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Neuropatias periféricas - exames complementares

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MÓDULO DISTÚRBIOS SENSORIAIS, MOTORES E DA CONSCIÊNCIA – P2 | Luíza Moura e Vitória Neves 
NEUROPATIAS PERIFÉRICAS 
EXAMES COMPLEMENTARES 
Na investigação das neuropatias periféricas, os 
exames laboratoriais de triagem ajudam no 
diagnóstico das causas mais frequentes. 
 
Legenda: investigação laboratorial inicial 
ELETRONEUROMIOGRAFIA 
A ENMG é fundamental para o diagnóstico e a 
caracterização de doenças do nervo periférico, 
sendo parte essencial da semiologia neurológica, 
permitindo definir com maior exatidão a 
distribuição da neuropatia. 
O exame de rotina se divide em 2 partes: 
1. Estudo da neurocondução 
Avalia se o comprometimento é de natureza 
axonal ou desmlelinizante. 
 Diminuição na velocidade de condução 
indica lesão desmielinizante da fibra 
nervosa. 
 2. Eletromiografia com agulha (EMG) 
Caracteriza a desnervação aguda, em atividade, 
assim como comprometimento crônico. 
A presença de fibrilações, de fasciculações ou de 
ondas positivas no músculo em repouso é 
diagnóstica de desnervação aguda das fibras 
musculares. ou seja, com comprometimento 
axonal. 
Durante a contração muscular, a presença de 
potenciais gigantes e duradouros, mas 
rarefeitos, típicos de reinervação, mostra lesão 
neurogênica crônica. 
A EMG ainda fornece informações adicionais que 
auxiliam no diagnóstico de outras enfermidades, 
como: 
 Presença de miotonias: dificuldade de 
relaxamento após contração muscular, 
caracterizada eletromiograficamente pela 
presença de atividade elétrica rítmica 
prolongada, inicialmente de alta frequência 
e alta amplitude, com gradual diminuição; 
 Mioquimias; e 
 Potenciais miopáticos. 
 
Pela ENMG, é possível distinguir: 
 Polineuropatia de polirradiculopatia ou de 
plexo paria; 
 Neuropatia axonal de desmielinizante; 
 Neuropatia hereditária (comprometimento 
uniforme) de adquirida (comprometimento 
não uniforme); 
 Mononeuropatia múltipla de 
polineuropatia. 
Também é possível identificar comprometimento 
motor e sensitivo. 
LCR 
É útil para diagnosticar enfermidades infecciosas 
e/ou imunomediadas, caracterizadas ou com 
aumento de celularidade e/ou com aumento de 
proteína. 
Na SGB e na polineuropatia desmielinizante 
inflamatória crônica (PDIC), é característica a 
presença de dissociação proteinocitológica, em 
que há aumento de proteína sem aumento 
correspondente de células. 
 Em vigência de quadro clínico compatível 
com SGB e exame de LCR apresentando 
aumento concomitante de células e de 
proteína, deve-se considerar o diagnóstico 
de infecção pelo vírus HIV ou CMV. 
 
 
 
 
MÓDULO DISTÚRBIOS SENSORIAIS, MOTORES E DA CONSCIÊNCIA – P2 | Luíza Moura e Vitória Neves 
RM DE NERVO E MÚSCULO 
Vem se tomando cada vez mais útil com a melhoria 
das tecnologias de imagem. 
 Sua maior vantagem é a avaliação não 
invasiva do ponto de vista morfológico. 
Permite, por exemplo, visualizar: 
 Pontos de compressão; 
 Tumores neurais; e 
 Processos inflamatórios em porções 
proximais do plexo nervoso. 
BIÓPSIA DE NERVO 
É um procedimento invasivo que faz parte do 
diagnóstico das neuropatias. 
Diferentemente da biópsia muscular, a biópsia de 
nervo proporciona poucos diagnósticos 
etiológicos, mesmo quando são aplicadas as mais 
modernas técnicas de investigação laboratorial. 
A biópsia de nervo só deve ser realizada em 
centros com experiência estabelecida e se houver 
um dos seguintes critérios: 
 Se a doença investigada for capaz de causar 
alterações relevantes no nervo que 
permitem o diagnóstico por esse método; 
ou 
 Se a identificação da neuropatia puder 
influenciar no tratamento. 
Costuma ser realizada em nervos sensitivos, como: 
 Nervo sural: escolha preferida por ser 
exclusivamente sensitivo e de fácil acesso, 
em virtude de sua localização superficial 
 Nervo fibular superficial. 
Além da análise morfológica, é fundamental 
realizar a morfometria com avaliação de: 
 Área transversal e diâmetro de cada 
fascículo; 
 Número de fibras mielínicas por mm²; 
 Diâmetros mínimos das fibras; 
 Relação do diâmetro do axônio/ diâmetro 
da fibra; 
 Histograma de fibras mielinizadas e 
amielínicas. 
Em centros com maior experiência, a biópsia 
fascicular permite diagnóstico de neuropatias 
com acometimento não uniforme, identificadas 
em métodos de imagem. 
Atualmente, a biópsia é reservada a situações 
especiais, como: 
 Vasculítes do SNP; 
 Hanseniase; ou 
 Doença de depósito no nervo (amiloidose). 
BIÓPSIA DE PELE 
Tem se tornado útil para a análise de terminações 
de nervos periféricos. 
Na pele, há presença de terminais nervosos, tanto 
sensitivos quanto autonômicos, que são corados 
por marcador axonal PGP 9.5. 
A técnica tem sido utilizada para 
acompanhamento de pacientes com 
polineuropatia, sobretudo quando submetidos a 
tratamento com drogas que podem ser 
neurotóxicas, como ocorre no tratamento de HIV. 
 
De acordo com a história, os antecedentes 
familiares e o comprometimento dos nervos 
periféricos (levando em conta envolvimento 
predominante do axônio ou da mielina e a forma de 
agressão temporalmente), é possível traçar uma 
forma de investigação etiológica mais precisa. 
Os pedidos de exames complementares são feitos 
em função dos principais diagnósticos a serem 
pesquisados. 
 
MÓDULO DISTÚRBIOS SENSORIAIS, MOTORES E DA CONSCIÊNCIA – P2 | Luíza Moura e Vitória Neves

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