As principais espécies produtoras de óleos vegetais, seu teor de óleo e sua produtividade 
por hectares estão descritos na Tabela 01. 
Tabela 01 – Culturas oleaginosas, teor de óleo e produtividade 
Cultura 
Teor de Óleo 
(%) 
Produtividade 
(Kg/ha) 
Soja 20 560 
Amendoim 45 788 
Dendê 22 5.000 
Girassol 42-45 715 
Algodão 80-82 361 
Mamona 20 4.700 
Canola 40 573 
Óleo de Palma (Dênde): o grande crescimento comercial da oleaginosa no Brasil
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Fonte – Adaptado de Brasil (2013) 
A Tabela demonstra que, apesar da Palma de Óleo apresentar um teor de óleo baixo, a 
produtividade Kg/ha está entre as mais altas dentre as espécies utilizadas atualmente para 
obtenção de óleos vegetais e biocombustíveis. 
De acordo com Villela (2014) o Brasil não está entre os maiores produtores de palma 
de óleo, mas é o país que apresenta a maior área propícia para seu cultivo, sem necessitar de 
novos desmatamentos, especialmente na região Amazônica, onde o setor produtivo prevê um 
expressivo aumento. 
3. Panorama da ProduçãoMundial
Atualmente, a palma de óleo é uma das culturas oleaginosas preferidas do setor 
agroindustrial, no que tange à implementação de planos de extração de óleos vegetais. A alta 
produtividade e suas variadas qualidades fazem da palma uma das oleaginosas com uma vasta 
cultura para atender à demanda interna e externa por óleos vegetais (MONTEIRO, 2013). 
Os maiores produtores mundiais de óleo de Palma são Indonésia, Malásia e Tailândia. 
O Brasil figura no 10º lugar na produção mundial desse óleo (FAO, 2016). Já a área o ranking 
da área colhida nem sempre corresponde ao ranking de maiores produtores. Isso pode ocorrer 
provavelmente devido as condições edofotoclimáticas de cada país produtor e do tipo de manejo 
produtivo. 
 A Tabela 02 ilustra o ranking dos maiores produtores de óleo de Palma e o ranking das 
áreas colhidas no ano de 2016. 
 Tabela 01 – Culturas oleaginosas, teor de óleo e produtividade 
Ranking País Produtor 
Produção 
(1.000 ton.) 
Ranking 
Área Colhida 
(1.000 ha) 
1 Indonésia 35.000 1 9.200 
2 Malásia 21.000 2 4.900 
3 Tailândia 2.300 4 2.500 
4 Colômbia 1.280 6 750 
5 Nigéria 970 3 400 
6 Equador 560 9 400 
7 Honduras 545 11 310 
8 Papua N. Guiné 522 12 270 
9 Gana 520 5 219 
10 Guatemala 515 15 180 
Óleo de Palma (Dênde): o grande crescimento comercial da oleaginosa no Brasil
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nov. 2020. 
11 
Costa do 
Marfim 
415 
8 150 
12 Brasil 340 14 148 
 Fonte: USDA (2017) 
A produção global de óleo de palma teve um significativo acréscimo na produção, 
passando de 15,2 milhões de toneladas em 1995 para aproximadamente 64 milhões de toneladas 
em 2016, volume produzido principalmente pela Indonésia Malásia, que juntas são 
responsáveis por mais de 80% da produção mundial (USDA, 2017; EPOA, 2016). 
De acordo com Levermann & Souza (2014, p. 15), a estimativa de consumo mundial do 
óleo de palma aponta para um crescimento aproximado de 71 milhões de toneladas, até 2020, 
e para aproximadamente 81 milhões, em 2025. Para suprir essa demanda, “serão necessários 3 
milhões de hectares adicionais, até 2020, e aproximadamente 5 milhões de hectares, até 2025 
(o equivalente à área total cultivada hoje pela Malásia). Ou seja, a área média com novas
plantações de palma exigiria uma taxa de expansão de aproximadamente 450.000 hectares 
anuais até 2025”. 
A relação entre produção e quantidade de área exigida no cultivo da Palma é uma das 
grandes vantagens dessa cultura, para atender a grande demanda de crescimento. 
O óleo de palma usa menos da metade da terra necessária para outras culturas para 
produzir a mesma quantidade de óleo, apresentando a menor percentagem (6,6 %) de todas as 
terras cultivadas para óleos e gorduras no mundo, mas produz a maior percentagem (38,7 %) 
da produção total. Ele Apesar dessas vantagens, o impacto das palmeiras oleaginosas que 
crescem em áreas de conservação, turfeiras e locais de florestas tropicais são questões que 
precisam ser tratadas adequadamente. A produção e o uso de óleo de palma de forma sustentável 
são a saída para manter ou valorizar os valores biológicos, ecológicos e sociais nos países de 
origem (AGROANALYSYS, 2014; EPOA, 2016). 
O aumento da população e da renda, especialmente em países populosos, como Índia, 
china, indonésia, Bangladesh, Paquistão, Nigéria e Egito, mercados que consomem mais de 
75% da produção global de óleo de palma. Cerca de 80% do óleo de palma produzido são 
consumidos pela indústria alimentícia e o mercado de biocombustíveis impulsiona ainda mais 
o crescimento da demanda por óleo de palma (LEVERMANN; SOUZA, 2014).
De acordo com Andrade (2015), no panorama mundial as plantações de dendezeiros 
para colheita, bem como produção dos óleos de palma e palmiste tem aumentado 
exponencialmente em relação a outros óleos vegetais. As participações destes óleos acabam 
sendo superiores aos outros na produção mundial. Em termos econômicos, entre os óleos 
vegetais é o de maior produção e comercialização. Tem uma participação em mais de 50% dos 
Óleo de Palma (Dênde): o grande crescimento comercial da oleaginosa no Brasil
produtos disponibilizados nos supermercados europeus. Sendo que, nos últimos 40 anos, sua 
área plantada em todo o mudo, aumentou cerca de oito vezes, atingindo 17,3 milhões de 
hectares. Somente a Malásia aumentou cinco vezes, e a Indonésia conseguiu um feito inédito: 
uma ampliação 25 vezes maior. 
Segundo a FAO (2015), existem quatro motivos que explicam essa expansão do óleo de 
palma nas últimas décadas. Primeiro, vem a produtividade do próprio óleo de palma, que pode 
ser medido em termos de óleo produzido versus hectare por ano, o que, por si só, o torna 
superior em relação aos outros óleos vegetais, a exemplo do seu concorrente direto, que é o 
óleo de soja. 
 Em segundo, encontramos os custos de produção do óleo de palma, que são baixos em 
relação aos demais. O terceiro motivo se refere ao crescimento da cultura da palma nas últimas 
décadas, principalmente o investimento em políticas públicas e fatores econômicos de incentivo 
à indústria de óleo de palma, como no caso dos maiores produtores, Malásia e Indonésia, onde 
o governo tem presença acentuada para o desenvolvimento da cultura do óleo de palma.
 O quarto motivo se refere ao fortalecimento da estrutura das indústrias, principalmente 
nos países que lideram o mercado mundial. A concentração de grandes empresas beneficiou o 
controle, o aperfeiçoamento contínuo, a modernização da produção, o investimento 
tecnológico, comercialização, etc. 
4 Importação, consumo e produção no Brasil 
O Brasil não é autossuficiente quanto à produção e consumo do óleo de Palma. A 
produção referente ao ano de 2015 foi de 340 mil toneladas e o demanda nacional aproximada 
de 500 mil toneladas por ano (USDA, 2017; ABRAPALMA, 2015). 
A importação total de óleo de Palma no período de 2010 a 2015 foi de 1.308.173 t, onde 
a participação da Indonésia foi de 76,28%, correspondente a 997.912 t. A Colômbia foi o 
segundo maior importador com participação de 12,57%, ou seja, 164.392 t (BENTES; 
HOMMA, 2016). 
Sustentabilidade e impacto social da cultura da Palma de Óleo 
A palma de óleo tem sua produção vinculada a problemas ambientais como 
desmatamento e degradação da biodiversidade, principalmente na Indonésia e Malásia, onde 
estimativas apontam que 17% das novas plantações na Malásia e 63% na Indonésia eram 
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nov. 2020. 
florestas tropicais ricas em biodiversidade durante o período 1990-2010 (KOH et al., 2011; 
ABRAPALMA, 2015; GUNARSO, et.al., 2013). 
As florestas de turfeiras tropicais da região concentram grandes concentrações de 
espécies endêmicas da região e são reservatórios importantes de turfa e carbono de biomassa. 
A transformações das turfeiras em cultivos de palma de óleo tem sido apontado como fator 
contribuinte para declínios substanciais da biodiversidade e emissões de carbono 
(DANIELSEN et al., 2009; YULE, 2010). 
Apesar disso, de acordo com Levermann & Souza (2014) o óleo de palma se destaca 
por ser muito produtiva e rentável, apontada como uma importante commodity com grande 
capacidade de desenvolvimento econômico, possibilitando que milhões trabalhadores rurais se 
beneficiam pela alta da commodity. Em países como Malásia e Indonésia a cadeia produtiva de 
óleo de palma gera cerca de 4,3 milhões de empregos diretos e entre 4,3 milhões e 17,2 milhões 
de empregos indiretos. 
Os grandes desafios do cultivo sustentável da Palma de óleo são alcançar os maiores 
rendimentos com o menor impacto ambiental possível e contribuirsignificativamente para o 
crescimento econômico e a redução da pobreza (EUROPEAN PALM OIL ALLIANCE, 2014). 
Os grandes problemas ambientais causados pela cultura da Palma somados às crescentes 
preocupações com o impacto ambiental fomentaram a indústria de óleo da palmeira à formação 
da Mesa Redonda de Óleo de Palma Sustentável (RSPO), organização comercial sem fins 
lucrativos, que visa promover o crescimento e o uso de produtos sustentáveis, criada em 2004 
pela World Wide Fund for Nature – WWF, que reúne sete setores interessados na cadeia 
produtiva do óleo de Palma, em busca de um padrão global para esta cadeia (MAHAT, 2012). 
Em contrapartida a outros países produtores de Palma Óleo, o Brasil tem buscado um 
caminho sustentável para a produção sua produção, evitando o desmatamento e a degradação 
do meio ambiente. Com isso aumenta a possibilidade do óleo produzido no Brasil ter mais valor 
agregado e poder de competitividade internacional (ABRAPALMA, 2015). 
Neste sentido, o Ministério do Meio Ambiente, visando a sustentabilidade da produção, 
o Governo Federal proibiu a utilização de 86,4% das áreas aptas para plantio da palma de óleo,
e de 96,3% da área total do território brasileiro. Essa norma foi institucionalizada através do 
Programa de Produção Sustentável de Palma de Óleo no Brasil, que tem por objetivo garantir 
com bases ambientais e sociais sustentáveis (BRASIL, 2010). 
Com esse Programa a cultura da Palma no país deverá ser feita como determina o 
Zoneamento Agroecológico, Produção e Manejo para a Cultura da Palma de Óleo na Amazônia 
– ZAE da Palma, observando o respeito do limite de 50% da área total, Reserva Legal nas áreas
Óleo de Palma (Dênde): o grande crescimento comercial da oleaginosa no Brasil
aptas e a proibição implícita do desmatamento de novas áreas. Os produtores devem ainda 
observar a NR 31, que dispõe da segurança e saúde do trabalho, criando um ambiente produtivo 
único no mundo para a produção da Palma no Brasil, com destaque “balanço negativo na 
emissão de carbono, a liberdade sindical dos trabalhadores e o desenvolvimento de vetores 
sociais que melhoram a qualidade de vida dos trabalhadores e das comunidades 
vizinhas” (BRASIL, 2010, p. 1). 
Assim, as novas plantações de palma devem ser feitas em terras degradadas, 
contribuindo para a recuperação das mesmas e proporcionando sequestro de carbono. De acordo 
com Levermann & Souza (2014, p. 15) “o cultivo da palma em terras degradadas traz uma 
absorção massiva de dióxido de carbono durante a fotossíntese ao formar sua biomassa, que 
terá uma expectativa de vida entre trinta e quarenta anos, ou mais”. 
5 Conclusões 
O mercado mundial do óleo de Palma tem demonstrado ao longo dos anos, grande 
crescimento e participação do mercado de óleos vegetais, se destacando entre os principais 
participantes deste importante mercado alimentício e de biocombustível. 
O Brasil, apesar de não se destacar entre os principais produtores mundiais, tem 
demonstrado grande capacidade para estar entre eles. 
O consumo mundial de óleos vegetais tem crescido a cada ano, impulsionado por 
diversos fatores, possibilitando que o óleo de Palma vem, a cada dia, ganhar mais força dentre 
os diversos óleos vegetais, tanto para alimentação quanto para a produção de biocombustível. 
O Governo tem ao longo dos últimos anos, implantado vários programas de fomentação 
à cultura de Palma no país, buscando desenvolver a indústria desta cultura de forma sustentável 
e ecologicamente correta, atendendo ainda a população local, buscando ainda o 
desenvolvimento social. 
Além disso, o Brasil apresenta as condições edofoclimáticas ideais para o cultivo da 
Palma de óleo, extensas áreas degradadas que são autorizadas ambientalmente para a produção, 
além de ter demanda maior que a oferta na produção/consumo do óleo de Palma. 
Neste cenário positivo, os produtores brasileiros poderiam estar em grande vantagem 
frente aos outros produtores mundiais, tornando a produção brasileira de óleo de Palma cada 
vez mais atraente no mercado mundial, que tem associado a cultura da Palma à destruição 
ambiental. 
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nov. 2020. 
Óleo de Palma (Dênde): o grande crescimento comercial da oleaginosa no Brasil
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Óleo de Palma (Dênde): o grande crescimento comercial da oleaginosa no Brasil
	Óleo de Palma (Dênde): o grande crescimento comercial da oleaginosa no Brasil
	Palm Oil (Dênde): the great commercial growth of oleaginous in Brazil
	Resumo
	Palavras-chave: Palma de óleo. Óleo vegetal. Demanda. Possibilidade. Mercado
	Abstract
	The Palm Oil or oil palm as it is known in Brazil has its origin in Africa, developing in tropical climates. The palm tree produces two types of oils with different chemical characteristics, which can be used both in the food industry and in the produ...
	Keywords: Oil palm. Vegetable oil. Demand. Possibility. Marketplace.

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