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Indutores do Sono

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1 Victor Umebayashi Sasagima – Med FASM 
 
Farmacologia dos Indutores do Sono 
Ciclo Sono-Vigília: 
Constitui estado reversível de quietude e diminuição da responsividade a 
estímulos ambientais e orgânicos, tendo papel crucial sobre a homeostase do 
SNC e de outros órgãos. 
Vigília: estado em que uma pessoa responde facilmente aos estímulos 
sensoriais ambientais e comporta-se ativamente manifestando padrões 
locomotores e expressões cognitivas. 
Sono: estado de consciência complementar ao de vigília que proporciona 
repouso, durante o qual ocorre a suspensão temporária da atividade perceptivo-
sensorial e motora voluntária. Neste estado a pessoa fica com elevado limiar de 
resposta aos estímulos ambientais (não é fácil acordar alguém) e apresenta 
atividade motora reduzida (não se locomove). 
O que é o sono? 
O sono é uma condição fisiológica de atividade cerebral, natural e 
periódica, caracterizada por modificação do estado de consciência, redução da 
sensibilidade aos estímulos ambientais, acompanhados por características 
motoras e posturais próprias, além de alterações autônomas; 
A ocorrência do sono em ciclos previsíveis e a natural capacidade de 
reversão de um estado de relativa não reação a estímulos externos (sono-vigília) 
14/10/2021 
 
2 Victor Umebayashi Sasagima – Med FASM 
são condições que permitem distinguir o sono de estados de perda de 
consciência patológicos. 
Por que dormimos? 
A vigília prolongada está geralmente associada à má função progressiva 
no processo de pensamento, diminuição da capacidade intelectual, perda de 
memória e reflexos e algumas vezes pode causar atividades comportamentais 
anormais como aumento da ansiedade, irritabilidade, depressão e reações 
emocionais diversas. Portanto, podemos presumir que o sono restaura de muitas 
formas tanto os níveis normais da atividade cerebral como o equilíbrio normal 
entre as diferentes funções do sistema nervoso central. 
Sono Não-REM (sono de ondas lentas): Sonhos vagos. 
 
Tônus muscular; 
Consumo de O2; 
Temperatura e respiração; 
Frequência cardíaca; 
Responsividade sensorial 
Função renal 
 
 
Atividade parassimpática; 
Processos digestivos; 
 
 
3 Victor Umebayashi Sasagima – Med FASM 
Sono REM ou Paradoxal: Sonhos detalhados e vívidos 
 movimentos dos olhos (alta atividade encefálica); 
 sonhos detalhados e vívidos; 
 Fase que ocorre maior restauração mental e física; 
 Ereção peniana e clitoriana; 
 
 
Tônus muscular; 
Temperatura; 
Consumo de O2; 
Atividade simpática; 
Frequência cardíaca; 
Respiração; 
 
 
4 Victor Umebayashi Sasagima – Med FASM 
Ciclo Sono-Vigília: 
 O ciclo sono-vigília, regido pelo ritmo circadiano, encontra-se relacionado ao 
fotoperiodismo decorrente da alternância dia-noite e está sob o controle do 
núcleo supraquiasmático (NSQ) do hipotálamo; 
 O hipotálamo tem funções homeostáticas 
(temperatura, PA, hormônios e controle 
urinário); 
 O NSQ representa o “relógio mestre” e é responsável pela organização cíclica 
e temporal do organismo e do ciclo sono-vigília; 
 O NSQ é influenciado pela luz do ambiente 
durante o dia (via feixe retinohipotalâmico) 
e pela melatonina (secretada pela glândula 
pineal) durante a noite; 
 Os neurônios do NSQ são gabaérgicos (inibitórios) e fazem conexões com 
outros núcleos hipotalâmicos, como o prosencéfalo basal e o tálamo 
(influenciando comportamento motivado: todas aquelas ações que 
realizamos por “impulsos interiores” seja por necessidades internas (fome, 
sede, dentre outros) ou por forças “instintivas” mal conhecidas); 
 A secreção da melatonina é máxima durante a noite e sua ação no NSQ têm 
sido implicada no início e manutenção do sono; 
Menopausa: diminui a 
secreção de Melatonina 
(glândula pineal); 
Hipotálamo: controle 
do ciclo circadiano; 
 
NSQ 
 
Hipotálamo 
 
Melatonina Glândula pineal 
 
5 Victor Umebayashi Sasagima – Med FASM 
Fisiologia do Sono: 
 Três subdivisões hipotalâmicas são importantes no ciclo sono-vigília: o 
hipotálamo anterior (núcleos gabaérgicos e núcleos supraquiasmático), 
o hipotálamo posterior (núcleo túbero-mamilar histaminérgico) e o 
hipotálamo lateral (sistema hipocretinas). O sistema gabaérgicos inibitório 
do núcleo pré-óptico ventro-lateral (VLPO) do hipotálamo anterior é 
responsável pelo início e manutenção do sono NREM; 
 Os neurônios supraquiasmático (NSQs) do hipotálamo anterior são 
responsáveis pelo ritmo circadiano do ciclo sono-vigília. Os núcleos 
aminérgicos, histaminérgicos, as hipocretinas e núcleos colinérgicos 
do prosencéfalo basal apresentam-se ativos durante a vigília, inibindo 
o núcleo pré-óptico ventro-lateral, promovendo a vigília. 
 O NSQ, que recebe o input claro-escuro da retina, apresenta um ritmo de 
disparo neuronal que é elevado durante o dia e baixo durante a noite; 
 Embora a luz funcione como estímulo primário para acertar o relógio 
circadiano, outros estímulos, como locomoção e atividade; disponibilidade de 
alimentos; nível de glicocorticoides e temperatura são capazes de redefinir o 
relógio; 
 
6 Victor Umebayashi Sasagima – Med FASM 
 
Sistema de modulação difuso: 
 Os principais sistemas de modulação são os neurônios que liberam 
Noradrenalina (NE); Serotonina (5-HT); Dopamina (DA), Acetilcolina (Ach) e 
Histamina (His); 
 Como a projeção desses neurônios é bastante difusa, a atividade de um 
determinado sistema cria um microclima neuroquímico mais noradrenérgico 
ou mais serotonérgico, ou mais colinérgico, conforme a situação; 
 O balanço geral dos vários NT desse sistema de modulação afetaria o estado 
de excitabilidade dos neurônios corticais e regularia o estado de consciência 
e a atividade comportamental. 
 
 
7 Victor Umebayashi Sasagima – Med FASM 
 
 
 
Atividade colinérgica: 
 É máxima durante o sono REM e 
vigília; 
 Mínima ou ausente durante o 
sono NREM; 
 As células colinérgicas são 
denominadas de “rem-and-wake-
on”; 
Atividade aminérgicos: 
 Elevada durante a vigília; 
 Diminui durante o sono NREM; 
 Ausente no sono REM; 
 As células aminérgicas são 
denominadas de “Wake-on-and-
sleep-off”; 
 
8 Victor Umebayashi Sasagima – Med FASM 
 
Melatonina: 
 Durante o dia, a retina estimula o NSQ cujos neurônios são inibitórios 
(Gabaérgicos). Como consequência, os neurônios do núcleo paraventricular 
deixam de estimular os neurônios pré-ganglionares simpáticos da medula e 
a produção de melatonina é baixa durante o dia (ou quando o fotoperíodo é 
longo); 
 À noite, acontece o contrário e a concentração de melatonina aumenta. O 
seu aumento induz o sono; 
 O NSQ faz sinapse com outros núcleos hipotalâmicos como o núcleo 
paraventricular que envia axônios para a medula ao nível de T1 a T2, 
influenciando os neurônios pré-ganglionares simpáticos; 
 Os neurônios pós-ganglionares, por sua vez, inervam a glândula pineal, cuja 
atividade resulta na síntese e liberação de melatonina; 
 
 
 
9 Victor Umebayashi Sasagima – Med FASM 
Sistema de modulação difuso: 
 
 O principal neurotransmissor para manutenção da vigília é a Histamina 
(núcleo tuberomamilar). Logo, os anti-histamínicos (antialérgicos) podem 
causar sono. 
 Não se produz Dopamina durante o sono. 
Síntese de melatonina: Triptofano > Serotonina > Melatonina 
 
 
 
10 Victor Umebayashi Sasagima – Med FASM 
Transtornos do Sono: 
Insônia: 
 A insônia é o transtorno do sono que mais comumente afeta a população em 
geral. Foi definida como a existência de 3 ou mais das seguintes 
características: 
 Dificuldade para iniciar o sono; 
 Dificuldade para manter o sono; 
 Acordar muito cedo; 
 Sono cronicamente não reparador ou 
de baixa qualidade. 
 Pelo menos, uma das seguintes formas de comprometimento diurno: 
 fadiga ou sonolência diurna; 
 falta de atenção, concentração ou memória; 
 desempenho pobre na área social, ocupacional ou acadêmica; 
 transtorno do humorou irritabilidade; 
 propensão a erros ou acidentes no trabalho ou enquanto dirige; 
 cefaleia tensional ou desconforto gastrintestinal devido à perda de sono; 
 preocupações sobre o sono. 
Tratamento: 
1. Educação e aconselhamento sobre melhores hábitos de sono (higiene do 
sono); 
Verificar se é primária ou 
secundária; 
Aumenta o risco de doenças 
cardiovascular (aumento de 
aminas); 
 
11 Victor Umebayashi Sasagima – Med FASM 
2. Terapia comportamental visando mudar os hábitos de sono de má 
adaptação; 
3. Uso criterioso de intervenções farmacológicas. 
Tratamento dos Transtornos do Sono: 
Promoção da Vigília: 
Agonistas dopaminérgicos (Receptores D1): anfetaminas, metilfenidato e 
pemolina geram um aumento de transmissão das NA, DA e 5-HT devido a 
inibirem a recaptação de DA; 
Modafinil: aumenta a ação da NA. Utilizada na narcolepsia (Distúrbio 
crônico do sono que causa sonolência diurna em excesso) causada por perda 
de neurônios contendo orexina no hipotálamo; 
Agonista do sistema de orexina/hipocretinas estão sendo foco de 
investigação, estimula a liberação da ACh. Estudos recentes demonstram que 
há uma estreita relação entre narcolepsia e deficiência destes peptídeos. 
METILFENIDATO – Ritalina (muito utilizado): 
 Mecanismo de ação: Crianças com TDAH podem produzir fracos sinais de 
dopamina, sugerindo que atividades geralmente interessantes oferecem 
pouca gratificação a essas crianças. O metilfenidato é um inibidor da 
recaptação de DA e NE e pode atuar por meio do aumento de DA e NE no 
espaço sináptico. 
 
 
 
12 Victor Umebayashi Sasagima – Med FASM 
SELEGILINA: 
 Mecanismo de ação: inibe a ação da MAO-B, que é responsável pela 
degradação de DA; 
 
Promoção do Sono: 
 Agonistas gabaérgicos: barbitúricos, benzodiazepínicos, hidrato de cloral, 
etanol e a maioria dos anestésicos gasosos, pregabalina, anti-histamínicos 
... 
 Agonistas gabaérgicos “N benzodiazepínicos”: são mais seletivos para 
receptores alfa 1 que são importantes para a sedação, mas não para redução 
da ansiedade; 
 Precursores de serotonina: podem induzir a síntese de fatores hipnogênicos; 
 Agonistas colinérgicos; 
 Antagonistas dopaminérgicos; 
 Agonistas D2; 
 
 
13 Victor Umebayashi Sasagima – Med FASM 
 Antagonistas de receptores de orexina/ hipocretina: drogas experimentais; 
 
Tratamento Farmacológico: 
 Sedação: Estado caracterizado por sonolência, relaxamento e diminuição da 
capacidade cognitiva (atenção, aprendizagem e memória); 
 Hipnose: produção de sonolência e estimulação ao início e manutenção de 
um estado de sono que se assemelhe o mais possível ao estado do sono 
natural; 
 Hipnossedativo ideal inclui: 
 
 
14 Victor Umebayashi Sasagima – Med FASM 
 Rápida indução do sono; 
 Duração de ação compatível com a necessidade do indivíduo; 
 Preservação da arquitetura do sono; 
 Ausência de efeitos adversos e interação medicamentosa; 
 Não deve ter potencial de desenvolvimento de tolerância e dependência; 
Benzodiazepínicos: 
 
 Não recomendado a idosos, por causa dos possíveis efeitos indesejáveis; 
Z-Drugs: 
Zolpidem – Stilnox ® 
Zoplicona – Imovane ® 
Zaleplom – Sonata ® 
 
 
15 Victor Umebayashi Sasagima – Med FASM 
 Imidazopiridinas: novos agonistas dos receptores benzodiazepínicos: 
 Mecanismo de ação: Interagem especificamente com a subunidade α1 
dos receptores GABA A gerando a manutenção dos efeitos hipnóticos e 
amnésico, porém tem a perda da ação ansiolítica, anticonvulsivante e 
relaxante muscular. 
 Usos clínicos: 
 Primeira escolha no tratamento da insônia nos idosos e em indivíduos 
com problemas relacionados ao abuso de substância (ou história 
pregressa). 
 No caso de pessoas que iniciam o sono sem problemas, mas 
apresentam despertares no decorrer da noite, deve-se preferir 
Zoplicona e Zolpidem, já que o Zaleplom tem ação ultracurta. 
 Uso Crônico: 
 Zolpidem pode promover certa tolerância (muito menos BZD). 
 Zaleplom é o mais indicado para os idosos, em decorrência de sua 
meia-vida mais curta e menor incidência de sedação residual. 
Melatonina: 
 Metanálise de ensaios cínicos com doses e formulações variadas de 
melatonina revelou benefício pequeno em termos de diminuição da latência 
para o sono e aumento do seu tempo total; 
 Em crianças com comprometimento mental e/ou transtorno do espectro 
autista parece obter melhora mais evidente; 
 
16 Victor Umebayashi Sasagima – Med FASM 
 Controle de qualidade dos produtos contendo melatonina é incerto;

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